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BRASIL COLONIAL-1 (1500 a 1700) 
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PERÍODO PRÉ-COLONIAL (1500-1530) 
1500, 22/4 – CABRAL CHEGA AO BRASIL 
Na manhã de 22 de fevereiro de 1500, a armada comandada por Pedro Álvares Cabral avistou um monte 
redondo, a que chamou de Pascoal por estar na semana da Páscoa. O território foi denominado ilha de Vera 
Cruz e, depois, Terra de Santa Cruz. O litoral onde aportou Cabral, correspondendo hoje ao litoral da Bahia, era 
ocupado por duas nações indígenas do grupo linguístico tupi: os Tupinambás e os Tupiniquins. Mais para o 
interior estavam os Aimorés. Artigo completo: https://ensinarhistoriajoelza.com.br/linha-do-tempo/pedro-
alvares-cabral-avista-terra-do-futuro-brasil/ 
1500, 01/05 – CARTA DE PERO VAZ DE CAMINHA 
Em 1º de maio de 1500, Pero Vaz de Caminha, escrivão da armada de Pedro Álvares Cabral, anunciou ao rei 
Dom Manuel, de Portugal, o descobrimento de novas terras em 22 de abril e as suas impressões sobre a terra e 
sua gente. A carta, datada de Porto Seguro, sexta-feira de 1° de maio de 1500, foi levada a Portugal por Gaspar 
de Lemos, comandante do navio de mantimentos, enquanto o restante da expedição seguiu viagem para a 
Índia. Artigo completo: https://ensinarhistoriajoelza.com.br/linha-do-tempo/carta-de-pero-vaz-de-caminha-ao-
rei-de-portugal/ 
1501, 04/10 – BATIZADO O RIO SÃO FRANCISCO 
Em 4 de outubro de 1501, a expedição comandada pelo navegador florentino Américo Vespúcio e o português 
André Gonçalves chegou à foz de um enorme rio. Os exploradores o batizaram de Rio São Francisco, que era 
festejado naquele dia. A população local chama o rio de Velho Chico. Artigo completo: 
https://ensinarhistoriajoelza.com.br/linha-do-tempo/americo-vespucio-rio-sao-francisco/ 
1504, 06/01 – FRANCESES CONTATAM OS CARIJÓS 
No dia 6 de janeiro de 1504, o navio “L’Espoir” do nobre francês Binot Paulmier de Goneville ancorou na ilha de 
São Francisco do Sul, no atual estado de Santa Catarina onde permaneceu durante seis meses. Estabeleceu 
amizade com os Carijós, indígenas locais, liderados por um ancião chamado Arô Içá, a quem os franceses, pelas 
características de sua língua natal, chamavam “Arosca”. Ao partir, Gonneville levou consigo o filho do cacique, 
Içá Mirim, então com 14 anos de idade, para educá-lo conforme os costumes europeus. Içá-Mirim, 
acompanhado por um guerreiro da tribo Carijó, chamado Namoa, embarcou para a França e recebeu o batismo 
a bordo do navio, adotando o nome de Binot. Namoa faleceu na viagem, provavelmente de escorbuto. Içá-
Mirim foi educado na França, onde era chamado de Essomericq. Casou-se com uma parente de Gonneville (não 
se sabe se a filha ou a sobrinha do nobre francês). Essomericq nunca mais retornou ao Brasil, mas tornou-se 
um homem de grande importância e cultura, tendo recebido o título de Barão. Faleceu em 1583, aos 96 anos 
de idade. 
1504, 16/02 – CRIADA A PRIMEIRA CAPITANIA HEREDITÁRIA DO BRASIL 
Em 16 de fevereiro de 1504, o rei de Portugal concedeu ao comerciante Fernão de Loronha a ilha de São João 
(atual Fernando de Noronha) como uma capitania hereditária, a primeira do Brasil. Rico empreendedor, 
comerciante e armador, Loronha era representante do banqueiro Jakob Fugger na Península Ibérica. Até 1512, 
Loronha deteve o monopólio sobre a exploração do pau-brasil na costa brasileira. Sobre o pau-brasil, artigo 
completo: 
 
https://ensinarhistoriajoelza.com.br/linha-do-tempo/pedro-alvares-cabral-avista-terra-do-futuro-brasil/
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https://ensinarhistoriajoelza.com.br/linha-do-tempo/carta-de-pero-vaz-de-caminha-ao-rei-de-portugal/
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1509/1510 – DIOGO ÁLVARES CORREIA, O CARAMURU CHEGA NA BAHIA 
Entre 1509 e 1510, o português Diogo Álvares Correia alcançou a costa de Salvador como náufrago de uma 
embarcação francesa. Foi encontrado pelos índios Tupinambás que lhe deram o apelido de Caramuru que 
significa moreia por ter sido encontrado em meio às pedras da praia e às algas, como se fosse uma moreia. 
Caramuru passou a vida entre os Tupinambás, a ponto do chefe deles, Taparica, ter-lhe dado uma de suas 
filhas, Paraguaçu, como esposa. Ao longo de quatro décadas, Correia manteve contatos com os navios 
europeus que aportavam ao litoral da Bahia em busca de pau-brasil e outros gêneros tropicais. Conhecedor dos 
costumes nativos, Diogo Álvares contribuiu para facilitar o contato entre estes e os primeiros missionários e 
administradores europeus. Em 1548, o rei João III recomendou a Caramuru que auxiliasse Tomé de Souza na 
instalação do governo geral do Brasil. 
1511, 26/05 – NAU BRETOA EXPLORA PAU-BRASIL EM CABO FRIO 
Em 26 de maio de 1511, a nau Bretoa ancorou em Cabo Frio onde se erguia a mais antiga feitoria do Brasil, 
fundada por Américo Vespúcio em 1504. O navio foi armado por Fernando de Loronha e outros três sócios. 
Levava 36 tripulantes sob o comando do capitão Cristóvão Pires. Os tripulantes começaram a carregar o navio 
em 12 de junho com os seguintes itens: 5.008 toras (mais de cem toneladas) de pau-brasil ("Caesalpinia 
echinata"); 36 indígenas escravizados (26 mulheres e 10 homens); 22 tuins (espécie de papagaio); 16 saguis 
(macacos de pequeno porte); 16 onças; 15 papagaios; 3 macacos. Sobre o pau-brasil, artigo completo: 
https://ensinarhistoriajoelza.com.br/exploracao-do-pau-brasil/ 
 
ECONOMIA CANAVIEIRA (APOGEU: 1580 a 1650) 
1530, 03/12 – EXPEDIÇÃO COLONIZADORA DE MARTIM AFONSO DE SOUSA 
Em 3 de dezembro de 1530 partiu de Lisboa a expedição de Martim Afonso de Sousa com ordens do rei D. João 
III de dar início ao projeto colonizador da América portuguesa. A expedição era formada por 4 navios e 
transportava cerca de 400 pessoas. Tinha a missão de expulsar os franceses da costa brasileira, colocar padrões 
de posse desde o Rio Maranhão até o Rio da Prata, o qual não alcançou em função de ter naufragado antes, e 
de dividir a costa brasileira em capitanias medidas em léguas de costa que seriam depois concedidas a capitães 
donatários. Martim Afonso de Sousa estava autorizado a escolher para si mesmo 100 léguas de costa da 
melhor terra e outras 80 léguas para seu irmão Pero Lopes de Sousa. 
1532, 22/01 – FUNDADA A VILA DE SÃO VICENTE 
Em 22 de janeiro de 1532, Martim Afonso de Souza funda a vila de São Vicente, a primeira do Brasil. No local já 
existia um povoado desde 1502, data em que por ali passou o navegador Américo Vespúcio, em direção a 
Cananéia. A vila de São Vicente foi a primeira cidade organizada da América Portuguesa, tendo instalada a 
primeira câmara municipal das Américas e também o primeiro Judiciário. Foi capital dos paulistas por 177 anos. 
Os índios locais, Carijós, Guaianases e Tamoios, resistiram por três anos à instalação dos portugueses. Com 
seus engenhos de açúcar, a vila de São Vicente foi precursora da agricultura no Brasil, e abrigou o primeiro 
empório marítimo da costa, servindo de ponto de abastecimento para os exploradores do Prata e de 
fornecimento de escravos indígenas. Dali saíram expedições para o interior do Brasil, inclusive a que fundou 
São Paulo. 
1533 – INSTALADO O PRIMEIRO ENGENHO DE CANA 
Em 1533 foi instalado, na vila de São Vicente, o primeiro engenho de cana do Brasil por Martim Afonso de 
Souza incrementando a cultura de cana-de-açúcar, o principal produto do período colonial. A implantação 
exigiu atividades complementares como a pecuária (para mover o engenho, transportar a cana etc.) e a 
agricultura de subsistência. As primeiras cabeças de gado vieram do arquipélago de CaboVerde, em 1534. 
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1534,10/03 – CRIAÇÃO DAS CAPITANIAS HEREDITÁRIAS 
O sistema das capitanias hereditárias tinha por objetivo a colonização e a exploração do Brasil com o menor 
custo para a Coroa. O sistema já era utilizado com sucesso nas ilhas da Madeira e de Cabo Verde. A primeira 
carta de doação e foral foi assinada em 10 de março de 1534 com a entrega da capitania de Pernambuco a 
Duarte Coelho. Seguiram-se outras doações sendo a última a capitania do Ceará para Antônio Cardoso de 
Barros em janeiro ou novembro de 1536. 
1539/1542 – PRIMEIROS AFRICANOS NO BRASIL 
Entre 1539 e 1542, chegam, no Brasil, os primeiros africanos escravizados para a capitania de Pernambuco 
onde a cultura canavieira desenvolvia-se efetivamente. A chegada dos africanos escravizados não interrompeu 
a escravização dos indígenas que, por mais de cem anos, continuaram a serem capturados e escravizados para 
os engenhos de açúcar. 
1542, 12/02 – FRANCISCO ORELLANA CHEGA AO RIO AMAZONAS 
Em 12 de fevereiro de 1542, o explorador espanhol Francisco Orellana, vindo do Peru por via fluvial, atingiu o 
Rio Amazonas, então chamado de Rio Grande, Mar Dulce ou Rio da Canela. Foi o primeiro europeu a navegar o 
rio Amazonas. Artigo completo: https://ensinarhistoriajoelza.com.br/linha-do-tempo/francisco-orellana-chega-
ao-rio-amazonas/ 
1548, 17/12 – CRIAÇÃO DO GOVERNO GERAL DO ESTADO DO BRASIL 
Em 1548, a Coroa portuguesa cria o Governo-Geral com o objetivo de centralizar a administração na colônia, 
reprimir o arbítrio dos capitães-donatários e combater a ameaça de invasores estrangeiros. Tomé de Souza é 
nomeado primeiro governador-geral do Brasil e todos os capitães donatários ficam submetidos à sua 
autoridade. 
1549, 29/03 – FUNDAÇÃO DE SÃO SALVADOR DA BAHIA DE TODOS OS SANTOS 
Em 29 de março de 1549, o governador geral Tomé de Souza chefiando seis embarcações aportou na praia do 
Porto da Barra, na Bahia. Tinha ordens do rei de Portugal de fundar uma cidade fortaleza chamada São 
Salvador. Nasce assim São Salvador da Bahia de Todos os Santos, já capital, sem nunca ter sido província. Para 
instalar a sede do governo geral, foram construídas a residência do governador, a Casa da Câmara, a Igreja 
Matriz, o Colégio dos Jesuítas e, aos poucos, outros edifícios. Com o governador vieram mais de mil pessoas, 
sendo 320 nomeadas e recebendo salários, entre elas Dr. Jorge Valadares, o primeiro médico nomeado para o 
Brasil por um prazo de três anos, o farmacêutico Diogo de Castro, 600 militares, fidalgos, os primeiros padres 
jesuítas, e degredados. As mulheres eram poucas, o que fez com que os portugueses radicados no Brasil, mais 
tarde, solicitassem ao rei o envio de noivas. 
1554, 25/01 – FUNDAÇÃO DO COLÉGIO DE SÃO PAULO 
 Em 25 de janeiro de 1554, doze padres jesuítas, entre eles Manoel da Nóbrega, fundam o Colégio de São Paulo 
no alto de uma colina escarpada, entre os rios Anhangabaú e Tamanduateí. O colégio, que funcionava num 
barracão feito de taipa de pilão, tinha por finalidade a catequese dos índios que viviam na região do Planalto de 
Piratininga. Logo o colégio fica conhecido como São Paulo de Piratininga. O povoamento da região teve início 
em 1560, quando, o governador geral Mem de Sá ordenou a transferência da população da Vila de Santo André 
da Borda do Campo, criada por João Ramalho em 1533, para os arredores do colégio, local alto e mais 
adequado para melhor se proteger dos ataques dos índios. São Paulo foi, por muito tempo, a única vila no 
interior do Brasil e, por dois séculos, manteve-se isolada devido a grande dificuldade em subir a Serra do Mar a 
pé da vila de Santos ou de São Vicente, no litoral. 
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1555, 10/11 – FUNDAÇÃO DA FRANÇA ANTÁRTICA, RJ 
Em 10 de novembro de 1555, desembarcou na Baía da Guanabara, a expedição do francês Nicolau Durand de 
Villegaignon. Eram duas naus e uma naveta de mantimentos trazendo cerca de 600 pessoas. O objetivo da 
missão era instalar núcleos colonizadores para o comércio com a metrópole (França) e servir de conexão no 
comércio marítimo com as Índias. Usando mão de obra indígena, construiu-se na ilha uma fortificação: o Forte 
de Coligny, que dispunha de cinco baterias apontadas para o mar. A etapa seguinte, em meados de 1556, foi a 
instalação da colônia – a França Antártica – em terra firme, na região da atual praia do Flamengo. Artigo 
completo: https://ensinarhistoriajoelza.com.br/linha-do-tempo/fundacao-franca-antartica-baia-guanabara-rj/ 
1565, 01/03 – FUNDAÇÃO DO RIO DE JANEIRO 
Em 1º de março de 1565, o capitão português Estácio de Sá, primo do governador geral Mem de Sá, fundou a 
cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro em uma península na entrada da Baía de Guanabara. O nome 
Sebastião era uma homenagem ao então rei de Portugal, D. Sebastião I (1557-1578). A segunda parte do nome, 
referia-se ao local: uma imensa baía (400 km2) que fora confundida com a foz de um grande rio por Gaspar de 
Lemos que a avistou em 1º de janeiro de 1502. A fundação da cidade ocorreu no contexto da invasão francesa 
na Baía da Guanabara em 1555. Artigo completo: 
1578, 04/08 – BATALHA DE ALCÁCER-QUIBIR 
Em 4 de agosto de 1578, ocorreu a Batalha de Alcácer-Quibir, no Marrocos, entre as tropas portuguesas 
comandadas pelo rei D. Sebastião e o exército do sultão marroquino Mulei Maluco. O confronto foi um 
massacre para ambos os lados. A derrota portuguesa foi enorme com suas tropas tendo sido completamente 
dizimadas. Portugal perdeu a nata de sua nobreza guerreira que foi morta ou aprisionada. Morreu também o 
rei D. Sebastião que, sem deixar herdeiros, provocou uma crise dinástica que levaria Portugal a ser governado 
pela Espanha. Artigo completo: https://ensinarhistoriajoelza.com.br/linha-do-tempo/batalha-de-alcacer-
quibir-e-o-desaparecimento-de-d-sebastiao/ 
1580, 24/07 – INÍCIO DA UNIÃO IBÉRICA 
A derrota na batalha de Alcácer-Quibir, em 1578, que levou à morte o jovem rei português D. Sebastião, pôs 
fim à Dinastia de Aviz. Sem deixar herdeiros, seguiu-se uma crise de sucessão em que nobres portugueses e o 
rei da Espanha reivindicavam o trono. Ao final, Filipe II, rei da Espanha é reconhecido como rei de Portugal, em 
24 de julho de 1580. As duas coroas foram unidas, bem como as respectivas possessões coloniais, sob o 
controle da monarquia espanhola. O período, que durou até 1640, é chamado de Domínio Filipino, Dinastia 
Filipina ou União Ibérica. 
1580 - PRIMEIRAS NOTÍCIAS DE PALMARES 
As primeiras referências a mocambos (quilombo) na região de Palmares remontam a 1580, formados por 
escravos fugitivos de engenhos de cana-de-açúcar. Localizavam-se na Serra da Barriga, na então capitania de 
Pernambuco, região hoje pertencente ao município de União dos Palmares, no estado de Alagoas. 
1585 – PRIMEIRA BANDEIRA DE CAÇA AO ÍNDIO 
Em 1585, Jerônimo Leitão, foi ordenado a guerrear os carijós, acusados de terem matado mais de 150 
portugueses em quarenta anos. Os Carijós, assim chamados pelos paulistas, viviam ao sul da capitania de São 
Vicente, desde Cananéia até a Ilha de Santa Catarina. Durante o século XVI, atacaram, por várias vezes, as 
povoações de São Paulo, Santos e São Vicente. Entre 1585 e 1591, Jerônimo Leitão destruiu cerca de 300 
aldeias Carijós entre São Paulo e o Paraná, escravizando os indígenas sobreviventes. Em meados do século 
XVIII, os carijós estavam virtualmente extintos, vítimas da escravização nas plantações de cana-de-açúcarda 
Baixada Santista. 
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1586 a 1599 – GUERRA DOS POTIGUARAS, PB/RN 
No século XVI, os Potiguara somavam aproximadamente 90 000 indivíduos que ocupavam o norte do país, em 
áreas hoje pertencentes aos estados de Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte e Ceará. Foi uma das etnias 
tupis que resistiu por mais tempo aos invasores portugueses, utilizando um sistema de alianças com ingleses, e 
principalmente, franceses comerciantes de pau-brasil. As tribos que viviam na Paraíba e Rio Grande do Norte 
resistiram durante treze anos (1586-1599) à colonização portuguesa. Os conflitos começaram quando Frutuoso 
Barbosa chegou à Paraíba, em 1579, para tomar posse daquela terra. Trouxe consigo soldados, frades e 
aventureiros. Ajudados pelos franceses, os Potiguara, armaram-se e, em 1586, atacaram a fortaleza que os 
portugueses haviam construído. Reforços vindos de Pernambuco salvaram os portugueses, que conseguiram 
reverter a situação graças às armas de fogo. Liderados pelos caciques Tijukupapo e Penakamae reunindo mais 
de 50 aldeias, os potiguaras continuaram investindo contra os portugueses. Estes, por sua vez, fizeram aliança 
com os Tabajara, inimigos dos Potiguara, o que mudou os rumos da guerra, além de uma devastadora epidemia 
de varíola que provocou grande mortandade entre os indígenas. Com a perda de apoio dos franceses e uma 
grande epidemia, os potiguaras acordaram a paz em 1599. Em 25 de dezembro de 1599 foi fundada Natal, 
atual capital do Rio Grande do Norte. 
1591 – INGLESES SAQUEIAM SÃO VICENTE E SANTOS 
Em dezembro de 1591, o pirata inglês Thomas Cavendish, que retornava de um ataque a Santos, saqueou a vila 
de São Vicente. Ele e seus homens roubaram e atearam fogo em diversas partes da Vila, causando enormes 
prejuízos. O pirata fugiu, mas um temporal o impediu de seguir viagem, ele retornou e tentou uma nova 
investida, porém, desta vez, a população das duas vilas estava preparada e Cavendish foi repelido. 
1595, 30/03 – INGLESES SAQUEIAM RECIFE, PE 
Em 30 de março de 1595, a expedição do almirante inglês James Lancaster tomou Recife e ali permaneceu por 
quase um mês. A frota partiu com um montante robusto de açúcar, pau-brasil, algodão e produtos tropicais de 
alto valor na Europa. O lucro dos investidores, entre eles Thomas Cordell, prefeito de Londres, e John Watts, 
vereador da cidade, foi assombroso, estimado em mais de 51 mil libras esterlinas. Do total, 6.100 libras ficaram 
com Lancaster e 3.050 foram para a rainha. Foi o mais rico butim da história da navegação de corso do período 
elisabetano, um absoluto sucesso militar e financeiro. 
1612, 08/09 – FUNDAÇÃO DE SÃO LUÍS, MA 
Em setembro de 1612, o militar francês Daniel de La Touche, conhecido como Senhor de La Ravardière chegou 
à região para fundar a França Equinocial e realizar o sonho francês de se instalar na região dos trópicos. Trazia 
consigo 500 homens que ali construíram, em 8 de setembro de 1612, um forte nomeado de São Luís, em 
homenagem ao rei da França, Luís XIII e ao patrono do país, Luís IX. Os franceses logo se aliaram aos índios que 
lutaram ao seu lado contra portugueses vindos de Pernambuco, decididos a reconquistar o território, o que 
acabou por acontecer em 1614. 
1615, 03/02 – HOLANDESES SAQUEIAM SÃO VICENTE E SANTOS 
Em 1615, o pirata holandês Joris van Spilbergen ancorou junto à Ilha Grande e depois, perto de Santos ou São 
Vicente. As duas vilas foram saqueadas e os engenhos ocupados. Houve luta com os moradores locais que 
conseguiram expulsar os invasores. 
 
 
 
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1624, 10/05 – PRIMEIRA INVASÃO HOLANDESA, BA 
No dia 10 de maio de 1624, uma expedição da Companhia Neerlandesa das Índias Ocidentais (WIC) com 26 
navios transportando cerca de 1.700 homens atacou e conquistou a cidade de Salvador, na Bahia. Em pânico, 
os habitantes retiraram-se para o interior. O governador geral, Diogo de Mendonça Furtado junto com o filho e 
alguns oficiais foram aprisionados e enviados para os Países Baixos. O governador da capitania de Pernambuco, 
Matias de Albuquerque foi, então, nomeado governador geral, administrando a colônia a partir de Olinda. 
Enviou reforços para a guerrilha sediada no Arraial do rio Vermelho e no Recôncavo. Em 1625, a Espanha 
enviou, como reforço, uma poderosa armada de 52 navios com cerca de 12 mil homens que derrotou e 
expulsou os invasores holandeses em 1º de maio desse mesmo ano. 
1630, 16/02 – HOLANDESES CONQUISTAM OLINDA E RECIFE 
A Companhia Neerlandesa das Índias Ocidentais (WIC) enviou uma segunda esquadra militar com 67 navios e 
cerca de 7 mil homens — a maior já vista na colônia — sob o comando do almirante Hendrick Lonck. Em 16 de 
fevereiro de 1630, ela ataca e conquista Olinda e Recife, na capitania de Pernambuco. Com a vitória, os 
invasores foram reforçados por um efetivo de mais 6 mil homens, enviado da Europa para assegurar a posse da 
conquista. Para o sucesso da colonização e produção açucareira, era imprescindível controlar o tráfico de 
escravos da África para o Brasil. Por essa razão, a WIC determinou a conquista e ocupação de São Tomé (Golfo 
da Guiné) e Luanda (Angola), na África, importantes portos de comércio escravo. 
1636, 02/12 – RAPOSO TAVARES DESTRÓI AS MISSÕES DE TAPE, RS 
Em 2 de dezembro de 1636, a bandeira de Raposo Tavares composta por 120 paulistas e 1.000 mil investiu 
contra as missões estabelecidas no sertão de Tapes, no centro do atual Rio Grande do Sul, sob a proteção de 
jesuítas espanhóis. Depois de seis horas de ataque a redução de Jesus Maria ficou arrasada e os indígenas 
sobreviventes escravizados. A bandeira atacou em seguida a redução de San Cristóbal e, logo depois, tomou a 
redução de Santana. 
1637, 23/01 – NASSAU CHEGA EM RECIFE, PE 
Em 23 de janeiro de 1637, chega em Recife o conde Maurício de Nassau, nomeado governador e almirante dos 
domínios holandeses no Brasil pela Companhia Neerlandesa das Índias Ocidentais (WIC). Em sua comitiva traz 
sábios, artistas e administradores. Busca apoio dos moradores e indígenas. Impõe a liberdade de culto a 
católicos e judeus. Realiza uma série de obras em Recife e Olinda e toma medidas para expandir e melhorar a 
produção de açúcar. Em 1652, o açúcar nordestino atinge o pico de produção. 
1640, 01/12 – RESTAURAÇÃO: FIM DA UNIÃO IBÉRICA 
Em 1º de dezembro de 1640, a nobreza de Portugal se levantou contra a Espanha que governava seu país 
desde 1580 (Domínio Filipino). A Restauração recuperou a independência de Portugal e colocou no trono o 
duque de Bragança aclamado como rei D. João IV. Artigo completo: https://ensinarhistoriajoelza.com.br/linha-
do-tempo/restauracao-portugal-independente-da-espanha/ 
1641, 11/03 – BATALHA GUARANI DE M’BORORÉ 
Em 11 de março de 1641, os guaranis das missões jesuíticas do Alto Uruguai infligiram uma pesada derrota aos 
bandeirantes paulistas. Não foi a primeira vitória guarani contra os “caçadores de índios”: dois anos antes, eles 
haviam liquidado a bandeira de Pascoal Leite Pais em Caazapaguaçu, no território do atual Rio Grande do Sul. 
Artigo completo: https://ensinarhistoriajoelza.com.br/batalha-de-mborore-os-guarani-derrotam-os-
bandeirantes/ 
 
 
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BRASIL COLONIAL-1 (1500 a 1700) 
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1641 – TRÉGUA ENTRE PORTUGAL E HOLANDA 
Em junho de 1641, Portugal e Holanda assinam o Tratado de Haia, uma trégua de dez anos em que ambas 
nações se comprometem a formar uma frota conjunta para atacar a Espanha. Durante esse período, ficou 
acertado a cessação de hostilidades entre holandeses e portugueses em todas as colônias, e um pacto de não-
agressão e socorro mútuo diante de ataques de terceiros. Na prática, a trégua foi respeitada somente no 
continente europeu, sendo ignorada por ambas as partes no resto do mundo: em 1645 os portugueses 
tomaram dos holandeses parte dos domínios invadidos no Brasil, e em 1648 apossaram-se de Angola e da ilha 
de São Tomé, na África; em 25 de novembro de 1641 os holandeses ocuparam o Maranhão e, em 1650, 
tomaram o Cabo da Boa Esperança. 
1645, 16/07- MASSACRE DE CUNHAÚ, RN 
Em 16 de julho de 1645, quando começavam as primeiras lutas contra os holandeses no Nordeste ocorreu um 
massacre de luso-brasileiros no Engenho Cunhaú, no Rio Grande (como, então, era chamado o Rio Grande do 
Norte). Artigo completo: https://ensinarhistoriajoelza.com.br/linha-do-tempo/massacre-de-cunhau-rio-
grande-do-norte/ 
1645, 03/10 – MASSACRE DE URUAÇU, RN 
Em 3 de outubro de 1645, ocorreu um massacre de luso-brasileiros em Uruaçú, no Rio Grande (como era 
chamado, então, o Rio Grande do Norte) a mando de Jacob Rabbi que, três meses antes, havia feito o mesmo 
em Cunhaú. Artigo completo: https://ensinarhistoriajoelza.com.br/linha-do-tempo/massacre-de-uruacu-rio-
grande-do-norte/ 
1648 – RAPOSO TAVARES ATACA MISSÕES DO ITATIM, MS 
A bandeira de Raposo Tavares partiu de São Paulo com 200 paulistas e mais de 1.000 índios rumo aos sertões 
do baixo Mato Grosso. Em novembro de 1648, Raposo Tavares ordenou o ataque às reduções do Itatim que 
produziu a dispersão de indígenas. Um reforço militar vindo de Assunção repeliu os bandeirantes e eles 
abandonaram a província deixando destruídas várias reduções. A bandeira seguiu sertão a dentro dando início 
à famosa volta que duraria até 1651. Subindo o rio Paraguai, descendo o rio Mamoré e o rio Amazonas a tropa 
chegou a Belém do Pará com 59 brancos e alguns índios. Depois de percorrer mais de 10 mil quilômetros em 
três anos, retornou a São Paulo, onde o bandeirante viria a falecer em sua fazenda localizada em Quitaúna, 
hoje um bairro da cidade de Osasco. 
1654, 26/01 – RENDIÇÃO HOLANDESA 
Em 26 de janeiro de 1654, os holandeses assinaram o Tratado do Taborda que assinalou a rendição. Desde o 
final de 1653, a situação dos holandeses no Brasil era inviável, depois de tantas derrotas em batalhas com os 
portugueses. Pelo tratado a Companhia Neerlandesa das Índias Ocidentais (WIC) abdicava de suas posses no 
Brasil e os neerlandeses deixariam o solo brasileiro (o que aconteceu, de fato, a partir de abril de 1654) 
1649, 19/02 – VITÓRIA DE GUARARAPES PÕE FIM AO DOMÍNIO HOLANDÊS NO BRASIL 
Em 19 de fevereiro de 1649 ocorreu a segunda e decisiva Batalha dos Guararapes, na capitania de Pernambuco 
entre tropas luso-brasileiras e holandesas da Companhia das Índias Ocidentais. A vitória luso-brasileira marcou 
o fim do domínio holandês que, desde 1624 controlava boa parte do Nordeste brasileiro. Os holandeses, 
porém, continuaram no Brasil até 1654 quando foi assinada a capitulação no Recife, de onde partiram os 
últimos batavos em direção à Europa. Artigo completo: https://ensinarhistoriajoelza.com.br/linha-do-
tempo/vitoria-dos-guararapes-poe-fim-ao-dominio-holandes-no-brasil/ 
 
 
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https://ensinarhistoriajoelza.com.br/linha-do-tempo/massacre-de-uruacu-rio-grande-do-norte/
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BRASIL COLONIAL-1 (1500 a 1700) 
https://ensinarhistoriajoelza.com.br/jogos-de-historia-do-brasil/ 
1673 – TERMINA A GUERRA DOS AIMORÉS, BA 
A etnia indígena dos aimorés ou botocudos habitava o interior de Minas Gerais, o sul da Bahia e o norte do 
Espírito Santo nos séculos XVI e XVII. Esses indígenas resistiram com violência às tentativas de escravização 
feitas pelos portugueses o que levou a um conflito que durou mais de cem anos (de 1555 a 1673). Os aimorés 
foram os responsáveis pelos fracassos das capitanias de Ilhéus, Porto Seguro e Espírito Santo. 
1678 – QUILOMBO DE PALMARES SOB LIDERANÇA DE ZUMBI 
Palmares foi a mais importante comunidade quilombola do Brasil. Localizada na serra da Barriga, sertão de 
Alagoas, ocupou uma vasta área onde se formaram dez grupamentos de quilombolas. Há polêmica sobre a 
população total, as estimativas oscilam de 6 mil a 20 mil palmarinos. O número de quilombolas cresceu muito 
nas décadas de 1630 e 1650 durante a ocupação holandesa no Nordeste. Expulsos os holandeses, Palmares 
tornou-se o foco das autoridades locais que viam no quilombo uma séria ameaça. Entre 1645 e 1678, o líder do 
quilombo de Palmares foi Ganga Zumba. Sob sua chefia, o quilombo resistiu a diversas expedições repressivas. 
Em 1678, Ganga Zumba fez um acordo com o governador de Pernambuco, Aires de Souza e Castro que poria 
fim aos combates. O acordo, porém, provocou dissidências entre os palmarinos. Ganga Zumba foi assassinado 
e Zumbi tornou-se o novo líder do quilombo. Zumbi deu continuidade à guerra contra os portugueses. 
1684, 24/02 – REVOLTA DE BECKMAN, MARANHÃO 
Os irmãos Manuel e Tomás Beckman, senhores de engenho do Maranhão lideraram um grupo de proprietários 
e comerciantes que, insatisfeitos com o governo, assaltaram os armazéns da Companhia de Comércio do 
Maranhão. O Estado do Maranhão (na época, formado pelos atuais estados do Maranhão, Ceará, Piauí, Pará e 
Amazonas) passava por uma série crise econômica, desde a expulsão dos holandeses na região nordeste e os 
senhores de engenho se viam sem condições de arcar com os custos da importação de africanos escravizados. 
Por isso, a revolta envolveu também o ataque dos aldeamentos organizados pelos jesuítas para capturar 
indígenas como escravos. 
1685, 02/11 – EXECUTADOS OS LÍDERES DA REVOLTA DE BECKMAN 
Em 2 de novembro (ou 10 de novembro, segundo outras fontes) de 1685 foram enforcados e decapitados 
Manuel Beckman, Jorge de Sampaio e Francisco Dias Deiró, líderes da revolta eclodida no ano anterior. Em 
24/2/1684, os irmãos de origem alemã, Manuel e Thomas Beckman, Jorge Sampaio de Carvalho e outros 
senhores de engenho sublevaram boa parte do povo do Maranhão contra o governo local. Foi destituído o 
governador, extinta a Companhia Geral de Comércio do Estado do Maranhão e expulsos 27 jesuítas do 
convento de Santo Antônio e enviados a Portugal. Artigo completo: https://ensinarhistoriajoelza.com.br/linha-
do-tempo/executados-lideres-revolta-beckman/> 
1688 – DOMINGOS JORGE VELHO COMBATE OS JANDUÍ, RN 
O bandeirante paulista Domingos Jorge Velho (1641-1705) ficou famoso como caçador de índios e de negros 
escravizados fugitivos. Por isso foi contratado pelos capitães donatários do Nordeste para combater os Janduís, 
um grupo indígena que habitava as margens dos rios Açu, Mossoró e Apodi nos atuais estados do Rio Grande 
do Norte e Paraíba. As armas de fogo, a escravização e as doenças levaram à extinção desse grupo. 
1695, 20/11 – DESTRUIÇÃO DO QUILOMBO DE PALMARES 
Depois de várias investidas, as tropas lideradas pelo paulistaDomingos Jorge Velho puseram fim ao quilombo 
de Palmares destruindo todos os mocambos, matando centenas de quilombolas e capturando outro tanto que 
foi escravizado e vendido. Zumbi e alguns quilombolas conseguiram fugir, mas logo o líder foi preso. Em 20 de 
novembro de 1695, foi capturado e morto, tendo a sua cabeça decapitada e exposta em público, em Recife. A 
data da morte de Zumbi foi instituída, em 2003, como Dia Nacional da Consciência Negra. 
 
https://ensinarhistoriajoelza.com.br/linha-do-tempo/executados-lideres-revolta-beckman/
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