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SENSAÇÃO E PERCEPÇÃO: A sensação refere-se ao processo de sentir o nosso meio ambiente através do tato, paladar, visão, audição e olfato. Essa informação é enviada para o nosso cérebro, onde entra em jogo. A percepção é o processo, constante, onde a mente humana organiza a imensa quantidade de material recebido, registra e encaminha à cognição. O objetivo é selecionar as sensações que têm importância ou de interesse para a pessoa, e isto acontece de forma contínua e muitas vezes inconsciente. Percepção é a nossa forma de interpretar essas sensações e, portanto, dar sentido a tudo que nos cerca. (influenciada pela nossa história de vida) O mesmo conjunto de estímulos gera diferentes percepções em diferentes pessoas. Cada pessoa reage à sua maneira aos vários tipos de estímulos. Eis alguns fatores que influenciam a percepção: 1. Captura visual – prevalência da percepção visual 2. Características específicas do estímulo– intensidade, dimensões, mobilidade, cor, freqüência... 3. Experiências anteriores – a prática melhora o reconhecimento de detalhes; quem trabalha com cores (pintor, decorador) distingue nuances que passariam desapercebidas por pessoas que não lidam rotineiramente com isso. 4. Conhecimentos do indivíduo – um médico percebe facilmente detalhes relacionados com o estado do organismo, por exemplo; um costureiro relata com precisão características de indumentária etc. 5. Crenças e valores – acreditar que todo político é desonesto faz com que se perceba sinais de desonestidade nas propostas ou atos de qualquer político – a percepção atua para confirmar a crença. 6. Emoções – o indivíduo percebe de acordo com suas expectativas (Ex: jovens “surpreendem” seus pais quando identificados como usuários e / ou traficantes de drogas; na verdade a família “ignora” os indícios dessa realidade). Percepção se aprende ao longo da vida. RELAÇÃO FIGURA-E-FUNDO: cada indivíduo elege a figura mais adequada à sua percepção e em segundo plano ficará o fundo. ILUSÕES PERCEPTIVAS: o estado emocional de uma pessoa contribui para gerar conflitos. Ex. uma sombra no quintal pode ser crucial em um depoimento. A atenção possibilita selecionar alguns estímulos e descartar os restantes, por meio de células cerebrais especializadas, denominadas detectores de padrão. Os fatores que influenciam a atenção seletiva são: emoção, experiência, interesses do indivíduo e, necessidades do momento. MEMÓRIA A memória é a função mental superior que permite a reconstrução e a reprodução do fenômeno (fato). Não há consenso de que as questões dolorosas são preferencialmente esquecidas. Coisas interpretadas como relevantes parecem ser lembradas com maior facilidade. Ex: Um grave acidente com vitimas, estupro, latrocínio etc. Pode ser superado com relativa facilidade para alguns ou deixar seqüelas inesquecíveis para outros. LINGUAGEM E PENSAMENTO Linguagem e Pensamento – associadas. Palavras ajudam a pensar sobre pessoas e objetos não presentes e, assim, expandem, restringem ou limitam o pensamento. Linguagem: todo sistema de signos que serve de meio de comunicação entre indivíduos e pode ser percebido pelos órgãos dos sentidos Linguagem (rica) = Pensamento (evoluído) Pensamento: compreende as atividades mentais, como raciocinar, resolver problemas e formar conceitos. EMOÇÃO: Complexo estado de sentimentos, com componentes somáticos, psíquicos e comportamentais, relacionados ao afeto e ao humor. Afeto – manifestação das emoções: gesticulação, tom de voz etc. Humor – subjetivo: percepção do mundo interior do indivíduo. A emoção conduz a razão. Frutos da cultura e de processos biológicos – Dependem de mecanismos cerebrais inatos. Modificam as demais funções mentais superiores. Ex1: testemunha tem a convicção de que “viu” determinada ação porque “acredita” que o indivíduo estivesse propenso a praticá-la. TIPOS DE EMOÇÃO: EMOÇÕES BASICAS: Felicidade, surpresa, raiva, tristeza, medo e repugnância. Segundo Damásio (2004, p, 54), os seguintes tipos de emoções podem estar presentes na manutenção e no agravamento de conflitos: Simpatia, compaixão, embaraço, vergonha, culpa, orgulho, ciúme, inveja, gratidão, admiração, espanto, indignação e desprezo. SENSAÇÃO E A PERCEPÇÃO: alguns estímulos são acentuados, outros atenuados. PREDISPOSIÇÃO PERCEPTIVA: uma testemunha pode ter convicção de que “viu” determinada ação, por acreditar que o indivíduo estivesse propenso a praticá-la. ATENÇÃO SELETIVA: segundo seus valores. MEMÓRIA: diante de seu advogado a testemunha está segura, porém, no tribunal, embaralham ou se esquecem de informações, diante a presença de autoridades. PENSAMENTO E LINGUAGEM: durante um interrogatório, as pessoas seus pensamentos tornam-se confusos, mal articulados. Sofrimentos psicológicos (raiva, tristeza, medo, etc) produzem distorções cognitivas. PERSONALIDADE Na metade do século XX até agora, a partir da descoberta da estrutura do DNA pelo americano James Watson e pelo inglês Francis Crick em 1953 até o mapeamento completo do genoma humano, em 2003, abriu-se um campo de exploração sem precedentes para entender as origens biológicas da personalidade. Hoje se sabe que os comportamentos dependem da interação entre fatores genéticos e ambientais. CONCEITO: Personalidade é a organização dinâmica dos traços no interior do eu, formados a partir dos genes particulares que herdamos das existências singulares que experimentamos, e das percepções individuais que temos do mundo, capazes de tornar cada indivíduo único em sua maneira de ser, de sentir e de desempenhar o seu papel social”. VISÃO PSICANALÍTICA (FREUD) Segundo FREUD: divide em quatro estágios psicossexuais: FASE ORAL (0 a 18 meses/2 anos) -Zona erógena: BOCA -Instâncias: Id e ego -Conflito: desmamo -A pessoa pratica a calúnia, a difamação, a procura de drogas, come em excesso, etc. FASE ANAL (18 meses/2 a 3/4 anos) -Zona erógena: mucosa intestinal -Instâncias: Id e Ego -Conflito: ambivalência da dor e ambivalência do prazer -Poderá levar ao masoquismo, ao sadismo, entesouramento doentio, etc. FASE FÁLICA (3/4 a 5/6 anos) -Zona erógena: são os genitais -Instâncias: Id, Ego e Superego -Conflito: Conflito de Édipo-Electra (período de latência) -Estaria propenso a praticas de crimes sexuais. FASE GENITAL (11/12 anos a 17/18 anos) -Zona erógena: são os genitais -Instâncias: Id, Ego e Superego -Conflito: Interesse em papeis sociais e sexuais -Práticas de parafilias. OBS: PERÍODO DE LATÊNCIA: período que vai aproximadamente dos cinco anos até a puberdade, durante o instinto sexual fica latente, sublimando em atividades escolares, hobbies e esportes na busca por amizades com pessoas do mesmo sexo. MECANISMOS DE DEFESA SÃO COMPORTAMENTOS EMPREGADOS PELO PSQUISMO PARA DIMINUIR A ANGÚSTIA NASCIDA DE CONFLITOS INTERNOS, DESTORCENDO A REALIDADE. COMPENSAÇÃO: Encobrir uma fraqueza real ou percebida enfatizando uma característica que se considera mais desejável. EX.: Um menino deficiente físico não consegue jogar futebol, por isso compensa tornando-se muito estudioso. RACIONALIZAÇÃO: Tentar desculpar ou formular razões lógicas para justificar sentimentos ou comportamentos inaceitáveis. EX.: Mario diz à enfermeira de reabilitação: "Eu bebo porque esta é a única maneira que tenho para lidar com meu casamento fracassado e meu emprego ainda pior." NEGAÇÃO: Recusar-se a reconhecer a existência de uma situação real ou os sentimentos associados a ela. EX.: Uma mulher toma bebidas alcoólicas todos os dias e não consegue parar, não reconhecendo que tem um problema. FORMAÇÃO REATIVA: Impedir a expressão de pensamentos ou sentimentos inaceitáveis exagerando pensamentos ou tipos de comportamento opostos. EX.: uma pessoa ameaçada por desejos sexuais pode reverte-los e se tornar um combatente radical da pornografia. DESLOCAMENTO: A transferência de sentimentos de um alvo para outro, que é considerado menos ameaçador ou é neutro. EX.: Um paciente está furioso com seu médico, não expressa isso, mas agride verbalmente a enfermeira. REGRESSÃO: Retirar-se em resposta ao estresse para um nível anterior de desenvolvimento e as medidas de conforto associadas a esse nível. EX.: Ao ser hospitalizado devido a amigdalite, Mário, de 2 anos, só mama na mamadeira, embora sua mãe diga que ele está tomando leite no copo há seis meses. IDENTIFICAÇÃO: Uma tentativa de aumentar o valor pessoal adquirindo alguns atributos e características de um indivíduo que se admira. EX.: Um adolescente que precisou de uma reabilitação longa após um acidente decide tornar-se fisioterapeuta em conseqüência de suas experiências. REPRESSÃO: Bloquear involuntariamente da própria consciência sentimentos e experiências desagradáveis. EX.: Uma vítima de acidente não consegue se lembrar de nada a respeito do acidente. INTELECTUALIZAÇÃO: Uma tentativa de evitar a expressão de emoções reais associadas a uma situação de estresse pelo uso dos processos intelectuais da lógica, raciocínio e análise. EX.: O marido de S. está sendo transferido no emprego para uma cidade bem distante dos pais dela. Ela oculta a ansiedade explicando aos pais as vantagens associadas mudança. SUBLIMAÇÃO: Redirecionar pulsões ou impulsos que são pessoal ou socialmente inaceitáveis para atividades construtivas. EX.: Uma mãe cujo filho foi morto por um motorista embriagado canaliza sua raiva e energia para ser a presidente da seção local das Mães contra Motoristas Bêbados. INTROJEÇÃO: Integrar as crenças e os valores de um outro indivíduo à estrutura do próprio ego. EX.: As crianças integram o sistema de valores de seus pais ao processo de formação da consciência. Uma criança diz a um amigo: "Não cara. Isso é errado.“ SUPRESSÃO: O bloqueio voluntário da própria consciência de sentimentos e experiências desagradáveis. EX.: Antonio dizia: "Não quero pensar nisso agora. Vou pensar nisso amanhã." ISOLAMENTO: Separar um pensamento ou recordação do sentimento, afeto ou emoção a eles associados. EX.: Uma mulher jovem descreve como foi atacada e estuprada, sem demonstrar nenhuma emoção. ANULAÇÃO: Desfazer ou cancelar simbolicamente uma experiência que se considera intolerável. EX.: Jose está nervoso quanto ao seu novo emprego e grita com a esposa. Ao voltar para casa ele pára e compra flores para ela e um novo vídeo game para si. PROJEÇÃO: Atribuir sentimentos ou impulsos inaceitáveis para si mesmo a outra pessoa. EX.: Sueli sente uma forte atração sexual por seu treinador de corrida e diz a uma amiga. Ele está vindo atrás de mim!" VISÃO ESTÁGIOS CONTÍNUOS (ERIK ERIKSON) Segundo ERIK ERIKSON, a personalidade do indivíduo continua se desenvolvendo numa sucessão de oito etapas durante toda a evolução da vida. Erikson propõe uma concepção de desenvolvimento em oito estágios psicossociais, perspectivados por sua vez em oito idades que decorrem desde o nascimento até à morte, pertencendo as quatro primeiras ao período de bebê e de infância, e as três últimas aos anos adultos e à velhice, cada estágio é atravessado por uma crise psicossocial entre uma vertente positiva e uma negativa. Confiança X Desconfiança (até um ano de idade) A criança é totalmente dependente dos cuidados básicos maternos para sobreviver. Se a mãe propicia muita segurança, amor e afeto a criança desenvolverá um senso de confiança do contrário a mãe rejeitando, a criança tornará desconfiada, teimosa e ansiosa. Autonomia X Vergonha e Dúvida (segundo e terceiro ano) As crianças desenvolvem rapidamente uma série de habilidades físicas e mentais e fazem muitas coisas sozinhas: aprendem a se comunicar, andar, subir, empurrar, puxar, e segurar ou largar um objeto, portanto quando os pais obstruem e frustram as tentativas do filho exercer a sua independência, ele desenvolve sentimentos de dúvidas e um senso de vergonha em lidar com os outros. Iniciativa X Culpa (quarto e quinto ano) Durante este período a criança passa a perceber as diferenças sexuais, os papéis desempenhados por mulheres e homens na sua cultura (conflito edipiano para Freud) entendendo de forma diferente o mundo que a cerca. Se a sua curiosidade “sexual” intelectual e natural, for reprimida e castigada poderá desenvolver sentimento de culpa e diminuir sua iniciativa de explorar novas situações ou de buscar novos conhecimentos. Construtividade X Inferioridade (dos 6 aos 11 anos) Neste período a criança está sendo alfabetizada e freqüentando a escola, o que propicia o convívio com pessoas que não são seus familiares, o que exigirá maior habilidades para se socializar, trabalho em conjunto, cooperatividade, e outras habilidades necessárias em nossa cultura. Caso tenha dificuldades o próprio grupo irá criticá-la, passando a viver a inferioridade em vez da construtividade. Identidade X Confusão de Papéis (dos 12 aos 18 anos) O jovem experimenta uma série de desafios que envolvem suas atitudes para consigo, com seus amigos, com pessoas do sexo oposto, amores e a busca de uma carreira e de profissionalização. Na medida em que as pessoas à sua volta ajudam na resolução dessas questões desenvolverá o sentimento de identidade pessoal, caso não encontre respostas para suas questões pode se desorganizar, perdendo a referência. Intimidade X Isolamento (jovem adulto) O jovem experimenta uma série de desafios que envolvem suas atitudes para consigo, com seus amigos, com pessoas do sexo oposto, amores e a busca de uma carreira e de profissionalização. Na medida em que as pessoas à sua volta ajudam na resolução dessas questões desenvolverá o sentimento de identidade pessoal, caso não encontre respostas para suas questões pode se desorganizar, perdendo a referência, promove o fanatismo e a confusão de papeis. Nesse momento o interesse, além de profissional, gravita em torno da construção de relações profundas e duradouras, podendo vivenciar momentos de grande intimidade e entrega afetiva. Caso ocorra uma decepção a tendência será o isolamento temporário ou duradouro. O perigo do estágio da intimidade é o isolamento, a evitação de relacionamentos, quando a pessoa não está disposta a se comprometer com a intimidade. Um mecanismo de defesa do psiquismo é o elitismo (a pessoa não encontra outros “à sua altura”). Produtividade X Estagnação (meia idade) O estágio da generatividade caracteriza-se pela preocupação com o que é gerado e com o estabelecimento de orientações para as gerações que estão por vir. Essa transmissão de valores sociais é uma necessidade para o enriquecimento dos aspectos psicossexuais e psicossociais da personalidade. Quando a generatividade é fraca ou não recebe expressão, a personalidade regride e sente-se empobrecida e estagnada. A virtude do cuidado se desenvolve durante esse estágio. Pode aparecer uma dedicação à sociedade à sua volta e realização de valiosas contribuições, ou grande preocupação com o conforto físico e material. Integridade X Desesperança (velhice) Se o envelhecimento ocorre com sentimento de produtividade e valorização do que foi vivido, sem arrependimentos e lamentações sobre oportunidades perdidas ou erros cometidos haverá integridade e ganhos, do contrário, um sentimento de tempo perdido e a impossibilidade de começar de novo trará tristeza e desesperança.