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1 História de um Futuro: Projeções Geopolíticas para o Século XXI feitas em começos da década de 1990 1 Por ALEXANDER MARTINS VIANNA 2 1 O fim da Guerra Fria trouxe novas questões e evidenciou antigas que permaneceram em segundo plano no contexto da bipolaridade ideológica e geopolítica que marcou a segunda metade do século XX. O começo da década de 1990 foi marcado pela crise econômica recessiva dos EUA e a emergência econômica, no norte, do Japão e da Alemanha como pólos concorrentes mundiais, fazendo com que se questionasse o quanto o poder dissuasivo do potencial bélico nuclear continuaria a ocupar posição de proa nas relações de força da geopolítica mundial. A decadência econômica da URSS e a recessão nos EUA davam a entender que a fase dos “Estados-guerreiro” seria sucedida por aquela dos “Estados-mercador”.(LELLOUCHE, 1992: 213-254) No entanto, não poderia ser esquecido o fato de que o mundo dos “mercadores” também tem o seu duplo: a contingente miserável – e a pressão demográfica pouco controlável – do Sul.(Idem, Ibidem: 261-305) Nesse sentido, no começo da década de 1990, o conflito leste/oeste seria substituído pelo tensa relação norte/sul, que teria perdido o sentido de cooperação – que a esquerda européia tentava manter desde a década de 1960 como condição de superação dos “atrasos” e da formação de “um só mundo” – em favor de uma ideologia que agrava a divisão entre o “norte civilizado” e os “novos bárbaros”.(RUFIN, 1991: 117-121) A pobreza – celeiro para o terrorismo e ressentimentos integristas anti-Ocidente – e a pressão demográfica do sul em relação ao norte, particularmente no caso da Europa, vulnerável pelo Mediterrâneo e pelo sudoeste da Ásia, foram apresentados, em 1992, por Pierre Lellouche como preocupações estratégicas centrais que o “norte” deveria ter e, por isso, reivindicava que as potências do norte não tratassem com indiferença (ou como atavismo) os problemas da pobreza do sul – principalmente no caso Africano –, caso contrário, o “sul” forçaria a sua porta e deixaria de ser um problema de política externa. Portanto, para além da questão moral da solidariedade com os menos favorecidos e da preservação ambiental, romper com a indiferença seria um modo de também garantir a segurança das instituições e do modo de vida democrático-liberal. No entanto, segundo Lellouche – e com ele Jean-Christopher Rufin –, lidar com a questão da pobreza revelou ser bem menos simples do que nos deixavam entender tanto as teorias dependentistas terceiro-mundistas (seja pelo viés da abertura regulada ao comércio exterior e às exportações, seja pelo viés da substituição de importações), ancoradas basicamente na noção de imperialismo marxista-leninista, quanto as teorias demográficas liberais (transicionistas) e malthusianas. Além disso, não se deve esquecer que o arcabouço ideológico e econômico do complexo industrial-militar da Guerra Fria fez com muitos experts norte- americanos e soviéticos pensassem soluções meramente tecnológicas para complexos problemas sociais e políticos do planeta. 1 Publicado em: Revista Espaço Acadêmico - nº 44 - Janeiro de 2005 - mensal - ISSN 1519.6186 – Ano IV. 2 Doutorando do PPGHIS-UFRJ; Prof. de História Moderna e Contemporânea do Departamento de História da FEUDUC-RJ. 2 Explicar, por exemplo, a pobreza do “sul” como um mero descompasso entre bocas a alimentar e recursos (tecnológicos) disponíveis seria criminoso e isentaria o “norte” de responsabilidade; por outro lado, não se poderia esperar que todos os países do “sul” tivessem o mesmo compasso histórico-demográfico do “norte” tão logo iniciassem seus processos de industrialização e urbanização; da mesma forma, não se poderia isentar muitos governos do “sul” do desperdício de recursos (internos e externos), do mal planejamento e da corrupção administrativa, que justificariam a indiferença ou desinteresse de investimento do “norte” no decorrer da década de 1980.(LELLOUCHE, 1992: 213-254) Assim, uma vez quebradas as lentes analíticas da bipolaridade da Guerra Fria, os problemas políticos, econômicos e sociais do mundo pareciam bem menos simples. Justamente por isso, em começos da década de 1990, Lellouche(1992) e Rufin(1991) lembravam que tais problemas não seriam resolvidos com um simples fechamento ideológico de fronteiras. Durante a Guerra Fria, foi inegável o interesse dos EUA e da URSS em controlar áreas no Terceiro Mundo para a manutenção de sua estratégia dissuasiva. No entanto, como aponta Rufin, os agentes locais destas áreas eram bem menos manipuláveis pelas superpotências de outrora do que se imaginava: as apropriações ideológicas e os jogos de interesses eram pragmáticos e filtrados por múltiplos localismos. Foi isso que o mundo pós-Guerra Fria revelou: com o abandono de muitas dessas áreas pelos EUA e pela URSS no começo da década de 1990, juntamente com a retórica ideológica da bipolaridade, os atores locais passaram a agir sem qualquer peso de uma “regulação ideológica externa” e fizeram seus próprios potentados às custas do aliciamento forçado, clientelismo e do terror contra as populações locais; as retóricas ideológicas (nacionalistas, religiosas ou indigenistas) e os interesses “locais” substituíram (melhor seria dizer, deixaram de se associar com) o arcabouço ideológico da Guerra Fria. Todo este “vazio” ou “desordem” criou, segundo Lellouche, novos desafios a serem superados antes que se possa falar efetivamente na existência de uma nova ordem mundial. Nesse sentido, as singularidades locais deveriam ser levadas em conta antes de se trabalhar com um planejamento unificado para lidar com o problema da pobreza, pois isso gerou e gera uma avaliação equivocada dos “efeitos negativos” das soluções desenvolvimentistas ocorridas no “sul”, que ora pende para uma visão estreita “econômico- tecnicista” (até a década de 1980), ora para uma visão estreita “culturalista”(década de 1990 e depois). 2 Quais cenários geopolíticos eram projetados em começos da década de 1990 com o esmorecimento da bipolaridade “leste/oeste”? Ora, sem a máscara ideológica da Guerra Fria e de seus dispositivos de segurança supranacionais, a relação “norte/sul” parecia definir-se em termos de mercado, distribuição de riqueza e pressão demográfica – com o aparente desarmamento do Norte e o armamento do sul com armas convencionais e nucleares –; por isso mesmo, Lellouche não conseguia ver bem delineado um pólo que pudesse dar um mínimo de regulação às relações de força entre as nações, donde a sua tese de que viveríamos um momento de “desordem das nações”. Nesse sentido, seria passageira e ilusória a posição dos EUA como superpotência e “herói do mundo livre”. A sensação de Lellouche de que o mundo estava à deriva não parecia sem sentido na virada para a década de 1990, vejamos porquê: (1) depois do alvoroço inicial com a “queda” de muro de Berlin (9 de novembro de 1989), a celebrada vitória da “democracia-liberal” sobre o “totalitarismo” era bem menos simples do que se imaginava, já que a Alemanha teria um aumento súbito de sua taxa de desemprego e grande pressão tributária para “reestruturar o leste”, cujos efeitos positivos para a economia nacional somente seriam sentidos a médio ou longo prazo, enquanto que o efeito imediato foi o recrudescimento político de grupos de extrema-direita; (2) a invasão do Kuwait pelo Iraque (2 de agosto de 1990) desdobrou-se em uma confrontação cultural e estratégica entre “dois mundos” (Ocidente rico, triunfante, mas em declínio demográfico contra o mundo árabe-muçulmano, superpovoado, miserável e a trazer consigo os “condenados da terra” fortalecidos ideologicamente pela busca de sua dignidade e singularidade após vários séculos de humilhação) e demonstrou que a arma nuclear de efeito destrutivo de longa escala seria politicamente inútil, ou seja, não teria efeito dissuasivo num conflito periférico em que foi desafiado o direto internacional e 3 desrespeitada a soberania de um país, devendo-se, pois, aceitar o desafio de reformulação do parque bélico para munições (nucleares ou não) com menor efeito de destruição e, compensativamente, com vetores de maior precisão; (3) o putsch estalinista de 20-21 de agosto de 1991 na URSS parecia demonstrar os riscos de um retrocesso para a perestroika, justamente quando esta tomou a clara conotação de transição para o capitalismo em vez de reforma do comunismo. Entre um marco e outro, Lellouche teve o cuidado de demonstrar que, malgrado os EUA permanecessem com o papel de superpotência militar do mundo, isso seria apenas uma das expressões geopolíticas de poder no mundo pós-Guerra Fria e, portanto, outros fatores conjunturais deveriam ser considerados para relativizar a hegemonia norte-americana: (1) o boom armamentista do governo Reagan (1981-1988) – com sua receita republicana de sustento do aparato de defesa com corte em gastos sociais e aumento da emissão de moeda sem ampliação da base tributária (reaganomics) – apenas serviu para aumentar a dívida externa, desequilibrar a balança de comércio e aumentar a hegemonia do Japão como parceiro comercial e principal financiador da dívida pública norte- americana; (2) Alemanha e Japão, as duas potências derrotadas durante a II Guerra Mundial (1939- 1945), tornaram-se pontas econômicas e tecnológicas – embora não comparativamente militares – na Europa e na Ásia, respectivamente, devido aos financiamentos dos EUA como parte de sua estratégia de contenção da heartland soviético e chinesa durante a Guerra Fria; (3) a dívida norte-americana forçara o governo Bush (1989-1993) a reduzir os gastos militares (na verdade, descartar setores e pessoal tornados obsoletos) em relação ao governo Reagan e, contra a ortodoxia anterior, ampliar a base tributária; (4) a URSS mostrava toda a sua fragilidade econômica e política, com o pipocar das nacionalidades e os riscos potenciais da divisão de seu parque bélico-militar entre as repúblicas, incluindo também o perigo do sucateamento de recursos materiais e humanos de seu complexo industrial-militar para países e grupos interessados da Ásia (Irã, China e Índia), seja por transação formal ou não. Isto efetivamente aconteceu durante a década de 1990, impulsionado, em parte, pelo desinteresse da Europa e dos EUA em investir ou fazer empréstimos a Gorbatchev (URSS) e a Yeltsin (Federação Russa). Frente a tal quadro, Lellouche projetou em sua análise geopolítica uma relação dos desafios para o século XXI: (1) a formação de um mundo tendencialmente pós-nuclear no norte e nuclear no sul, sem que haja neste último os entraves ideológicos dissuasivos da ordem mundial advinda da Conferência de Yalta (4-11 de fevereiro de 1945); (2) a ameaça terrorista (biológica, química, convencional ou nuclear) e o desafio da inserção equilibrada de bilhões de muçulmanos na lógica do mundo desenvolvido; (3) a concorrência desordenada no norte, como no mundo pré-Yalta, por domínios econômicos com justificativas ideológicas que partem de pulsões nacionalistas; (4) a dificuldade de adaptação do setor militar soviético para as necessidades civis devido ao enorme fosso que havia entre a sua alta sofisticação tecnológico-militar e o atraso nos demais setores da economia; (5) a crise econômica soviética (russa) a forçar o país buscar reservas com a venda descontrolada de seu aparato militar (humano e material) para compradores do Terceiro Mundo; (6) a marginalização ou isolamento técnico-econômica do sul, que adquiriu uma dimensão definitivamente estratégica no mundo pós-Guerra Fria; (7) o decréscimo e envelhecimento da população do norte e o crescimento e empobrecimento galopante da população do sul, com sua conseqüente pressão migratória sobre o norte, que tem como resultado o fechamento ideológico integrista, marcado pela violência e pela militarização. 4 3 A diversidade de fatores ligados ao desenvolvimento e a variedade de situações locais não deveriam levar o norte industrializado ao desinteresse pelo crescimento econômico do sul. Os excessos da militância neofascista e dos “anti-racistas” na Europa, ambos centrados no “direito à diferença”, mas com alvos e métodos distintos, levam igualmente a um bloqueio de diálogo sobre as questões da pobreza do sul e da imigração como peças de interesse geopolítico para o norte. Ora, segundo Lellouche, sendo a pobreza terreno propício para a violência, para o integrismo e para a militarização das relações interpessoais, serão os fatores econômicos e sociais, mais do que os políticos e ideológicos, que farão surgir novas zonas de insegurança regionais e globais. Dependendo de cada região, a pressão demográfica do sul vai modificar profundamente a situação geopolítica dos países desenvolvidos. Como observação geral, Lellouche apontava em 1992: (1) distantes das zonas de alta pressão africana, asiática e médio-oriental, os EUA são uma “ilha” que permanece relativamente isolada dos fluxos migratórios da América Latina, e o México tende a funcionar como um “Estado-tampão” à medida que é integrado economicamente aos EUA, que aumentaram seus investimentos no país; (2) a Europa e a Rússia, por sua vez, estão mais vulneráveis, visto que estão cercadas por um vasto cinturão de população em plena expansão demográfica, pobre e sobressaltada do ponto de vista religioso; (3) o Japão, mais fechado à imigração e em vias de envelhecimento, deverá decidir se pretende pertencer ao “mundo” dos EUA e da Europa, ou àquele de sua própria região e da China – a mesma consideração vale para a Austrália e a Nova Zelândia. Portanto, a relação entre território, população e poder (econômico ou militar-estratégico dos Estados) no mundo pós-Guerra Fria tornou-se mais complexa do que deixavam ver as escolas de pensamento geopolítico centradas em preocupações da “contenção” da “heartland” soviética pela “rimland” norte-americana. Em 1992, Lellouche afirmava que cada “coração” do mundo rico – EUA, Europa e Japão – teria preso a si um pedaço do Terceiro Mundo (pobre, superpovoado e desesperado) geograficamente contíguo: os EUA teriam a América Latina; o Japão teria a China e o Sudeste Asiático; a Europa teria a África e o Oriente Médio (e, em menor grau, a Ásia do Sudoeste). Segundo suas projeções, cada um desses “corações” do mundo rico ficaria dividido de acordo com os efeitos das seguintes escolhas estratégicas: acolher em seu próprio território todos os miseráveis que fugirem para o norte, ou atenuar as pressões migratórias favorecendo o desenvolvimento econômico dessas zonas. Mais do que uma questão de moral ou de justiça, trata-se, pois, de um cálculo estratégico necessário: criar emprego nos países-apêndice para fixar sua população dentro de seus respectivos territórios. Em face da importância da população, de sua distribuição nos territórios e do desenvolvimento econômico e tecnológico (principalmente no domínio da informática e dos meios de telecomunicações) como expressões de poder em cada país ou região, Lellouche fez uma projeção geral que o mundo novo do século XXI seria marcado pelo fim da hegemonia do mundo branco, dominante desde o século XIV, e a emergência de um pólo asiático em torno de Japão e China.(LELLOUCHE, 1992: 124) Assim, se nenhum dos “corações” do mundo rico conseguiu estruturar uma ordem mundial pós- Guerra Fria, isso se devia ao fato de nenhum deles ter reunido sozinho todas as expressões do poder característicos desta nova configuração geopolítica, quais sejam: pressão demográfica, tecnologia, força armada, poder econômico e financeiro, ideologia fortalecida por certezas messiânicas ou integristas. Deste modo, no começo da década de 1990, o quadro geral que Lellouche considerava ter diante de seus olhos era o seguinte: (1) nações militarmente poderosas, mas economicamente enfraquecidas (EUA e Rússia); (2) gigantes econômicos emergentes, mas incertos do ponto de vista militar na política mundial (Alemanha e Japão); (3) grandes massas demográficas subdesenvolvidas (China, subcontinente indiano e África); (4) uma vasta zona de turbulências (o mundo árabe muçulmano) fortemente militarizada, tentada pelo integrismo e vital para o planeta por seus recursos petrolíferos. 5 Contudo, no presente, o que podemos observar de convergente ou divergente a respeito do horizonte de espera projetado por Lellouche em 1992? Vejamos então: (1) os EUA saíram da recessão, mas associando crescimento econômico e redução do desemprego com o aumento interno da diferença entre pobre e rico (em 2001, correspondia aos índices da década de 1940), “terceiromundializando” internamente determinados setores das relações sociais de trabalho; (2) as questões de segurança relativas à imigração e ao narcotráfico agravaram-se nos EUA e na Europa; (3) os conflitos raciais aumentaram nos EUA e na Europa, havendo a emergência política da direta e da extrema-direita; (4) Japão entrou em recessão econômica ao passo que a China alcançou um índice de crescimento anual de 10%, confirmando sua tendência de transição para a economia de mercado e fortalecendo-se como potência regional (e, portanto, não subordinada ao Japão), ao mesmo tempo que fortaleceu e renovou o seu parque industrial-militar; (5) Paquistão e Índia confirmaram a sua entrada no clube dos países que dominam a tecnologia nuclear para fins militares; (6) a Rússia teve a sua situação econômica agravada e seu complexo industrial-militar foi degradado e dilapidado, além de ter mantido desgastante guerra com milicianos chechenos no Cáucaso, que evidenciaram a truculência do novo regime e sua inoperância militar em guerras de baixa intensidade da resistência islâmica chechena; (7) os EUA renovaram e atualizaram seus meios de defesa em face à degradação militar da Rússia, ao fortalecimento econômico-militar da China e às ameaças terroristas (islâmicas ou não) aos seus interesses estratégicos internos e externos; (8) o leste europeu, visto inicialmente como centro das atenções econômicas da Europa e, por isso mesmo, concorrente de investimentos com o Terceiro Mundo, tornou-se uma incógnita econômica (e migratória) a desafiar os planos da Unificação Européia; (9) América Latina e Ásia atraíram mais investimentos europeus e japoneses, ao passo que a África continuou basicamente “inexistente” no mapa financeiro, recebendo basicamente ajudas humanitárias; (10) cresceu no mundo muçulmano a ação de grupos terroristas fundamentalistas anti- Israel, anti-EUA e anti-Federação Russa; (11) dentro e fora dos EUA, ganhou força a explicação de viés culturalista na interpretação dos complexos problemas sociais e econômicos que envolvem as relações norte/sul nos termos das idéias de desenvolvimento/atraso. Todas essas mudanças, entretanto, não alteraram a atualidade da tese central de Lellouche, ou seja, não há ainda algo que se possa chamar de uma “ordem entre as nações”, assim como continua atual a idéia de Rufin de que, para muitos países fracos do ponto de vista econômico e militar-tecnológico, a pressão imigracionista tem se tornado uma expressão alternativa de poder em suas negociações com os países centrais, principalmente aqueles que sofrem influxos de ex-colônias (Europa) ou dividem vasta fronteira de seu território com tais zonas de pressão (EUA). Referências Bibliográficas: HARRISON, Lawrence E.; HUNTINGTON, Samuel P.. A Cultura Importa: os valores que definem o progresso humano. Rio de Janeiro: Record, 2002. LELLOUCHE, Pierre. Le Nouveau Monde: de l’ordre de Yalta au désordre des nations. Paris: Bernard Grasset, 1992. RUFIN, Jean-Christopher. O Império e os Novos Bárbaros. Rio de Janeiro: Record, 1991. 6 SILVA, Francisco C. T.(org.). Enciclopédia de Guerras e Revoluções do Século XX – As Grandes Transformações do Mundo Contemporâneo: Conflitos, Cultura e Comportamento. Rio de Janeiro: Campus, 2004. VIANNA, Alexander M.. “A Anti-Metafísica de Voltaire: Um alento de Modernidade Crítica para as Identidades Contemporâneas”. In Revista Diálogo, vol.8. Maringá: UEM-Departamento de História, 2004. pp.131-147 Disponível em: http://www.espacoacademico.com.br/044/44cvianna.htm