Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original
1 (Fonte: Mariano, S.R.H., Mayer, V.F., Criatividade e Atitude Empreendedora, Rio de Janeiro: Fundação CECIERJ, 2008) “Havia centenas de capitalistas astutos em cidades americanas, em 1876, olhando com os olhos afiados em todos os sentidos para (novas) possibilidades de negócio (que a invenção do telefone trazia); mas nenhum deles se aproximou de Graham Bell com uma oferta para comprar a sua patente. (....) Nenhum legislador ou conselheiro da cidade interessou-se em levar à população um serviço de telefonia barato e eficiente. (...) Depois de 75 dias, Bell havia recebido os direitos sobre sua patente do telefone e os jornais nada haviam escrito sobre este fato. Nenhum dos vários repórteres do jornal Philadelphia Centennial tinha considerado o telefone como uma matéria de interesse público. Mas, quando uma coluna de notícia foi publicada a partir de uma ligação telefônica feita pelo jornal The Boston Globe, o mundo do jornal era um excitamento só. Mil penas escreveram o nome de Bell. (Ainda assim, o telefone) era (visto) como um brinquedo, um “joguinho”, uma maravilha científica, mas não como uma necessidade a ser comprada e usada para finalidades comuns por pessoas comuns.(...) (Os capitalistas) admiraram e maravilharam-se (com o objeto); mas ninguém investiu um dólar sequer. Em um momento de descrença (Bell e sócios) tinham oferecido vender a patente do telefone ao Sr. Orton, Presidente da Western Union, (empresa que oferecia serviços de telégrafo) por 100.000 dólares. Orton recusou. “Que uso”, perguntava ele candidamente, “poderia esta companhia fazer de um brinquedo elétrico?” Durante 17 meses ninguém disputou com Bell a patente do telefone. (...) Lá estava “a mais valiosa patente já emitida”; no entanto, a invenção era tão simples que poderia ser facilmente reproduzida por um garoto esperto ou mecânico qualquer.(...) A descrição original do telefone de Bell repousava aberta e desprotegida no escritório de patente, e (...) em torno dela se deu a mais cara e persistente guerra de patentes dos Estados Unidos, durando onze anos e compreendendo seiscentos processos. O primeiro ataque à recém-constituída empresa de telefone Bell veio da Companhia de Telégrafo Western Union. A empresa contratou três inventores, Edison, Gray e Dolbear, para produzir um sistema similar ao de Bell. (A empresa) esperava uma vitória fácil; de fato, a disparidade entre os dois oponentes era evidente. “A Wester Union absorverá a nova empresa de telfonia”, dizia a opinião pública, “da mesma forma que absorveu outras melhorias do setor de telégrafo” ..... (CASSON, 1910) Quem acreditou em Alexander Graham Bell, o inventor do telefone?