Mapa Mental - Resumão juridico processo penal

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Resumão Jurídico 12 FERNANDA MARIA ZICHIA ESCOBAR PROCESSO PENAL Conceito Nota de culpa É a comunicação feita ao preso, con- Princípios gerais da ação penal Processo Penal é 0 conjunto de principios e normas que tendo 0 motivo de sua prisão e 0 artigo que foi violado. São aqueles principios que se aplicam a toda qual- disciplinam a composição das lides penais, por meio da Interrogatório Deve ser assinado pelo delegado, pelo quer forma de ação penal (pública ou privada): aplicação do Direito Penal. E regulamentado pela escrivão, pelo interrogado e por duas testemunhas que Constituição Federal, pelo Código de Processo Penal tenham ouvido a leitura. 1. Principio da verdade real processo penal busca (Decreto-Lei 3.689/41) e por leis especiais. Identificação art. LVIII, da CF que "o descobrir efetivamente como os fatos se passaram, Lei processual penal no espaço De acordo com 0 civilmente identificado não será submetido a identifi- não admitindo ficções e presunções processuais, dife- art. Código de Processo Penal aplica-se em todo cação criminal salvo nas hipóteses previstas em lei". rentemente do que ocorre no processo civil. território nacional, ressalvadas eventuais exceções Admite-se a identificação criminal, independentemente 2. Principio do contraditório (art. CF) As partes decorrentes de tratados, convenções ou regras de Direito da civil, na prevista na Lei de Repressão ao devem ser ouvidas e ter oportunidade de se manifes- Internacional. No entanto, podem ser aplicadas regras Crime Organizado no art. 3° da Lei 10.054/00. tar em igualdade de condições. Não vigora esse prin- atinentes a leis especiais, como, por exemplo, a Lei Indiciamento E a imputação a no IP da prá- cipio na fase de inquérito. referente a apuração de infrações de menor tica de ilicito penal sempre que houver indicios 3. Principio da ampla defesa (art. CF) Aos acu- potencial ofensivo. de sua autoria. sados processo penal são assegurados todos os Lei processual penal no tempo art. do CPP dis- Pericia e exames A autoridade policial se for meios licitos de defesa. põe que a lei processual penal aplicar-se-á sem prejuizo 0 caso, proceder a exame de corpo de delito e a quais- 4. Principio da A ação penal limita- dos atos realizados sob a vigência da lei anterior. Trata- quer da ao ofensor (réu ou não atingindo seus se do principio da imediata aplicação da nova lei pro- Encerramento e andamento A peça que encerra IP familiares. cessual. Sendo assim, uma lei processual que cm é relatório do delegado. Os prazos para término são 5. Principio da verdade real juiz, de oficio, pode deter- vigor durante a tramitação de uma ação em que se está de dez dias para indiciado preso de 30 dias para indi- minar qualquer diligência a fim de descobrir a verda- apurando uma infração penal ocorrida no passado será ciado solto. Há exceções, como nos crimes de tóxicos de real dos fatos que são objeto da ação penal. aplicada de imediato, seja ou não benéfica ao acusado. (cinco dias para 0 indiciado preso, 30 dias para 0 indi- 6. Principio da presunção de inocência (art. Entretanto, os atos já praticados serão válidos. ciado solto) e nos crimes da competência da Justiça CF) Ninguém poderá ser considerado culpado antes Federal (prazo de 15 dias para indiciado preso). do trânsito em julgado da sentença penal condena- INQUÉRITO POLICIAL Depois de concluido, IP é remetido ao O magis- tória. Entretanto, esse não proibe a decre- trado determinará a abertura de "vista" do inquérito ao tação da prisão processual do réu antes do Arts. 4° 23 promotor de que poderá tomar as seguintes pro- em julgado da condenação, uma vez que a própria CF vidências: admite essa prisão, desde que preenchidos certos É um procedimento des- a)oferecer a no caso de crime de ação penal requisitos. tinado à reunião de elementos sobre uma infração penal. 7. Principio do devido processo legal (art. CF) é obrigatório, pois, se já há elementos suficientes b)concluindo que os fatos contidos no inquérito não tra- Ninguém será privado de sua liberdade sem 0 devido para propor a ação penal, sua instauração torna-se dis- duzem crime, requerer 0 arquivamento ao juiz. Se 0 juiz processo legal. pensável. Tratando-se de infração de menor potencial concordar com pedido, determinará arquivamen- 8. Principio da vedação da prova ilicita (art. LVI, CF) ofensivo, será lavrado termo to do inquérito. Caso discorde, os autos de inadmissiveis processo penal as provas obti- inquérito ao procurador-geral da para 0 com- das por meio Principais características petente exame. So juiz pode arquivar median- 9. Principio in dubio pro reo Significa que, na a) é escrito; b) é sigiloso; c) é discricionário: a auto- te requerimento do promotor ou por determinação do deve-se optar pela solução mais favorável ao acusado. ridade policial comanda as investigações como achar procurador-geral da 10. Principio da iniciativa das partes O juiz não pode dar melhor; d) indisponivel: após instauração do a auto- c) se julgar necessárias novas diligências, requerer a devo- inicio a ação penal. ridade policial jamais poderá e) é inquisiti- lução do inquérito à delegacia. 11. Principio da oficiosidade Encerrada uma fase pro- vo: não sujeito ao principio do contraditório, em cessual, juiz, de oficio, deve determinar que se passe que se apresentam acusação e defesa. PENAL à fase seguinte. 12. Principio da vedação do julgamento extra petita Noticia criminis É conhecimento que a autorida- Deve haver correlação entre fato descrito na inicial de policial tem de um fato aparentemente criminoso. A Conceito a sentença proferida pelo juiz. pode também ser levada ao conhecimento da E direito subjetivo público de pleitear ao Poder 13. Principio da publicidade As e atos autoridade pelo próprio ofendido ou seu representante, Judiciário a aplicação do direito penal objetivo. processuais são públicos. denominando-se então delatio criminis. Condições da ação penal 14. Principio da identidade fisica do juiz Este princi- 1. possibilidade do pedido; pio não vigora no processo penal. Por tal principio, Tratando-se de crime de ação penal pública condicio- 2. legitimidade para agir; juiz que colhe a prova deve ser mesmo a profe- nada, inquérito somente poderá ser instaurado com a 3. interesse legitimo ou interesse de agir. rir a sentença. autorização expressa do ofendido ou de seu representante Espécies legal ou com a requisição do ministro da Justiça. Se a ocor- Levando em conta sujeito que a promove, a ação Ação civil ex delicto rencia versar sobre crime de ação penal privada, a autori- penal pode ser pública ou privada. De acordo com Código Civil, a responsabilidade dade poderá agir com 0 requerimento do ofendido ou seu civil é independente da responsabilidade penal. Assim, representante legal, solicitando a abertura do inquérito. Ação penal pública é possivel que corram paralelamente ações penal e E promovida por membro do com oferecimento civil, visando esta à reparação do dano causado pelo ato Formas de abertura do IP da denúncia, que é a inicial dessa ação. Pode ser: praticado. Apesar da regra da separação das do delegado: a autoridade policial declara a)incondicionada: quando seu não depende de jurisdições penal e civil, a lei que a condenação conhecimento da prática de um fato com as caracteris- manifestação de vontade de quem quer que seja; penal irrecorrivel faz coisa julgada no civel para fins ticas de crime, mencionando 0 local, 0 dia, a hora, a b)condicionada: quando a propositura da ação penal de reparação do dano, tendo a natureza de exe- pessoa que praticou e aquela que sofreu a ação; depende de uma manifestação de esta se cris- cutório que permite apenas a discussão sobre quan- b)requerimento do ofendido ou de seu representante taliza em um ato que se chama representação do ofen- tum não podendo mais 0 juizo civel rea- legal, nos crimes de ação penal privada; caso dele- dido ou requisição do ministro da Justiça. brir questão sobre a responsabilidade pelo fato crimi- gado se negue a instaurar 0 IP, cabera recurso inomi- noso, posto que esta já foi reconhecida em sentença nado (administrativo) dirigido ao chefe de Ação penal privada Cumpre mencionar que um c) requisição do juiz ou do promotor denomi- promovida pelo particular. Sua peça inicial é a quei- dos efeitos da condenação passada em julgado "tor- nado oficio xa-crime oferecida pelo ofendido ou seu representante nar certa a obrigação de indenizar 0 dano causado pelo d)representação do ofendido ou requisição do ministro legal, dirigida ao juiz de direito da Vara Criminal. crime" (art. 91). da Justiça, nos crimes em que a lei exige expressa- As modalidades de ação penal privada são: art. 66 "Não obstante a sentença absolutória mente essas propriamente dita: somente pode ser exercida pela viti- no criminal, a ação civil poderá ser proposta quan- e)auto de prisão em flagrante: quando 0 sujeito é preso ma, por quem legalmente a represente e, no caso de do não tiver sido, categoricamente, reconhecida a ine- em flagrante delito. morte, por qualquer uma das pessoas citadas no art. 31; xistência material da infração". Portanto, faz coisa Dispoe 0 $ do artigo 304 que quando 0 acusado se b)subsidiária da pública: é promovida por meio de queixa, julgada no civel, impedindo a propositura da ação civil, recusar a assinar 0 auto de prisão em flagrante, não sou- quando, embora se trate de crime de ação houver a sentença absolutória que reconhece expressamente a ine- ber ou não puder fazê-lo, auto será assinado por duas do promotor de Justiça em oferecer a xistência material do fato, conforme previsto no art. 386, testemunhas que tenham ouvido sua leitura na presença c) personalissima: seu exercício cabe apenas ao ofendi- Assim, baseando-se a absolvição nos demais incisos deste (redação dada pela Lei que alterou 0 direito de queixa não se transmite para os suces- desse artigo, permite-se a propositura da ação civil ex caput e 3° do artigo 304). sores. delicto, visando ao ressarcimento do dano. Observação: artigos citados são do Código de Processo Penal, salvo indicação em contrário.