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Geometria anal´ıtica, Lista 1 - 2011/1 Durante a elaborac¸a˜o de respostas tenha cuidado (1) com palavras e/ou frases estranhas a` Matema´tica, (2) o desenvolvimento de explicac¸a˜o (demonstrac¸a˜o, justificativa) e/ou ca´lculo nume´rico devem ser feitos com clareza de racioc´ınio e com etapas indicadas corretamente, (3) os desenhos (quando necessa´rios) na˜o podem ter qualquer rasura. Estas regras sera˜o aplicadas nas provas futuras e a na˜o observaˆncia implicara´ em perda de pontos importantes. Grande parte dos resultados em Matema´tica toma a forma de uma afirmac¸a˜o condicional (declarac¸a˜o condicional), que consiste de uma afirmac¸a˜o formada de duas partes, a primeira comec¸ando com ’se’ ou ’quando’ ou outra palavra equivalente, e a segunda comec¸ando com ’enta˜o’ ou simplesmente apo´s uma v´ırgula. Exemplo. Se P e´ um ponto do gra´fico de uma func¸a˜o f , enta˜o P = (x, f(x)), para algum ponto x no domı´nio de f . A parte ’se P e´ um ponto do gra´fico de uma func¸a˜o f ’ se chama hipo´tese da afirmac¸a˜o, e´ uma frase suposta verdadeira ou que ja´ foi demonstrada ser verdadeira, a parte ’enta˜o P = (x, f(x)), para algum ponto x no domı´nio de f ’ se chama tese da afirmac¸a˜o e corresponde a` uma frase que deve ser demonstrada, verificada, atrave´s do uso da hipo´tese e de resultados anteriormente demonstrados juntos com lo´gica dedutiva. Uma afirmac¸a˜o condicional ’se a, enta˜o b’ e´ simbolicamente representada por ’a⇒ b’. A rec´ıproca de uma afirmac¸a˜o condicional e´ formada pela troca de posic¸a˜o entre a hipo´tese e a tese, sendo que a rec´ıproca de a⇒ b e´ b⇒ a. Importante observar que a rec´ıproca de uma afirmac¸a˜o verdadeira pode ser falsa. Exemplo. Dados treˆs nu´meros quaisquer, se x > y e z > 0 ou x < y e z < 0, enta˜o xz > yz. E´ claramente verdadeira e tem rec´ıproca ’se xz > yz, enta˜o x > y e z > 0 ou x < y e z < 0’ tambe´m verdadeira. Exemplo. Seja f : X→ Y uma aplicac¸a˜o injetiva entre dois conjuntos quaisquer X e Y. Se X e´ infinito, enta˜o Y e´ infinito. A aplicac¸a˜o f associa, para cada um dos infinitos pontos de X, um u´nico ponto em Y, logo esse tambe´m deve ser infinito e a afirmac¸a˜o ’se X e´ infinito, enta˜o Y e´ infinito’ e´ verdadeira. Mas a rec´ıproca ’se Y e´ infinito, enta˜o X e´ infinito’ e´ falsa, como se veˆ chamando a aplicac¸a˜o f : {1, 2, 3, ...., n} → N; f(x) = x. Quando a ⇒ b e b ⇒ a sa˜o ambos verdadeiros, escreve-se a ⇔ b e leˆ-se ’a se, e somente se, b’. Nesse caso, a e´ uma condic¸a˜o suficiente de b, ou seja, a validade de a implica na de b; tambe´m, b e´ uma condic¸a˜o necessa´ria de a, ou seja, b sera´ verdadeiro sempre que a for. A rec´ıproca negativa e´ formada pela troca de posic¸a˜o entre hipo´tese e tese, negando-se ambas. O chamado Princ´ıpio da na˜o contradic¸a˜o estabelece que uma afirmac¸a˜o na˜o pode ser simultaˆneamente verdadeira e falsa, ou seja, a negativa de uma afirmac¸a˜o a e´ falsa se a for verdadeira, a negativa e´ verdadeira se a for falsa. De modo mais expl´ıcito, vale Proposic¸a˜o 1. (a⇒ b) se, e somente se, (na˜o b⇒ na˜o a). 1 Geometria anal´ıtica, Lista 1 - 2011/1 Demo. Considere a validade de (a⇒ b) e suponha tambe´m que na˜o b e´ verdadeira. Claro que se na˜o a for falsa, a deve ser verdadeira. Mas enta˜o, pela hipo´tese (a ⇒ b), temos que b e´ verdade, uma contradic¸a˜o com relac¸a˜o a nossa suposic¸a˜o de que na˜o b e´ verdadeira, em vista do princ´ıpio da na˜o contradic¸a˜o. Reciprocamente, considere que (na˜o b⇒ na˜o a) e a sa˜o va´lidos. Se b e´ falsa, enta˜o na˜o b e´ verdadeira e enta˜o, por hipo´tese, na˜o a tambe´m e´ verdadeira. Isto deve implicar que a e´ falsa, uma contradic¸a˜o.• Quando uma palavra tem mais de um significado, pode ocorrer da palavra ser interpretada de mais de uma maneira, dependendo de como se apresenta no contexto e da experieˆncia de cada pessoa. Em Matema´tica, uma palavra (ou ide´ia) a e sua definic¸a˜o a⇒ b sa˜o consideradas como tendo exatamente o mesmo significado. Uma consequ¨eˆncia disso e´ que a sua rec´ıproca sempre e´ verdadeira, a raza˜o disto e´ que a palavra sendo definida e b teˆm o mesmo significado, logo a e b sa˜o intercambia´veis e enta˜o qualquer definic¸a˜o pode ser escrita na forma a ⇒ b ou b⇒ a ou a⇔ b. Por exemplo, Definic¸a˜o. Cı´rculo S1(P ; r) e´ o conjunto de todos os pontos em um plano Π que esta˜o a uma mesma distaˆncia r de um determinado ponto P ∈ Π. Por se tratar de uma ide´ia consistente, na˜o amb´ıgua, deve poder ser reescrita das treˆs maneiras seguintes. Definic¸a˜o. Se um ponto A esta´ em (pertence a) S1(P ; r), enta˜o a distaˆncia de A ate´ P e´ igual a r. Definic¸a˜o. Se um ponto A esta´ a uma distaˆncia r de um ponto P , enta˜o A esta´ em S1(P ; r). Definic¸a˜o. Um ponto A esta´ em S1(P ; r) se, e somente se, a distaˆncia de A ate´ P e´ igual a r. A prova indireta (reduc¸a˜o ao absurdo) e´ um instrumento muito utilizado no pensamento lo´gico para demonstrac¸a˜o de resultados e e´ assim aplicado: considerando que a ⇒ b deve ser demonstrado, primeiro e´ feita uma suposic¸a˜o contra´ria ao que se deseja provar, isto e´, nega-se a tese. Depois, fatos consagrados e ide´ias aceita´veis sa˜o usados, juntamente com a suposic¸a˜o ’b e´ falsa’, a fim de se obter uma conclusa˜o que indica que a hipo´tese e´ falsa. Pelo princ´ıpio da na˜o contradic¸a˜o, nossa suposic¸a˜o deve ser falsa e assim a tese e´ verdadeira. Exemplo. Dada uma reta r e um ponto P 6∈ r, ambos supostos em um mesmo plano, existe uma u´nica reta l que passa por P e e´ perpendicular a` r. Aqui a tese a ser verificada e´ ’existe uma u´nica reta l que passa por P e e´ perpendicular a` r’ e comec¸amos a demonstrac¸a˜o por prova indireta por negar a tese. Suponha que na˜o existe uma u´nica reta como na hipo´tese, enta˜o existem duas retas l e m, ambas contendo P e ambas perpendiculares a` r. Sendo {A} = l∩r e {B} = m∩r, tem-se o triaˆngulo ∆ABP com aˆngulos retos  = B̂. Isto na˜o pode, pois e´ sabido que os aˆngulos internos de qualquer triaˆngulo somam 180o. Portanto, nossa suposic¸a˜o que existem duas retas perpendiculares e´ falsa e somente pode haver uma u´nica. 2 Geometria anal´ıtica, Lista 1 - 2011/1 Exemplo. Para qualquer n ∈ N, na˜o existe x ∈ N tal que n < x < n + 1. Suponha, por absurdo, que existe um tal nu´mero. Como n, x ∈ N, enta˜o x = n + y para algum y ∈ N, logo n + y < n + 1 e enta˜o y < 1. Ocorre que na˜o existe natural inferior a 1 (2o axioma de Peano), essa contradic¸a˜o so´ teve espac¸o devido a` suposic¸a˜o ’existe x ∈ N tal que n < x < n + 1’. Portanto, a suposic¸a˜o e´ falsa e a afirmac¸a˜o ’na˜o existe x ∈ N tal que n < x < n + 1’ e´ verdadeira. Outras vezes, e´ preciso desenvolver algum fato auxiliar para, somente depois, usar o recurso da contradic¸a˜o. Exemplo. Existem infinitos nu´meros primos. Demonstrac¸a˜o visto nos Elementos de Euclides, por volta de 300 a.C. Primeiro observamos (a´ı esta´ o fato auxiliar) que dados os nu´meros primos 2, 3, 5, 7, ..., xn, o nu´mero pn = 2.3.5....xn+ 1 na˜o e´ primo, para todo natural n ∈ N. De fato, p1 = 3, p2 = 7, p3 = 31, p4 = 211 e p5 = 2311 sa˜o todos primos, mas p6 = 30031 = 56× 509 (fim da demonstrac¸a˜o do fato auxiliar). Vamos agora supor que existe um nu´mero finito de nu´meros primos, digamos x1 = 2, x2 = 3, x3 = 5, ..., xn. Enta˜o, pn como definido acima na˜o e´ primo e possui um fator primo xr, com r ≤ n, logo xr divide pn e tambe´m divide 2.3.5...xn, logo xr deve dividir 1, o que e´ absurdo porque xr > 1. Esta contradic¸a˜o nos leva a descartar nossa suposic¸a˜o de que existe um nu´mero finito de nu´meros primos. Exerc´ıcio 1. Um homem diz ’eu estou mentindo!’. Analise essa afirmac¸a˜o sobre o ponto de vista de ser verdadeira e de ser falsa, determinando qual e´ a conclusa˜o poss´ıvel. Exerc´ıcio 2. Reescreva as seguintes frases na forma ’se..., enta˜o...’. 1) O jogo sera´ adiado se chover. 2) Nu´meros maiores do que 10 sa˜o maiores do que 5. 3) Um nu´mero natural e´ par se na˜o e´ ı´mpar. 4) Amanha˜ e´ sexta-feira porque hoje e´ quinta-feira. Exerc´ıcio 3. Considere a, x, y como nu´meros reais quaisquer. Escreva a declarac¸a˜o rec´ıproca e a rec´ıproca negativa de cada uma das seguintes frases. 1) Se a + y = a + x, enta˜o y = x. 2) Se um nu´mero e´ par, enta˜o ele e´ mu´ltiplo de 4. 3) Se x < 5, enta˜o x < 9. Exerc´ıcio 4. Considere um ponto interior C de AB, isto e´, qualquer ponto entre A e B, mas diferente destes. Quais das seguintes sa˜o falsas? 1) C ∈ AB. 2) AB ⊂ AB. 3) B ∈ AC. 4) AC ∪ AB = AB. 5) AC ∩ BC = ∅. 6) AB ∩ CB = BC. Exerc´ıcio 5. Analise cada declarac¸a˜o (afirmac¸a˜o, frase) como verdadeira ou falsa. 1) Se o Rio de Janeiro e´ uma cidade pequena, enta˜o 2 × 3 = 6. 2) Se o Rio de Janeiro e´ uma cidade grande, enta˜o √ 2 ∈ Q. 3) Se esta´ frio, enta˜o poucas pessoas tomam banho de mar. Hoje muitas pessoas esta˜o tomando banho de mar, logo na˜o esta´ frio. 4) Considere a seguinte afirmac¸a˜o: se voceˆ esta´ em X, enta˜o voceˆ na˜o esta´ em Y. Enta˜o, e´ verdade que voceˆ na˜o esta´ em X, consequ¨entemente, voceˆ esta´ em Y? 5) Considere a seguinte definic¸a˜o: em um plano, 3 Geometria anal´ıtica, Lista 1 - 2011/1 um conjunto X e´ aberto (no plano) quando, para qualquer ponto a ∈ X, existe um pequeno c´ırculo Sa, de centro em a, totalmente contido em X. Analise as seguintes afirmac¸o˜es (como verdadeira ou falsa) relacionadas a` essa ide´ia: i) X e´ aberto ⇒ ∀a ∈ X, existe um c´ırculo Sa ⊂ X; ii) X na˜o e´ aberto ⇒ existe um ponto a ∈ X que na˜o e´ centro de nenhum c´ırculo contido em X; iii) Para todo ponto a ∈ X, existe um c´ırculo Sa (suficientemente pequeno), de centro em a, totalmente contido em X⇒ X e´ aberto; iv) Ha´ um ponto a ∈ X para o qual na˜o existe c´ırculo Sa contindo inteiramente em X⇒ X na˜o e´ aberto. Exerc´ıcio 6. Estude cada uma das afirmac¸o˜es abaixo e diga qual e´ verdadeira e qual e´ falsa. 1) Dois pontos determinam uma reta. 2) Dois pontos determinam um plano. 3) Treˆs pontos sa˜o sempre coplanares. 4) Treˆs pontos determinam um plano. 5) Quatro pontos sa˜o sempre coplanares. Exerc´ıcio 7. Se A e B sa˜o pontos distintos em um plano Π, enta˜o ←→ AB Π. Nota. O s´ımbolo significa ’e´ subconjunto pro´prio de’. Exerc´ıcio 8. Desenhe um quadrila´tero �ABCD. Prove que e´ subconjunto pro´prio de um u´nico plano. Exerc´ıcio 9. Na figura abaixo r e s sa˜o retas perpendiculares. Trace um segmento AR, com R ∈ r, outro BS, com S ∈ s, e RS, formando a poligonal AR∪RS ∪SB. De todas as infinitas poligonais deste tipo que sa˜o pass´ıveis de construc¸a˜o, qual e´ a de menor comprimento? A B r s . . Nota. Esta´ a´ı um bom exemplo de como funciona a Matema´tica, para resolver esse problema e´ preciso conhecer uma situac¸a˜o pre´via mais simples: suponha somente r e A,B 6∈ r todos sobre um mesmo plano. A ide´ia e´ ligar A com B por meio de um R ∈ r, de tal sorte que AR∪BR e´ mı´nimo (tem comprimento mı´nimo). Analise as duas poss´ıveis situac¸o˜es: A e B de um mesmo lado de r (como no desenho), A e B em lados opostos. Depois de provar a situac¸a˜o mais simples, ataque a situac¸a˜o do exerc´ıcio. Exerc´ıcio 10. Prove que se (A,B) ∼ (P,Q) e (C,D) ∼ (P,Q), enta˜o (A,B) ∼ (C,D). 4 Geometria anal´ıtica, Lista 1 - 2011/1 Exerc´ıcio 11. DE e´, por definic¸a˜o, um segmento me´dio de ∆ABC, pois D e´ ponto me´dio de AC e E e´ ponto me´dio de BC. A Geometria plana estabelece o seguinte resultado (Teorema do segmento me´dio): DE ‖ AB e 1d(D,E) = 1 2 d(A,B). A ide´ia da demonstrac¸a˜o deste teorema e´ bem simples: primeiro, marque F ∈ ←→DE tal que E fica entre D e F e (D,F ) ∼ (A,B). C B D E A O que podemos concluir sobre (D,A) e (F,B)? O que podemos concluir sobre D̂CE e ÊBF? Enta˜o, o que podemos concluir sobre ∆CDE e ∆BEF? Qual e´ a conclusa˜o seguinte a` respeito de (D,E) e (E,F )? Exerc´ıcio 12. Prove que se (A,B) ∼ (C,D), enta˜o (B,A) ∼ (D,C). Exerc´ıcio 13. Prove que se −−→ AX = −−→ BX, enta˜o A = B. Exerc´ıcio 14. Qualquer que seja −→v , mostre que: 1) Se −→v 6= −→0 , enta˜o |−→v | > 0. 2) |−→v | = 0 se, e somente se, −→v = −→0 . 3) |−→v | = | − −→v |. Exerc´ıcio 15. Se −→ AB = −−→ CD, prove que AC ∩BD = ∅ e |−→AB| = |−−→CD|. Exerc´ıcio 16. Imagine situac¸o˜es (posicionais) tais que: 1) |−→v +−→u | = |−→v |+ |−→u |, 2) |−→v +−→u | < |−→v |+ |−→u |. Exerc´ıcio 17. Para quaisquer pontos A,B e C, vale −→ AB −−→AC = −−−→BC. Prove este fato por (1) ana´lise de segmentos orientados e por (2) operac¸o˜es aritme´ticas de vetores (baseadas em propriedades operacionais vistas em sala de aula). Exerc´ıcio 18. Para quaisquer −→v ,−→u e −→w , valem: 1) −→v +−→u = −→w se, e somente se, −→v = −→w −−→u . 2) −→v = −→u se, e somente se, −→v −−→u = −→0 . Prove! Exerc´ıcio 19. Mostre que, para quaisquer −→u ,−→v e −→w , vale −(−→u +−→v +−→w ) = −−→u −−→v −−→w . 1Vamos denotar a distaˆncia entre pontos X e Y pelo s´ımbolo d(X,Y ) 5 Geometria anal´ıtica, Lista 1 - 2011/1 Exerc´ıcio 20. De quanto e´ necessa´rio multiplicar −→ AB + −−→ CB + 2 −→ BA para que este seja igual a 1 3 −→ AC? Exerc´ıcio 21. Pense na utilizac¸a˜o de um triaˆngulo equila´tero e em segmentos orientados para provar que 1+cos120o+cos240o = 0 e sen120o+sen240o = 0 (esta´ proibido o uso de calculadora ou tabela trigonome´trica). Exerc´ıcio 22. Prove a seguinte igualdade, (A− −→u ) +−→v = A− (−→u −−→v ). Exerc´ıcio 23. Determine D sabendo que (A + −→ AB) + −−→ CD = C + −−→ CB . Exerc´ıcio 24. Algue´m olha para A +−→u +−→v = A e´ diz que −→u e −→v podem na˜o ser paralelos. Esta´ certo? Ja´ para A +−→u +−→v +−→w = A aquela pessoa diz −→w e −→u +−→v devem ser paralelos. Esta´ certo? Exerc´ıcio 25. Resolva o seguinte sistema de equac¸o˜es vetoriais nas inco´gnitas −→u e −→v . 2−→u +−→v = −→a −−→b −→u − 2−→v = −→a +−→b Exerc´ıcio 26. Resolva o sistema de equac¸o˜es nas inco´gnitas −→a e −→b . −→u = 3−→a − 5−→b −→v = −→a + 2−→b Exerc´ıcio 27. Verifique se existem valores para a e b, considerando-se (a − 2)−→u + b−→v = (b + 1)−→u + a−→v , |−→u | = 2 |−→v | = 3. Exerc´ıcio 28. O que se pode concluir de −→a e −→b se |−→a +−→b | = |−→a −−→b |? Exerc´ıcio 29. Seja a a norma de −→a e b a norma de −→b . Quais sa˜o os limites inferior e superior para a norma da resultante (soma de vetores)? Caso a = 2b, quais deveriam ser os limites inferior e superior para a norma da resultante? Considere que, no espac¸o, esta˜o fixados certos vetores −→a ,−→b ,−→c e que qualquer vetor −→v pode ser escrito sob a forma −→v = v1−→a + v2−→b + v3−→c . Os nu´meros v1, v2, v3 sa˜o chamados as coordenadas de −→v . Ja´ v1−→a , v2−→b , v3−→c sa˜o as componentes de −→v . Exerc´ıcio 30. Mostre que se todas as componentes de um vetor esta˜o em sentido contra´rio a`s componentes de outro vetor, enta˜o o pro´prio vetor tambe´m esta´ em sentido contra´rio. Exerc´ıcio 31. Algue´m diz que −→u = 4−→a + 3−→b − −→c e −→v = −8−→a − 6−→b + 2−→c teˆm mesmo sentido. Explique. 6 Geometria anal´ıtica, Lista 1 - 2011/1 Exerc´ıcio 32. Na navegac¸a˜o mar´ıtima e ae´rea, as direc¸o˜es sa˜o dadas tomando-se as medidas a partir do Norte em sentido hora´rio. Diz-se que a direc¸a˜o de um ve´ıculo (navio, aeronave) e´ 37o se o deslocamento e´ representado por um segmento orientado que forma aˆngulo de 37o com a direc¸a˜o Sul-Norte. x yNorte Sul LesteOeste 37º deslocamentonadir eção37º Suponha que uma aeronave esteja voando a 600 km/h na direc¸a˜o 60o, e que o vento sopre na direc¸a˜o 110o com velocidade de 40 km/h. Naturalmente, uma vez que a ma´quina na˜o esta´ apoiada em um meio so´lido, a componente de vento ira´ desviar (derivar) a aeronave para fora de sua trajeto´ria aparente (60o Nordeste) e a real direc¸a˜o sera´ outra. Tambe´m, uma vez que o vento tem componente contra´ria ao deslocamento da aeronave, essa tera´ sua velocidade indicada no solo diferente daquela indicada no ar (existem sempre dois veloc´ımetros, um indica a velocidade da aeronave dentro da massa de ar, outro indica a velocidade com a relac¸a˜o aos fixos na superf´ıcie do planeta). Determine a velocidade da aeronave com relac¸a˜o ao solo e a sua trajeto´ria real. Sugesta˜o: monte um paralelogramo com os vetores −→a (aeronave), −→v (vento) e escreva-os em termos de suas projec¸o˜es sobre o eixo−x (Leste-Oeste) e eixo−y (Norte-Sul). A trajeto´ria (direc¸a˜o de voo) e´ dada por −→a +−→v e a velocidade e´ simplesmente |−→a +−→v |. Resposta: 639, 4 km/h e 60o37 ′ 45 ′′ . 7 Geometria anal´ıtica, Lista 1 - 2011/1 R E S P O S T A S Ex. 1. Se o que diz o homem e´ verdade, enta˜o ele esta´ mentindo. Pore´m, se ele mente ao dizer que esta´ mentindo, enta˜o esta´ falando a verdade. Ex. 2. 1) Se chover, enta˜o o jogo sera´ adiado. 2) Se um nu´mero e´ maior do que 10, enta˜o e´ maior do que 5. 3) Se um nu´mero natural e´ par, enta˜o na˜o e´ ı´mpar. 4) Se hoje e´ quinta-feira, enta˜o amanha˜ sera´ sexta-feira. Ex. 3. 1) Se y = x, enta˜o a + y = a + x; se y 6= x, enta˜o a + y 6= a + x. 2) Se um nu´mero e´ mu´ltiplo de 4, enta˜o o nu´mero e´ par; se um nu´mero na˜o e´ mu´ltiplo de 4, enta˜o o nu´mero na˜o e´ par. 3) Se x < 9, enta˜o x < 5; se x ≥ 9, enta˜o x ≥ 5. Ex. 4. Sa˜o afirmac¸o˜es falsas (3) e (5). Ex. 5. No sistema de pensamento lo´gico, a veracidade (V) ou falsidade (F) da hipo´tese (a), da tese (b) e sua implicac¸a˜o a⇒ b sa˜o mostrados como no quadro: a b a b V V V V F F F V F F V V ’Se o Rio de Janeiro e´ uma cidade pequena, enta˜o 2× 3 = 6’ e´ uma declarac¸a˜o verdadeira, porque hipo´tese falsa e tese verdadeira formam uma declarac¸a˜o verdadeira. ’Se o Rio de Janeiro e´ uma cidade grande, enta˜o √ 2 ∈ Q’ e´ falso, porque hipo´tese verdadeira e tese falsa na˜o formam uma declarac¸a˜o verdadeira. A frase ’hoje muitas pessoas esta˜o tomando banho de mar, logo na˜o esta´ frio’ e´ a rec´ıproca negativa, toda rec´ıproca negativa e´ uma afirmac¸a˜o verdadeira. A condic¸a˜o (A ∈ X ⇒ A 6∈ Y) nos leva a intuir que X e Y sa˜o conjuntos (ambientes) disjuntos (X∩Y = ∅). Existem duas opc¸o˜es: (1a) X e Y sa˜o subconjuntos de um conjunto E na˜o vazio, ou (2a) X∪Y na˜o e´ subconjunto de qualquer outro conjunto. Na primeira situac¸a˜o e´ poss´ıvel A 6∈ X e A 6∈ Y, na segunda na˜o. No que se refere a uma definic¸a˜o matema´tica, e´ sempre uma afirmac¸a˜o bicondicional a⇔ b (leia ’a se, e somente se, b’) e, portanto, vale a ⇒ b, b ⇒ a, na˜o a ⇒ na˜o b, na˜o b ⇒ na˜o a. Portanto, (i), (ii), (iii) e (iv) sa˜o todas afirmac¸o˜es verdadeiras. Ex. 6. (1) sim, e´ verdade pela pro´pria definic¸a˜o de reta; (2) falso, dois pontos determinam uma u´nica reta e essa esta´ contida em uma infinidade de planos; (3) se os pontos sa˜o colineares, sa˜o coplanares e e´ verdade; e se os pontos na˜o sa˜o colineares, enta˜o sa˜o coplanares e e´ verdade; (4) dois pontos, digamos A e B, esta˜o em uma reta r, e A e C esta˜o em outra reta s; as duas retas esta˜o cont´ıdas em um u´nico plano; mas se os pontos sa˜o colineares, na˜o ha´ um u´nico plano associado; (5) falso, pense uma piraˆmide de base triangular, de ve´rtices A,B,C,D em que A,B e C esta˜o em um plano, mas D na˜o pertence a este. 8 Geometria anal´ıtica, Lista 1 - 2011/1 Ex. 7. A condic¸a˜o ←→ AB ⊆ Π resume o fato de que todo e qualquer ponto de ←→AB tambe´m e´ ponto de Π. Vamos provar. Sendo r a reta definida pelos pontos A e B, escolhemos um ponto C ∈ Π \ r tal que A,B e C geram Π. Qualquer ponto Y ∈ ←→BX, com X ∈ AC, esta´ contido em Π (definic¸a˜o de plano), assim qualquer ponto de r tambe´m esta´ contido em Π, como se veˆ escolhendo X como A. A B C X Y r Π . . . .. Ex. 8. Seja Π o plano que conte´m (e´ gerado por) A,B,C. A diagonal BD intercepta AC em algum ponto X que pertence a Π, por pertencer a AC. Assim, D ∈ Π e �ABCD ⊂ Π. Ex. 9. Sendo r uma reta e A,B pontos na˜o contidos nesta, existem duas opc¸o˜es. A B r P Q A B rP C B’ . . . . . . . . 1o caso. A e B esta˜o em lados distintos da reta. Enta˜o AB ∩ r = P e: Afirmac¸a˜o. P resolve o problema. De fato, se Q e´ qualquer outro ponto de r, enta˜o, pela desigualdade triangular, teremos d(A,Q) + d(B,Q) ≥ d(A,B), ocorrendo igualdade se, e somente se, P = Q. � 2o caso. A e B em um mesmo lado da reta. Trace por B reta s perpendicular a r e determine ponto B′ ∈ s tal que B e B′ esta˜o em lados opostos com relac¸a˜o a` r e d(B, r) = d(B ′, r). O ponto B′ e´ conhecido como ponto reflexo de B relativamente a r. Agora trace AB ′ que intercepta r em P . Prove a afirmac¸a˜o anterior para este caso. Voltemos ao problema central. Trace a reta s0 por A que seja paralela a s e marque o reflexo A′ de A com relac¸a˜o a r. Trace tembe´m a reta r0 por B que e´ paralela a r e marque o reflexo B′ de B com relac¸a˜o a s. Sejam R = r ∩ A′B′ e S = s ∩ A′B′. Enta˜o, AR ∪RS ∪ SB e´ a poligonal mais curta. Ex. 10. (A,B) ∼ (P,Q) e´ uma maneira simplificada de se dizer que (1) AB ‖ PQ, (2) AP ∩BP = ∅ e (3) d(A,B) = d(P,Q). Do mesmo modo, (C,D) ∼ (P,Q) indica (1) CD ‖ PQ, (2) CP ∩DP = ∅ e (3) d(C,D) = d(P,Q). Conclusa˜o, (1) AB ‖ CD, (2) AC ∩ BD = ∅ e (3) d(A,B) = d(C,D), ou seja (A,B) ∼ (C,D). 9 Geometria anal´ıtica, Lista 1 - 2011/1 Ex. 11. Em func¸a˜o das informac¸o˜es e da construc¸a˜o geome´trica, do ponto de vista da teoria/nomenclatura dos segmentos orientados, e´ bem o´bvio que (D,A) e (F,B) sa˜o de mesma direc¸a˜o, mesmo sentido, mesmo comprimento. As retas ←→ AC e ←→ BF sa˜o paralelas e ←→ BC as intercepta, logo D̂CE e ÊBF sa˜o aˆngulos alternos internos, ou seja, teˆm mesma medida. Visto que (D,C) ∼ (A,D) ∼ (B,F ) e (C,E) ∼ (E,B), o crite´rio de congrueˆncia L-A- L garante que ∆CDE e´ congruente a ∆BEF . Em func¸a˜o desta congrueˆncia, devera´ valer d(D,E) = d(E,F ), portanto (D,E) ∼ (E,F ). Ex. 12. (A,B) ∼ (C,D) indica que sa˜o segmentos orientados de mesma direc¸a˜o, mesmo sentido e mesma extensa˜o. Portanto, (B,A) e (D,C) tambe´m teˆm estas propriedades, sa˜o congruentes, (B,A) ∼ (D,C). Ex. 13. −−→ AX = {segmentos orientados equipolentes a (A,X)} e −−→BX = {segmentos orienta- dos equipolentes a (B,X)}. A igualdade −−→AX = −−→BX significa que (A,X) ∈ −−→BX e (B,X) ∈ −−→AX, portanto (A,X) ∼ (B,X). Mas, a direc¸a˜o igual, o sentido igual e o comprimento igual somente e´ poss´ıvel se A = B. Ex. 14. 1) A condic¸a˜o −→v 6= −→0 implica que qualquer representante de −→v , digamos (A,B), e´ um segmento orientado com d(A,B) > 0, mas d(A,B) = |−→v |. 2) Se |−→v | = 0, enta˜o qualquer representante de −→v mede zero. Ora, isto somente e´ poss´ıvel para o vetor nulo, logo −→v = −→0 . Reciprocamente, se −→v e´ o vetor nulo, enta˜o sua norma e´ zero. 3) Seja (A,B) um representante de −→v (isto e´, (A,B) ∈ −→v ). O vetor −−→v corresponde a` multiplicac¸a˜o de −→v por −1 e, de acordo com a definic¸a˜o de multiplicac¸a˜o de nu´mero por vetor, o resultado e´ a inversa˜o de sentido. Portanto, −−→v admite (B,A) como um representante. E´ claro que d(A,B) = d(B,A), portanto |−→v | = | − −→v |. Ex. 15. A condic¸a˜o −→ AB = −−→ CD se reflete na equipoleˆncia dos representantes (A,B) e (C,D). Portanto, AC ∩BD = ∅ e d(A,B) = d(C,D). Esta u´ltima condic¸a˜o e´ emprestada aos vetores e escrevemos |−→AB| = |−−→CD|. Ex. 16. 1) Lembre que −→u + −→v e´ o vetor constru´ıdo pela escolha de um representante (A,B) de −→u e um (B,C) de −→v , de modo que (A,C) representa −→u +−→v . Deste modo, |−→u +−→v | corresponde a` distaˆncia de A ate´ C; se for B ∈ AC, enta˜o claramente |−→u | + |−→v | e´ igual a |−→u +−→v |. 2) Caso B 6∈ AC, enta˜o |−→u +−→v | < |−→u |+ |−→v | (desigualdade triangular). Ex. 17. Fixe os pontos A,B,C. Desenhe (B,D) paralelo a (A,C), de mesmo comprimento, mas de sentido contra´rio. Enta˜o (A,D) e (B,C) sa˜o paralelos, de mesmo comprimento e de sentidos contra´rios. O reflexo disso tudo sobre os vetores e´ que (A,D) representa −→ AB + −−→ BD = −→ AB − −→AC e tambe´m representa −−−→BC. Em func¸a˜o das operac¸o˜es vetoriais aprendidas em sala de aulas, −→ AB − −→AC = −→AB + −→CA =−→ CA + −→ AB = −−→ CB = −−−→BC. Ex. 18. 1) −→v +−→u = −→w ⇔ (se, e somente se) −→v +−→u −−→u = −→w −−→u ⇔ −→v +−→0 = −→w −−→u ⇔−→v = −→w −−→u . 2) −→v = −→u ⇔ −→v −−→u = −→u −−→u = −→0 . Ex. 19. Por um lado, −→u + −→v + −→w − (−→u + −→v + −→w ) = −→0 ; por outro lado, −→u + −→v + −→w + 10 Geometria anal´ıtica, Lista 1 - 2011/1 (−−→u ) + (−−→v ) + (−−→w ) = −→u +−→v +−→w −−→u −−→v −−→w = −→0 . Ex. 20. −→ AB+ −−→ CB+2 −→ BA = −→ AB+ −−→ CB+ −→ BA+ −→ BA = −→ AB+ −→ BA+ −−→ CB+ −→ BA = −→ 0 + −→ CA = −→ CA. Portanto, basta multiplicar −→ AB + −−→ CB + 2 −→ BA por −1 3 . Ex. 21. Primeiro, desenhe ∆ABC equila´tero cujas arestas medem 1, (A,B) horizontal. Em seguida, fixe (A,D) perpendicular a (A,B), apontando para cima e unita´rio. Escreva as seguintes combinac¸o˜es: −→ AB = 1 −→ AB + 0 −−→ AD, −−→ BC = −a −→AB + b −−→AD e −→CA = −c −→AB − d −−→AD, em que a, b, c, d > 0. E´ evidente que vale −→ AB+ −−→ BC + −→ CA = −→ 0 , logo −→ AB+0 −−→ AD−a −→AB+b −−→AD−c −→AB−d −−→AD = (1− a− c)−→AB + (b− d)−−→AD = −→0 . Visto serem L.I. os vetores −→AB e −−→AD, valem 1− a− c = 0 e b− d = 0. Uma vez que −−→ BC forma 120o com −→ AB e −→ CA forma 240o com −→ AB, isto motiva escrever −a = −cos60o = cos120o, b = sen60o = sen120o,−c = cos240o e −d = sen240o. Portanto, 1− a− c = 1 + cos120o + cos240o = 0 e b− d = sen120o + sen240o = 0. Ex. 22. Basta aplicar as propriedades da adic¸a˜o de vetores junto com S1 e S4: (A−−→u )+−→v = [A + (−−→u )] +−→v = A + [(−−→u ) +−→v ] = A + [(−−→u )− (−−→v )] = A− (−→u −−→v ). Ex. 23. (A + −→ AB) + −−→ CD = B + −−→ CD e C + −−→ CB = B = B + −→ 0 , logo B + −−→ CD = B + −→ 0 implica que D = C. Ex. 24. Sejam −→u = −→AB e −→v = −−→BC. Enta˜o, A + −→u + −→v = B + −→v = C = A ⇒ −→v = −→BA = −−→u . A afirmac¸a˜o e´ falsa. Para a 2a situac¸a˜o, seja tambe´m −→w = −−→CD. Enta˜o, A +−→u +−→v +−→w = B +−→v +−→w = C +−→w = D = A⇒ −→w = −→CA = −−→v −−→u = −(−→u +−→v ). A afirmac¸a˜o e´ verdadeira. Ex. 25. Fac¸a como ensinado em sala de aulas e obtenha −→u = 3 5 −→a − 1 5 −→ b e −→v = −1 5 −→a − 3 5 −→ b . Ex. 26. −→a = − 2 11 −→u + 6 11 −→v e −→b = − 1 11 −→u + 3 11 −→v . Ex. 27. Vale (a − 2 − b − 1)−→u = (a − b)−→v e 2|a − b − 3| = 3|a − b|. E´ preciso analisar opc¸o˜es. Se a− b ≥ 3, enta˜o 2(a− b− 3) = 3(a− b) e vale a = b− 6. Se 0 ≤ a − b < 3, enta˜o 2(−a + b + 3) = 3(a − b) e a = b + 6 5 . E se a − b < 0, enta˜o 2(−a + b + 3) = 3(−a + b) e a = b− 6. Em qualquer um dos casos, existem soluc¸o˜es para a equac¸a˜o enunciada. Ex. 28. Como explicado em sala de aulas, existem representantes de −→a + −→b e −→a − −→b que sa˜o as diagonais de um paralelogramo. A condic¸a˜o enunciada nos obriga a concluir que o paralelogramo e´ um retangulo. Ex. 29. Se −→a e −→b teˆm mesma direc¸a˜o e mesmo sentido, enta˜o e´ bem evidente que −→b = b a −→a ⇒ −→a +−→b = (1 + b a )−→a ⇒ |−→a +−→b | = a + b; se teˆm sentido contra´rio, enta˜o −→b = − b a −→a ⇒ −→a +−→b = −→a − b a −→a = (1− b a )−→a ⇒ |−→a +−→b | = |a− b|. E se os vetores teˆm direc¸o˜es diferentes, enta˜o |−→a + −→b | = √a2 + b2 − 2abcosα, para algum 0o < α < 180o. Logo, |a− b| e a + b sa˜o os limites inferior e superior. Ex. 30. Sendo −→v = v1−→a + v2−→b + v3−→c e −→u = −v1−→a − v2−→b − v3−→c , segue-se que −→u = −(v1−→a )− (v2−→b )− (v3−→c ) = −(v1−→a + v2−→b + v3−→c ) = −−→v . Ex. 31. Claro que −→v = −8−→a − 6−→b + 2−→c = −2(4−→a + 3−→b − −→c ) = −2−→u e enta˜o −→v e −→u sa˜o de sentido contra´rio. A conclusa˜o da pessoa esta´ errada. 11 Geometria anal´ıtica, Lista 1 - 2011/1 Ex. 32. E´ fa´cil ver que −→a = −→ax+−→ay e −→v = −→vx +−→vy , onde os vetores com ı´ndice x teˆm direc¸a˜o igual ao eixo−x, os vetores com ı´ndice y teˆm direc¸a˜o dada pelo eixo−y. Devido a` direc¸a˜o de voo, ocorre |−→ax| = 600cos30o, |−→ay | = 600sen30o, |−→vx | = 40cos20o e |−→vy | = 40sen20o. Claro que a resultante e´ −→a +−→v = −→ax +−→vx +−→ay +−→vy , tem componente x medindo |−→ax|+|−→vx | = 600cos30o + 40cos20o e tem componente y que mede |−→ay | − |−→vy | = 600sen30o − 40sen20o. Portanto, a direc¸a˜o real de voo e´ igual a 90o−arctg600sen30o−40sen20o 600cos30o+40cos20o e a velocidade indicada no solo e´ |−→a +−→v | = √(600sen30o − 40sen20o)2 + (600cos30o + 40cos20o)2. 12