Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original
COR, FORMA E PERCEPÇÃO RACHEL QUEIROZ O QUE É COR? IFPB – DESIGN GRÁFICO - RACHEL QUEIROZ INTRODUÇÃO A TEORIA DAS CORES Existem inúmeras teorias sobre as cores caracterizando‐as como: propriedade, qualidade, sensação, instrumento, conceito, expressão, informação, entre outros; Todas as abordagens, passando pelas experimentações dos pintores gregos, dos sábios árabes e artistas medievais, não chegam a construir uma teoria. Essa difícil tarefa coube a Leonardo da Vinci, como veremos a seguir nessa espécie de “Linha do tempo, do estudo das Cores”: Aristóteles (382 – 322 a.C.): as cores eram uma propriedade dos objetos, assim como peso, material e textura. Eram seis no total: o vermelho, o verde, azul, amarelo, branco e negro. Para ele a cor teria como origem o enfraquecimento da luz branca onde a origem da cor aconteceria a partir da sua intenção com a obscuridade; IFPB – DESIGN GRÁFICO - RACHEL QUEIROZ INTRODUÇÃO A TEORIA DAS CORES Plínio (poeta do século V): acreditava que existia três cores básicas: o vermelho vivo, o ametista e uma outra que chamou de conchífera (uma espécie de rosa perolado). O amarelo foi excluído por estar associado a mulheres (era usado no véu nupcial); Euclides : Em 302 a.C. já havia elaborado Óptica e Catóptrica, estudando a refração da luz, e definiu o conceito de cor como qualidade de luz sobre os corpos. Le Blon (impressor do século XVIII): testou diversos pigmentos até chegar aos três básicos para impressão: o vermelho, amarelo e azul; IFPB – DESIGN GRÁFICO - RACHEL QUEIROZ INTRODUÇÃO A TEORIA DAS CORES Goethe (escritor alemão do século XIX): criou um tratado sobre as cores que confrontou a teoria de Newton. Suas observações sobre a fisiologia e psicologia da cor foram usadas no século XX pelos pesquisadores da Gestalt. Immanuel Kant (1724 – 1804) e Wasilly Kandinsky: Consideram a cor como instrumento; Munsell (1910): O sistema de cores de Munsell é um sistema de ordenação de cores percentualmente, uniforme que possibilita um arranjo tridimensional das cores num espaço cilíndrico de três eixos que permite especificar uma determinada cor através de três dimensões; IFPB – DESIGN GRÁFICO - RACHEL QUEIROZ INTRODUÇÃO A TEORIA DAS CORES Leonardo da Vinci (1452 – 1519): publicou um livro chamado Tratado da pintura e da paisagem, que se opõem a Aristóteles ao afirmar que a cor não era uma propriedade dos objetos, mas da luz. Ele também afirmava que o “branco não é cor, e sim um composto de todas as cores”, fazendo a interação definitiva da física com a pintura, já este branco ao qual se refere é o branco da cor‐luz; O QUE É COR? A cor não é um fenômeno físico; É uma onda luminosa, um raio de luz branca que atravessa nossos olhos; É um estímulo orgânico que intercepta o reflexo da luz vinda de um objeto que foi emitida por uma fonte luminosa, correspondente ao espectro visível; O QUE É COR? Ondas mais curtas (ultravioleta, os raios-X e os raios gamas) e mais longas (infravermelho, o calor, as microondas e as ondas de rádio e televisão) emitem um nível de radiação que não podem ser percebidas pelo olho humano; A Luz é o estímulo e a Cor é o efeito; O QUE É COR? “COR é a sensação visual subjetiva causada pela luz e percebida pelo cérebro humano através dos olhos” IFPB – DESIGN GRÁFICO - RACHEL QUEIROZ ASPECTOS ORGÂNICOS: O OLHO HUMANO Quando a luz atravessa a pupila e o cristalino atingindo os cones, que compõem a fóvea e mácula da retina no fundo do olho, ocorre a visualização de cores. A cor não tem existência material; Ela é, tão-somente, uma sensação provocada pela ação da luz sobre órgão da visão; IFPB – DESIGN GRÁFICO - RACHEL QUEIROZ ASPECTOS ORGÂNICOS: O OLHO HUMANO Fotorreceptores ou fotoceptores são os receptores sensoriais responsáveis pela visão; São células que captam a luz que chega à retina e transmitem para o cérebro um impulso nervoso correspondente à qualidade dessa luz, permitindo assim que o cérebro reconheça imagens; Existem dois tipos de fotorreceptores no olho humano: CONE - permite a visão em cores, captam a informação luminosa da luz do dia, das cores e do contraste; BASTONETE - permite a visão em preto e branco, pois são adaptados à luz noturna e à penumbra, captam o claro e escuro e volumes; IFPB – DESIGN GRÁFICO - RACHEL QUEIROZ ASPECTOS ORGÂNICOS: O OLHO HUMANO Os cones se dividem em três tipos e respondem a comprimentos de ondas diferentes: azuis (B) e violetas, aos verdes (G) e amarelos, e aos vermelhos (R) e laranjas. Por adaptação evolutiva, são distribuídos de forma desequilibrada sobre a retina: 94% para R e G; apenas 6% para B. IFPB – DESIGN GRÁFICO - RACHEL QUEIROZ ESPECTRO DA COR O espectro é o conjunto das radiações invisíveis com todos os outros tipos de radiação existentes no universo tais como: infravermelhos, ultravioletas, raios gama, raios X, etc. O espectro da luz do Sol, dita "branca", é um contínuo com todas as cores visíveis. Essas componentes têm comprimentos de onda que vão desde 390 nanometros (violeta) até 790 nanometros (vermelho). Espectro eletromagnético Espectro de luz visível IFPB – DESIGN GRÁFICO - RACHEL QUEIROZ O QUE É COR? “A forma mais imediata de comunicação não verbal.” Por ser a cor uma sensação, em princípio, toda cor é fisiológica e subjetiva; É impossível garantir que um mesmo objeto sejam vistos com cores idênticas por pessoas diferentes; As cores são interpretadas diferentemente dependendo da cultura e do repertório de quem as observa. IFPB – DESIGN GRÁFICO - RACHEL QUEIROZ PERCEPÇÃO DA COR O CONTEXTO DA COR O mundo ao nosso redor está cheio de cor, entretanto toda ela está em nossa cabeça. Experimentamos a cor por apenas um sentido: a visão! Algo que esteja molhado pode ser visto, ouvido (uma torneira gotejando) e sentido, porém uma cor amarela só se pode ver que é amarela. Não pode-se ouvir ou cheirar o amarelo, nem tocar ou provar. Ela pode ser sentida mas não como um dos 5 sentidos; Alguns não podem ver cores, e outros a veem de modo diferente da maioria, mas geralmente nossos olhos funcionam da mesma maneira, e o mesmo estímulo produz a mesma resposta no sistema visual de todos; As associações de cor diferem entre cultura e indivíduos; IFPB – DESIGN GRÁFICO - RACHEL QUEIROZ IFPB – DESIGN GRÁFICO - RACHEL QUEIROZ COR E CULTURA Limpeza Virgindade e pureza Religião Morte (na Índia) Ano Novo – Vida Nova O CONTEXTO DA COR A cor exerce uma ação tríplice: a de impressionar, a de expressar e a de construir; A cor é vista: impressiona a retina. É sentida: provoca uma emoção. É construtiva: pois tem um significado próprio, possui valor de símbolo, podendo assim, construir uma linguagem que comunique uma ideia; Cada um de nós fala da cor e pensa na cor a partir de nossas experiências e da nossa cultura. Todas as cores estão relacionadas com suas definições e aplicações. Vamos detalhar o exemplo do vermelho: IFPB – DESIGN GRÁFICO - RACHEL QUEIROZ IFPB – DESIGN GRÁFICO - RACHEL QUEIROZ O CONTEXTO DA COR Quando identificamos a sétima (ou primeira) cor do arco‐íris como vermelho, estamos nos referindo a manifestação visual de uma radiação eletromagnética de comprimento de onda definido pela faixa de 627 a 760 milimícrons: ISSO É FÍSICA! IFPB – DESIGN GRÁFICO - RACHEL QUEIROZ IFPB – DESIGN GRÁFICO - RACHEL QUEIROZ 7 6 5 4 3 2 1 Ao nos referimos à pimenta vermelha, buscamos uma qualidade para a discriminação do objeto; Quando falamos que a cor não é propriedade do objeto, significa que a mesma pimenta “vermelha” quando iluminada pela luz branca do sol, torna‐se “marrom” quando iluminada por uma lâmpada de vapor de sódio, que tem luz branca mas de espectro diferente; Quando se fala em pimenta... Qual a primeira pimenta que vem na nossa cabeça? Essa foi a primeira que você pensou? Porém existe várias outras cores de pimentas... O CONTEXTO DA COR IFPB – DESIGN GRÁFICO - RACHEL QUEIROZ IFPB – DESIGN GRÁFICO - RACHEL QUEIROZ Qual dessas é mais quente e qual é mais fria? O CONTEXTO DA COR IFPB – DESIGN GRÁFICO - RACHEL QUEIROZ IFPB – DESIGN GRÁFICO - RACHEL QUEIROZ A BANDEIRA DO JAPÃO TEM O SÍMBOLO VERMELHO ... O CONTEXTO DA COR IFPB – DESIGN GRÁFICO - RACHEL QUEIROZ IFPB – DESIGN GRÁFICO - RACHEL QUEIROZ NO NATAL UM DE SEUS MAIORES SÍMBOLOS SE VESTE DE VERMELHO... O CONTEXTO DA COR IFPB – DESIGN GRÁFICO - RACHEL QUEIROZ IFPB – DESIGN GRÁFICO - RACHEL QUEIROZ O FLAMENCO É MARCADO PELA ROUPAS VERMELHAS DAS DANÇARINAS... O CONTEXTO DA COR IFPB – DESIGN GRÁFICO - RACHEL QUEIROZ IFPB – DESIGN GRÁFICO - RACHEL QUEIROZ QUANDO SE FALA EM AMOR, PENSA-SE EM CORAÇÃO, QUE É REPRESENTADO PELA COR VERMELHA, A COR DO SANGUE... O CONTEXTO DA COR IFPB – DESIGN GRÁFICO - RACHEL QUEIROZ IFPB – DESIGN GRÁFICO - RACHEL QUEIROZ Desta forma, podemos entender a cor também como INFORMAÇÃO VISUAL A COR POSSUI... DIMENSÃO – porque aumenta e diminui, aparentemente, os ambientes; PESO – porque torna, aparentemente, os volumes mais leves ou pesados; ILUMINAÇÃO – porque absorve uma parte da luz recebida e reflete outra; TEMPERATURA – porque imprime a ideia subjetiva de “quente” e “frio”; SIMBOLISMO – porque se relaciona com as tradições; EMOÇÃO – porque se associa diretamente ao nosso psiquismo; IFPB – DESIGN GRÁFICO - RACHEL QUEIROZ Cor tanto designa a sensação cromática , como o estímulo a luz direta ou o pigmento capaz de refleti-la. A sensação da cor pode ser dividido em três grupos: cores-luz, cores-pigmento e cores transparentes. “Os corpos não possuem cor em si mesmo,” tanto que quando falta luz não há cor. PERCEPÇÃO DA COR IFPB – DESIGN GRÁFICO - RACHEL QUEIROZ TRÊS TRÍADES DE CORES PRIMÁRIAS IFPB – DESIGN GRÁFICO - RACHEL QUEIROZ Cores primárias são as três cores básicas das quais se obtém todas as outras cores presentes no círculo cromático. Existem três tipos de cores primárias: CORES LUZ CORES PIGMENTOS OPACAS CORES PIGMENTOS TRASNPARENTES “O branco não é uma cor, e sim o composto de todas as cores”. Leonardo da Vinci; A decomposição clássica de que a luz branca pode se decompor em várias cores foi feita por Isaac Newton em 1666; Um raio de luz branca, luz solar ou de qualquer outra fonte equivalente, atravessando um prisma de cristal se decompõe em cores distintas que constituem o espectro solar: violeta, anil, ciano, verde, amarelo, alaranjado e vermelho. CORES LUZ IFPB – DESIGN GRÁFICO - RACHEL QUEIROZ Cor luz são as que provêm de uma fonte luminosa direta. São a luz do sol, de uma vela, de uma lâmpada; Sua tríade primária é constituída pelo vermelho, verde e azul-violetado; CORES LUZ IFPB – DESIGN GRÁFICO - RACHEL QUEIROZ Por sistema denominada aditiva, essas cores produzem o branco; É o sistema RGB (red, green and blue); Esse é o sistema usado nos monitores, em TVs; É utilizado na eletrônica e recursos visuais eletrônicos; SISTEMA RGB IFPB – DESIGN GRÁFICO - RACHEL QUEIROZ CORES-PIGMENTOS OPACAS IFPB – DESIGN GRÁFICO - RACHEL QUEIROZ As cores pigmento opacas são cores de superfície de determinadas matérias químicas, produzidas pela propriedade em absorver, refletir ou refratar os raios luminosos incidentes; Sua tríade primária é composta pelo: vermelho, amarelo e azul. A mistura de forma proporcional produzem o preto; Este fenômeno é denominado síntese subtrativa; CORES-PIGMENTOS TRANSPARENTES IFPB – DESIGN GRÁFICO - RACHEL QUEIROZ Cores pigmento transparentes são cores de superfície produzidas pela propriedade de alguns corpos químicos de filtrar os raios luminosos incidentes, por efeitos de absorção reflexão e transparência; Ocorre nas aquarelas, nas películas fotográficas e nos processos de impressão gráfica em que as imagens são produzidas por retículas e por pontos nos processos computadorizados; Cores-pigmento transparentes: magenta, amarelo e ciano; Em síntese subtrativa também produzem o preto; Também chamado de sistema CMYK (ciano, magenta, yellow and black). SISTEMA CMYK IFPB – DESIGN GRÁFICO - RACHEL QUEIROZ SISTEMA CMYK IFPB – DESIGN GRÁFICO - RACHEL QUEIROZ Cada película fotográfica capta uma das três cores básicas do objeto fotografado: amarelo, ciano e o magenta. A superposição das três imagens completa o ciclo cromático reproduzindo as cores naturais. O mesmo princípio é utilizado na confecção de fotolitos para as impressões gráficas sendo que aí se adiciona o preto para dar maior profundidade às áreas escuras e realçar as clara; EM RESUMO… IFPB – DESIGN GRÁFICO - RACHEL QUEIROZ Ao falarmos de cores, temos duas linhas de pensamento distintas: - Cor‐Luz; - Cor‐Pigmento; Falar de cor sem falar de luz é impossível, mesmo se tratando da Cor‐Pigmento, pois ela é imprescindível para a percepção da cor, seja ela Cor‐Luz ou Cor‐Pigmento; No caso da Cor‐Luz ela é a própria cor, no caso da Cor‐Pigmento, a luz, é que é refletida pelo material, fazendo com que o olho humano perceba esse estímulo como cor; Os dois extremos da classificação das cores são: O branco, ausência total de cor, ou seja, luz pura; E o preto, ausência total de luz, o que faz com que não se reflita nenhuma cor; OUTRA LINHA DE PENSAMENTO… IFPB – DESIGN GRÁFICO - RACHEL QUEIROZ Todos já ouviram falar de cores primárias. Essa denominação de cores primárias causa muita confusão quando as teorias não estão bem claras, já que podem ser aplicadas a dois casos bem diferentes: primárias geradoras e primárias fundamentais; Primárias geradoras/geratriz: são as necessárias para produzir física ou fisiologicamente uma ampla série de cores. Referem‐se aos processos pelos quais cores acontecem. OUTRA LINHA DE PENSAMENTO… IFPB – DESIGN GRÁFICO - RACHEL QUEIROZ Primárias fundamentais: são as cores puras básicas sobre as quais a visão constrói a organização de padrões de cores; Todos os sistemas de cor e procedimentos práticos para a obtenção das mesmas partem do princípio de que, a partir de algumas matizes é possível produzir, por combinação, uma série de outras matizes; OUTRA LINHA DE PENSAMENTO … IFPB – DESIGN GRÁFICO - RACHEL QUEIROZ Existem dois processos de produção de cores: mistura aditiva de cores e mistura subtrativa de cores; Esses métodos usam cores primárias diferentes e possuem significados para o branco e para o preto; MISTURA ADITIVA DE CORES É o processo usado nos monitores de vídeo e televisões, através do qual, a cor é gerada através da mistura de vários comprimentos de onda da luz; isso provoca uma alteração do comprimento de onda que atinge e sensibiliza o olho; As cores primárias aditivas são: vermelho, verde e azul‐violetado; OUTRA LINHA DE PENSAMENTO … IFPB – DESIGN GRÁFICO - RACHEL QUEIROZ No processo aditivo, o preto é gerado pela ausência de qualquer cor, indicando que nenhuma luz está sendo transmitida; O branco é a mistura de todas elas o que indica que uma quantidade máxima de vermelho, verde e azul está sendo transmitida; Esta mescla corresponde ao sistema RGB de ordenação de cores; OUTRA LINHA DE PENSAMENTO … IFPB – DESIGN GRÁFICO - RACHEL QUEIROZ MISTURA SUBTRATIVA DE CORES É o processo usado nas pinturas . Uma pintura é diferente de monitor que, por ser uma fonte de luz pode criar cores. Uma pintura não emite luz, ela absorve e reflete a luz, portanto, geram cor através de um processo que absorve comprimentos de ondas de luz específicos e reflete outros; As cores primárias subtrativas podem ser divididas em dois grupos: Opacas – vermelho, amarelo e azul; Transparentes – magenta, amarelo e ciano, são cores primárias subtrativas , pois seu efeito é subtrair, isto é, absorver alguma cor da luz branca; Essa mescla corresponde ao sistema CMYK de ordenação das cores; OUTRA LINHA DE PENSAMENTO … IFPB – DESIGN GRÁFICO - RACHEL QUEIROZ No processo subtrativo, branco é gerado pela ausência de qualquer cor, e o preto é a presença de todas; PARA PRÓXIMA AULA… IFPB – DESIGN GRÁFICO - RACHEL QUEIROZ Trazer material para desenho: Lápis Esquadro Escalímetro ou régua Compasso Trazer material para pintar: Tintas guache na cor: Vermelho, Amarelo, Azul, Branco, Preto Pincel pequeno Copos descartáveis de café *Cada um irá utilizar pouca tinta então podem combinar entre vocês para a cada cinco pessoas, um trazer uma cor. Além disso, uma pessoa trazer os copos descartáveis.