Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original
EMPRESA, INDÚSTRIA E MERCADOS Cristina Lelis Leal Calegario Professora do DAE 1 1 EMPRESA, INDÚSTRIA E MERCADOS A visão de empresa foi evoluindo dependendo do funcionamento do sistema econômico e das unidades de produção e de acordo com a forma que as teorias econômicas a retratavam nas diversas épocas da história. Dessa forma, é importante conhecer as diferentes correntes teóricas e sua definição de empresa. 2 2 ESCOLA CLÁSSICA Antes da Revolução Industrial – existência de empresas na esfera comercial, com produção doméstica ou em pequenas oficinas; Mesmo Sec. XIX – as primeiras empresas industriais (ex. têxtil), são empresas familiares ou sociedades de natureza jurídica simples – não separando a responsabilidade do patrimônio familiar dos compromissos da empresa. Já havia a idéia de acumular capital num ambiente competitivo - identificando capitalismo . 3 3 ESCOLA CLÁSSICA Principais Contribuições: Adam Smith – propôs que quanto maior o mercado, maior a produção, implicando maior divisão do trabalho – incorpora a questão da produtividade para conseguir novos mercados; David Ricardo – lei dos rendimentos decrescentes – a agricultura apresentava produtividade decrescente porque as terras são incorporadas por ordem de fertilidade. E devido ao uso de porção fixa das terras. 4 4 ESCOLA NEOCLÁSSICA Trouxe o problema da alocação de recursos escassos a necessidades ilimitadas; A discussão passou a ter ênfase. A solução do problema alocativo era conhecer o valor das mercadorias. 5 5 ESCOLA NEOCLÁSSICA Principais Contribuições: Alfred Marshall Teoria do Valor – Versão do Equilíbrio Parcial. A empresa é vista como um agente que toma decisões de produção (curto prazo) e de escolha do tamanho da planta (longo prazo), incluindo a entrada ou saída de mercados onde os lucros estejam acima ou abaixo dos Lucros Normais; As decisões são baseadas na maximização do lucro, combinando os fatores de produção de maneira gerar produtos. 6 6 ESCOLA NEOCLÁSSICA Principais Contribuições: Léon Walras Versão do Equilíbrio Geral. Empresários no mercado de fatores são demandantes de serviços e no mercado de bens e serviços, como ofertantes de produtos. Suas remunerações são os lucros advindos da venda de produtos menos custo de produção (salário do trabalhador, etc) e se existir lucro excessivo esses seriam anulados por pressão da competição; Obs: – estas limitações são devido a tentativa de oferecer solução ao problema do equilíbrio geral com um desenho institucional simples e não da incapacidade intelectual dos teóricos da época. 7 7 EMPRESA COMO INSTITUIÇÃO Principais Contribuições: Ronald Coase Empresa é vista como um arranjo institucional que substitui a contratação de fatores no mercado por uma outra de vínculo duradouro. Ex.: contratar trabalhador autônomo x funcionário da empresa. Identifica duas formas alternativas de alocar recursos: a) pelo mercado – flexível, elástica, de acordo com os preços. b) hierárquica – não há necessidade de recorrer sempre ao mercado devido a contratos já firmados. (economizam nos custos de transação). 8 8 EMPRESA COMO INSTITUIÇÃO Principais Contribuições: Ronald Coase Essa economia de custos possui limitações na ineficiência gerencial que aumenta com o número de fatores contratados pela hierarquia levando à deseconomia de ineficiência gerencial. Dessa forma a empresa de Coase ainda mantém o problema alocativo como central usando o cálculo racional e a análise marginal para encontrar o tamanho ótimo que maximiza lucros (traços da teoria neoclássica). 9 9 EMPRESA COMO INSTITUIÇÃO Principais Contribuições: Alfred Marshall Introduz o conceito de capacitações organizacionais – empresa se desenvolve ao longo de um ciclo de vida, no qual nascem e sobrevivem se seus fundadores possuem qualidades para trazer soluções adequadas aos problemas da organização, das técnicas de produção, comercialização e relacionamento com fornecedores. 10 10 EMPRESA COMO INSTITUIÇÃO Principais Contribuições: Alfred Marshall O crescimento da empresa se faz sob rendimentos crescentes – empresas maiores se beneficiam por terem maiores vantagens: adoção de técnicas, nas compras (grandes volumes) etc. Juntando estas vantagens estáticas`as vantagens dinâmicas (experiência de conhecimento acumulado, relacionamentos comerciais) a uma estrutura interna amadurecida, consolidada, têm-se: quanto maior a empresa, mais competitiva ela é. 11 11 EMPRESA COMO INSTITUIÇÃO Principais Contribuições: Alfred Marshall Estudando grupo de empresas familiares inglesas XIX e XX percebeu-se que após certo tempo as empresas entravam em falência. Sua explicação é a de que havia perda de vigor no trabalho da gerência no final da primeira geração fundadora e que porque os substitutos destes gerentes não eram selecionados no mercado pela capacidade de conduzir empresa e sim pela hereditariedade. Século XX – ocorre o fenômeno separação de propriedade e controle. 12 12 EMPRESA COMO INSTITUIÇÃO Principais Contribuições: Gerencialistas –rejeitam idéia de maximo lucro como determinante do comportamento decisório; Porque houve separação entre propriedade e controle, aparece a figura do gerente profissional que possui objetivo próprios não necessariamente coincidentes com os interesses dos acionistas proprietários (custos de agência). Seus interesses: vendas, grau de risco, etc. 13 13 EMPRESA COMO INSTITUIÇÃO Principais Contribuições: Edith Penrose Volta a idéia de Marshall – empresas que crescem acumulando capacidade e recursos. A empresa reúne e combina recursos, mas esta função contrasta com a anterior porque não há uma relação biunívoca entre um recurso e os serviços que dele se podem obter. Estes dependem da empresa (ambiente interno) e para os conhecimentos utilizados quando do seu emprego. Os conhecimentos são adquiridos pela experiência comum entre os funcionários proporcionando um caráter de trabalho de equipe, mas em ambiente hierárquico e com divisão do trabalho. 14 14 EMPRESA COMO INSTITUIÇÃO Principais Contribuições: Visão Neoshumpeteriana Empresa é vista como um agente que acumula capacidades organizacionais. Richard Nelson e Sidney Winter apresentam estas capacidades sob a forma de rotinas. Não bastam equipamentos e manuais para sua utilização, mas conhecimento não-formal adquirido através da participação na atividade rotineira. Conceito de inovação – problemas detectados nas rotinas podem por em ação rotinas de solução (novas ou adaptações da rotinas anteriores). 15 15 ESTRUTURA ORGANIZACIONAL INTERNA DA EMPRESA A diversificação industrial apresenta-se como uma das formas mais tradicionais de expansão das empresa na economia capitalista . Dois modelos principais: Formato Unitário (U) – perspectiva funcional de caráter centralizado. Empresa se organiza segundo uma perspectiva estritamente funcional: divisões em produção, marketing, finanças, etc; Problemas em alocar recursos depender do poder de barganha entre as divisões. 16 16 ESTRUTURA ORGANIZACIONAL INTERNA DA EMPRESA Formato Multidivisional – Divisões por produto ou por região geográfica (quase-empresa). Vantagens – descentralização produtiva e a concentração decisória referente à alocação de recursos entre as quase-empresas a partir da gerência central. Conferem uma série de opções estratégicas para a conformação organizacional da empresa. 17 17 ESTRUTURA ORGANIZACIONAL INTERNA DA EMPRESA Modelos de empresas diversificadas: Empresa Multiproduto Empresas Verticalmente Integradas Conglomerado Gerencial Conglomerado Financeiro Companhia de Investimento 18 18