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Prof. João Estevão Barbosa Neto joao.estevao@unifal-mg.edu.br Universidade Federal de Alfenas Instituto de Ciências Sociais Aplicadas Análise das Demonstrações Contábeis Etapas do processo de análise 1. Coleta da documentação para análise 2. Conferência da documentação 3. Preparação dos dados e padronização das demonstrações 4. Processamento: Cálculo dos índices e estimativa dos modelos estatísticos 5. Análise dos resultados 6. Conclusão: Elaboração do parecer de análise Coleta da documentação para análise Coleta da documentação Padronização das Demonstrações Contábeis Etapas do processo de análise 1. Coleta da documentação para análise 2. Conferência da documentação 3. Preparação dos dados e padronização das demonstrações 4. Processamento: Cálculo dos índices e estimativa dos modelos estatísticos 5. Análise dos resultados 6. Conclusão: Elaboração do parecer de análise Padronização O processo de padronização das demonstrações financeiras consiste em uma crítica às contas das demonstrações, bem como na transcrição das mesmas para um modelo previamente definido. Aspectos básicos A padronização das demonstrações contábeis para fins de análise tem por finalidade levar as peças contábeis a um padrão que atenda às diretrizes técnicas internas da instituição ou do profissional independente que esteja desenvolvendo a análise. É implementada para atender a determinada finalidade, como decisão de investimentos ou decisão de crédito, entre outros objetivos. Aspectos básicos A padronização contábil tem como objetivo trazê- las a um padrão de procedimento e de ordenamento na distribuição das contas. Visa diminuir as diferenças nos critérios utilizados pelas empresas na apresentação das demonstrações contábeis e ainda adequá-las aos objetivos da análise. Motivos para a padronização 1. Simplificação: Ex. Legislação e contas no BP; 2. Comparabilidade: Toda empresa tem seu plano de contas que pode ter maior ou menor grau de detalhamento; 3. Adequação aos objetivos da análise: Crédito? Investimento?... Motivos para a padronização 4. Descoberta de erros e análise da precisão nas classificações das contas. 4. Intimidade do analista com as demonstrações da empresa: O analista se vê obrigado a pensar cada conta individualmente. Algumas reclassificações Contas do Balanço Patrimonial: Imóveis a Venda no Circulante (+) Ativo Realiz.L.P. Despesas Antecipadas (-) Patrimônio Líquido Ativo Diferido (-) Patrimônio Líquido Contas da Demonstração do Resultado do Exercício: Part. de Empreg. e Adm. nos Rtdos Despesas Operacionais (despessas com pessoal) Classificação das contas do BP Contas Erráticas ou Financeiras: São contas de curto e curtíssimo prazo, que não guardam relação como o processo produtivo. Sua variação é aleatória e, geralmente, estão ligadas à tesouraria da empresa Contas Cíclicas ou Operacionais São contas que estão sempre girando. Isto quer dizer que sua reposição é automática, no ritmo do negócio Contas Permanentes (Longo Prazo e Permanentes) São contas de longo prazo, cujo tempo de maturação e movimentação é demorado Modelo de padronização BALANÇOS EM 31-12-X1 31-12-X2 31-12-X3 VA AV AH VA AV AH VA AV AH ATIVO CIRCULANTE FINANCEIRO Disponível Aplicações Financeiras OPERACIONAL Clientes Estoques Outros NÃO CIRCULANTE Realizável a Longo Prazo Investimentos Imobilizado Intangível Modelo de padronização BALANÇOS EM 31-12-X1 31-12-X2 31-12-X3 VA AV AH VA AV AH VA AV AH PASSIVO + PL CIRCULANTE OPERACIONAL Fornecedores Outras Obrigações FINANCEIRO Empréstimos Bancários Duplicatas Descontadas Outras Obrigações NÃO CIRCULANTE EXIGÍVEL A LONGO P. Empréstimos e Financ. Outras Obrigações CAPITAIS DE TERC. PATRIMÔNIO LÍQUIDO Capital e Ajustes de Av.P. Reservas de Lucros Modelo de padronização DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO FINDO EM BALANÇOS EM 31-12-X1 31-12-X2 31-12-X3 VA AV AH VA AV AH VA AV AH RECEITA LÍQUIDA (-) Custo dos Prod.Vend. (=) LUCRO BRUTO (-) Despesas com Vendas (-) Despesas Gerais e Adm. (=) LUCRO OPERAC. I (+) Receitas Financeiras (-) Despesas Financeiras (=) LUCRO OPERAC. II (+) Outras Rec./Desp.Oper. (+) Rtdo. Equiv.Patr. (=) LUCRO OPERAC. III (+) Resultado Não Operac. (=) LUCRO ANTES I.R/P. (-) Participações s/ Lucro (-) Prov. p/ IR (=) LUCRO LÍQ. DO EX. Atualização Monetária das Demonstrações Financeiras Introdução A mudança nos preços dos bens e serviços determina o nível de inflação, ou mesmo de deflação em uma economia. O critério de correção monetária das demonstrações financeiras foi adotado a partir da Lei n 6.404/76 e extinto pela Lei 9.249, art. 4 de 26- 12-1995. Introdução As mudanças no nível geral de preços são indicativos da variação do poder de compra de unidade monetária em determinado período, em decorrência de um processo de inflação ou de deflação. Considerando que os preços variam em taxas diferentes, um índice geral de preços representa uma média das variações do poder aquisitivo de todos os bens e serviços disponíveis na economia. Introdução Cada empresa sofre efeitos específicos de mudanças ocorridas nos preços: • de suas matérias-primas, • dos componentes que são agregados a seus produtos, • da mão-de-obra direta e indireta, • do consumo de energia, • dos aluguéis e dos demais custos de fabricação e despesas em geral. O ideal seria se ter um índice de inflação para os preços que interferem nos resultados da companhia analisada. Todavia isso é impraticável. A Inflação no Brasil pós Plano Real (IPC - FGV) Observações importantes A ausência de atualização dos valores monetários das demonstrações financeiras irá prejudicar a qualidade das informações destinadas aos usuários das demonstrações financeiras e, portanto, enviesar as análises. Para fins de análise, deve-se atualizar monetariamente no tempo os valores publicados, principalmente para análises que envolvam demonstrações de diversos exercícios (períodos).