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Fontes do direito Fontes: Os processos ou meios em virtude dos quais as regras jurídicas se positivam com legitima força obrigatória, isto é, com vigência e eficácia. (Miguel Reale) As fontes podem ser: - Materiais: Influenciam na criação do direito. (Economia, história, politica, religião, moral...) - Formais: É definida pela tradição de direito que o Estado se filia. (Direito germânico, anglo-saxônico, common-law, civil-law, direito romano...) * Hoje em dia, é mais difícil diferenciar as tradições, porque estas estão se difundindo. No Brasil, as fontes formais podem ser classificadas em: - Imediatas, principais, ou diretas: Lei. - Mediata, subsidiárias, ou indiretas: Analogias, costumes, princípios gerais de direito, doutrina, jurisprudência, equidade. Teoria do Postulado da ordenitude completa: Existem autores que defendem que o ordenamento jurídico é completo com as fontes primárias, não sendo necessárias as fontes subsidiárias. - Lei : Usada para qualquer situação no mundo real. Quando a lei não é suficiente, criam-se as fontes subsidiarias, para que haja a plenitude da resolução do caso concreto. Sendo assim, se não houver uma norma válida e aplicável, o juiz pode lançar mão de fontes subsidiárias. *lacuna: ausência de fonte principal para a resolução de um caso concreto. ** Na prática, a jurisprudência vem ganhando valor de fonte primária. Fonte primária Podem ser : Lei ordinária, lei complementar, lei delgada, Constituição, Emenda a constituição, Tratados internacionais, Medida Provisória, Decreto legislativo, Resolução, Decreto e regulamento, Instrução, Portaria, Súmula vinculante. No momento, vamos estudar somente as que nos mais interessam. Lei. Lei em sentido amplo: - Norma escrita, fruto de uma autoridade competente, estabelecida de acordo com o processo formal fixado na Constituição (fundamento de validade de todas as normas no ordenamento), regulamentam a organização da sociedade. Constituição Elaborada pelo Poder Constituinte Originário Só pode ser alterada pelo Poder Constituinte Derivado, segundo devido processo legislativo. (Art. 60, C.F) Emenda Constitucional O Processo legislativo é divido em três fases : 1°) Introdutória 2°) Constitutiva 3°) Complementar 1° fase: Verifica-se se a proposta de emenda foi apresentada por uma autoridade competente. Se apresentada por aquele que não possui autoridade, é considerada uma norma inconstitucional, e portanto, não é válida. Art. 60 C.F, Inciso I,II,III. PEC – Proposta de Emenda à Constituição. 2° fase: Fase de discussão e votação. O Congresso Nacional tem poder legislativo federal, e constituinte derivado. É composto pelo Senado e pela Câmara de Deputados. O Congresso é dividido em duas casas: Casa iniciadora e Casa revisora. O Senado só será a Casa Iniciadora, quando a PEC partir de 1/3 dos senadores. Em todas as outras hipóteses, a Câmara é a Casa Iniciadora, e o Senado é a Casa Revisora. Primeiramente, o projeto passa pela apreciação das Mesas, e depois das Comissões, e em duas comissões diferentes: uma comissão especial que avalia se a alteração é oportuna, relevante, conveniente ou não, e outra comissão, a Comissão de Constituição e Justiça, que é permanente e avalia se o texto viola as cláusulas pétreas (Art. 60 C.F 4°paragrafo) Caso a Comissão de Constituição e Justiça não aprove, a PEC é arquivada. * Mesa – Organiza a agenda e as decisões. Comissões – Existem para que os parlamentares possam se dedicar a temas específicos e discutam sobre eles. Depois de passar pelas Comissões, o projeto vai para votação no Plenário, onde há dois turnos, e em cada um deve haver um coro de 3/5 de todos os parlamentares. (art. 60 C.F, 2° paragrafo). Se assim não ocorrer, aplica-se o art. 60 C.F, 3° paragrafo. Na casa revisora, o mesmo processo acontece, com as mesmas comissões, mas com interesses diferentes. Senado – do Estado. Câmara – da população. *Proposta de emenda REJEITADA: Foi a votação e não atingiu o coro necessário. *Proposta de emenda havida por prejudicada : Tem um parecer (votado pelos membros das comissões) contrário. (Comissão de Constituição e Justiça ou Comissão Especial.) Se o Plenário não aprovar, ‘’morreu’’, aplica-se o art. 60 C.F, inciso III. 3° fase: Promulgação e publicação da emenda. Art. 60 C.F 3° parágrafo. Promulgação: Atesta a existência de uma norma. Publicação: Norma torna-se obrigatória. Não há participação do Presidente da República na emenda constitucional, a não ser na fase introdutória. Obs.: Quando a votação termina no Senado e na Câmara, a emenda vai para o presidente da república sancionar ou vetar, somente se o processo constitutivo estiver vinculado com o mecanismo de freios e contrapesos. * Sistema de freios e contrapesos: Um poder (executivo, legislativo ou judiciário) pode fiscalizar, controlar, ou outro. Quando o legislativo atua, o executivo pode controla-lo sancionando ou vetando a lei. ( O Executivo, portanto, não sanciona ou veta emendas, porque estas não fazem parte do poder legislativo ou judiciário, e sim do poder constituinte.)