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Minerais e suas propriedades • Material de apoio: CTG - Dept. de Geologia http://www.rc.unesp.br/museudpm/banco/grm.html Acervo de Minerais on line da Unesp Apêndice no final do Decifrando a Terra www.webmineral.com Sumário • Minerais e suas origens; • Propriedades físicas e morfológicas dos minerais; • Propriedades elétricas; • Propriedades magnéticas; • Propriedades químicas • Rochas e minerais industriais; CTG - Dept. de Geologia • Como se formam os minerais? • Qual a importância dos minerais ao homem? CTG - Dept. de Geologia Classificação Sistemática dos Minerais Agrupados com base no ânion ou radical aniônico dominante na fórmula química (James Dana); CTG - Dept. de Geologia •Elementos Nativos •Sulfetos •Sulfossais •Óxidos •Halóides •Carbonatos •Nitratos •Boratos •Sulfatos e cromatos •Fosfatos, arseniatos e vanadatos •Tungstatos e molibdatos •Silicatos: •Piroxênios •Anfibólios •Argilominerais •Micas e Talco •Feldspatos •Plagioclásios •Feldspatóides •Quartzo • Substância homogênea, inorgânica, de ocorrência natural com propriedades químicas e físicas definidas em estado sólido; CTG - Dept. de Geologia Ouro associado a quartzo http://www.rc.unesp.br/museudpm/banco/grm.html Ilmenita Tirolita • Composição química bem definida: pode ser representado por uma fórmula química; CTG - Dept. de Geologia Dolomita: CaMg(CO3)2 Pirita: FeS2 • Outros minerais podem apresentar uma série, onde um elemento pode ser total ou parcialmente substituído por outro; • Um exemplo seria os piroxênios que apresentam composição química podendo variar com os elementos Mg e Fe que se substituem mutuamente em várias proporções na composição do mineral (solução sólida) - (Mg,Fe)SiO2 (Enstatita – Hiperstênio). CTG - Dept. de Geologia Enstatita (Piroxênio) (Mg, Fe)SiO2 • Os minerais podem ser constituídos por um único elemento químico, tais como o ouro nativo (Au), o antimônio (Sb) e o diamante (C); CTG - Dept. de Geologia Cristal de Diamante Cristal de Bismuto Cristais de Enxofre Cristais de Antimônio • Entretanto, devido à tendência natural que os elementos químicos mais abundantes no universo tem de se combinarem entre si, a maioria dos minerais são compostos formados por dois ou mais elementos; • Pirita – FeS2 • Ortoclásio – KAlSi3O8 • Alguns possuem uma composição mais complexa: Pumpellyita – (Fe2+)(Ca2(Fe 2+Fe3+)(Al,Fe3+)2Si3(O,OH)14) CTG - Dept. de Geologia • Isomorfismo – Minerais com diferentes composições químicas que apresentam mesma estrutura cristalina. Ex: Halita (NaCl) e Silvita (KCl). CTG - Dept. de Geologia • Solução Sólida - propriedade comum em vários minerais e é controlada pelo intercâmbio de determinados elementos na estrutura cristalina; (íons com valência diferente, mas com raio iônico semelhante; também ocorre pelo controle da temperatura). • Substâncias de composição intermediária, comum em olivinas. Ex: Forsterita (Mg2SiO4) e Faialita (Fe2SiO4) CTG - Dept. de Geologia • Polimorfismo - propriedade de uma substância química se cristalizar em diferentes tipos de arranjos atômicos, ou seja, minerais com mesma composição química mas com estrutura diferente; • Pressão e temperatura são os principais fatores que possibilitam o polimorfismo; Ex: Diamante (C) e Grafita (C). • O diamante (+denso) forma-se no manto a em condições de alta T e P, enquanto que a grafita (-densa) na crosta; CTG - Dept. de Geologia Origem dos Minerais • Se formam pela cristalização a partir do resfriamento de magmas; • Rearranjo de íons em temperaturas intermediárias (metamorfismo); • Precipitação de sais pela evaporação de uma solução; CTG - Dept. de Geologia • Estrutura cristalina: possui arranjo atômico geometricamente ordenado; • Cristal: sólido homogêneo com ordem interna regular limitado por faces planas; CTG - Dept. de Geologia Halita: NaClArranjo atômico Cl-Na+ Cristal de Topázio • Sempre que sua cristalização se der em condições ideais, a organização atômica interna do mineral se manifestará em uma forma geométrica externa com a consequente formação de vértices, arestas e faces naturais; CTG - Dept. de Geologia Tremolita Forma Cristalográfica Topázio • Mineralóide: Qualquer sólido ou líquido que ocorre naturalmente, sem arranjo sistemático de átomos (estrutura cristalina); CTG - Dept. de Geologia Âmbar Obsidiana Mercúrio • O gelo formado nas regiões polares é considerado um mineral, no entanto, a água em estado líquido, não; CTG - Dept. de Geologia Imagens de microscópio de varredura eletrônica (MVE) mostrando cristais de gelo. • Rocha: Agregado natural e multigranular formado de um ou mais minerais e/ou mineralóides; CTG - Dept. de Geologia Granito (Rocha composta por minerais) Quartzo (Mineral) Biotita (Mineral) Feldspato (Mineral) • Minério – é um termo usado quando a rocha ou mineral apresenta importância econômica; CTG - Dept. de Geologia Bauxita – rocha rica em oxi-hidróxido de alumínio Pechblenda (Uraninita) – rocha rica em Óxido de Urânio Propriedades Físicas e Morfológicas dos Minerais CTG - Dept. de Geologia Identificando os minerais Hábito Cristalino • É a forma geométrica habitual externa do mineral que reflete o arranjo atômico interno (estrutura cristalina); • Tipos: 1. Prismático (colunar); 2. Fibroso; 3. Acicular (agulhas); 4. Tabular (maciço) 5. Lamelar (lâminas); 6. Equidimensional; 7. Botroidal (glóbulos em grupo); 8. Esferoidal; 9. Pulverulento; 10. Dendrítico (arborescente); CTG - Dept. de Geologia Magnesita • Alguns minerais tem hábitos cristalinos tão distintos que os tornam facilmente reconhecíveis; CTG - Dept. de Geologia Magnetita (Fe3O4) - Octaedro Micas - Tabular Galena (PbS2)- Cúbico Calcita (CaCO3) - Romboedro Limonita Fe(OH)3- Botroidal CTG - Dept. de Geologia Transparência • É a capacidade de permitir a passagem de luz; • Tipos: 1. Transparentes – não absorvem ou pouco absorvem luz; 2. Translúcidos – absorvem consideravelmente a luz; 3. Opacos – absorvem totalmente a luz; CTG - Dept. de Geologia • A transparência pode depender da espessura do mineral. Alguns se tornam transparentes em camadas delgadas; CTG - Dept. de Geologia Brilho • Quantidade de luz refletida pela superfície do mineral; • Tipo: 1. Metálico – reflete > 75% da luz incidente; 2. Não-metálico – reflete < 75% e divide-se em: - Vítreo (brilho da fratura fresca do vidro); - Gorduroso (brilho do azeite); - Sedoso - Terroso CTG - Dept. de Geologia CTG - Dept. de Geologia Brilho metálico da Hematita Brilho terroso da Caulinita Brilho vítreo do Quartzo Brilho gorduroso da Esfalerita Cor • Resulta da absorção seletiva de parte do espectro que compõe a luz. Existem alguns fatores que colaboram para absorção como: • 1) elementos de transição (Fe, Cu, Ni, Cr, V) na composição química do mineral; • 2) defeitos na estrutura atômica e; • 3) pequenas inclusões de minerais; • Tipos: 1) Idiocromáticos: Cor característica (enxofre); 2) Alocromáticos: Cor variada (turmalina, quartzo); CTG - Dept. de Geologia CTG - Dept. de Geologia Quartzo enfumaçado Quartzo rosado Enxofre (Idiocromático) Quartzo - Alocromático Quartzo leitoso Traço • Traço, ou a cor do traço, representa a cor do pó mineral. Obtêm-se a cor do pó mineral riscando-o sobre uma superfície branca de porcelana; • Muito útil para identificar tipos de minerais ferrosos e opacos que apresentam traços de variadas cores (vermelho, marrom, amarelo, etc.); CTG - Dept. de Geologia Traço da Hematita – Vermelho acastanhado Dureza • Resistência que o mineral apresenta ao ser riscado; • Depende do tipo de ligação química; • A escala de dureza foi proposta pelo mineralogista australiano F. Mohs: Dureza de minerais comuns; CTG - Dept. de Geologia CTG - Dept. de Geologia Fratura • Superfície irregular e curva, formada após a quebra do mineral que é controlada pela estrutura atômica (maneira como o mineral se quebra quando a clivagem é ausente); • É a forma como o mineral quebra quando não são produzidas pelos planos de clivagem; • Geralmente, são os minerais que apresentam ligações químicas fortes iguais em todas as direções; • Tipo: 1. Irregular: superfícies rugosas e irregulares; 2. Conchoidal: superfícies lisas e curvas (forma de concha); CTG - Dept. de Geologia CTG - Dept. de Geologia Fratura Conchoidal em vidro vulcânico Fratura Conchoidal em quartzo Fraturas Irregulares em Limonita Clivagem • Tendência do mineral se partir em planos regulares relacionados com a estrutura cristalina; • Quando o mineral é submetido a esforços externos este pode romper-se em planos preferenciais; • Na estrutura de muitos minerais, algumas ligações químicas são mais fracas que outras. É ao longo dessas ligações fracas que os minerais tendem a quebrar; • Todo plano de clivagem é paralelo a uma face cristalina; • Um mesmo mineral pode apresentar mais de um plano de clivagem; • Nem todos os minerais apresentam clivagem, neste caso, diz- se clivagem ausente ou não observável; CTG - Dept. de Geologia CTG - Dept. de Geologia Ligações fracas Ligações fortes Faca • Tipos de clivagem: Perfeita, boa ou imperfeita; Podem variar em até 3 direções; • A clivagem geralmente atua nos planos de fraqueza da estrutura cristalina; CTG - Dept. de Geologia Calcita – perfeita em 3 direções • Direção dos planos de clivagens: CTG - Dept. de Geologia Perfeita em 1 direção Perfeita em 2 direções Perfeita em 3 direções • Muscovita – clivagem perfeita em uma direção; CTG - Dept. de Geologia • Feldspato – clivagem boa e imperfeita (2 direções); CTG - Dept. de Geologia • Halita – clivagem perfeita em 3 direções; CTG - Dept. de Geologia • Clivagem ausente em quartzo; CTG - Dept. de Geologia Densidade Relativa • É defini-se através da razão entre quantas vezes o volume do mineral é mais pesado que o volume da água (H2O) expressa em g/cm³; • Maioria dos minerais formadores de rocha: 2.5 < d < 3.3 g/cm³ • Alguns minerais com elementos de maior peso atômico (Ba, Pb, Sr): d > 4 g/cm³ CTG - Dept. de Geologia Geminação • Propriedade dos minerais apresentarem intercrescimento regular simétrico de dois ou mais cristais de uma mesma substância; • Tipos: 1. Simples: dois indivíduos CTG - Dept. de Geologia Geminação simples da Estaurolita 2. Múltipla: vários indivíduos; CTG - Dept. de Geologia Geminação múltipla em Pirita Geminação múltipla em Cerussita Geminação múltipla em Aragonita Tenacidade • Medida de coesão de um mineral, ou seja, sua resistência à quebra, esmagamento, dobragemento, etc.. • Tipos: 1. Frágil: quebra ou pulveriza facilmente; Ex: maioria dos minerais. 2. Séctil: pode ser cortado por uma faca; Ex: Bismuto. 3. Maleável: pode ser transformado em lâminas ao se aplicar uma força entre placas; Ex: Chumbo, Ouro. 4. Dúctil: pode ser transformado em fios; Ex: Alumínio, Platina. 5. Flexível: pode ser curvado não retornando à sua forma original, típico de minerais com estrutura em folha; Ex: Talco e Clorita – ligações de Van der Waals ou pontes de hidrogênio; 6. Elástico: pode ser curvado retornando à sua forma original; Ex: Micas – Ligações iônicas de K++ CTG - Dept. de Geologia Propriedades Elétricas • É a capacidade de alguns minerais serem condutores de corrente elétrica; • Não condutores (ligações iônicas e covalentes): – Maioria dos minerais; Bons isolantes; • Condutores (ligações metálicas): – Metais – elementos nativos (Au, Ag, Cu); • Semi-condutores (ligações parcialmente metálicas): – Sulfetos – (Pirita, FeS2) CTG - Dept. de Geologia • Piezoeletricidade: – Transforma pressão mecânica em carga elétrica. Ex: Quartzo – Relógio de quartzo, Computadores, etc.. • Piroeletricidade: – Eletricidade é gerada pelo aumento da temperatura. O mineral quando aquecido gera corrente elétrica. Ex: Turmalina – Sensores de temperatura. CTG - Dept. de Geologia Propriedades Magnéticas • Capacidade de um mineral atrair ferro, metais e imãs; Ex: Magnetita (Fe3O4) e Pirrotita (Fe1-xS) Únicos minerais que podem ser atraídos por um campo eletromagnético. Geralmente estão contidos em rochas ígneas e metamórficas - importante para estudos de paleomagnetismo terrestre. CTG - Dept. de Geologia Propriedades Químicas CTG - Dept. de Geologia Ligações Químicas Forma /Observações Exemplos Iônicas União de Cátions e Ânions Halita (NaCl) – Na 1+ Cl 1- Covalentes Compartilhamento de elétrons entre átomos Átomos de C no diamante Metálicas Compartilhamento (elétrons livres de átomo para átomo - nuvens) Metais ou elementos nativos (Au, Ag, Cu, Al) Van der Waals Mais fraca, une moléculas e unidades estruturais neutras. Rara. Grafita: camadas de átomos de C (covalente), unidas entre si (Van der Waals) Classificação dos Minerais CTG - Dept. de Geologia CTG - Dept. de Geologia CTG - Dept. de Geologia CTG - Dept. de Geologia CTG - Dept. de Geologia CTG - Dept. de Geologia Rochas e Minerais Industriais e suas aplicações CTG - Dept. de Geologia É prática mundial a classificação dos minerais industriais por grupos ou categoriais de aplicação final: CTG - Dept. de Geologia CTG - Dept. de Geologia CTG - Dept. de Geologia CTG - Dept. de Geologia CTG - Dept. de Geologia CTG - Dept. de Geologia CTG - Dept. de Geologia CTG - Dept. de Geologia CTG - Dept. de Geologia CTG - Dept. de Geologia CTG - Dept. de Geologia Recapitulando • Como se formam os minerais? • Qual a importância dos minerais ao homem? CTG - Dept. de Geologia Próxima Aula Rochas CTG - Dept. de Geologia