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TEORIA GERAL DA PROVA (CONTINUAÇÃO) 2 – Provas no Processo Civil. 2.1 – Regra geral: 2.2 – Princípio dos prazos ao Processo Civil – Verdade FORMAL com flexibilização. – Doutrinária e Jurisprudencialmente entende-se que vigora no processo civil o princípio da verdade formal, por tal princípio a produção probatória tem maiores interessados ou principais interessados as partes no processo. Diferente do processo penal na qual prevalece o princípio da verdade real. PROCESSO CIVIL = VERDADE FORMAL PROCESSO PENAL = VERDADE REAL Ocorre que a verdade formal sofre mitigações ou flexibilizações na sua aplicação, visto que, hodiernamente também o poder judiciário pode/deve assumir a investigação dos fatos no processo civil. CF – Art. 5º, LVI - são inadmissíveis, no processo, as provas obtidas por meios ilícitos; CPC - Art. 332. Todos os meios legais, bem como os moralmente legítimos, ainda que não especificados neste Código, são hábeis para provar a verdade dos fatos, em que se funda a ação ou a defesa. CPC - Art. 130. Caberá ao juiz, de ofício ou a requerimento da parte, determinar as provas necessárias à instrução do processo, indeferindo as diligências inúteis ou meramente protelatórias. Art. 131. O juiz apreciará livremente a prova, atendendo aos fatos e circunstâncias constantes dos autos, ainda que não alegados pelas partes; mas deverá indicar, na sentença, os motivos que Ihe formaram o convencimento. (Redação dada pela Lei nº 5.925, de 1º.10.1973) CPC - Art. 335. Em falta de normas jurídicas particulares, o juiz aplicará as regras de experiência comum subministradas pela observação do que ordinariamente acontece e ainda as regras da experiência técnica, ressalvado, quanto a esta, o exame pericial. (…) Art. 436. O juiz não está adstrito ao laudo pericial, podendo formar a sua convicção com outros elementos ou fatos provados nos autos. Art. 437. O juiz poderá determinar, de ofício ou a requerimento da parte, a realização de nova perícia, quando a matéria não Ihe parecer suficientemente esclarecida. Obs.: O Art. 131 do CPC diz respeito ao princípio do livre convencimento, pelo qual a julgadora não esta submetida ou vinculada as provas produzidas no processo podendo aprecia-las com ampla liberdade de convencimento. 3 – Produção de Prova. – Visto que as provas no processo tem por finalidade o convencimento do julgador, deverão ser produzidas de acordo com o regramento processual, bem como levando em consideração o rigor técnico exigido para cada tipo de prova. – A lei processual estabelece alguns momentos para que a prova seja produzida, mas não torna-os entangue. Isto porque as provas poderão ser produzidas a todo momento quando se achar necessária, desde que sejam produzidas até a prolação da sentença. – Em princípio no segundo grau de jurisdição não se oportuniza a produção de prova mas os tribunais poderão autoriza-las em situações excepcionais. – Já em sede extraordinária (Resp, RE) não se admite em absoluta a produção de prova. 4 – Antecipação da Prova. – No processo civil as provas podem tomar caráter de antecipação em conformidade com a matéria e o procedimento adotado no próprio processo, exemplo disso é o Processo Cautelar previstos nos Arts. 846 e 851, que tratam da produção antecipada de provas. STJ Súmula nº 7 - 28/06/1990 - DJ 03.07.1990 Reexame de Prova - Recurso Especial A pretensão de simples reexame de prova não enseja recurso especial. STF Súmula nº 279 - 13/12/1963 - Súmula da Jurisprudência Predominante do Supremo Tribunal Federal - Anexo ao Regimento Interno. Edição: Imprensa Nacional, 1964, p. 127. Simples Reexame de Prova - Cabimento - Recurso Extraordinário Para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário. CPC - Art. 283. A petição inicial será instruída com os documentos indispensáveis à propositura da ação. Obs.: O Art. 846 do CPC – É possível que a parte interessada a pretensão somente de produzir antecipadamente a prova, mas não necessariamente utiliza-la de imediato. Em outros procedimentos exige-se que a parte interessada apresente prova pré-constituída, ou seja, não se admite a dilação probatória ou outros momentos de produção. Ex: Mandado de Segurança. 5 – Prova emprestada. – No processo civil admite-se que seja utilizados, provas produzidas em outros processo, desde que, atendidos os seguintes pressupostos: 1 → No processo originário as provas produzidas deverão atender o princípio do contraditporio. 2 → As provas produzidas no processo originário NÃO poderiam ser produzidas no outro processo. Seção VI Da Produção Antecipada de Provas Art. 846. A produção antecipada da prova pode consistir em interrogatório da parte, inquirição de testemunhas e exame pericial. Art. 847. Far-se-á o interrogatório da parte ou a inquirição das testemunhas antes da propositura da ação, ou na pendência desta, mas antes da audiência de instrução: I - se tiver de ausentar-se; II - se, por motivo de idade ou de moléstia grave, houver justo receio de que ao tempo da prova já não exista, ou esteja impossibilitada de depor. Art. 848. O requerente justificará sumariamente a necessidade da antecipação e mencionará com precisão os fatos sobre que há de recair a prova. Parágrafo único. Tratando-se de inquirição de testemunhas, serão intimados os interessados a comparecer à audiência em que prestará o depoimento. Art. 849. Havendo fundado receio de que venha a tornar-se impossível ou muito difícil a verificação de certos fatos na pendência da ação, é admissível o exame pericial. Art. 850. A prova pericial realizar-se-á conforme o disposto nos arts. 420 a 439. Art. 851. Tomado o depoimento ou feito exame pericial, os autos permanecerão em cartório, sendo lícito aos interessados solicitar as certidões que quiserem. CF - LXIX - conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito líquido e certo, não amparado por "habeas-corpus" ou "habeas-data", quando o responsável pela ilegalidade ou abuso de poder for autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do Poder Público; 3 → Os fatos mencionados ou então o direito pleiteado em juízo no mínimo deve ter conexão com o processo originário. 6 – Distribuição do ônus da prova: – O CPC estabelece que as partes no processo deverão, de modo dinâmico, produzir provas, de acordo com o ônus estabelecido no Art. 333 CPC O parágrafo único do Art. 303 do CPC trata-se da chamada defesa genérica pela qual o órgão indicado no parágrafo único no 303, poderão fazer genericamente uma defesa sem apresentar provas. 6.1 - 6.2 – Fatos que dispensam provas: Neste artigo as hipóteses indicam que não é necessário em princípio a prova de tais fatos, mas não impede absolutamente de que os mesmos sejam produzidos. CPC - Art. 472. A sentença faz coisa julgada às partes entre as quais é dada, não beneficiando, nem prejudicando terceiros. Nas causas relativas ao estado de pessoa, se houverem sido citados no processo, em litisconsórcio necessário, todos os interessados, a sentença produz coisa julgada em relação a terceiros. CPC - Art. 332. Todos os meios legais, bem como os moralmente legítimos, ainda que não especificados neste Código, são hábeis para provar a verdade dos fatos, em que se funda a ação ou a defesa. Art. 333. O ônus da prova incumbe: I - ao autor, quanto ao fato constitutivo do seu direito; II - ao réu, quanto à existência de fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do autor. Parágrafo único. É nula a convenção que distribui de maneira diversa o ônus da prova quando: I - recair sobre direito indisponível da parte; II - tornar excessivamente difícil a uma parte o exercício do direito. CPC - Art. 334. Não dependem de prova os fatos: I - notórios; II - afirmados por uma parte e confessados pela parte contrária; III - admitidos, no processo, como incontroversos; IV - em cujo favor milita presunção legal de existência ou de veracidade. 6.3 – Prova Pericial: Perícia é a opinião técnica formulada por profissional da área respectiva, a qual a julgadora não teria condições por si mesma de avaliar a prova produzida. Em principio a perícia é exigida quando a julgadora diante das provas já produzidas não se dar convencida ou prefere ouvir uma opinião. 6.4 – Momento Processual da Prova: O CPC estabelece alguns momentos específicos para a produção da prova (Art. 283 e 297) bem como determina que seja feita audiência de instrução e julgamento (Art. 452 CPC). Mas a todo momento que for necessário poderá o magistrado determinar a produção de provas. 6.5 - CPC - Art. 338. A carta precatória e a carta rogatória suspenderão o processo, no caso previsto na alínea b do inciso IV do art. 265 desta Lei, quando, tendo sido requeridas antes da decisão de saneamento, a prova nelas solicitada apresentar-se imprescindível. (Redação dada pela Lei nº 11.280, de 2006) CPC - Art. 336. Salvo disposição especial em contrário, as provas devem ser produzidas em audiência. Parágrafo único. Quando a parte, ou a testemunha, por enfermidade, ou por outro motivo relevante, estiver impossibilitada de comparecer à audiência, mas não de prestar depoimento, o juiz designará, conforme as circunstâncias, dia, hora e lugar para inquiri- la. CPC - Art. 283. A petição inicial será instruída com os documentos indispensáveis à propositura da ação. (…) Art. 297. O réu poderá oferecer, no prazo de 15 (quinze) dias, em petição escrita, dirigida ao juiz da causa, contestação, exceção e reconvenção. (…) Art. 452. As provas serão produzidas na audiência nesta ordem: I - o perito e os assistentes técnicos responderão aos quesitos de esclarecimentos, requeridos no prazo e na forma do art. 435; II - o juiz tomará os depoimentos pessoais, primeiro do autor e depois do réu; III - finalmente, serão inquiridas as testemunhas arroladas pelo autor e pelo réu. Art. 337. A parte, que alegar direito municipal, estadual, estrangeiro ou consuetudinário, provar-lhe-á o teor e a vigência, se assim o determinar o juiz.