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Enviado por Thais Diaz em

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS
ESCOLA DE CIÊNCIA DA INFORMAÇÃO
CURSO DE MUSEOLOGIA
1º. PERÍODO
Disciplina: FUNDAMENTOS DA ORGANIZAÇÃO DA INFORMAÇÃO
Professora: Terezinha de Fátima Carvalho de Souza
2º. Semestre de 2012
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ORGANIZAÇÃO DA INFORMAÇÃO
No início - a bibliografia
Claude Galien (século 2 d.C.) – médico grego
Primeira expressão da idéia de bibliografia ao criar uma lista manuscrita dos títulos de seus escritos
1494 – primeira forma impressa de um “repertório de títulos”
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Séc. XVII – conhecimento registrado disseminado, somente, no formato livro.
A partir daí surgem os periódicos...
Journal des Savants – França
Philosofical Transactions – Royal Society of London - Inglaterra
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PERIÓDICO CIENTÍFICO
O periódico científico, que caracterizou uma nova forma de comunicação, no século XVII, era constituído de alguns artigos mais breves e específicos que as cartas e as atas, uma vez que possuía poucas páginas onde era resumido todo processo de investigação. Além disso, eliminava qualquer conotação pessoal na forma de exposição. 
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PERIÓDICO CIENTÍFICO
No século XIX, a produção das revistas científicas cresceu significativamente, em função do aumento do número de pesquisadores e de pesquisas. Além disso, os avanços técnicos de impressão e a fabricação do papel com polpa de madeira contribuíram para esta expansão. Mas foi, sem dúvida, a introdução das revistas de resumo, em 1830 - Pharmazeutishes Zentralblatt -, mostrando a possibilidade de recuperação dos artigos das revistas científicas, que propiciou seu desenvolvimento e facilitou seu uso.
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PERIÓDICO CIENTÍFICO
No século XX, o crescimento permaneceu acentuado, devido ao fato das revistas passarem a ser publicadas, também, por editores comerciais, pelo Estado e por universidades. A partir da segunda metade, especialmente, as publicações seriadas tiveram um crescimento exponencial, intensificando também o seu controle bibliográfico.
Final do século XIX = 500 revistas científicas
Em 2005 = aproximadamente 100.000 títulos
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“Um dos males destes tempos é a multiplicidade de livros; eles, de fato, sobrecarregam de tal modo a gente que não conseguimos digerir a abundância de matéria inútil que, todos os dias, é gerada e despejada no mundo”. 
(Fala de um autor em 1613)
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BIBLIOGRAFIAS
1762 – A palavra aparece no Dicionário da Academia Francesa como “ciência da bibliografia”
1895 – “Instituto Internacional de Bibliografia” – 
Criado com a intenção de produzir uma repertório bibliográfico universal, reunindo trabalhos produzidos depois da invenção da imprensa.
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REPERTÓRIO BIBLIOGRÁFICO UNIVERSAL
O repertório inspirou:
 M. Dewey - “Classificação Decimal”
Paul Otlet e Henri La Fontaine – “Classificação Decimal Universal” 
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BIBLIOGRAFIA E DOCUMENTAÇÃO
1910 – o termo documentação aparece acompanhando o termo bibliografia, fazendo parte da mesma família, com funções idênticas ou análogas, trabalhando a partir de uma mesma matéria prima : o documento.
1930 – a documentação adquire uma autonomia lingüística 
e já não aparece associada ao termo bibliografia.
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DOCUMENTAÇÃO
A autonomia da documentação está presente na sua função essencial:
- A comunicação e a transferência da informação. 
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O que é um documento?
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DOCUMENTO
Objeto que fornece um dado ou uma informação.
Suporte material do saber e da memória da humanidade.
(GUINCHAT; MENOU, 1994)
documento (origem latina – documentum) – século 17, com acepção jurídica – “Ce qui sert à instruire” – Aquele que serve para instruir, sendo instruir sinônimo de prova – 
 
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DOCUMENTO
Documento é objeto suporte para a informação, serve para comunicar e é durável.
 Informação é conhecimento - natureza abstrata e conceitual
 A informação para se tornar tangível deve ser fixada em um documento.
 
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Representações tangíveis de informação
Bibliotecas  livros 
Arquivos  manuscritos
Museus  objetos variados
Sistemas automatizados  bits
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Para Paul Otlet (1934):
“Documento é qualquer tipo de informação registrada e apta para recuperação.”
“Documento é qualquer fonte de informação física que comunique inscrições, imagens, sons, texto, objetos, criações artísticas e também materiais da natureza.”
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Para Suzanne Briet (1951):
Documento é todo signo indicial (ou índice) concreto ou simbólico, preservado ou registrado para fins de representação, de reconstituição ou de prova de um fenômeno físico ou intelectual.
Produção documentária – produção de documentos secundários (traduções, análises, boletins de documentação, arquivos, catálogos, bibliografias, dossiês, fotografias, microfilmes, seleções, sínteses documentárias, enciclopédias, guias de orientação).
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Para Escarpit (1976):
Documento é um objeto visível ou palpável dotado de independência em relação ao tempo: 
Pela sincronia – a mensagem no documento não é inscrita de forma linear de eventos mas uma justaposição multidimensional de traços;
Pela estabilidade – o objeto informacional é um suporte material do traço. 
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Para Meyriat (1981):
Documento é um objeto que dá suporte à informação, serve para comunicar e é durável.
Documento carrega consigo uma mensagem, que tem significado e que ele tem a função de transmitir.
“Usuário faz o documento”
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Para Sagredo Fernández e Izquierdo Arroyo (1983):
- Documento só existe quando é utilizado como tal.
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Para Ortega e Lara (2009) a partir de Meyriat, Fernandez, Arroyo e Buckland:
Documento é o objeto produzido com intenção ou não de ser documento, e que pode funcionar ou não como documento, pois o uso como documento é que determina que ele assim o seja, o qual, por sua vez, pode modificar-se com o tempo dependendo dos diversos usos do mesmo documento.
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Para Ortega e Lara (2009):
Documento é um instrumento para promover a circulação social do conhecimento.
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BIBLIOGRAFIA
BLANQUET, Marie-France. La fonction documentaire. Documentaliste – Sciences d l´information, 1993,v.30, n.4-5, p.199-204. 
GUINCHAT, Claire: MENOU, Michel. Os tipos de documentos. In: _______. Introdução geral às ciências e técnicas da informação e documentação. Brasília: IBICT, 1994. p.41-64.
ORTEGA, C. D.; LARA, M.L.G. A noção de documento: de Otlet aos dias de hoje. Congress ISKO Spain. Valencia, 11-13 mar. 2009.
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ORGANIZAÇÃO DA INFORMAÇÃO
O que?
Por quê?
Para que? 
Como?
Onde?
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ATIVIDADE PRÁTICA
(valor 5 pontos)
 Buscar na literatura, um conceito para organização da informação.
2. Trazer para sala de aula para ser discutido em conjunto e posterior entrega para a Professora.
3. Além do conceito é importante colocar a fonte utilizada. (autor, título, ano da publicação, etc.)

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