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UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA 
INSTITUTO DE BIOLOGIA 
 
 
 
CURSO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS 
 
 
 
 
Arborização de ruas e praças em Salvador, BA. 
 
- À luz da Ecologia e Permacultura - 
 
 
 
por 
 
 
GABRIEL SALLES GÓES 
 
 
 
 
 
 
 
Monografia apresentada ao Instituto de Biologia 
da Universidade Federal da Bahia como exigência para 
obtenção do grau de Bacharel em Ciências Biológicas, 
 modalidade Ecologia: Recursos Ambientais. 
 
 
 
 
 
 
 
Salvador, BA. 
2009 
 
Data da defesa: 
20 de janeiro de 2010. 
 
Banca examinadora: 
 
 
 
 
 
 
Maria Zélia Alencar de Oliveira 
Orientadora 
Pesquisadora FAPESB/EBDA. 
 
 
 
 
 
Luciano Souza dos Santos 
Jardim Botânico de Salvador 
 
 
 
 
 
Pedro Henrique Cardoso 
Instituto de Permacultura da Bahia 
 
 
 
 
 
 
RESUMO 
 
Este trabalho teve por objetivo avaliar a comunidade arbórea de ruas e praças em 
Salvador, BA, à luz da Ecologia e Permacultura, com base em inventários quantitativos da 
arborização, registrados em relatórios técnicos e publicações científicas. Analisou-se a 
riqueza, diversidade, abundância de espécies exóticas, nativas não regionais e nativas 
regionais, freqüência de espécies que fornecem alimento à fauna e ocorrência de 
espécies tóxicas, alergênicas e invasoras. Foram amostrados 2.469 indivíduos, 
pertencentes a 61 gêneros e 27 famílias, com predomínio de Fabaceae. Verificou-se uma 
grande riqueza de espécies (R = 82), com dominância de amendoeiras (Terminalia 
catappa), sombreiros (Clitoria fairchildiana) e mongubas (Pachira aquatica), que juntas 
representam 28,4% da comunidade. Cabe ressaltar a predominância de indivíduos de 
espécies exóticas (53,3%) e os poucos representantes de espécies nativas do Domínio da 
Mata Atlântica baiana (17,1%). Houve um baixo percentual de espécies que ofereciam 
alimento à fauna (26,4%) e ocorreram sete espécies tóxicas e alergênicas, entre elas a 
espirradeira (Nerium oleander) e chapéu-de-Napoleão (Thevetia peruviana). Foram 
identificadas 11 espécies potencialmente invasoras, com maior abundância de: 
amendoeiras (T. catappa), casuarinas (Casuarina equisetifolia) e sabiás (Mimosa 
caesalpiniifolia). Alguns princípios e práticas da Permacultura podem ser adotados na 
arborização de ruas e praças, como: emprego de espécies nativas, promoção da 
sucessão natural e da diversidade, manutenção da fertilidade do solo, uso de recursos 
biológicos, produção local de alimentos, zoneamento, setorização, entre outros. 
 
 
 
 
 
 
- i - 
AGRADECIMENTOS 
 
Meus sinceros agradecimentos à Maria Zélia A. de Oliveira, pela ajuda e confiança; 
a Pedro H. Cardoso e Luciano S. dos Santos, pelas preciosas contribuições; e aos 
membros do Jardim Botânico de Salvador, Parque Joventino Silva, Instituto de 
Permacultura da Bahia, Superintendência do Meio Ambiente e Superintendência de 
Conservação e Obras Públicas da Prefeitura Municipal de Salvador-BA, por toda a ajuda 
e atenção. 
À minha família, por todo o cuidado e aprendizado; aos meus amigos, pelos 
caminhos compartilhados; à Nicole Lellys, pelos sensatos conselhos e por todo o amor; à 
Hermínia Freitas, coordenadora do Colegiado de Graduação, por toda a atenção e 
paciência; a todos os professores que contribuíram na minha formação, em especial à 
Marsha Hanzi, pelas sábias palavras; e ao povo brasileiro, pela universidade pública, fruto 
do seu suor. 
Minha gratidão ao Sol, por toda a luz, fonte da Vida; à Mãe-Terra, por todo o 
alimento e proteção; aos mares, pelo ar puro e águas bentas; aos rios Paraguaçu, Joanes 
e suas bacias, por suas sagradas águas; ao rio São Francisco e seus afluentes, pela sua 
força. 
Meus profundos agradecimentos às aceroleiras de Tubarão, aos jambeiros do 
Retiro de São Bento e aos abacateiros do Vale do Capão, pelos saborosos frutos de 
amor; aos cajueiros do Marizá, pelo acolhimento e aprendizado; aos visgueiros da 
Fazenda Caraípe, pelos momentos de contemplação; ao baobá de Porto de Galinhas, 
companheiro de pôr-do-sol; às amendoeiras da minha rua, pela preciosa sombra; aos 
samaneiros de Ondina, pelos momentos de reflexão; aos ipês do Cachoeirão, por sua 
colorida nudez; às mangabeiras e cajueiros de Moreré, pelos momentos de conexão; e a 
todas as ervas santas, pela cura e clareza. 
Agradeço a todos os Eus por juntos sermos o Todo. 
 
 
 
 
- ii - 
DEDICATÓRIA 
 
Dedico ao paraíso de nome Terra e aos filhotes dos filhotes que ainda irão nascer. 
 
 
 
... Antigamente, quando a Criação era nova, a terra estava cheia de árvores 
gigantescas, cujos galhos pairavam acima das nuvens, e nelas moravam nossos Pais 
Antigos, os que caminhavam com os Anjos e viviam segundo a Lei Sagrada. 
À sombra dos seus ramos todos os homens conviviam em paz, possuíam a 
sabedoria e o conhecimento, e era deles a revelação da Luz Infinita. 
Através de suas florestas fluía o Rio Eterno, em cujo centro se erguia a Árvore da 
Vida, que não se escondia deles. 
Eles comiam à mesa da Mãe Terrena, e dormiam nos braços do Pai Celestial, 
aliados para a eternidade com a Lei Sagrada. 
Naquele tempo as árvores eram irmãs dos homens, e muito longa era a duração de 
sua vida na terra, tão longa quanto o Rio Eterno, que fluía sem cessar deste a Fonte 
Desconhecida. 
Agora o deserto varre a terra com areia ardente, as árvores gigantescas, fizeram-
se poeira e cinzas, e o vasto rio é uma lagoa lodosa. Pois a aliança sagrada com o 
Criador foi rompida pelos filhos dos homens, que foram banidos de seu lar nas árvores. 
Agora o caminho para a Árvore da Vida esconde-se dos olhos dos homens, e a 
tristeza enche o céu vazio onde antes pairavam os galhos altaneiros. 
Agora ao deserto ardente chegaram os Filhos da Luz, para trabalhar no Jardim da 
Irmandade. 
A semente que plantam no solo árido transformar-se-á em grande floresta, e as 
árvores se multiplicarão e estenderão as asas virentes até que toda a terra se cubra outra 
vez. 
A terra toda será um jardim e as árvores sobranceiras cobrirão a terra... 
... Para cada filho plantarás uma árvore, para que o ventre da tua Mãe Terrena 
produza vida, como produz vida o ventre da mulher. 
Aquele que destrói uma árvore corta os próprios membros... 
... Tua majestade reúne todos aqueles que se desgarraram do verdadeiro lar, que é 
o Jardim da Irmandade. 
Todos os homens voltarão a ser irmãos debaixo dos teus ramos desfraldados. 
Como o Pai Celestial tem amado todos os seus filhos, assim amaremos as árvores 
e cuidaremos delas, as árvores que crescem na nossa terra, assim as guardaremos e 
protegeremos, para que cresçam altas e fortes e encham de novo a terra com sua beleza. 
Pois as árvores são nossas irmãs, e, como irmãos, havemos de amar-nos e 
guardar-nos uns aos outros. 
 
“O Evangelho Essênio da Paz”. 
 
 
- iii - 
ÍNDICE 
 
AGRADECIMENTOS ................................................................................................. i 
DEDICATÓRIA.......................................................................................................... ii 
ÍNDICE DAS FIGURAS............................................................................................ iv 
ÍNDICE DAS TABELAS ............................................................................................ v 
INTRODUÇÃO..........................................................................................................1 
No começo .....................................................................................................1 
Salvador hoje..................................................................................................6 
A importância do verde urbano.......................................................................9 
Problemas na arborização urbana................................................................13 
Ecologia........................................................................................................21 
Permacultura ................................................................................................23Agroecologia.................................................................................................25 
OBJETIVOS............................................................................................................27 
Objetivo geral ...............................................................................................27 
Objetivos específicos....................................................................................27 
METODOLOGIA .....................................................................................................28 
Área de estudo .............................................................................................28 
Clima ............................................................................................................28 
Geomorfologia..............................................................................................29 
Flora e fauna ................................................................................................31 
Calçadas.......................................................................................................33 
Métodos........................................................................................................33 
RESULTADOS........................................................................................................35 
Corredor da Avenida Centenário..................................................................35 
Dique do Tororó............................................................................................40 
Rua Miguel Calmon ......................................................................................44 
Avenida Antônio Carlos Magalhães..............................................................46 
Avenida Juracy Magalhães Júnior................................................................52 
Avenida Vasco da Gama..............................................................................58 
Universidade Federal da Bahia ....................................................................64 
Macroárea Lucaia/Costeira...........................................................................71 
DISCUSSÃO...........................................................................................................81 
CONCLUSÕES.......................................................................................................93 
RECOMENDAÇÕES...............................................................................................94 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS........................................................................96 
APÊNDICES .........................................................................................................109 
ANEXOS ...............................................................................................................113 
 
 
 
- iv - 
ÍNDICE DAS FIGURAS 
 
Figura 1 – Abertura da Avenida Garibaldi, construída entre 1968 – 1972. 3 
Figura 2 – Abertura da Avenida Bonocô, inaugurada em 1970. 4 
Figura 3 – Abertura da Avenida Luís Viana Filho (Paralela), inaugurada em 1974. 4 
Figura 4 – Renda per capita no município de Salvador, BA, em 2000. 6 
Figura 5 – Aspecto da arborização de Maringá, PR, exemplo às cidades brasileiras. 12 
Figura 6 - Mapa mostrando o contraste topográfico entre as partes oeste e leste da Falha 
do Iguatemi. 30 
Figura 7 – Abundância relativa entre as espécies da comunidade arbórea do Corredor da 
Centenário. 37 
Figura 8 – Estrutura da comunidade arbórea do Dique do Tororó. 42 
Figura 9 – Abundância relativa entre espécies da Rua Miguel Calmon. 45 
Figura 10 – Abundância relativa entre espécies da comunidade arbórea da Av. ACM. 49 
Figura 11 – Abundância relativa entre espécies da comunidade arbórea da Av. Juracy 
Magalhães Jr. 55 
Figura 12 – Abundância relativa entre espécies da comunidade arbórea da Av. Vasco da 
Gama (Pi = abundância relativa), conforme Tabela 27. 61 
Figura 13 – Abundância relativa entre espécies da comunidade arbórea da UFBA. 68 
Figura 14 – Abundância relativa entre espécies da comunidade arbórea da Macroárea 
Lucaia/Costeira. 75 
Figura 15 – Freqüência de indivíduos da Macroárea Lucaia/Costeira, por família botânica. 77 
Figura 16 – Localização do município de Salvador e sua Região Metropolitana (RMS) 115 
Figura 17 – Localização das áreas inventariadas. 116 
Figura 18 – Cobertura vegetal e Áreas de Conservação e Valor Urbano Ambiental em 
Salvador. 117 
 
 
 
 
- v - 
ÍNDICE DAS TABELAS 
 
Tabela 1 – Indicadores de pobreza e desenvolvimento humano, para Salvador, no ano 
2000. 
7 
Tabela 2 - Porcentagem da Renda Domiciliar Apropriada por Faixas da População, em 
Salvador, no ano 2000. 
7 
Tabela 3 - Indicação do porte das árvores baseado na largura das ruas e calçadas. 14 
Tabela 4 - Afastamentos mínimos necessários entre as árvores e outros elementos do meio 
urbano. 
15 
Tabela 5 - Áreas de Conservação e de Valor Urbano Ambiental em Salvador. 32 
Tabela 6 - Espécies encontradas no Corredor da Centenário. 35 
Tabela 7 – Percentual da soma das espécies mais abundantes no Corredor da Centenário. 38 
Tabela 8 – Origem das espécies e abundância de indivíduos de cada categoria no Corredor 
da Centenário. 
38 
Tabela 9 – Abundância de espécies fornecedoras de alimento no Corredor da Centenário. 39 
Tabela 10 - Espécies encontradas no Dique do Tororó. 40 
Tabela 11 – Percentual da soma das espécies mais abundantes no Dique do Tororó. 43 
Tabela 12 – Origem das espécies e abundância de indivíduos de cada categoria no Dique 
do Tororó. 43 
Tabela 13 – Abundância de espécies fornecedoras de alimento no Dique do Tororó. 44 
Tabela 14 - Espécies encontradas na Rua Miguel Calmon. 45 
Tabela 15 – Origem das espécies e abundância de indivíduos de cada categoria na R. 
Miguel Calmon. 
46 
Tabela 16 – Abundância de espécies fornecedoras de alimento na R. Miguel Calmon. 46 
Tabela 17 - Espécies arbóreas encontradas na Av. ACM. 47 
Tabela 18 – Percentual da soma das espécies mais abundantes na Avenida ACM. 50 
Tabela 19 – Origem das espécies e abundância de indivíduos de cada categoria na Av. 
ACM. 
50 
Tabela 20 – Abundância de espécies fornecedoras de alimento na Av. ACM. 51 
Tabela 21 – Arbustos e palmeiras encontrados na Av. Acm. 51 
Tabela 22 - Espécies arbóreas encontradas na Av. Juracy Magalhães Jr. 52 
Tabela 23 – Percentual da soma das espécies mais abundantes na Av. Juracy Magalhães 
Jr. 
56 
Tabela 24 – Origem das espécies e abundância de indivíduos de cada categoria na Av. 
Juracy Magalhães Jr. 
56 
Tabela 25 – Abundância de espécies fornecedoras de alimento na Av. Juracy Magalhães Jr. 57 
Tabela 26 – Arbustos e palmeiras encontrados na Av. Juracy Magalhães Jr. 57 
Tabela 27 - Espécies arbóreas encontradas na Av. Vasco da Gama. 58 
Tabela 28 – Percentual da soma das espécies mais abundantes na Av. Vasco da Gama. 62 
Tabela 29 – Origem das espécies e abundância de indivíduos de cada categoria na Av. 
Vasco da Gama. 
62 
 
- vi - 
Tabela 30 – Abundância de espécies fornecedoras de alimento na Av. Vasco da Gama. 63 
Tabela 31 – Arbustos e palmeiras encontrados na Av. Vasco da Gama. 63 
Tabela 32 – Espécies arbóreas encontradas na UFBA. 65 
Tabela 33 – Percentual da soma das espécies mais abundantes na UFBA. 69 
Tabela 34 – Origem das espécies e abundância de indivíduos de cada categoria na UFBA. 69 
Tabela 35 – Abundância de espécies fornecedoras de alimento na UFBA. 70 
Tabela 36 – Arbustos, palmeiras e outras espécies não arbóreas encontradas na UFBA. 70 
Tabela 37 – Espécies arbóreas encontradas na Macroárea Lucaia/Costeira. 72 
Tabela 38 – Percentual da soma das espécies mais abundantes na Macroárea 
Lucaia/Costeira. 76 
Tabela 39 – Famílias botânicas encontradas na Macroárea Lucaia/Costeira. 76 
Tabela 40 – Origem das espécies e abundância de indivíduos de cada categoria na 
Macroárea Lucaia/Costeira. 
78 
Tabela 41 – Abundância de espécies fornecedorasde alimento na Macroárea 
Lucaia/Costeira. 
78 
Tabela 42 – Comparação da riqueza entre as áreas e outros estudos no Brasil 81 
Tabela 43 – Comparação da diversidade entre as áreas de Salvador. 84 
Tabela 44 – Percentual da soma das espécies mais abundantes na Macroárea 
Lucaia/Costeira. 
84 
Tabela 45 - Origem e informações ecológicas das espécies encontradas. 109 
Tabela 46 – Artigos destacados da Lei nº 11.428, de 22 de dezembro de 2006, da 
Constituição Federal brasileira. 
113 
Tabela 47 - Lista das espécies vegetais exóticas invasoras em ambientes terrestres 
registradas para o estado de Pernambuco. 
114 
 
- 1 - 
INTRODUÇÃO 
 
No começo 
 
Antes da chegada dos portugueses, diversos grupos de origem Tupi viviam em 
amplos territórios espalhados pela Bahia, especialmente, no litoral (Oliveira et al., 2009). 
No território que se estendia da costa de Sergipe até o baixo-sul da Bahia viviam os 
Tupinambá (Tavares, 2001). 
Eram caçadores-coletores e mantinham pequenas lavouras de mandioca, aipim, 
inhame, batata-doce, abóbora, mamão, banana e algumas variedades de milho, feijão e 
pimenta (Tavares, 2001). Muitos relatos ressaltam a abundância e variedade de espécies 
vegetais por eles consumidas, sendo sua principal fonte de nutrientes. A proteína animal 
era obtida, principalmente, da pesca. Bebidas fermentadas eram produzidas a partir da 
mandioca, milho e de frutas como o caju e a mangaba (Fernandes, 2003). 
Conseguiam conciliar seus interesses com a manutenção da biodiversidade. A 
floresta encontrada pelos portugueses, chamada pelos índios de caá-etê, já era resultado 
do manejo tupinambá (Fernandes, 2003). 
Segundo Oliveira et al. (2009), são numerosas as informações etno-históricas e 
arqueológicas sobre os tupis na região de Salvador. Muitos documentos fazem referência 
a aldeias indígenas, do Rio Vermelho à ilha de Itaparica, desde as primeiras instalações 
portuguesas. 
A chegada dos portugueses se deu no dia 1º de Novembro de 1501, quando 
Americo Vespucci encontrou o acidente geográfico que batizou de Baía de Todos os 
Santos, em homenagem ao dia da descoberta. Somente 30 anos depois, em 13 de março 
de 1531, desembarca no local a armada de Pero Lopes e Martim Afonso de Sousa. 
(Tavares, 2001). 
Em 1549 Tomé de Sousa começou a construir a cidade, primeira do Brasil, pois 
antes só havia pequenas vilas. Estabelecido o local da administração, foram concedidas 
terras para o plantio de algodão e cana-de-açúcar (Tavares, 2001). 
Segundo Cardim (1978) apud Ribeiro (2009, p. 39), a população de Salvador, em 
1583, era composta de oito mil índios cristianizados, três a quatro mil escravos africanos e 
três mil portugueses. 
 
- 2 - 
Nos dois primeiros séculos da história da Bahia a vida social foi quase 
exclusivamente rural. A cidade do Salvador era sede dos governos-gerais e vice-reinados, 
centro administrativo, religioso, militar e comercial, porto de embarque de açúcar, fumo, 
algodão, entre outros, mas a maioria dos proprietários vivia nos sobrados e casas de suas 
terras, mudando-se para a cidade a partir da segunda metade do século XVII (Tavares, 
2001). 
No período de 1750 a 1800 houve, na cidade de Salvador, a expansão da lavoura 
açucareira e de culturas como o tabaco e mandioca, correlacionada ao aumento do tráfico 
de escravos (Ribeiro, 2009). 
Mais de cem anos depois, na primeira metade do século XX, o estado da Bahia 
ainda tinha sua economia baseada no setor primário, agrário exportador, sustentado, 
neste momento, na cultura do cacau e do fumo. O estado apresentava um processo de 
industrialização tardio em relação ao Sudeste, o que não agradava às elites da época 
(Mendes, 2006). 
Com isso, a partir da década de 50, investiu-se na mudança para um modelo 
industrial de desenvolvimento. Em 1954 foi implantada a Refinaria Landulfo Alves, em 
São Francisco do Conde (Região Metropolitana de Salvador - RMS). A infra-estrutura 
advinda com a Petrobrás facilitou a criação do Centro Industrial de Aratu e do Complexo 
Petroquímico de Camaçari, ambos na RMS (Mendes, 2006). 
Como retrata Peixoto (1968), a cidade foi crescendo, a partir do seu núcleo inicial, 
por cima dos espigões, ao passo que os fundos dos vales eram ocupados pelas hortas, 
que abasteciam parte da população. Os bairros se desenvolveram de forma isolada, em 
virtude dos vales e desníveis. 
Milton Santos apud Peixoto (1968, p. 11) comenta que com o crescimento da 
cidade, o Centro desenvolveu-se comercialmente, o que intensificou a circulação nas 
direções periféricas. 
Como forma de escoar o trânsito, que já apresentava engarrafamentos diários nas 
ruas do Centro, o sistema de transportes foi ocupando os vales (Peixoto, 1968). Foram 
construídas grandes avenidas, para fluxo mais intenso de veículos, denominadas 
parkways, ou avenidas de vale, com destaque para as avenidas: Centenário (1949), 
Castelo Branco (1967), Costa e Silva (1968), Bonocô (1970), Anita Garibaldi (1977), Luis 
Viana Filho (1974), entre outras (Vasconcelos, 2002, apud Mendes, 2006, p. 146). As 
figuras 1, 2 e 3 mostram a abertura das Avenidas Garibaldi, Bonocô e Luís Viana Filho, 
respectivamente. 
 
- 3 - 
 
 
 
Figura 1 – Abertura da Avenida Garibaldi, construída entre 1968 – 1972. 
Fonte: RCGR Informática (2002) apud Mendes (2006, p. 147). 
 
 
Neste período, por meio do Decreto 2.181/68, da Reforma Urbana do Município, a 
prefeitura pôs à venda seus terrenos, que representavam grande parte da cidade. Áreas 
remanescentes de mata se tornaram vazios urbanos especulativos, à espera da 
valorização com o advento de infra-estrutura (Simões, 2002). 
 
 
- 4 - 
 
Figura 2 – Abertura da Av. Bonocô, inaugurada em 1970. 
Fonte: RCGR Informática (2002) apud Mendes (2006, p. 147). 
 
 
Figura 3 – Abertura da Av. Luís Viana Filho (Paralela), inaugurada em 1974. 
Fonte: RCGR Informática (2002) apud Mendes (2006, p. 159). 
 
- 5 - 
Fernandes, Santos e Santo (2004) em estudo sobre a formação do bairro do 
Cabula, ressaltam que até os anos 40, este local era uma importante área verde de 
Salvador, mas com a expansão horizontal da cidade cresceu também a degradação 
ambiental na região e os espaços verdes foram substituídos por áreas densamente 
construídas. 
Com a valorização dos terrenos nos vales, em virtude das obras públicas, a 
população mais abastada foi colonizando-os, expulsando os antigos moradores e as 
hortas. Estes passaram a habitar as encostas, cujos terrenos eram mais baratos ou 
invadidos (Peixoto, 1968). 
O modelo de desenvolvimento industrial, dominante até a década de 80, gerou uma 
explosão demográfica na cidade, decorrente do grande fluxo migratório. Iniciou-se na 
periferia a formação de uma crescente massa de mão-de-obra empobrecida (Souza, 
1986). A falta de perspectiva nas cidades do interior fez da capital uma alternativa para os 
excluídos, o que acarretou num intenso processo de favelização e de precarização das 
relações de trabalho (Mendes, 2006). 
Nos anos 90, com a elevada taxa de desemprego e falta de moradia, reduziu-se a 
migração. Em virtude, também, da tendência nacional de redução da natalidade o 
crescimento populacional diminuiu (Mendes, 2006). 
Neste período surge um novo modelo de desenvolvimento, baseado no setor 
terciário (serviços), com ênfase no turismo. Salvador se torna uma alternativa interessante 
para grandes grupos estrangeiros (Mendes, 2006). 
Segundo Mendes (2006), essa mudança de paradigma não trouxe benefícios à 
população, o que resultou em altos índices de desemprego, baixa escolaridade e 
manutenção da exclusão social. Este autor descreve o Carnaval como um grande 
exemplo deste processo, onde: 
 
“A perspectiva da exclusão pelo consumo se potencializa, à medida 
que os pobres da cidade têm que se contentar com um dos cerca de 
220 mil empregos temporários gerados direta ou indiretamente ao 
evento, como vendedor ambulante, cordeiros, seguranças,recepcionista, costureira ou camareira, ao tempo que já não mais 
são donos do que já foi sua principal festa”. 
 
- 6 - 
 
Salvador hoje 
 
Após as expansões em torno do núcleo inicial, a cidade cresceu ao longo de toda a 
orla atlântica e no “Miolo”, espaço entre a BR-324 e a Avenida Paralela. Há, em Salvador, 
uma segregação espacial, entre as camadas mais abastadas da população que ocupam, 
principalmente, a orla atlântica e a entrada da Baía de Todos os Santos, espaços melhor 
servidos de infra-estrutura, e o restante da população, que habita o “Miolo”, a parte mais 
interna da Baía e encostas e fundos de vale, muitas vezes insalubres, espalhados 
desordenadamente (CONDER, 2006). A Figura 4 mostra essa segregação espacial, com 
base na Renda per Capita. 
 
 
Figura 4 – Renda per capita no município de Salvador, BA, em 2000. (Fonte: CONDER, 2006). 
 
 
Soares (2006) define como territórios populares os espaços onde há pouca 
presença do Estado e condições de vida ruins. Exemplos destes, em Salvador, ocorrem 
 
- 7 - 
no Subúrbio Ferroviário, no Miolo Urbano e em meio aos bairros de classe média, a 
exemplo de “ilhas” como o Calabar e o Nordeste de Amaralina. 
Porto e Carvalho (2001) comentam que enquanto as famílias mais ricas se 
concentram na estreita faixa litorânea até Camaçari, em condomínios fechados, isolados, 
protegidos e agora verticalizados, na enorme mancha de pobreza, a segregação social e 
econômica traz desemprego, subemprego, informalidade e a busca de negócios nos 
próprios bairros. 
A taxa de analfabetismo, no ano 2000, entre pessoas com mais de 25 anos era de 
7,76%. Neste mesmo ano, a taxa de desemprego, entre os maiores de 15 anos, foi de 
24,47% (CONDER, 2006). É grande a desigualdade social e a pobreza. Na Tabela 1 
constam alguns índices. 
 
Tabela 1 – Indicadores de pobreza para Salvador, no ano 2000 
(CONDER, 2006). 
Indicadores Valores 
% pobres 30,700 
% crianças pobres 43,420 
% indigentes 13,350 
% crianças indigentes 20,780 
 
 
A Tabela 2 mostra a porcentagem da renda domiciliar apropriada por faixas da 
população, em 2000. 
 
Tabela 2 - Porcentagem da Renda Domiciliar Apropriada por Faixas da 
População, em Salvador, no ano 2000 (CONDER, 2006). 
Faixas da População Porcentagem da Renda 
Pelos 20% mais pobres 1,58% 
Pelos 40% mais pobres 6,12% 
Pelos 60% mais pobres 14,17% 
Pelos 80% mais pobres 29,98% 
Pelos 20% mais ricos 70,02% 
Pelos 10% mais ricos 53,59% 
 
Fernandes (2004) ressalta o papel do Estado em impulsionar este crescimento 
urbano, com exclusão social, quando constrói grandes conjuntos habitacionais em 
lugares distantes e quase sem infraestrutura. Em entrevista com habitantes do Miolo de 
Salvador, esta autora identificou como principais queixas o sistema de transporte público 
e a violência. 
 
- 8 - 
O transporte coletivo de Salvador é desigual e excludente (Coelho e Serpa, 2001), 
assim como o acesso a serviços básicos de saúde e educação (Fernandes, 2004). 
Este descaso, com parte da população, vai de encontro ao Art. 6º da Constituição 
Federal de 1988: 
 
“Art. 6º. São direitos sociais a educação, a saúde, o trabalho, a 
moradia, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à 
maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma 
desta Constituição." 
 
O Art. 225º, dessa mesma constituição, prevê outro direito essencial: 
 
“Art. 225º. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente 
equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia 
qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o 
dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras 
gerações”. 
 
Contudo, Serpa (2006) mostra que os projetos mais recentes de 
criação/requalificação de parques públicos coincidem exatamente com as áreas mais 
“nobres” da cidade, a exemplo do Parque da Cidade e de Pituaçu. Estas intervenções 
promovem a valorização dos terrenos nestes bairros e o “embelezamento”, como 
estratégia de marketing urbano. 
Estes projetos excluíram as áreas periféricas da cidade, levando suas praças e 
parques ao abandono, como é o caso do Parque São Bartolomeu, remanescente de Mata 
Atlântica onde nasce o Rio do Cobre, localizado no Subúrbio Ferroviário (Serpa, 2006). 
Este parque está dentro da segunda maior floresta urbana do país, antes conhecida como 
Floresta do Urubu, área importante do ponto de vista histórico, cultural e religioso (Serpa, 
1998). 
Serpa (2006) ressalta que apesar do Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano e 
Ambiental de Salvador abordar os parques públicos do ponto de vista ambiental 
(ecológico), prevalece a ótica do lazer, com estratégias que, ao invés do desenvolvimento 
sustentável, visam a valorização do solo urbano e o aumento do consumo e lazer para um 
público de maior poder aquisitivo. 
 
- 9 - 
Para Simões (2002), em toda a história de Salvador, a percepção ambiental foi 
incipiente e o impacto negativo que se vê sobre o território é de ordem política e técnica. 
Serpa (2006) considera que “a questão da acessibilidade e da distribuição espacial 
dos espaços públicos de natureza deve ser o cerne de uma discussão acadêmica 
profunda”. Segundo ele o índice de áreas verdes por habitante diz muito pouco, pois um 
habitante do Curuzu, bairro localizado na região administrativa com menor área verde da 
cidade, deve, com razão, se perguntar onde estão seus “metros quadrados” de verde. 
 
 
A importância do verde urbano 
 
Existe muita confusão na conceituação de termos para o verde urbano (Buccheri 
Filho e Nucci, 2006). As áreas verdes podem ser definidas como espaços livres com, no 
mínimo, 70% de área permeável e cobertura vegetal. Canteiros, rotatórias e arborização 
de ruas não estão inclusos no sistema de áreas verdes, pois são considerados “verde de 
acompanhamento viário”, como parte dos espaços de integração urbana (Buccheri Filho e 
Nucci, 2006). 
Para Pivetta e Silva Filho (2002), a arborização de ruas e avenidas é um 
componente muito importante, porém, pouco reconhecido. É necessária sua inclusão no 
plano de desenvolvimento e expansão das cidades. 
As árvores nas ruas e praças melhoram o microclima e o conforto térmico, através 
da redução da incidência direta da radiação solar e consequente redução da temperatura 
(Spangenberg et al., 2008; Herrmann, 2008; Barbosa, 2005; Shashua-Bar e Hoffman, 
2004; Gómez et al., 2004; Gomes e Amorim, 2003; Dimoudi e Nikolopoulou, 2003; 
Papadakis; Tsamis; Kyritsis, 2001; Shashua-Bar e Hoffman, 2000; Taha, 1997). Para 
cumprir esta função, árvores com copas mais densas funcionam melhor, assim como 
grupos de árvores em comparação a indivíduos isolados ou em linha (Spangenberg et al., 
2008). 
A presença de sombreamento nas ruas, devido às árvores, afeta o padrão de 
deslocamento do ar e a ventilação (Shashua-Bar e Hoffman, 2003). A evapotranspiração 
incrementa a umidade atmosférica (Herrmann, 2008; Gomes e Amorim, 2003). Picot 
(2004) argumenta que a vegetação é uma ferramenta realmente válida para o controle do 
microclima em ambientes externos. 
 
- 10 - 
A menor temperatura das construções contribui para redução dos gastos com 
refrigeração e ventilação (Spangenberg et al., 2008; Velasco, 2007; Shashua-Bar e 
Hoffman, 2004; Jensen; Boulton; Harper, 2003; Simpson, 2002; Papadakis; Tsamis; 
Kyritsis, 2001). Nos EUA, Akbari, Pomerantz e Taha (2001) estimaram em 
aproximadamente 20% a redução nacional no consumo de energia para refrigeração caso 
fossem implantadas, em larga-escala, medidas mitigadoras de ilhas-de-calor, como 
plantio de árvores e o incremento do albedo de telhados e pavimentos. 
Isto, conseqüentemente, reduz a emissão de carbono e outros poluentes (Donovan 
e Butry, 2009; Papadakis; Tsamis; Kyritsis, 2001; Akbari; Pomerantz; Taha, 2001). O 
resfriamento do ar pelas árvores diminui a produção fotoquímica de ozônio, além de 
adsorver poluentes e material particulado (Haneyet al., 1997). 
As árvores também contribuem diretamente para o sequestro do carbono 
atmosférico (Laera, 2006). Segundo Nowak et al. (2002), a redução da concentração 
atmosférica de dióxido de carbono, pela floresta urbana, pode ser maximizada, 
principalmente, com a escolha de espécies de vida-longa, crescimento rápido, que exijam 
baixa manutenção e com um manejo que aumente a sobrevivência e longevidade das 
árvores, com reduzido uso de combustíveis fósseis. 
As árvores controlam e previnem o desencadeamento de processos do meio físico, 
como a erosão, e impactos ocasionados por processos antrópicos (De Angelis Neto et al., 
2006). Nas ruas, os indivíduos arbóreos interceptam a água da chuva, amenizando o 
escoamento que causa alagamentos (Silva, 2008). 
A vegetação ao longo das estradas traz maior conforto visual e redução de 
elementos que possam distrair os motoristas (Wolf, 2003). A sombra das árvores contribui 
para a melhor perfomance do pavimento das ruas, reduzindo os custos de manutenção 
(McPherson e Muchnick, 2005). 
Vale enfatizar que as áreas verdes interferem nos preços do mercado imobiliário, 
valorizando terrenos (Baumgarten, 2006; Wolf, 2009). Laera (2006) pondera que árvores 
de rua incrementam preços de imóveis. 
Segundo Wolf (2009) os bens colhidos em áreas verdes podem substituir bens 
comercializados. A redução das enchentes e da poluição atmosférica poupa os custos de 
implantação de sistemas para tal. A presença de calçadas sombreadas e áreas verdes 
estimula as pessoas a levarem uma vida menos sedentária, o que reduz a incidência de 
problemas de saúde físicos e mentais. 
 
- 11 - 
As árvores atendem a necessidades alimentares e não alimentares humanas 
(Carsan; Wesonga; Wambugu, 2009). Pivetta e Silva Filho (2002) argumentam que a 
questão de frutos para consumo humano é assunto polêmico, alguns acreditam estimular 
a depredação e outros contestam que se deve lutar pela concientização da população. 
Conforme a Prefeitura de São Paulo (2005) o uso de árvores com frutos comestíveis pelo 
homem tem que ser objeto de projeto específico e monitoramento, assim como o uso de 
novas espécies. 
Além de todos estes benefícios proporcionados pelas árvores urbanas, Pivetta e 
Silva Filho (2002) citam a redução da poluição sonora, o melhor efeito estético e maior 
bem-estar psicológico, os quais contribuem para a melhoria da qualidade de vida e para o 
restabelecimento da relação com o meio natural. 
Os “corredores verdes” nas cidades, a exemplo de Maringá-PR (Figura 5) 
contribuem para a conservação da biodiversidade (Bryant, 2003; Savard; Clergeau; 
Mennechez, 2000). Plantas raras podem ser cultivadas para manutenção de um banco 
genético (Savard; Clergeau; Mennechez, 2000). Rocha e Barbedo (2008) destacam a 
importância da conservação ex situ do Pau-Brasil, espécie em perigo de extinção. Em 
estudo destes autores, foram mapeados 67 indivíduos em Recife - PE, 35 em São Paulo - 
SP e 123 no Rio de Janeiro - RJ. 
As árvores nas vias garantem abrigo e diversificação de fontes de alimentação 
para a fauna (Brun; Link; Brun, 2007; Silva et al., 2005; Savard; Clergeau; Mennechez, 
2000). O uso de essências nativas, além de garantir a manutenção da avifauna, habituada 
aos seus frutos, possibilita o resgate de espécies próximas à extinção (Lorenzi, 2002). 
A cobertura arbórea nativa nas cidades serve de ponto de parada para aves 
migratórias (Pennington; Hansel; Blair, 2008). Mendonça e dos Anjos (2006) ao 
estudarem o comportamento alimentar de beija-flores e passeriformes em flores de 
Erythrina speciosa Andrews (Fabaceae) em área urbana, verificaram que esta espécie é 
um importante recurso durante o inverno. Em outro estudo destes autores, foram 
encontradas 10 espécies de beija-flores em área urbana do sul do País, uma riqueza 
moderada (Mendonça e dos Anjos, 2005). 
 
 
 
- 12 - 
 
Figura 5 – Aspecto da arborização de Maringá, PR, exemplo às cidades brasileiras. 
(Fonte: Junior e Lima, 2007). 
 
 
Apesar de tantos benefícios, a arborização viária é negligenciada pelo poder 
público. A legislação federal não contempla a arborização de ruas (Brun et al., 2008) e, 
quando presentes, as leis são em alguns casos descumpridas (Costa e Ferreira, 2009; 
Silva et al., 2008; Silva et al., 2002). 
Em Salvador as poucas Leis e Decretos que tratam de árvores urbanas são: 
1. Lei nº 5.493 de 19 de Janeiro de 1999, que dispõe sobre a conservação, 
preservação, poda, agressão, erradicação e a reposição de árvores no 
Município e dá outras providências. 
2. Lei nº 4.456 de 09 de Dezembro de 1991, que obriga o plantio de árvores 
frutíferas nas avenidas de vale, bem como nas avenidas que disponham de 
áreas marginais favoráveis para tal. 
3. Decreto nº 4.756 de 13 de Março de 1975, que delimita áreas incorporadas ao 
Sistema de Áreas Verdes do Município, entre elas o conjunto de árvores do 
Vale do Canela, Vale das Dorotéias, Convento de São Francisco, Monte Serrat 
entre outros; 
 
- 13 - 
4. Decreto nº 5.674 de 19 de Junho de 1979, que declara imune de corte e de 
preservação permanente seis árvores situadas na Praça 2 de Julho. 
5. Decreto nº 6.634 de 04 de Agosto de 1982, que declara tombado o conjunto de 
edificações, árvores e paisagem do Terreiro da Casa Branca do Engenho 
Velho. 
6. Decreto nº 7.374 de 28 de Agosto de 1985, que reclassifica, como área 
arborizada, a área não edificável nº 30, discriminada e delimitada conforme os 
Decretos nº 4.524/73 e 4.756/75 e integrante do Sistema de Áreas Verdes do 
Município. 
7. Decreto nº 8.731 de 20 de Setembro de 1990, declara imune de corte e de 
preservação permanente duas árvores situadas na atual Escola de Belas Artes-
UFBA. 
 
Não existe um Plano Diretor de Arborização para a capital baiana e escassos são 
os estudos de suas árvores. Oliveira et al. (2007) investigaram algumas espécies vegetais 
nativas, com potencial paisagístico, para arborização de áreas verdes de Salvador. Outro 
estudo foi realizado por Oliveira (2007) em relação às pragas e fungos patogênicos 
associados à vegetação da cidade. 
Carvalho, Roque e Guedes (2007) realizaram um levantamento da arborização de 
espaços livres dos campi da Universidade Federal da Bahia, em Salvador. Maliarenko e 
Brito (1996) estudaram uma proposta de intervenção para o trecho Pituba – Costa Azul, 
da Orla de Salvador, utilizando-se de espécies nativas de restinga. 
 
 
Problemas na arborização urbana 
 
Salvador não é uma exceção, outras cidades brasileiras também não possuem um 
Plano Diretor de Arborização (Almeida, 2009; Costa e Ferreira, 2009; Caznok, 2008; 
Colleto et al., 2008; Sampaio e De Angelis, 2008; Roppa et al., 2007; Bortoleto, 2004; 
Monico, 2001). É notório que algumas cidades não possuem inventário, ou apresentem 
carência de trabalhos científicos sobre a arborização (Monico, 2001). 
Nos casos em que não foi possível o planejamento, é importante analisar a 
arborização já existente por meio de inventários quali-quantitativos que permitem 
 
- 14 - 
conhecer as condições da arborização e de plantio. Estes inventários podem ser totais ou 
parciais, aleatórios ou sistemáticos, a depender do porte e das características próprias da 
cidade. O inventário é o passo inicial para o replanejamento da arborização por meio de 
um Plano Diretor (Pivetta e Silva Filho, 2002). 
A falta de planejamento e manutenção é um problema recorrente e muito grave 
(Lira Filho et al., 2009; Moura e Santos, 2009; Teixeira; Santos; Balest, 2009; Almeida, 
2009; Rodolfo Júnior et al., 2008; Sampaio e De Angelis, 2008; Silva Filho et al., 2008; 
Roppa et al., 2007; Bortoleto; Silva Filho; Lima, 2006; Monico, 2001). Conforme Pivetta e 
Silva Filho (2002), “A arborização bem planejada é muito importante independentemente 
do porte da cidade, pois, é muito mais fácil implantar quando se tem um planejamento, 
caso contrário, passa a ter um caráter de remediação,à medida que tenta se encaixar 
dentro das condições já existentes e solucionar problemas de toda ordem”. 
Monico (2001) encontrou, além da desarticulação entre os setores da prefeitura 
responsáveis pela arborização urbana, falta de comprometimento e afeto dos técnicos 
com as árvores, que são tratadas como “postes”, enxergando a questão apenas 
tecnicamente, sem fundamentação filosófica. 
Plantios voluntários são realizados pela população, contudo ocorrem sem respeitar 
critérios técnicos (Teixeira; Santos; Balest, 2009; Colleto et al., 2008; Pires et al., 2007; 
Bortoleto, 2004; Meneses et al., 2003). Cabe destacar que, na maioria das vezes, estes 
optam por árvores frutíferas (Almeida; Zem; Biondi, 2008; Rocha; Leles; Oliveira Neto, 
2004). 
Conforme Pivetta e Silva Filho (2002), não se deve arborizar ruas estreitas (<7m de 
largura) e é importante considerar para escolha do porte das árvores, a largura das 
calçadas e o recuo das edificações (Tabela 3). Canteiros centrais obedecem aos mesmos 
critérios, sendo que, no caso destes apresentarem largura menor que 1,5 m recomenda-
se a utilização de arbustos e palmeiras. 
 
Tabela 3 - Indicação do porte das árvores baseado na largura das ruas e calçadas (Miranda apud 
Pivetta e Silva Filho, 2002). 
Largura da rua Largura da calçada Recuo das edificações (4 m) Porte de árvore 
Rua estreita < 3 m sem recuo - 
(< 7 m) com recuo pequeno 
Rua larga < 3 m sem recuo pequeno 
(> 7 m) com recuo médio 
 > 3 m sem recuo médio 
 com recuo grande 
 
- 15 - 
A distância recomendada entre as árvores e outros elementos urbanos encontra-se 
abaixo (Tabela 4). 
 
Tabela 4 - Afastamentos mínimos necessários entre as árvores e outros elementos do 
meio urbano (Pivetta e Silva Filho, 2002). 
Elementos Distância (m) 
Caixas-de-inspeção e bocas-de-lobo 2,0 
Cruzamentos sinalizados por semáforos ou que possam vir a ser 10,0 
Encanamentos de água e esgoto e fiação subterrânea 1,0 – 2,0 
Entrada de veículos 2,0 
Esquinas 5,0 – 7,0 
Hidrantes 3,0 
Meio-fio 0,5 
Pontos de ônibus 1,0 – 1,5 
Portas e portões de entrada 0,5 – 1,0 
Postes de iluminação pública e transformadores 4,0 
 
A distância entre árvores varia conforme o porte. Pivetta e Silva Filho (2002) 
indicam o seguinte espaçamento: 
 Porte Pequeno, 5 – 6 m. 
 Porte Médio, 7 – 10 m. 
 Porte Grande, 10 – 15 m. 
 
Os canteiros devem ter no mínimo um metro quadrado (Pivetta e Silva Filho, 2002). 
O Manual Técnico de Arborização Urbana (Prefeitura de São Paulo, 2005), recomenda, 
para árvores de copa pequena, uma área permeável de 2 m² e para árvores de copa 
grande, uma área de 3 m². O espaço livre para o trânsito de pedestres tem que ser de, no 
mínimo, 1,20 m. 
A ausência destes conhecimentos técnicos para a implantação da arborização e a 
falta de planejamento traz muitos problemas. Espécies de grande porte são plantadas em 
locais inadequados, como em canteiros pequenos (Volpe-Filik, 2009; Araújo et al., 2009; 
Minhoto; Monteiro; Fisch, 2009; Silva et al., 2008; Cadorin et al., 2008; Roppa et al., 2007; 
Aguirre Júnior; Volpe-Filik; Lima, 2007; Faria; Monteiro; Fisch, 2007; Volpe-Filik; Silva; 
Lima, 2007; Bortoleto; Silva Filho; Lima, 2006; Tudini, 2006; Silva et al., 2002), ou em 
locais de conflito com a infra-estrutura urbana, como redes elétricas (Almeida, 2009; 
Marek, 2008; Rodolfo Júnior et al., 2008; Cadorin et al., 2008; Melo. Lira Filho; Rodolfo 
Júnior, 2007; Silva et al., 2002). 
 
- 16 - 
Recomenda-se que a rede de energia elétrica aérea seja implantada nas calçadas 
norte e oeste, e sob esta, árvores de pequeno porte. As árvores de médio porte ficariam 
nas calçadas leste e sul. No caso de árvores com porte inadequado, sob fiação, a melhor 
convivência destas pode ser obtida por meio de soluções de engenharia como redes 
protegidas, isoladas e compactas (Pivetta e Silva Filho, 2002). 
O conflito supracitado é o responsável pela necessidade de podas. Mas em muitas 
cidades não existe um programa que defina critérios e técnicas, orientando como 
proceder esta prática, o que explica a ausência de manutenção e a ocorrência de podas 
mal-executadas, drásticas e sem necessidade (Volpe-Filik, 2009; Araújo et al., 2009; 
Minhoto; Monteiro; Fisch, 2009; Hasse; Shinosaka; Silva, 2008; Cadorin et al., 2008; 
Faria; Monteiro; Fisch, 2007; Teixeira e Santos, 2007; Volpe-Filik; Silva; Lima, 2007; 
Bortoleto; Silva Filho; Lima, 2006; Sampaio, 2006; Menegheti, 2003; Andrade, 2002;). 
Algumas espécies, como palmeiras, não devem ser plantadas sob fiação, pois não 
aceitam podas (Pivetta e Silva Filho, 2002). 
Segundo Lorenzi et al. (2003), as árvores devem crescer livremente, na sua forma 
original, e as podas só devem ser executadas para eliminar infestações por ervas-de-
passarinho ou conter o crescimento em direções indesejadas. Sugere-se retirar no 
máximo 70% da copa e tentar manter o seu formato original (Pivetta e Silva Filho, 2002). 
Pivetta e Silva Filho (2002) destacam os quatro tipos de poda básicos na 
arborização urbana: 
 Poda de formação, onde os ramos laterais abaixo de 1,8 m são retirados para 
não prejudicar o trânsito de pedestres e veículos. 
 Poda de limpeza, onde se eliminam ramos velhos, doentes, infestados, 
danificados ou em excesso. 
 Poda de contenção, para adequação da árvore (copa) ao espaço físico, após 
plantio inadequado. 
 Poda emergencial, para retirar partes da planta que ameaçam a segurança da 
população, de edificações e redes aéreas. 
 
A baixa sanidade de árvores urbanas é comum, principalmente em virtude de 
podas executadas incorretamente, que contribuem para a entrada de patógenos e 
ocorrência de pragas (Rodolfo Júnior et al., 2008; Sampaio e De Angelis, 2008). 
Há doenças causadas por fungos como o cancro de tronco (De Angelis; Castro; De 
Angelis Neto, 2007; Tudini, 2006), manchas foliares, seca dos ramos, podridões e até 
 
- 17 - 
morte de plantas (Oliveira, 2007), infestações de ácaros, cochonilhas, coleobrocas, 
psilídeos, pulgões, cupins, tripes (Sampaio e De Angelis, 2008; Duarte et al., 2008; 
Oliveira, 2007; Sampaio, 2006; Bortoleto; Silva Filho; Lima, 2006; Tudini, 2006; Amaral, 
2002;) e de plantas parasitas como ervas-de-passarinho (Andrade, 2002). 
Duarte et al. (2008) encontraram, com maior frequência, cupins em árvores mais 
fragilizadas, aquelas mais velhas, com injúrias mecânicas, problemas fitossanitários 
graves ou mais freqüentes na comunidade. 
As condições no meio urbano, como compactação do solo e poluição do ar, são 
muito adversas para as árvores (Amaral, 2002). Os processos de movimentação de terra 
para urbanização resultam em solos com baixa fertilidade, compactados e muitas vezes 
com resíduos de construção no subsolo (Pivetta e Silva Filho, 2002). 
A compactação do solo é necessária para a pavimentação e fundação dos prédios, 
mas esta prejudica o desenvolvimento das plantas. Aliado a isto, o pavimento das ruas e 
calçadas impede a penetração de água e ar (Pivetta e Silva Filho, 2002). 
A nutrição e o rendimento vegetal dependem do desenvolvimento radicular, 
intimamente associado à bioestrutura grumosa do solo, à fácil disponibilidade de água, ar 
e nutrientes e à ausência de compostos tóxicos (Primavesi, 2002). 
Primavesi (2002) ressalta a importância da matéria orgânica no solo para a 
sanidade vegetal. Em suas palavras, quando adequadamente manejada esta ajuda a 
“diversificar a vida do solo, produzir substâncias fungistáticas como fenóis e permitir a 
produção de antibióticos por bactérias”. Pivetta e Silva Filho (2002) não recomendam o 
controle químico de pragas e doenças no ambiente urbano. 
Outro problema relacionado à arborização viária é a escolha das espécies. Pivetta 
e Silva Filho (2002) elencam as seguintes condições para que uma árvore possa ser 
utilizada na arborização urbana, sem trazer inconvenientes: 
a. resistência a pragas e doenças; 
b. velocidade de desenvolvimento média para rápida;c. não produzir frutos grandes; 
d. ter lenho resistente; 
e. ser livres de espinhos; 
f. não conter princípios tóxicos ou alergênicos; 
g. apresentar bom efeito estético; 
h. flores, de preferência, de tamanho pequeno, sem odores fortes. 
i. ser nativa ou, se exótica, deve ser adaptada; 
 
- 18 - 
j. ter folhagem de renovação e tamanho favoráveis. 
k. ter copa com forma e tamanho adequados. 
l. ter sistema radicular profundo. 
 
Os organismos, de determinada espécie, são especializados em intervalos 
estreitos de condições ambientais e suas adaptações morfológicas e fisiológicas estão 
associadas aos mecanismos pelos quais estes interagem com o meio físico. A distribuição 
geográfica de plantas é globalmente determinada pelo clima e localmente associada aos 
solos e topografia (Ricklefs, 2003). 
No entanto, o homem introduz espécies em áreas fora de sua distribuição original, 
para os mais diversos fins: ornamental, alimento, madeira, princípios medicinais, entre 
outros. Estas se desenvolvem melhor quando cultivadas em condições próximas as da 
região de origem (Lorenzi et al., 2003). 
Lorenzi et al. (2003) define como árvores exóticas, “aquelas oriundas de outros 
países ou continentes que não pertencem à flora do País, não sendo, portanto nativas ou 
indígenas”. 
A vegetação nativa de nosso país sofreu milhares de anos de seleção natural, 
sendo, assim, resistentes e adaptadas ao meio (Lorenzi, 2002). No entanto, as espécies 
exóticas representam cerca de 80% das espécies usadas na arborização urbana (Lorenzi 
et al., 2003) e são as mais abundantes em muitas cidades (Almeida, 2009; Lira Filho et 
al., 2009; Oliveira et al., 2009; Silva et al., 2008; Caznok, 2008; Silva et al., 2008; Cadorin 
et al., 2008; Biondi e Leal, 2008; Blum; Borgo; Sampaio, 2008; Colleto et al., 2008; Silva et 
al., 2007; Silva et al., 2007; Bortoleto et al., 2007; Silva; Meunier; Freitas, 2007; Teixeira e 
Santos, 2007; Bortoleto, 2004; Dantas e Sousa, 2004; Andrade, 2002). 
Em muitos casos são raras as espécies nativas do bioma local (Pires et al., 2007; 
Silva; Meunier; Freitas, 2007; Harder, 2002). Isernhagen, Bourlegat e Carboni (2009) 
comentam a importância de se especificar em qual formação fitogeográfica a espécie é 
nativa, pois o Brasil é muito rico em dinstintas formações como o Cerrado, a Caatinga e a 
Floresta Amazônica. 
Faltam estudos sobre a utilização de espécies nativas (Isernhagen; Bourlegat; 
Carboni, 2009; Tomasini e Sattler, 2006; Machado et al., 2006; Lorenzi, 2002;). Apesar do 
Brasil possuir a flora arbórea mais diversificada do mundo, espécies de grande valor 
estão sendo perdidas, junto com a fauna dependente destas (Lorenzi, 2002). 
 
- 19 - 
Alvey (2006) ressalta a necessidade de se promover a diversidade em áreas 
urbanas, tendo em vista o potencial destas em sustentar uma importante biodiversidade. 
O emprego de árvores exóticas na arborização de ruas e praças do Brasil foi responsável 
pela quase extinção de muitas espécies de aves que não se adaptaram aos frutos 
exóticos (Lorenzi, 2002). 
A enorme diversidade de plantas nativas, com frutificação espalhada ao longo do 
ano, garante alimento de forma contínua e equilibrada à fauna (Lorenzi, 2002). Em Recife, 
Silva et al. (2005) encontraram uma frequência muito baixa de árvores que ofereciam 
frutos a ornitofauna. 
Desde o começo da nossa colonização, espécies exóticas foram trazidas para 
arborização, mas as árvores nativas também se destacaram na história, como o próprio 
nome do Brasil e o de cidades como Juazeiro (BA), Quixabeira (PE) e Cajueiro (AL) 
(Lorenzi, 2002). Contudo, muitas cidades não têm identidade arbórea (Silva, 2008). 
Também, são utilizadas muitas espécies invasoras (Blum; Borgo; Sampaio, 2008; 
Oliveira et al., 2009; Silva et al., 2008; Biondi e Leal, 2008; Silva et al., 2007; Biondi e 
Pedrosa-Macedo, 2008). Segundo Ziller (2001), o processo de contaminação biológica de 
ecossistemas por plantas exóticas afeta o funcionamento natural destes, prejudica as 
plantas nativas e representa hoje a segunda maior ameaça à biodiversidade, perdendo 
apenas para a destruição de habitats. 
Outro erro comum é o uso de espécies tóxicas, que oferecem risco à população. 
Um exemplo é a espirradeira (Nerium oleander), cujas partes são todas tóxicas (Biondi e 
Leal, 2008; Cavalcanti et al., 2003; Corrêa, 2006). De acordo com o SINITOX (2009), 60% 
das intoxicações por plantas no país ocorrem com crianças pequenas e 80% dos casos 
são acidentais. 
Espécies não-recomendadas para arborização de ruas, pelos mais diversos 
motivos, também são comumente usadas, a exemplo da amendoeira (Terminalia 
catappa), sombreiro (Clitoria fairchildiana), cássia-siamesa (Senna siamea), figueira-
benjamina (Ficus benjamina) e flamboyant (Delonix regia), por destruírem calçadas 
(Araújo et al., 2009; Rocha; Leles; Oliveira Neto, 2004; Lorenzi et al., 2003; Menegheti, 
2003), o limoeiro (Citrus limon), por apresentar espinhos (Corrêa, 2006), o eucalipto 
(Eucalyptus globulus) e o salgueiro (Salix babylonica), por apresentarem riscos aos 
encanamentos, em virtude de suas raízes muito hidrófilas (Corrêa, 2006). 
 
- 20 - 
Segundo Lesser (2001) muitos fatores contribuem para o enraizamento na 
superfície, responsável pelos danos às calçadas, estes são: tendência natural da espécie; 
irrigação superficial; canteiros pequenos; e excessiva compactação do solo. 
Por esses motivos, é muito importante a orientação sobre espécies ideais (Moura e 
Santos, 2009). Contudo, além do uso de espécies inadequadas, em muitos casos ocorre 
baixa diversidade ou dominância de poucas espécies (Almeida, 2009; Araújo et al., 2009; 
Sampaio e De Angelis, 2008; Cadorin et al., 2008; Rodolfo Júnior et al., 2008; Silva et al., 
2008; Rossatto; Tsuboy; Frei, 2008; Colleto et al., 2008; Melo; Lira Filho; Rodolfo Júnior, 
2007; Lima Neto et al., 2007; Sampaio, 2006; Tudini, 2006; Menegheti, 2003; Andrade, 
2002; Amaral, 2002). 
Pivetta e Silva Filho (2002) citam a importância da diversificação de espécies para 
reduzir a monotonia da malha urbana e evitar problemas de pragas e doenças. Estes 
recomendam que a frequência de uma espécie não ultrapasse 10 ou 15% da população 
total. Lorenzi (2002) ressalta que plantios homogêneos são sistemas instáveis e 
vulneráveis e sua manutenção é muito mais complicada que a de bosques heterogêneos 
de árvores nativas. 
Em virtude da baixa diversidade animais generalistas são beneficiados, com 
prejuízo para espécies de hábitos específicos (Brun; Link; Brun, 2007; Mendonça e dos 
Anjos, 2005). 
De acordo com o USDA Forest Service (2004), árvores de grande porte trazem 
muito mais benefícios que árvores de pequeno porte, pois proporcionam maior 
sombreamento, maior redução da poluição atmosférica e maior controle das águas 
pluviais. 
Apesar do uso de árvores ser mais vantajoso em termos financeiros, estéticos, 
climáticos, funcionais e de segurança pública que o de arbustos (Junior e Lima, 2007), um 
problema recorrente é a priorização de espécies arbustivas (Bortoleto et al., 2007; Aguirre 
Júnior; Volpe-Filik; Lima, 2007; Bortoleto, 2004). 
Arbustos em passeios podem prejudicar o trânsito de pedestres, assim como 
árvores com a primeira inserção de galhos abaixo da altura ideal (Almeida, 2009; Silva et 
al., 2008; Silva et al., 2008). Além destes, as espécies utilizadas como forração são, em 
alguns casos, também inadequadas (Bobrowski; Biondi; Baggenstoss, 2009). 
Todos esses problemas contribuem para uma manifestação negativa dos 
habitantes em relação à arborização viária (Silva et al., 2007; Silva, 2005). Lorenzo et al. 
(2000) encontraram, em Louisiana (EUA), a disposição de pagar pela proteção e 
 
- 21 - 
preservação da floresta urbana positivamente associada com a percepção dos benefícios 
e negativamente associada com os transtornos. Mais de 80% dos entrevistados estavam 
dispostos a pagar por esteserviço. Mas, no Brasil, são raros os projetos de educação 
ambiental que discutem este tema (Monico, 2001; Meneses et al., 2003). 
Fraser e Kenney (2000) ressaltam a importância de se considerar a diversidade 
cultural da população no planejamento. As diferentes percepções da vegetação geram 
uma maior complexidade à adoção de estratégias para a floresta urbana. 
 
 
Ecologia 
 
A maior parte dos problemas vistos acima pode ser associada à inobservância de 
processos e princípios básicos da Ecologia. 
Segundo Ricklefs (2003), Ecologia é a ciência que estuda como os organismos 
interagem entre si e com o meio físico, o prefixo “eco”, derivado do grego oikos, significa 
“casa”. Para Odum (1988), Ecologia é o estudo do “lugar onde se vive”, incluindo todos os 
organismos presentes e os processos que o tornam habitável. 
Alguns conceitos-chave para se discutir ecologia são: população, comunidade e 
ecossistema. Estes são diferentes níveis bióticos de organização e à medida que seus 
componentes interagem para produzir sistemas maiores, emergem propriedades que não 
existiam em níveis inferiores, ou seja, o todo é mais que a soma das partes (Odum, 1988). 
Segundo Ricklefs (2003), uma população é constituída de organismos de uma 
mesma espécie que vivem numa determinada área. Odum (1988) define como “qualquer 
grupo de organismos da mesma espécie que ocupa um espaço determinado e é parte 
funcional de uma comunidade biótica 
As populações, diferente dos organismos, são potencialmente imortais. Seu 
comportamento é dinâmico, devido aos nascimentos, mortes e movimentos de indivíduos, 
processos estes influenciados pela interação entre os próprios organismos e com o 
ambiente (Ricklefs, 2003). Odum (1988) refere-se a quatro atributos básicos de uma 
população: densidade, natalidade, mortalidade e distribuição etária. 
Todas as populações que vivem em uma determinada área compõem a 
comunidade. Esta é, portanto, um nível biótico maior que a população. (Odum, 1988). 
 
- 22 - 
Ricklefs (2003) chama de comunidade ecológica as “populações de diferentes tipos que 
vivem no mesmo lugar”, as quais interagem de muitas formas. 
A estrutura de uma comunidade pode ser medida através do número de espécies 
(riqueza) e pelos índices de diversidade, que pesam a contribuição de cada espécie por 
meio da abundância relativa, ou seja, sua proporção do número total de indivíduos na 
comunidade. Dois índices bastante usados são o de Simpson e o de Shannon-Wiener 
(Ricklefs, 2003). Para Silva Filho e Bortoleto (2005) estes indicadores são úteis nas 
decisões de manejo da arborização urbana. 
O conjunto de organismos e seus ambientes físico-químicos formam o ecossistema 
(Ricklefs, 2003). Para Odum (1988), este é “a unidade funcional básica na Ecologia, pois 
inclui tanto os organismos quanto o ambiente abiótico”. 
É um sistema aberto, com entradas e saídas, cuja interação de três componentes 
básicos garante sua funcionalidade: a comunidade, o fluxo de energia e a ciclagem de 
materiais (Odum, 1988). 
De acordo com Savard, Clergeau e Mennechez (2000), princípios usados para o 
manejo e incremento da biodiversidade podem ser aplicados em ecossistemas urbanos. 
Mas, é essencial a incorporação do componente sociológico. 
Os ambientes humanos também são sistemas ecológicos, mas o homem consome 
energia e recursos e produz rejeitos além das suas necessidades biológicas. Os impactos 
principais disto são a interrupção de processos ecológicos, com conseqüente 
exterminação de espécies, e a deterioração dos próprios ambientes humanos, pela forte 
pressão sobre os sistemas ecológicos que os sustentam (Ricklefs, 2003). 
As cidades, principalmente as industrializadas, são ecossistemas incompletos que 
dependem de amplas áreas externas para obter energia, água, alimentos e outros 
materiais. Estas apresentam um metabolismo bastante intenso por unidade de área, o 
que exige um grande influxo de energia e materiais e resulta em ambientes de saída 
carregados de resíduos tóxicos (Odum, 1988). 
Ricklefs (2003) ressalta o impacto da população humana na Terra. Segundo ele, 
cada indivíduo usa tanta energia e tantos recursos que a maior parte da superfície 
terrestre e dos oceanos está sobre controle direto da humanidade. 
Odum (1988) defende que o reconhecimento da base ecológica do conflito entre a 
meta humana e a tendência de desenvolvimento de sistemas naturais é o primeiro passo 
para a construção de políticas racionais de gerenciamento ambiental. 
 
 
- 23 - 
Permacultura 
 
O termo “Permacultura” foi originalmente proposto por Bill Mollison e David 
Holmgreen na década de 70 (Morrow, 1993). É definido por Mollison e Slay (1998) como 
“um sistema de design para a criação de ambientes humanos sustentáveis”. 
Segundo Morrow (1993), este integra a Ecologia na criação de comunidades 
humanas, projetando assim, ambientes que possam prover as necessidades básicas, 
bem como as infra-estruturas que as apóiam. 
Para Mollison e Slay (1998) estes sistemas ecologicamente corretos e 
economicamente viáveis, são capazes de suprir suas necessidades, sem exploração e 
poluição, garantindo, portanto, a sustentabilidade a longo prazo. 
O cerne da Permacultura é o design, ou conexão entre os elementos. Baseia-se na 
observação de sistemas naturais, na sabedoria dos sistemas produtivos tradicionais e no 
conhecimento científico e tecnológico moderno, para criação de um sistema de apoio à 
vida por meio das qualidades inerentes dos organismos e das características naturais dos 
terrenos e construções, ou seja, trabalhando com a natureza e não contra esta (Mollison e 
Slay, 1998). 
O design permacultural sustenta-se numa ética de cuidado com a Terra, ou seja, 
cuidado com todas as coisas vivas e não-vivas. Reconhece o valor de tudo que é vivo, 
mesmo que não haja valor comercial. Esta ética básica implica no cuidado com as 
pessoas e no cuidado com a distribuição do excedente de tempo, dinheiro e materiais 
para alcançar esses fins (Mollison e Slay, 1998). 
Dentro desta ética, os projetos permaculturais, em qualquer clima, condição cultural 
e escala, podem adotar leis e princípios básicos, em conjunto com práticas e técnicas 
locais (Mollison e Slay, 1998). Estes autores destacam os seguintes princípios: 
 cada elemento é posicionado em relação a outro de forma que se auxiliem 
mutuamente (Localização relativa); 
 cada elemento executa muitas funções; 
 cada função importante é apoiada por muitos elementos; 
 planejamento eficiente do uso de energia para a casa e os assentamentos 
(zonas e setores); 
 preponderância do uso de recursos biológicos sobre o uso de combustíveis 
fósseis; 
 
- 24 - 
 reciclagem local de energias (humanas e combustíveis); 
 utilização e aceleração da sucessão natural de plantas visando o 
estabelecimento de sítios e solos favoráveis; 
 policultura e diversidade de espécies, objetivando um sistema produtivo e 
interativo; 
 utilização de bordas e padrões naturais para um melhor efeito. 
 
Para Morrow (1993), o planejamento de ecossistemas produtivos e que exijam o 
mínimo de manutenção deve levar em conta processos como: fluxos de energia, 
reciclagem de matéria, teias alimentares, sucessão ecológica, empilhamento de espécies 
no espaço e fatores limitantes do clima e do solo. 
Na região metropolitana de Porto Alegre, o Centro Experimental de Tecnologias 
Habitacionais Sustentáveis (CETHS), traz uma proposta de assentamento urbano para 
populações de baixa renda, que leva em conta princípios da Permacultura (Tomasini e 
Sattler, 2006). 
No CETHS, além das estratégias como captação de águas pluviais, tratamento e 
reciclagem de resíduos, uso de materiais de construção e fontes de energia alternativa, o 
projeto busca a integração do paisagismo à produção local de alimentos, agregando, 
assim, mais funções à vegetação. É proposto o uso de espécies de importância para o 
ecossistemalocal ou que produzam bens para o homem e que sirvam de instrumento de 
educação ambiental (Tomasini e Sattler, 2006). Para Mollison e Slay (1998) tornou-se 
símbolo de status as fachadas não produtivas, com gramados e arbustos sem função. 
A produção de alimentos, em virtude da necessidade de espaço, tem sido excluída 
dos centros urbanos, para a zona rural distante. As cidades se tornaram incapazes de 
suportarem suas necessidades de alimento e energia, pois consomem além do que 
podem produzir (Mollison e Slay, 1998). 
Em pesquisa com a população do CETHS, constatou-se a convergência entre a 
busca da sustentabilidade e o uso de espécies nativas na arborização urbana, que além 
de incrementar a biodiversidade pode representar importante fonte de recursos (Tomasini 
e Sattler, 2006). 
Segundo Drescher, Jacob e Amend (2009), a produção de alimentos para as 
populações urbanas pode se dar na própria cidade, através de atividades como 
horticultura, criação de animais, coleta, silvicultura, entre outras. 
 
- 25 - 
Árvores podem ser plantadas em pomares públicos para a produção de frutas, 
castanhas, sementes ou óleo. Mas deve-se adotar uma visão de longo-prazo, com o 
planejamento da futura retirada de seus produtos e das próprias árvores (Morrow, 1993). 
Nas palavras de Mougeot (2009) “a característica principal da agricultura urbana, 
que a distingue decisivamente da agricultura rural, é sua integração no sistema 
econômico e ecológico urbano” ou ecossistema urbano. 
Altieri (2004) traz o conceito de “agroecossistema” e ressalta que a produção 
sustentável deste depende do equilíbrio entre plantas, solo, luz solar, água e todos os 
organismos vivos coexistentes. A Agroecologia estuda os agroecossistemas, numa visão 
multidimensional. 
 
 
Agroecologia 
 
Segundo Altieri (2004), “a agroecologia fornece uma estrutura metodológica de 
trabalho para a compreensão mais profunda tanto da natureza dos agroecossistemas 
como dos princípios segundo os quais eles funcionam. Trata-se de uma nova abordagem 
que integra os princípios agronômicos, ecológicos e socioeconômicos à compreensão e 
avaliação do efeito das tecnologias sobre os sistemas agrícolas e a sociedade como um 
todo”. 
Caporal, Costabeber e Paulus (2006) abordam a Agroecologia como “uma ciência 
que pretende contribuir para o manejo e desenho de agroecossistemas sustentáveis, em 
perspectiva de análise multidimensional (econômica, social, ambiental, cultural, política e 
ética). Entendida a partir de seu enfoque teórico e metodológico próprio e com a 
contribuição de diversas disciplinas científicas, a ciência Agroecológica passa a constituir 
uma matriz disciplinar integradora de saberes, conhecimentos e experiências de distintos 
atores sociais, dando suporte à emergência de um novo paradigma de desenvolvimento 
rural”. 
Segundo Petersen (2009), a agroecologia é “um enfoque científico que fornece as 
diretrizes conceituais e metodológicas para a orientação de processos voltados à 
refundação da agricultura na Natureza por meio da construção de analogias estruturais e 
funcionais entre os ecossistemas naturais e os agroecossistemas”. 
 
- 26 - 
Mas a sustentabilidade só é possível com a preservação da diversidade cultural 
que mantém as agriculturas locais. Dentro de uma organização social que proteja os 
recursos naturais e zele pela harmonia entre sociedade, agroecossistemas e ambiente. A 
participação da comunidade deve ser a força geradora do desenvolvimento (Altieri, 2004). 
Portanto, considerando-se a importância da Ecologia e da Permacultura na 
construção de uma sociedade sustentável e os benefícios proporcionados por uma 
arborização urbana planejada e eficiente. 
Em respeito aos artigos 6º e 225º da Constituição Federal brasileira (citados na 
página oito); e em respeito à Lei nº 11.428, de 22 de dezembro de 2006, também desta 
Constituição, que dispõe sobre a utilização e proteção da vegetação nativa do Bioma 
Mata Atlântica, com destaque para os artigos 6º e 7º (na Tabela 46 dos Anexos). 
Justifica-se a realização deste trabalho que tem por finalidade o estudo da 
arborização de Salvador, fundamentado em bases ecológicas e permaculturais. 
 
 
- 27 - 
OBJETIVOS 
 
Objetivo geral 
 
Analisar a comunidade arbórea de ruas e praças em Salvador-BA, à luz da 
Ecologia e Permacultura, com base em inventários quantitativos da arborização. 
 
 
Objetivos específicos 
 
i. Analisar a riqueza e diversidade da comunidade arbórea. 
ii. Analisar a abundância de espécies exóticas, nativas não regionais e nativas 
regionais. 
iii. Analisar a freqüência de espécies que forneçam alimento à fauna (incluso o 
homem). 
iv. Detectar a ocorrência de espécies tóxicas, alergênicas e invasoras. 
 
 
 
- 28 - 
METODOLOGIA 
 
Área de estudo 
 
O município de Salvador localiza-se na latitude 12°58’16’’ S e longitude 38°30’39’’ 
W (Salvador, 2004). É a capital do estado da Bahia (BA) e sua região metropolitana 
(RMS) é composta de dez municípios, cuja área total é de 2.186,61 km² e a população, 
em 2001, era de 3.021.572 habitantes. Além da capital, a RMS inclui: Camaçari, 
Candeias, Dias D'avila, Itaparica, Lauro de Freitas, Madre de Deus, São Francisco do 
Conde, Simões Filho e Vera Cruz. (CONDER, 2006). A Figura 16 dos Anexos mostra a 
RMS. 
No ano de 2000, a cidade de Salvador apresentava uma população de 2.443.107 
habitantes, distribuídos nos 313 km² do município, cujo perímetro é de 193,06 km. A 
densidade demográfica era de 7.805 hab/km² (CONDER, 2006). 
 
 
Clima 
Seu clima é tropical úmido, com alta pluviosidade, do tipo Af na classificação de 
Köppen (Bittencourt, 1971). A temperatura média anual é de 24°C a 26ºC, sendo que a 
máxima nunca ultrapassa 36ºC. Os meses de temperatura mais amena são, geralmente, 
junho e julho, sendo que a média do mês mais frio varia de 20º a 24ºC (IBGE, 1977). 
Mesmo no período com menor freqüência de chuvas, os constantes alísios de SE e 
L tem ação refrescante (IBGE, 1977), como retrata Peixoto (1968): “As brisas marinhas e 
os alísios vêm atenuar o carácter tórrido do clima soteropolitano, à medida que a posição 
e a orientação das casas lhes permitem. Isto quer dizer que no interior da cidade, os 
fundos de uma boa parte dos vales são quentes. O tipo de construção das casas, o 
material empregado, vêm ligeiramente compensar este inconveniente ou, ao contrário, 
agravá-lo mais ainda.” 
Salvador situa-se no domínio dos alísios que, regularmente sopram de SE, ao 
longo do ano, com maior freqüência em julho e agosto. Sua circulação é ultrapassada, em 
freqüência, pelos ventos de NE, de outubro a dezembro, e de L de dezembro a fevereiro. 
(Peixoto, 1968). Os ventos de Sul são os mais fortes (Bittencourt, 1971). 
 
- 29 - 
As chuvas de inverno são produzidas pelas massas polares, que começam em 
abril e dominam em julho. As precipitações de outono são produzidas pela massa 
equatorial Norte e as de verão pela massa equatorial continental (Peixoto, 1968). 
Os índices pluviométricos anuais estão entre 1750 a 2000 mm. O máximo de 
pluviosidade se dá no Outono (mais freqüentemente) ou no Inverno, sendo o trimestre 
mais chuvoso os meses de Abril-Maio-Junho. O mínimo se dá na Primavera ou Verão, 
mas não há estação seca (IBGE, 1977). 
 
 
Geomorfologia 
 
Segundo Ricklefs (2003), os padrões climáticos mais gerais, são sobrepostos por 
condições ambientais locais, dependentes da topografia e geologia. 
Salvador e seus arredores apresentam três domínios geológicos principais: a Bacia 
Sedimentar do Recôncavo, limitada ao leste pela Falha de Salvador; a Margem Costeira 
Atlântica; e o Alto de Salvador, que separa a Bacia do Recôncavo do Oceano Atlântico 
(Barbosa et al., 2005). Peixoto (1968) define três elementos topográficos principais na 
cidade: a Orla da Baía de Todos os Santos, o Planalto e o Litoral. 
O planalto é recortado pelas diferentes bacias que drenama região, gerando um 
relevo bastante acidentado, formado por vales profundos e encostas íngremes (Peixoto, 
1968). As principais bacias hidrográficas do município são: do Camaragibe, com 37 km²; 
do Cobre, com 17 km²; do Ipitanga, com 59 km²; do Jaguaribe, com 58 km²; do Lucaia, 
com 18 km²; e do Pituaçu, com 28 km² (Salvador, 2004). 
As características do solo resultam das influências da rocha, subjacente, e do clima 
e vegetação acima dele (Ricklefs, 2003). O Alto de Salvador é dominado por rochas 
metamórficas do Pré-Cambriano, com alto grau de metamorfismo, como granulitos ácidos 
e básicos com veios de diabásio. A espessura do manto de intemperismo é, quase 
sempre, superior a 10 m (Fujimori, 1968, apud Bittencourt, 1971). Este manto tem caráter 
argiloso, mas os fundos dos vales apresentam, geralmente, areias finas misturadas às 
argilas decorrentes da última transgressão marinha (Peixoto, 1968). 
Sub-paralela à Falha de Salvador, há uma zona rúptil, chamada Falha do Iguatemi 
(Figura 6), a oeste da qual as altitudes são maiores (>60 m) e a leste, em direção ao 
 
- 30 - 
Oceano Atlântico, são menores (>30 m) (Barbosa et al., 2005). No Norte da cidade os 
morros atingem em média 90 m de altura (Peixoto, 1968). 
 
 
Figura 6 - Mapa mostrando o contraste topográfico entre as partes oeste e leste 
da Falha do Iguatemi. (Fonte: Barbosa et al., 2005). 
 
 
Ao pé do escarpamento que divide as cidades Alta e Baixa, estende-se a orla da 
Baía de Todos os Santos, uma estreita e rasa planície, alargada pelo homem ao longo 
dos séculos (Peixoto, 1968). 
A Margem Costeira Atlântica é formada pelo acúmulo, pouco espesso, de 
sedimentos argilosos, arenosos e areno-argilosos, (Barbosa et al., 2005). Pode ser 
dividida em duas partes: um trecho que vai da Barra até Amaralina e outro de Amaralina 
em direção ao Norte (Peixoto, 1968). 
O primeiro trecho caracteriza-se por colinas que avançam em direção ao mar, 
terminando em falésias. Na outra parte, as formas de relevo continentais encontram-se 
mais afastadas da praia (de 500 m a 1 km) (Peixoto, 1968). Neste trecho as dunas 
ocorrem desde a Pituba, com grande desenvolvimento em Itapuã. Após as dunas, em 
 
- 31 - 
direção à praia, há planícies arenosas, com leves ondulações. Em vários pontos, a costa 
é margeada por um cordão arenoso (Bittencourt, 1971). 
 
 
Flora e fauna 
 
Como disposto na Lei nº 11.428, de 22 de Dezembro de 2006, da Constituição 
Federal, disposto no seu Art. 2º, o Bioma Mata Atlântica integra as seguintes formações 
florestais e ecossistemas associados: Floresta Ombrófila Densa; Floresta Ombrófila Mista; 
Floresta Ombrófila Aberta; Floresta Estacional Semidecidual; e Floresta Estacional 
Decidual, manguezais, vegetações de restingas, campos de altitude, brejos interioranos e 
encraves florestais do Nordeste. A cidade de Salvador está dentro do seu domínio (MMA, 
2002). 
A Mata Atlântica apresenta altos índices de biodiversidade e endemismo. Os dois 
maiores recordes mundiais de diversidade de plantas lenhosas foram registrados no Sul 
da Bahia. Apesar disto, sua conservação enfrenta grandes desafios. No domínio da Mata 
Atlântica habita 70% da população do país e localizam-se as maiores cidades e pólos 
industriais (MMA, 2002). 
Dentro do município de Salvador estão presentes quatro Áreas de Proteção 
Ambiental: APA Lagoas e Dunas do Abaeté, APA Bacia do Cobre – São Bartolomeu, APA 
Joanes-Ipitanga e a APA Baía de Todos os Santos (CRA, 2002). 
A APA Baía de Todos os Santos possui uma área de 800 km², abrangendo 13 
municípios e 54 ilhas. Serve à proteção de remanescentes de Mata Atlântica, restingas e 
manguezais. Suas águas abrigam uma fauna diversa e algumas de suas ilhas são 
verdadeiros santuários ecológicos, com destaque para as ilhas: das Vacas, do Medo, dos 
Frades e de Bimbarra. Habitam as ilhas desta APA aves como juriti (Geotrygon sp.), 
gavião-carrapateiro (Milvago chimachima), garça–azul (Egretta caerulea), murucututu 
(Pulsatrix perspicillata), carcará (Polyborus plancus), papagaio-verdadeiro (Amazona 
aestiva) e irerê (Dendrocygna viduata), além de outros animais, como a iguana (Iguana 
iguana) e o mico-de-tufos-brancos (Callithrix jaccus) (CRA, 2002). 
A APA Joanes-Ipitanga, possui 64 mil hectares e abrange os municípios de 
Camaçarí, Simões Filho, Lauro de Freitas, São Francisco do Conde, Candeias, São 
Sebastião do Passé, Salvador e Dias D’Ávila. Apresenta remanescentes de floresta 
ombrófila, dunas e restingas, cuja proteção é essencial à boa qualidade da água que 
 
- 32 - 
abastece a RMS. Em suas matas habitam, entre outros animais, mamíferos como a 
raposa (Cerdocyon thous) e o quati (Nasua nasua) (CRA, 2002). 
Nas proximidades da RMS destacam-se como áreas de alta importância biológica 
para a conservação: a área metropolitana de Salvador, a APA Litoral Norte e matas 
circunvizinhas (para a flora); a RMS, restingas ao Norte de Salvador e a Ilha de Itaparica 
(para invertebrados); as matas de Conde, Jandaíra e Santo Amaro (para as aves); e os 
remanescentes florestais do Recôncavo Baiano (para mamíferos) (MMA, 2002). 
A cobertura vegetal da parte continental do município é de 9.382,30 hectares, o 
que equivale a 33,19% desta área (Salvador, 2004), conforme Figura 18 dos Anexos. 
Simões (2002) ressalta a importância das seguintes áreas verdes do município: 
Ilha dos Frades, Parque São Bartolomeu/ Pirajá, Parque de Pituaçu, Parque da Cidade, 
Dunas de Itapuã e áreas do entorno da Avenida Paralela. 
O PDDU ao tratar de Áreas de Conservação e de Valor Urbano Ambiental, dentro 
do município, destaca os seguintes espaços e suas categorias (Tabela 5) (Salvador, 
2004). O mapa com a localização destas consta nos Anexos (Figura 18). 
 
Tabela 5 - Áreas de Conservação e de Valor Urbano Ambiental em Salvador (Salvador, 2004). 
Aratu 
Cobre 
São Bartolomeu 
Abaeté 
Dunas de Armação 
Vale do Cascão 
Parques da Natureza 
Manguezal do Rio Passa Vaca 
Lagoas e Dunas do Abaeté 
Joanes/Ipitanga 
Baía de Todos os Santos APAs Estaduais 
Lagoa da Paixão e Bacia do Cobre 
Cascão 
Cobre/Pirajá 
Jaguaribe 
Aratu 
Áreas de Proteção de Recursos Naturais 
São Marcos 
Zoobotânico de Ondina 
Joventino Silva 
Pituaçu 
Lagoa da Paixão 
Vale da Mata Escura e do Prata 
Mata dos Oitis (Jardim Botânico) 
Parques Urbanos 
Sócio-Ambiental de Canabrava 
Dique do Tororó 
Jardim dos Namorados 
Costa Azul 
Jardim de Alah 
Parques de Recreação 
Aeroclube 
 
- 33 - 
Calçadas 
 
Brito (2008) estudou as calçadas de diferentes bairros em Salvador. Segundo ele, 
a cidade começou a ter ruas pavimentadas um século depois de sua fundação. Em 
meados do século XIX foram implantados os passeios, com largura inferior a 1 m, 
seguindo modelo francês. Áreas centrais como o Pelourinho ainda preservam isso. A Lei 
de Ordenamento do Uso e da Ocupação do Solo (LOUOS), de 1984, definiu a largura 
mínima dos passeios entre dois a 2,5 m. Cabe à iniciativa privada a manutenção das 
calçadas na frente dos imóveis. 
Na Rua Chile as calçadas apresentaram largura média de 2 m, predominando 2,2 
m, em contraste com o resto do centro antigo com largura predominante inferior a 1 m. 
Isto se deve a uma reforma do início do século XX. Na Ladeira da Preguiça predominam 
calçadas de um a 1,5 m. 
Na Avenida Tancredo Neves, centro moderno, as calçadas apresentaram em 
média dois metros. Estas, quando não estreitas, apresentavam-se repletas de obstáculos. 
Na Estrada da Liberdade a largura predominante foi de 2,5 m. Na Rua do Curuzu 
predominavam calçadas com menos de 1 m, em alguns trechos com apenas 0,5 m. 
Na Rua da Graça a largura média foi de 2,5 m. Na Vitória as calçadas tiveram em 
média três metros. No Jardim Apipema, apesar de ser um bairro recente, criado na 
metade do século XX, foram encontradas ruas estreitas e calçadas com pouco mais de 
um metro. 
 
 
Métodos 
 
A busca por inventários quantitativos, com a frequência de indivíduospor espécie, 
foi efetuada em periódicos e publicações da área como a Revista da Sociedade Brasileira 
de Arborização Urbana, Revista Brasileira de Botânica, resumos de congressos, entre 
outros, e em relatórios técnicos disponíveis nos órgãos municipais responsáveis pela 
arborização e áreas verdes (SMA – Superintendência de Meio Ambiente; SUCOP – 
Superintendência de Conservação e Obras Públicas; Jardim Botânico de Salvador e no 
Parque Joventino Silva). 
 
- 34 - 
Os nomes científicos foram adotados conforme TROPICOS (2009), sendo feitas, 
quando possíveis, as devidas correções. Subespécies e variedades foram consideradas 
em nível de espécie. A classificação das famílias segue APG II (2003), como adotado por 
Souza e Lorenzi (2005). 
Foram excluídas da análise as espécies não-arbóreas, como arbustos, palmeiras 
(Arecaceae), entre outras. Apesar de sua importância paisagística e ecológica, estas não 
proporcionam tantos benefícios quanto às árvores, devido ao reduzido tamanho da copa e 
por prejudicar o trânsito de pedestres (no caso de arbustos e touceiras). 
Os índices de diversidade de Simpson (D) e de Shannon-Wiener (H) foram 
adotados conforme Ricklefs (2003). A densidade de espécies (R/N) segue Odum (1988). 
A classificação quanto à origem dividiu as espécies em três grupos: exóticas do 
Brasil (EX); nativas do Brasil, mas não regionais (BR); e aquelas nativas regionais do 
Domínio da Mata Atlântica no estado da Bahia (NR). Esta classificação é parecida à 
adotada por Isernhagen, Bourlegat e Carboni (2009), que separam em exóticas, nativas e 
nativas regionais. 
A origem das espécies e aquelas fornecedoras de alimento à fauna, foram 
levantadas com base em Lorenzi (2002), Lorenzi et al. (2003; 2006). Quanto ao 
provimento de alimento, foram consideradas tanto aquelas espécies que fornecem 
alimento somente à fauna, quanto aquelas com produtos comestíveis para o homem. 
As espécies invasoras (Tabela 46 dos Anexos) foram levantadas com base no 
estudo “Contextualização sobre espécies exóticas invasoras – Dossiê Pernambuco” 
(Almeida et al., 2009), levando-se em conta a proximidade geográfica deste estado. 
As espécies tóxicas e com princípios alergênicos foram levantadas a partir do 
SINITOX (2009), Lorenzi (2002), Lorenzi et al. (2003, 2006), Lorenzi e Souza (2004). 
A discussão se fundamentou, principalmente, em estudos e princípios da Ecologia 
e Permacultura, considerando a importância destes na construção de uma sociedade 
sustentável. 
 
 
- 35 - 
RESULTADOS 
 
 Corredor da Avenida Centenário 
 
O laudo técnico “SPJ – Corredor da Centenário” apresentou inventário quali-
quantitativo das árvores presentes nas avenidas Centenário e Vale dos Barris, ruas Airosa 
Galvão, Doutor Artur Neiva, Plínio Moscoso, Deocleciano Barreto, Martagão Gesteira, 
Engenheiro Celso Torres, Beirute, Doutor Arlindo de Assis e praças do IBIT, dos Reis 
Católicos e Doutor João Mangabeira (Chão Verde, 2002). 
Estas ruas e praças localizam-se em duas Regiões Administrativas: Centro e 
Barra/Ondina (CONDER, 2006). A Figura 17 dos Anexos mostra a localização do 
Corredor da Centenário, na cidade de Salvador. Nesta, estão destacadas apenas as 
Avenidas Centenário e Vale dos Barris, Praça dos Reis Católicos e Dr. João Mangabeira. 
As outras ruas são circunvizinhas. 
Foram reportados diversos problemas fitossanitários como: afloramento da raiz 
(79,05% dos indivíduos); infestações (48,13%); e infecções (67,84%). 
Do total das 482 árvores analisadas, foram identificadas 31 espécies, dispostas em 
13 famílias. Não foram amostradas as Arecaceae. A relação das espécies encontradas e 
suas abundâncias encontram-se na Tabela 6. 
 
Tabela 6 - Espécies encontradas no Corredor da Centenário (P – Abundância , Pi - Abundância 
relativa). 
Nº Espécie Família Nome Vulgar P Pi (%) 
1 Clitoria fairchildiana R.A. Howard Fabaceae Sombreiro 88 18,30 
2 Pachira aquatica Aubl. Malvaceae Monguba 70 14,50 
3 Terminalia catappa L. Combretaceae Amendoeira 43 8,92 
4 Delonix regia (Bojer) Raf. Fabaceae Flamboyant 42 8,71 
5 Senna siamea (Lam.) H.S. Irwin & Barneby Fabaceae Cássia-siamesa 35 7,26 
6 Triplaris pachau Mart. Polygonaceae Triplaris 29 6,02 
7 Tabebuia avellanedae Lorentz ex Griseb. Bignoniaceae Ipê-rosa 26 5,39 
8 Tabebuia caraiba (Mart.) Bureau Bignoniaceae Caraibeira 23 4,77 
9 Albizia lebbeck (L.) Benth. Fabaceae Língua-de-sogra 20 4,15 
10 Mangifera indica L. Anacardiaceae Mangueira 17 3,53 
11 Cassia grandis L. f. Fabaceae Cássia-grande 12 2,49 
12 Peltophorum dubium (Spreng.) Taub. Fabaceae Canafístula 12 2,49 
13 Casuarina equisetifolia L. Casuarinaceae Casuarina 12 2,49 
14 Mimosa caesalpiniifolia Benth. Fabaceae Sabiá 7 1,45 
15 Syzygium cumini (L.) Skeels Myrtaceae Jamelão 6 1,24 
 
- 36 - 
Nº Espécie Família Nome Vulgar P Pi (%) 
16 Filicium decipiens (Wight & Arn.) Thwaites Sapindaceae 
Árvore-
samambaia 5 1,04 
17 Spondias monbim L. Anacardiaceae Cajazeira 5 0,62 
18 Tipuana tipu (Benth.) Kuntze Fabaceae Tipuana 3 0,62 
19 Caesalpinia peltophoroides Benth. Fabaceae Sibipiruna 3 0,62 
20 Schizolobium parahyba (Vell.) S. F. Blake Fabaceae Guapuruvu 3 0,62 
21 Ficus benjamina L. Moraceae Figueira-benjamina 3 0,62 
22 Licania tomentosa (Benth.) Fritsch Chrysobalanaceae Oiti-mirim 2 0,41 
23 Ceiba pentandra (L.) Gaertn. Malvaceae Sumaúma 2 0,41 
24 Artocarpus heterophyllus Lam. Moraceae Jaqueira 2 0,41 
25 Hibiscus pernambucensis Arruda Malvaceae Algodão-da-praia 2 0,41 
26 Genipa americana L. Rubiaceae Jenipapo 1 0,21 
27 Sterculia foetida L. Malvaceae Chichá-fedorento 1 0,21 
28 Ficus guaranítica Chodat Moraceae Figueira-branca 1 0,21 
29 Persea americana Mill. Lauraceae Abacateiro 1 0,21 
30 Cassia fistula L. Fabaceae Chuva-de-ouro 1 0,21 
31 Albizia julibrissin Durazz. Fabaceae Acácia-de-Constantinópola 1 0,21 
32 Não Identificadas N.I. N.I. 4 0,83 
 Total 482 100,00 
 
Ou seja, as dez espécies mais abundantes foram: 
1) Clitoria fairchildiana (Sombreiro) 
2) Pachira aquatica (Monguba) 
3) Terminalia catappa (Amendoeira) 
4) Delonix regia (Flamboyant) 
5) Senna siamea (Cássia-siamesa) 
6) Triplaris pachau (Triplaris) 
7) Tabebuia avellanedae (Ipê-rosa) 
8) Tabebuia caraiba (Caraibeira) 
9) Albizia lebbeck (Língua-de-sogra) 
10) Mangifera indica (Mangueira) 
 
O gráfico da Figura 7 mostra as abundâncias relativas entre as espécies da 
comunidade arbórea do Corredor da Centenário. 
 
 
- 37 - 
0
2
4
6
8
10
12
14
16
18
20
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32
Espécies
Pi
 (%
)
 
Figura 7 – Abundância relativa entre as espécies da comunidade arbórea do Corredor da Centenário 
(Pi – Abundância relativa), conforme Tabela 6. 
 
- 38 - 
Como pôde ser observado, existe uma dominância de poucas espécies, pois as 
duas mais abundantes, C. fairchildiana e P. aquatica, representaram 32,8% do total de 
indivíduos, os quais somados as populações de T. catappa e D. regia, corresponderam a 
metade da comunidade arbórea. Dez espécies apresentaram dois indivíduos ou menos. 
O índice de diversidade de Simpson encontrado foi D=11,14 e os índices de 
Shannon-Wiener foram H=0,794 e eH=15,67. A Tabela 7 mostra o percentual da 
comunidade representado pela soma das espécies mais abundantes. 
 
 
Tabela 7 – Percentual da soma 
das espécies mais abundantes no 
Corredor da Centenário. 
Nº espécies Pi (%) 
1 18,30 
2 32,80 
3 41,72 
4 50,43 
5 57,69 
6 63,71 
7 69,10 
8 73,87 
9 78,02 
10 81,55 
 
 
Quanto à origem, as árvores exóticas dominaram tanto em relação ao número de 
espécies (45%) quanto ao número de indivíduos (39,6%), mas a abundância relativa dos 
indivíduos nativos não regionais (37,3%) foi próxima a dos exóticos. 
As espécies nativas regionais representaram somente 11,2% do total de indivíduos 
e 25,8% das espécies encontradas, conforme Tabela 8. 
 
 
Tabela 8 – Origem das espécies e abundância de indivíduos de cadacategoria no Corredor da Centenário (NR- Nativa regional; BR - Nativa não 
regional; EX - Exótica; N.I. – Não identificado). 
Origem P espécies Pi (%) P indivíduos Pi (%) 
NR 8 25,8 54 11,2 
BR 6 19,4 180 37,3 
EX 14 45,0 191 39,6 
N.I. 3 9,7 57 11,8 
Total 31 100,0 482 100,0 
 
 
- 39 - 
As espécies nativas regionais encontradas foram: 
1) T. avellanedae (Ipê-rosa) 
2) P. dubium (Canafístula) 
3) S. mombin (Cajazeira) 
4) C. peltophoroides (Sibipiruna) 
5) S. parahyba (Guapuruvu) 
6) L. tomentosa (Oiti-mirim) 
7) H. pernambucensis (Algodão-de-praia) 
8) G. americana (Jenipapo) 
 
Quanto à funcionalidade, das 31 espécies encontradas, somente 10 fornecem 
alimento à fauna, o que em número de indivíduos representa 29,9% do total, conforme 
Tabela 9. 
 
Tabela 9 – Abundância de espécies 
fornecedoras de alimento no Corredor da 
Centenário (P – Abundância total; Pi – 
Abundância relativa). 
 P Pi (%) 
Espécies 10 31,25 
Indivíduos 144 29,90 
 
Entre estas as mais abundantes foram, respectivamente: 
1. Pachira aquatica (Monguba) 
2. Terminalia catappa (Amendoeira) 
3. Mangifera indica (Mangueira) 
4. Syzygium cumini (Jamelão) 
5. Artocarpus heterophyllus (Jaqueira) 
 
 
 
- 40 - 
Dique do Tororó 
 
No relatório “Vistoria da Arborização do Dique do Tororó” consta a relação de 
indivíduos arbóreos e palmeiras que circundam o Dique, com uma avaliação do estado 
fitossanitário e recomendações de manejo (Oliveira; Nakagawa; Figueiredo, 2000). 
Esta área situa-se na Região Administrativa - Centro (CONDER, 2006). Sua 
localização consta na Figura 17 dos Anexos. 
Do total de 127 indivíduos, foram identificadas 20 espécies, dispostas em 8 
famílias. A composição específica e as abundâncias totais e relativas encontram-se na 
Tabela 10. 
 
Tabela 10 - Espécies encontradas no Dique do Tororó (P – Abundância total, Pi - Abundância 
relativa). 
Nº Espécie Família Nome Popular P Pi (%) 
1 Delonix regia (Bojer) Raf. Fabaceae Flamboyant 50 39,40 
2 Tabebuia caraiba (Mart.) Bureau Bignoniaceae Caraibeira 12 9,45 
3 Ceiba pentandra (L.) Gaertn. Malvaceae Sumaúma 12 9,45 
4 Ficus elastica Roxb. Moraceae Seringueira-de-jardim 11 8,66 
5 Casuarina equisetifolia L. Casuarinaceae Casuarina 9 7,09 
6 Terminalia catappa L. Combretaceae Amendoeira 6 4,72 
7 Clitoria fairchildiana R.A. Howard Fabaceae Sombreiro 6 4,72 
8 Cassia javanica L. Fabaceae Cássia-javanesa 3 2,36 
9 Mangifera indica L. Anacardiaceae Mangueira 3 2,36 
10 Peltophorum dubium (Spreng.) Taub. Fabaceae Canafístula 3 2,36 
11 Chorisia speciosa A. St.-Hil. Malvaceae Paineira-rosa 2 1,57 
12 Cassia grandis L. f. Fabaceae Cássia-grande 2 1,57 
13 Syzygium cumini (L.) Skeels Myrtaceae Jamelão 1 0,79 
14 Tabebuia avellanedae Lorentz ex Griseb. Bignoniaceae Ipê-rosa 1 0,79 
15 Spondias monbim L. Anacardiaceae Cajazeira 1 0,79 
16 Artocarpus heterophyllus Lam. Moraceae Jaqueira 1 0,79 
17 Ficus benjamina L. f. Moraceae Figueira-benjamina 1 0,79 
18 Caesalpinia echinata Lam. Fabaceae Pau-Brasil 1 0,79 
19 Tabebuia chrysotricha (Mart. ex A. DC.) Standl. Bignoniaceae Ipê-amarelo 1 0,79 
20 Cassia fistula L. Fabaceae Chuva-de-ouro 1 0,79 
 Total 127 100,00 
 
Portanto as dez espécies mais abundantes foram, em ordem: 
1) Delonix regia (Flamboyant) 
2) Tabebuia caraiba (Caraibeira) 
3) Ceiba pentandra (Sumaúma) 
 
- 41 - 
4) Ficus elastica (Seringueira-de-jardim) 
5) Casuarina equisetifolia (Casuarina) 
6) Terminalia catappa (Amendoeira) 
7) Clitoria fairchildiana (Sombreiro) 
8) Cassia javanica (Cássia-javanesa) 
9) Mangifera indica (Mangueira) 
10) Peltophorum dubium (Canafístula) 
 
Além destas espécies arbóreas, ocorreram representantes da família Arecaceae, 
sendo um indivíduo de Roystonea oleracea (Jacq.) O.F. Cook e de Dypsis lutescens (H. 
Wendl.) Beentje & J. Dransf, e 16 indivíduos de Cocos nucifera L. 
A Figura 8 mostra as abundâncias relativas entre as espécies da comunidade 
arbórea do Dique do Tororó. 
 
 
 
 
 
 
- 42 - 
0
5
10
15
20
25
30
35
40
45
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20
Espécies
Pi
 (%
)
 
 
Figura 8 – Estrutura da comunidade arbórea do “Dique do Tororó” (Pi = abundância relativa), conforme Tabela 10. 
 
 
- 43 - 
A espécie D. regia dominou a área em questão, com 39,4% do total de indivíduos. 
Metade das espécies respondeu por 90,57% do total de indivíduos, como se pode ver na 
Tabela 11. 
A outra metade das espécies apresentou apenas um ou dois indivíduos. O índice 
de diversidade de Simpson encontrado foi D=5,19 e os índices de Shannon-Wiener foram 
H=0,74 e eH=9,04. A Tabela 11 mostra o percentual da comunidade representado pela 
soma das espécies mais abundantes. 
 
Tabela 11 – Percentual da soma das espécies 
mais abundantes no Dique do Tororó. 
Nº espécies % total 
1 39,40 
2 48,85 
3 58,30 
4 66,96 
5 74,05 
6 78,77 
7 83,49 
8 85,85 
9 88,21 
10 90,57 
 
Relativo à origem, houve grande dominância de espécies exóticas, representando 
metade das espécies encontradas e 67,7% do total de indivíduos. O número de espécies 
nativas não regionais foi próximo ao das nativas regionais, contudo o número de 
indivíduos desta última representou apenas 4,72% do total, conforme Tabela 12. 
 
Tabela 12 – Origem das espécies e abundância de indivíduos de 
cada categoria no Dique do Tororó (NR - Nativa regional; BR - 
Nativa não regional; EX - Exótica; N.I. – Não identificado). 
Origem Nº espécies P (%) P P(%) 
NR 4 20 6 4,72 
BR 5 25 23 18,00 
EX 10 50 86 67,7 
N.I. 1 5 12 9,45 
Total 20 100 127 100,00 
 
As quatro espécies nativas regionais encontradas foram: 
1) P. dubium (Canafístula) 
2) T. avellanadae (Ipê-rosa) 
3) S. mombin (Cajazeira) 
4) C. echinata (Pau-Brasil) 
 
- 44 - 
Das 20 espécies encontradas, apenas cinco fornecem alimento à fauna (Tabela 
13), o que em número de indivíduos significa 9,45% da comunidade. 
 
Tabela 13 – Abundância de espécies 
fornecedoras de alimento no Dique do 
Tororó (P – Abundância total; Pi – 
Abundância relativa). 
 P Pi (%) 
Espécies 5 25,00 
Indivíduos 12 9,45 
 
Estas foram em ordem decrescente de abundância: 
1) Terminalia catappa (Amendoeira) 
2) Mangifera indica (Mangueira) 
3) Artocarpus heterophyllus (Jaqueira) 
4) Spondias mombin (Cajazeira) 
5) Syzygium cumini (Jamelão) 
 
 
Rua Miguel Calmon 
 
O relatório técnico “Diagnóstico da vegetação da Rua Miguel Calmon”, apresenta 
inventário quali-quantitativo das árvores da referida rua (Longa; Barbosa; Oliveira, 1998). 
Esta se situa na Região Administrativa - Centro (CONDER, 2006). Sua localização consta 
na Figura 17 dos Anexos. 
Os problemas encontrados nas árvores diagnosticadas foram: falta de espaço para 
o sistema radicular e impermeabilização; injúrias antrópicas; infestações de cupins e 
formigas; crescimento externo anormal, “galhas” de nematóides; e manchas foliares, 
causadas por fungos. 
Ao todo foram analisadas 46 árvores, pertencentes a três espécies, uma de cada 
família. Ocorreram também 4 indivíduos de Roystonea oleracea (Jacq.) O.F. Cook. 
A Tabela 14 mostra a relação destas com suas respectivas abundâncias. 
 
 
- 45 - 
Tabela 14 - Espécies encontradas na Rua Miguel Calmon (P – Abundância total, Pi - 
Abundância relativa). 
Nº Espécie Família Nome Vulgar P Pi (%) 
1 Pachira aquatica Aubl. Malvaceae Monguba 36 78,26 
2 Licania tomentosa (Benth.) Fritsch Chrysobalanaceae Oiti-mirim 9 19,60 
3 Fícus benjamina L. f.. Moraceae Figueira-benjamina 1 2,17 
 Total 46 100,00 
 
A Figura 9 mostra as abundâncias relativas entre as espécies da comunidade 
arbórea da Rua Miguel Calmon. 
 
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
1 2 3
Espécies
Pi
 (%
)
 
Figura 9 – Abundância relativa entre espécies da Rua Miguel Calmon, conforme Tabela 14. 
 
Houve grande dominância da espécie P. aquatica, cujos indivíduos representaram 
78,26% do total. A segunda espécie mais abundante foi a L. tomentosa, com (19,6%), 
seguida da F. benjamina com apenasum indivíduo. 
O índice de diversidade de Simpson encontrado foi D=1,54 e os índices de 
Shannon-Wiener foram H=0,54 e eH=1,81. 
Quanto à origem, as três espécies encontradas pertencem uma a cada categoria 
(Tabela 15). Ou seja, só ocorreu um indivíduo exótico (F. benjamina), enquanto houve 36 
 
- 46 - 
indivíduos de P. aquatica, nativa não-regional, e 9 indivíduos de L. tomentosa, nativa 
regional. 
 
Tabela 15 – Origem das espécies e abundância de indivíduos de cada categoria na R. 
Miguel Calmon (NR - Nativa regional; BR - Nativa não regional; EX – Exótica). 
Origem P espécies Pi espécies (%) P indivíduos Pi indivíduos (%) 
NR 1 33,3 9 19,60 
BR 1 33,3 36 78,26 
EX 1 33,3 1 2,17 
Total 3 100 46 100,00 
 
As espécies L. tomentosa e P. aquatica fornecem alimento à fauna. A soma dos 
seus indivíduos representou 97,8% do total, conforme Tabela 16. 
 
Tabela 16 – Abundância de espécies 
fornecedoras de alimento na R. Miguel 
Calmon (P – Abundância total; Pi – 
Abundância relativa). 
 P Pi (%) 
Espécies 2 33,33 
Indivíduos 45 97,80 
 
 
Avenida Antônio Carlos Magalhães 
 
O relatório “Caracterização de vias de circulação. Avenida Antonio Carlos 
Magalhães - Itaigara” apresenta relação das espécies vegetais e suas freqüências na 
área especificada (SPJ, 2008). 
A Avenida Antônio Carlos Magalhães (ACM) situa-se nas Regiões Administrativas: 
Pituba/Costa Azul e Brotas (CONDER, 2006). Sua localização consta na Figura 17 dos 
Anexos. 
Foram identificados 821 indivíduos arbóreos, pertencentes a 44 espécies e 16 
famílias. A composição específica e as abundâncias totais e relativas encontram-se na 
Tabela 17. 
 
 
- 47 - 
Tabela 17 - Espécies arbóreas encontradas na Av. ACM (P – Abundância total, Pi - 
Abundância relativa). 
Nº Espécie Família Nome vulgar P Pi (%) 
1 Terminalia catappa L. Combretaceae Amendoeira 136 16,60 
2 Clitoria fairchildiana R.A. Howard Fabaceae Sombreiro 121 14,70 
3 Lagerstroemia indica L. Lythraceae Resedá 79 9,62 
4 Tabebuia pentaphylla (L.) Hemsl. Bignoniaceae Ipê-bálsamo 68 8,28 
5 Caesalpinia peltophoroides Benth. Fabaceae Sibipiruna 58 7,06 
6 Cassia fistula L. Fabaceae Chuva-de-ouro 51 6,21 
7 Ficus benjamina L. Moraceae Figueira-
benjamina 
41 4,99 
8 Pachira aquatica Aubl. Malvaceae Monguba 39 4,75 
9 Filicium decipiens (Wight & Arn.) 
Thwaites 
Sapindaceae Árvore-
samambaia 
34 4,14 
10 Tabebuia chrysotricha (Mart. ex A. 
DC.) Standl. 
Bignoniaceae Ipê-amarelo 23 2,80 
11 Ceiba pentandra (L.) Gaertn. Malvaceae Sumaúma 22 2,68 
12 Bauhinia variegata L. Fabaceae Pata-de-vaca-
rosa 
21 2,56 
13 Adenanthera pavonina L. Fabaceae Carolina 15 1,83 
14 Mangifera indica L. Anacardiaceae Mangueira 11 1,34 
15 Casuarina equisetifolia L. Casuarinaceae Casuarina 10 1,22 
16 Albizia lebbeck (L.) Benth. Fabaceae Língua-de-
sogra 
8 0,97 
17 Prosopis ruscifolia Griseb. Fabaceae Algarobo 8 0,97 
18 Acacia farnesiana (L.) Willd. Fabaceae Vinhático-de-
espinho 
7 0,85 
19 Caesalpinia ferrea Mart. Fabaceae Pau-ferro 7 0,85 
20 Delonix regia (Bojer) Raf. Fabaceae Flamboyant 6 0,73 
21 Simarouba amara Aubl. Simaroubaceae Pau-paraíba 6 0,73 
22 Anacardium occidentale L. Anacardiaceae Cajueiro 5 0,61 
23 Caesalpinia echinata Lam. Fabaceae Pau-Brasil 5 0,61 
24 Cassia javanica L. Fabaceae Cássia-
javanesa 
4 0,49 
25 Licania tomentosa (Benth.) Fritsch Chrysobalanaceae Oiti-mirim 4 0,49 
26 Peltophorum dubium (Spreng.) 
Taub. 
Fabaceae Canafístula 3 0,37 
27 Pithecellobium diversifolium Benth. Fabaceae - 3 0,37 
28 Sterculia striata A. St.-Hil. & Naudin Malvaceae Chichá-do-
cerrado 
3 0,37 
29 Tamarindus indica L. Fabaceae Tamarindeiro 3 0,37 
30 Tipuana tipu (Benth.) Kuntze Fabaceae Tipuana 3 0,37 
31 Araucaria excelsa (Lamb.) R. Br. Araucariaceae - 2 0,24 
32 Ficus Iyrata Warb. Moraceae Figueira-lira 2 0,24 
33 Guazuma ulmifolia Lam. Malvaceae Embira 2 0,24 
34 Anadenanthera macrocarpa 
(Benth.) Brenan 
Fabaceae Angico 1 0,12 
35 Artocarpus integrifolia L. f. Moraceae Jaqueira 1 0,12 
36 Senna macranthera (DC. ex 
Collad.) H.S. Irwin & Barneby 
Fabaceae Fedegoso 1 0,12 
37 Dillenia indica L. Dilleniaceae Árvore-da-
pataca 
1 0,12 
38 Syzygium cumini (L.) Skeels Myrtaceae Jamelão 1 0,12 
39 Ficus elastica Roxb. Moraceae Seringueira-de- 1 0,12 
 
- 48 - 
Nº Espécie Família Nome vulgar P Pi (%) 
jardim 
40 Guarea guidonia (L.) Sleumer Meliaceae Bilreiro 1 0,12 
41 Leucaena leucocephala (Lam.) de 
Wit 
Fabaceae Leucena 1 0,12 
42 Psidium cattleianum Sabine Myrtaceae Araçá 1 0,12 
43 Samanea tubulosa (Benth.) 
Barneby & J.W. Grimes 
Fabaceae Alfarobo 1 0,12 
44 Schinus terebinthifolia Raddi Anacardiaceae Aroeira 1 0,12 
 Total 821 100,00 
 
As dez espécies mais abundantes foram respectivamente: 
1) Terminalia catappa (Amendoeira) 
2) Clitoria fairchildiana (Sombreiro) 
3) Lagerstroemia indica (Resedá) 
4) Tabebuia pentaphylla (Ipê-bálsamo) 
5) Caesalpinia peltophoroides (Sibipiruna) 
6) Cassia fistula (Chuva-de-ouro) 
7) Ficus benjamina (Figueira-benjamina) 
8) Pachira aquatica (Monguba) 
9) Filicium decipiens (Árvore-samambaia) 
10) Tabebuia chrysotricha (Ipê-amarelo) 
 
A Figura 10 mostra a abundância relativa entre as espécies da comunidade arbórea da 
Avenida ACM. 
 
 
- 49 - 
0
2
4
6
8
10
12
14
16
18
1 3 5 7 9 11 13 15 17 19 21 23 25 27 29 31 33 35 37 39 41 43
Espécies
Pi
 (%
)
 
Figura 10 – Abundância relativa entre espécies da comunidade arbórea da Av. ACM. (Pi = abundância relativa), conforme Tabela 17. 
 
 
- 50 - 
Houve dominância das espécies T. catappa e C. fairchildiana, as quais 
representaram, em número de indivíduos, 31,3% da comunidade. Estas, somadas às 
populações de L. indica e T. pentaphylla foram responsáveis por quase metade (49,2%) 
dos indivíduos da área, conforme Tabela 18. 
Onze espécies apresentaram apenas um indivíduo. O índice de diversidade de 
Simpson encontrado foi D=11,89 e os índices de Shannon-Wiener foram H=0,758 e 
eH=17,58. A tabela abaixo mostra o percentual da comunidade representado pela soma 
das espécies mais abundantes. 
 
Tabela 18 – Percentual da soma 
das espécies mais abundantes na 
Avenida ACM. 
Nº espécies % total 
1 16,60 
2 31,30 
3 40,92 
4 49,20 
5 56,26 
6 61,25 
7 66,00 
8 70,14 
9 72,94 
10 75,62 
 
Quanto à origem, predominaram as exóticas com 47,7% do total de espécies e 
60,5% do total de indivíduos. O número de espécies nativas não regionais (9) foi um 
pouco menor que o das nativas regionais (12), contudo estas apresentaram quase 2,5 
vezes menos indivíduos (11,4% do total), como mostra a Tabela 19. 
 
Tabela 19 – Origem das espécies e abundância de indivíduos de cada categoria na 
Av. ACM (NR - Nativa regional; BR - Nativa não regional; EX - Exótica; N.I. – Não 
identificado). 
Origem P espécies Pi espécies (%) P indivíduos Pi indivíduos (%) 
NR 12 27,30 94 11,40 
BR 9 20,50 225 27,40 
EX 21 47,70 497 60,50 
N.I. 2 4,55 5 0,61 
Total 44 100,00 821 100,00 
 
Entre as espécies nativas regionais, as mais freqüentes foram: 
1) C. peltophoroides (Sibipiruna) 
2) C. ferrea (Pau-ferro) 
 
- 51 - 
3) S. amara (Pau-paraíba) 
4) A. occidentale (Cajueiro) 
5) C. echinata (Pau-Brasil) 
6) L. tomentosa (Oiti-mirim) 
 
Dezesseis das 44 espécies encontradas fornecem alimento à fauna (Tabela 20), o 
que representou 27,2% do total de indivíduos. 
 
Tabela 20 – Abundância de 
espécies fornecedoras de alimento 
na Av. ACM (P – Abundância total; 
Pi – Abundância relativa). 
 P Pi (%) 
Espécies 16 36,4 
Indivíduos 223 27,2 
 
Entre estas, as oito mais abundantes foram: 
1) T. catappa (Amendoeira) 
2) P. aquatica (Monguba) 
3) M. indica (Mangueira) 
4) P. ruscifolia (Algarobo) 
5) S. amara (Pau-paraíba) 
6) A. occidentale (Cajueiro) 
7) S. striata (Chichá-do-cerrado) 
8) T. indica (Tamarindeiro) 
 
Neste relatório também consta a identificação de 652 arbustos e palmeiras 
presentes na área (Tabela 21). 
 
Tabela 21 – Arbustos e palmeiras encontrados na Av. Acm (P – 
Abundânciatotal). 
Espécie Família P 
Murraya exotica L. Rutaceae 399 
Roystonea oleracea (Jacq.) O.F. Cook Arecaceae 63 
Cocos nucifera L. Arecaceae 60 
Tecoma stans (L.) Juss. ex Kunth Bignoniaceae 32 
Veitchia joannis H. Wendl. Arecaceae 20 
Roystonea regia (Kunth) O.F. Cook Arecaceae 13 
Pritchardia pacifica Seem. & H. Wendl. Arecaceae 11 
Caryota mitis Lour. Arecaceae 9 
 
- 52 - 
Espécie Família P 
Caesalpinia pulcherrima (L.) Sw. Fabaceae 8 
Veitchia merrillii (Becc.) H.E. Moore Arecaceae 6 
Livistona chinensis (Jacq.) R. Br. ex Mart. Arecaceae 5 
Syagrus coronata (Mart.) Becc. Arecaceae 4 
Caryota urens L. Arecaceae 3 
Chrysalidocarpus lutescens H. Wendl. Arecaceae 3 
Elaeis guineensis Jacq. Arecaceae 3 
Calotropis procera (Aiton) W.T. Aiton Asclepiadaceae 3 
Areca triandra Roxb. ex Buch.-Ham. Arecaceae 2 
Sabal causiarum (O.F. Cook) Becc. Arecaceae 2 
Calliandra brevipes Benth. Fabaceae 2 
Plumeria rubra L. Apocynaceae 2 
Nerium oleander L. Apocynaceae 1 
Veitchia montgomeryana H.E. Moore Arecaceae 1 
 Total 652 
 
 
Avenida Juracy Magalhães Júnior 
 
O relatório “Caracterização de vias de circulação. Avenida Juracy Magalhães 
Júnior” apresenta relação das espécies vegetais e suas freqüências na área especificada 
(SPJ, 2007). 
Esta avenida situa-se entre as Regiões Administrativas: Rio Vermelho/ Federação 
e Brotas (CONDER, 2006). Sua localização consta na Figura 17 dos Anexos. 
Foram encontrados 493 indivíduos arbóreos, pertencentes a 46 espécies e 16 
famílias. A composição específica e as abundâncias totais e relativas encontram-se na 
Tabela 22. 
 
Tabela 22 - Espécies arbóreas encontradas na Av. Juracy Magalhães Jr. (P – Abundância total, 
Pi - Abundância relativa). 
Nº Espécie Família Nome Vulgar P Pi (%) 
1 Albizia lebbeck (L.) Benth. Fabaceae Língua-de-sogra 55 11,20 
2 Tabebuia pentaphylla (L.) Hemsl. Bignoniaceae Ipê-bálsamo 48 9,74 
3 Tabebuia avellanedae Lorentz ex Griseb. Bignoniaceae Ipê-rosa 43 8,72 
4 Terminalia catappa L. Combretaceae Amendoeira 40 8,11 
5 Ficus benjamina L. Moraceae Figueira-benjamina 26 5,27 
6 Caesalpinia echinata Lam. Fabaceae Pau-Brasil 24 4,87 
7 Caesalpinia peltophoroides Benth. Fabaceae Sibipiruna 23 4,67 
8 Pachira aquatica Aubl. Malvaceae Monguba 23 4,67 
9 Caesalpinia ferrea Mart. Fabaceae Pau-ferro 20 4,06 
10 Bauhinia variegata L. Fabaceae Pata-de-vaca-rosa 19 3,85 
11 Cecropia pachystachya Trécul Cecropiaceae Embaúba 17 3,45 
 
- 53 - 
Nº Espécie Família Nome Vulgar P Pi (%) 
12 Cassia fistula L. Fabaceae Chuva-de-ouro 15 3,04 
13 Clitoria fairchildiana R.A. Howard Fabaceae Sombreiro 11 2,23 
14 Tabebuia roseoalba (Ridl.) Sandwith Bignoniaceae Ipê-branco 11 2,23 
15 Senna spectabilis (DC.) H.S. Irwin & Barneby Fabaceae São-João 10 2,03 
16 Spondias monbim L. Anacardiaceae Cajazeira 10 2,03 
17 Adenanthera pavonina L. Fabaceae Carolina 9 1,83 
18 Ceiba pentandra (L.) Gaertn. Malvaceae Sumaúma 9 1,83 
19 Tabebuia chrysotricha (Mart. ex A. DC.) Standl. Bignoniaceae Ipê-amarelo 8 1,62 
20 Ficus guaranítica Chodat Moraceae Figueira-branca 7 1,42 
21 Triplaris gardneriana Wedd. Polygonaceae Pajaú 7 1,42 
22 Byrsonima stipulacea A. Juss. Malpighiaceae Murici-do-litoral 6 1,22 
23 Delonix regia (Bojer) Raf. Fabaceae Flamboyant 6 1,22 
24 Mangifera indica L. Anacardiaceae Mangueira 6 1,22 
25 Mimosa caesalpiniifolia Benth. Fabaceae Sabiá 5 1,01 
26 Genipa americana L. Rubiaceae Jenipapo 4 0,81 
27 Cassia javanica L. Fabaceae Cássia-javanesa 3 0,61 
28 Pithecellobium tortum Mart. Fabaceae Tataré 3 0,61 
29 Schinus terebinthifolia Raddi Anacardiaceae Aroeira 3 0,61 
30 Cassia grandis L. f. Fabaceae Cássia-grande 2 0,41 
31 Casuarina equisetifolia L. Casuarinaceae Casuarina 2 0,41 
32 Filicium decipiens (Wight & Arn.) Thwaites Sapindaceae 
Árvore-
samambaia 2 0,41 
33 Prosopis ruscifolia Griseb. Fabaceae Algarobo 2 0,41 
34 Triplaris brasiliana Cham. Polygonaceae - 2 0,41 
35 Dalbergia nigra (Vell.) Allemao ex Benth. Fabaceae 
Jacarandá-da-
Bahia 1 0,20 
36 Enterolobium contortisiliquum (Vell.) Morong Fabaceae Tamboril 1 0,20 
37 Syzygium cumini (L.) Skeels Myrtaceae Jamelão 1 0,20 
38 Ficus Iyrata Warb. Moraceae Figueira-lira 1 0,20 
39 Ficus microcarpa L. f. Moraceae Figueira-lacerdinha 1 0,20 
40 Guarea guidonia (L.) Sleumer Meliaceae Bilreiro 1 0,20 
41 Hymenaea courbaril L. Fabaceae Jatobá 1 0,20 
42 Leucaena leucocephala (Lam.) de Wit Fabaceae Leucena 1 0,20 
43 Licania tomentosa (Benth.) Fritsch Chrysobalanaceae Oiti-mirim 1 0,20 
44 Persea americana Mill. Lauraceae Abacateiro 1 0,20 
45 Psidium cattleianum Sabine Myrtaceae Araçá 1 0,20 
46 Psidium guajava L. Myrtaceae Goiabeira 1 0,20 
 Total 493 100,00 
 
As dez espécies mais abundantes foram em ordem: 
1) Albizia lebbeck (Língua-de-sogra) 
2) Tabebuia pentaphylla (Ipê-bálsamo) 
3) Tabebuia avellanedae (Ipê-rosa) 
4) Terminalia catappa (Amendoeira) 
5) Ficus benjamina (Figueira-benjamina) 
 
- 54 - 
6) Caesalpinia echinata (Pau-Brasil) 
7) Caesalpinia peltophoroides (Sibipiruna) 
8) Pachira aquatica (Monguba) 
9) Caesalpinia ferrea (Pau-ferro) 
10) Bauhinia variegata (Pata-de-vaca-rosa) 
 
A Figura 11 mostra a abundância relativa entre as espécies arbóreas da Avenida 
Juracy Magalhães Jr. 
 
 
 
- 55 - 
0
2
4
6
8
10
12
1 3 5 7 9 11 13 15 17 19 21 23 25 27 29 31 33 35 37 39 41 43 45
Espécies
Pi
 (%
)
 
Figura 11 – Abundância relativa entre espécies da comunidade arbórea da Av. Juracy Magalhães Jr. (Pi = abundância relativa), conforme 
Tabela 22. 
 
- 56 - 
As quatro espécies predominantes representaram 37,77% dos indivíduos e um 
pouco mais da metade da população (52,58%) correspondeu a apenas sete espécies. 
Do total de 46 espécies, dezessete apresentaram apenas um ou dois indivíduos. O 
índice de diversidade de Simpson encontrado foi D=18,22 e os índices de Shannon-
Wiener foram H=0,841 e eH=24,98. A Tabela 23 mostra o percentual da comunidade 
representado pela soma das espécies mais abundantes. 
 
Tabela 23 – Percentual da soma 
das espécies mais abundantes na 
Av. Juracy Magalhães Jr. 
Nº espécies % total 
1 11,20 
2 20,94 
3 29,66 
4 37,77 
5 43,04 
6 47,91 
7 52,58 
8 57,25 
9 61,31 
10 65,16 
 
Quanto à origem, o número de espécies entre as categorias foi próximo, contudo, o 
total de indivíduos de exóticas representou quase metade da população (48,3%). As 
nativas regionais responderam por 31,8% dos indivíduos, como ilustra a Tabela 24. 
 
Tabela 24 – Origem das espécies e abundância de 
indivíduos de cada categoria na Av. Juracy Magalhães Jr. 
(NR - Nativa regional; BR - Nativa não regional; EX - 
Exótica; N.I. – Não identificado). 
Origem P espécies P (%) P indivíduos P(%) 
NR 16 34,80 157 31,80 
BR 12 26,10 98 19,90 
EX 17 37,00 238 48,30 
N.I. 1 2,17 2 0,41 
Total 46 100,00 493 100,00 
 
As espécies nativas regionais mais freqüentes foram: 
1) T. avellanedae (Ipê-rosa) 
2) C. echinata (Pau-Brasil) 
3) C. peltophoroides (Sibipiruna) 
4) C. ferrea (Pau-ferro) 
 
- 57 - 
5) C. pachystachya (Embaúba) 
6) S. mombin (Cajazeira) 
7) B. stipulacea (Murici-do-litoral) 
8) G. americana (Jenipapo) 
 
Dezessete espécies fornecem alimento à fauna (Tabela 25), o que representou 
25,4% dos indivíduos da comunidade. 
 
Tabela 25 – Abundância de espécies fornecedoras de 
alimento na Av. Juracy Magalhães Jr. (P – Abundância 
total; Pi – Abundância relativa). 
 P Pi (%) 
Espécies 17 37,0 
Indivíduos 125 25,4 
 
Entre estas, as dez mais abundantes foram: 
1) T. catappa (Amendoeira) 
2) P. aquatica (Monguba) 
3) C. pachystachya (Embaúba) 
4) S. mombin (Cajazeira) 
5) F. guaranitica (Figueira-branca) 
6) B. stipulacea (Murici-do-litoral) 
7) M. indica (Mangueira) 
8) G. americana (Jenipapo) 
9) S. terebinthifolia (Aroeira) 
10) P. ruscifolia (Algarobo) 
 
Além das espécies arbóreas foram encontrados 269 arbustos e palmeiras, listados 
abaixo (Tabela 26). 
 
Tabela 26 – Arbustos e palmeiras encontrados na Av. Juracy Magalhães Jr. 
(P – Abundância total)Espécie Família P 
Bougainvillea spectabilis Willd. Nyctaginaceae 36 
Veitchia merrillii (Becc.) H.E. Moore Arecaceae 31 
Elaeis guineensis Jacq. Arecaceae 27 
Cocos nucifera L. Arecaceae 25 
Areca triandra Roxb. ex Buch.-Ham. Arecaceae 24 
Caryota mitis Lour. Arecaceae 21 
 
- 58 - 
Espécie Família P 
Pritchardia pacifica Seem. & H. Wendl. Arecaceae 21 
Euterpe oleracea Mart. Arecaceae 20 
Calliandra brevipes Benth. Fabaceae 19 
Caryota urens L. Arecaceae 19 
Roystonea oleracea (Jacq.) O.F. Cook Arecaceae 16 
Aiphanes aculeata Willd. Arecaceae 6 
Veitchia joannis H. Wendl. Arecaceae 3 
Nerium oleander L. Apocynaceae 1 
 Total 269 
 
 
 
Avenida Vasco da Gama 
 
O relatório “Caracterização de vias de circulação. Avenida Vasco da Gama” 
apresenta relação das espécies vegetais e suas freqüências na área especificada (SPJ, 
2008). 
Esta avenida situa-se entre as Regiões Administrativas: Brotas e Rio Vermelho/ 
Federação (CONDER, 2006). Sua localização consta na Figura 17 dos Anexos. 
Foram encontrados 500 indivíduos, pertencentes a 53 espécies e 20 famílias. A 
composição específica e as abundâncias totais e relativas encontram-se na Tabela 27. 
 
Tabela 27 - Espécies arbóreas encontradas na Av. Vasco da Gama (P – Abundância total, Pi - 
Abundância relativa). 
Nº Espécie Família Nome Vulgar P Pi (%) 
1 Bauhinia variegata L. Fabaceae Pata-de-vaca-rosa 79 15,8 
2 Terminalia catappa L. Combretaceae Amendoeira 41 8,2 
3 Caesalpinia ferrea Mart. Fabaceae Pau-ferro 35 7,0 
4 Delonix regia (Bojer) Raf. Fabaceae Flamboyant 28 5,6 
5 Caesalpinia peltophoroides Benth. Fabaceae Sibipiruna 27 5,4 
6 Pachira aquatica Aubl. Malvaceae Monguba 27 5,4 
7 Albizia lebbeck (L.) Benth. Fabaceae Língua-de-sogra 23 4,6 
8 Ceiba pentandra (L.) Gaertn. Malvaceae Sumaúma 20 4,0 
9 Jacaranda mimosifolia D. Don Bignoniaceae Ipê-roxo 20 4,0 
10 Tabebuia pentaphylla (L.) Hemsl. Bignoniaceae Ipê-bálsamo 20 4,0 
11 Cassia fistula L. Fabaceae Chuva-de-ouro 18 3,6 
12 Clitoria fairchildiana R.A. Howard Fabaceae Sombreiro 13 2,6 
13 Lagerstroemia indica L. Lythraceae Resedá 13 2,6 
14 Ficus benjamina L. Moraceae Ficus-benjamina 10 2,0 
15 Ficus elastica Roxb. Moraceae Seringueira-de-jardim 10 2,0 
16 Caesalpinia echinata Lam. Fabaceae Pau-Brasil 9 1,8 
17 Tibouchina granulosa (Desr.) Cogn. Melastomataceae Quaresmeira 9 1,8 
 
- 59 - 
Nº Espécie Família Nome Vulgar P Pi (%) 
18 Persea americana Mill. Lauraceae Abacateiro 8 1,6 
19 Tabebuia chrysotricha (Mart. ex A. DC.) Standl. Bignoniaceae Ipê-amarelo 8 1,6 
20 Filicium decipiens (Wight & Arn.) Thwaites Sapindaceae Árvore-samambaia 7 1,4 
21 Mangifera indica L. Anacardiaceae Mangueira 6 1,2 
22 Hovenia dulcis Thunb. Rhamnaceae Uva-japonesa 5 1,0 
23 Schinus terebinthifolia Raddi Anacardiaceae Aroeira 5 1,0 
24 Tabebuia avellanedae Lorentz ex Griseb. Bignoniaceae Ipê-rosa 5 1,0 
25 Tabebuia roseoalba (Ridl.) Sandwith Bignoniaceae Ipê-branco 5 1,0 
26 Parkinsonia aculeata L. Fabaceae Turco 4 0,8 
27 Cassia javanica L. Fabaceae Cássia-javanesa 3 0,6 
28 Leucaena leucocephala (Lam.) de Wit Fabaceae Leucena 3 0,6 
29 Salix babylonica L. Salicaceae Chorão 3 0,6 
30 Samanea tubulosa (Benth.) Barneby & J.W. Grimes Fabaceae Alfarobo 3 0,6 
31 Spondias monbim L. Anacardiaceae Cajazeira 3 0,6 
32 Pithecellobium diversifolium Benth. Fabaceae - 3 0,6 
33 Cecropia pachystachya Trécul Cecropiaceae Embaúba 2 0,4 
34 Syzygium cumini (L.) Skeels Myrtaceae Jamelão 2 0,4 
35 Psidium guajava L. Myrtaceae Goiabeira 2 0,4 
36 Sterculia striata A. St.-Hil. & Naudin Malvaceae Chichá-do-cerrado 2 0,4 
37 Zanthoxylum rhoifolium Lam. Rutaceae Mamiqueira 2 0,4 
38 Anacardium occidentale L. Anacardiaceae Cajueiro 2 0,4 
39 Annona muricata L. Annonaceae Graviola 1 0,2 
40 Artocarpus altilis (Parkinson) Fosberg Moraceae Fruta-pão 1 0,2 
41 Artocarpus heterophyllus Lam. Moraceae Jaqueira 1 0,2 
42 Senna spectabilis (DC.) H.S. Irwin & Barneby Fabaceae São-João 1 0,2 
43 Casuarina equisetifolia L. Casuarinaceae Casuarina 1 0,2 
44 Chorisia speciosa A. St.-Hil. Malvaceae Paineira-rosa 1 0,2 
45 Dalbergia nigra (Vell.) Allemao ex Benth. Fabaceae 
Jacarandá-da-
Bahia 1 0,2 
46 Licania tomentosa (Benth.) Fritsch Chrysobalanaceae Oiti-mirim 1 0,2 
47 Lithrea molleoides (Vell.) Engl. Anacardiaceae Aroeira-branca 1 0,2 
48 Peschiera fuchsiaefolia (A. DC.) Miers Apocynaceae Leiteira 1 0,2 
49 Acacia farnesiana (L.) Willd. Fabaceae Vinhático-de-espinho 1 0,2 
50 Psidium cattleianum Sabine Myrtaceae Araçá 1 0,2 
51 Tamarindus indica L. Fabaceae Tamarindeiro 1 0,2 
52 Tipuana tipu (Benth.) Kuntze Fabaceae Tipuana 1 0,2 
53 Trema micrantha (L.) Blume Cannabaceae Pau-Pólvora 1 0,2 
 Total 500 100,0 
 
 
 
- 60 - 
As dez espécies mais abundantes foram respectivamente: 
1) Bauhinia variegata (Pata-de-vaca-rosa) 
2) Terminalia catappa (Amendoeira) 
3) Caesalpinia ferrea (Pau-ferro) 
4) Delonix regia (Flamboyant) 
5) Caesalpinia peltophoroides (Sibipiruna) 
6) Pachira aquatica (Monguba) 
7) Albizia lebbeck (Língua-de-sogra) 
8) Ceiba pentandra (Sumaúma) 
9) Jacaranda mimosifolia (Ipê-roxo) 
10) Tabebuia pentaphylla (Ipê-bálsamo) 
 
A Figura 12 mostra a abundância relativa entre as espécies da comunidade 
arbórea da Av. Vasco da Gama. 
 
 
 
- 61 - 
0
2
4
6
8
10
12
14
16
18
1 3 5 7 9 11 13 15 17 19 21 23 25 27 29 31 33 35 37 39 41 43 45 47 49 51 53
Espécies
Pi
 (%
)
 
Figura 12 – Abundância relativa entre espécies da comunidade arbórea da Av. Vasco da Gama (Pi = abundância relativa), 
conforme Tabela 27. 
 
- 62 - 
Houve grande dominância da espécie B. variegata, com 15,8% dos indivíduos da 
comunidade, seguida de T. catappa com 8,2%. As sete espécies mais abundantes 
representaram um pouco mais da metade da comunidade (52%), como mostra a Tabela 
28. 
Das 53 espécies, vinte e uma apresentaram somente um ou dois indivíduos. O 
índice de diversidade de Simpson (D) encontrado foi D=17,17 e os índices de Shannon-
Wiener foram H=0,823 e eH=26,29. A tabela abaixo mostra o percentual da comunidade 
representado pela soma das espécies mais abundantes. 
 
Tabela 28 – Percentual da soma das espécies mais 
abundantes na Av. Vasco da Gama. 
Nº espécies % total 
1 15,8 
2 24,0 
3 31,0 
4 36,6 
5 42,0 
6 47,4 
7 52,0 
8 56,0 
9 60,0 
10 64,0 
 
Quanto à origem, houve predomínio de exóticas, com 45,3% das espécies e 61% 
do total de indivíduos (Tabela 29). As nativas regionais representaram 21% da 
comunidade arbórea e ocorreram em número de espécies (15) próximo as nativas não 
regionais (13). 
 
Tabela 29 – Origem das espécies e abundância de indivíduos de cada categoria 
na Av. Vasco da Gama (NR - Nativa regional; BR - Nativa não regional; EX - 
Exótica; N.I. – Não identificado). 
Origem P espécies Pi espécies (%) P indivíduos Pi indivíduos (%) 
NR 15 28,30 105 21,0 
BR 13 24,50 87 17,4 
EX 24 45,30 305 61,0 
N.I. 1 1,89 3 0,6 
Total 53 100,00 500 100 
 
As espécies nativas regionais mais abundantes foram: 
1) C. ferrea (Pau-ferro) 
2) C. peltophoroides (Sibipiruna) 
3) C. echinata (Pau-Brasil) 
 
- 63 - 
4) T. granulosa (Quaresmeira) 
5) S. terebinthifolia (Aroeira) 
6) T. avellanedae (Ipê-rosa) 
7) S. mombin (Cajazeira) 
8) C. pachystachya (Embaúba) 
 
As espécies fornecedoras de alimento à fauna foram 21, o que siginificou 23% do 
total de indivíduos (Tabela 30). 
 
Tabela 30 – Abundância de espécies fornecedoras de alimento na 
Av. Vasco da Gama (P – Abundância total; Pi – Abundância relativa). 
 P Pi (%) 
Espécies 21 39,6 
Indivíduos 115 23,0 
 
Entre estas, as dez mais abundantes foram: 
1) T. catappa (Amendoeira) 
2) P. aquatica (Monguba) 
3) P. americana (Abacateiro) 
4) M. indica (Mangueira) 
5) H. dulcis (Uva-japonesa) 
6) S. terebinthifolia (Aroeira) 
7) S. tubulosa (Alfarobo) 
8) C. pachystachya (Embaúba) 
9) S. cumini (Jamelão) 
10) P. guajava (Goiabeira) 
 
Além das árvores, foram encontrados 243 arbustos e palmeiras, listados abaixo 
(Tabela 31). 
 
Tabela 31 – Arbustose palmeiras encontrados na Av. Vasco da Gama (P – 
Abundância total). 
Espécie Família P 
Cocos nucifera L. Arecaceae 48 
Tibouchina candolleana Cogn. Melastomataceae 40 
Ptychosperma elegans (R. Br.) Blume Arecaceae 21 
Thevetia peruviana (Pers.) K. Schum. Apocynaceae 18 
Veitchia merrillii (Becc.) H.E. Moore Arecaceae 14 
 
- 64 - 
Espécie Família P 
Phoenix roebelenii O'Brien Arecaceae 13 
Nerium oleander L. Apocynaceae 10 
Senna alata (L.) Roxb. Fabaceae 9 
Livistona chinensis (Jacq.) R. Br. ex Mart. Arecaceae 8 
Syagrus romanzoffiana (Cham.) Glassman Arecaceae 8 
Tecoma stans (L.) Juss. ex Kunth Bignoniaceae 8 
Borassus aethiopum Mart. Arecaceae 7 
Calliandra haematocephala Hassk. Fabaceae 7 
Syagrus coronata (Mart.) Becc. Arecaceae 7 
Calliandra tweediei Benth. Fabaceae 5 
Roystonea oleracea (Jacq.) O.F. Cook Arecaceae 5 
Caryota mitis Lour. Arecaceae 4 
Areca triandra Roxb. ex Buch.-Ham. Arecaceae 3 
Elaeis guineensis Jacq. Arecaceae 3 
Calliandra brevipes Benth. Fabaceae 2 
Chrysalidocarpus lutescens H. Wendl. Arecaceae 2 
Pritchardia pacifica Seem. & H. Wendl. Arecaceae 1 
 Total 243 
 
 
Universidade Federal da Bahia 
 
O estudo “Levantamento das espécies arbóreas da Universidade federal da Bahia, 
Salvador, Bahia” foi feito por Carvalho, Roque e Guedes (2007) nos campi da UFBA dos 
bairros de Ondina, Federação, São Lázaro e Canela. Foi realizado o levantamento 
florístico dos espaços livres, excluindo remanescentes de mata e áreas em estágio 
relativamente avançado de sucessão. O maior esforço de coleta deu-se em jardins, 
praças e arborização de vias. 
Estas áreas amostradas encontram-se na Região Administrativa – Barra/Ondina 
(CONDER, 2006). Suas localizações constam na Figura 17 dos Anexos. 
Segundo Carvalho, Roque e Guedes (2007), com base em entrevistas e no 
histórico de ocupação da universidade, não houve um planejamento destes espaços e 
sua arborização foi fruto de iniciativas isoladas de diferentes setores da comunidade 
acadêmica. 
Excluindo-se as espécies não arbóreas, foram analisados 1723 indivíduos, 
pertencentes a 103 espécies, distribuídas em 30 famílias. A Tabela 32 mostra a relação 
das espécies e suas respectivas abundâncias. 
 
 
- 65 - 
Tabela 32 – Espécies arbóreas encontradas na UFBA (P - Abundância total, Pi - Abundância 
relativa). 
Nº Espécie Família Nome Vulgar P Pi (%) 
1 Mangifera indica L. Anacardiaceae Mangueira 203 11,80 
2 Clitoria fairchildiana R.A. Howard Fabaceae Sombreiro 175 10,20 
3 Spondias monbim L. Anacardiaceae Cajazeira 104 6,04 
4 Terminalia catappa L. Combretaceae Amendoeira 101 5,86 
5 Cecropia pachystachya Trécul Cecropiaceae Embaúba 99 5,75 
6 Leucaena leucocephala (Lam.) de 
Wit Fabaceae Leucena 74 4,29 
7 Tabebuia pentaphylla (L.) Hemsl. Bignoniaceae Ipê-bálsamo 65 3,77 
8 Schinus terebinthifolia Raddi Anacardiaceae Aroeira 55 3,19 
9 Pachira aquatica Aubl. Malvaceae Monguba 46 2,67 
10 Peltophorum dubium (Spreng.) 
Taub. Fabaceae Canafístula 38 2,21 
11 Psidium guajava L. Myrtaceae Goiabeira 36 2,09 
12 Acacia farnesiana (L.) Willd. Fabaceae Vinhático-de-espinho 36 2,09 
13 Delonix regia (Bojer) Raf. Fabaceae Flamboyant 36 2,09 
14 Pithecellobium dulce (Roxb.) 
Benth. Fabaceae Ingá-doce 33 1,92 
15 Albizia lebbeck (L.) Benth. Fabaceae Língua-de-sogra 32 1,86 
16 Guarea guidonia (L.) Sleumer Meliaceae Bilreiro 29 1,68 
17 Sterculia foetida L. Malvaceae Chichá-fedorento 27 1,57 
18 Mimosa caesalpiniifolia Benth. Fabaceae Sabiá 27 1,57 
19 Bowdichia virgilioides Kunth Fabaceae Sucupira 21 1,22 
20 Artocarpus heterophyllus Lam. Moraceae Jaqueira 20 1,16 
21 Senna siamea (Lam.) H.S. Irwin & 
Barneby Fabaceae Cássia-siamesa 19 1,10 
22 Guazuma ulmifolia Lam. Malvaceae Embira 17 0,99 
23 Cassia fistula L. Fabaceae Chuva-de-ouro 17 0,99 
24 Caesalpinia ferrea Mart. Fabaceae Pau-ferro 16 0,93 
25 Licania tomentosa (Benth.) Fritsch Chrysobalanaceae Oiti-mirim 16 0,93 
26 Erythrina variegata L. Fabaceae Eritrina-indiana 15 0,87 
27 Ficus benjamina L. Moraceae Figueira-benjamina 14 0,81 
28 Caesalpinia peltophoroides Benth. Fabaceae Sibipiruna 14 0,81 
29 Persea americana Mill. Lauraceae Abacateiro 14 0,81 
30 Manilkara zapota (L.) P. Royen Sapotaceae - 13 0,75 
31 Cassia grandis L. f. Fabaceae Cássia-grande 13 0,75 
32 Bougainvillea glabra Choisy Nyctaginaceae Primavera-arbórea 12 0,70 
33 Ficus elastica Roxb. Moraceae Seringueira-de-jardim 12 0,70 
34 Bauhinia monandra Kurz Fabaceae Pata-de-vaca 12 0,70 
35 Tabebuia roseoalba (Ridl.) 
Sandwith Bignoniaceae Ipê-branco 12 0,70 
36 Syzygium cumini (L.) Skeels Myrtaceae Jamelão 11 0,64 
37 Ficus enormis (Mart. ex Miq.) Mart. Moraceae Figueira-da-pedra 10 0,58 
38 Prosopis juliflora (Sw.) DC. Fabaceae Algaroba 10 0,58 
39 Caesalpinia echinata Lam. Fabaceae Pau-Brasil 9 0,52 
40 Trema micrantha (L.) Blume Cannabaceae Pau-Pólvora 9 0,52 
41 Tabebuia chrysotricha (Mart. ex A. 
DC.) Standl. Bignoniaceae Ipê-amarelo 9 0,52 
42 Anacardium occidentale L. Anacardiaceae Cajueiro 9 0,52 
 
- 66 - 
Nº Espécie Família Nome Vulgar P Pi (%) 
43 Filicium decipiens (Wight & Arn.) 
Thwaites Sapindaceae Árvore-samambaia 8 0,46 
44 Erythrina indica Lam. var. picta B. 
& M. Fabaceae 
Eritrina-verde-
amarela 8 0,46 
45 Adenanthera pavonina L. Fabaceae Carolina 8 0,46 
46 Tapirira guianensis Aubl. Anacardiaceae Pau-pombo 8 0,46 
47 Syzygium malaccense (L.) Merr. & 
L.M. Perry Myrtaceae Jambo-vermelho 7 0,41 
48 Eugenia uniflora L. Myrtaceae Pitanga 7 0,41 
49 Tipuana tipu (Benth.) Kuntze Fabaceae Tipuana 7 0,41 
50 Casuarina equisetifolia L. Casuarinaceae Casuarina 7 0,41 
51 Lonchocarpus cultratus (Vell.) 
A.M.G. Azevedo & H.C. Lima Fabaceae - 6 0,35 
52 Enterolobium contortisiliquum 
(Vell.) Morong Fabaceae Tamboril 6 0,35 
53 Tamarindus indica L. Fabaceae Tamarindeiro 6 0,35 
54 Genipa americana L. Rubiaceae Jenipapo 5 0,29 
55 Ficus obtusifolia Kunth Moraceae - 5 0,29 
56 Theobroma cacao L. Malvaceae Cacau 5 0,29 
57 Ficus guaranitica Chodat Moraceae Figueira-branca 4 0,23 
58 Swietenia macrophylla King Meliaceae Mogno 4 0,23 
59 Erythrina velutina Willd. Fabaceae Mulungu 4 0,23 
60 Dalbergia miscolobium Benth. Fabaceae Sapuvussu 4 0,23 
61 Tabebuia avellanedae Lorentz ex 
Griseb. Bignoniaceae Ipê-rosa 4 0,23 
62 Samanea tubulosa (Benth.) 
Barneby & J.W. Grimes Fabaceae Alfarobo 4 0,23 
63 Labramia bojeri A. DC. Sapotaceae Abricó-da-praia 3 0,17 
64 Morus nigra L. Moraceae Amora-preta 3 0,17 
65 Maclura tinctoria (L.) D.Don. ex 
Steud. Moraceae Taiúva 3 0,17 
66 Bauhinia variegata L. Fabaceae Pata-de-vaca-rosa 3 0,17 
67 Schefflera morototoni (Aubl.) 
Maguire, Steyerm. & Frodin Araliaceae Morototó 3 0,17 
68 Himatanthus bracteatus (A. DC.) 
Woodson Apocynaceae Janaúba 3 0,17 
69 Annona squamosa L. Annonaceae Pinha 3 0,17 
70 Chrysophyllum gonocarpum (Mart. 
& Eichler ex Miq.) Engl. Sapotaceae Caxeta 2 0,12 
71 Zanthoxylum caribaeum Lam. Rutaceae - 2 0,12 
72 Averrhoa carambola L. Oxalidaceae Carambola 2 0,12 
73 Averrhoa bilimbi L. Oxalidaceae Biri-biri 2 0,12 
74 Azadirachta indica A. Juss. Meliaceae Niim 2 0,12 
75 Gliricidia sepium (Jacq.) Kunth ex 
Walp. Fabaceae Gliricídia 2 0,12 
76 Erythrina poeppigiana (Walp.) O.F. 
Cook Fabaceae Mulungu-do-alto 2 0,12 
77 Inga laurina (Sw.) Willd. Fabaceae Ingá-branco 2 0,12 
78 Inga minutula (Schery) T.S. Elias Fabaceae - 2 0,12 
79 Pithecellobium tortum Mart. Fabaceae Tataré 2 0,12 
80 Tabebuia aurea (Silva Manso) 
Benth. & Hook. f. ex S. Moore Bignoniaceae 
Ipê-amarelo-do-
cerrado 2 0,12 
81 Sapindus saponaria L. Sapindaceae Saboneteiro 1 0,06 
82 Ziziphus joazeiro Mart. Rhamnaceae Juazeiro 1 0,06 
 
- 67 - 
Nº Espécie Família Nome Vulgar P Pi (%) 
83 Triplaris brasiliana Cham. Polygonaceae - 1 0,06 
84 Eugenia luschnathiana (O. Berg) 
Klotzsch ex B.D. Jacks. Myrtaceae Pitomba-da-Bahia 1 0,06 
85 Artocarpus altilis (Parkinson) 
Fosberg Moraceae Fruta-pão 1 0,06 
86 Melia azedarach L. Meliaceae Cinamomo 1 0,06 
87 Cedrela fissilis Vell. Meliaceae Cedro 1 0,06 
88 Theobroma grandiflorum(Willd. ex 
Spreng.) K. Schum. Malvaceae Cupuaçu 1 0,06 
89 Ceiba pentandra (L.) Gaertn. Malvaceae Sumaúma 1 0,06 
90 Inga flagelliformis (Vell.) Mart. Fabaceae 1 0,06 
91 Cassia javanica L. Fabaceae Cássia Javanica 1 0,06 
92 Eschweilera ovata (Cambess.) 
Miers Lecythidaceae Biriba 1 0,06 
93 Couroupita guianensis Aubl. Lecythidaceae Abricó-de-macaco 1 0,06 
94 Sapium glandulatum (Vell.) Pax Euphorbiaceae Pau-de-Leite 1 0,06 
95 Dillenia indica L. Dilleniaceae Árvore-da-pataca 1 0,06 
96 Cupressus lusitanica Mill. Cupressaceae Cipreste 1 0,06 
97 Conocarpus erectus L. Combretaceae - 1 0,06 
98 Protium heptaphyllum (Aubl.) 
Marchand Burseraceae Almecegueira 1 0,06 
99 Commiphora leptophloeos (Mart.) 
J.B. Gillett Burseraceae Imburana 1 0,06 
100 Spathodea nilotica Seem. Bignoniaceae Espatódea 1 0,06 
101 Araucaria columnaris Hook. Araucariaceae Pinheiro-de-Natal 1 0,06 
102 Schefflera actinophylla (Endl.) 
Harms Araliaceae 
Árvore-guarda-
chuva 1 0,06 
103 Annona muricata L. Annonaceae Graviola 1 0,06 
 Total 1723 100,00 
 
As dez espécies mais abundantes foram em ordem decrescente: 
1) Mangifera indica (Mangueira) 
2) Clitoria fairchildiana (Sombreiro) 
3) Spondias monbim (Cajazeira) 
4) Terminalia catappa (Amendoeira) 
5) Cecropia pachystachya (Embaúba) 
6) Leucaena leucocephala (Leucena) 
7) Tabebuia pentaphylla (Ipê-bálsamo) 
8) Schinus terebinthifolia (Aroeira) 
9) Pachira aquatica (Monguba) 
10) Peltophorum dubium (Canafístula) 
 
A Figura 13 mostra a abundância relativa entre as espécies arbóreas da UFBA. 
 
 
- 68 - 
0
2
4
6
8
10
12
14
1 5 9 13 17 21 25 29 33 37 41 45 49 53 57 61 65 69 73 77 81 85 89 93 97 101
Espécies
Pi
 (%
)
 
Figura 13 – Abundância relativa entre espécies da comunidade arbórea da UFBA (Pi = abundância relativa), conforme 
Tabela 32. 
 
- 69 - 
Houve grande dominância de duas espécies, M. indica e C. fairchildiana, que juntas 
representaram 22% do total de indivíduos da área. As oito espécies mais abundantes, 
responderam por metade da comunidade arbórea (50,9%). 
Das 103 espécies, trinta e quatro apresentaram apenas 1 ou 2 indivíduos. O índice 
de diversidade de Simpson (D) encontrado foi D=22,36 e os índices de Shannon-Wiener 
foram H=0,794 e eH=39,56. A Tabela 33 mostra o percentual da comunidade 
representado pela soma das espécies mais abundantes. 
 
Tabela 33 – Percentual da soma das espécies mais 
abundantes na UFBA. 
Nº espécies % total 
1 11,80 
2 22,00 
3 28,04 
4 33,90 
5 39,65 
6 43,94 
7 47,71 
8 50,90 
9 53,57 
10 55,78 
 
Quanto à origem, as exóticas foram predominantes com 40,8% das espécies e 
46,1% dos indivíduos (Tabela 34). O número de espécies entre as nativas não regionais 
(24) e as nativas regionais (28) foi próximo, mas estas últimas apresentaram maior 
quantidade de indivíduos (30,9 % do total). 
 
Tabela 34 – Origem das espécies e abundância de indivíduos de cada categoria 
na UFBA (NR - Nativa regional; BR - Nativa não regional; EX - Exótica; N.I. – 
Não identificado). 
Origem P espécies Pi espécies (%) P indivíduos Pi indivíduos (%) 
NR 28 27,20 532 30,90 
BR 24 23,30 364 21,10 
EX 42 40,80 795 46,10 
N.I. 9 8,74 32 1,86 
Total 103 100,00 1723 100,00 
 
As espécies nativas regionais predominantes foram: 
1) S. mombin (Cajazeira) 
2) C. pachystachya (Embaúba) 
3) S. terebinthifolia (Aroeira) 
4) P. dubium (Canafístula) 
 
- 70 - 
5) P. guajava (Goiabeira) 
6) G. guidonia (Bilreiro) 
7) B. virgilioides (Sucupira-do-campo) 
8) G. ulmifolia (Embira) 
9) C. ferrea (Pau-ferro) 
10) L. tomentosa (Oiti-mirim) 
 
Das 103 espécies, 41 fornecem alimento à fauna, o que representou 47% da 
comunidade (Tabela 35). 
 
Tabela 35 – Abundância de espécies fornecedoras de alimento 
na UFBA (P – Abundância total; Pi – Abundância relativa). 
 P Pi (%) 
Espécies 41 39,8 
Indivíduos 809 47,0 
 
Entre estas, as dez mais abundantes foram: 
1) M. indica (Mangueira) 
2) T. catappa (Amendoeira) 
3) C. pachystachya (Embaúba) 
4) S. terebinthifolia (Aroeira) 
5) P. aquatica (Monguba) 
6) P. guajava (Goiabeira) 
7) P. dulce (Ingá-doce) 
8) G. guidonia (Bilreiro) 
9) S. foetida (Chichá-fedorento) 
10) A. heterophyllus (Jaqueira) 
 
Também foram encontradas 27 espécies não arbóreas, como arbustos, palmeiras, 
entre outras, num total de 565 indivíduos (Tabela 36). 
 
Tabela 36 – Arbustos, palmeiras e outras espécies não arbóreas encontradas 
na UFBA (P – Abundância total). 
Espécie Família P 
Veitchia merrillii (Becc.) H.E. Moore Arecaceae 71 
Dypsis lutescens (H. Wendl.) Beentje & J. Dransf. Arecaceae 69 
Ptychosperma elegans (R. Br.) Blume Arecaceae 68 
Roystonea borinquena O.F. Cook Arecaceae 60 
 
- 71 - 
Calliandra brevipes Fabaceae 51 
Roystonea oleracea (Jacq.) O.F. Cook Arecaceae 42 
Elaeis guineensis Jacq. Arecaceae 39 
Cocos nucifera L. Arecaceae 39 
Thevetia thevetioides (Kunth) K. Schum. Apocynaceae 29 
Carica papaya L. Caricaceae 22 
Caesalpinia pulcherrima (L.) Sw. Fabaceae 13 
Tecoma stans (L.) Juss. ex Kunth Bignoniaceae 12 
Pritchardia pacifica Seem. & H. Wendl. Arecaceae 11 
Caryota mitis Lour. Arecaceae 10 
Plumeria rubra L. Apocynaceae 9 
Ravenala madagascariensis Sonn. Strelitziaceae 5 
Calotropis procera (Aiton) W.T. Aiton Asclepiadaceae 3 
Euterpe oleracea Mart. Arecaceae 2 
Caryota urens L. Arecaceae 2 
Mimosa bimucronata (DC.) Kuntze Fabaceae 1 
Sabal maritima (Kunth) Burret Arecaceae 1 
Livistona chinensis (Jacq.) R. Br. ex Mart. Arecaceae 1 
Dypsis decaryi (Jum.) Beentje & J. Dransf. Arecaceae 1 
Coccothrinax barbadensis (Lodd. ex Mart.) Becc. Arecaceae 1 
Borassus aethiopum Mart. Arecaceae 1 
Bismarckia nobilis Hildebrandt & H. Wendl. Arecaceae 1 
Acrocomia intumescens Drude Arecaceae 1 
 Total 565 
 
 
Macroárea Lucaia/Costeira 
 
Após a análise isolada das sete áreas, far-se-á aqui a análise em conjunto. Pelo 
fato destas localizarem-se na Macroárea Lucaia/Costeira (CONDER, 2006), conforme 
Figura 17 dos Anexos, essa amostragem será assim denominada. 
Contudo é importante ressaltar um fato. Os resultados obtidos a partir dos estudos 
de Carvalho, Roque e Guedes (2007) na Universidade Federal da Bahia, em comparação 
com as outras áreas de Salvador, demonstram que esta apresenta uma arborização 
bastante diferenciada, pelos seguintes motivos: 
 51 espécies ocorreram exclusivamente na UFBA, sendo que o número de 
espécies exclusivas de outras áreas é de oito, na Av. Vasco da Gama, quatro, nas 
Avenidas Centenário, Juracy Magalhães Jr. e ACM, e uma no Dique do Tororó; 
 A riqueza encontrada na UFBA (103 espécies) é maior que aquela encontrada 
nas outras áreas juntas (82 espécies), mesmo considerando o total de 
indivíduos amostrados, 1723 e 2469 respectivamente. 
 A freqüência de espécies nativas regionais é bem maior na UFBA que nas 
outras áreas (à exceção da Av. Juracy Magalhães Jr.). 
 
- 72 - 
Por esses aspectos e pelo fato da arborização da UFBA estar historicamente 
desvinculada da intervenção da Prefeitura Municipal de Salvador, entende-se que esta 
não pode ser analisada juntamente com as outras áreas. 
Então, far-se-á a análise em conjunto das outras seis áreas amostradas (Corredor 
da Centenário, Dique do Tororó, R. Miguel Calmon, Avenidas ACM, Juracy Magalhães Jr. 
e Vasco da Gama). 
Ao todo, foram amostrados 2469 indivíduos, pertencentes a 82 espécies, 61 gêneros, 
dispostos em 27 famílias. A relação destas e suas abundâncias encontram-se na Tabela 37. 
A Tabela 45 dos Apêndices apresenta informações ecológicas e sobre a origem 
das espécies encontradas. 
 
Tabela 37 – Espécies arbóreas encontradas na Macroárea Lucaia/Costeira (P - Abundância 
total, Pi - Abundância relativa). 
Nº Espécies Família Nome popular P Pi (%) 
1 Terminalia catappa L. Combretaceae Amendoeira 266 10,80 
2 Clitoria fairchildiana R.A. Howard Fabaceae Sombreiro 239 9,68 
3 Pachira aquatica Aubl. Malvaceae Monguba 195 7,90 
4 Tabebuia pentaphylla (L.) Hemsl. Bignoniaceae Ipê-bálsamo 136 5,51 
5 Delonixregia (Bojer) Raf. Fabaceae Flamboyant 132 5,35 
6 Bauhinia variegata L. Fabaceae Pata-de-vaca-rosa 119 4,82 
7 Caesalpinia peltophoroides Benth. Fabaceae Sibipiruna 111 4,50 
8 Albizia lebbeck (L.) Benth. Fabaceae Língua-de-sogra 106 4,29 
9 Lagerstroemia indica L. Lythraceae Resedá 92 3,73 
10 Cassia fistula L. Fabaceae Chuva-de-ouro 86 3,48 
11 Ficus benjamina L. Moraceae Figueira-benjamina 82 3,32 
12 Tabebuia avellanedae Lorentz ex Griseb. Bignoniaceae Ipê-rosa 75 3,04 
13 Ceiba pentandra (L.) Gaertn. Malvaceae Sumaúma 65 2,63 
14 Caesalpinia ferrea Mart. Fabaceae Pau-ferro 62 2,51 
15 Filicium decipiens (Wight & Arn.) Thwaites Sapindaceae 
Árvore-
samambaia 48 1,94 
16 Mangifera indica L. Anacardiaceae Mangueira 43 1,74 
17 Tabebuia chrysotricha (Mart. ex A. DC.) Standl. Bignoniaceae Ipê-amarelo 40 1,62 
18 Caesalpinia echinata Lam. Fabaceae Pau-Brasil 39 1,58 
19 Senna siamea (Lam.) H.S. Irwin & Barneby Fabaceae Cássia-siamesa 35 1,42 
20 Tabebuia caraiba (Mart.) Bureau Bignoniaceae Caraibeira 35 1,42 
21 Casuarina equisetifolia L. Casuarinaceae Casuarina 34 1,38 
22 Triplaris pachau Mart. Polygonaceae Triplaris 29 1,17 
23 Adenanthera pavonina L. Fabaceae Carolina 24 0,97 
24 Ficus elastica Roxb. Moraceae Seringueira-de-jardim 22 0,89 
 
- 73 - 
Nº Espécies Família Nome popular P Pi (%) 
25 Jacaranda mimosifolia D. Don Bignoniaceae Ipê-roxo 20 0,81 
26 Spondias monbim L. Anacardiaceae Cajazeira 19 0,77 
27 Cecropia pachystachya Trécul Cecropiaceae Embaúba 19 0,77 
28 Peltophorum dubium (Spreng.) Taub. Fabaceae Canafístula 18 0,73 
29 Licania tomentosa (Benth.) Fritsch Chrysobalanaceae Oiti-mirim 17 0,69 
30 Cassia grandis L. f. Fabaceae Cássia-grande 16 0,65 
31 Tabebuia roseoalba (Ridl.) Sandwith Bignoniaceae Ipê-branco 16 0,65 
32 Cassia javanica L. Fabaceae Cássia-javanesa 13 0,53 
33 Mimosa caesalpiniifolia Benth. Fabaceae Sabiá 12 0,49 
34 Syzygium cumini (L.) Skeels Myrtaceae Jamelão 11 0,45 
35 Senna spectabilis (DC.) H.S. Irwin & Barneby Fabaceae São-João 11 0,45 
36 Persea americana Mill. Lauraceae Abacateiro 10 0,41 
37 Prosopis ruscifolia Griseb. Fabaceae Algarobo 10 0,41 
38 Schinus terebinthifolia Raddi Anacardiaceae Aroeira 9 0,36 
39 Tibouchina granulosa (Desr.) Cogn. Melastomataceae Quaresmeira 9 0,36 
40 Acacia farnesiana (L.) Willd. Fabaceae Vinhático-de-espinho 8 0,32 
41 Ficus guaranítica Chodat Moraceae Figueira-branca 8 0,32 
42 Anacardium occidentale L. Anacardiaceae Cajueiro 7 0,28 
43 Tipuana tipu (Benth.) Kuntze Fabaceae Tipuana 7 0,28 
44 Triplaris gardneriana Wedd. Polygonaceae Pajaú 7 0,28 
45 Pithecellobium diversifolium Benth. Fabaceae - 6 0,24 
46 Simarouba amara Aubl. Simaroubaceae Pau-paraíba 6 0,24 
47 Byrsonima stipulacea A. Juss. Malpighiaceae Murici-do-litoral 6 0,24 
48 Leucaena leucocephala (Lam.) de Wit Fabaceae Leucena 5 0,20 
49 Artocarpus heterophyllus Lam. Moraceae Jaqueira 5 0,20 
50 Genipa americana L. Rubiaceae Jenipapo 5 0,20 
51 Hovenia dulcis Thunb. Rhamnaceae Uva-japonesa 5 0,20 
52 Sterculia striata A. St.-Hil. & Naudin Malvaceae Chichá-do-cerrado 5 0,20 
53 Tamarindus indica L. Fabaceae Tamarindeiro 4 0,16 
54 Samanea tubulosa (Benth.) Barneby & J.W. Grimes Fabaceae Alfarobo 4 0,16 
55 Parkinsonia aculeata L. Fabaceae Turco 4 0,16 
56 Psidium guajava L. Myrtaceae Goiabeira 3 0,12 
57 Pithecellobium diversifolium Benth. Fabaceae - 3 0,12 
58 Salix babylonica L. Salicaceae Chorão 3 0,12 
59 Psidium cattleianum Sabine Myrtaceae Araçá 3 0,12 
60 Ficus Iyrata Warb. Moraceae Figueira-lira 3 0,12 
61 Dalbergia nigra (Vell.) Allemao ex Benth. Fabaceae 
Jacarandá-da-
Bahia 3 0,12 
62 Schizolobium parahyba (Vell.) S. F. Blake Fabaceae Guapuruvu 3 0,12 
63 Guarea guidonia (L.) Sleumer Meliaceae Bilreiro 2 0,08 
64 Guazuma ulmifolia Lam. Malvaceae Embira 2 0,08 
65 Triplaris brasiliana Cham. Polygonaceae - 2 0,08 
 
- 74 - 
Nº Espécies Família Nome popular P Pi (%) 
66 Zanthoxylum rhoifolium Lam. Rutaceae Mamiqueira 2 0,08 
67 Araucaria excelsa (Lamb.) R. Br. Araucariaceae - 2 0,08 
68 Chorisia speciosa A. St.-Hil. Malvaceae Paineira-rosa 2 0,08 
69 Hibiscus pernambucensis Arruda Malvaceae Algodão-da-praia 2 0,08 
70 Sterculia foetida L. Malvaceae Chichá-fedorento 1 0,04 
71 Trema micrantha (L.) Blume Cannabaceae Pau-Pólvora 1 0,04 
72 Enterolobium contortisiliquum (Vell.) Morong Fabaceae Tamboril 1 0,04 
73 Artocarpus altilis (Parkinson) Fosberg Moraceae Fruta-pão 1 0,04 
74 Annona muricata L. Annonaceae Graviola 1 0,04 
75 Dillenia indica L. Dilleniaceae Árvore-da-pataca 1 0,04 
76 Lithrea molleoides (Vell.) Engl. Anacardiaceae Aroeira-branca 1 0,04 
77 Peschiera fuchsiaefolia (A. DC.) Miers Apocynaceae Leiteira 1 0,04 
78 Anadenanthera macrocarpa (Benth.) Brenan Fabaceae Angico 1 0,04 
79 Hymenaea courbaril L. Fabaceae Jatobá 1 0,04 
80 Ficus microcarpa L. f. Moraceae Figueira-lacerdinha 1 0,04 
81 Albizia julibrissin Durazz. Fabaceae Acácia-de-constantinópola 1 0,04 
82 Senna macranthera (DC. ex Collad.) H.S. Irwin & Barneby Fabaceae Fedegoso 1 0,04 
83 N.I. - - 4 0,16 
 Total 2469 100,00 
 
As dez espécies mais abundantes foram, respectivamente: 
1) Terminalia catappa (Amendoeira) 
2) Clitoria fairchildiana (Sombreiro) 
3) Pachira aquatica (Monguba) 
4) Tabebuia pentaphylla (Ipê-bálsamo) 
5) Delonix regia (Flamboyant) 
6) Bauhinia variegata (Pata-de-vaca-rosa) 
7) Caesalpinia peltophoroides (Sibipiruna) 
8) Albizia lebbeck (Língua-de-sogra) 
9) Lagerstroemia indica (Resedá) 
10) Cassia fistula (Chuva-de-ouro) 
 
A Figura 14 mostra a abundância relativa entre as espécies arbóreas no total das 
áreas, excluída a UFBA. 
 
- 75 - 
0
2
4
6
8
10
12
1 4 7 10 13 16 19 22 25 28 31 34 37 40 43 46 49 52 55 58 61 64 67 70 73 76 79 82
Espécies
Pi
 (%
)
 
Figura 14 – Abundância relativa entre espécies da comunidade arbórea do total (Pi = abundância relativa), conforme Tabela 37. 
 
 
- 76 - 
Houve predomínio de T. catappa, C. fairchildiana e P. aquatica, que juntas 
representaram 28,38% da comunidade. Das 82 espécies, as 14 mais abundantes 
responderam por 71,56% do total de indivíduos. 
Vinte espécies tiveram apenas uma ou duas ocorrências. O índice de diversidade 
de Simpson encontrado foi D=20,85 e os índices de Shannon-Wiener foram H=0,785 e 
eH=32,11. A Tabela 38 mostra o percentual da comunidade representado pela soma das 
espécies mais abundantes. 
 
Tabela 38 – Percentual da soma das espécies 
mais abundantes na Macroárea Lucaia/Costeira. 
Nº espécies % total 
1 10,80 
2 20,48 
3 28,38 
4 33,89 
5 39,24 
6 44,06 
7 48,56 
8 52,85 
9 56,58 
10 60,06 
 
No total das áreas amostradas foram encontradas 27 famílias botânicas (Tabela 
39), as cinco mais abundantes foram: Fabaceae (Pi=44%), Bignoniaceae (Pi=13,1%), 
Malvaceae (Pi=11%), Combretaceae (Pi=10,8%) e Moraceae (Pi=4,95%). 
Merece destaque o fato de Combretaceae estar representada por apenas uma 
espécie, T. catappa. Famílias como Cannabaceae e Annonnaceae apresentaram apenas 
um indivíduo. 
 
Tabela 39 – Famílias botânicas encontradas na Macroárea 
Lucaia/Costeira (P – abundância; Pi – abundância relativa). 
Família Espécies P Pi (%) 
Fabaceae 31 1085 44,00 
Bignoniaceae 6 322 13,10 
Malvaceae 7 272 11,00 
Combretaceae 1 266 10,80 
Moraceae 7 122 4,95 
Lythraceae 1 92 3,73 
Anacardiaceae 5 79 3,20 
Sapindaceae 1 48 1,95 
Polygonaceae 3 38 1,54 
Casuarinaceae 1 34 1,38 
Cecropiaceae 1 19 0,77 
Myrtaceae 3 17 0,69 
 
- 77 - 
Família Espécies P Pi (%) 
Chrysobalanaceae 1 17 0,69 
Lauraceae 1 10 0,41 
Melastomataceae 1 9 0,37 
Simaroubaceae 1 6 0,24 
Malpighiaceae 1 6 0,24 
Rubiaceae 1 5 0,20 
Rhamnaceae 1 5 0,20 
Salicaceae 1 3 0,12 
Meliaceae 1 2 0,08 
Rutaceae 1 2 0,08 
Araucariaceae 1 2 0,08 
Annonaceae 1 1 0,04 
Cannabaceae 1 1 0,04 
Dilleniaceae 1 1 0,04 
Apocynaceae 1 1 0,04 
N.I. - 4 0,16 
Total 82 2469 100,00 
 
A Figura 15 mostra a distribuição do total de indivíduos entre as famílias. 
Fabaceae
Bignoniaceae
Malvaceae
Combretaceae
Moraceae
LythraceaeAnacardiaceae
Outras
 
Figura 15 – Freqüência de indivíduos da Macroárea Lucaia/Costeira, por família botânica. 
 
Quanto à origem, houve predomínio de exóticas tanto em relação ao número de 
espécies (36,6%) quanto ao número de indivíduos, que representou um pouco mais da 
metade do total (53,3%). 
 
- 78 - 
O número de espécies nativas não regionais (21) foi um pouco inferior ao das 
nativas regionais (25), mas estas últimas representaram apenas 17,1% do total de 
indivíduos (Tabela 40). 
 
Tabela 40 – Origem das espécies e abundância de indivíduos de cada 
categoria na Macroárea Lucaia/Costeira (NR - Nativa regional; BR - Nativa não 
regional; EX - Exótica; N.I. – Não identificado). 
Origem Nº espécies P espécies (%) Nº indivíduos P indivíduos (%) 
NR 25 30,50 423 17,1 
BR 21 25,60 651 26,4 
EX 30 36,60 1316 53,3 
N.I. 6 7,32 79 3,2 
Total 82 100,00 2469 100,0 
 
 
Entre as nativas regionais, as mais freqüentes foram: 
1) C. peltophoroides (Sibipiruna) 
2) T. avellanedae (Ipê-rosa) 
3) C. ferrea (Pau-ferro) 
4) C. echinata (Pau-Brasil) 
5) S. mombin (Cajazeira) 
6) C. pachystachya (Embaúba) 
7) P. dubium (Canafístula) 
8) L. tomentosa (Oiti-mirim) 
9) S. terebinthifolia (Aroeira) 
10) T. granulosa (Quaresmeira) 
11) A. occidentale (Cajueiro) 
12) S. amara (Pau-Paraíba) 
 
Das 82 espécies levantadas, apenas 30 fornecem alimento à fauna (Tabela 41), o 
que representou 26,45% do total de indivíduos. 
 
Tabela 41 – Abundância de espécies fornecedoras de alimento na 
Macroárea Lucaia/Costeira (P – Abundância total; Pi – 
Abundância relativa). 
 P Pi (%) 
Espécies 30 36,1 
Indivíduos 653 26,45 
 
 
- 79 - 
Entre estas, as espécies mais abundantes foram: 
1) T. catappa (Amendoeira) 
2) P. aquatica (Monguba) 
3) M. indica (Mangueira) 
4) C. pachystachya (Embaúba) 
5) L. tomentosa (Oiti-mirim) 
6) S. cumini (Jamelão) 
7) P. americana (Abacateiro) 
8) P. ruscifolia (Algarobo) 
9) S. terebinthifolia (Aroeira) 
10) F. guaranitica (Figueira-branca) 
 
 
Quanto à ocorrência de espécies invasoras, foi detectada a presença das seguintes 
espécies arbóreas: 
1) Artocarpus heterophyllus (Jaqueira); 
2) Azadirachta indica (Nim); 
3) Casuarina equisetifolia (Casuarina); 
4) Leucaena leucocephala (Leucena); 
5) Mangifera indica (Mangueira); 
6) Mimosa caesalpiniifolia (Sabiá); 
7) Terminalia catappa (Amendoeira). 
 
 
Além destas, as seguintes palmeiras e espécies arbustivas invasoras também 
estiveram presentes: 
1) Calotropis procera; 
2) Tecoma stans (Ipê-amarelo-de-jardim); 
3) Elaeis guineensis (Dendezeiro). 
 
 
Quanto à presença de plantas tóxicas ou com princípios alergênicos, foram 
encontradas as seguintes espécies arbustivas, arbóreas e palmeiras: 
 Thevetia peruviana (Chapéu-de-Napoleão); 
 
- 80 - 
 Nerium oleander (Espirradeira); 
 Melia azedarach (Cinamomo); 
 Schinus terebinthifolia (Aroeira); 
 Lithrea molleoides (Aroeira-branca); 
 Ficus microcarpa (Figueira-lacerdinha); 
 Caryota urens (Arecaceae) 
 
 
- 81 - 
DISCUSSÃO 
 
A discussão a seguir busca analisar os resultados obtidos em Salvador, em 
comparação com outros estudos no Brasil, à luz da Ecologia e Permacultura. 
Ao todo, foram amostrados 2469 indivíduos, pertencentes a 82 espécies, 61 
gêneros e 27 famílias. A Tabela 42 mostra a riqueza das áreas de Salvador e de outros 
estudos no Brasil. Essa comparação deve levar em conta a diferença de amostragem, 
pois conforme aumenta o número de indivíduos amostrados, mais espécies são 
descobertas (Ricklefs, 2003). 
 
Tabela 42 – Comparação da riqueza entre as áreas e outros estudos no Brasil 
(N – nº indivíduos; R – Riqueza; R/N – densidade de espécies; MC – Rua Miguel 
Calmon; DT – Dique do Tororó; CC – Corredor da Centenário; JMJ – Av. Juracy 
Magalhães Jr.; VG – Av. Vasco da Gama; ACM – Av. Antonio Carlos Magalhães; 
MLC – Macroárea Lucaia/Costeira). 
Local N R R/N Referência 
MC* 46 3 0,065 - 
DT* 127 20 0,157 - 
Patos-PB 164 12 0,073 
Jacareí-SP 295 28 0,095 Faria; Monteiro; Fisch, 2007. 
Pombal-PB 212 8 0,038 Rodolfo Júnior et al., 2008. 
Campina Grande-PB 360 24 0,067 Araújo et al., 2009. 
Taubaté/SP 415 50 0,120 Minhoto; Monteiro; Fisch, 2009. 
Mariópolis/PR 424 20 0,047 Silva et al., 2008. 
Franca/SP 479 72 0,150 Silva et al., 2008. 
CC* 482 31 0,064 - 
JMJ* 493 46 0,093 - 
VG* 500 53 0,106 - 
Sete de Setembro/RS 773 60 0,780 Coletto; Müller; Wolski, 2008. 
ACM* 821 44 0,054 - 
Campos de Jordão-SP 836 32 0,038 Andrade, 2002. 
Aracaju/SE 1076 23 0,021 Lima Neto et al., 2007. 
Norte do MT 1210 37 0,031 Almeida, 2009. 
Uberlândia-MG 1329 30 0,023 Silva et al., 2002. 
Pato Branco/PR 1677 55 0,033 Cadorin et al., 2008. 
UFBA* 1723 103 0,060 - 
Assis/SP 1915 54 0,028 Rossatto; Tsuboy; Frei, 2008. 
MLC* 2469 82 0,033 - 
Americana-SP 2551 76 0,030 Silva, 2005. 
Maringá/PR 93.261 87 0,001 Blum; Borgo; Sampaio, 2008. 
* áreas em Salvador-BA. 
 
- 82 - 
Entre as áreas de Salvador a que apresentou maior número de espécies foi a 
UFBA (103), seguida das Avenidas Vasco da Gama (53) e Juracy Magalhães Jr. (43), 
contudo este fato sofre influencia do grande número de indivíduos amostrados na UFBA 
(1723) e do diferencial desta como campus universitário (conforme demonstrado nos 
Resultados). 
A densidade de espécies (R/N) refere-se ao número de espécies encontradas em 
relação ao total de indivíduos (Odum, 1988). O Dique do Tororó foi o local com maior 
densidade em Salvador (0,157), seguido da Avenida Vasco da Gama (0,106) e da Juracy 
Magalhães (0,093), mas esse número é favorecido pela baixa amostragem dessa área. 
O Dique do Tororó apresentou densidade de espécies equiparável à encontrada 
por Silva et al. (2008) em Franca-SP (0,15) e um pouco superior a de Taubaté-SP (0,12), 
estudada por Minhoto, Monteiro e Fisch (2009). 
As Avenidas Vasco da Gama e Juracy Magalhães Jr. apresentaram uma riqueza 
maior do que a encontrada em áreas de Campos de Jordão-SP (Andrade, 2002), Aracaju-
SE (Neto et al., 2006), norte do Mato Grosso (Almeida, 2009) e Uberlândia-MG (Silva et 
al., 2002), mesmo considerando a maior amostragem destes estudos. 
A riqueza de espécies amostradas na Macroárea Lucaia/Costeira em Salvador 
(R=82) foi maior do que a encontrada por Silva (2005) em Americana-SP (R=76) e 
consideravelmente elevada se comparado à de Maringá-PR (R=87), conforme Blum, 
Borgo e Sampaio (2008), levando-se em conta o grande número de indivíduos 
amostrados nesta (93.261). 
Essa elevada riqueza é favorável ao equilíbrio e sustentabilidade pois proporciona 
um sistema mais interativo, onde cada função importante é apoiada por diversos 
elementos (Mollison e Slay, 1998). 
Nas áreas amostradas em Salvador, a família mais abundante em número de 
indivíduos foi Fabaceae (44%), seguida de Bignoniaceae (13,1%) e Malvaceae (11%). 
Faria, Monteiro e Fisch (2007) encontraram um maior número de espécies de 
Fabaceae e Bignoniaceae, em Jacareí-SP, sendo que em número de indivíduos 
predominaram as leguminosas. Bortoleto (2004) encontrou na Estância de Águas de São 
Pedro-SP, predomínio de Fabaceae, seguida de Bignoniaceae e Moraceae, considerando 
árvores, arbustos e palmeiras. 
Machado et al. (2006) também encontrou predominância de leguminosas entre as 
árvores nativas de Teresina-PI, assim como Melo e Chagas (2008), no Campus da 
 
- 83 - 
UNIFEOB, em São João da Boa Vista-SP, onde a freqüência de Fabaceae foi em torno de 
43%, sendo as outras famílias mais freqüentes Myrtaceae e Bignoniaceae. 
Em Franca (SP) Silva et al. (2008) encontraram uma maior abundância de Rutaceae 
(15%), seguida de Fabaceae-Caesalpinoideae (11,9%), Anacardiaceae (10,6%), Oleaceae 
(10,2%) e Moraceae (8,9%). As famílias Moraceae e Anacardiaceae tiveram relativa 
representatividade em Salvador com 4,95% e 3,2% de freqüência, respectivamente. 
No Horto Municipal da Barreirinha, em Curitiba-PR, Biondi e Leal (2008) 
encontraram, entre árvores, arbustose trepadeiras, mais espécies de Fabaceae (37), 
Myrtaceae (13) e Bignoniaceae (8). Ou seja, assim como ocorre em Salvador, é comum a 
alta freqüência de leguminosas e bignoniáceas na arborização de ruas do país. 
Fabaceae é uma das maiores famílias de angiospermas, ocorrendo no Brasil cerca 
de 200 gêneros e 1500 espécies. É a principal família usada na arborização urbana do 
Brasil e muito importante economicamente (Souza e Lorenzi, 2005). 
Está incluída entre as principais famílias na maioria dos ecossistemas naturais 
brasileiros e tem como uma importante função ecológica a fixação de nitrogênio, por meio 
da associação com bactérias do gênero Rhyzobium (Souza e Lorenzi, 2005). 
Mollison e Slay (1998) destacam o papel das leguminosas, principalmente das 
pioneiras, na construção do solo e fornecimento de matéria orgânica e abrigo para 
árvores de crescimento lento. 
O uso de recursos biológicos é uma ótima estratégia, sempre que possível, para 
economizar energia, a exemplo da utilização da adubação verde ao invés de fertilizantes 
nitrogenados e o emprego de plantas no combate de pragas (Mollison e Slay, 2008). 
Contudo, a adubação verde, por si só, não enriquece o teor de matéria orgânica do 
solo, pois, pelo fato de ser uma adubação nitrogenada, acaba consumindo-a (Primavesi, 
2002). 
 
 
Diversidade 
 
Mollison e Slay (1998) ressaltam a importância de se praticar a diversidade 
policultural, que traz estabilidade e prepara o sistema para eventuais mudanças sociais e 
ambientais. 
A comparação da diversidade entre as áreas estudadas deve levar em conta a 
diferença de amostragem. O índice de diversidade de Simpson é dependente do tamanho 
 
- 84 - 
da amostra. Seu valor máximo é o número de espécies encontradas (Ricklefs, 2003). 
Comparando-se as três áreas de Salvador com amostras de tamanho parecido, concluiu-
se que a Av. Juracy Magalhães apresenta maior diversidade (D=18,22), seguida da Vasco 
da Gama (17,17) e do Corredor da Centenário (11,14). 
O índice de Shannon-Wiener (h) é relativamente independente da amostragem 
(Odum, 1988). A ordem acima se confirma com o cálculo deste, onde as três áreas 
apresentam-se com os maiores índices de diversidade (0,841; 0,823; e 0,794, 
respectivamente). A UFBA mostrou diversidade semelhante ao Corredor da Centenário 
(H=0,794), a Av. ACM ficou em quarto lugar com H=0,758, seguida do Dique do Tororó 
com H=0,74 e da R. Miguel Calmon (H=0,54), como ilustra a Tabela 43. 
 
Tabela 43 – Comparação da diversidade entre as áreas de 
Salvador (N – nº indivíduos; D – Índice de diversidade de 
Simpson; H – Índice de Shannon-Wiener). 
Local N D H 
R. Miguel Calmon 46 1,54 0,540 
Dique do Tororó 127 5,19 0,740 
Corredor da Centenário 482 11,14 0,794 
Av. Juracy Magalhães Jr. 493 18,22 0,841 
Av. Vasco da Gama. 500 17,17 0,823 
Av. ACM 821 11,89 0,758 
UFBA* 1723 22,36 0,794 
Macroárea Lucaia/Costeira 2469 20,85 0,785 
 
Para comparação com outras cidades brasileiras, será levada em conta a 
porcentagem do total de indivíduos representada pelas espécies mais abundantes. Os 
resultados obtidos na Macroárea Lucaia/Costeira, em Salvador, encontram-se na Tabela 
44. Houve predomínio de amendoeiras (T. catappa), sombreiros (C. fairchildiana) e 
mongubas (P. aquatica), que juntas representaram 28,38% da comunidade. 
 
Tabela 44 – Percentual da soma das espécies 
mais abundantes na Macroárea Lucaia/Costeira. 
Nº espécies % total 
1 10,80 
2 20,48 
3 28,38 
4 33,89 
5 39,24 
6 44,06 
7 48,56 
8 52,85 
9 56,58 
10 60,06 
 
- 85 - 
Algumas cidades brasileiras apresentam baixíssima diversidade, com dominância 
de poucas espécies. Rodolfo Júnior et al. (2008) na cidade de Pombal-PB, encontrou 
predomínio de F. benjamina e S. siamea que juntas foram responsáveis por 
aproximadamente 77% do total de indivíduos. No norte do Mato Grosso, Almeida (2009) 
encontrou que as três espécies mais frequentes representavam 79,1% do total de 
indivíduos, das cidades estudadas. Andrade (2002) encontrou que 87,8% dos indivíduos 
arbóreos de Campos de Jordão pertenciam a duas espécies. Das 12 espécies 
encontradas em Patos-PB, somente duas foram responsáveis por 83,53% das árvores 
amostradas (Melo; Lira Filho; Rodolfo Júnior, 2007). Estes valores de dominância são 
muito superiores aos encontrados na capital baiana. 
Na Macroárea, em Salvador, as oito espécies mais abundantes responderam por 
um pouco mais da metade (52,85%) da comunidade arbórea. Em Jacareí-SP as quatro 
espécies mais freqüentes representaram em torno de 52% dos indivíduos (Faria; 
Monteiro; Fisch, 2007), assim como em Taubaté-SP (Minhoto; Monteiro; Fisch, 2009). No 
bairro estudado por Araújo et al. (2009), em Campina Grande-PB, a espécie F. benjamina 
foi a mais freqüente (51,95%) e as cinco mais abundantes totalizaram 83,62% da 
comunidade arbórea. Em Uberlândia-MG as cinco espécies mais frequentes 
representaram 67,2% do total de indivíduos (Silva et al., 2002). Sete espécies respondiam 
por 70% da arborização de Sete de Setembro-RS (Coletto; Müller; Wolski, 2008). 
As dez espécies mais freqüentes, em Salvador-BA representaram 60,06% do total 
da comunidade arbórea. Valor próximo ao de Franca-SP, 64,5% (Silva et al., 2008). 
Em Assis-SP, Rossatto, Tsuboy e Frei (2008) encontraram predomínio de L. 
tomentosa (21,41%) e as dez espécies mais frequentes foram responsáveis por 82,77% 
dos espécimes. Em Maringá-PR, as dez espécies mais frequentes responderam por 
74,76% da arborização de vias públicas (Sampaio e De Angelis, 2008). 
Em Águas de São Pedro-SP, ocorreu maior diversidade que em Salvador, pois a 
soma das dez espécies mais abundantes respondeu por 48,33% do total de indivíduos, 
apesar de C. peltophoroides apresentar freqüência de 13,63% (Bortoleto et al., 2007). 
Portanto, a Macroárea Lucaia/Costeira, em Salvador, apresenta considerável 
diversidade em comparação a outras cidades brasileiras, mas está longe do ideal, devido 
à dominância de poucas espécies e presença de muitas espécies com poucos indivíduos. 
Para Silva et al. (2008) o baixo número de indivíduos de algumas espécies é decorrente 
de plantios realizados pelos próprios moradores. 
 
- 86 - 
A estabilidade, obtida através da diversidade, depende da cooperação entre as 
espécies. É necessário que estas não causem prejuízos umas às outras. Alguns detalhes 
importantes a serem conhecidos na hora da escolha de árvores para crescerem juntas 
são: a estrutura da árvore madura, o que interfere no sombreamento dos indivíduos ao 
redor; a tolerância à sombra; a altura das árvores na maturidade, para decidir a 
localização e necessidades de espaço; a necessidade de umidade; e a ocorrência de 
alelopatia (Mollison e Slay, 1998). 
 
 
As espécies 
 
Sempre que possível, deve-se utilizar espécies nativas ou aquelas adaptadas e 
reconhecidas como benéficas (Mollison e Slay, 1998). Deve ser respeitada a aptidão 
ecológica de cada espécie (Lorenzi, 2002). 
As plantas distinguem-se em relação ao seu comportamento ambiental. As 
pioneiras só crescem na mata jovem (capoeira). As secundárias predominam no estágio 
intermediário e as clímaxes crescem e reproduzem-se somente na floresta madura 
(Lorenzi, 2002). 
A natureza encarrega-se de transformar numa floresta qualquer área coberta com 
solo e sem vegetação. Nos primeiros anos desenvolvem-se apenas herbáceas anuais, 
herbáceas perenes e arbustivas perenes. Somente depois de quatro anos surgem as 
primeiras arbóreas pioneiras e após o sombreamento da área aparecem as espécies 
secundárias e clímaxes (Lorenzi, 2002). As plantas iniciais da sucessão modificam o 
ambiente e facilitam o estabelecimento das espécies mais tardias, ou seja, “cada estágio 
pavimenta o caminho para o próximo” (Ricklefs, 2003). 
Mollison e Slay (1998) destacam a importância de se promover a sucessão natural, 
ao invés de lutar contra este processo à custa de trabalho e energia. 
Quanto à origem das espécies,na amostragem de Salvador houve predomínio de 
exóticas tanto em relação ao número de espécies (36,6%) quanto ao número de 
indivíduos (53,3%). O número de espécies nativas não regionais (21) foi um pouco inferior 
ao das nativas regionais (25), mas estas últimas representaram apenas 17,1% do total de 
indivíduos. 
Muitos autores não fazem distinção entre as espécies nativas regionais e não 
regionais. Melo e Chagas (2008) encontraram, na UNIFEOB, em São João da Boa Vista, 
 
- 87 - 
19 espécies nativas e 9 exóticas. Faria, Monteiro e Fisch (2007) encontraram igual 
número de espécies entre nativas e exóticas (sendo a maior parte destas, frutíferas 
plantadas pela população). Em Assis-SP, o número absoluto de árvores nativas foi quatro 
vezes maior que o de exóticas, apesar do número de espécies exóticas ser maior 
(Rossatto; Tsuboy; Frei, 2008). Estes estudos, portanto, subestimaram a presença de 
organismos exóticos ao bioma local. 
Porém, mesmo quando não há distinção entre nativas regionais e não regionais, na 
maior parte dos estudos prevalece o predomínio de exóticas ao Brasil. Araújo et al. (2009) 
encontrou o dobro de espécies exóticas em relação a nativas. Almeida (2009) em cidades 
do norte do Mato Grosso encontrou que 56,8% das espécies eram exóticas. Na Estância 
Turística de Águas de São Pedro, houve predomínio de espécies exóticas (61,33%) 
(Bortoleto et al., 2007), assim como em Sete de Setembro-RS com 58,3% das espécies 
(Coletto; Müller; Wolski, 2008). Teixeira e Santos (2007) encontraram 71,7% de indivíduos 
exóticos. Segundo Lorenzi et al. (2003) as exóticas representam cerca de 80% das 
espécies usadas no país. 
Considerando-se a importância das variações regionais, dentro do mesmo país, 
muitos autores fazem a separação daquelas espécies do bioma local. Contudo, essa 
definição varia em virtude do território considerado. 
Silva et al. (2008) encontrou em Franca-SP, 68,5% dos indivíduos exóticos e 31,5% 
nativos do Brasil. Destes, apenas 8,3% eram nativos da região. Blum, Borgo e Sampaio 
(2008) encontraram em Maringá muitas espécies exóticas ao Brasil (55,2%), além de 
20,7% exóticas ao ecossistema natural de Maringá. 
Silva et al. (2008) mostraram que as espécies mais abundantes na arborização de 
Mariopólis não têm nenhuma identidade com o bioma local. No total, ocorreram oito 
espécies nativas do Brasil, três do bioma local e 12 exóticas (sendo seis destas 
consideradas invasoras no Paraná). 
Das 55 espécies inventariadas por Cadorin et al. (2008), em Pato Branco-PR, 25 
são nativas e apenas 11 são do bioma local, sendo a freqüência de indivíduos arbóreos 
nativos bem menor que a de exóticas. 
Em Salvador ocorreu boa representatividade das espécies nativas regionais (17,1% 
do total de indivíduos), em comparação a outras localidades do Brasil. Contudo deve-se 
levar em conta o amplo território considerado (Domínio da Mata Atlântica no estado da 
Bahia). 
 
- 88 - 
Blum, Borgo e Sampaio (2008) ressaltam que nem toda espécie exótica traz 
prejuízos ambientais, mas é preciso valorizar a riqueza florística regional. Machado et al. 
(2006) encontraram 48 espécies nativas em parques e praças de Teresina-PI, mas 
afirmam a importância do estudo de espécies com potencial para arborização de calçadas 
laterais. 
Lorenzi (2002) argumenta que nem todas as espécies de árvores nativas são 
adequadas para o plantio em áreas urbanas, contudo, a maior parte pode ser plantada em 
grandes avenidas, praças e parques. A indisponibilidade de mudas é a principal 
dificuldade para o uso destas. 
 
 
Funcionalidade 
 
A importância da diversidade em um sistema não está somente no número de 
elementos presentes, mas, principalmente, na quantidade de conexões funcionais entre 
estes (Mollison e Slay, 1998). 
“Cada elemento no sistema deverá ser escolhido e posicionado de forma a 
executar o maior número possível de funções” (Mollison e Slay, 1998). Segundo estes, as 
árvores podem servir para: controle da erosão, condicionamento do solo, controle do 
clima, manutenção da vida selvagem, como ornamentais, quebra-ventos, para 
fornecimento de sementes, alimento, remédios, entre outras funções. 
Das 82 espécies levantadas em Salvador, apenas 30 fornecem alimento à fauna, o 
que representou 26,45% do total de indivíduos. Silva et al. (2008) encontraram, em 
Franca-SP, 65% dos indivíduos com potencial para alimentação de aves e morcegos, 
número bastante superior ao encontrado na capital baiana. Contudo, em Salvador não foi 
considerado o alimento para visitantes florais. 
Morrow (2003) julga necessário, para a sustentabilidade, trazer a produção de 
alimentos de volta às cidades, usar o máximo da capacidade de tudo e ajudar a tornar as 
pessoas independentes. 
Sobre a alimentação humana, Rossato et al. (2008) encontraram, em Assis-SP, 11 
indivíduos de frutíferas, que correspondiam a 0,5% da comunidade, o que para eles indica 
pouca interferência da população. Coletto, Müller e Wolski (2008) encontraram 
significativo número de espécies frutíferas (16), compondo 12% do total de indivíduos. 
 
- 89 - 
Para eles o plantio destas, em geral, é feito de forma espontânea pela população, visando 
à alimentação. 
O uso de espécies com frutos grandes em calçadas é inviável (Pivetta e Silva Filho, 
2002), contudo estas podem ser usadas em canteiros largos e praças, como proposto 
pela Lei Municipal nº 4.456 de 09 de Dezembro de 1991, que trata do plantio de árvores 
frutíferas nas avenidas de vale, bem como nas avenidas que disponham de áreas 
marginais favoráveis para tal. 
Deve-se levar em conta que cada elemento do sistema, para funcionar 
eficientemente, deve estar posicionado no lugar certo, de forma que facilite suas 
interações com outros elementos (Mollison e Slay, 1998), estes autores destacam as 
seguintes questões para basear estratégias: 
 “Que uso tem os produtos deste elemento, em particular, para as necessidades 
dos outros elementos?”; 
 “Quais serão as necessidades deste elemento que serão supridas pelos 
outros?”; 
 “De que forma este elemento é incompatível com os outros?”; 
 “De que forma este elemento beneficia outras partes do sistema?”. 
 
Espécies com folhas caducas em calçadas prejudicam o sistema de drenagem e, 
assim como frutos grandes, trazem muita sujeira (Pivetta e Silva Filho, 2002). Devem, 
portanto, ser evitadas, assim como a introdução de espécies potencialmente invasoras, 
que podem romper o balanço natural do ambiente (Mollison e Slay, 1998). 
Ocorreram na cidade de Salvador, 11 espécies potencialmente invasoras, entre 
árvores, arbustos e palmeiras, com destaque para a amendoeira (T. catappa), espécie de 
maior freqüência na cidade. 
Em via pública de Pato Branco-PR, a espécie predominante também foi invasora 
(Silva et al., 2007). Coletto, Müller e Wolski (2008) encontraram 11 espécies invasoras em 
Sete de Setembro-RS. Blum, Borgo e Sampaio (2008) levantaram 16 em Maringá-PR. 
No Horto Municipal da Barreirinha, Curitiba-PR, 6,67% das espécies produzidas 
eram consideradas invasoras no Brasil e 3,03% no Paraná (Biondi e Leal, 2008). 
Blum, Borgo e Sampaio (2008) levantaram que 5,5% da arborização de Maringá é 
composta por 16 espécies consideradas invasoras no estado do Paraná. Na área urbana 
de Curitiba, Biondi e Macedo (2008) encontraram, entre plantas de todos os hábitos, 23 
espécies consideradas invasoras no Brasil e oito invasoras para a região. 
 
- 90 - 
Das espécies que ocorreram em Salvador merecem destaque as mangueiras (M. 
indica) e jaqueiras (A. heterophyllus), fornecedoras de alimento; e o dendezeiro (E. 
guineensis), de importância cultural para a cidade. O uso destas pode ser feito se não 
oferecer risco de contaminação em áreas de conservação da flora local. 
As outras espécies encontradas devem ter seu uso evitado, são elas: amendoeira 
(T. catappa); casuarina (C. equisetifolia); leucena (L. leucocephala);sabiá (M. 
caesalpiniifolia); nim (A. indica); ipê-amarelo-de-jardim (T. stans); e C. procera. 
Quanto à presença de plantas tóxicas ou com princípios alergênicos, foram 
encontradas sete espécies, arbustivas, arbóreas ou palmeiras. 
Entre as plantas produzidas no Horto Municipal de Barreirinha (Curitiba-PR), 15 
espécies apresentaram princípios tóxicos (Biondi e Leal, 2008). Cavalcanti et al. (2003) 
encontraram que 4,4% das espécies arbóreas e 19% dos outros vegetais ornamentais 
produzidos no Horto Florestal Lauro Pires Xavier, em Campina Grande-PB, apresentavam 
algum princípio tóxico. 
Entre as plantas encontradas em Salvador, estão as espirradeiras (Nerium 
oleander) e chapéu-de-Napoleão (Thevetia peruviana), espécies amplamente usadas no 
paisagismo (Lorenzi, 2001), porém, muito tóxicas, podendo levar à morte (SINITOX, 
2009). 
Outras plantas tóxicas, cujo uso deve ser evitado, foram: o cinamomo (Melia 
azedarach), a aroeira-branca (Lithrea molleoides), Caryota urens (Arecaceae) e a figueira-
lacerdinha (F. microcarpa). Esta última tem suas folhas, geralmente, atacadas por trips 
que causam incômodos respiratórios e aos olhos (Lorenzi, 2003). 
Entre as alergênicas é importante comentar sobre a aroeira (S. therebinthifolia), 
uma espécie nativa regional, pioneira, medicinal, que proporciona alimento para a fauna, 
mas pode provocar alergia em pessoas sensíveis (Lorenzi, 2002; Lorenzi e Matos, 2000), 
portanto o uso desta, em virtude de tantos benefícios, deve ser feito de forma criteriosa, 
em locais onde não haja fluxo constante de pessoas. 
Sobre o uso de espécies arbustivas e palmeiras, no total das Avenidas ACM, 
Juracy Magalhães Jr. e Vasco da Gama, foram amostrados 1164 indivíduos não-
arbóreos, junto aos 1814 indivíduos arbóreos. Volpe-Filik, Silva e Lima (2007), também 
encontraram grande número de arbustos e palmeiras, inclusive prevalecendo sobre as 
árvores. 
Arbustos não proporcionam os mesmo benefícios que árvores, mas ajudam no 
estabelecimento de condições microclimáticas e na supressão de capins. Porém, não 
 
- 91 - 
devem ser plantados tão próximos das árvores para não competirem (Mollison e Slay, 
1998) 
Um ponto importante a ressaltar é o uso de coqueiros (Cocos nucifera). Suas 
grandes palhas e frutos (cocos) os tornam inviáveis para áreas de trânsito de pedestres. 
O plantio nestes lugares exige constante manutenção e, portanto, um custo energético 
(econômico). 
Como destaca Morrow (2003), devem-se buscar soluções, não problemas, 
trabalhar onde vale a pena e minimizar os gastos com manutenção e energia. 
Outro ponto importante do planejamento energético eficiente é o posicionamento 
dos elementos em zonas e setores. As zonas tratam da freqüência com que os elementos 
são visitados e os setores tratam das energias, não controláveis, que vêm de fora do 
sistema (Mollison e Slay, 1998). 
Os componentes que exigem observação rotineira, visitas frequentes e trabalho 
intensivo devem ser posicionados próximos ao centro de atividades, ou perde-se muito 
tempo, esforço e energia visitando-os (Mollison e Slay, 1998). 
Com base nisso, sugere-se posicionar os órgãos da Prefeitura responsáveis pela 
manutenção da arborização de forma que não sejam necessários grandes deslocamentos 
para alcançar todos os pontos da cidade, podendo inclusive criar-se mais de um centro de 
atividades. A produção local de mudas (por meio de um Viveiro Municipal), também 
diminui os custos com deslocamento, assim como a produção local de adubo (composto). 
O planejamento de setores envolve energias e elementos como o sol, vento, chuva 
e fluxo de água (Mollison e Slay, 1998), em Salvador merecem destaque fatores como 
ventos frios e salinos e áreas sujeitas a enchentes. 
Um bom design permacultural faz uso das energias naturais que entram no sistema 
e daquelas geradas dentro deste, visando interromper fluxos de nutrientes e energias que 
saem do local e transformá-los em ciclos completos (Mollison e Slay, 1998). 
A regeneração dos nutrientes em ambientes terrestres ocorre no solo. A 
produtividade das plantas depende da reciclagem da serrapilheira e de outros detritos 
orgânicos (Ricklefs, 2003). É extremamente necessário o retorno da matéria orgânica ao 
solo. Sua reposição periódica é indispensável, devido à rápida decomposição desta em 
clima tropical úmido. A incorporação de palha ou qualquer outro material celulósico, na 
superfície, é adequada (Primavesi, 2002). 
Apesar da pobreza mineral dos solos tropicais, não há problemas enquanto a 
bioestrutura for boa. A conservação desta condição depende, entre outras ações, da 
 
- 92 - 
proteção contra chuvas e insolação, reposição de matéria orgânica, manutenção de clima 
favorável e utilização de técnicas que evitem a compactação e adensamentos (Primavesi, 
2002) 
Portanto, a matéria orgânica resultante da poda em canteiros largos, se mantida no 
solo, melhora sua fertilidade e, consequentemente, o desempenho da vegetação. Deve-
se, porém, separar o lixo que, por ventura, esteja presente. 
Com a devida informação, pode-se pensar de forma multidisciplinar e projetar 
sistemas sustentáveis, produtivos e que economizem energia e dinheiro (Mollison e Slay, 
1998), segundo estes autores: 
 
“A Permacultura não é intensiva em energia ou em capital, mas o é na informação”. 
 
 
- 93 - 
CONCLUSÕES 
 
Em virtude do exposto, conclui-se que na comunidade arbórea analisada em ruas e 
praças de Salvador-BA há: 
 grande riqueza de espécies, em comparação com outras localidades do Brasil; 
 dominância de poucas espécies, mas a diversidade mostrou-se maior que a de 
muitas cidades brasileiras; 
 predomínio de espécies e indivíduos exóticos e baixa representatividade de 
espécies nativas regionais; 
 baixa freqüência de espécies que oferecem alimento à fauna; 
 espécies potencialmente invasoras, tóxicas e alergênicas. 
 
Além disso, percebeu-se que há um considerável predomínio de leguminosas 
(Fabaceae) e que a arborização dos campi da Universidade Federal da Bahia, em 
Salvador, diferencia-se do restante da cidade, em virtude da riqueza e composição 
específica. 
Alguns princípios e práticas da Permacultura podem ser adotados na arborização 
de ruas e praças (ver Recomendações), como: uso de espécies nativas, promoção da 
sucessão natural e da diversidade, manutenção da fertilidade do solo, uso de recursos 
biológicos, produção local de alimentos, zoneamento, setorização, entre outros. 
 
 
- 94 - 
RECOMENDAÇÕES 
 
Para uma arborização sustentável e, portanto, ecológica, algumas diretrizes podem 
ser seguidas (baseado em Odum, 1988; Mollison e Slay, 1998; Morrow, 2003; Ricklefs, 
2003): 
 Implementar um Plano Diretor de Arborização Urbana. 
 Planejar a arborização do município a longo prazo, para a remoção e substituição 
de árvores. 
 Usar espécies nativas do bioma local, ou adaptadas benéficas. 
 Não usar espécies invasoras ou tóxicas. 
 Usar grande diversidade de espécies. 
 Preservar a diversidade genética. 
 Estudar a possibilidade de implantação de corredores ecológicos. 
 Evitar podas drásticas e desnecessárias. 
 Realizar podas com orientação técnica qualificada. 
 Não usar espécies que exijam constante manutenção. 
 Evitar grandes deslocamentos no manejo da arborização, por meio da criação de 
macroáreas com distintos centros de atividades. 
 Minimizar o uso de combustíveis fósseis no trato da arborização. 
 Implantar um Viveiro Municipal para produção de mudas. 
 Implantar uma Usina de Compostagem Municipal para produção de composto. 
 Preservar a vida e fertilidade do solo. 
 Incorporar restos de poda e capinas na superfície do solo. 
 Evitar o uso de agroquímicos no tratamento fitossanitário, priorizando métodos 
alternativos. 
 Usar recursos biológicos, como adubação verde e biofertilizantes. 
 Priorizar a manutenção de áreas permeáveis e subsolo livre em calçadas. Promover a sucessão natural. 
 Respeitar a aptidão ecológica de cada espécie. 
 Promover o uso de quebra-ventos e sombreamento de espécies secundárias. 
 Posicionar os elementos urbanos de forma a beneficiar ou não prejudicar as 
árvores, como redes de distribuição de energia compactas ou subterrâneas. 
 
- 95 - 
 Priorizar a permanência das árvores quando em situações de conflito com 
elementos urbanos, sempre que possível. 
 Selecionar espécies que possuam diversos atributos (ornamentação, conservação 
da fauna e flora, alimentação, artesanato, entre outros). 
 Ter pleno conhecimento do ecossistema local quanto aos fatores abióticos, no 
planejamento da arborização urbana. 
 Fazer plantios densos e estratificados em canteiros de grandes dimensões. 
 Promover a educação ambiental e a ecopedagogia no sentido de desenvolver uma 
relação harmônica entre a população e as árvores. 
 Promover a auto-suficiência e responsabilidade comunitária. 
 
 
 
- 96 - 
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- 109 - 
 
APÊNDICES 
 
Tabela 45 - Origem e informações ecológicas das espécies encontradas (EX – exótica; BR – nativa não-regional; NR – nativa regional; DE – 
decídua; SD – semidecídua; PE – perene). 
Espécie Nome popular Origem Folhas Flores Frutos 
Alimento 
p/ fauna Outras info. 
FABACEAE 
Acacia farnesiana (L.) Willd. Vinhático-de-espinho BR DE JUN-SET OUT-JAN - - 
Adenanthera pavonina L. Carolina EX SD MAR-ABR - - - 
Albizia julibrissin Durazz. Acácia-de-Constatinópla - - - - - - 
Albizia lebbeck (L.) Benth. Língua-de-sogra EX DE OUT-FEV - - - 
Anadenanthera macrocarpa (Benth.) 
Brenan Angico NR DE SET-NOV AGO-SET - Melífera. 
Bauhinia variegata L. Pata-de-vaca-rosa EX SD JUN-SET - - - 
Caesalpinia echinata Lam. Pau-Brasil NR SD SET-OUT NOV-JAN - Tintura extraída do lenho. 
Caesalpinia ferrea Mart. Pau-ferro NR SD NOV-FEV JUL-SET - Ramos facilmente quebrados pelo vento. 
Caesalpinia peltophoroides Benth. Sibipiruna NR SD AGO-NOV JUL-SET - - 
Cassia fistula L. Chuva-de-ouro EX DE SET-OUT - - - 
Cassia grandis L. f. Cássia-grande BR DE AGO-NOV AGO-SET - Frutos muito grandes. 
Cassia javanica L. Cássia-javanesa EX SD OUT-JAN - - - 
Clitoria fairchildiana R.A. Howard Sombreiro BR DE DEZ-MAI MAI-JUL - - 
Dalbergia nigra (Vell.) Allemao ex 
Benth. 
Jacarandá-da-
Bahia NR DE SET-NOV AGO-SET - - 
Delonix regia (Bojer) Raf. Flamboyant EX DE OUT-JAN - - - 
Enterolobium contortisiliquum (Vell.) 
Morong Tamboril NR DE SET-NOV JUN-JUL - - 
Hymenaea courbaril L. Jatobá NR SD OUT-DEZ JUL Sim - 
 
- 110 - 
Espécie Nome popular Origem Folhas Flores Frutos 
Alimento 
p/ fauna Outras info. 
Inga edulis Mart. Ingá-cipó NR SD OUT-JAN MAIO Sim - 
Leucaena leucocephala (Lam.) de 
Wit Leucena EX SD SET-OUT - - - 
Mimosa caesalpiniifolia Benth. Sabiá BR DE NOV-MAR SET-NOV - Melífera. 
Parkinsonia aculeata L. Turco BR PE AGO-DEZ OUT-JAN - Melífera. 
Peltophorum dubium (Spreng.) Taub. Canafístula NR DE DEZ-FEV MAR-ABR - - 
Pithecellobium diversifolium Benth. - - - - - - - 
Pithecellobium tortum Mart. Tataré BR DE OUT-NOV AGO-SET - - 
Prosopis ruscifolia Griseb. Algarobo BR DE SET-OUT NOV-DEZ Sim - 
Samanea tubulosa (Benth.) Barneby 
& J.W. Grimes Alfarobo BR DE AGO-NOV MAI-JUL Sim - 
Schizolobium parahyba (Vell.) S. F. 
Blake Guapuruvu NR DE AGO-OUT ABR-JUL - 
Ramos facilmente 
quebrados pelo vento. 
Senna macranthera (DC. ex Collad.) 
H.S. Irwin & Barneby Fedegoso BR DE DEZ-ABR JUL-AGO - - 
Senna siamea (Lam.) H.S. Cássia-siamesa EX PE JAN-JUN - - - 
Senna spectabilis (DC.) H.S. Irwin & 
Barneby São-João BR DE DEZ-ABR AGO-SET - - 
Tamarindus indica L. Tamarindo EX SD SET-OUT DEZ-MAR Sim - 
Tipuana tipu (Benth.) Kuntze Tipuana EX DE SET-DEZ - - - 
MALVACEAE 
Ceiba pentandra (L.) Gaertn. Sumaúma BR DE AGO-SET OUT-NOV - Pluma para bóias, colchões e etc. 
Chorisia speciosa A. St.-Hil. Paineira-Rosa BR DE DEZ-ABR AGO-SET - Paina usada em colchões e travesseiros 
Guazuma ulmifolia Lam. Embira NR SD SET-NOV AGO-SET Sim - 
Hibiscus pernambucensis Arruda Algodão-da-praia NR PE AGO-JAN FEV-ABR - - 
Pachira aquatica Aubl. Monguba BR PE SET-NOV ABR-JUN Sim - 
Sterculia foetida L. Chichá-fedorento EX DE MAR-ABR - Sim 
Flores mal-cheirosas; 
produz óleo. 
Sterculia striata A. St.-Hil. & Naudin Chichá-do-cerrado BR DE DEZ-MAR JUN-AGO Sim - 
 
- 111 - 
Espécie Nome popular Origem Folhas Flores Frutos 
Alimento 
p/ fauna Outras info. 
MORACEAE 
Artocarpus altilis (Parkinson) Fosberg Fruta-pão EX PE OUT-SET SET-MAR Sim - 
Artocarpus heterophyllus Lam. Jaqueira EX PE JUN-AGO SET-MAR Sim - 
Ficus benjamina L. Figueira-benjamina EX PE - OUT-DEZ - Sistema radicular vigoroso. 
Ficus elastica Roxb. Seringueira-de-jardim EX PE - - - - 
Ficus guaranitica Chodat Figueira-branca BR PE SET-OUT DEZ-JAN Sim - 
Ficus Iyrata Warb. Figueira-lira EX PE - TODO ANO - - 
Ficus microcarpa L. f. Figueira-lacerdinha EX PE - OUT-NOV - Sistema radicular vigoroso. 
BIGNONIACEAE 
Jacaranda mimosifolia D. Don Jacarandá-mimoso EX DE DEZ-MAR - - - 
Tabebuia avellanedae Lorentz ex 
Griseb. Ipê-rosa NR DE JUN-AGO AGO-NOV - - 
Tabebuia caraiba (Mart.) Bureau - - - - - - - 
Tabebuia chrysotricha (Mart. ex A. 
DC.) Standl. Ipê-amarelo BR DE AGO-SET SET-OUT - - 
Tabebuia pentaphylla (L.) Hemsl. Ipê-bálsamo EX SD AGO-OUT - - - 
Tabebuia roseoalba (Ridl.) Sandwith Ipê-branco BR DE AGO-OUT OUT - - 
ANACARDIACEAE 
Anacardium occidentale L. Caju NR DE JUN-NOV SET-JAN Sim - 
Lithrea molleoides (Vell.) Engl. Aroeira-branca BR PE AGO-SET NOV-JAN - 
Melífera; Causa alergia em 
pessoas sensiveis; 
Mangifera indica L. Mangueira EX PE JUN-SET NOV-FEV Sim - 
Schinus terebinthifolia Raddi Aroeira NR PE SET-JAN JAN-JUL Sim Folhas podem causar alergias; Melíferas; 
Spondias monbim L. Cajazeira NR SD AGO-DEZ OUT-JAN Sim - 
 
- 112 - 
Espécie Nome popular Origem Folhas Flores Frutos 
Alimento 
p/ fauna Outras info. 
MYRTACEAE 
Psidium cattleianum Sabine Araçá NR PE JUN-DEZ SET-MAR Sim - 
Psidium guajava L. Goiabeira NR SD SET-NOV DEZ-MAR Sim - 
Syzygium cumini (L.) Skeels Jamelão EX PE SET-NOV JAN-FEV Sim - 
OUTRAS 
Annona muricata L. Graviola EX PE SET-DEZ SET-JAN Sim - 
Araucaria excelsa (Lamb.) R. Br. - - - - - - - 
Byrsonima stipulacea A. Juss. Murici-do-litoral NR PE MAR-JUN AGO-OUT Sim - 
Casuarina equisetifolia L. Casuarina EX PE - - - - 
Cecropia pachystachya Trécul Embaúba NR PE SET-OUT MAI-JUN Sim - 
Dillenia indica L. Árvore-da-pataca EX DE DEZ-ABR- - - 
Filicium decipiens (Wight & Arn.) 
Thwaites 
Árvore-
samambaia EX PE JUL-AGO - - - 
Genipa americana L. Jenipapo NR SD OUT-DEZ NOV-DEZ Sim - 
Guarea guidonia (L.) Sleumer Bilreiro NR PE DEZ-MAR DEZ-NOV Sim - 
Hovenia dulcis Thunb. Uva-japonesa EX DE OUT-DEZ - Sim - 
Lagerstroemia indica L. Resedá EX DE NOV-FEV - - - 
Licania tomentosa (Benth.) Fritsch Oiti-mirim NR PE JUN-AGO JAN-MAR Sim - 
Persea americana Mill. Abacateiro EX PE AGO-OUT JAN-AGO Sim - 
Peschiera fuchsiaefolia (A. DC.) 
Miers Leiteira BR PE OUT-NOV MAI-JUN Sim - 
Salix babylonica L. Chorão EX DE - - - - 
Simarouba amara Aubl. Pau-paraíba NR SD AGO-SET NOV-DEZ Sim - 
Terminalia catappa L. Amendoeira EX DE SET-DEZ - Sim - 
Tibouchina granulosa (Desr.) Cogn. Quaresmeira NR PE JUN-AGO DEZ-MAR 
JUN-AGO 
ABR-MAI - - 
Trema micrantha (L.) Blume Pau-pólvora NR PE SET-JAN JAN-MAI Sim Melífera. 
Triplaris brasiliana Cham. - - - - - - - 
Triplaris gardneriana Wedd. Pajaú BR DE JUL-AGO AGO - Melífera. 
Triplaris pachau Mart. - - - - - - - 
Zanthoxylum rhoifolium Lam. Mamiqueira NR SD OUT-NOV MAR-JUN Sim Melífera. 
 
- 113 - 
ANEXOS 
 
Tabela 46 – Artigos destacados da Lei nº 11.428, de 22 de dezembro de 2006, da Constituição 
Federal brasileira. 
 
Art. 6o A proteção e a utilização do Bioma Mata Atlântica têm por objetivo geral o 
desenvolvimento sustentável e, por objetivos específicos, a salvaguarda da 
biodiversidade, da saúde humana, dos valores paisagísticos, estéticos e turísticos, do 
regime hídrico e da estabilidade social. 
 
Parágrafo único. Na proteção e na utilização do Bioma Mata Atlântica, serão 
observados os princípios da função socioambiental da propriedade, da eqüidade 
intergeracional, da prevenção, da precaução, do usuário-pagador, da transparência 
das informações e atos, da gestão democrática, da celeridade procedimental, da 
gratuidade dos serviços administrativos prestados ao pequeno produtor rural e às 
populações tradicionais e do respeito ao direito de propriedade. 
 
 
Art. 7o A proteção e a utilização do Bioma Mata Atlântica far-se-ão dentro de 
condições que assegurem: 
I - a manutenção e a recuperação da biodiversidade, vegetação, fauna e regime 
hídrico do Bioma Mata Atlântica para as presentes e futuras gerações; 
II - o estímulo à pesquisa, à difusão de tecnologias de manejo sustentável da 
vegetação e à formação de uma consciência pública sobre a necessidade de 
recuperação e manutenção dos ecossistemas; 
III - o fomento de atividades públicas e privadas compatíveis com a manutenção do 
equilíbrio ecológico; 
IV - o disciplinamento da ocupação rural e urbana, de forma a harmonizar o 
crescimento econômico com a manutenção do equilíbrio ecológico. 
 
 
 
 
- 114 - 
Tabela 47 - Lista das espécies vegetais exóticas 
invasoras em ambientes terrestres registradas para o 
estado de Pernambuco (Almeida et al., 2009). 
Arbóreas 
Acacia mangium 
Artocarpus integrifólia 
Azadirachta indica 
Casuarina equisetifolia 
Citrus limon 
Leucaena leucocephala 
Mangifera indica 
Mimosa caesalpiniifolia 
Prosopis juliflora 
Psidium guajava* 
Tecoma stans 
Terminalia catappa 
Arbustivas 
Calotropis procera 
Opuntia ficus-indica 
Ricinus communis 
Herbáceas 
Agave sisalana 
Arundo donax 
Bambusa vulgaris 
Cenchrus ciliaris 
Digitaria decumbens 
Furcraea foetida 
Urochloa humidicola 
Palmeiras Elaeis guineensis 
* apesar desta espécie estar classificada como 
exótica invasora por Almeida et al. (2009), neste 
trabalho foi adotada como nativa regional, conforme 
Lorenzi (2002). 
 
 
 
 
- 115 - 
 
Figura 16 – Localização do município de Salvador e sua Região Metropolitana (RMS). (Fonte: CONDER, 2006) 
 
- 116 - 
 
Figura 17 – Localização das áreas inventariadas (adaptado de CONDER, 2006). 
 
 
 
 
- 117 - 
 
Figura 18 – Cobertura vegetal e Áreas de Conservação e Valor Urbano Ambiental em Salvador (adaptado de Salvador, 2004). 
 
- 118 - 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Creative Commons 3.0 Brasil License 
 
 
 
Atribuição - Uso Não-Comercial - Vedada a Criação de Obras Derivadas. 
 
http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/