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TEORIA COMPORTAMENTAL Profª Fernanda Aguiar prof.nanda@hotmail.com TEORIA COMPORTAMENTAL Chamada de Behaviorista, foi um desdobramento da Teoria das Relações Humanas, também influenciado pela Psicologia organizacional. Surge na década de 50, nos EUA, uma nova concepção de administração baseada no comportamento humano nas organizações. Simboliza a busca de novas soluções democráticas, humanas e flexíveis para os problemas organizacionais. Ênfase nas pessoas, mas dentro de um contexto organizacional mais amplo. ORIGENS DA T. COMPORTAMENTAL A oposição entre a T. das Relações Humanas em relação à T. Clássica caminhou para um 2º estágio. É um desdobramento da T. das Relações Humanas, com a qual se mostra bastante crítica e severa. Oposta à T. Clássica que é baseada na organização formal. Crítica em relação à T. da Burocracia, no que se refere ao modelo de máquina. O livro de Herbert Simon (1947) – O Comportamento Administrativo. NOVAS PROPOSIÇÕES SOBRE A MOTIVAÇÃO HUMANA Um dos temas fundamentais da Teoria Comportamental foi a motivação humana. Os autores behavioristas verificaram que o administrador precisa conhecer melhor as necessidades humanas para melhor compreender o comportamento humano e utilizar a motivação como um poderoso meio para melhorar a qualidade de vida dentro das organizações. HIERARQUIA DAS NECESSIDADES DE MASLOW - 1954 Teoria da motivação segundo a qual as necessidades humanas estão organizadas e dispostas em níveis, em uma hierarquia de importância e de influência. Essa hierarquia de necessidades pode ser visualizada como uma Pirâmide, sendo que na base estão as necessidades mais baixas (fisiológicas) e no topo, as necessidades mais elevadas (auto-realização). TEORIA DE MASLOW - 1954 NECESSIDADES FISIOLÓGICAS – São necessidades básicas para a sobrevivência (fome, sede, sono) e constituem a base dos desejos. Somente com essas necessidades satisfeitas é possível perceber outros estímulos. NECESSIDADES DE SEGURANÇA – Estão relacionadas as necessidades de segurança, estabilidade, busca de proteção contra ameaça ou privação e fuga do perigo. NECESSIDADES SOCIAIS – Necessidade de associação, de participação, de aceitação por parte dos companheiros, de troca de amizade, afeto e amor. TEORIA DE MASLOW - 1954 NECESSIDADES DE ESTIMA – São necessidades relacionadas com a maneira pela qual o indivíduo se vê e se avalia. Envolvem a auto-apreciação, a autoconfiança, a necessidade de aprovação social e de respeito, de status, de prestígio e de consideração. NECESSIDADES DE AUTO-REALIZAÇÃO – São necessidades humanas mais elevadas. Estão relacionadas com a realização do próprio potencial e autodesenvolvimento contínuo. TEORIA DE MASLOW - 1954 NECESSIDADES SECUNDÁRIAS NECESSIDADES PRIMÁRIAS AS PECTOS FUNDAMENTAIS DA TEORIA DE MASLOW Somente quando um nível inferior de necessidades está satisfeito é que o nível imediatamente mais elevado surge no comportamento da pessoa. Nem todas as pessoas conseguem chegar ao topo da pirâmide de necessidades. Quando as necessidades dos níveis mais baixos estão satisfeitas, as necessidades mais elevadas passam a dominar o comportamento. AS PECTOS FUNDAMENTAIS DA TEORIA DE MASLOW Cada pessoa possui mais de uma motivação. O comportamento motivado funciona como um canal através do qual as necessidades são expressas e satisfeitas. A frustração ou a possibilidade de frustração da satisfação de certas necessidades passa a ser uma ameaça psicológica. CRÍTICA À TEORIA DE MASLOW Alguns estudiosos em suas pesquisas acharam pouca evidência desta hierarquia de necessidades, ou mesmo da existência de alguma hierarquia. A predominância de um ou outro nível de necessidade é dada por uma valorização de cada pessoa. TEORIA DE HERZBERG Segundo Frederick Herzberg existem dois fatores que orientam o comportamento das pessoas em situação de trabalho, que são: Fatores Higiênicos (fatores extrínsecos) Fatores Motivacionais (fatores intrínsecos) FATORES HIGIÊNICOS Estão localizados no ambiente que rodeia as pessoas e abrangem as condições dentro das quais elas desempenham seu trabalho. Os principais fatores higiênicos são: salário, benefícios sociais, tipo de chefia, condições físicas e ambientais de trabalho, políticas e diretrizes da empresa, relacionamento entre a empresa e os funcionários, regulamentos internos. Quando os fatores higiênicos são ótimos, eles apenas evitam a insatisfação dos empregados, porém, quando são precários, eles provocam a sua insatisfação. 13 FATORES MOTIVACIONAIS Estão relacionados com o conteúdo do cargo e com a natureza das tarefas que a pessoa executa. Os fatores motivacionais envolvem sentimentos de crescimento individual, reconhecimento profissional e auto-realização, e dependem das tarefas que o indivíduo realiza no seu trabalho. Quando os fatores motivacionais são ótimos, eles provocam a satisfação nas pessoas, porém, quando são precários, eles evitam a satisfação. FATORES MOTIVACIONAIS FATORES HIGIÊNICOS Conteúdodo cargo Contexto docargo 1. Trabalho em si 1. Condições de trabalho 2. Realização 2. Administração da empresa 3. Reconhecimento 3. Salário 4. Progressoprofissional 4. Relações com o supervisor 5. Responsabilidade 5. Benefícios e serviços sociais A TEORIA DE HERZBERG PRESSUPÕE OS SEGUINTES ASPECTOS A satisfação no cargo depende o depende fatores motivacionais. A insatisfação no cargo depende de fatores higiênicos. OBS: Para proporcionar continua motivação no trabalho Herzberg propõe o “enriquecimento de tarefas” ou “enriquecimento de cargo”. ENRIQUECIMENTO DE TAREFAS Substituir as tarefas mais simples e elementares do cargo por tarefas mais complexas para acompanhar o crescimento individual de cada empregado, oferecendo-lhe condições de desafios e de satisfação profissional no cargo. Pode ser vertical (eliminação de tarefas mais simples e acréscimo de tarefas mais complexas) ou horizontal (eliminação de tarefas e acréscimo de outras tarefas diferentes, mas no mesmo nível de dificuldade). EFEITOS POSITIVOS DO ENRIQUECIMENTO DE TAREFAS Aumento da motivação Aumento da produtividade Redução do absenteísmo (faltas e atrasos) Redução da rotatividade do pessoal EFEITOS NEGATIVOS DO ENRIQUECIMENTO DE TAREFAS Aumento de ansiedade face a tarefas e diferentes quando não são bem-sucedidas nas primeiras experiências. Aumento do conflito entre as expectativas pessoais e os resultados do trabalho nas novas tarefas enriquecidas. Sentimentos de exploração quando a empresa não acompanha o enriquecimento de tarefas com o enriquecimento de remuneração. Redução das relações interpessoais devido à maior concentração nas tarefas enriquecidas. TEORIA “X” e TEORIA “Y” McGregor compara dois estilos opostos de administrar: TEORIA X – é a concepção tradicional de administração e baseia-se em convicções erradas sobre o comportamento humano. TEORIA Y – é a concepção moderna de administração de acordo com a T. Comportamental. Baseia-se em concepções e premissas atuais e sem preconceitos a respeito da natureza humana. PRESSUPOSIÇÕESDATEORIAX PRESSUPOSIÇÕES DA TEORIAY As pessoas são preguiçosas e indolentes. As pessoas são esforçadas e gostam de ter o que fazer. As pessoas evitamo trabalho. O trabalho é uma atividade tão naturalcomo brincar ou descansar. As pessoas evitam a responsabilidade, a fim de se sentiremmais seguras. As pessoas procuram e aceitam responsabilidades e desafios. As pessoas precisam ser controladas e dirigidas. As pessoas podem serautomotivadase autodirigidas. As pessoas são ingênuas e seminiciativa. As pessoas são criativas e competentes. TEORIA X – ASPECTOS QUE CARACTERIZAM A ADMINISTRAÇÃO A administração deve promover a organização dos recursos da empresa no interesse de seus objetivos. A administração é um processo de dirigir os esforços das pessoas, incentivá-las e controlá-las para atender às necessidades da empresa. Sem uma intervenção ativa as pessoas seriam passivas ou contrárias em relação às necessidades da empresa. Como as pessoas são motivadas por incentivos econômicos a empresa deve utilizar a remuneração como um meio de recompensa ou punição. TEORIA Y – ASPECTOS QUE CARACTERIZAM A ADMINISTRAÇÃO A motivação, o potencial de desenvolvimento, a capacidade de assumir responsabilidade, de dirigir o comportamento para os objetivos da empresa, todos esses fatores estão presentes nas pessoas. A administração deve criar condições e métodos de operação através dos quais as pessoas possam atingir seus objetivos pessoais, dirigindo seus próprios esforços em direção aos objetivos da empresa. TEORIA Y – ESTILO DE DIREÇÃO BASEADO EM MEDIDAS INOVADORAS E HUMANISTAS Descentralização das decisões e delegação de responsabilidades. Ampliação do cargo para maior significado do trabalho. Participação nas decisões e administração consultiva. Auto-avaliação do desempenho. PROCESSO DECISÓRIO A Teoria das Decisões nasceu com Herbert Simon, que a utilizou para explicar o comportamento humano nas organizações. Segundo Simon, as pessoas na organização, em todas as áreas de atividades e níveis hierárquicos e em todas as situações estão continuamente tomando decisões relacionadas ou não com o seu trabalho. A organização é um complexo sistema de decisões. TEORIA DAS DECISÕES Decisão é o processo de análise e escolha entre as alternativas disponíveis de cursos de ação que a pessoa deverá seguir. Toda decisão envolve seis elementos: Tomador de decisão – pessoa que escolhe Objetivos – o que se pretende alcançar Preferências – critérios para fazer a escolha Estratégia – curso de ação para atingir os objetivos Situação – aspectos do ambiente que envolve a decisão Resultado – consequência de uma estratégia ETAPAS DO PROCESSO DECISORIAL Percepção da situação que envolve algum problema. Análise e definição do problema. Definição dos objetivos. Procura de alternativas de solução. Avaliação e comparação das alternativas. Escolha da alternativa mais adequada ao alcance dos objetivos. Implementação da alternativa escolhida. DECORRÊNCIAS DA TEORIA DAS DECISÕES Os tomadores de decisão lidam muitas vezes com a condição de incerteza, pois não possuem todas as informações necessárias – a racionalidade limitada. Não existem decisões perfeitas, apenas umas são melhores do que outras quanto aos resultados reais que produzem. Toda decisão é uma acomodação, pois a alternativa escolhida jamais permite a realização perfeita dos objetivos visados, representando apenas a melhor solução encontrada naquelas circunstâncias. DECORRÊNCIAS DA TEORIA DAS DECISÕES Os objetivos visados pelas pessoas obedecem a uma hierarquia, na qual um nível é considerado fim em relação ao nível mais baixo. Há racionalidade no comportamento administrativo, pois é orientado e planejado para alcançar objetivos de maneira mais adequada. A organização retira de seus participantes a faculdade de decidir sobre certos assuntos (divisão de tarefas, treinamento, padrões de desempenho, etc.). DECORRÊNCIAS DA TEORIA DAS DECISÕES PROCESSODECISÓRIOCLÁSSICO PROCESSO DECISÓRIOCOMPORTAMENTAL Problema claramente definido. Problema não claramente definido. Conhecimento de todas asalternativas possíveis e de suas consequências. Conhecimento limitado sobre aspossíveis alternativas e suas consequências. As pessoas evitam a responsabilidade, a fim de se sentiremmais seguras. As pessoas procuram e aceitam responsabilidades e desafios. Escolha da alternativa “ótima”. Escolha da alternativa “satisfatória”. Ação administrativa. Ação administrativa. COMPORTAMENTO ORGANIZACIONAL É o estudo da dinâmica das organizações e como os grupos e indivíduos se comportam dentro delas. A organização somente alcançará seus objetivos se as pessoas que a compõem cooperarem para isso. A interação entre as pessoas e organização é chamada de processo de reciprocidade: a organização espera que as pessoas realizem suas tarefas e oferece-lhes incentivos e recompensas, enquanto as pessoas oferecem seu trabalho esperando obter satisfações pessoais. TEORIA DO EQUILÍIBRIO ORGANIZACIONAL Os behavioristas visualizam a organização é um sistema de comportamentos sociais inter-relacionados de várias pessoas, que são os participantes. Cada participante recebe incentivos em troca dos quais faz contribuições à organização. O participante somente manterá sua participação enquanto os incentivos que lhes são oferecidos forem iguais ou maiores do que as contribuições que lhes são exigidas. TIPOS DE PARTICIPANTES Os behavioristas consideram participantes da organização todos os elementos que dela recebem incentivos e que trazem contribuições para sua existência. Nem todos os participantes atuam dentro da organização. Há quatro classes de participantes: empregados, investidores, fornecedores e clientes. OS PATICIPANTES DO NEGÓCIO PARCEIROS CONTRIBUIÇÕES INCENTIVOS Empregados Trabalho, dedicação, esforço, desempenho... Salário, benefícios,prêmios, elogios, segurança... Investidores Dinheiro(empréstimos, financiamento,etc). Rentabilidade, retornodo investimento, etc. Fornecedores Materiais, tecnologias, serviços especializados... Faturamento, condições de pagamento,garantia de novos negócios... Clientes Dinheiro pela aquisição de bens e serviços. Preço, qualidade, condições de pagamento,satisfação das necessidades. TEORIA DA ACEITAÇÃO DE AUTORIDADE Bernard verificou que algumas vezes a autoridade é inefetiva, pois as ordens simplesmente não são cumpridas. Bernard concluiu que a autoridade não repousa no poder de quem a possui: ela não flui de cima para baixo, conforme acreditavam os autores clássicos. A autoridade depende, não do superior mas da decisão do subordinado de aceitá-la ou não. A decisão sobre a autoridade é da pessoa que recebe a ordem e não de quem a emite. CONFLITO ENTRE OBJETIVOS ORGANIZACIONAIS E INDIVIDUAIS O conflito entre objetivos organizacionais e individuais é um dos temas preferidos pelos behavioristas. Apesar desse conflito, Argyris conclui que: É possível integrar as necessidades individuais com os requisitos de produção de uma organização; As organizações que apresentam alto grau de integração entre objetivos individuais e organizacionais são mais produtivas; As organizações podem contribuir para o desenvolvimento do indivíduo e se beneficiar com isso. NEGOCIAÇÃO Para os behavioristas o administrador trabalha geralmente em situações de negociação. A negociação é o processo de tomar decisões conjuntas quando as partes envolvidas têm preferências ou interesses diferentes. As negociações envolvem lados opostos com interesses conflitantes que tentam chegar a uma solução mutuamente aceitável. CARACTERÍSTICAS DA NEGOCIAÇÃO Envolve pelo menos duas partes. As partes envolvidas apresentam conflito de interesses a respeito de um ou mais tópicos. As partes estão temporariamente unidas em um tipo de relacionamento voluntário. Esse relacionamento está voltado para a divisão ou troca de recursos específicos ou resolução de assuntos entre as partes. A negociação envolve a apresentação de propostas por uma parte, e a sua avaliação pela outra parte. LIDERANÇA Ao pesquisar o comportamento dos líderes, Bennis concluiu que os mesmos têm em comum 4 competências: Gerência da atenção – os líderes despertam a atenção e o interesse das pessoas. Gerência do significado – os líderes são ótimos comunicadores, capazes de reduzir a complexidade das informações. Gerência da confiança – os líderes conquistam a confiança das pessoas. Gerência de si próprio – os líderes conseguem identificar e potencializar seus pontos fortes, bem como aceitar e melhorar seus pontos fracos. APRECIAÇÃO CRÍTICA Ênfase nas pessoas – deixa de lado outros aspectos da organização. Abordagem mais descritiva e menos prescritiva – se concentra em descrever o problemas organizacionais sem propor soluções. Profunda reformulação na filosofia administrativa – apresentação de um novo modelo democrático e humano. Dimensões bipolares da Teoria Comportamental – trata de temas opostos (org. formal x org. informal, etc.) A relatividade das teorias da motivação – pesquisas recentes apontam resultados que põem dúvidas à sua validade. APRECIAÇÃO CRÍTICA Influência das ciências do comportamento sobre a Administração – novo modelo de homem. A organização como um sistema de decisões –visão de que o único objetivo da organização é resolver os problemas que surgem. Análise organizacional a partir do comportamento – variação de pensamento dos autores behavioristas sobre esse assunto. Visão tendenciosa – padronizou suas proposições desconsiderando as diferenças individuais de personalidade das pessoas (Teoria Y).