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Ecologia de comunidades 8 e 9ª aulas Curso: Veterinária, 1º ano, 1º sem Disciplina: Ecologia Prof. Dra. Ana Paula Vidotto Magnoni Conceito de comunidade biológica • Conjunto de populações de espécies que ocorrem juntas no espaço e no tempo • Estrutura e funcionamento são reguladas pelas interações entre as espécies • As inter-relações dentro da comunidade governam o fluxo de energia e ciclagem de nutrientes dentro do ecossistema Comunidade Pode ser definida em diversas escalas Ecologia de comunidades Perguntas centrais: • Como os agrupamentos de espécies estão distribuídos na natureza? • Como são influenciados pelo ambiente abiótico? Comunidades são um sistema organizado ou uma coleção de espécies com mínima integração? Conceito holístico vs conceito individualista Debate histórico que persiste até hoje Conceito holístico • F. Clements (1916) • Também chamada de conceito de comunidade fechada • Comunidade é um superorganismo • Funções das várias espécies estão conectadas como as partes de um corpo Conceito individualista • H. Gleason (1926) • Também chamada de conceito de comunidade aberta • Estrutura e funcionamento da comunidade simplesmente expressam interações entre associações locais • Não refletem qualquer organização acima do nível de espécie Conceito atual • Mais próximo do conceito individualista • As espécies se agrupam de forma individual, de acordo com suas características genéticas • As populações tendem a mudar gradualmente ao longo de gradientes Fronteiras entre comunidades • Comunidades separadas por limites claros: ecótonos Fronteiras entre comunidades • Ex. Transição terra-água Pode parecer uma fronteira nítida, mas não é Fronteiras entre comunidades • Ex. Transição de vegetação em virtude da composição do solo • Lixiviação: torna fronteiras difusas Distribuição espacial Menor escala: efeitos das raízes, partículas orgânicas e estrutura do solo Escala intermediária: efeitos de animais escavadores, plantas individuais e comunidades vegetais Grande escala: padrões de fatores ambientais relacionados à topografia e à distribuição de diferentes comunidades vegetais. Caracterização espacial da comunidade • Riqueza de espécies (S): número de espécies em uma determinada comunidade • Valor expresso em números (medida quantitativa) e não em lista de espécies (medida qualitativa). QUANTO MAIOR O NÚMERO DE ESPÉCIES MAIOR A RIQUEZA DE UMA COMUNIDADE S = 2 S = 4 Amostragem da riqueza • Número de espécies vs. número de amostras Quando S atinge um platô 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 1 3 5 7 9 11 13 15 17 19 21 23 25 27 29 % ac umu lada de e spéc ies campanhas amostrais BAR PSI JCAP Riqueza de espécies Fatores abióticos Nutrientes Temperatura Umidade Salinidade Fatores bióticos Interações entre espécies (pressão de predação, Competição) Riqueza de espécies Em relação: – Trópicos – Altitude – Composição e diversidade da vegetação – Integridade da área Riqueza de espécies Relação positiva com a integridade do ambiente, complexidade de habitats, disponibilidade de recursos (alimento, espaço) Há padrões espaciais de riqueza de espécies? Riqueza de espécies • Proporciona um aspecto de comunidade, mas ignora um outro fator importante: abundância EQUITABILIDADE (E) e DOMINÂNCIA (D) Abundância Relativa das espécies presentes em uma determinada comunidade = PROPORÇÃO DO NÚMERO TOTAL DE INDIVÍDUOS DE UMA ESPÉCIE NUMA COMUNIDADE. - Quanto mais próximas as abundâncias das espécies dentro de uma comunidade, maior a equitabilidade ou menor a dominância. S = 2 S = 4 EQUITABILIDADE Diversidade de espécies • 2 componentes: riqueza e equitabilidade/dominância • Não é um conceito ecológico! Riqueza Abundância A b u n d ân ci a d as e sp éc ie s Diversidade de espécies • Alfa: diversidade de um dado ambiente (local) • Beta: diversidade ao longo de um gradiente • Gama: diversidade de vários locais (regional) • Medidas de diversidade de espécies (índices) • Diversidade alfa • Diversidade beta • Diversidade gama 1. DIVERSIDADE: Tema central em Ecologia. Padrões claros de diversidade são pouco conclusivas; 2. Indicador da “saúde” de um determinado ecossistema; 3. Espécies não catalogadas, recursos genéticos, estabilidade dos ecossistemas, mudanças globais. 4. Porém, há muito debate sobre como avaliar a diversidade. Por que estudar riqueza e equitabilidade? A (25%) B (25%) C(25%) D (25%) A (80%) B (5%) C(5%) D (10%) Índices ecológicos São calculados a partir das proporções de cada espécie na amostra total de indivíduos. - Assume que os indivíduos são amostrados de maneira aleatória dentro da comunidade e todas as espécies estão amostradas. Índice de Shannon-Wiener • Baseado na teoria da informação • Mais sensível a mudanças na abundância das espécies raras H’ = -Σpi log2 pi Pi = proporção de indivíduos da espécie i (Ni/ N) Equitabilidade E = H’ / H máx H’ = índice de Shannon-Wiener H máx = Log2 S H máx = diversidade máxima encontrada espécies possuem a mesma abundância Índice de Simpson Fórmula alternativa para o cálculo de D para populações finitas: • Primeiro índice não-paramétrico de diversidade • Mais sensível a mudanças na abundância das espécies comuns (pequenas proporções elevadas ao quadrado resultam em valores muito pequenos) • Baseado na proporção entre os indivíduos D = Σpi 2 pi = proporção de indivíduos da espécie i ou Ni/ N Séries logarítmicas • Ordenação das espécies a partir das mais comuns para as mais raras no eixo das abscissas e colocando o valor de importância (abundância relativa) no eixo das ordenadas (em escala logarítmica).