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Aula 3 
 
Matrizes, vetores e autovalores 
 
Multiplicação de vetores por matrizes: 
 
 
 
Outros exemplos: 
 
 
 
Vetores “especias”: os autovetores e seus autovalores 
 
 
 
Os autovalores são, respectivamente: 2, -1 e 1. 
Polarização 
 
Esta propriedade foi inicialmente analisada no contexto do 
eletromagnetismo clássico. Nesta teoria, está associada à 
relação de fase e amplitude entre as componentes do 
campo elétrico associado à onda em questão. 
 
 
 
A polarização gera fenômenos curiosos, produzidos de 
forma bastante natural. 
 
 
 
Análise do experimento 
 
 
 
 
Se os polarizadores são colocados perpendicularmente um 
em relação ao outro, não há passagem de luz. 
 
 
 
Este experimento pode ser refinado a ponto de se deixar 
passar UM fóton por vez. Nesse caso, sabemos que cada 
fóton passa “inteiro”, ou não passa. 
 
Um determinado fóton irá ou não passar pelo polarizador? 
A resposta é: saberemos APENAS a probabilidade de um 
determinado fóton passar, dada pelo ângulo ϕ entre a 
direção de polarização do fóton e a do polarizador: 
 
P = |cos ϕ|2
 
 
 
Matrizes associadas à polarização 
 
Podemos associar a seguinte matriz ao processo de 
polarização: 
 
 
 
Os vetores que representam os estados de polarização 
vertical e horizontal podem ser representados, 
respectivamente por: 
 
 
 
com autovalores 1 e -1, respectivamente. Os demais 
estados de polarização ficam representados por 
 
 
 
onde ϕ é o ângulo entre a direção vertical e o estado de 
polarização de um dado fóton. 
 
O módulo quadrado do produto escalar do vetor que 
representa um dado estado e o vetor de polarização 
vertical (por ser aquele associado ao ângulo ϕ) dá a 
probabilidade de passagem de um determinado fóton. 
 
 
 
 
 
 
Superposição e vetores 
 
O efeito de superposição, manifestado claramente nos 
fenômenos de interferência, se apresenta como uma das 
marcas de todas as partículas. 
 
A propriedade de soma de vetores representa este 
fenômeno. Esta, entre outras, foi uma das motivações que 
levaram os cientistas a caracterizar os estados dos 
diversos sistemas por vetores. Com essa abordagem, 
finalmente, foi desenvolvida uma teoria que descreve de 
forma precisa diversos fenômenos da escala atômica à 
macroscópica. 
 
 
 
De fato, é preciso deixar claro que não serão apenas os 
vetores de ⎥N (números reais, dimensão N) a representar 
estes estados. Trata-se de uma classe maior, inspirada nos 
espaços euclideanos, chamados espaços vetorias. 
 
Da mesma forma, em lugar das costumeiras matrizes que 
atuam sobre os vetores de ⎥N teremos um tipo de objeto 
atuando nestes espaços vetorias, chamados operadores. 
 
 
 
Princípios da mecânica quântica 
 
 
1- Todos os sistemas são descritos por vetores em 
espaços que caracterizam a propriedade em estudo. 
 
2- As quantidades mensuráveis serão descritas por 
operadores atuando nos vetores de estado apropriados. 
 
3- As medidas possíveis de cada quantidade serão 
aquelas dadas pelos autovalores do operador asociado. 
 
4- Dado um sistema caracterizado por um vetor v, a 
probabilidade de se encontrar a medida α, autovalor 
correspondente ao autovetor vα, será dada pelo modulo 
quadrado do produto escalar entre estes dois vetores. 
 
|v.vα|2
 
5- Se é obtido o valor α como medida para um dado 
sistema, seu estado após tal medida será vα, autovetor 
associado ao autovalor α. 
 
6- A equação que descreve a evolução temporal de um 
sistema é 
 
 
conhecida por equação de Schrödinger. H é o operador 
correspondente à energia total do sistema. 
 
 
 
 
 
 
 
Observações 
 
O postulado 1 não representa grande novidade com 
relação à ciência clássica. 
 
Os postulados 2 e 3 carregam boa parte da “novidade” 
associada à mecânica quântica. Note-se que os 
operadores poderão ter tanto uma parte discreta quanto 
contínua, ou ambos, dependendo de sua natureza 
matemática. 
 
Os postulados 4 e 5 embora pareçam simples 
conseqüência dos dois anteriores, de fato, são 
independentes deles. Ambos, porém, podem ser vistos 
como “exigências experimentais” destes dois anteriorers. 
 
A partir do postulado 6 é possível se estabelecer a ponte 
com a ciência clássica, pois podemos mostrar que tal 
equação aplicada aos sistemas macroscópicos tratados na 
mecânica clássica, de fato, se transforma nas equações 
usadas classicamente. Esse fato é conhecido como 
“princípio da correspondência”. 
 
A teoria quântica aqui descrita foi iniciada em 1925 por 
Heisenberg (1901-1976) e Schrödinger (1887-1961), sendo 
posteriormente desenvolvida, em diversos aspectos, por 
Dirac (1902-1984), Pauli (1900-1958), Born (1882-1970), 
entre alguns outros nomes.

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