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LIBRAS – LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS FALTOU AUTORES, DATA, DISCIPLINA E INSTITUIÇÃO Segundo dados do censo do IBGE de 2010, existem no Brasil 9.8 milhões de brasileiros com dificuldades auditivas dos quais 2.6 milhões são surdos. A surdez é o nome dado a impossibilidade e a dificuldade de ouvir e pode ter como causa vários fatores que podem ocorrer, antes, durante ou após o nascimento. A surdez pode variar de um grau leve a um grau profundo, podendo a pessoa não ouvir os sons mais fracos ou até mesmo som nenhum. Durante a gravidez, rubéola, diabetes e pressão arterial elevada podem ser fatores de risco para causas de surdez do bebê. Durante o parto, traumatismo pelo uso do fórceps e infecção hospitalar também são fatores de risco. Após o nascimento, meningite, sarampo e caxumba são as causa mais comuns que levam a perda auditiva. Em adultos, o uso indiscriminado de aparelhos de mp3, trabalhos em ambientes de alta pressão sonora, infecção de ouvido e acidentes.(ref.?) A surdez tem diversas consequências para o desenvolvimento de um sujeito. Numa criança, não tendo acesso ao mundo sonoro, os processos de aquisição e desenvolvimento da linguagem e fala ficam prejudicados, o que acarreta dificuldade de se comunicar e de receber informações. Assim, enquanto que para uma criança ouvinte o desenvolvimento da linguagem ocorre de forma natural e espontânea, para uma criança surda, essa aquisição precisa ser mediada por profissionais devidamente qualificados, levando-os a adquirir a língua de forma consciente e deliberada.(ref.?) “Os estudos em indivíduos surdos demonstram que a língua de sinais apresenta uma organização neural semelhante a língua oral, ou seja, que esta se organiza no cérebro da mesma forma que as línguas faladas. A Língua de Sinais apresenta, por ser uma língua, um período crítico precoce para sua aquisição, considerando-se que a forma de comunicação natural é aquela para qual o sujeito está mais bem preparado, levando-se em conta a noção de conforto estabelecido diante de qualquer tipo de aquisição em tenra idade.”(extraído de http://www.surdo.org.br/Apostila.pdf ).(poderia explicarmais sobre o site, que tipo de fonte é) A história dosdeficientes auditivos ao longo do tempo foi de segregação e marginalização. Na Idade Média, marcada pela piedade do cristianismo, os surdos filhos de nobres eram obrigados a aprender a falar e a escrever e dessa forma conferia ao sujeito surdo um certo processo de normatização. Podiam ir a missa, se confessar, dentre outras atividades sociais. Já os filhos surdos de famílias pobres, geralmente eram recolhidos por instituições de caridade. (ref.?) Em 1760, na França, um sujeito chamado Charles-Michel de L'Epée transformou sua casa numa escola para surdos. Percebendo que entre os surdos havia uma forma de comunicação de sinais, ele elaborou um método que relacionava esse método com o alfabeto francês. Em 1855 veio para o Rio de Janeiro o surdo francês Eduard Huet. Com o apoio de D. Pedro II ele fundou o Imperial Instituto de Surdos-Mudos. Por ter sido diretor do Instituto francês, Huet imprimiu uma forte influência francesa com um caráter de benevolência e caridade ao ensino brasileiro. Assim, a Linguagem Brasileira de Sinais é resultado de uma mistura da Língua francesa de sinais com uma comunicação já utilizada pelos surdos das mais diversas localidades brasileiras. Ainda sim, segundo Thomas (2004) “o atendimento deste instituto priorizou a educação oralista durante um longo período por acreditar que era inútil tentar ensinar os surdos a escrever, já que o analfabetismo era condição da maioria da população brasileira. Por isso, a fala era o único modo pelo qual os surdos poderiam integrar-se na sociedade e no mercado de trabalho. As meninas foram mantidas fora da instituição até 1932”. Na década de 1960, nos Estados Unidos, pesquisas desenvolvidas na área de linguística por William Stokoe sobre a língua de sinais, comprovou cientificamente que a língua de sinais é constituída por componentes comuns a línguas orais como: gramática, semântica e pragmática além de outros elementos, preenchendo os requisitos para ser considerada um instrumental linguístico forte. A diferença dentre a língua de sinais e a oral é o canal em que elas são captadas e expressadas. Enquanto a linguagem de sinais é captada pela visão e produzida pelas mãos, e, portanto, usa a modalidade visual-gestual, a linguagem oral é captada auditivamente e expressada oralmente, uma modalidade auditivo-oral. Assim, muda-se a perspectiva em relação aos surdos. De deficientes os surdos passam a ser considerados um grupo diferente com uma língua diferente. Surge assim, a proposta de bilinguismo para educação dos surdos. O bilinguismo teria o objetivo de capacitar o sujeito surdo a ter um desenvolvimento cognitivo linguístico equivalente ao sujeito ouvinte, possibilitando também uma relação harmoniosa com os sujeitos ouvintes, tendo acesso a duas línguas: a língua de sinais e a língua do grupo majoritário. (ref.?) No Brasil, uma lei instituída no ano de 2002, estabelece a LIBRAS como língua oficial dos surdos. Um decreto de 2005, no entanto, detalha melhor como, teoricamente, ocorreria a institucionalização da LIBRAS nas escolas municipais, estaduais e do Distrito Federal. Observamos em Libras uma construção gramatical diferente da língua falada. Essa língua não possui artigos, preposições ou conjunções. A linguagem é estruturada de forma diferente da língua falada, pois, obedece a forma pela qual o surdo percebe o ambiente real. E como citado acima ela possui componentes estruturais necessários em uma língua que a classificam como tal cientificamente.Apesar disto, é interessante ressaltar que Libras guarda uma semelhança com as línguas faladas no tange ao uso, essa língua está sujeita a regionalismo assim como a utilização de gírias. (ref.?) Podemos apontar que a estrutura gramatical da LIBRAS possui parâmetros principais e menores, os maiores estão relacionados à: CM=CONFIGURAÇÃO DAS MÃOS: Forma que a mão assume na realização de um sinal. Em Libras existem quarenta e três configurações diferentes sendo que vinte e seis dessas configurações são destinadas ao alfabeto manual. M= MOVIMENTO: Deslocamento da mão no espaço durante a realização de um sinal Direcionalidade do movimento: Unidirecional, bidirecional ou multidirecional. Tipos de movimento: retilíneo, helicoidal, circular, semicircular, sinuoso, angular. PA= PONTO DA ARTICULAÇÃO: é o lugar corpo onde se dará a realização do sinal. Com relação aos parâmetros menores: Região de contato=a mão entra em contato com o corpo, através do: Toque, duplo toque, risco ou deslizamento. Orientação das mãos= é relativa à orientação da palma da mão durante a realização dos sinais Disposição das mãos= a realização dos sinais pode ser realizada com a mão dominante ou com ambas as mãos.(ref.?) LIBRAS conta com um série de elementos não manuais que correspondem a definição ou diferenciação de sinais, que podem ser expressões faciais ou movimentos corporais. Na estrutura Sintática de Libras observamos sistema pronominal, verbos, tipos de frases, noções temporais e classificadores: O sistema pronominal se organiza em: Pronomes pessoais, pronomes demonstrativos, pronomes possessivos, pronomes interrogativos, pronomes indefinidos. (ref.?) Os verbos são divididos em dois grupos, osdirecionais: verbos pedem marca de concordância - marca o inicial que é sujeito e o final, o objeto – e os não direcionais: verbos não precisam de marca de concordância: corresponderia a verbo no infinito. – quando realizados próximo ao corpo querem expressar algo de ordem cognitiva, emocional ou experiencial. Quando incorporam objetos os mesmos dão sentindo. Tipos de frase: -Afirmativa: a expressão facial é neutra. -Interrogativa: sobrancelhas franzidas e um ligeiro movimento da cabeça, inclinando-se para cima. -Exclamativa: sobrancelhas levantadas e um ligeiro movimento da cabeçainclinando-se para cima e para baixo. -Forma negativa: a negação pode ser feita através de três processos: a) incorporando-se um sinal de negação diferente do afirmativo: b) realizando-se um movimento negativo com a cabeça, simultaneamente àação que está sendo negada. c) acrescida do sinal NÃO (com o dedo indicador) à frase afirmativa. -Imperativa: Saia! Cala a boca! Vá embora! Os classificadores são marcas de concordância que definem gênero de pessoas, animais ou coisas. a) Quanto à forma e tamanho dos seres (tipos de objetos). b) Quanto ao modo de segurar certos objetos. Quanto à formação de palavras existe uma série de sinais que são formados por processos de derivação, composição ou empréstimo do português. (ref.?) Com relação ao gênero, em determinados substantivos utilizando sinais que indicam o sexo “HOMEM/MULHER”, tanto para pessoas quanto animais. Em alguns casos a indicação é realizada através de sinais distintos para os sexos. Adjetivo, artigos, numerais e pronomes não apresentam flexão de gênero. Os adjetivos se apresentam de forma neutra sem flexão de gênero ou número. Os numerais e quantificação se apresentam da seguinte forma: - Cardinais: até 10 existem representações diferentes tanto para quantificações quanto para os cardinais; a partir de 11 os sinais são idênticos. - Ordinais: Do 1° ao 9° são representados pelos mesmos sinais que utilizados nos cardinais com a diferença de serem executados com movimentos, do 1° ao 4° tem movimento para cima e para baixo e do 5° ao 9° o movimento é para os lados. Não distinção a partir do 10. A repetição de sinais ou sinais indicativos de quantidade são as formas de plural. A repetição exagerada é utilizada como intensificador e como advérbio de modo. Referências Bibliográficas: www.ibge.gov.br http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/5/54/Charles- Michel_de_L%27%C3%89p%C3%A9e.jpg http://pt.wikipedia.org/wiki/Emmanuelle_Laborit http://www.surdo.org.br/Apostila.pdf http://www.youtube.com/watch?v=LVU7HNoTwkw Não se deve utilizar a Wikipedia como referência em um trabalho acadêmico. 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