Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original
Ciência, Tecnologia e Sociedade: primeiras leituras Por Carla Giovana Cabral, em agosto de 2010 1. Um campo interdisciplinar 1.1 Uma disciplina nova Na sessão anterior, aproximamo-nos da ciência e da tecnologia por meio da Filosofia e História das Ciências. Agora, vamos interrelacionar ambas com o ambiente de sua realização: a sociedade. Quer dizer que vamos discutir como ciência e tecnologia interagem entre si e com a sociedade e também como nos situamos nessa relação. Nós vamos ver que a expressão Ciência, Tecnologia e Sociedade (CTS) tem uma história e que essa história começa em meados da década de 60 e início dos anos 70, quando diversos grupos passam a contestar com mais veemência o uso da ciência e da tecnologia em guerras, seu impacto ambiental, o controle da aplicação dos conhecimentos pelo Estado. De lá para cá, vários países se apropriaram da expressão CTS. No Brasil, por exemplo, há diversos grupos que realizam pesquisas com base no campo interdisciplinar CTS em universidades públicas. Há também uma discussão sobre a relação ciência, tecnologia e sociedade, que não necessariamente se utiliza do pensamento desse campo interdisciplinar. De qualquer forma, essa é uma discussão nova e que aos poucos integra currículos de pós-graduação e de graduação. A Escola de Ciências e Tecnologia é um exemplo. Pensando em uma formação mais ética e responsável de seus alunos, integrou a discussão CTS em seu currículo, criando três componentes curriculares CTS obrigatórios e outros eletivos. Isso quer dizer que você terá a oportunidade de se qualificar diferenciadamente em relação a outros estudantes, entender o importante lugar que você ocupa como profissional e cidadão. Lembre-se que ciência e tecnologia são atividades humanas e construídas social e historicamente, e você se relaciona com elas o tempo todo. Os textos didáticos que estamos começando a escrever e as aulas que construímos com vocês levam em conta finalidades. Vamos conhecer algumas delas (Palacíos, Otero e García, 1996, p. 25). FINALIDADES RELACIONAR conhecimentos de campos acadêmicos que estão habitualmente separados, por exemplo, filosofia da ciência, história da tecnologia, sociologia do conhecimento, economia. REFLETIR sobre os fenômenos sociais e as condições da existência humana a partir da perspectiva da ciência e da técnica/tecnologia. ANALISAR as dimensões sociais do desenvolvimento tecnológico. Esses aspectos aliam-se a propósitos formativos. Quer dizer que buscamos, com o componente curricular CTS 1, que você desenvolva competências e habilidades afins com esses propósitos (Idem, 1996). PROPÓSITOS FORMATIVOS ANALISAR e avaliar criticamente as realidades do mundo contemporâneo e os antecedentes e fatores que nele influem. COMPREENDER os elementos fundamentais da investigação e do método científico. CONSOLIDAR uma maturidade pessoal, social e moral que lhe permita atuar de forma responsável e autônoma. PARTICIPAR de forma solidária no desenvolvimento e melhoria do seu entorno pessoal. DOMINAR os conhecimentos científicos e tecnológicos fundamentais e as habilidades básicas da área/profissão que você escolher. Aspectos e objetivos assim já são trabalhados no Ensino Médio, em países como a Espanha. Naquele país, a trajetória de discussão crítica da relação ciência, tecnologia e sociedade e também do campo interdisciplinar CTS é um pouco mais longa que no Brasil. E tem influenciado fortemente o que tem sido feito aqui e em outros países da América Latina. Mas Brasil e outros países latino-americanos também têm sido influenciados por correntes do pensamento CTS oriundas da Inglaterra e dos Estados Unidos da América do Norte. Por meio do chamado “silogismo CTS” (Von Linsingen, 2004, p. 2), grupos de pesquisadores buscam uma educação científica e tecnológica que abandone o lugar de partícipe tímido e contribua na busca de soluções para os problemas sociais (Bazzo, Pereira, Linsingen, 2008, p. 159). Esses autores, que são professores de engenharia há muitos anos no Brasil, entendem que A inclusão de estudos no campo CTS toma importância ímpar em países que começam a aprofundar suas análises na imbricada relação entre desenvolvimento tecnológico e desenvolvimento humano. E parece consenso que, apesar da importância dos avanços dos conhecimentos que permitem dominar mais e mais a natureza, por mais paradoxal que possa parecer, a maior parte da civilização experimenta ainda necessidades básicas ainda não atendidas que se configuram como absurdas, dadas as muitas possibilidades técnicas que dominamos para resolver os problemas que as geram. Também é consenso que, para resolver tais problemas, bastaria, em princípio, animar a vontade política de nossas sociedades e dos que elegemos como representantes (2008, p. 160). Vamos refletir? 1. Quais são os elementos tecnológicos do meu entorno? 2. Poderíamos suprimir esses elementos das nossas vidas? 3. Que relações acreditas haver entre ciência, tecnologia e sociedade? 4. Como é o processo de produção de um MP 4 player desde seu início até chegar ao consumidor? 5. Procure definir o conceito de bem-estar social. É o mesmo que bem-estar individual? 6. Alguns grupos estão à margem do desenvolvimento tecnológico. Há algo a corrigir? 7. Poderias descrever alguma mudança na tua vida cotidiana que tenha relação com a aparição de elementos tecnológicos? 1.2 A origem do campo interdisciplinar CTS A expressão CTS representa, tanto um objeto de estudo quanto um campo interdisciplinar. O que isso quer dizer? Vamos nos apropriar do texto de um pensador espanhol do campo CTS, José A. López Cerezo (2003), para explicar. Quando nos referimos ao objeto de estudo, estamos levando em conta os fatores sociais que influenciam a mudança científico-tecnológica e também as consequências sociais e ambientais dessa mudança. Há muitos exemplos. Pense sobre o impacto de uma guerra que se utiliza de armas biotecnológicas e nucleares. Qual o objetivo das tecnologias produzidas pelos nazistas na Primeira Guerra? E os resultados do Projeto Manhattan, você conhece? Também encontramos muitos exemplos de sérios impactos ambientais relacionados à ciência e tecnologia, desde derramamentos de petróleo, acidentes com usinas nucleares, poluição industrial, intoxicação de fauna, flora e seres humanos por pesticidas e outras substâncias tóxicas. Veja esse quadro! Ele faz uma cronologia que nos interessa conhecer. 1957 A União Soviética lança o Sputnik, o primeiro satélite artificial ao redor da terra. Causou uma espécie de convulsão social, política e educacional nos Estados Unidos da América do Norte e outros países ocidentais. O reator nuclear de Windscale, Inglaterra, sofre um grave acidente, criando uma nuvem radioativa que se espalha pela Europa Ocidental. Explode nos Urais o depósito nuclear Kyshtym, contaminando uma grande extensão circundante à União Soviética. 1958 Criada a NASA, como uma das consequências do Sputnik. 1959 Conferência de C.P. Snow, em que se denuncia o abismo entre as culturas humanística e científico-tecnológica. Anos 60 Desenvolvimento do movimento de contracultura, em que a luta política contra o sistema vincula o seu protesto em relação à tecnologia. 1961 A talidomida é proibida nos Estados Unidos, após causar mais de 2.500 defeitos de nascimento. 1962 Publicação de Silent Spring, de Rachel Carson. Essa autora denuncia, entre outras coisas, o impacto ambiental de pesticidas sintéticos como o DDT. É o que deflagra o movimento ecológico. 1963 Tratado de limitação de provas nucleares. Afunda o submarino nuclear USS Thresher, seguido pelo USS Scorpion (1968). 1966 Um B 52 com quatro bombas de hidrogênio explode perto de Palomares, Almeria, contaminando com radioatividade uma grande área. Com base em motivos éticos e políticos, profissionais de informática constituem um movimento de oposição à proposta de criar um banco de dados nacionais nos EUA. 1967 O petroleiro Torry Canyon sofre um acidente e verte uma grande quantidade de petróleo nas praias do sul da Inglaterra. A contaminação por petróleo começa a ser algo comum em todo o mundo desde então. 1968 O papa Pablo VI torna público um rechaço à contracepção artificial. Graves revoltas nos EUA contra a Guerra do Vietnã (a participação norte-americana incluiu sofisticados métodos bélicos como o napalm). Maio de 68 na Europa e EUA: protestos generalizados contra o sistema. Repare na cronologia e você verá que os eventos registrados em nosso quadro se situam, principalmente, nas décadas de 60 e 70 do século 20. É um período de intensa movimentação social, de reivindicações e contestações contra regimes ditatoriais, preconceitos contra mulheres, negros, homossexuais – um tempo que mudou a história. Esse é o contexto em que se origina o campo interdisciplinar CTS. Ele reuniu as reflexões das Ciências Sociais e das Humanidades para pensar esse momento de crise em relação à credibilidade da ciência e da tecnologia e seu apoio público; voltou seu olhar a um uso irracional dos recursos naturais e à falsa crença da neutralidade científica e sua autonomia em relação à sociedade. Cientistas, engenheiros também são pessoas, com valores, crenças, interesses e tudo isso se enreda nas pesquisas em que eles investem. O problema é que o entendimento ainda corrente do que é ciência “neutraliza” as relações sociais que uma determinada pessoa tem e até mesmo sua história. Isso continua sendo ensinado aos cientistas, aos engenheiros que, por sua vez, continuam pensando que as suas pesquisas e projetos são neutros, ou seja, não têm impacto social, ambiental, político. Essa seria uma postura ética? No contexto em que o campo CTS surgiu também circulava certo ceticismo em relação à ciência e à tecnologia, divinizadas após a Segunda Guerra e desenvolvimentos, produtos baseados em ciência, artefatos e sistemas tecnológicos. Um conceito que se tornou muito conhecido foi o de Síndrome de Frankenstein. Esse conceito se remete diretamente ao texto publicado em 1818 por Mary Shelley – Frankenstein, ou o moderno prometeu. Remete-se à relação homem e natureza, referencia um temor de que as mesmas forças que são utilizadas para controlar a natureza podem se voltar contra nós, homens e mulheres, destruindo-nos. O trecho do livro em que o “monstro” diz a Victor Frankenstein “tu és o meu criador, mas eu sou o teu senhor” expressa essa possibilidade (Cerezo, 2003, p. 117). Frankenstein faz uma citação ao mito de Prometeu. Você conhece esse mito? Frankenstein é um exemplo de literatura que entremeia em seu discurso a TECNOFOBIA, ou seja, um medo exagerado da tecnologia moderna. Quadrinho “Os cientistas”, de João Garcia. Disponível em <http://jaogarcia.blog.uol.com.br/> Em um outro extremo, ao aceitarmos os desenvolvimentos da ciência e da tecnologia e suas inovações de forma acrítica, nos vinculamos à TECNOFILIA. Vamos pensar a respeito? Você tem ou já teve atitudes tecnofóbicas e tecnofílicas? Compartilhe essas experiências com seus colegas. Quadrinho “Os cientistas”, de João Garcia. Disponível em <http://jaogarcia.blog.uol.com.br/> Posso viver sem televisão, celular e internet? Eu não consigo, e você? Ninguém precisa deixar a tecnologia de lado. Ser crítico em relação à ela não é desconsiderá-la, mas procurar enxergá-la sob vários prismas e não permanecer passivo. Langdon Winner (1987) chamou esse comportamento apassivado de “sonambulismo tecnológico”. Esse sonambulismo se origina da ideia de que não podemos criticar, interferir ou mesmo participar das decisões que dizem respeito aos desenvolvimentos científicos e tecnológicos. Você já pensou por quê? Um outro conceito do campo CTS que vale a pena conhecer é o de alfabetização científica e tecnológica. Para entendê-lo, vamos comentar alguns aspectos relacionados aos entendimentos que temos do que é ciência e o que é tecnologia. 1.2.1 O que é ciência? Há uma concepção tradicional, que ainda impera no senso comum (por exemplo, o imaginário popular) e também entre os pesquisadores de que ciência é um empreendimento objetivo, neutro, baseado em um código de racionalidade não influenciada por fatores externos e autônomo em relação à sociedade (Palácios et al, 2001, p. 12). Esse é um dos entendimentos. Pode ser o mais comum, ainda, mas não é o único e vem sofrendo fraturas desde a segunda metade do século 20. Nós lemos sobre isso ao comentar a origem do campo CTS. Nós podemos denominar essa concepção como ciência neutra, mas também podemos nos utilizar da expressão concepção essencialista e triunfalista da ciência. Esse entendimento fundamenta um modelo clássico de política científica baseado no que denominamos “modelo linear de inovação”, ou seja: Uma das questões que está na origem desse entendimento e das suas repercussões na política de ciência e de tecnologia é a própria metodologia da ciência. Em vários momentos da história da humanidade, defendeu-se a ideia de que havia uma forma infalível de se obter a verdade e essa forma seria por meio do método científico. Cerezo (2003, p. 119) descreve o método científico como uma combinação de racionalidade lógica e observação cuidadosa. A avaliação por pares, ainda segundo o mesmo autor, “se encarregará de velar sobre a integridade intelectual e profissional da instituição” (idem, 2003, p. 119-120). Em outras palavras, quer dizer que a correta aplicação do método é que vai garantir o bom funcionamento desse código de conduta. [...] nessa visão clássica, a ciência somente pode contribuir com um maior bem-estar se esquece da sociedade para buscar exclusivamente a verdade. Quer dizer, a ciência só pode avançar perseguindo o fim que lhe é próprio,o descobrimento de verdades sobre a natureza, se mantém livre da interferência dos valores sociais por mais beneméritos que sejam. Analogamente, só é possível que a tecnologia possa atuar como cadeia transmissora no desenvolvimento social se se respeita sua autonomia, se esquece da sociedade para atender unicamente a um único critério de eficácia técnica (Idem, 2003, p. 120). Dessa forma, ciência e tecnologia são apresentadas à sociedade como formas que sobrevivem autonomamente em relação à cultura, como atividades com valor neutro, uma espécie de “aliança heróica de conquista da natureza”. No século 20, essa ideia foi bastante fortalecida por um movimento que ficou conhecido como Empirismo Lógico, que surge nos anos 20 e 30, por meio de Rudolf Carnap, que acaba se aproximando da sociologia funcionalista da ciência desenvolvida por Merton nos anos 40 (Cerezo, 2003, p. 120; Palacios, 2001, p. 14) . Esse tipo de pensamento foi contestado e uma de suas críticas mais conhecidas é que Tomas Kuhn escreveu, em 1962, no livro A estrutura das revoluções científicas. Kuhn buscou uma resposta para responder à clássica questão “o que é ciência?” pesquisando episódios da história da ciência, como o desenvolvimento da teoria dos corpos celestes da era moderna (heliocentrismo). Na teoria de Kuhn, a ciência tem períodos estáveis, que ele denominou ciência normal. São períodos sem alterações bruscas na dinâmica da ciência, sem alterações que levem a uma mudança mais pronunciada. Para esse pensador, esse é um período em que os cientistas se dedicam a resolver “quebra-cabeças” por meio de um paradigma que é compartilhado em determinada comunidade científica. A acumulação de problemas não resolvidos nesse período pode acarretar o surgimento de anomalias, que podem fraturar o paradigma vigente. Isso pode dar lugar a um outro período, extraordinário, que Kuhn denominou revolução científica. (Kuhn, 2000). Veja que, dessa forma, o critério para definir o que é ciência deixa de ser empírico e passa a ser social. 1.2.2 O que é tecnologia? E a tecnologia? Veja que a maneira como entendemos a ciência influencia diretamente a forma como concebemos a tecnologia, ainda mais se a considerarmos uma aplicação da ciência (conceito ainda mais corrente) tão somente. Se a tratamos assim – uma aplicação da ciência – a vemos de forma determinista. O que é isso? É pensar que a ciência determinará a tecnologia, em outras palavras, que a tecnologia deriva da ciência. Uma olhadela na história da ciência e da tecnologia vai nos mostrar que a habilidade técnica diferenciou o homem de outros animais que habitam no planeta Terra. As alavancas, polimento de pedras e o fogo são técnicas milenares (Bazzo e Pereira, 2009, p. 66). O alfabeto e a escrita são sistemas de símbolos organizados que o homem desenvolveu há pelo menos 2 mil anos. Esses sistemas são técnicas ou tecnologias? Lembremos, por exemplo, que o fogo é um legado da pré-história e que esse é um momento em que o homem ainda não tinha investido em um sistema de conhecimento racional e que dará origem, na Grécia, especialmente, ao pensamento ocidental de onde deriva o que entendemos por ciência. É importante observar que a ciência atual, essa que é produzida nos laboratórios, especialmente os das universidades e institutos de pesquisa, está longe da forma como os gregos estudavam a natureza ou mesmo astrônomos célebres como Copérnico, ou criadores fantásticos como Leonardo da Vinci, realizavam seus trabalhos. Se a ciência e a tecnologia têm uma história, esta não se deu aleatoriamente. O ambiente social (cada época teve o seu) e a forma como as pessoas (mulheres e homens, ricos e pobres, negros, brancos, indígenas, etc) se relacionavam são elementos a ser considerados. Falar em prática tecnológica (Pacey, 1990), levando-se em conta que sistemas e artefatos tecnológicos não são apenas produtos técnicos, mas estão ligados a aspectos organizacionais e imersos numa cultura, portanto, é mais adequado se queremos discutir valores e sua incorporação. Um entendimento mais restrito de tecnologia reduzirá dimensões sociais e humanas e seus problemas ao aspecto organizacional da tecnologia – é um dos terrenos do seu significado mais geral. Esse entendimento solapa o conteúdo humano no fazer tecnológico, ignora a existência de valores nessa atividade (Cabral, 2006, p. 46). À discussão do conceito de tecnologia, especialmente a partir do século 20, também se agregam aspectos econômicos, como os advindos do sistema capitalista. É quando se institucionaliza a inovação na maior parte dos países do mundo. Vamos refletir? 1. Os cientistas, os engenheiros são alheios às aplicações sociais de suas investigações? 2. Os consumidores têm alguma responsabilidade no desenvolvimento tecnológico? 3. Você conhece instrumentos que permitam ao cidadão intervir nos processos de controle da pesquisa? Toda a essa discussão está relacionada ao conceito de alfabetização científica e tecnológica: uma formação das pessoas para que possam entender a ciência e a tecnologia de maneira crítica e reflexiva e como parte das suas vidas, não apenas como realização de cientistas sob o controle do Estado; trata-se, também de problematizar com os próprios cientistas e engenheiros a maneira como compreendem e realizam ciência e tecnologia, os valores, interesses, contextos que estão em jogo. Pense você também sobre esse conceito e onde ele poderia ser aplicado. Este texto buscou apresentar elementos para uma aproximação ao campo CTS e a discussão que ele enseja sobre as relações entre ciência, tecnologia e sociedade. Há muito mais a ser debatido, certamente, e você se dará conta disso no decorrer do nosso curso. Aproprie-se deste texto como uma espécie de primeira leitura. Referências BAZZO, W. A.; PEREIRA, L.T.V. Introdução à Engenharia. Florianópolis: EDUFSC, 2009. BAZZO, W. . A.; PEREIRA, L.T.V.; VON LINSINGEN, I. Educação Tecnológica: enfoques para o ensino de engenharia. Florianópolis: EDUFSC, 2008. CABRAL, C. G. UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA Programa de Pós- Graduação em Educação Científica e Tecnológica. O conhecimento dialogicamente situado: histórias de vida, valores humanistas e consciência crítica de professoras do Centro Tecnnológico da UFSC. Florianópolis, 2006. 205 f. Tese (Doutorado). Universidade Federal de Santa Catarina. Pós-Graduação em Educação Científica e Tecnológica. CEREZO, J. A. P. “Ciencia, tecnologia y sociedad”. In IBARRA, A.; OLIVÉ, L. Cuestiones éticas em ciencia, tecnologia y sociedad em el siglo XXI. Madrid: OEI, 2003. KUHN, Thomas. A estrutura das revoluções científicas. São Paulo: Perspectiva, 2000. LISINGEN, I. V. O Enfoque CTS e a Educação Tecnológica: Origens, Razões e Convergências Curriculares. Núcleo de Estudos e Pesquisas em Educação Tecnológica. Florianópolis, 2004. Disponível em: <http://www.nepet.ufsc.br/Artigos/Texto/CTS%20e%20EducTec.pdf>. Acesso em: agosto/ 2010. PACEY. A.. La cultura de la tecnología. México: Fondo de Cultura Económica, 1990. PALACIOS, E.M.G et al. Ciência, tecnologia y sociedad: uma aproximación conceptiual. Madrid: OEI, 2001.