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FAU – Faculdade de Arquitetura e Urbanismo e Design Ergonomia Física - 2º Período Profa. Juliana Oliveira Batista ANTROPOMETRIA HISTÓRICO • Gregos: utilização do corpo como padrão e unidade de medida > pé; braça e polegada. • Marco Pólo (1273 - 1295): diferenças entre povos, raças e culturas. • Vitruvius (15 DC) : tratado sobre a proporção humana. • Leonardo da Vinci (1452 – 1519): homem de “Vitruvius”, baseado nos estudos do arquiteto romano • Quetelet (1870): publicação de “Anthropometrie”, estruturação da antropometria como ciência HISTÓRICO • Século XIX: antropologia física, enfocando as diferenças físicas entre pessoas de diferentes origens étnicas. • Anos 1940: necessidade de dados antropométricos para a indústria bélica, impulsionada pela II Guerra Mundial (equipamentos, uniformes, cabines, painéis de controle). • Influência do sexo - mulheres tendem a sofrer alterações devido às variações hormonais, gravidez,etc. •Influência da idade – ocorrem alterações morfológicas com a idade, destacando-se a redução da altura. Alcances das pessoas idosas é menor do que nos jovens; • Influência da etnia - alguns povos são mais altos, outros mais obesos, etc. •Influência da época – moda e padrões de beleza; • Influência do clima- alterações de peso no inverno, alterações de vestimenta. VARIAÇÃO ANTROPOMÉTRICA • Muletas, andadores, bengalas, cachorros: partes fundamentais do corpo; • Uso de muletas: altera a forma, passo e velocidade do indivíduo; • Dimensões importantes: oscilações ao andar, separação entre muletas, posição do andador, comprimento da cadeira de rodas e raio de giro. PESSOAS COM DEFICIÊNCIA FÍSICA Fonte: NBR 9050 (ABNT, 2004) • Maior eficiência e conforto no uso dos produtos; • Maior segurança e menor ocorrência de acidentes de trabalho decorrentes da inadequação do ambiente; • Diminuição das doenças e problemas ocupacionais. DIVERSIDADE & QUALIDADE DOS PROJETOS MEDIDAS ANTROPOMÉTRICAS: ESTÁTICAS OU ESTRUTURAIS MEDIDAS ANTROPOMÉTRICAS: DINÂMICAS OU FUNCIONAIS MEDIDAS ANTROPOMÉTRICAS: DINÂMICAS OU FUNCIONAIS Fonte: Minetti et al. (2002) MEDIDAS ANTROPOMÉTRICAS PERCENTIS Não existe “homem médio” •O projetista deve verificar qual a tolerância aceitável para acomodar as diferentes dimensões encontradas na população de usuários e providenciar os ajustes estáticos, dinâmicos e funcionais; • Os objetos e espaços de trabalho devem ser dimensionados para a média da população (50%) ou um de seus extremos (5% OU 95%); • Os objetos e os espaços de trabalho devem permitir uma acomodação de pelo menos 90% da população de usuários. A acomodação dos extremos, acima desse percentil, pode não ser economicamente justificável; • O dimensionamento do posto de trabalho está intimamente relacionado com a postura e nenhum deles pode ser considerado separadamente um do outro. Fonte: Iida, 1990. MEDIDAS ESTRUTURAIS E FUNCIONAIS Fonte: Adaptado de Panero e Zelnik (2001) ESTATURA •Alturas mínimas (portas e aberturas, obstáculos); • Percentil 99% • Compensação: calçados ALTURA DOS OLHOS •Linhas de visão (ex.: teatros) e sinalização; • Percentil 95% ou maior (privacidade) ou 5% ou menor (visibilidade) • Compensação: calçados • Superfícies de trabalho em pé (bancadas: 7,5 cm abaixo); • Varia com a atividade. ALTURA DO COTOVELO ALTURA NA POSTURA SENTADA •Alturas mínimas (obstáculos); • Considerar: inclinação do assento, vestimenta, movimento de sentar e levantar; • Percentil 95% ALTURA DOS OLHOS (SENTADO) •Linhas de visão (ex.: teatros) e sinalização; • Considerar: movimento da cabeça e dos olhos, altura do assento e elasticidade do revestimento; • Percentis: 5% e 95% ou superiores. • Alcance de controles elevados; • Considerar em conjunto com a inclinação do assento e a elasticidade do revestimento; • Percentil 5% ALTURA VERTICAL (SENTADO) ALTURA NA METADE DO OMBRO (pescoço/escápula) LARGURA DOS OMBROS (músculos deltoides) LARGURA DOS COTOVELOS (dobrados, braços estendidos, apoiados levemente no corpo) •Alturas de assentos , veículos, atividades audiovisuais; • Considerar: elasticidade do revestimento do assento; • Percentil 95% •Distância entre assentos, largura de passadas; • Considerar: movimento do tronco e ombros (acréscimo) e vestimenta; • Percentil 95% •Distância entre assentos nas mesas; • Considerar: largura dos ombros; • Percentil 95% LARGURA DO QUADRIL (largura máxima) ALTURA DO COTOVELO EM REPOUSO (a partir da superfície do assento) ALTURA DA COXA (até o encontro com o abdômen) • Largura de cadeiras, assentos de bar e bancos corridos; • Considerar: largura dos cotovelos e ombros; • Percentil 95% •Alturas para apoio dos braços, altura de mesas; • Considerar: elasticidade do revestimento do assento e postura do corpo; • Percentil 50% •Dimensionamento de elementos abaixo das mesas de trabalho; • Considerar: altura poplítea e elasticidade do revestimento do assento; • Percentil 95% ALTURA DO JOELHO (rótula) ALTURA POPLÍTEA (até a zona posterior do joelho) DISTÂNCIA NÁDEGA-POPLÍTEO (até a parte posterior do joelho) • Distância do piso para parte inferior de uma bancada; • Considerar: proximidade do elemento: altura do joelho ou da coxa; altura do assento e elasticidade do revestimento. • Percentil 95% •Alturas das superfícies de assento; • Considerar: elasticidade do revestimento do assento; • Percentil 5% (maior prejuízo quando a altura é excessiva). • Dimensionamento de assentos; • Considerar: inclinação do assento; • Percentil 5% DISTÂNCIA NÁDEGA- PONTA DO PÉ • Separação da parte posterior do assento de obstáculos à frente dos joelhos; • Considerar: existência de espaço para acomodar os pés (distância maior). • Percentil 95% • Idem anterior (ex.: auditórios); • Considerar: distância nádega-joelho (espaço para circulação); • Percentil 95% • Instalações para terapia e exercícios; • Considerar: calçados; • Percentil 95% DISTÂNCIA NÁDEGA-JOELHO (até a extremidade do joelho) DISTÂNCIA NÁDEGA- CALCANHAR (perna estendida/ planta do pé “apoiada” numa parede) ALCANCE VERTICAL DE ESPERA • Altura máxima de interruptores, controles, estantes, etc.; • Considerar: acréscimo de altura devido aos calçados; • Um percentil menor acomodará a maioria dos usuários • Interiores de hospitais e laboratórios, altura de estantes laterais; • Considerar: uso de ferramentas aumentam i alcance natural; • Percentil 5% (população de menor estatura) ALCANCE LATERAL DO BRAÇO (Centro do corpo até superfície externa de uma barra segura na mão direita) ALCANCE DO POLEGAR (braço estirado, polegar e dedo médio em contato) PROFUNDIDADE MÁXIMA DO CORPO (peito/abdômen até nádegas/ombros) • Distância de separação entre pessoas e obstáculos, ex.: divisórias; • Considerar: características da atividade desempenhada; • Percentil 5% (menor estatura) • Pessoas em fila; • Considerar: vestimenta, sexo; • Percentil 5% LARGURA MÁXIMA DO CORPO • Maior distância horizontal, incluindo os braços; • Largura de corredores, portas, aberturas de acesso, zonas públicas de reunião, etc. • Considerar: vestimenta, movimento do corpo; • Percentil 5% MOVIMENTO ARTICULATÓRIO Fontes: Adaptado de Panero e Zelnik (2001) http://drsergio.com.br/ergonomia/curso/antrop.html Rotação de pescoço Extensão e Flexão de pescoço Inclinação lateral de pescoço A = B = 55⁰ A = 50⁰ B = 40⁰ A = B = 40⁰ ANTROPOMETRIA DO ASSENTO Posturas sentadas típicas RECLINADA ERETA INCLINADA À FRENTE • As posturas de corpo na posição sentada têm a finalidade de buscar o equilíbrio dos pesos da cabeça e do tronco, reduzindo-se o esforço muscular; • Para o designer é importante localizar adequadamente as superfícies de apoio do tronco, cabeça e braços, que funcionam como elementos estabilizadores ANTROPOMETRIA DO ASSENTO • Dimensões fundamentais: -altura, profundidade e largura do assento; - altura do encosto; - altura do apoio para os braços; - separação: assento, encosto, apoios. •A sustentação da pelve acomoda a curvatura natural da coluna e mantém o equilíbrio muscular. Fonte: http://www.atec.com.br/ ANTROPOMETRIA DO ASSENTO • Qualquer problema que gerar alteração em qualquer das curvaturas da coluna levará a mudanças compensatórias nas outras curvaturas para manter o equilíbrio e conservar a energia muscular (Rosse and Gaddum-Rosse 1997). • A pelve funciona como ponto de ligação para 20 grupos musculares importantes, responsáveis por iniciar movimentos e contrabalançar as forças gravitacionais nas partes superior e inferior do corpo (Rosse and Gaddum-Rosse 1997); • A sustentação da pelve acomoda a curvatura natural da coluna e mantém o equilíbrio muscular. Fonte: http://www.atec.com.br/ ANTROPOMETRIA DO ASSENTO • Movimento da pelve ao sentar: tendência de rotação para trás, o que leva a um endireitamento da curvatura naturalmente lordótica (curvada para dentro) da coluna lombar, ou ainda a uma curva cifótica (curvatura para fora) • Aumento da pressão sobre os discos intervertebrais (Andersson 1974), bem como da atividade muscular, pois o corpo vai tentar restaurar o equilíbrio (Rosse and Gaddum- Rosse 1997), gerando um aumento da fadiga e do desconforto do usuário ao longo do dia de trabalho Fonte: http://www.atec.com.br/ ANTROPOMETRIA DO ASSENTO Distribuição da pressão Fonte: http://www.atec.com.br/ ANTROPOMETRIA DO ASSENTO Distribuição da pressão Fonte: http://www.atec.com.br/