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CAP 1(Introdução à Administração - Antônio Cézar Amaru Maximiano)

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Enviado por Dariany Diniz em

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Resumo- ADM- Cap. 1
Organização: Conjunto estruturado de pessoas que se juntam para alcançar objetivos comuns, os quais não poderiam ser atingidos por cada indivíduo isoladamente (por sua complexidade ou variedade de tarefas). Toda organização é formada por pessoas, tem um propósito e apresenta uma estrutura organizacional (definição de regras, procedimentos, funções, hierarquia, etc.). As empresas são organizações formais que atuam na lógica das leis do mercado, focando no cliente, mas também na geração de lucro.
O sucesso de uma empresa depende em muito dos seus administradores. Estes são responsáveis por estabelecer os objetivos e guiar a organização de forma a alcançá-los. Nem todos de uma organização são administradores, mas estes podem estar presentes em diversos níveis hierárquicos. 
Administração: “Arte de produzir bens ou serviços por intermédio das pessoas” (Mary Parket Follet). A administração é um processo que consiste na coordenação do trabalho dos membros da organização e na alocação dos recursos organizacionais para alcançar os objetivos estabelecidos de forma eficiente e eficaz (=efetiva).
Eficiência: Capacidade de realização das atividades da organização minimizando a utilização de recursos. Sua maior preocupação é com os meios, com o uso econômico dos recursos.
Eficácia: Capacidade de realização das atividades da organização de modo a atingir os objetivos estabelecidos. O foco é o resultado.
Níveis organizacionais: 
Estratégico: é o mais elevado, composto por administradores de topo, os quais tomam as decisões principais da organização, abrangendo-a como um todo. Neste nível estão o presidente, o vice-presidente, os membros do Conselho de Administração, etc.
Tático: composto por executivos (gerentes, diretores, etc.) responsáveis pela articulação interna entre os níveis estratégico e operacional. São responsáveis pela tradução das políticas e estratégias definidas pelos administradores de topo em ações concretas que os de nível operacional possam implementar.
Operacional: composto por administradores de primeira linha, que lidam diretamente com as pessoas que executarão as tarefas. São os supervisores e líderes de equipe.
Funções da administração:
Planejar: Determinar objetivos e metas e os métodos que serão usados para alcançá-los. Inclui também desenvolver planos que integrem e coordenem as atividades da organização.
Organizar: Distribuir o trabalho, a autoridade e os recursos entre os membros. Definir a estrutura organizacional.
Dirigir: Liderar, motivar e coordenar os trabalhadores, resolver conflitos entre subordinados, proporcionar um ambiente propício à realização do trabalho com qualidade e satisfação dos trabalhadores.
Controlar: monitorar e avaliar o desempenho da organização, comparando resultados com objetivos iniciais e corrigindo desvios que sejam encontrados. Manter a organização no rumo certo.
Administradores de todos os níveis realizam estas quatro funções, mas o tempo que dedicam a cada uma depende de seu nível hierárquico (quanto mais alto, mais se planeja e menos se dirige). O conteúdo das atividades desempenhadas também varia de acordo com o nível organizacional (os de topo e os de primeira linha podem planejar, mas serão coisas diferentes). O tempo gasto pelo administrador em cada função também depende da dimensão da empresa.
Áreas funcionais da organização:
Principais:
Área de produção ou operações: É o “coração” da organização, responsável pela produção de bens ou prestação de serviços. Esta área é responsável por: planejamento dos produtos (exequibilidade tecnológica e potencial de comercialização),definição das instalações, processo produtivo, organização do trabalho, planejamento da produção, administração de estoques, controle e compras.
Área comercial e de marketing: Responsável por captar e manter os clientes da organização. Atribuições: fazer pesquisa de mercado (identificar necessidades, preferências e tendências do mercado), desenvolver produtos alinhados ao que o mercado quer, estabelecer os preços dos produtos ou serviços, distribuição do produto, comunicação (publicidade, promoções, propaganda, etc.), vendas.
Área financeira: É o “sangue” da empresa. Seu principal papel é captar e utilizar de forma eficaz os recursos financeiros de forma a atingir os objetivos da organização. Cabe a esta área: produzir relatórios e documentos contábeis que traduzam a situação econômica da empresa, avaliar e controlar o desempenho da organização em termos de rentabilidade, equilíbrio financeiro e risco, investir, definir políticas de financiamento e política de distribuição de lucros.
Área de recursos humanos: Seu papel é captar, preparar e desenvolver pessoas que contribuam para alcançar os objetivos organizacionais. Administra os comportamentos individuais visando o objetivo coletivo. Tem as funções de: implementar políticas e procedimentos que regulem as relações da organização com seus membros, diagnosticar a necessidade de mais trabalhadores, recrutar e selecionar candidatos qualificados, realizar treinamentos para aperfeiçoar competências, realizar avaliação de desempenho dos membros, remunerar os membros, melhorar as condições do locar de trabalho, fazer gestão administrativa do pessoal.
Em algumas empresas, pode haver setores de pesquisa e desenvolvimento, compras e aprovisionamento, vendas, etc.
Papéis do administrador:
Interpessoais
Símbolo (atua como referência)
Líder (dirige atividades dos subordinados)
Elemento de ligação (faz intercâmbio de informações)
Informacionais
Monitor (coleta e análise de informações sobre a organização e o ambiente)
Disseminador (partilha dessas informações por redes de comunicação interna)
Porta-voz (transmite as informações para o exterior)
Decisórios
Empreendedor (identifica boas oportunidades para a organização)
Solucionador de conflitos 
Administrador de recursos (alocação de recursos)
Negociador
A importância que o administrador dá a cada papel depende de sua posição hierárquica, área funcional, tipo e tamanho da organização, etc.
Habilidades do administrador:
Três tipos básicos:
Habilidades conceituais: envolvem analisar e interpretar situações abstratas e/ou complexas e compreender como as partes influenciam o todo. Permitem a identificação de boas oportunidades e tomadas de decisão mais acertadas e inovadoras.
Habilidades humanas: capacidade de se relacionar com outras pessoas ou grupos, sabendo como se comunicar, liderar, motivar, etc. É fundamental, pois o administrador realiza sempre os seus objetivos por meio de outras pessoas.
Habilidades técnicas: capacidade de usar ferramentas, procedimentos, técnicas e conhecimentos especializados relativos à sua área de atuação específica. 
Para administradores de topo, as conceituais são as mais importantes. Para os de primeira linha, as técnicas. As humanas são igualmente importantes em todos os níveis hierárquicos.
Competências dos administradores: ver tabela 1.3.
→O modelo de gestão de uma organização é influenciado pelo seu contexto cultural.
A administração no Brasil:
	O estilo brasileiro de administrar
9 traços culturais característicos dos administradores brasileiros:
Concentração de poder: poder e autoridade concentrados no líder. Liderados cumprem decisões sem questionar. Elevada distância hierárquica entre níveis organizacionais.
Personalismo: tendência de se cultivar a proximidade e o afeto nas relações interpessoais. O personalismo atenua a hierarquia. Grupos de amizade podem acabar tendo um poder que se sobrepõe à distribuição hierárquica da autoridade formal.
Postura de espectador: passividade e conformação dos liderados. Pouca iniciativa e transferência da responsabilidade.
Aversão ao conflito: tendência de se evitar situações de confronto. Fuga à discussão assertiva dos problemas.
Formalismo: estabelecimento de muitas leis e regulamentos que impeçam desvios comportamentais. Consequência do elevado grau de desconfiança pessoal típico do Brasil. Acaba inibindo o comportamento dos administradores.
Lealdade às pessoas: integração e coesão interna de grupos sociais. Permite que o sistema flua por meio das redes de relacionamento pessoais, evitando a rigidez do formalismo institucional.
Paternalismo: articulação entre concentração de poder e personalismo do líder perante os liderados. O líder assume o papel de “pai protetor” mas impõe sua vontade aos membros. Ocorre influência das relações pessoais e de confiança nas nomeações para cargos, em detrimento do mérito individual.
Flexibilidade: “jeitinho brasileiro”, agilidade para se adaptar a mudanças. É o que confere maior vantagem ao administrador brasileiro, pois este tem maior capacidade de encontrar soluções inovadoras de maneira rápida e que ultrapassem as barreiras encontradas.
Impunidade: permissividade à transgressão de normas para proteger pessoas (lealdade às pessoas) e para evitar confronto (aversão ao conflito).
Principais características dos administradores brasileiros:
Priorização do curto prazo;
Desvalorização do planejamento;
Elevada distância hierárquica;
Centralização do poder decisivo;
Controle episódico, de caráter punitivo;
Relações interpessoais baseadas na docilidade;
Grande distância entre discurso e prática;
Retórica de participação e envolvimento (apenas uma máscara);
Conduta gerencial sensível a modismos
Obstáculos à criação e sustentação de negócios no Brasil:
Elevada carga tributária;
Elevados custos de financiamento (altos juros);
Burocracia ineficaz (faz com que os administradores se concentrem mais em formalidades que no negócio em si);
Produtividade reduzida (economia informal).
Causas mais frequentes de fracasso de negócios:
Falhas gerenciais: descontrole do fluxo de caixa, alto endividamento, falhas no planejamento inicial e falta de conhecimentos gerenciais.
Causas econômicas conjunturais: falta de clientes, dívidas e recessão econômica no país, falta de crédito bancário.
Causas principais de sucesso de negócios:
Habilidades gerenciais (competência para conduzir o negócio);
Capacidade empreendedora (criatividade, perseverança e capacidade de assumir riscos);
Logística operacional (capacidade de usar de forma eficiente os fatores de produção).
Desafios da administração
A globalização aumentou os mercados, mas também aumentou a concorrência. A sociedade passou a exigir maior comprometimento com responsabilidade social e ética.
Os clientes, trabalhadores, fornecedores e competidores de hoje são globais e esperam que as organizações atuem globalmente.
Surge o desafio de saber lidar com a diversidade cultural, uma vez numa mesma organização pode haver pessoas de várias origens.
É necessário ter mais flexibilidade e agilidade, frente a um mercado de constante mudança.
Hoje em dia, o que torna uma organização mais diferenciada é seu processo de gestão e as pessoas, uma vez que processos industriais, informações e tecnologias já estão amplamente difundidos. A necessidade de uma força de trabalho mais qualificada tem feito as organizações apostarem em treinamentos. 
Tem-se valorizado mais o capital humano, estimulando-se cada vez mais a criatividade dos trabalhadores e formas mais flexíveis e enriquecedoras de trabalho. 
Necessidade de sistemas de produção flexíveis, que se adaptem às demandas de clientes exigentes e com características diversificadas. Os lucros são consequência da satisfação dos clientes.
Para aumentar a probabilidade sucesso, as empresas tem cooperado inclusive com concorrentes, fazendo parcerias e alianças estratégicas (joint-ventures), nas quais ocorre troca de conhecimentos, meios tecnológicos, etc.
As sociedades contemporâneas tem exigido um comportamento mais alinhado com princípios morais e consciência ecológica
→Importância da administração como ramo do conhecimento: formar bons administradores e dar uma base a outros profissionais que venham a lidar com atividades gerenciais.
Desafios do administrador:
Trabalho difícil e exigente;
Precisa saber motivar os parceiros mesmo em situações caóticas;
Devem tomar decisões difíceis;
Depender do desempenho de outros, o que pode ser estressante e ingrato.
O “lado bom” de ser administrador:
Salários que podem ser bem altos;
Lidam com várias pessoas diferentes, enriquecendo sua visão de mundo;
Reconhecimento e status.

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