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CAMPUS NITERÓI AV1 – CIÊNCIA POLÍTICA – 2011.1 – Tarde – ProfºFernando –07abr2011 As questões devem ser respondidas a caneta e na folha de resposta da universidade. As questões objetivas não podem estar rasuradas. O caderno de exercícios vale até 1,0 ponto, desde que estejam vistados e corrigidos. A prova vale 9,0. 1ª parte: Assinale a alternativa correta. 1 ª questão (0,5 ponto): (Aula 1 - Exercício 1 – Cad.2011.1): “O discurso político como sistema de pensamento é o resultado de uma atividade discursiva que procura fundar um ideal político em função de certos princípios que devem servir de referência para a construção das opiniões e dos posicionamentos. É em nome dos sistemas de pensamento que se determinam as filiações ideológicas e uma análise do discurso deve se dedicar a descrevê-los a partir de textos diversos”. O texto “A experiência dos CIEPs: Controvérsias em torno da legitimidade de uma ‘Escola Nova’” de Adelia Maria Miglievich Ribeiro e Paulo Sérgio Ribeiro da Silva Jr, acena: "Não é de pouca monta a complexidade do debate da educação integral mobilizado pela experiência recente dos Centros Integrados de Educação Pública (CIEPs) uma vez considerada que a relação entre educação e política não é apoiada em fáceis consensos (...)”. A qual o espaço social da palavra política ele se refere? a) Faz referência à discussão sobre o momento de dar legitimidade ao novo governo que se aproxima com as eleições. b) O discurso político alerta sobre a importância da política na vida do cidadão brasileiro hoje em dia. c) Faz referência sobre a discussão de um modelo de escola e de educação para o país, onde um dos papéis desta instituição seria socializar as pessoas quanto aos capitais simbólicos desta sociedade. d) O discurso político como sistema de pensamento nada tem com a possibilidade de mudança social. 2ª questão (0,5 ponto) (Aula 1 - Exercício 3 – Cad.2009.1) Leia as assertivas acerca da origem da sociedade e marque a alternativa correta: I. As teorias que explicam a vida em sociedade são a contratual e natural. A natural defende a ideia que a vida em sociedade é fruto de um impulso associativo próprio do homem. II. A teoria contratual sustenta que a sociedade é produto de um acordo de vontades entre seus componentes. III. Platão, Cícero e Montesquieu foram os precursores do naturalismo. IV. Dentre os adeptos da teoria contratualista podemos destacar Rousseau, Aristóteles, Hobbes e Locke. a) Nas alternativas I e II, as teorias estão invertidas; b) Somente a alternativa I está correta; c) Somente as alternativas I e II estão corretas. d) Todas as alternativas são corretas; e) Todas as alternativas se completam. 3 ª questão (0,5 ponto): A afirmação de que “O homem é naturalmente um animal político”, feita por Aristóteles e a afirmação que “O homem é o lobo do próprio homem”, feita por Hobbes, indicam respectivamente que a Sociedade é: a) natural de civilizações mais antigas e contratual na Idade Média, sem a necessidade de um poder que a controle. b) movida pela razão das conveniências, segundo cada época. c) natural decorrência do espírito gregário do ser humano e no segundo momento, nasce em estado de natureza. d) um mal necessário para ela própria nos dois casos. 4ª questão (0,5 ponto): Segundo a doutrina de ciência política, os elementos que caracterizam o Estado são: soberania interna, território e finalidade do Estado. finalidade, soberania, população e território sem possibilidade de jurisdição. poder político e território delimitado. povo estabelecido em território delimitado, com governo que detêm a soberania e com finalidade. 5 ª questão (0,5 ponto): ‘E correto afirmar que a soberania de um Estado: a) Consiste no poder de um Estado de sujeitar outros Estados e indivíduos à sua jurisdição. b) É uma característica do Estado identificável em sua projeção nas relações internacionais. c) Consiste numa qualidade do poder do Estado. d) Consiste apenas na não-dependência de um Estado em relação a outro Estado. 6 ª questão (0,5 ponto): O Estado Federal clássico caracteriza fundamentalmente: a) Pela centralização política b) Pela possibilidade de os Estados federados se apartam de federação, rompendo o vínculo federativo c) Pela descentralização política d) Pela pluralidade de soberanias, reconhecidas aos Estados federados e unidade de autonomia conferida à União. 2ª parte: Responda objetivamente as questões propostas, justificando na doutrina dada em sala de aula 7ª questão (1 ponto): (Aula 5 - Caso Concreto 1 – 2011.1) Heródoto, na sua História (Livro III, §§ 80-82), narra uma célebre discussão que teria ocorrido entre três persas – Otanes, Megabises e Dario – sobre a melhor forma de governo a adotar depois da morte de Cambises. O episódio teria ocorrido na segunda metade do século VI antes de Cristo. Esta passagem nos mostra o grau de desenvolvimento do pensamento dos gregos sobre a política um século antes da grande sistematização teórica de Platão e Aristóteles (no século IV) sobre as tipologias “clássicas” das formas de governo. Como observamos, o tema é de extrema importância para o estudo da Teoria Geral do Estado. Pergunta-se: Como o tema foi analisado pelo filósofo Aristóteles? O pensamento aristotélico influenciou outros pensadores, como Montesquieu? Aristóteles desenvolve a análise do tema criando sua celebre divisão tripartite da Formas de Governo. Alinha as formas de governo em dois grupos: normais – formas puras, (aquelas que têm por objetivo o bem da comunidade) e anormais – formas impuras, (aquelas que visam somente vantagem para os governantes). As formas normais, também denominadas formas puras, segundo a classificação aristotélica, ainda geralmente aceita, são as seguintes: a) Monarquia – governo de uma só pessoa; b) Aristocracia – governo de uma classe restrita; c) Democracia – governo de todos os cidadãos. A essas formas normais de governo correspondem, respectivamente, as três seguintes, consideradas anormais: tirania, oligarquia e demagogia. Sim, as idéias de Aristóteles influenciaram outros pensadores sobre o tema. Coube a Montesquieu trazer à doutrina aristotélica os retoques da metafísica: a monarquia caracteriza-se pela Honra, a aristocracia pela Moderação e a democracia pela Virtude. Faltando a qualquer das formas normais de governo o respectivo princípio básico, ela se degenera, caindo na forma anormal correspondente. Alguns autores acrescentam à tríade aristotélica uma Quarta expressão: a Teocracia, tendo por forma anormal correspondente a Cleocracia (governo despótico dos sacerdotes). Entendemos, porém, que a teocracia é simplesmente uma modalidade de aristocracia ou oligarquia, assim como a chamada plutocracia. A classe governante pode ser formada por nobres, sacerdotes, detentores do poder econômico ou qualquer outro grupo social privilegiado, formando uma aristocracia dominante. Fenelon sintetizou o pensamento dominante no espaço e no tempo sobre o tema: “a corrupção pode ser idêntica em todas as formas de governo; o principal não é o regime em si, mas a virtude na execução dele”. 8ª questão (2,5 pontos): (Aula 4 - Exercício 2 – Cad.2009.1) Leia com atenção o texto a seguir: “As ilhas Malvinas no Atlântico Sul, sobre imensos lençóis de petróleo, a algumas centenas de quilômetros da Costa Argentina, chamadas de Falklands pelos ingleses, foram ocupadas pela Grã-Bretanha em 1883. A Argentina nunca aceitou esta ocupação. Em abril de 1982, para atrair o apoio da população, o governo militar ordenou a invasão das ilhas, desencadeando uma guerra localizada contra a Grã-Bretanha. Em junho do mesmo ano, reconhecendo a derrota, os soldados argentinos renderam-se e a Inglaterra voltou a controlar a região.” Pergunta-se: é correto afirmar que as Ilhas Malvinas indicam a necessidade de continuidade geográfica do território do Estado a fim de possibilitar o exercício da Soberania? Não, elas indicam justamente o inverso. O território é a base físico-geográfica que integra a organização do próprio Estado, sendo então um dos seus elementos constitutivos e estabelecendo a delimitação da ação soberana do mesmo. É perfeitamente possível a existência de uma descontinuidade geográfica, como no caso das ilhas Malvinas, não impedindo o exercício da Soberania enquanto um poder uno e indivisível. Uno porque não é possível num mesmo Estado e, portanto, num mesmo território a convivência de duas Soberanias. Indivisível porque inadmissível a sua divisão, mas somente a sua distribuição em diferentes funções (legislativa, executiva e judiciária). Sendo assim, o que é importante ou fundamental para o exercício da Soberania é a manutenção da unidade e da indivisibilidade do poder, o que, no caso é realizado pela Grã-Bretanha desde a ocupação ocorrida em 1883, perdendo tal invasão o seu caráter de temporariedade, independente da existência de uma descontinuidade geográfica . (DALLARI, pp. 74-96) 9ª questão (2,5 pontos): Na formação dos Estados contemporâneos, ao passar do sistema de Confederação de Estados para o de Estado Federativo, cada Estado trocou a SOBERANIA pela AUTONOMIA. Indique que características possuem os dois sistemas de formação dos Estados-nação, bem como o que significa este câmbio, ao falar em estados-membros, entes da federação. UNESA – Campus Niterói – Ciência Política – 2011.1 � PAGE \* MERGEFORMAT �3�