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MSc. Marcela Gonçalves Ferreira AULA 3 •A escolha de uma origem é completamente arbitrária, uma vez que cada ponto do reticulado cristalino é idêntico. ORIGEM DO SISTEMA DE COORDENADAS MUITAS ESTRUTURAS CRISTALINAS DIFERENTES – É CONVENIENTE DIVIDIR EM GRUPOS – DE ACORDO COM AS CONFIGURAÇÕES DE SUAS CÉLULAS • Está baseado na geometria da célula unitária, na forma do paralelepípedo apropriado para a célula unitária. • É estabelecido uma sistema de coordenadas x, y e z: •A geometria da célula unitária é completamente definida em termos de 6 parâmetros: os 3 comprimentos de arestas a, b e c, e os 3 ângulos α, β, γ. Estes estão indicados na Figura e são às vezes denominados parâmetros de rede de uma estrutura cristalina. • Têm sido encontrados cristais tendo 7 diferentes possíveis combinações de a,b e c e a, b e g, cada um dos quais representa um distinto sistema cristalino. • Estes 7 sistemas cristalinos são cúbico, tetragonal, hexagonal, ortorrômbico, romboédrico, monoclínico e triclínico. • As correlações de parâmetro de rede e o esboço da célula unitária está representado na Tabela próxima. • O sistema cúbico, para o qual a = b = c e α = β = γ = 90º, tem o mais alto grau de simetria. A simetria mínima é exibida pelo sistema triclínico, de vez que a ≠b ≠ c e α ≠ β ≠ γ. •OS 7 SISTEMAS CRISTALINOS AS 14 REDES DE BRAVAIS •Dos 7 sistemas cristalinos podemos identificar 14 tipos diferentes de células unitárias, conhecidas com redes de Bravais. •Cada uma destas células unitárias tem certas características que ajudam a diferenciá-las das outras células unitárias. •Além do mais, estas características também auxiliam na definição das propriedades de um material particular. 8 DIREÇÕES NOS CRISTAIS • São representadas entre colchetes=[uvw] • Família de direções: <uvw> COORDENADAS DE PONTOS •A posição de qualquer ponto localizado no interior de uma célula unitária pode ser especificada em termos de sua coordenadas, calculadas como múltiplos,fracionários dos comprimentos das arestas das células unitárias (em termos de a, b e c). DIREÇÕES CRISTALOGRÁFICAS É definida como uma linha entre 2 pontos, ou um vetor. As seguintes etapas são utilizadas na determinação dos 3 índices direcionais: 1) Um vetor de comprimento conveniente é posicionado tal que ele passe através da origem do sistema coordenado. 2) O comprimento da projeção do vetor sobre cada um dos 3 eixos é determinado; estes comprimentos são medidos em termos das dimensões da célula unitária a, b e c. 3) Estes 3 números são multiplicados ou divididos por um fator comum a fim de reduzi-los aos menores valores inteiros. DIREÇÕES CRISTALOGRÁFICAS 4) Os 3 índices, não separados por vírgula, são contidos entre colchetes, da seguinte maneira: [u v w]. •Os números inteiros u, v e w correspondem às projeções reduzidas ao longo dos eixos x, y e z, respectivamente. •Para cada um dos 3 eixos, existirão coordenadas tanto positivas quanto negativas. Assim, são também possíveis índices negativos que são representados por uma barra sobre o apropriado índice. _ Por exemplo, a direção [1 1 1] teria uma componente na direção - y. As direções [100],[110] e [111] são direções comuns; elas estão traçadas na célula unitária da Figura. 12 DIREÇÕES NOS CRISTAIS • São representadas entre colchetes= [hkl] • Quando passa pela origem EXEMPLO: x(2) DIREÇÕES PARA O SISTEMA CÚBICO • A simetria desta estrutura permite que as direções equivalentes sejam agrupadas para formar uma família de direções: • <100> para as faces • <110> para as diagonais das faces • <111> para a diagonal do cubo <100> <111> <110> 15 DIREÇÕES PARA O SISTEMA CCC • No sistema CCC os átomos se tocam ao longo da diagonal do cubo, que corresponde a família de direções <111>; • Então, a direção <111> é a de maior empacotamento atômico para o sistema ccc DIREÇÕES PARA O SISTEMA CFC • No sistema cfc os átomos se tocam ao longo da diagonal da face, que corresponde a família de direções <110>; • Então, a direção <110> é a de maior empacotamento atômico para o sistema CFC Filme 22 PLANOS CRISTALINOS Por quê são importantes? · Para a deformação plástica A deformação plástica (permanente) dos metais ocorre pelo deslizamento dos átomos, escorregando uns sobre os outros no cristal. Este deslizamento tende a acontecer preferencialmente ao longo de planos direções específicos do cristal. · Para as propriedades de transporte Em certos materiais, a estrutura atômica em determinados planos causa o transporte de elétrons e/ou acelera a condução nestes planos, e, relativamente, reduz a velocidade em planos distantes destes. 18 PLANOS CRISTALINOS • São representados de maneira similar às direções • São representados pelos índices de Miller = (hkl) • Planos paralelos são equivalentes tendo os mesmos índices 1) Se o plano passar através da selecionada origem, quer um outro plano paralelo deve ser construído dentro da célula unitária por uma apropriada translação, quer uma nova origem deve ser estabelecida no vértice de uma outra célula unitária. 2) Neste ponto o plano cristalográfico ou interceptará cada um dos 3 eixos ou será paralelo a algum dos eixos; o comprimento da interseção do plano com cada eixo é determinado em termos dos parâmetros da rede a, b e c; 3) Os valores inversos desses números são calculados. Um plano que seja paralelo a um eixo pode ser considerado como um intercepto infinito, e, portanto, um índice zero. 4) Se necessário, estes 3 números são mudados para resultar o conjunto dos mínimos inteiros por multiplicação ou divisão usando um fator comum. 5) Finalmente, os índices inteiros, não separados por vírgulas, são colocados dentro de parêntesis, assim: (hkl). 21 PLANOS CRISTALINOS PLANOS CRISTALINOS Planos (010) • São paralelos aos eixos x e z (paralelo à face) • Cortam um eixo (neste exemplo: y em 1 e os eixos x e z em ) • 1/ , 1/1, 1/ = (010) 23 PLANOS CRISTALINOS Planos (110) • São paralelos a um eixo (z) • Cortam dois eixos (x e y) • 1/ 1, 1/1, 1/ = (110) PLANOS CRISTALINOS Planos (111) • Cortam os 3 eixos cristalográficos • 1/ 1, 1/1, 1/ 1 = (111) ARRANJOS ATÔMICOS O arranjo atômico para um plano cristalográfico, depende da estrutura cristalina. Os planos atômicos (110) para estruturas cristalinas CFC e CCC estão representados nas Figuras abaixo; Figura 3.10 (a) Célula unitária CFC de esfera reduzida com o plano (110). (b) Empacotamento atômico num plano (110) CFC. Correspondentes posições de átomos a partir de (a) são indicadas. Células unitárias de esfera reduzida estão também incluídas Note-se que o empacotamento atômico é diferente para cada caso. Os círculos representam átomos que ficam nos planos cristalográficos como poderiam ser obtidos a partir de uma fatia fina tomada através dos centros das esferas rígidas de tamanho pleno. Figura 3.11(a) Célula unitária CCC de esfera reduzida com o plano (110). (b) Empacotamento atômico de um plano (110) CCC. Correspondentes posições a partir de (a) são indicadas. Uma ‘família’ de planos contém todos aqueles planos que são cristalograficamente equivalentes – que possuem o mesmo empacotamento atômico; e uma família é designada por índices que são colocados entre chaves, tal como {100}. Por exemplo, nos cristais cúbicos da família de planos {110}: 28 FAMÍLIA DE PLANOS {110} É paralelo à um eixo 29 FAMÍLIA DE PLANOS {111} Intercepta os 3 eixos 30 DETERMINAÇÃO DA ESTRUTURA CRISTALINA POR DIFRAÇÃO DE RAIO X Raíos-x tem comprimento de onda similar a distância interplanar 0,1nm 31 DETERMINAÇÃO DA ESTRUTURA CRISTALINA POR DIFRAÇÃO DE RAIO X O FENÔMENO DA DIFRAÇÃO: Quando um feixe de raios x é dirigido à um material cristalino, esses raios são difratados pelos planos dos átomos ou íons dentro do cristal 32 DETERMINAÇÃO DA ESTRUTURA CRISTALINA POR DIFRAÇÃO DE RAIO X DIFRAÇÃO DE RAIOS X LEI DE BRAGG n= 2 dhkl.sen É comprimento de onda N é um número inteiro de ondas d é a distância interplanar O ângulo de incidência dhkl= a (h2+k2+l2)1/2 Válido para sistema cúbico 34 TÉCNICAS DE DIFRAÇÃO • Técnica do pó: – É bastante comum, o material a ser analisado encontrar-se na forma de pó (partículas finas orientadas ao acaso) que são expostas à radiação x monocromática. –O grande número de partículas com orientação diferente assegura que a lei de Bragg seja satisfeita para alguns planos cristalográficos 35 DIFRATOGRAMA