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MOMENTO LINEAR E COLISÕES AULA 02 Luiz Fernando Mackedanz Colisões Colisão entre dois (ou mais) objetos, ou entre um objeto e uma "parede" Dois carros em um acidente de trânsito Duas bolas de bilhar Uma bola de bilhar ricocheteando no canto da mesa Um asteroide se chocando contra a Terra Duas moléculas de ar se chocando entre si Questão: Se sabemos os momentos dos dois objetos antes da colisão, é possível prever os momentos após a colisão? Durante a colisão o objeto 1 exerce uma força sobre o objeto 2. Use a relação entre força e mudança de momento [i = inicial (antes da colisão), f = final (depois da colisão)] O objeto 2 exerce uma força sobre o objeto 1. Logo: De acordo com a terceira lei de Newton: Conservação de momento em colisões (1) Conservação de momento em colisões (2) Integre o resultado da terceira dei de Newton: Logo: (válida para todas as colisões entre dois corpos!) Reorganize esta equação: Esta é a lei de conservação do momento! Aplica-se para todas as colisões entre dois corpos Lei fundamental da conservação, assim como a da conservação de energia Conservação de momento em colisões (3) A única condição usada para a derivação é a terceira lei de Newton E outras forças externas? Nós as desprezamos na derivação Por que isso é justificável? Tempos de colisão são muito curtos, e durante estes tempos o impulso devido a forças externas pode ser desprezado Por outro lado, as forças entre estes dois objetos em colisão são muito grandes. Compare com o exemplo do home run Colisão perfeitamente elástica em 1d (1) A sequência de um vídeo mostra a colisão entre dois carrinhos em uma pista (quase) sem atrito. Intervalos de tempo iguais As velocidades antes e depois da colisão estão marcadas por linhas coloridas Colisão perfeitamente elástica em 1d (2) A colisão perfeitamente elástica é um caso ideal em que duas condições são cumpridas: O momento total é conservado (válida para todas as colisões) A energia cinética total é conservada Resultado: é possível calcular os momentos após a colisão Colisão perfeitamente elástica em 1d (2) Energia cinética: Momento: Divida (I) por (II) e use : Coloque de volta em (II): Da mesma forma, resolva para o outro momento final Colisão perfeitamente elástica em 1d (2) Também podemos obter a expressão para velocidades ao invés de momentos usando pi,1=m1vi,1, …. Expressão para as velocidades finais a partir das iniciais Velocidade relativa após a colisão, vf,1-vf,2 : A velocidade relativa muda de sinal! Lembre-se novamente: o momento é conservado em todos os tipos de colisões Em colisões perfeitamente elásticas, a energia cinética também é conservada Questão: Qual é o limite oposto, uma colisão que possa ser definida como perfeitamente inelástica? É possível remover toda a energia cinética? A resposta é NÃO! (normalmente) Conservação de momento (1d) (mais geral) Colisões perfeitamente inelásticas Uma colisão perfeitamente inelástica é definida com aquela em que os objetos em colisão se aderem após colidirem Exemplo: um inseto no parabrisa do seu carro Se os dois objetos se aderem, suas velocidades finais após a colisão devem ser idênticas Por favor, observe: neste caso, a velocidade relativa final é zero Resultados da conservação de momento em Derivação: colisões perfeitamente inelásticas Conservação de momento Use e obtenha: Agora use Logo: Exemplo: colisão frontal (1) Considere uma colisão frontal de uma caminhonete, M= 3023 kg, e um carro compacto m= 1184 kg. Cada veículo tem velocidade inicial de 50 mph (22,35 m/s), e eles estão se movendo em sentidos opostos (caminhonete: -v; carro: +v). Os dois veículos colidem e ficam juntos => colisão perfeitamente inelástica. Questão: Quais são as mudanças nas velocidades dos dois carros na colisão? Resposta: Calcule a velocidade final do par: Exemplo: colisão frontal (2) Mudança de velocidade para a caminhonete: Mudança de velocidade para o carro compacto: Razão das mudanças de velocidades: 32,12/12,58 = 2,55=inverso da razão das massas Ambos os carros têm uma mudança em suas velocidades durante um intervalo de tempo idêntico; então a razão da aceleração também é 2,55 => as forças sentidas pelo corpo do motorista do carro compacto são 2,55 vezes maiores que as do da caminhonete. (Mas ainda: as forças que a caminhonete e o carro compacto exercem entre si são as mesmas - 3a lei de Newton!) Perda de energia cinética (1) Energia cinética inicial total Energia cinética final total Perda de energia cinética (2) Obtenha a diferença entre estas duas e encontre a perda de energia cinética Por favor, observe: a perda de energia cinética normalmente é menor que a energia cinética inicial! => não se pode sempre eliminar toda a energia cinética, nem mesmo em colisões altamente inelásticas. Há um caso em que se elimina toda a energia cinética em uma colisão perfeitamente inelástica: os momentos iniciais são iguais em módulo e opostos em sentido. Nota final: a perda de energia cinética é proporcional ao quadrado da velocidade relativa. Experimento: colisão perfeitamente inelástica Questão: Um projétil (v=300 m/s, m=0,020 kg) atinge um bloco (M=4,0 kg) e se adere a ele. Qual é a energia cinética do bloco+projétil logo após o impacto? Resposta: Trata-se logicamente de uma colisão perfeitamente inelástica Compare: Pêndulo balístico (1) Pêndulo balístico (2) Questão: Se o bloco está suspenso por cordas, até que altura o pêndulo vai balançar? Resposta: A altura da conversão de energia cinética em energia potencial: Exemplo: acidente de trânsito Colisão entre dois carros, perfeitamente inelástica, defletida em 38° como mostrado Qual a razão das velocidades iniciais dos dois carros? Dados: m1=2209 kg (caminhonete branca), m2= 1474 kg (carro azul) vi,2vi,1+90°=128° x y Colisão parcialmente inelástica Coeficiente de restituição Definido como a razão entre os módulos das velocidades relativas final e inicial Colisão perfeitamente elástica: Colisão perfeitamente inelástica: Perda de energia cinética em colisões parcialmente inelásticas Exemplo: quicando uma bola Um dos dois objetos em colisão é o solo (~infinitamente massivo) Solte a bola de uma altura, hi, ela atinge o solo com uma velocidade Se a colisão com o solo for perfeitamente elástica, então vf=vi, e a bola quica de volta até hf=hi Se a colisão for perfeitamente inelástica, então a bola fica no solo Podemos encontrar o coeficiente de restituição da altura para a qual a bola retorna hi hf A componente de momento paralela à parede permanece a mesma, A componente de momento perpendicular à parede muda de sinal, Ângulo de incidência = ângulo de reflexão, O valor absoluto do momento permanece o mesmo Exemplo: colisão elástica com uma parede 2d Colisão parcialmente inelástica com uma parede, 2d A componente de momento paralela à parede ainda permanece a mesma, A componente de momento perpendicular à parede muda de sinal e é reduzida pelo coeficiente de restituição, O ângulo de reflexão é menor, O valor absoluto do momento diminui Colisão perfeitamente elástica em 2d ou 3d Considerações gerais: 1d: pf,1 e pf,2 são 2 desconhecidos; conservação de momento e conservação de energia cinética oferecem 2 equações 2d: cada vetor momento final tem 2 componentes => 4 desconhecidos; conservação de momento (componente x e y) e conservação de energia cinética oferecem apenas 3 equações 3d: cada vetor momento final tem 3 componentes => 6 desconhecidos; conservação de momento (componente x, y e z) e conservação de energia cinética oferecem apenas 4 equações São necessárias mais informações! É o que faz o bilhar interessante! (É preciso ter informações sobre onde exatamente a bola encosta) Colisão entre objetos de massa igual, 2d, 3d (1) Situação no bilhar: jogue uma bola para que ela colida com outra bola que estava inicialmente em repouso Suponha que ambas tenham massa idêntica Conservação de momento: Conservação de energia cinética: Compare os dois resultados: Colisão entre objetos de massa igual, 2d, 3d (2) Produto escalar de dois vetores, , somente se duas condições forem atendidas: O comprimento de um dos vetores for 0: colisão frontal Os dois vetores forem perpendiculares entre si (ângulo de 90° entre as bolas) Nota: isto é uma idealização. Na realidade o ângulo é menor do que 90°, porque a colisão não é perfeitamente elástica, pelo rodar das bolas, atrito com a mesa,... Experimento "faça você mesmo" Questão: A pedra vermelha tinha velocidade inicial de 1,6 m/s no sentido horizontal e foi defletida em 32˚ com relação à horizontal, quais são os dois momentos finais logo após esta colisão perfeitamente elástica? Resposta: Conservação de momento: x: y: 2 equações para 2 desconhecidos. Requer um pouco de álgebra, mas é simples de resolver Exemplo: curling (1) Lembre-se: 90° entre momenta final! Exemplo: curling (2) Resolva a equação y para pf,2 e insira a equação x: