Como realizar uma engenharia estrutural com responsabilidade

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Como realizar uma engenharia estrutural com 
Excelência e Responsabilidade .
Após  30 anos de  inicio  de nossas atividades na PROTENDE  acumulei  
experiências na execução de obras e hoje sei “como não fazer”...
Esta palestra  é baseados em fatos e não deve ser entendida como 
criticas as obras. 
Qualquer semelhança é mera  coincidência.
Minoru Onishi
Diretor Protende
Eng. Civil – EPUSP ‐ 1973
 Fotos equipamentos
Estádio de Brasília
Mostrar e relembrar 
os princípios básicos 
para um projeto 
econômico e durável.
Objetivo
1. concepção estrutural; 
2. Projetar as obras de arte definindo um método construtivo  adequado ;
3. escolha do material adequado;
4. ....evitar esforços e não  combater ....;
5. Monitorar estruturas ;
6. não fazer da obra  laboratório  de experiências de modelo  , mas sim utilizar 
experiências  bem sucedidas;
7. não existe concreto estrutural  sem armação;
8. a durabilidade e’ garantida com ausência de fissuras  nas peças de concreto, 
em todas as fases de construção;
9. buscar  balanceamento das  obras ;
10. evitar a implantação  de forcas nas  fases  construtivas das obras ; 
11. Respeitar  a rigidez das secções para suas fases construtivas  ( evitar seção 
invertida);
12. Evitar mecanismo em estruturas  de grande porte;
13. Considerações finais  
Topicos
1. Concepção  estrutural 
 Não reutilizar projeto de obras existentes porque 
toda  local  tem  seu projeto adequado .
 Arquitetura de uma obra de arte deve ser conduzida a 
luz da engenharia de estruturas. A não observância 
dessa premissa leva a grandes dificuldades para sua 
realização.
Ponte JK ‐ Brasília
Ponte JK ‐ Brasília
Viaduto em Campina Grande
Viaduto em Campina Grande
2. Projetar as obras de arte definindo um 
método construtivo adequado 
 As obras,  principalmente, as estaiadas, o  
detalhamento do projeto deve ser conduzido a luz da 
definição do método  construtivo 
 O projetista tem que conhecer os equipamentos 
disponíveis no mercado.
Viaduto sobre Rodovia dos Imigrantes
Viaduto sobre Rodovia dos Imigrantes
Ponte Rio Sergipe
Ponte Rio Sergipe
Foto acesso cimbrado
Rodoanel Sul – Lote 03
3. Escolha do material adequado 
 A engenharia de grandes construções vem se desenvolvendo 
rapidamente com a composição de materiais nas seções das 
peças, auxiliada pela flexibilidade construtiva dos cabos. Essa 
associação tem possibilitado a construção de obras de grande 
porte a exemplo dos sistemas estaiados nas pontes e as 
tensoestruturas nas coberturas (recentes estádios).
 A definição da aplicação dos materiais esta intimamente 
relacionada com a qualidade dos projetos de engenharia e a 
disponibilidade de técnicas e equipamentos de montagem.
 O aço em tabuleiros ortotropicos ou na formação de estruturas 
mistas com mesa de concreto com caixão ou viga metálica .
Rio Higuamo – Rep. Dominicana
Rio Higuamo – Rep. Dominicana
Rio Higuamo – Rep. Dominicana
Passarela Rio Branco ‐ Acre
Passarela Rio Branco ‐ Acre
Devemos evitar ; 
 Torção
 Flexão  
Devemos utilizar ;
 Tração
 Compressão  
4. “... evitar esforços e não combater...” 
“... evitar esforços e não combater...” 
Passarela Rio Branco ‐ Acre
5. Monitorar estruturas 
 Monitorar uma estrutura é conhecer, em tempo real, os 
esforços efetivos diante das incertezas de interações entre 
as diferentes interfaces do sistema estrutural (exemplo 
solo‐estrutura). Isso é relevante nas estruturas estaiadas, 
principalmente,  quando se traciona  um único estai, 
permitindo as intervenções corretas .
 Embora alguns projetos  não preveem este item, ele já faz 
parte integrante do mais recente CODIGO MODELO fib
2010, onde já considera a “monitoração” desde da 
construção ate diante de situações não previstas no 
projeto.
Ponte JK ‐ Brasilia
 Foto de ensaio dinamico
Ponte Rio Sergipe
6. Não fazer da obra laboratório de experiências, 
mas sim utilizar experiências bem sucedidas. 
Ao se  projetar um novo sistema estrutural deve‐se 
iniciar com uma síntese estrutural, complementada com 
informações de modelo físico, normalmente em 
laboratório.
7. “...Não existe concreto estrutural sem armação...o 
concreto e um material não resistente a tração”
 “ a única parte do concreto que não tem armação e’ 
o recobrimento”
 qualquer espessura de concreto em superfície de  
contato deve ser armado ou fretado (apoio de viga) 
Não existe concreto estrutural sem armação
8. A durabilidade e garantida com ausência 
de fissuras nas pecas de concreto,  em 
todas as fases de construção
 A normalização vigente não manda fissurar as pecas, mas 
sim possibilita um modelo de verificação de fissuras.
 Concreto uma vez fissurado  permanece fissurado  para 
sempre, mesmo que se aplique “esforços para tentar 
fechar fissuras”.
 tem sua rigidez  reduzida, iniciando uma perda de 25% 
(registros experimentais) 
 Tem sua durabilidade reduzida e diante dessa situação 
normalmente deve ser injetada.
Procurar sempre estrutura com cargas balanceadas
9. Buscar o balanceamento das 
obras 
Rio Paranaiba
Rio Paranaíba
Ponte Rio Tiete
 Não implantar esforços muito maiores na 
fase de construção que os oriundos de cargas 
frequentes e raras;
 pilares  inclinados.
10. Evitar a implantação de forcas nas 
fases construtivas das obras
11. Respeitar a rigidez das seções para 
suas fases construtivas (evitar seção 
invertida)
 as seções invertidas  em obras estaiadas tem 
geometricamente a  redução  da área de tração na 
fase construtiva e  de compressão  na fase final .  
verifica –se também a redução  da  resistência  a  
torção.
 Esta seção, tem exigido cabos provisórios e fissuração 
da estrutura, e consequente redução  da vida útil .  
12. Evitar mecanismos em estruturas 
de grande porte  
 São dispositivos normalmente sujeitos a tração com 
deslocamento horizontal , e normalmente requerem  
manutenção preventiva 
 Podem ser substituído por  massa e estruturas 
continuas 
 Pré‐deformação na estrutura 
 Na presença de mecanismos deve‐se permitir o 
acesso e manutenção.
 O  principal fator de crescimento de uma tecnologia  são   os resultados 
obtidos  ao final de cada obra , e os sucessos e insucessos deveriam ser 
registrados como também divulgados  a fim de evitar repetição de erros  
anteriores.
 Temos observado também  que a  grande  maioria dos projetos básicos  
de OAE levados a licitação são incompletos  e soluções estruturais  nem 
sempre adequadas.
 Tudo  isto devido ao modelo de licitação publica em vigor que não 
valora  devidamente o custo do projeto  , e muito menos os prazos para 
desenvolvimento adequado para estes projetos . 
 A ação dos órgãos controladores tem inibido a apresentação e 
avaliação de projetos alternativos , com melhores resultados técnicos e 
econômicos , pois estes confundem  uma solução alternativa  como 
desvio de conduta  do edital .
13‐ Considerações  finais