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Metamorfoses Ovídio Alunos: Metamorfoses Ovídio ● Nasce em Sulmona em 43 a.C; ● Os primeiros 25 anos, escreve poesia em métrica elegíaca com temas eróticos; ● Suas principais obras: Amores,Heróides,Medicamina Faciei Femineae Ars Amatoria, Remedia, Amoris, Fastos, Metamorfoses, Íbis Tristia,Epistulae ex Ponto Metamorfoses Ovídio ● Dimensão do poema, ao uso do metro heróico e à invocação dos deuses. ● Propor um tema de carácter claramente ficcional, onde corpos se transfiguram em formas completamente diferentes. ● Criação da sequencia lógica da narrativa, gerando interconexão entre personagens e ambiente ficcional. ● Um poeta pintor Metamorfoses Ovídio Traço criacionista, da obra ovidiana narrando a criação da terra e dos elementos: “ As águas eram pois inavegáveis, os ares negros, movediça a terra” “ Depois que a mão divina arranca tudo do enredado montão, e o desenvolve, em lugares diversos” Distribuição e organização divina da terra, cada ‘organismo’ em seu lugar: “ E porque não ficasse do universo alguma região desabitada, astros, e deuses têm o etéreo assento, o mar aos peixes nítidos é dado, as aves ao ar, quadrúpedes à terra.” “ A estes animais faltava um ente dotado de mais alta inteligência, ente, que a todos legislar pudesse: Eis o homem nasce” Metamorfoses Ovídio “ Culto à fé, e a justiça então se dava, ignoravam-se então castigo e medo” Somos capazes de perceber que a sociedade nutria uma relação de confiança plena, não despertando a ira dos deuses até então não praticando intervenções diretas no mundo. A linguagem metáforica para construção da corrupção humana bem como a evolução elucidada através da idade dos metais: “ O ferro sulcador não a rompia, E dava tudo a voluntária terra” “depois que foi Saturno exterminado ao tártaro e ficou a jove o mundo, veio outra idade, se inferior à de ouro sup’rior à de cobre, a idade argentea” “ cavam riquezas, incentivo a males. Já se desencantara o ferro infenso, e o ouro inda pior: eis surge a guerra” Metamorfoses Ovídio Busca, nas entranhas da terra mais e mais riqueza que não seja apenas útil para sua subsistência mais sim para fomentar poder. “ dos numes foi tembém desprezadora, amiga da violência e da matança, denotando que o sangue o ser lhe dera” Transfiguração e revolta dos deuses com as situações terrenas: “ Saturnio viu dos céus estas maldades” “ de achar falso o que ouvi, baixei do olimpo e a terra discorri com face humana” “ parece que os humanos protestaram. Não ter mais exercício que o do crime! A pena que merecem todos sintam; está dada a a sentença” E fica o mundo Metamorfoses Ovídio Proposta criacionista ovidiana: “umidade, e calor dão vida a tudo, se mutuamente se temperam ambos. Bem que d’agua contrário o fogo seja sai do úmido vapor quanto é gerado; a discorde união fermenta, e cria” “portanto, a fértil mãe a extensa terra do recente dilúvio repassada, e pelo aéreo lume escandecida, inúmeras espécies foi brotando: deu ser a algumas com a forma antiga, noutras enfim criou não vistos monstros.” Gruta da Inveja Através deste episódio percebemos traços presentes em nossa realidade hoje como a inveje e suas manifestações. “O monstro vive de vispéreas carnes, Dos tartáreos vícios alimento. Da morte a palidez lhe está no aspecto” “ Vê-se o fel verdejar no peito imundo, Espumoso veneno a língua verte; Longa o riso lhe jaz dos negros lábios,” O Roubo de Europa por Jupiter Vemos um grande dicotomia entre amor e poder. “A majestade, e o amor não bem se ajustam: Jamais o mesmo peito os acomoda” “A filha de Agenor adimira o touro, Estranha ser tão belo, e ser tão manso. Ao princípio, inda mesma, teme tocar-lhe; Vai-se depois avizinhando a ele, E as flores, que apanhou, lhe aplica aos beiços.” A Morte de Píramos e Tisbe Neste episódio veremos o poder do amor, onde as barreiras parecem não existir diante dele. “O amor a vizinhança abriu caminho… ...O que injustos os pais não permitiam.” “Eu também tenho amor capaz de extremos, Que esforço me dará para seguir-te.” A Gruta do sono Junto aos cimérios, num cavado monte jas uma gruta, de âmbito espaçoso, interna habitação do sono ignavo. O sono em tantos mil não tem ministro mas que Morfeu, que melhor finja o rosto, a voz, o traje, o passo, a própria locução;porem somente este afigura os homens; outros em fera, em aves se converte, ou em serpente: Ícelon pelos deuses é chamado, os humanos fobetor o nomeiam.há terceiro também de arte diversa:É fantasos, que em pedra, em terra, em onda, em arvore, e no mas, que não tem alma, súbito, e propiamente se transforma.Uns aterram de noite os reis, aos grandes; outros por entre o povo errante voam. ÉSACO E HESPÉRIA Ésaco,irmão de Heitor, se não sentira na flor da bela idade estranho fados, grão nome entre os heróis talvez tivesse, e á fraterna igualasse a glória sua; posto que fosse Heitor de Hécuba filho,e ésaco de Alexirroe, a qual é fama que a susto o produziu lá no Ida umbroso. Um dia ás pátrias margens a formosa cebrana Hespéria viu, do sol os raios a livre trança de ouro estar secando; Hespéria, a quem mil vezes entre os bosques já seguira inflamado. Ao velo a ninfa com tanta rapidez foge do amante qual do lobo feroz, medrosa corça. corre o troiano ardente após a ingrata, persegue amor veloz o veloz medo. Disse, e de cume de cavada rocha ao pélago se dá; - porém doída Tétis o acolhe brandamente, e logo veste de plumas o nadante corpo, seu cobiçado fim negando ao triste. Ele, raivoso de existir por força, de ter com duros laços oprimida alma, que da prisão sair deseja, maneia, assim que as sente, as asas novas, voa, mas outra vez baixando as ondas, se intenta submergir: vendam-lho as penas.Mais o amante se enraiva, e teima, e torna a sumisse no mar: da morte a estrada tenta, retenta ali, sem fim, sem fruto, amor lhe gasta, lhe macera as carne; o colo se alonga, o mar lhe agrada. E do mergulhos seus provem seu nome.