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* * * Prof. Aline Guimarães Monteiro, Tecnólogo em Gestão Ambiental Outubro de 2006 ISO 14000: Produtos e Serviços Rotulagem Ambiental e Análise do Ciclo de Vida * * * ISO 14000 – PRODUTOS E SERVIÇOS Esta área teve por objetivo construir uma base comum e racional aos vários esquemas, privados, nacionais e regionais de avaliações de produtos. Esta área foi dividida em dois Subcomitês: SC3 – Rotulagem Ambiental, que trata de todas as declarações ambientais colocadas nos produtos, de terceira parte (Selo Verde) ou não; SC5 - Análise de Ciclo de Vida, que define uma metodologia consistente para se fazer uma análise completa do ciclo de vida do produto; * * * HISTÓRICO 1979, a Alemanha foi a primeira no processo de ROTULAGEM AMBIENTAL ele chamava-se Blue Angel (anjo azul). Durante os anos 80 vários países lançaram programas semelhantes, incluindo os Estados Unidos, Holanda e Canadá. Os rótulos ecológicos atestam que um produto causa menor impacto ambiental em relação a outros “comparáveis” disponíveis no mercado. Melhoria Ambiental de produtos e processos * * * Rótulos Ecológicos Alemanha (Blauer Angel - 1978), Canadá (Environmental Choice - 1988), França, Japão (Eco Mark - 1989), EUA (Green Seal – 1990) e União Européia União Européia Japão E.U.A França Alemanha Canadá * * * ROTULAGEM AMBIENTAL (Rótulos e Declarações Ambientais) Os SELOS ou RÓTULOS AMBIENTAIS visam informar os consumidores ou usuários sobre as características benéficas ao meio ambiente presentes em produto ou serviço específico (eficiência energética, reciclagem, biodegradabilidade) A norma ISO 14020 contém Princípios Básicos, aplicáveis a todos os tipos de rotulagem ambiental, recomenda que, sempre que apropriado, seja levada em consideração a ACV - Os rótulos devem ser acurados, verificáveis, relevantes e não enganadores; não devem ser criados ou adotados com objetivo de criar obstáculos desnecessários ao comércio internacional. * * * ISO 14000 classificou os rótulos ambientais em três categorias: * * * ISO 14021 Norma ISO 14021 - Rotulagem Ambiental Tipo II: Trata das autodeclarações das organizações que podem descrever apenas um aspecto ambiental do seu produto, não obrigando à realização de uma ACV, reduzindo assim, os custos para atender de uma forma rápida às demandas do marketing. ↓ Certificação obtida por produtores, comerciantes, distribuidores a fim de informar os consumidores as qualidades ambientais do produto ou serviço. Autodeclaração é uma afirmação da qualidade ambiental do produto ou serviço. * * * ISO 14021 - EXEMPLOS Texto ou símbolo informando que o produto foi elaborado com certo material reciclado; Equipamento que economiza energia; Geladeira não contém substâncias nocivas ao ozônio estratosférico; Símbolos de reciclagem estampados em produtos. AUTODECLARAÇÕES <=> VERDADE Ressalta os pontos positivos e pode esconder os negativos, não gerar interpretações equivocadas por parte dos consumidores. * * * ISO 14024 Norma ISO 14024 - Rótulo Ambiental Tipo I: Princípios e Procedimentos - Recomenda que estes programas sejam desenvolvidos levando-se em consideração a ACV para a definição dos “critérios” de avaliação do produto e seus valores limites. Ou seja, deve haver múltiplos critérios identificados e padronizados, pelo menos os mais relevantes, nas fases do ciclo de vida, facilitando a avaliação e reduzindo os custos de certificação. Os rótulos devem basear-se na abordagem do ciclo de vida do produto para que os impactos ambientais sejam considerados em todas as etapas do processo. * * * Desenvolvimento de Critérios para os Programas de Rotulagem Ambiental Os critérios são desenvolvidos para as categorias de produtos, como por exemplo: máquinas de lavar louças, tintas, ar condicionado, etc. Qualquer pessoa ou organização pode fazer uma proposta. Visa identificar os produtos pertencentes a categoria em estudo. Abrange a obtenção de matérias-primas e insumos, fabricação, uso, re-uso, reciclagem, transporte, até a disposição final do produto Determinar impactos ambientais e sua significância A proposta é apresentada ao público para revisão e comentários. Os níveis de exigência do padrão são ditos de excelência, por serem bem superiores aos níveis exigidos pela legislação . * * * ISO 14024 - EXEMPLOS Essa abordagem evita que se enxergue , como ambientamente saudável, os produtos de uma certa etapa da cadeia produtiva, transferindo às demais o ônus da degradação ambiental * * * ISO 14025 Relatório Técnico TR /ISO 14025 - Rotulagem Ambiental Tipo III: Princípios e procedimentos Orientam os programas de rotulagem que pretendem padronizar o Ciclo de Vida e certificar o padrão do Ciclo de Vida, ou seja, garantindo que os valores dos impactos informados sejam corretos, sem definir valores limites. São rótulos concedidos e licenciados por entidades de terceira parte. A sua concessão está relacionada aos atributos ambientais do produto ou serviço, de forma a facilitar a escolha do consumidor, comparando com produtos similares. * * * ISO 14025 - Exemplos * * * Certificação de Produto Selecionar uma entidade certificadora Testar amostras do produto de acordo com as exigências do programa Submeter as plantas de manufatura do produto à auditorias Se todos os requisitos forem atendidos, o produto e a embalagem podem utilizar o selo * * * PROGRAMAS DE ROTULAGEM DO BRASIL Os programas de rotulagem do Brasil estão sendo desenvolvidos pela ABNT, desde 1992. Dentro destes programas os produtos de couro e calçados foram escolhidos para serem a primeira categoria para a qual seria desenvolvida um Programa de Rotulagem Ambiental. O 1º CTC foi o do Couro e Calçado, em 1995 o Comitê Técnico de Certificação-03-Ambiental/Couro e Calçado (ABNT/CTC-03-A). O mesmo foi organizado em Grupos de Trabalho (GT): GT - Couro, GT - Plástico, GT - Borracha, GT - Têxtil, GT - Metais e GT - Calçado, a fim de levantar os aspectos ambientais envolvidos na fabricação de couro e calçado. * * * AVALIAÇÃO DO CICLO DE VIDA (ACV) Do berço ao túmulo É um instrumento de gestão ambiental aplicável a bens e serviços). Refere-se aos aspectos ambientais de um bem ou serviço em todos os seus estágios (origem dos recursos no meio ambiente até a disposição final do resíduos de materiais e energia após o uso, e etapas intermediárias: beneficiamento, transporte, estocagem e outras). Berço: origem dos insumos primários – extração de RN Túmulo: Destino final dos resíduos. CICLO DE VIDA Estágios consecutivos e interligados de um sistema de produto, desde a aquisição da mp até a disposição final. * * * ACV - CONCEITO Ferramenta da gestão ambiental que avalia o desempenho ambiental de produtos ao longo de todo o seu ciclo de vida, desde a extração dos recursos naturais, passando por todas os elos industriais de sua cadeia produtiva, pela sua distribuição e uso, até sua disposição final. Avaliação dos impactos ambientais associados a todas as atividades humanas necessárias para que um produto cumpra sua função. GP2 * * * Fontes alternativas de energia – 15 REPA’s 1969 – Coca Cola – comparação embalagens: consumo de recursos (matérias-primas e energia) e geração de emissões. Midwest Research Institute (Franklin Associates, Inc.) Research and Enviromental Profile Analysis (REPA) = modelo para desenvolvimento ACV. 1990 – SETAC – Society of Environmental Toxicology and Chemistry Base metodológica da ACV. Anos 60: primeiras idéias Meados dos 70’s – crise do petróleo Declínio da crise do petróleo – declínio do interesse. Final dos 80’s 1985 – Diretiva da Comissão Européia – Embalagens bebidas Monitorar consumo energia e mp’s e geração de rejeitos. ACV – EVOLUÇÃO HISTÓRICA * * * 1998 – “Análise do Ciclo de Vida de Produtos” – José Ribamar Chehebe 1993 – Criação do GANA (Grupo de Apoio à Normalização Ambiental) - Subcomitê de ACV. 1999 – Criação do ABNT/CB-38 SC 05 (subcomitê de ACV) 2001 – Lançamento da NBR ISO 14040 pela ABNT 2002 – Fundação da Associação Brasileira do Ciclo de Vida ACV – EVOLUÇÃO HISTÓRICA - BRASIL * * * AVALIAÇÃO DO CICLO DE VIDA (ACV) Instrumento usado desde a década de 60 por empresas e regulamentado em alguns países como na Alemanha, França e Estados Unidos. Auxilia na regulamentação pública ambiental – Comunidade Européia. A proliferação de conceitos e métodos adotados por entidades e governos sobre a ACV gera conseqüências negativas para organizações que queiram atuar em outros mercados.(Critérios diferentes conclusões diferentes confunde o público e desconfiança quanto ao uso do instrumento) ISO quer torná-lo um instrumento de credibilidade (não discriminatório no comércio internacional) * * * Ferramenta de apoio à tomada de decisões: - gera informações; - não resolve problemas. Avalia impactos associados à função do produto. Única que compara desempenho ambiental de produtos. Nova consolidação de metodologia. ACV – CARACTERÍSTICAS * * * Falta de metodologia consolidada. Critérios subjetivos para tomada de decisões. Grande número de dados. Falta de modelos para avaliação de impactos. ACV – LIMITAÇÕES * * * EMPRESAS (INDÚSTRIAS) COMPARAÇÃO Produtos com mesma função Novo produto em projeto x alternativas existentes OPORTUNIDADES DE MELHORIA Desenvolvimento de produto Reprojeto de produto APOIO À TOMADA DE DECISÕES Definição de política ambiental corporativa Implantação de SGA Escolha de fornecedores Estabelecimento de estratégia de negócios ACV – USOS E APLICAÇÕES * * * ESTABELECIMENTO DE POLÍTICAS Política de produtos (especificações) Política de compras Gerenciamento de resíduos Diretrizes para projetos verdes Programas de P&D REGULAMENTAÇÃO Rotulagem ambiental Produção mais limpa GOVERNO ACV – USOS E APLICAÇÕES * * * GERAÇÃO DE INFORMAÇÕES AMBIENTAIS Escolha de produtos Decisões de compra Escolha de fornecedor Estabelecimento de diretrizes para padrões de consumo sustentável SOCIEDADE ACV – USOS E APLICAÇÕES * * * ACV – METODOLOGIA DE EXECUÇÃO Identificação quantitativa das entradas de matéria e energia do meio ambiente para o sistema do ciclo de vida do produto em estudo e das saídas de matéria e energia desse sistema para o meio ambiente. Avaliação dos potenciais impactos ambientais associados às entradas e saídas identificadas na etapa anterior. * * * ENTRADAS SAIDAS ACV – IDENTIFICAÇÃO DE ENTRADAS E SAÍDAS * * * ANÁLISE DE CICLO DE VIDA ISO 14040 – Princípios e Estrutura: Esta norma especifica a estrutura geral, princípios e requisitos para conduzir e relatar estudos de avaliação do ciclo de vida, não incluindo as técnicas de avaliação do ciclo de vida em detalhes. ISO 14041 – Definições de escopo e análise do inventário: Esta norma orienta como o escopo deve ser suficientemente bem definido para assegurar que a extensão, a profundidade e o grau de detalhe do estudo sejam compatíveis e suficientes para atender ao objetivo estabelecido. Da mesma forma, esta norma orienta como realizar a análise de inventário, que envolve a coleta de dados e procedimentos de cálculo para quantificar as entradas e saídas pertinentes de um sistema de produto. * * * ANÁLISE DE CICLO DE VIDA ISO 14042 – Avaliação do impacto do ciclo de vida Esta norma especifica os elementos essenciais para a estruturação dos dados, sua caracterização, a avaliação quantitativa e qualitativa dos impactos potenciais identificados na etapa da análise do inventário. ISO 14043 – Interpretação do ciclo de vida Esta norma define um procedimento sistemático para identificar, qualificar, conferir e avaliar as informações dos resultados do inventário do ciclo de vida ou avaliação do inventário do ciclo de vida, facilitando a interpretação do ciclo de vida para criar uma base onde as conclusões e recomendações serão materializadas no Relatório Final. * * * PANORAMA BRASILEIRO MCT – Política Industrial, Tecnológica e de Comércio Exterior - Inovação para a Competitividade Industrial Apoiar a consolidação da ACV – uso pelas empresas Exigências do comércio internacional - (ISO 14025 – Rotulagem tipo III) MCT IBICT: projeto de desenvolvimento de ICV “brasileiro” 1a etapa: Programa de Capacitação Institucional do IBICT (capacitação de recursos humanos) “Negociações de projeto de cooperação Brasil/Suiça visando capacitação e treinamento da equipe brasileira que desenvolverá o banco de dados brasileiro para ACV”. * * * PANORAMA BRASILEIRO ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DO CICLO DE VIDA Difusão da ACV no Brasil Capacitação de recursos humanos Construção de banco de dados brasileiro Vinculação com comunidade internacional de ACV abcv_brasil@yahoo.com.br 4 6 O “Life Cycle Thinking” é algo que eu diria intuitivo para as pessoas que começam a refletir sobre as questões ambientais. Quantos de nós já não ouvimos a seguinte colocação: “Não use copos de plástico para tomar café; a de cerâmica é ambientalmente mais correta!”. Esta postura indica uma visão mais ampla da interação de produtos com o meio ambiente. A ACV é uma importante técnica da gestão ambiental, e ela veio para ficar. A ACV é uma técnica nova e, como tal, precisa de algum desenvolvimento para se consolidar. A principal limitação para a execução de estudos de ACV é o grande número de dados a serem obtidos. O inventário de um sistema complexo pode conter milhares de unidades de processo, com dezenas ou até centenas de milhares de dados numéricos, derivados de um grande número de fontes e com uma ampla faixa de precisão. O “Life Cycle Thinking” é algo que eu diria intuitivo para as pessoas que começam a refletir sobre as questões ambientais. Quantos de nós já não ouvimos a seguinte colocação: “Não use copos de plástico para tomar café; a de cerâmica é ambientalmente mais correta!”. Esta postura indica uma visão mais ampla da interação de produtos com o meio ambiente. A ACV é uma importante técnica da gestão ambiental, e ela veio para ficar. A ACV é uma técnica nova e, como tal, precisa de algum desenvolvimento para se consolidar. A principal limitação para a execução de estudos de ACV é o grande número de dados a serem obtidos. O inventário de um sistema complexo pode conter milhares de unidades de processo, com dezenas ou até centenas de milhares de dados numéricos, derivados de um grande número de fontes e com uma ampla faixa de precisão.