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A nova contabilidade social Leda Maria Paulani e Márcio Bobik Braga 3ª edição – Revisada e atualizada |2007| Capa da Obra Capítulo II Contas Nacionais: Estrutura Básica 2.1 Introdução Capa da Obra Capítulo II Contas Nacionais: Estrutura Básica A economia real é infinitamente mais complexa do que aquela apresentada em exemplos e fluxogramas. há uma quantidade quase infinita dehá uma quantidade quase infinita de transações que se realizam todos os dias; o governo altera expressivamente o funcionamento do sistema; a economia de um país real nunca é inteiramente fechada, ou seja, sempre realiza transações com as economias de outras países. 2.1 Introdução Capa da Obra Capítulo II Contas Nacionais: Estrutura Básica Várias podem ser as maneiras de se apresentarem as informações do sistema de contas nacionais sem que sejam desrespeitados os conceitos básicos que lhes dão origem. � o formato concreto do sistema pode variar, e de� o formato concreto do sistema pode variar, e de fato varia, de país para país. � a necessidade de estabelecer comparações entre os diversos países tem feito com que a ONU divulgue, de tempos em tempos, um conjunto de recomendações, que a maior parte dos países procura seguir, a fim de tornar o mais homogêneo possível esse formato. 2.2 As Contas Nacionais 2.2.1 Economia fechada e sem governo Capa da Obra Capítulo II Contas Nacionais: Estrutura Básica Quando consideramos o movimento da economia como um todo, o produto, ou a produção, é a principal variável aum todo, o produto, ou a produção, é a principal variável a ser enfocada: sem produção não há renda nem pode haver dispêndio, e também não há o que transacionar. � a conta de produção afigura-se a conta mais importante do sistema, já que é a partir dela que todas as demais encontram sua razão de ser. 2.2 As Contas Nacionais 2.2.1 Economia fechada e sem governo Capa da Obra Capítulo II Contas Nacionais: Estrutura Básica Primeira etapa: Economia fechada e sem governo Aqui, que contas são necessárias? Como se dá o equilíbrio em cada conta? E o equilíbrio entre as contas, como se estabelece? Economia fechada: a economia em questão não realiza nenhuma transação com outros países. 2.2 As Contas Nacionais 2.2.1 Economia fechada e sem governo Capa da Obra Capítulo II Contas Nacionais: Estrutura Básica Todo bem que, por sua natureza, é final, deve ter seu valor considerado no cálculo do valor do produto, mas nem todo bem cujo valor entra no cálculo do valor do produto é umbem cujo valor entra no cálculo do valor do produto é um bem final por natureza. A ótica da despesa ou do dispêndio avalia o produto de uma economia considerando a soma dos valores de todos os bens e serviços produzidos no período que não foram destruídos ou absorvidos como insumos na produção de outros bens e serviços. 2.2 As Contas Nacionais 2.2.1 Economia fechada e sem governo Capa da Obra Capítulo II Contas Nacionais: Estrutura Básica Conta de produção: - de um dos lados, da conta teremos o produto; - de outro lado, teremos a utilização ou destino do- de outro lado, teremos a utilização ou destino do produto, ou seja, o consumo das famílias e a formação de estoques (ou seja, a parcela de produto final e insumos que não foi utilizada no período, e que o serão no período posterior). Quando se contabilizam as variáveis integrantes do sistema de contas é preciso, em alguns casos, considerar o saldo que as contas carregam de um período para o outro. Esse é o caso da variável estoques. 2.2 As Contas Nacionais 2.2.1 Economia fechada e sem governo Capa da Obra Capítulo II Contas Nacionais: Estrutura Básica Para descobrir qual o valor dos bens produzidos na economia, ao longo do período X, mas ainda não consumidos, é preciso deduzir, do valor dos estoques ao finalconsumidos, é preciso deduzir, do valor dos estoques ao final do período X, o valor dos estoques ao final do período X-1. Assim, o mais correto é falarmos em variação de estoques. Logo, na conta de produção diremos que, de um de seus lados, estará contabilizado o produto e, de outro, sua utilização ou destino, ou seja, consumo pessoal e variação de estoques. 2.2 As Contas Nacionais 2.2.1 Economia fechada e sem governo Capa da Obra Capítulo II Contas Nacionais: Estrutura Básica Os estoques são constituídos por mercadorias que representam o consumo futuro. Dessa forma, tudo que érepresentam o consumo futuro. Dessa forma, tudo que é produzido num período mas não é consumido nesse período, significando consumo futuro, é chamado de investimento. Apesar de todos os bens que ensejam consumo futuro serem considerados investimento, é comum separá-los em duas categorias distintas: variação de estoques e formação de capital fixo. Capa da Obra Capítulo II Contas Nacionais: Estrutura Básica INVESTIMENTO Variação de Estoques Bens cujo consumo ou absorção futuros irão se dar de uma única vez. INVESTIMENTO Formação Bruta de Capital Fixo Bens que não desaparecem depois de uma única utilização, e possibilitam a produção ao longo de um determinado período de tempo. exemplos -Máquinas -Moradias -Estradas de ferro -Etc. 2.2 As Contas Nacionais 2.2.1 Economia fechada e sem governo Capa da Obra Capítulo II Contas Nacionais: Estrutura Básica Todos os bens que compõem o investimento se desgastam com o tempo, ainda que isto não ocorra de uma única vez. Esse desgaste do investimento recebe o nome de depreciação.desgaste do investimento recebe o nome de depreciação. É a depreciação que determinará a diferença entre o produto bruto e o produto líquido da economia. 2.2 As Contas Nacionais 2.2.1 Economia fechada e sem governo Capa da Obra Capítulo II Contas Nacionais: Estrutura Básica Para obter o valor do produto líquido de uma economia num determinado período é preciso deduzir, do valor total produzido, ou seja, do valor do produto bruto, aquela parcelaproduzido, ou seja, do valor do produto bruto, aquela parcela meramente destinada à reposição da parte desgastada do estoque de capital da economia, a que se dá o nome de depreciação. Logo, temos que: Produto Bruto = Produto Líquido + Depreciação 2.2 As Contas Nacionais 2.2.1 Economia fechada e sem governo Capa da Obra Capítulo II Contas Nacionais: Estrutura Básica Logo, temos a seguinte estrutura da conta de produção numa economia fechada e sem governo: Resultado do esforço conjunto da economia num período Destino do produto gerado pela economia no período. 2.2 As Contas Nacionais 2.2.1 Economia fechada e sem governo Capa da Obra Capítulo II Contas Nacionais: Estrutura Básica O princípio das partidas dobradas reza que, a um lançamento a débito, deve sempre corresponder um outro de mesmo valor a crédito.mesmo valor a crédito. Equilíbrio Interno � refere-se à exigência de igualdade entre o valor do débito e o do crédito em cada uma das contas. Equilíbrio Externo � implica a necessidade de equilíbrio entre todas as contas do sistema. 2.2 As Contas Nacionais 2.2.1 Economia fechada e sem governo Capa da Obra Capítulo II Contas Nacionais: Estrutura Básica Como é necessário que haja um equilíbrio entre todas as contas, isso implica considerarmos as demais contas componentes desse modelo simplificado: conta de apropriação e conta de capital.e conta de capital. Produto Dispêndio Elemento gerador de renda 2.2 As Contas Nacionais 2.2.1 Economia fechada e sem governo Capa da Obra Capítulo II Contas Nacionais: Estrutura Básica Assim, temos uma segunda versão da conta de produção: 2.2 As Contas Nacionais 2.2.1 Economia fechada e sem governo Capa da Obra Capítulo II Contas Nacionais: Estrutura Básica Conta de apropriação O sentido lógico da conta de apropriação é mostrar de que maneira as famílias alocaram a renda que receberam pelaque maneira as famílias alocaram a renda que receberam pela cessão de seus fatores de produção. É, portanto, uma espécie de “conta-espelho” da conta de produção: se nesta os indivíduos e famílias são considerados agentes envolvidos nas atividades produtivas, na conta de apropriação eles são tomados como unidades de dispêndio, a partir da renda recebida. A conta de apropriação funciona como uma espécie de demonstrativo de lucros e perdas, com seus correspondentes significados de receitas e despesas. 2.2 As Contas Nacionais 2.2.1 Economia fechada e sem governo Capa da Obra Capítulo II Contas Nacionais: Estrutura Básica Assim, temos uma primeira versão da conta de apropriação: Principais agentes: famílias 2.2 As Contas Nacionais 2.2.1 Economia fechada e sem governo Capa da Obra Capítulo II Contas Nacionais: Estrutura Básica Conta de Capital A conta de capital “fecha” o sistema, garantindo seu equilíbrio externo, já que, com ela, temos todos os lançamentosequilíbrio externo, já que, com ela, temos todos os lançamentos necessários para completar os pares até então a descoberto. Além de completar o sistema, a conta de capital demonstra a identidade investimento Ξ poupança, que é uma forma alternativa de representar a identidade produto Ξ renda Ξ despesa. � se a variação de estoque e a formação bruta de capital fixo são consideradas investimento (por ensejarem consumo futuro), elas também devem ser consideradas poupança (pois indicam que nem todos os esforços de produção foram consumidos). 2.2 As Contas Nacionais 2.2.1 Economia fechada e sem governo Capa da Obra Capítulo II Contas Nacionais: Estrutura Básica Assim, temos uma primeira versão da conta de capital: 2.2 As Contas Nacionais 2.2.2 Economia aberta e sem governo Capa da Obra Capítulo II Contas Nacionais: Estrutura Básica Admitindo a existência do setor externo (ou seja, cada uma das economias do planeta tem relações econômicas com as demais), a primeira e imediata constatação é quecom as demais), a primeira e imediata constatação é que parte da produção de uma dada economia num determinado período de tempo foi vendida ao resto do mundo, isto é, foi exportada. Da mesma forma, também temos de admitir que parte do que foi consumido e/ou acumulado nesse mesmo período pode ter sido produzido fora do país e comprado, isto é, importado, pela economia em questão. 2.2 As Contas Nacionais 2.2.2 Economia aberta e sem governo Capa da Obra Capítulo II Contas Nacionais: Estrutura Básica Esses dois tipos de transação são elementos da chamada balança comercial. Esta, por sua vez, é uma conta muito importante para a composição do balanço de pagamentosimportante para a composição do balanço de pagamentos O balanço de pagamentos também contém, ainda, a balança de serviços (que registra as transações externas envolvendo os chamados “invisíveis” ou mercardorias intangíveis, como fretes e royalties), as transferências unilaterais e a balança de capitais. 2.2 As Contas Nacionais 2.2.2 Economia aberta e sem governo Capa da Obra Capítulo II Contas Nacionais: Estrutura Básica Balança de transações correntes do balanço de pagamentos� somatório da balança comercial e da balança de serviços. Separar as transações com o exterior em dois grupos, bens e serviços não fatores e bens e serviços fatores, implica considerar que as relações econômicas entre os países não se restringem à mera compra e venda de mercadorias, mas podem envolver elementos mais complexos como os fatores de produção. � assim, parte da produção de uma economia num período pode não ter sido obtida com fatores de produção de propriedade de residentes e, por isso, não pode ser considerada do país. 2.2 As Contas Nacionais 2.2.2 Economia aberta e sem governo Capa da Obra Capítulo II Contas Nacionais: Estrutura Básica Produto Nacional Para se obter o produto nacional de uma economia, é preciso deduzir de seu produto interno a renda líquidaé preciso deduzir de seu produto interno a renda líquida enviada ao exterior ou, se for o caso, adicionar a seu produto interno a renda líquida recebida do exterior. 2.2 As Contas Nacionais 2.2.2 Economia aberta e sem governo Capa da Obra Capítulo II Contas Nacionais: Estrutura Básica Dessa forma, temos a primeira versão da Conta do setor externo: 2.2 As Contas Nacionais 2.2.2 Economia aberta e sem governo Capa da Obra Capítulo II Contas Nacionais: Estrutura Básica Alterações na conta de produção causadas pela introdução da conta do setor externo: �esta conta terá de contemplar não só o valor produzido com�esta conta terá de contemplar não só o valor produzido com fatores de produção nacionais, mas também o valor produzido com a utilização de fatores de propriedade de não-residentes, líquido dos valores produzidos em outros países com a utilização de fatores de propriedade de residentes. �As importações serão lançadas no lado do débito, compondo a oferta total, enquanto que as exportações serão lançadas no lado do crédito da conta de produção, compondo a demanda total da economia. 2.2 As Contas Nacionais 2.2.2 Economia aberta e sem governo Capa da Obra Capítulo II Contas Nacionais: Estrutura Básica Assim, chegamos a uma nova uma nova versão da conta de produção: 2.2 As Contas Nacionais 2.2.2 Economia aberta e sem governo Capa da Obra Capítulo II Contas Nacionais: Estrutura Básica Com essa nova disposição da conta de produção, demos conta dos lançamentos inversos necessários para garantir o equilíbrio externo do sistema depois da introdução da contaequilíbrio externo do sistema depois da introdução da conta do resto do mundo, com exceção de um: o item déficit do balanço de pagamento em transações correntes. �Este lançamento a crédito que completa o fechamento do sistema se dá na conta de capitais. �O que justifica esse lançamento? A identidade investimento Ξpoupança. 2.2 As Contas Nacionais 2.2.2 Economia aberta e sem governo Capa da Obra Capítulo II Contas Nacionais: Estrutura Básica Assim, chegamos a uma nova versão da conta de capital: 2.2 As Contas Nacionais 2.2.3 Economia aberta e com governo Capa da Obra Capítulo II Contas Nacionais: Estrutura Básica Como se sabe, o governo interfere significativamente na vida econômica de um país. �Além de arrecadar impostos e consumir bens e serviços para poder fornecer à população outros bens e serviços, ele também realiza transferências e subsidia determinados setores. Ele também pode, em alguns casos, interferir nos preços das mercadorias (em casos específicos). Para dar conta de todas essas operações, introduzimos uma quinta conta, a chamada conta do governo. 2.2 As Contas Nacionais 2.2.3 Economia aberta e com governo Capa da Obra Capítulo II Contas Nacionais: Estrutura Básica Conta do governo – primeira versão A igualdade entre débito e crédito da conta, exigida pelo seu equilíbrio interno, requer o lançamento do saldo do governo em conta corrente do lado do débito. 2.2 As Contas Nacionais 2.2.3 Economia aberta e com governo Capa da Obra Capítulo II Contas Nacionais: Estrutura Básica Estrutura da conta: �O governo recebe, sob a forma de impostos e outras receitas líquidas, uma determinada parcela da renda geradareceitas líquidas, uma determinada parcela da renda gerada na economia. �Com essa quantia, o governo sustenta suas próprias atividades, ou seja, paga salários a seus funcionários e adquire bens e serviços do setor privado. �O governo também utiliza sua receita para fazer transferências para o setor privado (pensões e aposentadorias, e juros da dívida pública), ou para fazer subsídios. 2.2 As Contas Nacionais 2.2.3 Economia aberta e com governo Capa da Obra Capítulo II Contas Nacionais: Estrutura Básica A diferença entre a receita que o governo arrecada e os gastos que tem com salários, bens e serviços, transferências e subsídios gera um saldo, que pode ser positivo ou negativo.e subsídios gera um saldo, que pode ser positivo ou negativo. se for positivo, o governo arrecadou mais do que gastou, gerando uma poupança do governo; se for negativo, o governo gastou mais do que arrecadou, dando origem a um déficit, que será financiado. por poupança do setor privado (interno ou externo). 2.2 As Contas Nacionais 2.2.3 Economia aberta e com governo Capa da Obra Capítulo II Contas Nacionais: Estrutura Básica Os impostos arrecadados pelo governo podem ser classificados como impostos diretos ou impostos indiretos. Impostos Diretos Incidem sobre a renda ou a propriedade; São recolhidos e pagos como impostos; Exemplos - Imposto de renda - IPTU - IPVA 2.2 As Contas Nacionais 2.2.3 Economia aberta e com governo Capa da Obra Capítulo II Contas Nacionais: Estrutura Básica São pagos como parte do preço das mercadorias; Impostos Indiretos mercadorias; Por serem pagos indiretamente, afetam os preços relativamente a uma situação sem a existência do imposto. Exemplos - IPI - ICMS 2.2 As Contas Nacionais 2.2.3 Economia aberta e com governo Capa da Obra Capítulo II Contas Nacionais: Estrutura Básica Transferências Teoricamente, considera-se transferência aquele tipo de operação que só tem um sentido: um dá e outrotipo de operação que só tem um sentido: um dá e outro recebe, sem dar nada em troca. Há um efetivo deslocamento de recursos do governo para os beneficiários. Exemplos: auxílio-doença auxílio-maternidade aposentadorias Programa Renda Mínima 2.2 As Contas Nacionais 2.2.3 Economia aberta e com governo Capa da Obra Capítulo II Contas Nacionais: Estrutura Básica Subsídios Subsídios não significam a redistribuição de uma renda coletada por meio de impostos, mas simplesmente arenda coletada por meio de impostos, mas simplesmente a abdicação, por parte do governo, de uma receita à qual ele teria direito. A concessão de subsídios mexe com os preços das mercadorias, mas mexe no sentido inverso da incidência de impostos indiretos (ou seja, os subsídios reduzem o preço final dos bens ao invés de elevá-los). 2.2 As Contas Nacionais 2.2.3 Economia aberta e com governo Capa da Obra Capítulo II Contas Nacionais: Estrutura Básica A existência do governo prova uma nova dicotomia na forma de registro dos agregados na contabilidade social. Isso porque, por um lado, os impostos indiretos aumentam osporque, por um lado, os impostos indiretos aumentam os preços dos bens; por outro lado, tais preços são diminuídos por conta de subsídios. Como registrar esse diferencial? 2.2 As Contas Nacionais 2.2.3 Economia aberta e com governo Capa da Obra Capítulo II Contas Nacionais: Estrutura Básica Para resolver o problema foram criados dois conceitos de produto: o produto a preços de mercado, que inclui o valor dos impostos indiretos compensados dos subsídios; o produto a custo de fatores, que não considera esse valor adicional. 2.2 As Contas Nacionais 2.2.3 Economia aberta e com governo Capa da Obra Capítulo II Contas Nacionais: Estrutura Básica Dessa forma, PIBpm – renda líquida enviada ao exterior = PNBpmPIBpm – renda líquida enviada ao exterior = PNBpm PNBpm – depreciação = PNLpm PNLpm – impostos indiretos mais subsídios = PNLcf 2.2 As Contas Nacionais 2.2.3 Economia aberta e com governo Capa da Obra Capítulo II Contas Nacionais: Estrutura Básica Agora, já podemos enunciar as enunciar as versões finais das contas estudadas: 2.2 As Contas Nacionais 2.2.3 Economia aberta e com governo Capa da Obra Capítulo II Contas Nacionais: Estrutura Básica 2.2 As Contas Nacionais 2.2.3 Economia aberta e com governo Capa da Obra Capítulo II Contas Nacionais: Estrutura Básica 2.2 As Contas Nacionais 2.2.3 Economia aberta e com governo Capa da Obra Capítulo II Contas Nacionais: Estrutura Básica 2.2 As Contas Nacionais 2.2.3 Economia aberta e com governo Capa da Obra Capítulo II Contas Nacionais: Estrutura Básica 2.2 As Contas Nacionais 2.2.3 Economia aberta e com governo Capa da Obra Capítulo II Contas Nacionais: Estrutura Básica 2.3 Da Contabilidade Social à Macroeconomia 2.3.1 Revisando Keynes Capa da Obra Capítulo II Contas Nacionais: Estrutura Básica Foi a partir da teoria macroeconômica, que teve seu nascimento com a publicação da Teoria Geral em 1936, quenascimento com a publicação da Teoria Geral em 1936, que foram envidados todos os esforços para a construção de um sistema a partir do qual pudesse ser observada a evolução dos agregados que são de fundamental importância na avaliação da performance econômica de um país. Foi partindo da macroeconomia que se chegou às contas nacionais. 2.3 Da Contabilidade Social à Macroeconomia 2.3.1 Revisando Keynes Capa da Obra Capítulo II Contas Nacionais: Estrutura Básica Contudo, é preciso lembrar que o objetivo maior de Keynes, ao escrever a Teoria Geral, foi contrapor-se à teoria econômica então dominante (teoria neoclássica). Naquelaeconômica então dominante (teoria neoclássica). Naquela abordagem, chegava-se à conclusão de que a economia capitalista portava uma espécie de regulador automático que impedia as crises e o desemprego. Todo o desemprego existente era tomado como desemprego voluntário. � a crise dos anos 1930 mostrou a clara inadequabilidade de tal teoria para explicar a realidade. 2.3 Da Contabilidade Social à Macroeconomia 2.3.1 Revisando Keynes Capa da Obra Capítulo II Contas Nacionais: Estrutura Básica Keynes tentou demonstrar que não existia o tal regulador automático e que a maior parte do desemprego era involuntário.involuntário. Para isso, teve que fazer uma revolução nas idéias econômicas e jogar por terra vários postulados. 2.3 Da Contabilidade Social à Macroeconomia 2.3.2 A determinação da renda Capa da Obra Capítulo II Contas Nacionais: Estrutura Básica Se tomarmos a conta de produção de uma economia fechada e sem governo, estudada anteriormente, veremos que temos, do lado do débito da conta, a renda ou produtoque temos, do lado do débito da conta, a renda ou produto nacional bruto e, do lado do crédito, a indicação da forma concreta tomada por essa renda (quanto foi consumido e quanto foi investido). Temos que: Y ΞC + I 2.3 Da Contabilidade Social à Macroeconomia 2.3.2 A determinação da renda Capa da Obra Capítulo II Contas Nacionais: Estrutura Básica Se Y for muito baixo relativamente ao potencial dessa economia, de modo que existam fatores de produção não utilizados, estamos supondo que essa economia poderiautilizados, estamos supondo que essa economia poderia operar num nível bem mais elevado de produto e renda mas, por alguma razão, não está se comportando assim. Para saber o porque disso, precisamos saber o que é que determina C e I. 2.3 Da Contabilidade Social à Macroeconomia 2.3.2 A determinação da renda Capa da Obra Capítulo II Contas Nacionais: Estrutura Básica Keynes demonstrou que o principal fator que determina C é justamente a renda, Y: quanto maior a renda, maior será o consumo da família; mas aumentos na renda geramo consumo da família; mas aumentos na renda geram aumentos menos que proporcionais no consumo � propensão marginal a consumir. Logo, Y ΞCa + cY + I 2.3 Da Contabilidade Social à Macroeconomia 2.3.2 A determinação da renda Capa da Obra Capítulo II Contas Nacionais: Estrutura Básica Quanto ao investimento, Keynes constatou que ele depende de variáveis extremamente sujeitas à flutuação, devido às sempre presentes incertezas em relação ao futuro.devido às sempre presentes incertezas em relação ao futuro. Essas variáveis são a preferência pela liquidez e as expectativas quanto ao rendimento futuro esperado dos bens de capital são aquilo que Keynes convencionou chamar de eficiência marginal do capital. 2.3 Da Contabilidade Social à Macroeconomia 2.3.2 A determinação da renda Capa da Obra Capítulo II Contas Nacionais: Estrutura Básica Retomando a última identidade da renda, vemos que: Y (1 – c) = Ca + I E, logo, Y = Ca + I 1 - c 2.3 Da Contabilidade Social à Macroeconomia 2.3.2 A determinação da renda Capa da Obra Capítulo II Contas Nacionais: Estrutura Básica O termo 1 Keynes chamou de multiplicador. 1 – c 1 – c O multiplicador indica a magnitude do aumento no nível de renda em decorrência seja de um aumento em Ca, seja de um aumento em I. 2.3 Da Contabilidade Social à Macroeconomia 2.3.2 A determinação da renda Capa da Obra Capítulo II Contas Nacionais: Estrutura Básica Se considerarmos agora a conta de produção em sua versão final e, portanto, considerarmos uma economia aberta e com governo, chegaremos a outras conclusões importantese com governo, chegaremos a outras conclusões importantes sobre essa questão. Teremos que: Y Ξ C + I + G + (X – M) 2.3 Da Contabilidade Social à Macroeconomia 2.3.2 A determinação da renda Capa da Obra Capítulo II Contas Nacionais: Estrutura Básica Transpondo para essa expressão ampliada as mesmas considerações anteriormente feitas para uma economia fechada e sem governo, podemos perceber que o nível de produto e renda em que opera a economia não depende apenas do consumo e do investimento, mas também dos gastos do governo e das exportações líquidas das importações. Assim, um efeito multiplicador também vai atuar sobre os possíveis aumentos, seja em G, em (X – M). É por esse efeito de G em Y que costuma-se dizer que o governo passa a ter a responsabilidade por aquilo que se costuma denominar controle da demanda efetiva.