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METEOROLOGIA E CLIMATOLOGIA Mário Adelmo Varejão-Silva Versão digital 2 – Recife, 2006 106 ratura diferentes de 6,5 oC km-1 (Fig. III.2), indicando que essa distribuição é bastante afetada por situações locais (a troposfera mantém-se em contínua interação com a superfície). Aliás, quando se observa a curva que representa a variação da temperatura com a altitude, em uma sondagem específica, é comum a presença de inversões térmicas e até de camadas isotérmi- cas, em geral pouco espessas. 20 15 10 5 0A LT IT U D E (K m ) -120 -90 -60 -30 0 30 oC 0 200 400 600 800 1000 mb TROPOPAUSA PRESSÃO TEMPERATURA Fig. III.2 - Variação da pressão e da temperatura com a altitude em Floriano (6o 46' S, 43o 02' W), em 08/07/69, 12:00 TMG, segundo Varejão-Silva (1972). O aquecimento basal da atmosfera proporciona o desenvolvimento de correntes aéreas verticais (ascendentes e subsidentes) que provocam transferência covectiva de calor e de va- por d'água para níveis mais elevados da troposfera. A rugosidade natural da superfície, devido à resistência que oferece ao vento, gera turbulência (maior sobre os continentes que sobre os oceanos), contribuindo para acelerar, ainda mais, a transferência vertical de calor e de vapor d’água. O campo médio da temperatura na atmosfera, para janeiro e julho, consta da Fig. III.3. Analisando-o percebe-se que as isotermas são aproximadamente paralelas à superfície da Terra. A velocidade do vento, em geral, aumenta com a altitude na troposfera, atingindo valo- res máximos perto da tropopausa. Próximo àquela zona de transição podem ser encontradas faixas sinuosas e quase horizontais, com cerca de 1 km de espessura, onde a velocidade do