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Aula Antropometria (1)

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13/8/2013
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Avaliação Antropométrica
nos ciclos da vida
Disciplina: Inquéritos dietéticos e medidas 
antropométricas
Prof. Ms. Camila Schreiner
O que é estado nutricional?
 É o resultado do equilíbrio entre o consumo de
nutrientes e o gasto energético do organismo para
suprir as necessidades nutricionais (BRASIL,
2007).
◦ Adequação Nutricional (Eutrofia)
◦ Carência Nutricional: situação em que
deficiências gerais ou específicas de energia e
nutrientes resultam na instalação de processos
orgânicos adversos à saúde.
◦ Distúrbio Nutricional: problemas relacionados
ao consumo inadequado de alimentos, tanto por
escassez quanto por excesso, como a
desnutrição e a obesidade.
Método a ser usado na avaliação do estado 
nutricional em serviços
de saúde?
 Indicadores antropométricos - mais 
adequada e viável para ser adotada 
em serviços de saúde.
 Vantagens: baixo custo, a 
simplicidade de realização, sua 
facilidade de aplicação e 
padronização, amplitude dos aspectos 
analisados, além de não ser invasiva.
Avaliação Antropométrica
•O que é??
• A antropometria é um termo 
de origem grega: anthropo
caracteriza o homem e 
metry significa medida
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Avaliação Antropométrica
• Método de investigação em nutrição 
baseado na medição das variações 
físicas e na composição corporal 
global. 
• Aplicável em todas as fases do ciclo 
de vida e permite a classificação de 
indivíduos e grupos segundo o seu 
estado nutricional (MINISTÉRIO DA 
SAÚDE, 2008). 
Avaliação Antropométrica
 Apontada como o melhor parâmetro 
para avaliar o estado nutricional de 
grupos populacionais, possibilita 
diagnósticos individuais e coletivo 
(WHO, 2004).
 É a medida do tamanho corporal e de 
suas proporções, sendo um dos 
indicadores diretos do estado 
nutricional do indivíduo.
Ciclos da vida e suas faixas 
etárias (SISVAN)
 Criança: menor de 10 anos de idade
 Adolescente: maior ou igual a 10 
anos e menor que 20 anos de idade
 Adulto: maior ou igual a 20 anos e 
menor que 60 anos de idade
 Idoso: maior ou igual a 60 anos de 
idade
 Gestante: qualquer mulher grávida
Dados antropométricos e demográficos a 
serem coletados para fins de vigilância 
nutricional
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Índices e indicadores
 Índice é a combinação entre duas 
medidas antropométricas (por exemplo, 
peso e estatura) ou entre uma medida 
antropométrica e uma medida 
demográfica (por exemplo, peso-para-
idade, estatura-para-idade).
 Os índices antropométricos podem ser 
expressos em percentis ou em escores-
z, ou até como percentuais da mediana.
Índices e indicadores
 O termo indicador refere-se à 
aplicação dos índices. 
 Corresponde à classificação que é 
atribuída a um indivíduo ou a uma 
população, saudável ou não, como 
resultado da aplicação de um valor 
crítico (ponto de corte) a um índice.
Medidas, índices e indicadores
 Medidas antropométricas: dimensões 
de peso, estatura e outras proporções 
corporais;
Medidas, índices e indicadores
 Índices: combinação entre duas ou 
mais medidas antropométricas. 
 O índice incorpora em uma única 
medida, diferentes aspectos ou 
diferentes indicadores. Em avaliação 
nutricional os mais utilizados são P/I, 
P/A, A/I, IMC.
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Medidas, índices e indicadores
• Indicadores: permitem o 
diagnóstico nutricional. É utilizado 
para representar ou medir aspectos 
não sujeitos à observação direta.
• Inclui apenas um aspecto, por 
exemplo, a desnutrição ou a 
obesidade. Para tanto, deve-se 
comparar a população avaliada com 
uma população de referência, ou 
normal, por meio dos pontos de corte 
para os índices antropométricos.
Pontos de corte
 Separam os indivíduos que estão 
saudáveis daqueles que não estão.
 Por exemplo, o percentil 3 da 
distribuição do peso-para-idade é o 
ponto de corte que o Ministério da 
Saúde adota para indicar baixo peso 
para idade entre crianças
Populações de referência e 
padrões de crescimento
 População de referência é aquela cujas 
medidas antropométricas foram aferidas 
em indivíduos sadios, vivendo em 
condições socioeconômicas, culturais e 
ambientais satisfatórias, tornando-se uma 
referência para comparações com outros 
grupos. 
 Com a distribuição gráfica das medidas de 
peso e estatura de indivíduos sadios, são 
construídas curvas de crescimento de 
referência.
Curvas de referência
 O Ministério da Saúde adota as 
recomendações da Organização 
Mundial da Saúde (OMS). 
◦ Crianças menores de cinco anos: OMS 
lançada em 2006 (WHO, 2006) -
Caderneta de Saúde da Criança.
◦ Crianças com cinco anos ou mais e 
adolescentes: OMS lançada em 2007 
(WHO, 2007).
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Percentil e escore-z
 Percentil é um termo estatístico e 
refere-se à posição ocupada por 
determinada observação no interior de 
uma distribuição. 
 Os valores da distribuição devem ser 
ordenados do menor para o maior; em 
seguida, a distribuição é dividida em 
100 partes de modo que cada 
observação corresponda um percentil 
daquela distribuição.
Percentil e escore-z
 Exemplo: aos 4 anos de idade, a mediana 
de estatura na população de referência, 
isto é, o percentil 50 (equivalente ao 
escore-z 0), é de 103,3 cm para meninos e 
102,7 cm para meninas. (TABELAS E 
GRÁFICOS).
 Uma criança nessa idade com 100,5 cm 
estará no percentil 25 (equivalente ao 
escore-z de -0,67), se for do sexo 
masculino ou no percentil 30 (equivalente 
ao escore-z -0,52) se for do sexo feminino 
para o índice de estatura por idade.
Percentil e escore-z
 Escore-z é outro termo estatístico e 
quantifica a distância do valor 
observado em relação à mediana 
dessa medida ou ao valor que é 
considerado normal na população.
 Corresponde à diferença padronizada 
entre o valor aferido e a mediana 
dessa medida da população de 
referência.
Percentil e escore-z
 Escore-z = (valor observado) –
(valor da mediana de referência) / 
Desvio-padrão da população de 
referência
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Percentil e escore-z
 EXEMPLO: aos 3 anos de idade, a 
mediana de peso na população de 
referência, isto é, escore-z 0 (equivalente 
ao percentil 50), é de 14,3kg para meninos 
e 13,9kg para meninas. O cálculo do 
escore-z para uma criança nessa idade 
com peso de 15,1 kg indicará o valor de 
0,43 escore-z (equivalente ao percentil 66) 
se for do sexo masculino ou 0,66 escore-z 
(equivalente ao percentil 75) se for do sexo 
feminino para o índice de peso por idade.
Índices antropométricos e 
demais parâmetros (OMS)
 a (WHO, 2006), b (WHO, 2007), c (WHO, 1995), d (WHO, 2000), e 
(THE NUTRITION SCREENING INITIATIVE, 1994), f (ATALAH 
SAMUR, E., 1997), g (INSTITUTE OF MEDICINE, 1990)
MODELOS DE ANÁLISE 
DA COMPOSIÇÃO 
CORPORAL
Modelos de análise da 
composição corporal
 Subdivide o organismo em diferentes 
compartimentos
 Modelo clássico: subdivide em dois 
compartimentos:
◦ Componente de gordura
◦ Componente isento (ou livre) de gordura
 A partir do conhecimento do componente 
de gordura for conhecido, o componente 
isento de gordura será conhecido por 
subtração.
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Modelos de análise da 
composição corporal
 Gordura: todos os lipídeos corporais que 
possam ser extraídos do organismo 
◦ Gordura estocada no tecido adiposo
◦ Adipócitos
◦ Sob forma de triglicerídeos (geralmente no 
tecido subcutâneo e entre os principais 
órgãos (gordura visceral) 
 Não são considerados: lipideos
essenciais ao corpo (indispensáveis ao 
organismo) – estocados no interior dos 
principais órgãos, músculo
e tecido 
nervoso.
Modelos de análise da 
composição corporal
 Conteúdo isento de gordura:
◦ Parte que permanece após extração da 
gordura
◦ Músculos, ossos, órgãos, água e todos 
tecidos não gordurosos
 Duas denominações: 
◦ Massa magra
◦ Massa magra livre de gosrdura
Modelos de análise da 
composição corporal
 Massa magra:
◦ Proporções de água, minerais e matéria 
orgânica do organismo, incluindo os 
lipídeos essenciais
 Massa livre de gordura:
◦ Peso corporal excluindo todo conteúdo 
lipídico, inclusive os essenciais. 
Modelos de análise da 
composição corporal
 Modelo de cinco níveis:
 Permite identificar e quantificar 
diretamente ou indiretamente os 
componentes de cada nível
◦ Atômico
◦ Molecular
◦ Celular
◦ Tecidual
◦ Sistema córporeo total
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Métodos para estimativa de 
composição corporal
 Análise da composição corporal inter-
relaciona 3 áreas: níveis da composição 
corporal, técnicas de medidas e fatores 
que interferem na composição.
 Diversos métodos, diferentes níveis de 
precisão, custo e dificuldade de 
aplicação.
 Escolha: de acordo com o propósito da 
investigação, disponibilidade de recursos 
humanos e financeiros 
Métodos diretos
 Dissecação de cadáveres ou extração 
lipídica
◦ Avaliação estrutura química (água, 
lipídeos, minerais, proteínas)
◦ Avaliação da estrutura orgânica (tecido 
adiposo, massa muscular, ossos)
◦ COMPLETAMENTE INVIÁVEL
Métodos indiretos
 Mais rigorosos e precisos
 Utilizados em estudos científicos
 Limitações:
◦ Dificuldade de empregá-los 
rotineiramente
◦ Elevado custo dos equipamentos e 
materiais
◦ Especialização profissional
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Pesagem hidrostática
 Estimar o percentual de gordura 
corporal a partir da relação entre o 
peso corporal mensurado e o volume 
corporal (mensurado com o indivíduo 
submerso em água – tanques ou 
piscinas) com a ajuda de equipamento 
– normalmente cadeira tubular 
Ultrassonografia
 Mede distância entre a pele e as 
camadas de tecido muscular e 
adiposo por meio da emissão de 
ondas sonoras
Absortometria radiológica de 
dupla energia - Dexa
 Realizam varredura do corpo em 
algum minutos, identificando as 
regiões corporais formadas por 
músculos, gordura e ossos
◦ Fontes de Raio X que convertem um feixe 
de raios X em picos fotoelétricos de baixa 
e alta energia que atravessam o corpo.
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Dexa Pletismografia
 Método recente
 Simples e seguro
 Equipamento complexo, sofisticado e 
de custo alto
 Principio da lei de deslocação do ar
Pletimografia Outros métodos indiretos
 Ressonância magnética
◦ Radiação eletromagnética
 Tomografia computadorizada
◦ Mapeamento por ondas de feixes de raio 
X
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Métodos duplamente indiretos
 Bioimpedância elétrica (BIA):
◦ Passagem de corrente elétrica alternante 
– flui entre dois eletrodos
◦ Massa magra (músculo, ossos, órgãos e 
visceras) conduz eletricidade mais 
facilmente por possuir elevado conteúdo 
de água (73 – 75%) e eletrólitos.
◦ A massa gorda (tecido adiposo) oferece 
maior resistência por apresentar baixo 
nível de hidratação. 
Cuidados antes da aplicação 
(BIA)
 Consumo de álcool e medicação 
diurética
 Atividade física (sudorese)
 Ingestão de alimentos próximo 
(modifica o peso)
 Ciclo menstrual (perda de líquido e 
retenção hídrica)
BIA
◦ Avaliado deitado, posição confortável, relaxado, 
sem calçados, meias, relógio, pulseiras e afins, 
pernas afastadas, mãos abertas
◦ Eletrodos em pontos anatômicos
◦ Verificar peso, altura, sexo e idade
 Recomendações:
◦ Não utilizar diuréticos (7 dias antes)
◦ Jejum de 4h
◦ Não ingerir bebida alcoólica (48h)
◦ Não realizar atividade física (24h)
◦ Urinar 30 min antes
◦ Repouso decúbito dorsal – repouso (5 – 10 min) 
antes 
BIA
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Interactância de raio vermelho
◦ Método novo
◦ Baixa energia de luz infravermelha
◦ Equipamento portátil, seguro
◦ Porém estudos ainda não comprovaram 
eficácia 
Antropometria
(aula prática 15/04)
 PESO CORPORAL
 PESO ATUAL
 PESO HABITUAL (casos de 
impossibilidade de medir o peso atual 
- autorreferido)
 Estatura (comprimento e altura)
 IMC
 Dobras cutâneas
◦ Manual de antropometria MS
Índice de massa corporal 
(IMC)
• Obtido a partir do peso de um indivíduo dividido 
por sua estatura ao quadrado.
• Recomendado para o diagnóstico e classificação 
da obesidade, porém não expressa a 
composição corporal relativa ou quantitativa. 
• Não é indicado para avaliação de atletas, pois 
não diferencia hipertrofia muscular de 
obesidade.
• IMC + outras variáveis (Ex.: CC), permite a 
identificação de risco de doenças 
cardiovasculares e analisam os padrões de 
distribuição da gordura corporal.
(HENRY, 1990). 
Dobras cutâneas
 Estimativa da composição corporal a 
partir da avaliação da espessura em 
milímetros
 Utiliza-se o adipômetro, também 
chamado de compasso de dobras 
cutâneas. 
 Método de fácil obtenção de dados e 
baixo custo, sendo útil e praticável em 
grandes estudos de campo. 
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Dobras cutâneas
• Quando realizado pelo mesmo avaliador, 
permite um resultado fidedigno. 
• Principais dobras cutâneas mensuradas 
são: tríceps, bíceps, subescapular, 
peitoral, antebraço, axilar média, supra-
ilíaca, abdominal, coxa e panturrilha. 
• Somatória das dobras, aplicadas a um 
protocolo específico ao caso, prediz a 
adequação de gordura corporal em 
porcentagem 
(NETO & CÉSAR 2005).
Circunferências 
• Predizem gordura corporal e analisam 
os padrões de distribuição dessa 
gordura. 
• São: pescoço, tórax, cintura, abdômen, 
quadril, coxa, panturrilha, braço, 
antebraço e punho. 
• A Circunferência de Cintura e a Relação 
das circunferências da cintura e do 
quadril (C/Q) pode ser usada para 
identificação do risco de doença 
cardiovascular.
(REZENDE, 2007). 
Medida precisa 
(reprodutibilidade)
 É aquela em que o antropometrista 
consegue obter o mesmo valor da 
medida para uma mesma pessoa, em 
dois momentos diferentes.
 A comparação entre as duas medidas 
permite determinar a precisão de cada 
antropómetrista.
Precisão
 Essa precisão é indicada pelo cálculo 
do erro técnico de medida (ETM), 
também definido como desvio-padrão 
das medidas repetidas
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Medida exata (validade)
• Aquela que o antropometrista consegue 
obter o verdadeiro valor da medida. 
Considera-se como verdadeiro valor 
aquele obtido por alguém com prática 
na tomada de uma medida específica.
• Tem-se exatidão na tomada da medida 
por um profissional quando o valor da 
sua medição coincide ou aproxima-se de 
forma satisfatória da medida obtida pelo 
“padrão ouro”, ou seja pelo 
antropometrista perito na medida.
Bibliografia
• WORLD HEALTH ORGANIZATION. Physical status: the use and
interpretation of anthropometry. Report of a WHO Expert Committee. 
Geneva, 2004.
• MINISTÉRIO DA SAÚDE. Disponível em <http//:www.saude.gov.br> 
. Acesso em 28.agosto.2008
• ROSSI, L., TIRAPEGUI, J. Comparação dos métodos de 
bioimpedância e equação de Faulkner para avaliação da 
composição corporal em desportistas. Revista Brasileira de Ciências 
Farmacêuticas. V.37, n.2, maio/ago., 2001. 
• NETO AP, CÉSAR MC. Avaliação da composição corporal de 
Atletas de basquetebol do sexo masculino participantes da liga 
nacional 2003. Rev. Bras. Cine. Hum. 7(1) 35-44, 2005. 
• REZENDE, F et al. Revisão crítica dos métodos disponíveis para 
avaliar a composição corporal em grandes estudos populacionais e 
clínicos. Arch Latinoam Nutr.;7(4): 327-334, 2007.
• HENRY, C. J. K. Body
mass index and the limits of human survival. 
Eur. J. clin. Nutr., 44:329-35,1990.

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