Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS – CURSO DE ECONOMIA DISCIPLINA: Contabilidade e Análise de Balanços – Prof. Kerla Mattiello Material desenvolvido pelos professores do departamento de Ciências Contábeis da UEM 1 ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTABEIS 1. OBJETIVOS DA ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTABEIS O anseio de analisar os demonstrativos financeiros e de seus relacionamentos numéricos e extrair indicações de importância para determinado interesse decisório de ordem econômica, é tão antigo quanto à existência da Contabilidade. A expressão “Análise de Balanços” deve ser entendida em sentido amplo, incluindo os principais demonstrativos contábeis e outros detalhamentos e informações adicionais que sejam necessárias. “A Análise de Balanços objetiva extrair informações das Demonstrações Financeiras para a tomada de decisões”. (MATARAZZO, 1995, p.17) O objetivo da análise das Demonstrações Contábeis, também conhecida como análise das Demonstrações Financeiras, é produzir informações para tomada de decisão de diversos usuários da contabilidade, sejam eles internos e externos. Analisar uma demonstração é decompô-las nas partes que a formam, para melhor interpretação de seus componentes. As demonstrações fornecem uma série de dados sobre a empresa, dados estes que são números ou descrições que isoladamente podem não provocar reações nos usuários que não tem na maioria das vezes condições de interpretá-los. Portanto, cabe ao contador/analista transformar os dados contidos nas Demonstrações Contábeis em informações úteis para a tomada de decisão. A análise das Demonstrações Contábeis permite uma visão da estratégia e dos planos da empresa analisada; permite estimar o seu futuro, suas limitações e suas potencialidades. É de primordial importância, portanto, para todos os que pretendam relacionar-se com uma empresa, quer como fornecedores, financiadores, acionistas e até como empregados. A procura de um bom emprego deveria sempre começar com a análise financeira da empresa. O que adianta um alto salário inicial se as perspectivas da empresa não são boas? Através da análise dos Balanços dos últimos anos pode-se prever alguma coisa para os anos seguintes? A empresa manterá a sua rentabilidade? Poderá suportar crescer à mesma taxa anual, sem ter de recorrer a uma nova emissão de capital? Desta forma, as informações geradas pela Análise das demonstrações financeiras poderão permitir aos usuários conclusões sobre a empresa quanto à rentabilidade, capacidade de pagamento, capacidade operacional, investimentos, eficiência na utilização dos recursos, pontos fortes e pontos fracos, avaliação de alternativas econômico-financeiras futuras. UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS – CURSO DE ECONOMIA DISCIPLINA: Contabilidade e Análise de Balanços – Prof. Kerla Mattiello Material desenvolvido pelos professores do departamento de Ciências Contábeis da UEM 2 O acompanhamento das tendências e do desempenho financeiro e de rentabilidade da concorrência é essencial para a empresa situar-se no mercado, saber em que ponto da curva se encontra e, o fundamental, decidir se está satisfeita com a posição ocupada ou se pretende desempenhos mais ambicioso. As empresas poderão desejar não somente comparar-se com relação aos seus concorrentes, mas também fixar uma medida de tendência de longo prazo à qual o comportamento de certo índice deva-se ater. Um dos fatores mais importantes para um bom entendimento da análise das Demonstrações Contábeis é entender as premissas básicas contábeis que determinam a forma pela qual os próprios demonstrativos objetos de análise são levantados ou produzidos. São os denominados Princípios de Contabilidade. 1.1 LINGUAGEM DESCOMPLICADA O produto da Análise de Balanços é: relatórios escritos em linguagem corrente. Na medida do possível, recomenda-se o uso de gráficos como auxiliares para simplificar as con- clusões mais complexas. As demonstrações contábeis apresentam-se carregadas de termos técnicos. Assim, a Análise de Balanços deve assumir também o papel de tradução dos ele- mentos contidos nas demonstrações contábeis. 2. PREPARAÇÃO E PADRONIZAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS 2.1 PREPARAÇÃO: Para iniciar a análise das Demonstrações Contábeis é necessário, inicialmente: • Averiguar se estamos de posse de todas as Demonstrações Contábeis (inclusive as Notas Explicativas); • Seria desejável ter em mãos uma série de dados históricos de no mínimo de três anos da própria empresa; UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS – CURSO DE ECONOMIA DISCIPLINA: Contabilidade e Análise de Balanços – Prof. Kerla Mattiello Material desenvolvido pelos professores do departamento de Ciências Contábeis da UEM 3 • Averiguar a credibilidade das Demonstrações Contábeis. O parecer de auditores independentes dá uma satisfatória margem de confiabilidade para o analista. A análise das demonstrações financeiras só terá valor à medida que o analista estabelece alguns padrões, como: * Estabeleça uma tendência (uma série histórica) dentro da própria empresa; * Compare os índices e relacionamentos realmente obtidos com os mesmos índices e relacionamentos expressos em termos de metas; * Compare os índices e relacionamentos com os da concorrência, com outras empresas de amplitude nacional ou internacional. Apresentam-se quatro situações que servem como subsídios ao analista no julgamento das Demonstrações Contábeis, segundo Marion (2002, p. 23): a) O ideal seria: 1. Demonstrações Contábeis publicadas em jornais que atendam aos requisitos legais (Lei das Sociedades Anônimas); 2. Assinadas por contador, com Relatório da Diretoria e Notas Explicativas completas; 3. Parecer da auditoria de Pessoa Jurídica que não tenha empresa-cliente que represente mais de 2% do seu faturamento e que não esteja auditando a empresa analisada por mais de quatro anos. b) Situações encontradas que requerem alguns cuidados do analista: 4. Demonstrações Contábeis em que há Relatório da Diretoria sucinto demais e/ou Notas Explicativas incompletas. 5. Demonstrações Contábeis com parecer da auditoria que não preencham todos os requisitos do item 3. 6. Demonstrações Contábeis publicadas que não atendam a todos os requisitos legais. c) Situações que requerem do analista profundos cuidados: 7. Demonstrações Contábeis não publicadas em jornais; 8. Demonstrações Contábeis sem parecer da auditoria ou parecer com ressalva; UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS – CURSO DE ECONOMIA DISCIPLINA: Contabilidade e Análise de Balanços – Prof. Kerla Mattiello Material desenvolvido pelos professores do departamento de Ciências Contábeis da UEM 4 9. Demonstrações Contábeis que não atende boa parte dos requisitos legais ou outras situações não previstas nos itens a e b; d) Situações em que não se deveria fazer análise com base nas Demonstrações Contábeis: 10. Quando a empresa trabalha à base do Lucro Presumido, sem fazer Contabilidade (nesses casos, as Demonstrações Contábeis podem ser montadas especialmente para análise); 11. Quando há contradições nas Demonstrações Contábeis ou “exageros” facilmente detectáveis; 12. Quando é facilmente identificado que a empresa não valoriza a Contabilidade e/ ou as Demonstrações Contábeis não refletem a realidade. 2.2 PADRONIZAÇÃO: A padronização é um preparo que se realiza antes da análise e consiste numa crítica às contas das demonstrações contábeis: • Simplificação - as demonstrações contábeis devem ser simplificadas e preparadas apenas em elemento ou classe, grupo e subgrupo; • Comparabilidade - o plano de contas é elaborado em função das necessidades de cada empresa, portanto é necessário o enquadramento num modelo que permita comparação com outros balanços; • Adequação aos objetivos das análises - algumas contas precisam ser reclassificadas para que seja possível proceder a análise, isto é, são ajustes necessários para melhorar a eficiência da análise. Ex: duplicata descontada, é classificada adequadamente deduzindo as duplicatas a receber no ativo circulante, na reclassificação, devemos somá-la no passivo circulante, pois do ponto de vista financeiro, trata-se de recursos tomado junto a bancos; • Precisão nas classificações de contas: É importante o analista ficar atento quanto às classificações corretas das contas principalmente as de caráter permanente e de longo prazo. Pois uma classificação incorreta pode embelezar os balanços. UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS – CURSO DE ECONOMIA DISCIPLINA: Contabilidade e Análise de Balanços – Prof. Kerla Mattiello Material desenvolvido pelos professores do departamento de Ciências Contábeis da UEM 5 • Descoberta de erros - o analista deve no agrupamento das contas, verificar se há erros de classificação intencionais ou não. Em caso de suspeita, deve-se suspender a análise até que se esclareçam as dúvidas; • A padronização obriga o analista a pensar em cada conta, o analista deve ter conhecimento da estrutura das demonstrações contábeis para proceder à análise. Modelo de padronização de balanços e demonstrações de resultados, que serão utilizados em nosso estudo: • O ativo apresenta apenas as contas essenciais; • A conta duplicata descontada deverá ser reclassificada para o passivo circulante; • No Patrimônio Líquido aparece apenas o “capital social” já deduzido do eventual “capital a realizar” e somado as “as reservas”; • A Receita Líquida de Vendas está deduzida das “Devoluções, Abatimentos e Impostos”. 3. ANÁLISE VERTICAL E HORIZONTAL A análise vertical e horizontal envolve todos os itens das demonstrações, revelando possíveis falhas ou anomalias vividas pela empresa. • A análise vertical compara cada um dos elementos da demonstração em relação ao total do conjunto, evidenciando a participação de cada elemento. Quando fazemos a divisão de uma grandeza por outra, por exemplo, a participação da conta Estoques no Ativo em 2001, sendo: 751.206 ------------------- = 27,6%, 2.726.178 Nossos olhos lêem no sentido vertical, daí chamamos de Análise Vertical, considerando dados de um mesmo período (ou de um mesmo ano). UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS – CURSO DE ECONOMIA DISCIPLINA: Contabilidade e Análise de Balanços – Prof. Kerla Mattiello Material desenvolvido pelos professores do departamento de Ciências Contábeis da UEM 6 O percentual de cada conta mostra sua real importância na composição do conjunto, para isso calcula-se o percentual de cada conta em relação a um valor base. Por exemplo, na analise vertical do Balanço Patrimonial, calcula-se o percentual de cada conta do ativo, em relação ao total do ativo. Já na análise vertical da Demonstração do Resultado do Exercício calcula-se o percentual de cada conta em relação receita liquida, obviamente, o valor da receita liquida é igualado a 100%. • A análise horizontal tem por finalidade mostrar a evolução dos itens das demonstrações contábeis ao longo dos anos, ou seja, a evolução de cada conta mostra os caminhos trilhados pela empresa e as possíveis tendências. Baseia-se na evolução de cada conta de uma série de demonstrações contábeis em relação à demonstração anterior ou em relação a uma demonstração contábil básica, geralmente a mais antiga da série. Quando comparamos os indicadores de vários períodos (anos), analisamos a evolução em relação a períodos anteriores. Nesse caso, chamamos de Análise Horizontal, pois nossos olhos lêem no sentido horizontal. Por exemplo: ANOS CONTAS CONTÁBEIS 2001 2002 2003 Aplicações Financeiras 128.969 80.915 62.000 Análise Horizontal 100,0% 62,7% 48,0% A tendência desse índice é piorar. Assim, fizemos uma análise horizontal. Para elaboração da análise horizontal, se usa a técnica dos números-índices em que no primeiro ano todos os valores são considerados iguais a 100. Através da regra de três obtêm-se os valores dos anos seguintes; a variação é o que exceder 100 ou o que faltar para 100. A análise vertical/horizontal desce a um nível de detalhes que possibilita localizar pontos específicos de falhas, problemas e características da empresa e explicar os motivos de a empresa estar em determinada situação. É recomendável que estes dois tipos de análise sejam usados conjuntamente. UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS – CURSO DE ECONOMIA DISCIPLINA: Contabilidade e Análise de Balanços – Prof. Kerla Mattiello Material desenvolvido pelos professores do departamento de Ciências Contábeis da UEM 7 3.1 OBJETIVOS DA ANÁLISE VERTICAL / HORIZONTAL Análise vertical: Mostra a importância de cada conta em relação à demonstração contábil a que pertence e, através da comparação com padrões do ramo ou com percentuais da própria empresa em anos anteriores, permite inferir se há itens fora das proporções normais. Analise horizontal: Mostra a evolução de cada conta das demonstrações contábeis em relação a períodos anteriores e, pela comparação entre si, permite tirar conclusões sobre a evolução da empresa. Apresenta-se a seguir a análise vertical e horizontal da Cia ABC: PERÍODOS 31 / 12 / X1 31 / 12 / X2 31 / 12 / X3 CONTAS CONTÀBEIS VALOR ABSOLUTO AV AH VALOR ABSOLUTO AV AH VALOR ABSOLUTO AV AH ATIVO CIRCULANTE • Disponível 34.665 1,3 100 26.309 0,7 75,9 25.000 0,4 72,1 • Aplicações Financeiras 128.969 4,7 100 80.915 2,0 62,7 62.000 1,1 48,1 • Clientes 1.045.640 38,4 100 1.122.512 28,2 107,4 1.529.061 27,0 146,2 • Estoques 751.206 27,6 100 1.039.435 26,1 138,4 1.317.514 23,3 175,4 Total do Ativo Circulante 1.960.480 71,9 100 2.269.171 57,0 115,7 2.933.575 51,9 149,6 ATIVO PEMANENTE • Investimentos 72.250 2,7 100 156.475 3,9 216,6 228.075 4,0 315,7 • Imobilizado 693.448 25,4 100 1.517.508 38,1 218,8 2.401.648 42,5 346,3 • Diferido 40.896 1,0 - 90.037 1,6 - Total do Ativo Permanente 765.698 28,1 100 1.714.879 43,0 224,0 2.719.760 48,1 355,2 TOTAL DO ATIVO 2.726.178 100,0 100 3.984.050 100,0 146,1 5.653.335 100,0 207,4 PASSIVO CIRCULANTE • Fornecedores 708.536 26,0 100 639.065 16,0 90,2 688.791 12,2 97,2 • Empréstimos Bancários 66.165 2,4 100 83.429 2,1 126,1 158.044 2,8 238,9 • Duplicatas Descontadas 290.633 10,7 100 393.885 9,9 135,5 676.699 12,0 232,8 • Outras Obrigações 275.623 10,1 100 289.698 7,3 105,1 433.743 7,7 157,4 Total do Passivo Circulante 1.340.957 49,2 100 1.406.077 35,3 104,9 1.957.277 34,6 146,0 EXIGÍVEL A LONGO PRAZO • Empréstimos 314.360 11,5 100 792.716 19,9 252,2 1.494.240 26,4 475,3 • Financiamentos 378.072 9,5 - 533.991 9,4 - Total do Exigível a LP 314.360 11,5 100 1.170.788 29,4 372,4 2.028.231 35,9 645,2 CAPITAL DE TERCEIROS 1.655.317 60,7 100 2.576.865 64,7 155,7 3.985.508 70,5 240,8 PATRIMÔNIO LÍQUIDO • Capital e Reservas 657.083 24,1 100 1.194.157 30,0 181,7 1.350.830 23,9 205,6 • Lucros Acumulados 413.778 15,2 100 213.028 5,3 51,5 316.997 5,6 76,6 Total do Patrimônio Líquido 1.070.861 39,3 100 1.407.185 35,3 131,4 1.667.827 29,5 155,7 TOTAL DO PASSIVO 2.726.178 100,0 100 3.984.050 100,0 146,1 5.653.335 100,0 207,4 UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS – CURSO DE ECONOMIA DISCIPLINA: Contabilidade e Análise de Balanços – Prof. Kerla Mattiello Material desenvolvido pelos professores do departamento de Ciências Contábeis da UEM 8 DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO PERÍODOS 31 / 12 / X1 31 / 12 / X2 31 / 12 / X1 CONTAS CONTÁBEIS VALOR ABSOLUTO AV AH VALOR ABSOLUTO AV AH VALOR ABSOLUTO AV AH RECEITA LÍQUIDA 4.793.123 100,0 100 4.425.866 100,0 92,3 5.851.586 100,0 122,1 (-) Custo dos Produtos Vendidos 3.621.530 75,6 100 3.273.530 74,0 90,4 4.218.671 72,1 116,5 = Lucro Bruto 1.171.593 24,4 100 1.152.336 26,0 98,4 1.632.915 27,9 139,4 (-) Despesas Operacionais 495.993 10,3 100 427.225 9,7 86,1 498.025 8,5 100,4 (+/-) Outras Rec./Desp. Op. 8.394 0,2 100 17.581 0,4 209,4 27.777 0,5 330,9 =LUCRO OPERACIONAL (antes dos Result. Financeiros) 683.994 14,3 100 742.692 16,8 108,6 1.162.671 19,9 170,0 (+) Receitas Financeiras 10.860 0,2 100 7.562 0,2 69,6 5.935 0,1 24,7 (-) Despesas Financeiras 284.308 5,9 100 442.816 10,0 155,8 863.298 14,8 303,6 =LUCRO OPERACIONAL 410.546 8,6 100 307.438 6,9 74,9 305.304 5,2 74,4 (+/-) Resultado não Operacional 1.058 - 100 - - - - - - LUCRO ANTES I.R e CSLL 411.604 8,6 100 307.438 6,9 74,7 305.304 5,2 74,2 PROV. P/ I.R e CSLL 187.863 3,9 100 140.322 3,2 74,7 139.348 2,4 74,2 LUCRO LÍQUIDO 223.741 4,7 100 167.116 3,8 74,7 165.956 2,8 74,2 4. ANÁLISE POR ÍNDICES Os índices são relações que se estabelecem entre duas grandezas; facilitam sensivelmente o trabalho do analista, uma vez que a apreciação de certas relações ou percentuais é mais significativa (relevante) que a observação de valores, por si só. Análise por índice consiste na interpretação de dados extraídos das demonstrações contábeis, visando conhecer a situação econômica e financeira da empresa. Os índices são utilizados principalmente no relacionamento entre contas ou grupos do balanço patrimonial e da Demonstração do Resultado do Exercício. O uso de quocientes tem como finalidade principal permitir ao analista extrair tendências e comparar os quocientes com padrões preestabelecidos. A finalidade da análise é, mais do que retratar o que aconteceu no passado, fornecer algumas bases para inferir o que poderá acontecer no futuro. UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS – CURSO DE ECONOMIA DISCIPLINA: Contabilidade e Análise de Balanços – Prof. Kerla Mattiello Material desenvolvido pelos professores do departamento de Ciências Contábeis da UEM 9 Os índices que evidenciam a situação financeira da empresa são os índices de estrutura de capital e os índices de liquidez, já os índices de atividade e de rentabilidade, demonstram a situação econômica da entidade. O importante não é o cálculo de grande número de índices, mas de um conjunto de índices que permita conhecer a situação da empresa, segundo o grau de profundidade desejada da análise. 4.1 ÍNDICES DE ESTRUTURA DE CAPITAL Os índices de estrutura de capital também conhecidos por índice de endividamento, são obtidos mediante confronto dos elementos que representam os capitais de terceiros, com o patrimônio liquido e com o ativo permanente, servem para mostrar o grau de endividamento da empresa. São indicadores de muita importância, pois indicam a relação de dependência da empresa com relação a capital de terceiros. Na análise do endividamento se faz necessário que o analista observe o seguinte: • se a empresa recorre a capital de terceiros como um complemento dos capitais próprios para realizar aplicações produtivas no seu ativo, tais como: ampliação do parque produtivo, expansão, modernização, etc. Este endividamento é considerado sadio, pois se espera que estas aplicações tragam retorno para empresa, com isso gerarão recursos para saldar o compromisso assumido. • as empresas que recorrem a capitais de terceiros para pagar dívidas que estão vencendo, por não gerarem recursos suficientes para saldar seus compromissos, estarão se tornando candidatas à insolvência. A dependência exagerada de recursos de terceiros torna a empresa vulnerável, restringindo a sua tomada de decisão. 4.1.2 PARTICIPAÇÃO DE CAPITAL DE TERCEIROS: O índice de participação de capitais de terceiros relaciona, portanto, as duas grandes fontes de recursos da empresa, ou seja, capitais próprios e capitais de terceiros. É um indicador de risco ou de dependência a terceiros por parte da empresa. UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS – CURSO DE ECONOMIA DISCIPLINA: Contabilidade e Análise de Balanços – Prof. Kerla Mattiello Material desenvolvido pelos professores do departamento de Ciências Contábeis da UEM 10 O índice mostra à proporção que existe entre o capital de terceiros e o capital próprio. Mostra quanto à empresa tomou de capital de terceiros para cada real do capital próprio. Se o índice, durante vários anos, for consistente e acentuadamente maior que um denotaria uma dependência exagerada de recursos de terceiros. Interpretação do resultado: Indica quantos reais a empresa possui de Capital de Terceiros para cada R$ 1,00 de Capital Próprio. Quanto menor [▼], melhor. 4.1.3 COMPOSIÇÃO DO ENDIVIDAMENTO: O índice mostra quanto à empresa deve a curto prazo para cada real de obrigações totais. Representa a composição do endividamento total ou qual a parcela que se vence a curto prazo, no endividamento. Interpretação do Resultado: Supondo 0,80 ou 80% (0,8 x 100) de resultado, temos que 80% das obrigações e/ou dívidas vencerão a curto prazo. Isto significa que a empresa trabalha praticamente com dívidas a curto prazo. Esta situação é bastante desfavorável, prejudicando a capacidade de pagamento a curto prazo da empresa . Quanto menor [▼], melhor. Em situações conjunturais desfavoráveis, com desaquecimento temporário das vendas (diminui a entrada de caixa), a empresa pode ter dificuldades para honrar seus compromissos Capital de Terceiros PC + ELP FÓRMULA = ------------------------ x 100 ou ------------ x 100 Patrimônio Líquido PL Passivo Circulante PC FÓRMULA = ------------------------ x 100 ou -------------- x 100 Capital de Terceiros PC + ELP UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS – CURSO DE ECONOMIA DISCIPLINA: Contabilidade e Análise de Balanços – Prof. Kerla Mattiello Material desenvolvido pelos professores do departamento de Ciências Contábeis da UEM 11 em dia e, estas dificuldades podem ser maiores caso suas dívidas estejam concentradas no curto prazo. 4.1.4 IMOBILIZAÇÃO DO PATRIMÔNIO LIQUIDO: O índice evidencia quanto à empresa investiu no ativo permanente para cada real do patrimônio liquido. Interpretação do Resultado: Supondo 0,71 ou 71% (0,7 x 100) de resultado, temos que a empresa investiu no Ativo Permanente a importância equivalente a 71% do Patrimônio Líquido. As aplicações dos recursos do Patrimônio Líquido são mutuamente exclusivas do Ativo Permanente e do Ativo Circulante. Quanto mais a empresa investir no Ativo Permanente, menos recursos próprios sobrarão para o Ativo Circulante, em conseqüência, maior será a dependência a capitais de terceiros. Quanto menor [▼], melhor. A parcela de recursos próprios destinada ao Ativo Circulante denomina-se Capital Circulante Próprio (CCP). O CCP faz com que a empresa não dependa totalmente de terceiros para financiamento de seu giro (Ativo Circulante) e configura-se como uma margem de segurança para que a mesma tenha condições de honrar seus compromissos em dia. 4.1.5 IMOBILIZAÇÃO DOS RECURSOS NÃO CORRENTES: O índice evidencia quanto à empresa aplicou no ativo permanente para cada real não circulante. Ativo Permanente AP FÓRMULA = ------------------------- x 100 ou ------ x 100 Patrimônio Líquido PL UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS – CURSO DE ECONOMIA DISCIPLINA: Contabilidade e Análise de Balanços – Prof. Kerla Mattiello Material desenvolvido pelos professores do departamento de Ciências Contábeis da UEM 12 Interpretação do Resultado: Supondo 50% de resultado, indica que a empresa destinou ao Ativo Permanente metade dos recursos provenientes do Patrimônio Líquido e Exigível a Longo Prazo ou recursos não correntes. Os elementos do Ativo Permanentes têm vida útil longa (5, 10 ou 50 anos). Assim não é necessário a empresa financiar todo o imobilizado com recursos próprios. É perfeitamente possível utilizar recursos de longo prazo, desde que o prazo seja compatível com o de duração do Imobilizado ou então que o prazo seja suficiente para a empresa gerar recursos capazes de resgatar as dívidas de longo prazo. Quanto menor [▼], melhor. A parcela de recursos não correntes destinada a financiar o Ativo Circulante é denominada Capital Circulante Líquido (CCL) e configura-se como uma margem de segu- rança que facilita a empresa honrar seus compromissos em dia. 4.2 ÍNDICES DE LIQUIDEZ Os índices de liquidez mostram a situação financeira da empresa, são obtidos pelo confronto dos elementos do AC e do ARLP, com os elementos do PC e do ELP. Os índices de liquidez são utilizados para mostrar o grau de solvência da empresa, isto é, a capacidade financeira para saldar os compromissos de curto e de longo prazo, e não a capacidade de pagamento. Uma empresa com bons índices de liquidez tem condições de pagar as suas dívidas, mas não estará, obrigatoriamente pagando suas dívidas em dia em função de outras variáveis como prazo, renovação de dívidas e etc. . Ativo Permanente AP FÓRMULA = ------------------------------------------------------- x 100 ou ------------ x 100 Patrimônio Líquido + Exigível a Longo Prazo PL + ELP UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS – CURSO DE ECONOMIA DISCIPLINA: Contabilidade e Análise de Balanços – Prof. Kerla Mattiello Material desenvolvido pelos professores do departamento de Ciências Contábeis da UEM 13 4.2.1LIQUIDEZ GERAL (LG): Mostra a capacidade de pagamento da empresa a longo prazo, considerando tudo o que ela converterá em dinheiro (a curto e longo prazo), relacionando-se com tudo o que já assumiu como dívida (a curto e longo prazo). O índice mostra os recursos existentes no Ativo Circulante e no Ativo Realizável a Longo Prazo, para cada real de dívida do Passivo Circulante e do Exigível a Longo Prazo. Interpretação do resultado: Supondo 1,35 de resultado, significa que: Temos para cada R$1,00 de dívida R$1,35 de investimentos realizáveis, que se transformarão em dinheiro a curto e a longo prazo, ou seja, a empresa consegue pagar as suas dívidas e ainda dispõe de uma folga de R$ 0,35 para cada R$ 1,00 de dívida. O cuidado que se deve ter é que as divergências em datas de recebimentos e pagamentos tendem a acentuar-se quando analisamos períodos longos, ou seja, o recebimento de ativos pode divergir consideravelmente do pagamento do passivo; isto sem dúvida empobrece o indicador. Todavia se apreciarmos uma série de vários anos, a analise será enriquecida. Quanto maior o resultado obtido [▲], melhor. 4.2.2 LIQUIDEZ CORRENTE (LC): Este índice relaciona quantos reais dispomos imediatamente disponíveis e conversíveis em curto prazo em dinheiro, com relação às dívidas de curto prazo. No quociente de liquidez é preciso, como de resto para muitos outros quocientes, atentarmos para o problema dos prazos de vencimentos das contas a receber e das contas a pagar. Antes de procedermos à interpretação do Índice de Liquidez Corrente (ILC), é impor- tante aprofundarmos nossos conhecimentos, simultaneamente, sobre o Ativo Circulante e Pas- sivo Circulante. Ativo Circulante + Realizável a Longo Prazo AC + ARLP FÓRMULA = ------------------------------------------------------ ou ----------------- Passivo Circulante + Exigível a Longo Prazo PC + ELP UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS – CURSO DE ECONOMIA DISCIPLINA: Contabilidade e Análise de Balanços – Prof. Kerla Mattiello Material desenvolvido pelos professores do departamento de Ciências Contábeis da UEM 14 O Passivo Circulante é composto basicamente de obrigações exigíveis a curto prazo, que obrigatoriamente necessitam serem pagas à medida que vão vencendo (empréstimos bancários, fornecedores, impostos, encargos sociais, salários e ordenados, água, luz, telefone, seguros …). E o caixa para fazer face a estas dívidas é gerado dentro do grupo do “Ativo Circulante”. Contudo, a única conta do Ativo Circulante, que é sinônimo de caixa, é denominada Disponibilidades (Caixa, Bancos c/movimento e Aplicações de liquidez imediata) e normalmente participa com uma pequena parcela. Já as contas “Duplicatas a receber” e “Estoques” representam, normalmente, parcela de grande expressão. As Duplicatas a receber, por exemplo, à medida que vão vencendo, não implicam uma entrada líquida e certa de caixa para a empresa. E, finalmente, os Estoques, normalmente, apresentam uma maior incerteza, pois ainda precisam ser vendidos. Pelo exposto acima, percebe-se a importância das empresas possuírem normalmente um Ativo Circulante superior ao Passivo Circulante. O índice de LC mostra os recursos existentes no Ativo Circulante, para cada real constante no Passivo Circulante: Interpretação do Resultado: Supondo-se 1,50 de resultado, temos que: Para cada R$1,00 de dívida ou obrigação a curto prazo a empresa possui R$ 1,50 de dinheiro e valores que se transformarão em dinheiro para pagamento da dívida. Quanto maior [▲], melhor. A liquidez corrente é o indicador mais importante da situação financeira da empresa, pois demonstra se a empresa consegue liquidar seus compromissos a curto prazo. 4.2.3 LIQUIDEZ SECA (LS): Está é uma variante muito adequada para se avaliar conservadoramente a situação de liquidez da empresa. Ativo Circulante AC FÓRMULA: -------------------------- ou ------ Passivo Circulante PC UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS – CURSO DE ECONOMIA DISCIPLINA: Contabilidade e Análise de Balanços – Prof. Kerla Mattiello Material desenvolvido pelos professores do departamento de Ciências Contábeis da UEM 15 Matarazzo (1995, p. 180) mostra a seguir a fonte de onde provém a idéia desse índice. O Ativo Circulante da empresa compreende investimentos de risco diferente. Basicamente são três: a) Disponível: Há risco de desfalque de dinheiro em caixa ou de desvio de conta corrente bancária. É risco que depende só da empresa. b) Duplicatas a receber: o risco está na possibilidade de o cliente não pagar. É, portanto, um risco maior por depender da capacidade de pagamento de terceiros. c) Estoques: Correm o risco de roubo, obsoletismo, deterioração e de não serem vendidos e, portanto, de não serem convertidos em dinheiro, não servindo para pagamento de dívidas. É um risco que depende da empresa, do mercado e da conjuntura econômica. Enquanto se verificam esses riscos no Ativo Circulante, o Passivo Circulante é líquido e certo: deve ser pago no dia e na quantia determinada. Daí a idéia de excluir do Ativo Circulante os itens de maior risco, ou seja, os Estoques. Em situações conjunturais desfavoráveis, com queda brusca nas vendas (diminui a entrada de caixa), torna-se importante manter Índice de Liquidez Seca elevado. O índice de Liquidez Seca, mostra a existência dos recursos líquidos a curto prazo, ou seja: Disponível + Aplicações Financeiras + Clientes de rápida conversibilidade em dinheiro, para cada real de dívida a curto prazo (Passivo Circulante). Interpretação do resultado: Supondo 0,70 de resultado temos que: Para cada R$ 1,00 de dívida ou obrigação a curto prazo, a empresa possui R$ 0,70 de dinheiro e valores que se transformarão em dinheiro para pagamento da dívida. Quanto maior [▲], melhor. Nem sempre índice de liquidez seca baixo é sintoma de situação financeira ruim. Exemplo: Em um supermercado cujo investimento em estoque é elevadíssimo, onde quase não há duplicadas a receber, neste caso o índice só pode ser baixo. Este Disponível + Aplicações Financeiras + Clientes de rápida conversibilidade em dinheiro FÓRMULA: ------------------------------------------------------------------- Passivo Circulante UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS – CURSO DE ECONOMIA DISCIPLINA: Contabilidade e Análise de Balanços – Prof. Kerla Mattiello Material desenvolvido pelos professores do departamento de Ciências Contábeis da UEM 16 índice deve ser analisado em conjunto com os demais, pois ele é bastante conservador para que seja determinante para conclusão da situação financeira da empresa. 4.3 ÍNDICES DE RENTABILIDADE Estes índices dizem respeito aos aspectos econômicos na análise empresarial. E são obtidos pelo confronto dos elementos da Demonstração do Resultado do Exercício com elementos do Balanço Patrimonial, como o próprio nome diz, servem para mostrar a rentabilidade obtida pelo capital investido na empresa. A partir de agora, nossa atenção estará voltada para a rentabilidade da empresa, para seu potencial de vendas, para sua habilidade de gerar resultados, para a evolução das despesas. Um aspecto importante que o analista deve observar no cálculo da rentabilidade é que quando compararmos lucro com Ativo, ou lucro com Patrimônio Líquido devemos considerar que muitos conceitos de lucro poderão ser utilizados: Lucro Líquido, Lucro Operacional, Lucro Bruto, etc. É imprescindível que o numerador seja coerente com o denominador, isto é, se utilizarmos o lucro líquido no numerador, utilizaremos o Ativo Total no denominador, se utilizamos o Lucro Operacional no numerador, utilizaremos o Ativo Operacional no denominador. 4.3.1 RENTABILIDADE DO ATIVO Representa quanto à empresa obtém de lucro para cada real de investimento, demonstrando a medida da capacidade da empresa em gerar lucro líquido e assim poder capitalizar-se. Lucro Líquido FÓRMULA: ------------------- x 100 Ativo UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS – CURSO DE ECONOMIA DISCIPLINA: Contabilidade e Análise de Balanços – Prof. Kerla Mattiello Material desenvolvido pelos professores do departamento de Ciências Contábeis da UEM 17 Interpretação do Resultado: Supondo 0,30 ou 30% de resultado temos que: Para cada R$ 1,00 investido pela empresa há um ganho de R$ 0,30, isto significa que em média haverá uma demora de aproximadamente de 3 anos e meio para que a empresa obtenha de volta o seu investimento, contando exclusivamente com o rendimento, (100% / 30%), ou seja, o Payback (tempo médio do retorno) do investimento total é calculado dividindo-se 100% pela Taxa Retorno do Investimento, assim o Payback é igual ao tempo médio de retorno. Quanto maior [▲], melhor. 4.3.2 RENTABILIDADE DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO Representa quanto à empresa obtém de lucro para cada real de Capital próprio investido. É a obtenção do poder de ganho dos proprietários. Interpretação do Resultado: Supondo 0,20 ou 20% de resultado temos que para cada R$ 1,00 investido pelos proprietários há um ganho de R$ 0,20, isto significa que em média demorará 5 anos para que a empresa recupere seus investimentos (Payback dos proprietários). O papel do índice de rentabilidade do Patrimônio Líquido é mostrar qual a taxa de rendimento do Capital Próprio. Essa taxa poderá ser comparada com a de outros rendimentos alternativos no mercado, como caderneta de poupança, letras de câmbio, ações, aluguéis e outras. Quanto maior [▲], melhor. Lucro Líquido FÓRMULA: --------------------------------------- x 100 Patrimônio Líquido Médio (*) (*) Patrimônio Líquido Médio = PL (inicial) + PL (final) 2 UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS – CURSO DE ECONOMIA DISCIPLINA: Contabilidade e Análise de Balanços – Prof. Kerla Mattiello Material desenvolvido pelos professores do departamento de Ciências Contábeis da UEM 18 4.3.3 MARGEM LÍQUIDA Representa quanto à empresa obtém de lucro para cada real vendido. Interpretação do Resultado: Supondo 0,08 de resultado temos, para cada R$ 1,00 vendido sobram para a empresa R$ 0,08. Quanto maior [▲], melhor. 4.3.4 GIRO DO ATIVO Mostra quanto à empresa vendeu, para cada real de investimento total. Quanto maior [▲], melhor. Interpretação do Resultado: Supondo 2,50 vezes temos. O ativo da empresa girou 2,5 vezes no ano pelas vendas, ou seja, a empresa vendeu o equivalente a 2,5 vezes o seu ativo. Quanto maior for o giro do Ativo pelas vendas, maior deverá ser a taxa de Lucro. Por isso, recomenda-se manter um estoque mínimo necessário, lembrando sempre que deve ser analisados o ramo de atividade e as condições de entrega pelos fornecedores. Ativos ociosos, grandes investimentos em estoques, grandes valores em duplicatas a receber prejudicam consideravelmente a rentabilidade. Quanto maior [▲], melhor. Lucro Líquido FÓRMULA: ------------------------- x 100 Vendas líquidas Vendas Líquidas FÓRMULA: --------------------------- Ativo UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS – CURSO DE ECONOMIA DISCIPLINA: Contabilidade e Análise de Balanços – Prof. Kerla Mattiello Material desenvolvido pelos professores do departamento de Ciências Contábeis da UEM 19 4.4 ÍNDICES DE ATIVIDADE Os índices de atividades são obtidos pelo confronto dos elementos da DRE com elementos do Balanço Patrimonial, evidenciam o tempo necessário para que os elementos do ativo se renovem. Portanto, mostra quantos dias a empresa demora, em média, para receber suas vendas, para pagar suas compras e para renovar o seu estoque. Para fins de análise, quanto maior for a velocidade de recebimento de vendas e de renovação de estoques, melhor. Por outro lado, quanto mais lento for o pagamento das compras, desde que não corresponda a atrasos, melhor. 4.4.1 PRAZO MÉDIO DE RECEBIMENTO DE VENDA (PMRV) PMRV demonstra tempo decorrido entre a venda e o recebimento. Indica, em média, quantos dias a empresa espera para receber suas vendas. Interpretação do Resultado: supondo 30 dias temos que em média a empresa espera 30 dias para receber suas vendas a prazo. Quanto menor [▼], melhor. 4.4.2 PRAZO MÉDIO DE RENOVAÇÃO DE ESTOQUE (PMRE) PMRE representa na empresa comercial, o tempo médio de estocagem de mercadoria; na empresa industrial, o tempo de produção e estocagem. Indica, em média, quantos dias a empresa leva para vender seus estoques. Duplicatas a Receber FÓRMULA: 360 x ---------------------------- Vendas Anuais UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS – CURSO DE ECONOMIA DISCIPLINA: Contabilidade e Análise de Balanços – Prof. Kerla Mattiello Material desenvolvido pelos professores do departamento de Ciências Contábeis da UEM 20 Interpretação do Resultado: mostra quanto dias é suficiente o estoque. 4.4.3 PRAZO MÉDIO DE PAGAMENTO DE COMPRA (PMPC) PMPC demonstra o prazo médio entre a compra e o pagamento, ou seja, o período que o fornecedor concede em média para a empresa. Interpretação do Resultado: Supondo 10 dias de resultado, significa que em média a empresa paga suas compras em 10 dias (praticamente a empresa compra a vista). 4.4.4 CICLO OPERACIONAL E CICLO FINANCEIRO O PMRE + PMRV forma o ciclo operacional da empresa, ou seja, o tempo decorrido entre a compra e o recebimento das vendas. Paralelamente ao ciclo operacional ocorre o financiamento concedido pelo o fornecedor, a partir da compra (PMPC). Até o momento do pagamento do fornecedor a empresa não precisa se preocupar com gerar recursos, pois o financiamento é automático. A partir do pagamento do fornecedor, a empresa precisa financiar suas compras até o momento do recebimento de suas vendas, a esse período damos o nome de ciclo financeiro. Portanto quanto maior [▲] o PMPC, melhor para empresa. Estoques FÓRMULA: 360 x ------------------------------------------------- Custo das mercadorias vendidas (CMV) Fornecedores FÓRMULA: 360 x ------------------- Compras UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS – CURSO DE ECONOMIA DISCIPLINA: Contabilidade e Análise de Balanços – Prof. Kerla Mattiello Material desenvolvido pelos professores do departamento de Ciências Contábeis da UEM 21 Interpretação do Resultado: Supondo que o PMRE é de 60 dias e PMRV é de 30 dias, temos 90 dias de Ciclo Operacional. Tomando como PMPC, 10 dias, obtém-se Ciclo Financeiro de 80 dias (a empresa precisa disponibilizar recursos para bancar 80 dias). O ciclo financeiro significa a necessidade de capital de giro a ser financiada. Ciclo Operacional = 90 dias PMRE = 60 dias PMRV = 30 dias PMPC = 10 dias Ciclo Financeiro = 80 dias 4.5 RELATÓRIOS O produto da Análise de Balanços são relatórios escritos em linguagem corrente. Na medida do possível, recomenda-se o uso de gráficos como auxiliares para simplificar as conclusões mais complexas. Ao contrário das demonstrações financeiras, os relatórios de análise devem ser elaborados em uma linguagem inteligível e ao mesmo tempo acessível. Assim, a Análise de Balanços deve assumir o papel de tradução dos elementos contidos nas demonstrações financeiras. UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS – CURSO DE ECONOMIA DISCIPLINA: Contabilidade e Análise de Balanços – Prof. Kerla Mattiello Material desenvolvido pelos professores do departamento de Ciências Contábeis da UEM 22 REFERÊNCIAS Este texto foi elaborado em forma de fichamento, a partir das obras abaixo relacionadas, as quais constituem em indicadores para aprofundamento do tema: FAVERO, Hamilton Luiz et al. Contabilidade Teoria e Prática. V.1 São Paulo: Atlas, 1997. IUDÍCIBUS, Sérgio de; MARTINS, Eliseu; GELBCKE, Ernesto Rubens. Manual de Contabilidade das Sociedades por Ações: aplicável também às demais sociedades. FIPECAFI – Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeiras. 5.ed. São Paulo: Atlas, 2000. MANTARAZZO, Dante Carmine. Análise Financeira de Balanços. 3. ed. São Paulo: Atlas, 1995. MARION, José Carlos. Análise das Demonstrações Contábeis: Contabilidade Empresarial. São Paulo: Atlas, 2002. UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS – CURSO DE ECONOMIA DISCIPLINA: Contabilidade e Análise de Balanços – Prof. Kerla Mattiello Material desenvolvido pelos professores do departamento de Ciências Contábeis da UEM 23 EXERCÍCIOS 01- Estruture as Demonstrações Financeiras: RESULTADOS R$ Vendas 200.000 Despesa com Imposto de Renda (12.000) Custo da Mercadoria Vendida (120.000) Despesas Administrativas (14.000) Despesas com Vendas (10.000) Despesas Financeiras (8.000) Depreciação (8.000) ATIVO/PASSIVO/PL 31-12-X1 31-12-X2 Fornecedores 24.000 38.000 Disponibilidades 10.000 20.000 Estoques 20.000 40.000 Depreciação Acumulada 14.000 22.000 Capital Social 54.000 80.000 Provisão p/Imp. Renda pagar 4.000 12.000 Diferido 20.000 20.000 Contas a Receber 46.000 60.000 Lucros Acumulados 10.000 18.000 Dividendos Propostos 10.000 20.000 Imobilizado 40.000 80.000 Seguros Antecipados 8.000 12.000 Empréstimos 28.000 42.000 Resposta: Balanço: (X1: 130.000 e X2: 210.000) DRE: 28.000 UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS – CURSO DE ECONOMIA DISCIPLINA: Contabilidade e Análise de Balanços – Prof. Kerla Mattiello Material desenvolvido pelos professores do departamento de Ciências Contábeis da UEM 24 02 – As contas abaixo relacionadas referem-se a uma empresa nacional (Cia. Sergipe S/A), fundada por imigrantes portugueses e que compete com multinacionais nos ramos em que atua. Estruture o Balanço Patrimonial: BALANÇO PATRIMONIAL (Encerrado em 31-12-X3) Capital Social 1.374.395 Financiamentos a Pagar de Curto Prazo 56.662 Clientes 2.218.983 Caixa e Bancos 136.634 Empresas Coligadas e Controladas 2.182.396 Despesas do Exercício Seguinte 33.386 Fornecedores 2.736.432 Reservas de Capital 3.609.229 Imobilizado 5.296.953 Depreciação Acumulada 2.064.298 Títulos a Receber 1.864 Obrigações com Pessoal 29.200 UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS – CURSO DE ECONOMIA DISCIPLINA: Contabilidade e Análise de Balanços – Prof. Kerla Mattiello Material desenvolvido pelos professores do departamento de Ciências Contábeis da UEM 25 03 – Prepare a Análise Vertical e Horizontal completa das demonstrações da CONTRADE S/A COMERCIAL EXPORTADORA. Comente aspectos relevantes, com hipóteses, quando for necessário. BALANÇO PATRIMONIAL ATIVO 31-12-X2 31-12-X3 CIRCULANTE Disponível 299 755 Duplicatas a Receber 155.247 131.240 Estoques 140.000 160.000 Outros Créditos 28.000 37.861 Despesas do Exercício Seguinte 37.000 41.000 REALIZÁVEL A LONGO PRAZO Investimentos Temporários de Longo Prazo 560 0 PERMANENTE Investimentos 0 12.332 Imobilizado 17.640 37.000 Diferido 51.604 110.318 TOTAL DO ATIVO 430.350 530.506 PASSIVO 31-12-X2 31-12-X3 CIRCULANTE Empréstimos 510.000 88.000 Fornecedores 23.000 40.000 Obrigações e Impostos a Recolher 18.000 21.000 Contas a Pagar 722 680 TOTAL DO CIRCULANTE 551.722 149.680 PATRIMÔNIO LÍQUIDO Capital Social 100.000 400.000 Reservas 200.000 800.000 Prejuízos Acumulados (421.372) (819.174) TOTAL DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO (121.372) 380.826 TOTAL DO PASSIVO 430.350 530.506 UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS – CURSO DE ECONOMIA DISCIPLINA: Contabilidade e Análise de Balanços – Prof. Kerla Mattiello Material desenvolvido pelos professores do departamento de Ciências Contábeis da UEM 26 CONTRADE S/A – COMERCIAL E EXPORTADORA Demonstração de Resultados Exercícios Findos em 31-12 31-12-X2 31-12-X3 Receita Bruta 400.000 500.000 (-) Deduções (40.000) (50.000) (=) Receita Líquida 360.000 450.000 (-) Custo Mercadorias Vendidas (300.000) (400.000) (=) Lucro Bruto 60.000 50.000 Despesas Administrativas (60.000) (86.667) Despesas Financeiras (29.000) (1.052) (=) Resultado Operacional (29.000) (37.719) (+) Receita não Operacional 150.000 41.000 (=) Resultado do Exercício 121.000 3.281 UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS – CURSO DE ECONOMIA DISCIPLINA: Contabilidade e Análise de Balanços – Prof. Kerla Mattiello Material desenvolvido pelos professores do departamento de Ciências Contábeis da UEM 27 04- Prepare a Análise Vertical e Horizontal da IDF – Indústria de Fertilizantes. Elabore resumida análise sobre a evolução da empresa Balanço Patrimonial ATIVO 31-12-X2 31-12-X3 CIRCULANTE Disponível 269 430 Clientes 8.000 16.800 Estoques 1.731 20.770 Despesas do Exercício Seguinte 1.000 2.000 REALIZÁVEL A LONGO PRAZO 500 1.500 PERMANENTE Investimentos 1.000 10.000 Imobilizado 19.000 54.000 Diferido 1.500 4.500 TOTAL DO ATIVO 33.000 110.000 PASSIVO 31-12-X2 31-12-X3 CIRCULANTE Empréstimos 2.700 9.773 Fornecedores 2.500 18.500 Salários a Pagar 3.000 2.000 Outras Exigibilidades 3.800 727 TOTAL DO CIRCULANTE 12.000 31.000 EXIGÍVEL A LONGO PRAZO Financiamentos 9.000 1.000 PATRIMÔNIO LÍQUIDO Capital 4.000 52.000 Reservas 3.000 12.000 Lucros/Prejuízos Acumulados 5.000 14.000 TOTAL DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO 12.000 78.000 TOTAL DO PASSIVO 33.000 110.000 UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS – CURSO DE ECONOMIA DISCIPLINA: Contabilidade e Análise de Balanços – Prof. Kerla Mattiello Material desenvolvido pelos professores do departamento de Ciências Contábeis da UEM 28 Demonstração de Resultados Exercícios Findos em 31-12-X2 e 31-12-X3 31-12-X2 31-12-X3 Receita Operacional Bruta 6.000 43.600 Deduções (700) (2.000) Receita Líquida 5.300 41.600 Custo dos Produtos Vendidos (5.285) (26.500) Lucro Bruto Operacional 15 15.100 Despesas Operacionais Vendas (1.000) (2.700) Administrativas (825) (1.960) Financeiras Líquidas (3.071) (1.980) Lucro (Prejuízo) Antes Imposto de Renda (4.881) 8.460 Provisão para Imposto de Renda 0 (500) Lucro Líquido do Exercício (4.881) 7.960 UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS – CURSO DE ECONOMIA DISCIPLINA: Contabilidade e Análise de Balanços – Prof. Kerla Mattiello Material desenvolvido pelos professores do departamento de Ciências Contábeis da UEM 29 05 – Prepare a Análise Vertical e Horizontal da AMAPA – Indústria de Alimentos S/A e indique os pontos de destaque. DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS AMAPA – Indústria de Alimentos S.A ATIVO 31-12-X3 31-12-X4 CIRCULANTE Disponível 4.000 5.000 Clientes 20.000 40.000 Estoques 26.000 25.000 TOTAL DO ATIVO CIRCULANTE 50.000 70.000 REALIZAVEL A LONGO PRAZO 7.000 8.000 PERMANENTE Investimentos 8.000 10.000 Imobilizado 90.000 100.000 Diferido 10.000 12.000 TOTAL DO ATIVO 165.000 200.000 PASSIVO CIRCULANTE Empréstimos 8.000 20.000 Fornecedores 25.000 30.000 Salários a Pagar 10.000 10.000 Contas a Pagar 1.000 1.000 TOTAL DO PASSIVO CIRCULANTE 44.000 61.000 EXIGIVEL A LONGO PRAZO Financiamentos 3.500 3.000 PATRIMÔNIO LÍQUIDO Capital 90.000 100.000 Reservas 12.500 20.000 Lucros Acumulados 15.000 16.000 TOTAL DO PATRIMÔNIO LIQUIDO 117.500 136.000 TOTAL DO PASSIVO 165.000 200.000 UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS – CURSO DE ECONOMIA DISCIPLINA: Contabilidade e Análise de Balanços – Prof. Kerla Mattiello Material desenvolvido pelos professores do departamento de Ciências Contábeis da UEM 30 Demonstração do Resultado do Exercício 31-12-X3 31-12-X4 Receita Operacional Bruta 80.000 90.000 (-) Deduções (1.500) (2.000) (=) Receita Líquida 78.500 88.000 (-) Custo dos Produtos Vendidos (50.000) (60.000) (=) Lucro Bruto Operacional 28.500 28.000 (-) Despesas Operacionais (27.400) (27.000) Vendas 13.000 13.000 Administrativas 10.400 10.000 Financeiras Líquidas 4.000 4.000 (=) Lucro (Prejuízo) antes Imp. de Renda 1.100 1.000 (-) Provisão para Imposto de Renda (100) (200) Lucro Líquido do Exercício 1.000 800 UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS – CURSO DE ECONOMIA DISCIPLINA: Contabilidade e Análise de Balanços – Prof. Kerla Mattiello Material desenvolvido pelos professores do departamento de Ciências Contábeis da UEM 31 06 – A Paulistinha – Comércio de Móveis Ltda iniciou suas operações em janeiro de X1, dedicando-se ao comércio de móveis de escritório. Suas últimas três demonstrações financeiras acham-se a seguir: PAULISTINHA – Comércio de Móveis Ltda. DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS PARA OS EXERCÍCIOS ENCERRADOS EM 31-12-19X2 31-12-19X3 31-12-19X4 Vendas Líquidas 12.000 32.720 83.000 CMV 6.000 17.900 53.200 Lucro Bruto 6.000 14.820 29.800 Despesas Operacionais 5.100 12.300 26.300 Lucro Operacional 1.200 4.860 12.590 Resultado Líquido (400) 180 (5.590) DEMONSTRAÇÃO DOS LUCROS ACUMULADOS 31-12-19X2 31-12-19X3 31-12-19X4 Saldo Inicial 2.500 5.376 14.446 Lucro/Prejuízo do Exercício (400) 180 (5.590) Saldo Final 2.100 5.556 8.856 UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS – CURSO DE ECONOMIA DISCIPLINA: Contabilidade e Análise de Balanços – Prof. Kerla Mattiello Material desenvolvido pelos professores do departamento de Ciências Contábeis da UEM 32 PAULISTINHA – Comércio de Móveis Ltda. BALANÇO PATRIMONIAL 31-12-X2 31-12-X3 31-12-X4 ATIVO Circulante Disponível 200 1.350 2.480 Duplicatas a Receber 2.500 9.700 31.540 Estoques 3.400 11.200 34.280 Total do Circulante 6.100 22.250 68.300 Permanente Imóveis e Instalações 8.100 19.600 48.400 Móveis e Utensílios 2.100 4.850 11.300 Total do Permanente 10.200 24.450 59.700 TOTAL DO ATIVO 16.300 46.700 128.000 PASSIVO Circulante Empréstimos Bancários - 0 - 4.400 25.625 Fornecedores 3.000 8.300 21.500 Contas a Pagar 1.600 3.868 8.122 Total do Passivo 4.600 16.568 55.247 Patrimônio Líquido Capital 4.850 9.600 24.576 Reservas de Capital 4.750 14.976 39.321 Lucros Acumulados 2.100 5.556 8.856 Total do Patrimônio Líquido 11.700 30.132 72.753 TOTAL DO PASSIVO 16.300 46.700 128.000 UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS – CURSO DE ECONOMIA DISCIPLINA: Contabilidade e Análise de Balanços – Prof. Kerla Mattiello Material desenvolvido pelos professores do departamento de Ciências Contábeis da UEM 33 a) Calcule os Índices abaixo: Estrutura: 19X2 19X3 19X4 Liquidez: Resultados: * Patrimônio Líquido de 31-12-X1: $ 6.120 b) Faça um relatório sobre a evolução da empresa. UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS – CURSO DE ECONOMIA DISCIPLINA: Contabilidade e Análise de Balanços – Prof. Kerla Mattiello Material desenvolvido pelos professores do departamento de Ciências Contábeis da UEM 34 07 – De acordo com o Balanço Patrimonial abaixo, calcule os 04 índices de estrutura de capital e os 03 índices de liquidez. Faça comentário da interpretação dos índices. BALANÇO PATRIMONIAL TERRA NOBRE S.A ATIVO 31/12/X3 31/12/X2 CIRCULANTE 70.000 50.000 Disponível 5.000 4.000 Clientes 40.000 20.000 Estoques 25.000 26.000 REALIZÁVEL A LONGO PRAZO 16.000 17.000 PERMANENTE 122.000 108.000 Investimentos 10.000 8.000 Imobilizado 100.000 90.000 Diferido 12.000 10.000 TOTAL DO ATIVO 208.000 175.000 PASSIVO 31/12/X3 31/12/X2 CIRCULANTE 61.000 44.000 Empréstimos 20.000 8.000 Fornecedores 30.000 25.000 Salários a pagar 10.000 10.000 Contas a pagar 1.000 1.000 EXIGÍVEL A LONGO PRAZO 8.000 3.500 PATRIMÒNIO LÍQUIDO 139.000 127.500 Capital 103.000 100.000 Reservas 20.000 12.500 Lucros Acumulados 16.000 15.000 TOTAL DO PASSIVO 208.000 175.000 UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS – CURSO DE ECONOMIA DISCIPLINA: Contabilidade e Análise de Balanços – Prof. Kerla Mattiello Material desenvolvido pelos professores do departamento de Ciências Contábeis da UEM 35 08 – De acordo com o Balanço Patrimonial abaixo, calcule os 04 índices de estrutura de capital e os 03 índices de liquidez. Faça comentário da interpretação dos índices. BALANÇO PATRIMONIAL CASA NOVA S/A ATIVO 31/12/X3 31/12/X2 CIRCULANTE 51.000 61.000 Disponível 6.000 5.000 Clientes 30.000 40.000 Estoques 15.000 16.000 REALIZÁVEL A LONGO PRAZO 8.000 7.000 PERMANENTE 144.000 113.000 Investimentos 20.000 18.000 Imobilizado 110.000 80.000 Diferido 14.000 15.000 TOTAL DO ATIVO 203.000 181.000 PASSIVO 31/12/X3 31/12/X2 CIRCULANTE 44.000 50.000 Empréstimos 16.000 9.000 Fornecedores 20.000 25.000 Salários a pagar 7.000 15.000 Contas a pagar 1.000 1.000 EXIGÍVEL A LONGO PRAZO 3.000 3.500 PATRIMÒNIO LÍQUIDO 156.000 127.500 Capital 120.000 90.000 Reservas 20.000 12.500 Lucros Acumulados 16.000 25.000 TOTAL DO PASSIVO 203.000 181.000 UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS – CURSO DE ECONOMIA DISCIPLINA: Contabilidade e Análise de Balanços – Prof. Kerla Mattiello Material desenvolvido pelos professores do departamento de Ciências Contábeis da UEM 36 09 – Com base no Balanço da empresa abaixo: a) Calcule os prazos médios; b) Calcule o ciclo financeiro; c) Analise o ciclo operacional; d) A partir das informações colhidas, trace um perfil da empresa. DYNASOLO S/A – Industria e Comércio Balanço Patrimonial findo em 31-12-X3 ATIVO PASSIVO CIRCULANTE CIRCULANTE Caixa e Bancos 1.406 Financiamentos 3.000 Aplicação financeira 5.399 Fornecedores 1.826 Duplicatas a Receber 12.502 Obrigações Fiscais 609 (-) Provisão Dev. Duvidosos (375) Encargos Sociais 532 Estoques 3.853 Contas Correntes Diretores 5.804 Impostos a Recuperar 898 Outras Contas a Pagar 8.286 Outros Créditos 6.000 Total do Circulante 29.683 Total do Passivo Circulante 20.057 PERMANENTE PATRIMÔNIO LÍQUIDO Investimentos 6.900 Capital 41.000 Imobilizado 49.886 Reserva de Capital 70.472 Outras Reservas 2.244 Prejuízos Acumulados (47.304) Total do Patrimônio Líquido 66.412 Total do Ativo 86.469 Total do Passivo 86.469 Suponha que o estoque inicial seja igual a 60% do estoque final e que CMV= EI+C-EF UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS – CURSO DE ECONOMIA DISCIPLINA: Contabilidade e Análise de Balanços – Prof. Kerla Mattiello Material desenvolvido pelos professores do departamento de Ciências Contábeis da UEM 37 DYNASOLO S/A – Indústria e Comércio Demonstração do Resultado do Exercício findo em 31-12-19X3 Receita Bruta 25.431 (-) Deduções (4.393) Receita Líquida 21.038 (-) Custo das Mercadorias Vendidas (14.408) Lucro Bruto 6.630 (-) Despesas Operacionais Despesas Administrativas (15.754) Despesas c/Vendas (2.243) Impostos e Taxas (634) Depreciação e Amortização (1.612) Despesas Financeiras (1.986) Receitas Financeiras 4.826 Lucro (Prejuízo) Operacional (10.773) + Receita não Operacional 1.405 - Despesa não Operacional (36.137) Lucro (Prejuízo) do Exercício (45.505) UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS – CURSO DE ECONOMIA DISCIPLINA: Contabilidade e Análise de Balanços – Prof. Kerla Mattiello Material desenvolvido pelos professores do departamento de Ciências Contábeis da UEM 38 10 – Dadas às demonstrações financeiras do Supermercado Kawamoto S/A e calcule o que se pede: SUPERMERCADO KAWAMOTO S A Balanço Patrimonial encerrado em 31 de Dezembro de 19x1 e 19x0 ATIVO 19X1 19X0 CIRCULANTE Disponibilidades 2.009 600 Contas a Receber 903 230 Estoques 27.500 13.323 Despesas Pagas Antecipadamente 452 158 Total do Circulante 30.864 14.311 PERMANENTE Imobilizado 7.774 2.486 Investimentos 173 161 Total do Permanente 7.947 2.647 TOTAL DO ATIVO 38.811 16.958 PASSIVO CIRCULANTE Fornecedores 17.326 7.554 Impostos a Pagar 454 -0- Provisão p/Imposto Renda 800 446 Contas a Pagar 2.011 1.060 Total do Passivo Circulante 20.591 9.060 PATRIMÔNIO LÍQUIDO Capital Social 13.969 5.796 Reservas 2.888 1.326 Lucros Acumulados 1.363 776 Total do Patrimônio Líquido 18.220 7.898 TOTAL DO PASSIVO 38.811 16.958 UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS – CURSO DE ECONOMIA DISCIPLINA: Contabilidade e Análise de Balanços – Prof. Kerla Mattiello Material desenvolvido pelos professores do departamento de Ciências Contábeis da UEM 39 DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO 19X1 19X0 Receita Líquida de Vendas 185.523 66.516 (-) Custo das Vendas (159.150) (56.577) (=) Lucro Bruto 26.373 9.939 Despesas Operacionais 22.123 8.079 Outras Receitas Operacionais 853 353 (=) Lucro Operacional 5.103 2.213 Resultado não Operacional 142 22 (=) Lucro Antes do Imposto de Renda 5.245 2.235 Imposto de Renda (801) (446) (=) Lucro Liquido 4.444 1.789 . Calcule os prazos médios e faça comentários, com recomendações ao proprietário (CPV= EI+C+MOD+CIF-EF, onde MOD +CIF igual a 30% do CPV). . Estoque inicial de X0 é 60% do estoque inicial de X1. UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS – CURSO DE ECONOMIA DISCIPLINA: Contabilidade e Análise de Balanços – Prof. Kerla Mattiello Material desenvolvido pelos professores do departamento de Ciências Contábeis da UEM 40 11 – Calcule os prazos médios e faça alguns comentários fornecendo recomendações econômico-financeiras. O custo dos produtos vendidos é assim formado: CPV = EI+C+MOD+CIF-EF. Considere a soma “MOD + CIF” igual a 20% do CPV. COMERCIAL LIN CHIN NIN Balanço Patrimonial em 31 de Dezembro de 19X4 ATIVO PASSIVO CIRCULANTE CIRCULANTE Disponível 6.200 Fornecedores 350 Clientes 530 Empréstimos 12.000 Estoques 6.070 Obrigações Diversas 250 PERMANENTE 4.700 EXIGÍVEL LONGO PRAZO 100 PATRIMÕNIO LÍQUIDO Capital 13.273 Prejuízos Acumulados (8.473) TOTAL DO ATIVO 17.500 TOTAL DO PASSIVO 17.500 DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO EM 31-12-X4 Vendas 54.800 (-) Custo das Mercadorias Vendidas (49.200) Lucro Bruto 5.600 (-) Despesas Operacionais (7.600) (+) Lucro Operacional (2.000) Saldo da Correção Monetária (6.473) Prejuízo Líquido (8.473) UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS – CURSO DE ECONOMIA DISCIPLINA: Contabilidade e Análise de Balanços – Prof. Kerla Mattiello Material desenvolvido pelos professores do departamento de Ciências Contábeis da UEM 41 12 – Calcule os prazos médios e faça alguns comentários com recomendações aos gestores da firma Cia. ROB CORP. Cia. ROB CORP Balanço Patrimonial findo em 31-12-X1 e X0 ATIVO PASSIVO CIRCULANTE X1 X0 CIRCULANTE X1 X0 Disponibilidade 3.000 2.000 Empréstimos 15.000 13.500 Contas a Receber 10.000 8.000 Fornecedores 14.000 10.000 Estoques 30.000 25.000 Obrigações Fiscais 10.000 6.000 Outras Ctas a Receber 4.000 2.000 Outras Contas a Pagar 1.000 500 PERMANENTE PATRIMÔNIO LÍQUIDO Investimentos 10.000 7.000 Capital 30.000 20.000 Imobilizado 33.000 26.000 Reservas 8.000 10.000 Resultado Acumulados 12.000 10.000 TOTAL DO ATIVO 90.000 70.000 TOTAL DO PASSIVO 90.000 70.000 Suponha que o estoque inicial seja igual a 60% do estoque final e que CMV = EI + C – EF UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS – CURSO DE ECONOMIA DISCIPLINA: Contabilidade e Análise de Balanços – Prof. Kerla Mattiello Material desenvolvido pelos professores do departamento de Ciências Contábeis da UEM 42 DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS Cia. ROB CORP X1 X0 RECEITA BRUTA 25.400 24.300 (-) Deduções (400) (300) RECEITA LÍQUIDA 25.000 24.000 (-) Custo das Mercadorias Vendidas (10.000) (10.000) = Lucro Bruto 15.000 14.000 (-) DESPESAS OPERACIONAIS Despesas Administrativas (4.000) (3.000) Despesas c/Vendas (3.000) (3.000) Despesas Tributárias (1.000) (2.000) Despesas Financeiras (4.000) (4.000) = RESULTADO OPERACIONAL 3.000 2.000 (+) Receita não Operacional 2.000 1.500 (-) Despesa não Operacional (3.000) (2.500) (=) Resultado do Exercício 2.000 1.000