Aula 1

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Introdução à Estatística
Danielle Peralta
18 de fevereiro de 2013
Danielle Peralta Estatística Descritiva
Pesquisa e dados
Em muitas situações do dia a dia estamos diretamente ou indiretamente
nos baseando em dados. Ao decidir, por exemplo, qual a loja com o
produto de interesse mais barato ou qual a marca do produto de interesse
que nos trará o melhor custo benefício, estamos fazendo uma análise para
tomar uma decisão, no caso, da compra ou não.
Nas pesquisas científicas, também precisamos coletar dados que possam
fornecer informações capazes de responder às nossas indagações. No
entanto para que os resultados da pesquisa sejam confiáveis, tanto a
coleta dos dados quanto a sua análise devem ser feitas de forma
criteriosa e objetiva.
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Pesquisa e dados
A Figura 1 ilustra as principais etapas de uma pesquisa que envolve
levantamento e análise de dados.
Figura 1: Etapas usuais de uma pesquisa quantitativa.
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Pesquisa e dados
Embora a aplicação de técnicas estatísticas seja feita basicamente na
etapa de análise dos dados, a metodologia estatística deve ser aplicada
nas diversas etapas da pesquisa, interagindo com a metodologia da área
em estudo. Do mesmo modo, para que a utilização dos resultados
estatísticos seja feita de forma correta, torna-se necessário que o
pesquisador conheça os princípios básicos das técnicas usadas.
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Planejamento de uma pesquisa
I O problema da pesquisa
Para se iniciar qualquer processo de pesquisa, deve-se ter bem
definido o problema a ser pesquisado. Isto normalmente envolve
uma boa revisão da literatura sobre o tema em questão.
I Formulação dos objetivos
Os objetivos de uma pesquisa devem ser elaborados de forma
bastante clara, já que as demais etapas da pesquisa tomam como
base esses objetivos. (objetivo geral e objetivos específicos)
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Planejamento de uma pesquisa
I Tipos de pesquisa
Depois de os objetivos estarem explicitamente traçados, devemos
decidir sobre as linhas básicas da condução da pesquisa, ou seja, o
delineamento da pesquisa. Na pesquisa de levantamento ou
survey observam-se diversas características dos elementos de uma
certa população ou amostra, utilizando-se questionários ou
entrevistas. Nessa pesquisa não há interferência do pesquisador.
Já na pesquisa experimental, o pesquisador exerce controle
sobre o tratamento que vai ser aplicado a cada elemento das
amostras, há interferência do pesquisador.
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Planejamento de uma pesquisa
I População e amostra
População é o conjunto de elementos que se quer abranger no
estudo. São elementos para os quais se deseja que as conclusões
oriundas da pesquisa sejam válidas.
Amostra é a seleção de uma parte da população para ser
observada.
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Planejamento de uma pesquisa
I A coleta de dados
Depois de definirmos os objetivos e a população a ser estudada,
precisamos pensar como será a coleta de dados. Em muitas
situações não precisamos ir até os elementos da população para
obter os dados, pois eles já existem em alguma publicação ou
arquivo. É o que chamamos de dados secundários. Por exemplo,
os dados sobre o tempo de serviço e nível de instrução dos
funcionários de uma empresa, podem ser obtidos no departamento
pessoal dessa empresa. Outras características, tais como interesse
em participar de programas de treinamento e satisfação com o
trabalho, necessitam ser levantadas observando diretamente cada
funcionário. São os dados primários.
Quando os dados forem observados diretamente dos elementos da
população, é necessário construir um instrumento para que sua
coleta seja feita de forma organizada. Esse instrumento recebe o
nome de questionário.
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Dados e variáveis
As pessoas de uma comunidade podem ser estudas sob diversos ângulos.
Por exemplo, podem ser estudadas quanto ao sexo (masculino ou
feminino), quanto à estatura (baixa, média ou alta), quanto
à renda (classe alta, média ou baixa), etc.
Definição: As variáveis são propriedades as quais podemos associar
conceitos ou números e assim expressar, de certa maneira, informações
sob a forma de medidas. São as características que podem ser observadas
(ou medidas) em cada elemento da população, sob as mesmas condições.
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Tipo de dados
I Dados qualitativos: Quando os possíveis resultados de uma
variável são atributos ou qualidades, por exemplo, sexo:
masculino/feminino, estas são considerados dados qualitativos.
Que podem ser nominal, para a qual não existe nenhuma
ordenação nas possíveis realizações (região de procedência); ou
ordinal, para qual existe uma ordem nos seus resultados (grau de
instrução).
I Dados quantitativos: Quando os possíveis resultados são números
de certa escala, estes dados são considerados quantitativos. Estes
ainda se dividem em discretos, quando os possíveis valores
formam um conjunto finito e enumerável, que resultam geralmente
em uma contagem (número de filhos) e contínuos, cujos possíveis
valores pertence a um intervalo de números reais e que resultam
de uma mensuração (peso, altura).
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Distribuição de Frequências
Quando se estuda uma variável, o maior interesse do pesquisador é
conhecer o comportamento dessa variável, analisando a ocorrência de
suas possíveis realizações.
A distribuição de frequência compreende a organização dos dados de
acordo com as ocorrências dos diferentes resultados observados. Ela pode
ser representada sob forma tabular ou gráfica.
Para ilustrar a construção de uma distribuição de frequências, considere a
variável "grau de instrução"dos 36 funcionários da seção de orçamentos
da Companhia MB. Para a construção, basta contar a quantidade de
resultados observados em cada categoria.
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Gráficos
A representação gráfica fornecem, em geral, uma visualização mais
sugestiva do que as tabelas. Portanto, constituem numa forma
alternativa de apresentação de distribuição de frequência.
Usualmente utiliza-se gráfico de barras e setores para dados qualitativos e
para dados quantitativos utiliza-se histogramas, gráfico de dispersão,
polígonos de frequências entre outros.
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Dados qualitativos
Figura 2: Gráfico de setores do último nível de instrução completado pelo
chefe da casa, numa amostra de 40 famílias do Conjunto Residencial
Monte Verde, Florianópolis - SC, 1988.
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Dados qualitativos
Figura 3: Número de acidentes registrados nas estradas Federais no
feriado de Ano Novo de 2009, por Estado de ocorrência.
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Dados quantitativos
Figura 4: Número de pessoas residentes por domicílio, numa amostra de
40 pessoas residentes no Conjunto Residencial Monte Verde,
Florianópolis - SC, 1988.
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Dados quantitativos
Figura 4: Temperatura média registradas durante os 30 dias do mês de
junho de 2011, na cidade de São Paulo.
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Referências
I MAGALHÃES, M. N. e LIMA, A. C. P. Noções de Probabilidade e
Estatística. 6a Ed. EDUSP, 2008.
I BUSSAB, Wilton O. e MORETIN, Pedro A., Estatística Básica, 4.
ed., São Paulo, Atual, 1987
I BARBETTA, Pedro A., Estatística aplicada a Ciências Sociais, 7.
ed, Florianópolis: Ed. da UFSC, 2007.
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