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PRODUÇÃO TEXTUAL NA ESFERA ACADÊMICA: A EXPERIÊNCIA DE UM PROJETO DE EXTENSÃO NO CERES/UFRN Célia Maria de MEDEIROS (UFRN/CERES) celamariademedeiros@yahoo.com.br Elis Betânia Guedes da Costa (UFRN/PPgEL) elis_bgc@hotmail.com Introdução Este trabalho objetiva descrever o projeto “Língua Portuguesa como apoio à pesquisa: questões que orientam a produção textual de gêneros acadêmicos”, no que se refere à sua implementação e resultados para a melhoria das práticas de leitura e escrita na esfera acadêmica, no Centro de Ensino Superior do Seridó, campus de Caicó. Surgiu devido à dificuldade que os alunos apresentam ao efetuar processo de revisão gramatical de seus textos, com base na norma culta da língua, bem como o desconhecimento e, muitas vezes, o desinteresse em produzir gêneros acadêmicos, principalmente quando são solicitados pelos professores dos mais diversos componentes curriculares a realizarem, na modalidade escrita, resenhas, relatórios, ensaios, artigos científicos, dentre outros da mesma espécie textual. Diante disso, é dada a oportunidade aos graduandos dos cursos ofertados pelo Centro de Ensino Superior do Seridó, que possuem tais dificuldades, de participarem de um curso organizado em um período que totaliza 60h/a, cujos encontros são marcados por discussões teórico-práticas, proporcionando momentos de reflexão e refacção da produção escrita no âmbito acadêmico. A abordagem metodológica é influenciada pelos pensadores críticos da contemporaneidade, que se contrapõem à concepção positivista e procura a superação das dicotomias entre saber e agir, sujeito e objeto, e ciência e sociedade (ALVES-MAZOTTI; GEWANDOZNADJER, 1998). Os resultados apontam dados significativos, uma vez que é possível descrever algumas atividades, quais sejam: discussão dos fatores que constituem as condições de produção da leitura; prática da escrita por meio do estudo de aspectos gramaticais, a organização do parágrafo, ênfase nos critérios de textualização (coesão e coerência textuais); produção escrita dos gêneros textuais trabalhados (resumo, resenha e artigo científico) e reflexão sobre o processo autoral da escrita e exercício da prática de revisão textual. Considerações sobre gêneros textuais e/ou discursivos O gênero tem sido tratado teoricamente de diversos pontos. Bronckart (1999) chama a atenção para a confusão terminológica que o termo assume: gênero de texto, gênero de (do) discurso, tipo de texto, tipo de discurso etc. No que diz respeito às abordagens das quais tratam os fenômenos textuais discursivos, a noção de gênero reporta-se à noção de discurso, assim como a de tipo associa-se à de texto, transparecendo a ideia de que a dimensão textual aparece sempre subordinada à discursiva. Bronckart (1999), baseando-se nos trabalhos de Bakhtin, assume que uma lingua natural só pode ser apreendida por meio de suas produções verbais efetivas. Com isso, o teórico adota a perspectiva de que as relações sociopsicológicas perpassam pelo âmbito das questões da linguagem. Para tanto, o texto, enquanto entidade genérica, além de ser visto sob a ótica sociointeracionista discursiva, é concebido como toda unidade de produção de linguagem acabada e autossuficiente, do ponto de vista acional e comunicacional. Nessa perspectiva, Bakhtin (2003) afirma que todo texto se organiza dentro de um determinado gênero em função das intenções comunicativas, como parte das condições de produção dos discursos, as quais geram usos sociais que os determinam. Os gêneros são, portanto, determinados historicamente, constituindo formas relativamente estáveis de enunciados disponíveis na cultura, caracterizados por três elementos: a) conteúdo temático – o que é ou pode ser dito por meio do gênero; b) construção composicional – estrutura particular dos textos pertencentes ao gênero; c) estilo - configurações específicas das unidades de linguagem derivadas, sobretudo, da posição enunciativa do locutor. Segundo Dell’Isola (2008, p.3), os gêneros que circulam na academia decorrem da “demanda de conhecimentos de formas retóricas típicas de interação entre os membros da comunidade acadêmica”. Saber produzi-los torna-se, pois, uma habilidade exigida por professores de diferentes disciplinas no cotidiano acadêmico. O problema é que nem sempre existe um consenso por parte dos professores sobre tais gêneros. A esse respeito, Machado (2002, p.139) considera que: O ensino de produção e compreensão de textos deve centrar-se no ensino de gêneros, sendo necessário, para isso, que se tenha, previamente, a construção de um modelo didático do gênero, que defina com clareza, tanto para o professor quanto para o aluno, o objetivo que esta sendo ensinado, guiando, assim, as intervenções didáticas. Surge, nesse sentido, a necessidade de se trabalhar o gênero acadêmico. Para o professor reconhecer as dificuldades de seus alunos na leitura e na produção de um determinado gênero, é interessante que ele saiba antes quais são os conhecimentos dos seus alunos sobre tal gênero; em seguida, apresentar modelos e análises desse gênero e, por fim, solicitar a atividade de produção. Na sequência, apresentamos uma breve revisão teórica sobre resumo, resenha e artigo científico. Resumo científico O resumo, na esfera acadêmica, é utilizado normalmente pelo aluno como um recurso do estudo de textos teóricos, servindo também como um instrumento de avaliação para conferir sua capacidade em sintetizar e selecionar as ideias de um texto usado dentro e fora da sala de aula. A produção do resumo é uma atividade muito importante para o aluno universitário, pois, como afirma Matêncio (2002, p.1), “através desse tipo de atividade de retextualização [...] o estudante, além, de registrar a leitura, também manifesta sua compreensão de conceitos e do fazer científico da área de conhecimento em que começa a atuar”. Com isso, podemos observar a importância da leitura e compreensão para a elaboração de resumos acadêmicos. Segundo Koch (2006, p. 16): A leitura é, pois, uma atividade interativa altamente complexa de produção de sentidos, que se realiza evidentemente com base nos elementos linguísticos presente na superfície textual e na sua forma de organização, mas requer a mobilização de um vasto conjunto de saberes no interior do evento comunicativo. Sendo assim, podemos verificar que não há resumo sem atividade de leitura e compreensão. De acordo com Therezzo (2001, p.21), o resumo acadêmico pode ser definido como a condensação de um texto inteligível em si mesma, redigida, em nível padrão de linguagem, com as próprias palavras do leitor que resume; é também uma atividade característica do ambiente escolar e, às vezes, do mundo do trabalho, que pressupõe exercício de leitura e de redação, pois quem elabora deve ser capaz de: a) compreender claramente o conteúdo, de modo a poder fazer escolhas: deixar de lado o acidental (detalhes, explicações, exemplos) e ficar com o essencial (ideias principais); b) organizar as ideias fundamentais do texto original num discurso seu, coeso e coerente; c) ser absolutamente fiel às ideias expressas pelo autor, não acrescentando informações subsidiárias; d) usar o nível padrão de linguagem como vocabulário próprio, evitando copiar frases ou expressões. O posicionamento da autora confirma, assim, as competências em leitura e redação como necessárias para a elaboração de resumos. Na concepção de Medeiros (2009, p.129), “o resumo abrevia o tempo dos pesquisadores; difunde informações de tal modo que pode influenciar e estimular a consulta do texto completo. Em sua elaboração, devem-se destacar quanto ao conteúdo: � o assunto do texto; � o objetivo do texto; � a articulação do texto; � as conclusões do autor do texto objeto do resumo. � formalmente, o redator do resumo deve atentar para alguns procedimentos: � ser redigido em linguagem objetiva; � evitar a repetição de frases inteiras do original; � respeitar a ordem em que as ideias ou fatos são apresentados. Finalmente, o resumo não deve apresentar juízo valorativo ou crítico (que pertencem a outro tipo de texto, a resenha), e deve ser compreensível por si mesmo, isto é, dispensar a consulta ao original. Por ser cada vez mais estreita, a relação entre leitura e escrita dificulta a elaboração desse gênero acadêmico, pois muitas vezes o aluno pode não ter a noção de que esse novo texto deva ser produzido com suas próprias palavras. Desse modo, o discente acaba produzindo resumos sem deixar claro que o enunciador do resumo não é o mesmo do texto original a ser resumido. Isso, consequentemente, acaba tornando impossível a produção textual do gênero resumo, que, segundo Machado (2002, p.150): São textos autônomos que, dentre outras características distintivas, fazem uma apresentação concisa dos conteúdos de outro texto, com uma organização que reproduz a organização do texto original, com o objetivo de informar o leitor sobre esses conteúdos e cujo enunciador é outro que não o autor do texto original, podem legitimamente ser considerado como exemplares do gênero resumo de texto. Para produzir um resumo, Medeiros (2009) apresenta alguns procedimentos, tais como descobrir o plano da obra a ser resumida; saber o que o autor pretende demonstrar; qual seria o tema do texto; e, por fim, centrar-se nas principais ideias do texto e a sua articulação. O teórico ainda acrescenta que é muito importante nesta fase identificar as diferentes partes do texto, fazer, em seguida, a escolha das palavras-chave e, finalmente, discorrer a redação do texto. A NBR 6028 (2003) classifica os resumos em críticos, indicativos e informativos. O resumo indicativo faz referencia as partes mais importantes do texto. Apresenta frases curtas, cada uma de um elemento-chave. Apesar disso, este não pode ser tratado como sumário, nem dispensa a leitura do texto completo. O resumo informativo ou analítico apresenta todas as ideias principais do texto evitando realizar comentários pessoais e juízos de valor, possibilitando a dispensa da leitura do original. O resumo crítico, também denominado de recensão ou resenha, formula um julgamento sobre o trabalho envolvendo a metodologia, o conteúdo, o desenvolvimento da lógica da demonstração e a técnica de apresentação das ideias principais. Nele não pode haver citações. A elaboração do resumo é uma atividade cada vez mais utilizada no meio acadêmico como um instrumento para o aluno trabalhar suas habilidades em leitura e escrita. Todavia, seu êxito recai na leitura, em virtude do fato da escrita depender de um trabalho mais complexo e sistemático, devendo-se, assim, considerar os fatores de organização textual, como a coerência, a coesão, e o uso da linguagem formal, que é padrão para este tipo de atividade. Segundo Therezzo (2001), verifica-se que muitas vezes alunos e professores acabam confundindo resumo com fichamento, sinopse e resenha. Nesse sentido, possuir esse discernimento torna-se algo bastante importante. Resenha acadêmica Sabemos que na graduação são exigidas do aluno algumas habilidades como descrever e assumir um posicionamento acerca dos textos e livros da sua área de estudo, o que pode ser feito através da produção de resenhas. Para Andrade (1995, p.60), resenha é um tipo de trabalho que “exige conhecimento do assunto, para estabelecer comparação com outras obras da mesma área e maturidade intelectual para fazer avaliação e emitir juízo de valor”. A mesma autora (1995, p.61) ainda define o termo como um “tipo de resumo crítico, contudo mais abrangente: permite comentários e opiniões, inclui julgamentos de valor, comparações com outras obras da mesma área e avaliação da relevância da obra com relação às outras do mesmo gênero”. Sua produção faz o aluno refletir e dialogar sobre os textos lidos durante sua formação, desenvolvendo, desse modo, capacidade crítica e ativa na esfera acadêmica. Conforme Machado (2004), a resenha permite que o universitário desenvolva a habilidade de descrever e assumir um posicionamento acerca de textos e livros de sua área de estudo, contrapondo diferentes posições sobre uma mesma teoria ou objeto. Nessa concepção, podemos observar que a leitura dos diversos gêneros acadêmicos e a produção da resenha exige uma interação entre o texto trabalhado e o aluno, de modo que se possa favorecer a construção de um saber critico e bem fundamentado. A resenha pode ser classificada em Resenha Crítica e Resenha Descritiva. Para Fiorin e Platão (1990, p.426), “resenhar significa fazer uma relação das propriedades de um objeto, enumerar cuidadosamente seus aspectos relevantes, descrever as circunstâncias que o envolvem”. Percebemos que os autores citados consideram a resenha um texto descritivo. Medeiros (2009, p.149) afirma que “essa característica pode prevalecer em uma resenha, visto que o objetivo do redator é transmitir ao leitor um conjunto de propriedades do objeto resenhado”. Medeiros ainda acrescenta que a resenha descritiva também pode apresentar parágrafos narrativos nos quais prevalecem características relativas ao espaço e ao tempo que anunciam a transformação ou alteração dos acontecimentos de um texto. Finalmente, a resenha ainda pode ter parágrafos dissertativos sobre o valor da obra, ou seja, argumentos que comprovem a qualidade do texto ou tal ausência. De acordo com Medeiros (2009, p. 155): Na resenha crítica, o leitor espera um posicionamento do resenhista; ela não pode ser fria e distante, temerosa de comprometimento, sob pena de torna-se um texto indigesto, desinteressante. Mas, os juízos avaliativos precisam apoiar-se em fatos, em provas, em argumentos consistentes. Afirmações genéricas pouco acrescentam, ou revelam desinteresse em aprofundamento da análise. A produção de gêneros na academia faz parte do processo de aprendizagem, servindo como um instrumento de inclusão na comunidade acadêmica. Para que esse instrumento torne-se eficaz, é preciso que o aluno saiba dialogar com os autores da sua área, com os saberes produzidos na universidade e participar na construção desses, adquirindo, assim, um pensamento realmente crítico e com isso uma boa formação acadêmica. Artigo científico Motta-Roth e Hendges (2010) descrevem o artigo cientifico ou acadêmico como sendo um texto de aproximadamente 10 (dez) mil palavras, produzido com o objetivo de publicar, em periódicos especializados, os resultados de uma pesquisa desenvolvida sobre um tema específico. Nessa perspectiva, compreendemos que esse gênero é utilizado como uma forma de divulgação científica entre pesquisadores, profissionais, professores e alunos de graduação e pós-graduação. Ainda, conforme as autoras Motta-Roth e Hendges (2010), o conhecimento que é gerado na atividade de pesquisa é primordial para as novas atividades profissionais. A pesquisa está vinculada ao meio universitário, no qual os alunos e professores desenvolvem estudos avançados que posteriormente se tornarão públicos por meio de apresentações em congressos científicos e publicações nas revistas especializadas. Segundo a NBR 6022 (2003, p.2), o artigo pode ser: a) Científico: parte de uma publicação com autoria declarada, que apresenta e discute ideias, métodos, técnicas, processos e resultados nas diversas áreas do conhecimento. b) De revisão: parte de uma publicação que resume, analisa e discute informações já publicadas. c) Oiginal: parte de uma publicação que apresenta temas ou abordagens originais. Vale ressaltar que o artigo científico é o mais utilizado na área acadêmica, sendo seu objetivo básico reportar um estudo para que as suas informações circulem e tenha impacto na área do conhecimento. Nesse contexto, Motta-Roth e Hendges (2010, p.68) explicitam como iniciar um artigo a partir de conceitos centrais a uma área de interesse. Ainda, segundo essas pesquisadoras, o autor de um artigo deve buscar demonstrar habilidades para: � selecionar as referências bibliográficas relevantes ao assunto; � refletir sobre os estudos anteriores na área; � delimitar um problema ainda não totalmente estudado na área; � elaborar uma abordagem para o exame desse problema; � delimitar e analisar um conjunto de dados representativo do universo sobre o qual se deseja alcançar generalizações; � apresentar discutir os resultados da analise desses dados; � concluir, elaborando generalizações a partir desses resultados, e conectando-as aos estudos prévios dentro da área de conhecimento em questão. Podemos verificar que tais habilidades são construídas no texto progressivamente, e que essas informações vão encadeando determinadas seções, as quais podem receber uma definição, como, por ex, introdução, metodologia, resultados e discussões. Assim, o texto adquire um avanço do conhecimento amplamente aceito na área da geração de um novo saber específico. Dessa maneira, é necessário que o pesquisador, estudante, profissional, professor ou aluno da graduação tenha uma boa atuação na comunidade científica. Para tanto, os recursos linguísticos exercem uma fundamental importância, pois é através desses que se evidencia a participação do indivíduo na estruturação discursiva científica. Esses recursos estão relacionados ao saber fazer, sendo entendidos como os modos de referência e textualização dos saberes (MATÊNCIO, 2002). A capacidade de textualizar saberes pode contribuir de maneira significativa para as práticas exigidas no cotidiano sócio-científico. Assim como Motta-Roth e Hendges (2010), o artigo científico pode ser visto como um documento escrito por um ou mais pesquisadores para relatar os resultados de um estudo investigativo. Cada área e cada problema da pesquisa determinam a metodologia pela qual o pesquisador desenvolve seu trabalho e, consequentemente, a construção do artigo que relatará a pesquisa. Narrando os encontros presenciais do curso: reflexões sobre as práticas de leitura e escrita acadêmica O projeto “Língua Portuguesa como apoio à pesquisa: questões que orientam a produção de gêneros acadêmicos” teve inicio no dia 25 de março de 2010, às 14h, na UFRN/CERES/Campus de Caicó, com a presença de 50 alunos da referida instituição. A princípio, apresentamos (Célia Medeiros - coordenadora do projeto e Mariana Nascimento – bolsista da pesquisa) aos alunos os detalhes do projeto, sempre ressaltando como seria a metodologia utilizada e o que seria trabalhado durante os encontros para se ter, de fato, uma melhoria da produção dos gêneros acadêmicos, uma vez que seriam marcados por discussões teórico-práticas, proporcionando momentos de reflexão e retextualização da produção escrita. Considerando a necessidade de acompanhamento sistematizado pelos alunos participantes do curso proposto, elaboramos um material de apoio que contempla conteúdos da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), as concepções de língua/linguagem, texto e gêneros textuais, estrutura do parágrafo, apresentação e características de gêneros que circulam na esfera acadêmica (resumo, resenha crítica, artigo científico, ensaio dentre outros relevantes). A partir desse material organizado, os alunos têm mais um acervo que constitui fonte de pesquisa nas dúvidas em relação a algum trabalho exigido pela academia. No que diz respeito à metodologia utilizada durante os encontros, decidimos lançar mão de vários meios para chamar a atenção dos participantes e, nesse propósito, tornou-se imprescindível o uso do datashow, haja vista a necessidade de exposições dos conteúdos e, ainda, porque esse tipo de mídia, acreditamos, colabora para uma maior interação em relação ao assunto ministrado, discussões, atividades práticas e direcionamentos vivenciais. Na perspectiva de um melhor aproveitamento, dividimos as aulas do projeto em dois momentos: o primeiro, exposição com trocas interativas sobre questões teóricas. O segundo, realização de atividades práticas referentes ao tema trabalhado em cada aula. É válido destacar que, em tais momentos, os alunos mostravam-se interessados em participar, não havendo conversas paralelas, sendo bastante atenciosos e sempre questionavam sobre as minúcias de cada temática exposta. É importante relatar aqui as discussões sobre a estruturação de parágrafos. Esse tema foi exposto objetivando favorecer nos alunos do projeto o (re)conhecimento dos tipos de tópico frasal, desenvolvimento e conclusão de um parágrafo. Salientamos que, quando estas partes são bem compreendidas pelo produtor de textos, o processo autoral torna-se menos sofrível. Ainda, os alunos puderam identificar os parágrafos descritivos, dissertativos e narrativos, discutindo os aspectos que caracterizam cada uma dessas classificações, bem como iniciar e desenvolver um parágrafo a partir de recursos, quais sejam: declaração inicial, pergunta, alusão, definição, citação e contraste. Depois disso, os alunos socializaram as análises. Outro tema significativo provocou indagações, relatos de experiências e aprendizagem: os tipos de citações apresentando as devidas características. É sabido que precisamos, na academia, fundamentar, referenciar o que dizemos e escrevemos, já que no trabalho científico exige-se uma padronização da linguagem para facilitar o processo de comunicação. Nesse sentido, o uso de citações objetiva certificar ou comprovar a ideia do [O avanço da internet em muitas esferas da atividade humana e a possibilidade desse veículo de associar em um só meio som, texto e imagem fizeram surgir novas formas de expressão.(1)] [Sendo assim, com intuito de identificar os propósitos que levam os membros de comunidades virtuais a se comunicarem de determinada maneira, o trabalho se debruça sobre a investigação do funcionamento dos fóruns eletrônicos em comunidades do Orkut.(2)] [O estudo da comunicação virtual sob a perspectiva dos gêneros é considerado relevante para entender os hábitos lingüísticos e sociais das novas “tribos” que surgem na internet e contribuir, dessa forma, para a compreensão do fenômeno Orkut.(3)] [A análise do material fundamenta-se nos parâmetros para a caracterização dos gêneros emergentes definidos por Marcuschi e, mais especificamente, na investigação do comportamento dos conectores de causa e condição presentes nos textos.(4)] [A partir desses critérios, realizou-se uma consulta a mais de cem comunidades dessa rede de relacionamentos, procurando situar seus fóruns em relação aos parâmetros definidos. Num segundo momento, foram coletadas duas páginas de dez fóruns eletrônicos sobre temas diversos para a composição de um corpus mínimo de análise.(5)] [Como resultado, a análise dos fóruns de comunidades do Orkut, pudemos mostrar que algumas características já identificadas por outros pesquisadores também foram observadas nessa versão de fórum eletrônico.(6)] [Assim, no que se refere aos fóruns do Orkut, a gradação de densidade informacional, da articulação dos argumentos e do envolvimento entre os participantes indica que a grande maioria dos fóruns parece restringir-se ao plano do linguístico-interacional e poucos alcançam, de fato, o nível político-social.(7)] autor do texto ou, ainda, como explicita Severino (2004, p. 107): “as citações bem escolhidas apenas enriquecem o trabalho; o que não se pode admitir em hipótese alguma é a transcrição literal de uma passagem de outro autor sem se fazer a devida referencia.” Na sequência, foi proposta uma atividade, em dupla, para identificar nos parágrafos dos textos em análise os aspectos estudados. Apresentamos, a seguir, o relato de um dos encontros que teve como objetivo trabalhar o “resumo” em virtude de ter sido considerado uma parte obrigatória na publicação de artigos científicos, apresentação em congressos, seminários e simpósios, além dos trabalhos de conclusão de curso, monografias, dissertações e teses. A metodologia adotada constou de exposição da estrutura do gênero resumo científico e suas definições. Para tanto, utilizamos autores que têm publicado nesta área (MEDEIROS, 2009; SEVERINO, 2004; MACHADO, 2004), dando ênfase para as partes constitutivas desse gênero textual (introdução, objetivos, métodos, resultados e discussões, conclusões e palavras-chave). Para o desenvolvimento da atividade prática foram distribuídos artigos científicos sem os devidos resumos. Dessa maneira, os alunos foram incentivados a produzir os resumos de tais artigos, o que se constituiu uma atividade de participação efetiva por parte deles. Abaixo, ilustramos com o exemplo de uma das produções textuais realizadas pelos alunos. Observamos na produção textual acima – o gênero resumo científico, de maneira satisfatória, a composição das partes estruturais, como a (1) Introdução – apresentação do assunto, (2) objetivo, (3) justificativa, (4) fundamentação teórica, (5) metodologia, (6) resultados e (7) conclusões. Destacamos algumas incoerências no aspecto gramatical: no item (5) o uso da forma verbal realizou-se, caracterizando-se na 3ª pessoa do singular, em contraste com a forma verbal pudemos no item (6), escrita na 1ª pessoa do plural. [...] O livro é uma obra-prima no que diz respeito a análise do quadro educacional brasileiro na época dos anos 80, além de trazer um esclarecimento das tendências, coisa que poucos autores da área se atreveriam a fazer, visto que é uma tarefa difícil pelo caráter de elasticidade e hibridização característico dessas tendências pedagógicas. A delimitação deste estudo se deu quando procurei a escola para a prática do estágio em Língua Portuguesa, e utilizei a metodologia qualitativa com apoio teórico. Foram desenvolvidas várias atividades, tais como: diversos trabalhos com gêneros literários que contribuíram para as estratégias de leitura na sala de aula do 4º Ano, articulação da ação pedagógica desenvolvida nestas práticas com vistas à vivência da leitura durante os momentos de aula; indagação aos alunos sobre o gosto pelo hábito de ler, não apenas na escola mas, para que se despertasse neles as inúmeras formas de leitura trabalhadas para a sua vida fora da sala de aula, como, por exemplo, no seu convívio familiar. [...] a fim de obtermos este resgate através da metodologia de pesquisa mencionada, para se abordar personagens ligados ao fato, foi utilizada a entrevista temática a qual prioriza a participação, experiência ou testemunho do entrevistado no tema em questão, devendo apresentar aspectos dinâmicos em busca de não interferir discordando, concordando ou se espantando com a narrativa do entrevistado. É de fundamental importância a neutralidade do entrevistador. Este resumo objetiva analisar a diversidade dialógica dos enunciados de divulgação científica. Estabelecemos como suporte para nossa fundamentação teórico a obra do círculo de Bakhtin. Entre outros pontos ressaltamos as noções de enunciado, dialogismo e gêneros do discurso, estes se apresentam como elementos fundamentais e intrínsecos a organização do texto cientifico. Do ponto de vista dos procedimentos metodológico, debruçamos nossos olhares em dois textos presentes na esfera cientifica, exemplos a citar, “O estado de S. Paulo e a Revista Pesquisa Fapesp. Os dois textos apresentam algumas diferenças estruturais e lexicais em seu corpus, pois o Jornal é destinado a diversos meios culturais e a Revista insere-se numa comunidade cientifica. Por fim, percebemos que a construção composicional de um texto é perpassado por muitos elementos, estes definidos pelo seu público alvo, pois toda e qualquer produção textual é pautada por sentidos e direcionamentos reflexivos a determinados contextos sociais, culturais e científicos. O texto acima é um resumo científico que apresenta algumas inadequações, que podem ser resolvidas submetendo o texto à reescrita, pois de acordo com a composição das partes estruturais, verificamos que há a ausência de introdução, justificativa e resultados parciais ou finais. Ainda, enfatizamos alguns problemas básicos de acentuação e concordância. Analisando a Resenha Esse é um trecho de uma resenha de um capítulo de autoria do Professor José Carlos Libâneo, publicado no livro “Democratização da Escola Pública: A pedagogia crítico-social dos conteúdos”. Identificamos que o participante compreendeu a estrutura da apreciação, opinando sobre a obra de maneira satisfatória, o que nos leva a acreditar que houve um aprendizado. Analisando o Artigo Científico Abaixo, seguem extratos de artigos científicos produzidos pelos participantes do curso. É pertinente a utilização de entrevistas semi-estruturadas que são aquelas que “incluem uma lista de questões previamente preparadas, mas o pesquisador utiliza-a apenas como um guia, acompanhando os comentários importantes feitos pelo entrevistado” (LANKSHEAR, 2008, p.174), favorecendo assim, abrir caminho para possíveis questões a partir das respostas dadas, bem como dar margem para o enriquecimento dos dados. Trata-se “[...] de um diálogo entre a prática vivida e as construções teóricas formuladas nestas vivências. É a ideia de ação-reflexão [...]” (CUNHA, 1998 apud SANTOS, 2009, p. 42). E como afirma Decca (1998), [...] narrar é uma maneira que nossa cultura encontrou de lidar com o tempo e com o anunciado retorno da narrativa, talvez seja um sinal de uma reorientação das relações entre passado, presente e futuro (apud SANTOS, 2009, p. 24). Para Martins (1994, p 40), os momentos iniciais das crianças em relação à leitura começam muito cedo com a leitura sensorial. Embora a aparente gratuidade de seu aspecto lúdico, o jogo com e das imagens e cores, dos materiais, dos sons, dos cheiros e dos gostos incita o prazer. Os extratos acima fazem parte da metodologia de artigos científicos produzidos pelos alunos do curso. Observando o primeiro extrato identificamos que a metodologia é uma espécie de passo a passo em que o autor do trabalho narra tudo o que foi investigado, mas não deixando de ressaltar qual foi seu tipo de pesquisa. Este fragmento precisa ser reescrito, devido encontramos algumas incoerências no aspecto gramatical e alguns erros de concordância. No segundo extrato, o autor apresenta os instrumentos utilizados na pesquisa e na entrevista temática. Verificamos que falta um embasamento teórico com relação ao conceito desta, parecendo ser o autor do artigo que, com suas palavras, define este conceito. Por último, o terceiro extrato consegue satisfazer os critérios de como embasar os instrumentos de pesquisa, mostrando clareza e conhecimento científico em relação ao conceito utilizado. A seguir, destacamos partes de fundamentação teórica dos artigos. Aqui, verificamos a utilização das citações para uma melhor análise e constatamos que estas estão de acordo com as normas da ABNT, principalmente a primeira que faz recortes de textos interagindo assim com a voz de outros autores, mostrando seu domínio em saber usá-las. Avaliando o curso: “as vozes dos participantes” Objetivando avaliar o andamento do projeto "Língua Portuguesa como apoio à pesquisa: questões que orientam a produção textual de gêneros acadêmicos" foi necessário aplicar um questionário aberto com os alunos participantes do curso para perceber a importância das temáticas propostas, bem como a aplicabilidade na academia. Nesse sentido, analisaremos com que frequência os alunos produzem algum tipo de gênero acadêmico? “Frequentemente (todos os períodos ou quase todos) visto que estou ainda no 4º período de curso e os professores estão sempre cobrando gêneros acadêmicos. Além de ter produzido artigo para ser apresentado fora da universidade”. (Paula) “Varia muito, geralmente, 2 vezes ao mês ou mais, dependendo das exigências a mim dirigidas. (Maria) “A cada período produzo 4, para as disciplinas estudadas. (Sara) “Muitas vezes”. (Eduardo) “Só quando os professores pedem para elaborar projetos” (Pedro) “Com muita pouca frequência”. (Jorge) “Bom no momento não uso de nenhum tipo de gênero, ainda. (Fátima) A vozes dos alunos revelam uma frequência significativa de solicitações no que se refere às produções textuais dos gêneros acadêmicos. Dessa forma, a relevância do projeto para a comunidade acadêmica do CERES, que comprova a necessidade de ações, como esta, que proporcionem a melhoria do ensino na Universidade. Percebemos também que os alunos participam do projeto mesmo ainda não fazendo nenhuma produção textual relacionadas aos gêneros, como afirma Fátima, ainda não produziu nenhum gênero, mas sabe da relevância de se ter os conhecimentos necessários para a realização de tais produções. Outra pergunta analisada foram quais as principais dificuldades enfrentadas por eles para produzirem algum gênero acadêmico. Abaixo, encontram-se alguns depoimentos dos alunos participantes para fins de análise desta questão: “Várias dificuldades, devido não ter muito entendimento de como se produz esses gêneros, mas com o passar do tempo estou melhorando e produzindo melhor”. (Maria) “É o não conhecimento das normas da ABNT”. (Paula) “A principal dificuldade é a forma de fazer o gênero, por onde começar e quais regras seguir”. (Eduardo) “Dificuldade com as citações e as referências bibliográficas”. (Jorge) As respostas a essa questão dizem respeito, principalmente, a dificuldade na utilização da estrutura do gênero textual, a como usar as normas da ABNT e apontam problemas relacionados à como fazer citações e referências bibliográficas. Desse modo, podemos comprovar mais uma vez a eficácia do curso nesse ponto, pois este oferece um suporte no que concerne a estas questões, já que formulamos um material didático, no qual contempla conteúdos da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), apresentação e característica dos gêneros acadêmicos, como elaborar citações e referências bibliográficas e outros. A seguinte pergunta também foi feita: Quais os procedimentos que utiliza para enfrentar as dificuldades encontradas? E com base nesse questionamento analisaremos os seguintes depoimentos: “Uso livros e a internet para me informar”. (Pedro) “procuro orientações dos professores, pesquiso na internet e vejo modelos das produções”. (Fátima) “Eu procuro livros que tratem do assunto ao qual tenho dificuldade e na maioria dos casos volto a apostila do projeto”. (Sara) “Procuro exemplos em obras acadêmicas, livros, além de consultar a apostila”. (Maria) É possível compreendermos, nesses depoimentos, alunos preocupados em realizar o processo de retextualização assim como buscar, por meio de pesquisas e consultas, resolver suas dificuldades. Tal iniciativa tem sido favorecida, também, pelos recursos tecnológicos, como é o caso da internet. Continuando com as perguntas, fez-se também a seguinte: o curso tem contribuído para a melhoria da sua produção acadêmica? Quais as contribuições? Ilustramos esta questão com as dos participantes e, na sequência, suas análises. “Este curso tem contribuído muito, haja vista ir ao encontro a uma carência, que acredito ser de quase todos os graduandos, que é de produzir trabalhos científicos, respaldado nas normas exigidas quando realizamos um trabalho acadêmico”. (Jorge) “O curso tem sido uma proveitosa orientação para mim, pois ele sugere varias alternativas para produzir textos facilmente, dando dicas para problemas fundamentais como a construção inicial de um texto, a produção de um bom parágrafo e trabalha com textos diversificados, possibilitando uma maior oferta de conhecimentos entre os diferentes gêneros textuais. Além disso, o curso atinge de forma significativa o maior dilema dos universitários, que é texto acadêmico, mostrando como ele deve ser organizado e escrito”. (Pedro) “Sim. Tem-me feito escrever e produzir com mais segurança”. (Paula) “O curso vem ajudando de forma muito significativa, tanto no incentivo de produzir os gêneros acadêmicos quanto às formas para se escrevê-lo”. (Sara) Aqui, os alunos deixam perpassar através de suas falas a importância do projeto e o lado pragmático deste para a vida acadêmica dos mesmos. Podemos notar mudanças na produção dos textos como cita Paula, que segundo a mesma sente-se mais segura para escrever, após sua participação no curso. Nosso último questionamento foi em torno da utilização do material do projeto como fonte de pesquisa para a melhoria da escrita. Seguem, abaixo, algumas vozes dos alunos participantes para fins de análise desta questão: “Utilizo, pois é uma forma bem prática onde encontramos as informações necessárias e especificas, além de ser um meio investigador para buscar novas informações (um guia). (Sara) “Sim. Sempre que sinto dúvida, por exemplo, numa referência para elaborar me remeto ao material”. (Eduardo). “Sim, inclusive para estudar para concursos, principalmente na construção de redações”. (Fátima) ”Sim, pois o material é muito rico em informações, modelos de gêneros acadêmicos, além de conter observações importantes feitas pela professora Célia- ministrante do curso- e também de colaboradores.” (Maria) Os depoimentos retratam a relevância do material organizado para a realização do curso, caracterizando como fonte de pesquisa constante. Vimos também que além de ser um suporte para o projeto na realização das produções textuais, ainda é utilizado como instrumento de estudo para concursos, segundo afirma Fátima. Isso nos remete a compreender que esta ferramenta (o material) tornou-se uma espécie de manual para os cursistas, sempre os auxiliando nas suas dúvidas em relação à produção acadêmica. Em todos os depoimentos produzidos, conseguimos perceber através da fala dos participantes que o projeto “Língua Portuguesa como apoio à pesquisa: questões que orientam a produção textual de gêneros acadêmicos” apresenta significativos resultados, como a melhoria na qualidade da produção textual, que é confirmado através das respostas obtidas. Nesse sentido, enfatizamos a necessidade de ações como essa que capacitem os alunos para uma melhor produção textual, já que lhes são cobrados cotidianamente trabalhos acadêmicos. Considerações Finais O conceito de gênero discursivo parece ser especialmente produtivo para o processo de ensino/aprendizagem de leitura e redação acadêmicas, uma vez que nos permite explorar amplamente a interface entre contexto e linguagem. Dessa maneira, analistas de Gênero defendem um ensino de línguas que integre as funções ideacionais, interpessoais e textuais da linguagem, de modo que o aluno trabalhe o texto, na leitura ou na escritura, como realização de ação científica, instância onde leitor e autor interagem, produzindo significado sobre um objeto de estudo em uma determinada realidade. (MOTTA-ROTH; HENDGES, 2010). Nosso trabalho teve a preocupação de compreender quais as contribuições que o projeto de Ação Associada (Pesquisa e Ensino), intitulado de "Língua Portuguesa como apoio à pesquisa: questões que orientam produção textual de gêneros acadêmicos", em execução no ano de 2010, destinado aos graduandos dos cursos ofertados pelo Centro de Ensino Superior do Seridó, campus de Caicó. Metodologicamente, foram realizadas análises por meio das narrativas dos encontros, das produções textuais e do questionário. Diante disso, verificamos que o curso foi bastante significativo para a comunidade acadêmica do CERES, já que observamos algumas mudanças na produção textual dos participantes. Notadamente, as vozes dos alunos demonstraram que há ma carência por parte dos professores ao orientar como se constrói o gênero acadêmico. Pensando nisso, emergem novas indagações: Por que os gêneros acadêmicos são solicitados e na maioria das vezes não se orienta como fazê-los? Nesse sentido, questões como essas ainda serão motivo de muita discussão na esfera acadêmica. Referências Bibliográficas ALVES-MAZZOTI, A. J.; GEWANDSZNADJER, F. O método nas ciências naturais e sociais. São Paulo: Pioneira, 1998. ANDRADE, M. M. Como preparar trabalhos para curso de pós-graduação: noções práticas. São Paulo: Atlas, 1995. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 14724: informação e documentação: trabalhos acadêmicos: apresentação. Rio de Janeiro, 2005. ______. NBR 6022. 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