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ESA 118-METODOLOGIAS DE AVALIAÇÃO DE IMPACTOS AMBIENTAIS Aula 14-15: ANÁLISE DE RISCO AMBIENTAL RISCO TECNOLÓGICO Profª. Camila Costa de Amorim RISCO AMBIENTAL Perguntas do tipo: “o que aconteceria se...” São muitas vezes feitas ao se analisar a viabilidade ambiental de um projeto. As conseqüências de um mau funcionamento do empreendimento podem ser mais significativas do que os impactos decorrentes de seu funcionamento normal. Tratam-se de situações que tipificam o RISCO AMBIENTAL 2 RISCO AMBIENTAL Podem ser muito graves as consequências de eventos como explosão em uma indústria química, ruptura de uma barragem, vazamento de petróleo... Indústria química em Diadema (27/03/2009) 3 ROMPIMENTO DE BARRAGEM Bastaram poucos minutos para os 50 mil milhões de litros de água da barragem de Algodões, a 250 quilômetros de Teresina, no estado brasileiro do Piauí, invadirem o vale vizinho após o paredão ter cedido. Pelo caminho levaram 500 casas e fizeram cinco mortos, deixando ainda perto de três mil pessoas desalojadas. Um verdadeiro "tsunami com destruição total", como o descreveu o governador do estado, Wellington Dias. (30-05-09) 4 VAZAMENTO DE PETRÓLEO 5 6 RISCO X PERIGO PERIGO Característica associada a instalação, substância, atividade ou procedimento que prenuncia um potencial de causar danos aos seres vivos ou ao meio ambiente. Exemplos: - viajar de avião, praticar pára-quedismo, etc. - beber em excesso, tomar muito sol; - produto, manuseio ou uso de substâncias tóxicas, patogênicas, inflamáveis, reativas, radioativas, corrosivas, explosivas, muito quentes ou muito frias, a pressões elevadas; - operação de instalações industriais que usem tais produtos. 7 RISCO Reflete a incerteza associada a um perigo que cause uma redução de segurança. É função da probabilidade de ocorrência de uma anormalidade e da conseqüência desta anormalidade; 8 RISCO A noção de risco considera a existência de uma possível exposição às situações de perigo 9 RISCO Os riscos podem ser maiores com elemento pouco perigoso, exposto durante longo período de tempo do que produto muito perigoso, produzido em pequenas quantidades, estocado em boas condições; 10 RISCO O risco é então função de vários fatores: da natureza do perigo; da possibilidade de contato (potencial de exposição; da característica das populações expostas (receptores); da possibilidade de ocorrência, e da magnitude das exposições e consequências. 11 Operação sistemática para descrever e quantificar riscos associados a uma substância, instalação, atividade ou procedimento. Pode ser considerada o estudo da POSSIBILIDADE de determinada ação causar impactos ambientais 12 ANÁLISE DE RISCO AMBIENTAL ANÁLISE DE RISCOS AMBIENTAIS Características: ferramenta importante na determinação de potenciais impactos ambientais; método para identificar ações preventivas e elaborar respostas às emergências; atividade de apoio à decisão destinada a considerar problemas ambientais. 13 AVALIAÇÃO DE RISCO AMBIENTAL Envolve a análise de risco para determinar a probabilidade de um efeito adverso ocorrer; Sua importância consiste em possibilitar uma previsão antes do efeito adverso ocorrer de fato. 14 As atividades de risco são chamadas de perigosas e incluem aquelas capazes de causar dano ambiental: atividades industriais, o transporte e armazenamento de produtos químicos, o lançamento de poluentes ou a manipulação genética. Essas situações podem acarretar danos materiais, aos ecossitemas ou danos à saúde do homem e não raro ocorrem os três tipos de danos. 15 ATIVIDADES DE RISCO VAZAMENTO DE DUTO DE PETRÓLEO Ex.: durante a operação de um duto de petróleo, não se espera que os cursos d´água atravessados venham a ser poluídos e o aspecto ambiental “emissão de óleo” normalmente não faz parte dos problemas identificados. 16 AVALIAÇÃO DE IMPACTO AMBIENTAL X RISCO AMBIENTAL VAZAMENTO DE DUTO DE PETRÓLEO No entanto, se o duto romper, o petróleo poderá contaminar o solo e os recursos hídricos, sendo, então, pertinente avaliar o aspecto ambiental “risco de vazamento de petróleo” 17 AVALIAÇÃO DE IMPACTO AMBIENTAL X RISCO AMBIENTAL AVALIAÇÃO DE IMPACTO AMBIENTAL X RISCO AMBIENTAL ATERRO SANITÁRIO Se a barreira impermeável instalada na base de um aterro sanitário apresentar problemas, a água subterrânea poderá ser poluída...mas se a barreira operar adequadamente, não se esperam problemas ambientais desse tipo. 18 RISCO E INCERTEZA Quase todos os problemas de gestão de riscos ambientais envolvem algum grau de incerteza. A estimação de emissões, a exposição humana e os efeitos na saúde são alguns dos aspectos da análise ambiental frequentemente carregados de incerteza. 19 RISCO E INCERTEZA Origens da Incerteza: informação incompleta; desacordo entre as opiniões de especialistas ou fontes de informação; simplificações ou suposições efetuadas para viabilizar a análise; desconhecimento do verdadeiro modelo de risco. 20 RISCO E INCERTEZA VARIABILIDADE Quantidade que toma valores distintos com relação à localização, ao tempo ou ao indivíduo. Exemplo: Efeitos à saúde causados por água contaminada por alguma substância. 21 RISCO E INCERTEZA INCERTEZA Quantidade incerta é aquela que tem um valor correto, mas desconhecido. Representa uma falta de conhecimento. Exemplo: Potencial cancerígeno do clorofórmio. 22 RISCO E INCERTEZA DIFERENÇA ENTRE INCERTEZA E VARIABILIDADE Normalmente, a incerteza pode ser diminuída com mais estudos ou mais medições. Ex. número de mortes de câncer de pulmão associada aos pacientes fumantes A variabilidade advém da variabilidade natural de um sistema. Depende de condições fisiológicas, ambientais, etc. 23 RISCO E INCERTEZA INCERTEZA DO PARÂMETRO Deve-se ao desconhecimento do valor verdadeiro de um parâmetro do modelo, originando-se da necessidade de estabelecer inferências para pequenas amostras sobre processos que tenham um certo grau de aleatoriedade. Exemplo: Imprecisão ou erros em amostragem. 24 RISCO DE INCERTEZA Probabilidade É a melhor maneira de quantificar a incerteza. Existem duas abordagens: Freqüentista Define a probabilidade de ocorrência de um evento cuja freqüência apresenta-se em uma grande quantidade de experimentos similares. Subjetiva Quando não há informação histórica disponível ou quando não é possível repetir muitas vezes um evento de interesse. Depende-se da opinião de especialistas. 25 RISCO E INCERTEZA Probabilidade subjetiva A probabilidade é o grau de confiança que uma pessoa tem de que ocorrerá um determinado evento, considerando-se toda a informação disponível e conhecida por ela; Não existe uma probabilidade verdadeira para um evento. As pessoas podem ter informações relevantes diferentes sobre o mesmo evento, além de poderem mudar seu ponto de vista ao disporem de novas informações. 26 RISCO E INCERTEZA JULGAMENTO DE ESPECIALISTAS As distribuições de probabilidade para dados de uma avaliação de risco podem basear-se na análise da informação disponível em estudos publicados, em dados estatísticos e na opinião ou julgamento de especialistas. 27 RISCO E INCERTEZA Com freqüência há pouca evidência ou estudos para calcular a incerteza referente a um parâmetro ou modelo. Desta maneira, as avaliações dependem de probabilidades subjetivas para estimar a incerta da quantidade de interesse. A opinião de especialistas pode ser uma forma razoável de estimar a incerteza quando não exista outra forma de estimação disponível. 28 ANÁLISE DE RISCO Utilizam uma metodologia para identificar causas de um problema e verificar a sua veracidade antes de se adotarem ações de tentativas e erro. Exercitam o Pensamento preventivo em planos e ações a serem implantados. 29 TIPOLOGIA DE RISCOS AMBIENTAIS Riscos Naturais: 1. Atmosféricos (tornados, granizo, trombas d´água) 2. Hidrológicos (inundações) 3. Geológicos (deslizamentos, erosões, sismos e atividades vulcânicas) 4. Biológicos (atuação de organismos patogênicos) 5. Siderais. Riscos Tecnológicos: 1. Agudos, 2. Crônicos. 30 RISCOS NATURAIS Deve-se sempre levar em conta a ação do homem como agente deflagrador ou acelerador de processos naturais. Ex: Inundações são fenômenos naturais na maior parte do planeta, mas sua intensidade e frequência são aumentadas devido às ações antrópicas, como desmatamento e impermeabilização do solo. 31 São aqueles cuja origem está diretamente ligada à ação humana. Incluem os riscos de acidentes tecnológicos (explosões, vazamentos) e os riscos à saúde (humana ou dos ecossistemas) causados por diferentes ações antrópicas. Exemplo: Utilização ou liberação de substâncias químicas, de radiações ionizantes e de organismos geneticamente modificados. 32 RISCOS TECNOLÓGICOS Desenvolvimento das grandes civilizações - Riscos tecnológicos são eventos acidentais, envolvendo ou não substâncias perigosas, que podem ocorrer em espaço público, equipamento colectivo, estabelecimento ou área industrial, susceptíveis de provocar danos significativos entre trabalhadores, população, equipamentos ou ambiente RISCO TECNOLÓGICO = Substâncias + Espaço + Danos e Perdas RISCOS TECNOLÓGICOS 33 34 35 RISCO SOCIAL É o risco à população na zona de influência de um acidente. sua avaliação é importante no tocante à eventualidade de acidentes com consequências ambientais; 36 RISCOS PARA A SAÚDE Focaliza a saúde humana, essencialmente fora do local de trabalho ou da instalação. Geralmente, têm como característica: têm alta probabilidade de ocorrência e baixa consequência; têm exposições repetidas, cujos efeitos podem não se manifestar por longos períodos de tempo (crônicos); difícil estabelecer suas relações de causa-efeito. 37 RISCOS AMBIENTAIS/ECOLÓGICOS Focaliza impactos no ecossistema e habitat, podendo se manifestar a grandes distância da fonte. Geralmente, têm como característica: apresentam mudanças sutis e interações complexas entre populações, comunidades e ecossistemas (incluindo cadeias alimentares); têm exposições repetidas, cujos efeitos podem não se manifestar por longos períodos de tempo (crônicos); relações de causa-efeito com incerteza elevada. 38 SITUAÇÃO DE RISCO O reconhecimento de uma situação de risco depende principalmente do TIPO de risco. No âmbito dos riscos tecnológicos, é mais fácil reconhecer um risco agudo do que um risco crônico. Isso decorre do fato de que, no primeiro caso, há facilidade em se estabelecer uma relação de: CAUSA e EFEITO 39 RISCO CRÔNICO E AGUDO O efeito do risco agudo é IMEDIATO; Enquanto nos casos de risco crônico, como o nome diz, manifesta-se a MÉDIO E LONGO PRAZO. 40 AVALIAÇÃO QUANTITATIVA DO RISCO Pode ser definido de modo mais formal como o produto da probabilidade de ocorrência de um determinado evento pela magnitude das consequências. R = P x C R= risco P= probabilidade C=consequência (magnitude) 41 MATRIZ DE RISCO 42 Utilizando essa expressão pode-se calcular matematicamente diversos riscos e comparar diferentes situações de risco. Pode-se, por exemplo, tentar responder à seguinte pergunta: A produção de energia de origem nuclear é mais arriscada que a de origem hidrelétrica? 43 AVALIAÇÃO QUANTITATIVA DO RISCO AVALIAÇÃO QUANTITATIVA DO RISCO Exemplo da construção de barragens para fins de geração de energia elétrica: 44 Resolução CONAMA N. 01/ 86 – Licenciamento Ambiental – Análise de Riscos Tecnológicos Deliberação Normativa COPAM nº 108, de 24 de maio de 2007 – Licenciamento de postos de combustíveis INVESTIGAÇÃO DE PASSIVO AMBIENTAL = ASTM - E 1739/95 e E 2081/00 ASPECTOS LEGAIS Manual da CETESB de Orientação para a Elaboração de Estudos de Análises de Riscos (PGR), P4. 261, de Maio de 2003; METODOLOGIAS DE ANÁLISE DE RISCO - TECNOLÓGICO IDENTIFICAÇÃO DOS RISCOS Visa realizar uma estimativa qualitativa ou quantitativa do riscos, empregando-se técnicas cientificas, de forma a promover a combinação das freqüências com a magnitude dos eventos indesejados. APP = Análise Preliminar de Perigos HAZOP = Estudo de Perigo e Operabilidade FMEA = Análise por Modos de Falhas e Efeitos FTA = Análise por Árvore de Falhas ETA = Análise por Árvore de Eventos METODOLOGIAS DE ANÁLISE DE RISCO - TECNOLÓGICO ANÁLISE DE RISCOS TECNOLÓGICOS IDENTIFICAÇÃO DE PERIGOS MATRIZ DE RISCOS PROBABILIDADE SEVERIDADE MATRIZ DE RISCOS TECNOLÓGICOS Quem é / foi / será exposto, Como eles são / foram / serão expostos; Quais as substâncias que são / foram / serão expostas, Por quanto tempo eles foram / serão expostos e Qual a intensidade com que eles foram / estarão expostos. AVALIAÇÃO DA EXPOSIÇÃO Cada grupo deverá fazer uma análise de risco ambiental para o empreendimento em questão, escolhendo uma atividade, de acordo com exemplo do livro Sanchéz, pg.327 . Ex.: Mineradoras: análise de risco da barragem; Indústrias: armazenamento de substâncias químicas perigosas, etc; Considerar por exemplo riscos de vazamento, riscos de explosões, rompimento, etc. 53 PARA TP-2 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS SÁNCHES, Luis Enrique. Avaliação de impacto ambiental: conceitos e métodos. São Paulo: Oficina de Textos, 2008. BESSEGATO, Lupércio França. Análise de riscos ambientais. PUC Minas. Instituto de Educação continuada. SARAIVA, Alexandra. Notas de Aula. Curso de Gestão Ambiental.Módulo: III.CUM Izabela Hendrix. 54