Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original
DESENVOLVIMENTO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVELSUSTENTÁVEL Profª.: Rosana Ravaglia PARADIGMA CARTESIANOPARADIGMA CARTESIANO • Antes de 1500 - visão orgânica • Séculos XV e XVII - o mundo como uma máquina - a razão acima de tudo - Descartes (processo indutivo) - Bacon (sociedade perfeita e científica) CRISE CONTEMPORÂNEACRISE CONTEMPORÂNEA • Crise complexa e em todos os setores - guerras - inflação - desemprego - qualidade do meio ambiente - saúde física e mental - fome • Visão Oriental CRISE (wei-ji) = perigo + oportunidade Os últimos refugiados deixam o campo Teculabab, cuja água acabou, rumo a El Fau, a 450 quilômetros. Sudão, 1985. Barcos marcam o que antes era um lago com pescadores. Em pouco tempo, até a memória do Lago Faguibin será apagada. Mali, 1985. Os homens em condições físicas foram para a cidade em busca de trabalho e comida, deixando atrás filhos e as "viúvas da seca". Caminhando no leito do Lago Faguibine. Mali, 1985. CRISE CONTEMPORÂNEACRISE CONTEMPORÂNEA As brigadas dos canaviais trabalham nos campos onde o uso de máquinas é impossível. Mais de um terço da produção de cana-de- açúcar cubana é cortada manualmente. Os trabalhadores têm direito a bônus especiais. Província de Habana, Cuba, 1988. Campo de refugiados no norte do Quênia aos cuidados da ONU e outras organizações. A escola do campo é freqüentada por 17mil meninos e adolescentes. Kakuma, Quênia, 1993. Procura por água num novo povoado ao norte de Natinga. Em dois anos, a população deste aglomerado cresceu de 2 mil para 16 mil habitantes. Natinga, sul do Sudão, 1995. O desflorestamento realizado por posseiros e criadores de gado provocou erosão numa escala desastrosa. Roraima, Brasil, 1998. CRISE CONTEMPORÂNEACRISE CONTEMPORÂNEA Bombaim se estende por uma península de 40 km e, por isso, muitos moradores dependem dos trens para se deslocar. Como não há trens suficientes, muitos passageiros são obrigados a viajar pendurados para fora dos vagões. Bombaim, Índia, 1995. Tubulação que leva água potável para os bairros mais prósperos de Bombaim passa pela favela de Mahim. Bombaim, Índia, 1995. Água corrente e serviços de esgoto praticamente inexistem nos bairros operários de Jacarta. Jacarta, Indonésia, 1996. Depósito de lixo perto de São Paulo. Brasil, 1996. CRISE CONTEMPORÂNEACRISE CONTEMPORÂNEA CRISE CONTEMPORÂNEACRISE CONTEMPORÂNEA EMERGÊNCIA DE UM NOVO EMERGÊNCIA DE UM NOVO PARADIGMAPARADIGMA • Razão instrumental x razão simbólica • Ecologizar tudo - Ecofeminismo • Mudança de visão - complexidade x simplicidade - inclusão x exclusão - holístico x reducionismo - emoção x razão PLANETA TERRA PLANETA TERRA -- GAIAGAIA • Organismo vivo • A revolta da Terra devido sua exploração • Risco de fim • Solução: - uma volta ao pensamento orgânico; - ecovisão; - educação ambiental; - comunidades sustentáveis Surgimento do Termo Surgimento do Termo Desenvolvimento SustentávelDesenvolvimento Sustentável • Em 1983 a ONU indicou uma comissão para o estudo das questões ambientais. • Em 1987 foi publicado pela comissão Mundial sobre Meio Ambiente e o desenvolvimento da ONU um estudo denominado Nosso Futuro Comum, mais conhecido como Relatório Brundtland. Neste relatório surgiu pela primeira vez a concepção de desenvolvimento sustentável. DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVELDESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL Os elementos que compõem o conceito de desenvolvimento sustentável são a preservação da qualidade do sistemas ecológicos, a necessidade de um crescimento econômico para satisfazer as necessidades sociais e a equidade - todos possam compartilhar - entre geração presente e futuras. Desta forma, percebe-se que os ideais do desenvolvimento sustentável são bem maiores do que as preocupações específicas (a racionalização do uso da energia, ou o desenvolvimento de técnicas substitutivas do uso de bens não-renováveis ou, ainda, o adequado manejo de resíduos). Principalmente, é o reconhecimento de que a pobreza, a deterioração do meio ambiente e o crescimento populacional estão indiscutivelmente interligados. Nenhum destes problemas fundamentais pode ser resolvido de forma isolada, na busca de parâmetros ditos como aceitáveis, visando a convivência do ser humano numa base mais justa e equilibrada. A partir da falência do conceito de que os recursos ambientais seriam infinitos, estes passaram a ser objeto de gestão. Não só cabe analisar os recursos não-renováveis como, também, discutir a questão do bem público, que muitas vezes acabou permitindo a exploração desenfreada por alguns indivíduos. O desenvolvimento sustentável é um processo global e não pode ser confundido com a globalização. A globalização poderia ser vista por "dois lados". O primeiro é o das grandes empresas e se refere ao domínio do mercado mundial ou, em outras palavras, o aspecto comercial. Já o outro lado, o "da poluição", ótica que transcende fronteiras nacionais e que significa evitar a poluição. Sachs, na entrevista dada à revista ‘Isto é’ (21/8/96), sob o título "Desordem Mundial", menciona que globalização é "uma palavra que está sendo esticada para encobrir diferentes sentidos ... os principais atores não são países e sim empresas". DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL (cont.)(cont.) A globalização do problema ambiental suscita à questão da complexidade. Esta permeia o conceito de desenvolvimento sustentável e exige que se pense de forma global, mas que se aja localmente. Neste sentido, a procura de um novo enfoque do desenvolvimento regional deve levar em conta não somente o aspecto econômico, mas também o ecológico, político, social e cultural, os quais são, também, necessários para o crescimento e manutenção de todos os agentes envolvidos (seres humanos, fauna, flora e a biodiversidade). DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL (cont.)(cont.) • O conceito oficial de Desenvolvimento Sustentável, apresentado pelo documento Nosso Futuro Comum, deixou claro que o suprimento das necessidades do presente está associado à preservação das condições de vida das futuras gerações. • Esta proposta foi colocada pela BRUNDTLAND COMMISSION da seguinte maneira: "o desenvolvimento sustentado é o desenvolvimento que faz face às necessidades da geração presente sem comprometer a capacidade das gerações futuras de satisfazer as suas próprias necessidades". DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL (cont.)(cont.) • "O Desenvolvimento Sustentável é aquele que atende às necessidades do presente sem comprometer a possibilidade de as gerações futuras atenderem às suas próprias necessidades." (Gro Brundtland, presidente da Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento - Relatório Nosso Futuro Comum) • "Desenvolvimento Sustentável significa usarmos nossa ilimitada capacidade de pensar em vez de nosso limitados recursos naturais" (Juha Sipila, Finlandia) • "Sustentável é o que leva nossa floresta em direção das florestas primitivas que podemos observar no entorno, aumentando os estoques de carbono e a área de expansão dos processos biológicos e da biodiversidade.” (André Vieira Ramos de Assis, Brasil) DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL (cont.)(cont.) A exceção dessa região é Honduras, onde programas sociais derrubaram a proporção de famintos de 31% para 21% da população. Na Nicarágua, ao contrário, os índices se agravaram. Cuba também tem desempenho ruim por causa do fim da ajuda financeira da ex- União Soviética (URSS). Entre os países que mais reduziram o número de famintos em 1997 estão Gana, Burkina Fasso, Mali, Gâmbia e Nigéria. Já no Afeganistão, na Coréia do Norte, em Madagáscar, em Burundi e na Mongólia a fome atingiu uma fatia maior da população. CUSTOS SOCIAIS DO DESENVOLVIMENTOCUSTOS SOCIAIS DO DESENVOLVIMENTO CUSTOS SOCIAIS DO DESENVOLVIMENTOCUSTOS SOCIAIS DO DESENVOLVIMENTO • Poluição Até problemas de saúde poderão ser agravados pelo calor. Segundo uma avaliação recente do Centro Hadley, do Serviço de Meteorologia do governo inglês, ele deixaria cerca de 2 bilhões de pessoas sob risco acentuado de vida por falta d´água, queda acentuada da produção agrícola, inundações freqüentes em áreas costeiras e doenças variadas. •Geografia da fome Cerca de 790 milhões de pessoas passam fome hoje no mundo – entre elas, 200 milhões de crianças –, o que representa 13% da população. O número de famintos diminui 40 milhões entre 1992 e 1997, de acordo com a Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO), mas o ritmo de 8 milhões de famintos a menos por ano é insuficiente para atingir o compromisso firmado por 186 países de reduzir a desnutrição mundial à metade até o ano 2015. A velocidade de queda deveria aumentar para 20 milhões ao ano. A Ásia é o continente que tem mais subnutridos – 525 milhões. Só a Índia soma 204 milhões. A África Subsaariana tem 180 milhões. Na América Latina e no Caribe há cerca de 53 milhões de famintos. A fome tem recuado na América do Sul, principalmente no Cone Sul – Argentina, Chile e Uruguai – e se mantido estável na América Central e no Caribe. CUSTOS SOCIAIS DO DESENVOLVIMENTOCUSTOS SOCIAIS DO DESENVOLVIMENTO • Dentre os países em desenvolvimento, o Brasil ocupa o 9º lugar em renda per capita. Mas cai para o 25º lugar quando se fala em proporção de pobres. Isso coloca o Brasil entre os países de alta renda e alta pobreza. Ao mesmo tempo em que está entre os 10% mais ricos, integra a metade mais pobre dos países em desenvolvimento. Nosso país é o 1º do mundo em desigualdade social. Aqui, 1% dos mais ricos se apropria do mesmo valor que os 50% mais pobres. A renda de uma pessoa rica é 25 a 30 vezes maior que a de uma pessoa pobre. Na Suécia, a diferença de renda entre ricos e pobres é de no máximo seis vezes. Nos Estados Unidos e no Uruguai, de dez vezes. CUSTOS SOCIAIS DO DESENVOLVIMENTOCUSTOS SOCIAIS DO DESENVOLVIMENTO PROPOSTAS DE UM PROPOSTAS DE UM DESENVOLVIMENTO ALTERNATIVODESENVOLVIMENTO ALTERNATIVO •Sociedades Sustentáveis O conceito de Sociedade Sustentável seria mais adequado do que o de Desenvolvimento Sustentável, pois "possibilita a cada sociedade definir seus padrões de produção e consumo, bem como seu nível de vida, a partir de sua cultura, de seu desenvolvimento histórico e de seu ambiente natural". •Conscientização quanto à preservação ambiental O processo de conscientização não tem como ser bem sucedido se a pessoa estiver lutando por direitos básicos, pois tudo o mais para ela passa a ser supérfluo. De forma mais popular pode-se afirmar que "não há como pensar ou fazer versos com o estômago vazio". •Educação e/ou Reeducação Visando a Sustentabilidade Talvez a estratégia mais importante que a proposta de Desenvolvimento Sustentável comporte seja a de que a educação/reeducação é fundamental, não somente para que o homem possa se qualificar para lidar com as novas tecnologias, mas também para que ele possa se conscientizar da necessidade sobre o papel de sua existência, e da necessidade de se preservar o meio ambiente, e perceber que o mundo é um sistema formado por diversos subsistemas inter-relacionados e interdependentes, dos quais ele depende para continuar a existir. PROPOSTAS DE UM PROPOSTAS DE UM DESENVOLVIMENTO ALTERNATIVODESENVOLVIMENTO ALTERNATIVO •A utopia da sustentabilidade Quando se fala que a proposta do Desenvolvimento Sustentado é basicamente eliminar a pobreza e preservar a natureza, parece que se está tratando de uma utopia. Mas, são os sonhos que impulsionam a vida, e neste final do século XX parece que sonhar é imprescindível, pois trata-se de estruturar e colocar em prática um conjunto de ações articuladas para que as várias formas de vida no planta Terra tenham continuidade. Neste cenário as organizações têm um papel importante, pois elas podem atuar positivamente, incentivando pessoas a agirem de forma a não pensarem somente no presente ou no futuro imediato. PROPOSTAS DE UM PROPOSTAS DE UM DESENVOLVIMENTO ALTERNATIVODESENVOLVIMENTO ALTERNATIVO Histórico das questões ambientaisHistórico das questões ambientais • Alerta foi dado em Estocolmo (Suécia - 1972): Conferência das nações Unidas sobre o Homem e o Meio Ambiente. – Representantes de 113 países, 250 ONG e ONU – Visão antropocêntrica de mundo – Países desenvolvidos x países em desenvolvimento; • Proposta Desenvolvimento Zero (congelamento do crescimento econômico para evitar os impactos ambientais. • Documentos Finais : Declaração sobre o Meio Ambiente Humano e Plano de Ação. - Este documento foi uma declaração de princípios de comportamento e responsabilidade que deveriam governar as decisões concernentes a questões ambientais. - Convocava a todos a cooperarem na busca de soluções para os problemas ambientais. Histórico das questões ambientaisHistórico das questões ambientais • ECO92 no Rio de Janeiro 1992: Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (CNUMAD) também conhecida como “Cúpula da Terra”. - 172 países; ONU; 1400 ONG; 9000 jornalistas; - Principais objetivos: - examinar a situação ambiental mundial desde 1972 e suas relações com o estilo de desenvolvimento vigente; - estabelecer mecanismos de transferência de tecnologias não-poluentes aos países subdesenvolvidos; - examinar estratégias nacionais e internacionais para incorporação de critérios ambientais ao processo de desenvolvimento; - estabelecer um sistema de cooperação internacional para prever ameaças ambientais e prestar socorro em casos emergenciais; - reavaliar o sistema de organismos da ONU, eventualmente criando novas instituições para implementar as decisões da conferência. • Entre 1972 e 1992 a comunidade internacional se reuniu e publicou alguns relatórios. • Dentre esses relatórios, é importante destacar alguns que serviram de subsídio para a definição do conteúdo da Agenda 21, especificamente: a) Estratégia Mundial para a Conservação da Natureza, resultado de esforços das organizações WWF e IUCN (1980) ; b) O Nosso Futuro Comum , relatório da Comissão sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento da ONU (1987) ; c) Cuidando do Planeta Terra: Uma Estratégia para o Futuro da Vida, resultado de esforços do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente em conjunto com a WWF e a IUCN (1991). Histórico das questões ambientaisHistórico das questões ambientais Histórico das questões ambientaisHistórico das questões ambientais • Documentos Finais - Declaração do Rio sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento - Agenda 21 - Princípios para a Administração Sustentável das Florestas - Convenção da Biodiversidade - Convenção sobre Mudança do Clima • Após reunião no Rio a ONU em uma Assembléia Geral criou a Comissão de Desenvolvimento Sustentável Conjunto de medidas para proteção do meio ambiente marinho. Acompanhar a implementação da Agenda 21 e continuar os trabalhos após a ECO92. Declaração do Rio sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento • Trata-se de uma carta contendo 27 princípios que visa estabelecer um novo estilo de vida, um novo tipo de presença do homem na Terra, através da proteção dos recursos naturais e da busca do desenvolvimento sustentável e de melhores condições de vida para todos os povos. Princípios da declaração do Rio.doc ONGONG •O papel das ONGs As ONGs em geral são iniciativas de pessoas ou grupos que visam colaborar na solução de problemas da comunidade seja no sentido de mobilizar, educar e conscientizar ou então de organizar serviços ou programas para o atendimento de suas necessidades. Os regimes políticos atuais, baseados na lógica do mercado e orientados para a exacerbação do consumo material, sem preocupação com o uso racional dos recursos naturais e a preservação do meio ambiente, parecem incapazes de conceber e implantar políticas condutivas à sustentabilidade. A ascensão das ONGs, apesar de avanços e retrocessos temporários, tem exercido papel fundamental, além de sua participação crescente e irrecusável nas conferências internacionais convocadas pelas Nações Unidas, na concretização lenta, mas segura, em direção à humanização das relações entre governos e governados, em praticamente todas as sociedades. AGENDA 21AGENDA 21 •O que é? Um dos principais resultados da Rio-92, a Agenda 21 é o plano de ação da Organização das Nações Unidas para o início do século 21. Em 1992, os países membros presentes ao Rio de Janeiro comprometeram-se a pautar suas políticas econômicas, sociais e ambientais com base no conceito do desenvolvimento sustentável, segundo o qual se procura atender às necessidades das gerações presentes sem comprometer as possibilidades de as gerações futuras também verem atendidas as suas. Para isso, define em 4 seções, 40 capítulos 2.500 recomendações e responsabilidades a curto, médio e longo prazo. Da mesma forma que os países se reuniram e fizeram a Agenda 21 Global, países, estados, cidades, bairros, clubes, escolas também podem elaborar suas próprias Agendas 21. Para entendermos o que é Agenda 21 Para entendermos o que é Agenda 21 precisamos falar de suas principais precisamos falar de suas principais dimensões, que são cinco: dimensões, que são cinco: 1. É o principal documento da Rio-92 (Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento Humano), que foi a mais importante conferência organizada pela ONU (Organização das Nações Unidas) em todos os tempos. Ela tem esse nome porque se refere às preocupações com o nosso futuro, agora, a partir do século XXI. Este documento foi assinado por 170 países, inclusive o Brasil, anfitrião da conferência. 2. É a proposta mais consistente que existe de como alcançar o futuro sustentável , isto é, de como podemos continuar desenvolvendo nossos países e nossas comunidades sem destruir o meio ambiente e com maior justiça social. 3. É um planejamento do futuro com ações de curto, médio e longo prazos, em outras palavras, reintroduz uma idéia esquecida de que podemos e devemos planejar e estabelecer um elo de solidariedade entre nós e nossos descendentes, as futuras gerações. 4. Trata-se de um roteiro de ações concretas, com metas, recursos e responsabilidades definidas. 5. Deve ser um plano obtido através de consenso, ou seja, com todos os atores e grupos sociais opinando e se comprometendo com ele. Em resumo, a Agenda 21 estabelece uma verdadeira parceria entre governos e sociedades. É um programa estratégico, universal, para o desenvolvimento sustentável no século XXI. A Agenda 21 serve de guia para as ações do governo e de todas as comunidades que procuram desenvolvimento sem com isso destruir o meio ambiente. Da mesma forma que os países se reuniram e fizeram a Agenda 21, as cidades, os bairros, os clubes, as escolas também podem fazer a Agenda 21 Local. Para entendermos o que é Agenda 21 Para entendermos o que é Agenda 21 precisamos falar de suas principais precisamos falar de suas principais dimensões, que são cinco: (cont.)dimensões, que são cinco: (cont.) AGENDA 21AGENDA 21 • As quatro seções se subdividem em capítulos temáticos que contêm um conjunto de áreas e programas. Essas quatros seções abrangem os seguintes temas: – Dimensões Econômicas e Sociais: trata das relações entre meio ambiente e pobreza, saúde, comércio, dívida externa, consumo e população; – Conservação e Administração de Recursos: trata das maneiras de gerenciar recursos físicos para garantir o desenvolvimento sustentável; – Fortalecimento dos Grupos Sociais: trata das formas de apoio a grupos sociais organizados e minoritários que colaboram para a sustentabilidade; – Meios de Implementação: trata dos financiamentos e papel das atividades governamentais AGENDA 21 (CONT.)AGENDA 21 (CONT.) • Objetivos: através de uma parceria mundial - combate a pobreza; - mudança dos padrões de consumo; - exame dos padrões insustentáveis de produção e consumo; - desenvolvimento de políticas e estratégias nacionais de estímulo a mudanças nos padrões insustentáveis de consumo - proteção e promoção das condições da saúde humana; - satisfação das necessidades de atendimento primário da saúde, especialmente nas zonas rurais; - controle das moléstias contagiosas; - proteção de grupos vulneráveis; - desafio saúde urbana; - redução dos riscos para a saúde decorrentes da poluição e dos perigos ambientais; AGENDA 21 (CONT.)AGENDA 21 (CONT.) - promoção do desenvolvimento sustentável dos assentamentos humanos; - proteção da atmosfera; - consideração das incertezas: aperfeiçoamento da base científica para tomada de decisões; - promoção do desenvolvimento sustentável; - prevenção da destruição da camada de ozônio; - poluição atmosférica; - combate ao desflorestamento; AGENDA 21 (CONT.)AGENDA 21 (CONT.) - manejo de ecossistemas frágeis (luta contra a desertificação e a seca); - gerenciamento de ecossistemas frágeis: gerenciamento sustentável de montanhas; - promoção do desenvolvimento rural e agrícola sustentável; - convenção da diversidade biológica; - manejo ambientalmente saudável da biotecnologia; AGENDA 21 (CONT.)AGENDA 21 (CONT.) - proteção dos oceanos, de todos os tipos de mares, inclusive mares fechados e semi-fechados, e das zonas costeiras, e proteção, uso racional e desenvolvimento de seus recursos vivos; - gerenciamento integrado e desenvolvimento sustentável das zonas costeiras, inclusive zonas econômicas exclusivas; - proteção do meio ambiente marinho; - uso sustentável e conservação dos recursos marinhos vivos sob jurisdição nacional; - uso sustentável e conservação dos recursos marinhos de alto mar; - análise das incertezas críticas para o manejo do meio ambiente marinho e mudança no clima; AGENDA 21 (CONT.)AGENDA 21 (CONT.) - fortalecimento da cooperação e da coordenação no plano internacional; - desenvolvimento sustentável das pequenas ilhas; - proteção da qualidade e do abastecimento dos recursos hídricos: aplicação de critérios integrados no desenvolvimento, manejo e uso dos recursos hídricos; - manejo ecologicamente saudável das substâncias químicas tóxicas, incluída a prevenção do tráfico internacional ilegal dos produtos tóxicos e perigosos; AGENDA 21 (CONT.)AGENDA 21 (CONT.) CONCLUSÃO DA AGENDA 21 BRASILEIRA A fase final desse trabalho em prol do desenvolvimento sustentável brasileiro foi realizada no mês de maio de 2002 com a realização do seminário nacional que se constituiu em cinco reuniões setoriais, a saber: executivo, legislativo, produtivo, academia e sociedade civil organizada. Nessas reuniões a comissão apresentou a plataforma de ação, baseada nos subsídios da consulta nacional e definiu com as lideranças de cada setor os meios e compromissos de implementação. O lançamento da Agenda 21 Brasileira, em julho de 2002, finalizou a fase de elaboração e marcou o início do processo de implementação, um grande desafio para sociedade e governo. AGENDA 21 BRASILEIRAAGENDA 21 BRASILEIRA • Dois documentos compõem a Agenda 21 Brasileira: - Agenda 21 Brasileira - Ações Prioritárias, que estabelece os caminhos preferenciais da construção da sustentabilidade brasileira, - Agenda 21 Brasileira - Resultado da Consulta Nacional, que é o produto das discussões realizadas em todo o território nacional. AGENDA 21 BRASILEIRA (CONT.)AGENDA 21 BRASILEIRA (CONT.) Princípios para a Administração Sustentável das Florestas • Os países participantes da CNUMAD adotaram esta declaração de princípios visando um consenso global sobre o manejo, conservação e desenvolvimento sustentável de todos os tipos de florestas. O fato deste tratado ter se transformado apenas numa declaração de princípios reflete as dificuldades que surgiram no período de negociação do texto. Apesar de controvertido, este foi o primeiro tratado a tratar da questão florestal de maneira universal. A declaração visa a implantação da proteção ambiental de forma integral e integrada. Todas as funções das florestas estão descritas no texto e são sugeridas medidas para a manutenção de tais funções. Convenção da Biodiversidade • A Convenção da Biodiversidade foi assinada no Rio de Janeiro em 1992, por 156 Estados e uma organização de integração econômica regional. Os objetivos da convenção estão expressos em seu artigo 1: “Os objetivos dessa Convenção, a serem observados de acordo com as disposições aqui expressas, são a conservação da biodiversidade, o uso sustentável de seus componentes e a divisão eqüitativa e justa dos benefícios gerados com a utilização de recursos genéticos, através do acesso apropriado a referidos recursos, e através da transferência apropriada das tecnologias relevantes, levando-se em consideração todos os direitos sobre tais recursos e sobre as tecnologias, e através de financiamento adequado.” Convenção sobre Mudança do Clima • A Convenção sobre Mudança do Clima foi assinada em 1992 no Rio de Janeiro, por 154 Estados e uma organização de integração econômica regional. • Entre seus fundamentos encontra-se a preocupação de que as atividades humanas têm causado uma concentração na atmosfera de gases de efeito estufa, que resultará num aquecimento da superfície da Terra e da atmosfera, o que poderá afetar adversamente ecossistemas naturais e a humanidade. Seus objetivos são: – estabilizar a concentração de gases efeito estufa na atmosfera num nível que possa evitar uma interferência perigosa com o sistema climático; – assegurar que a produção alimentar não seja ameaçada; – possibilitar que o desenvolvimento econômico se dê de forma sustentável. Conferência das Nações Unidas em Kyoto • Kyoto (1997): Cerca de 10.000 delegados, observadores e jornalistas participaram de um evento de alto nível onde foi aprovado um documento denominado Protocolo de Kyoto. - foram estabelecidas: - a proposta de criação da Convenção de Mudança Climática das Nações Unidas - as condições para implementação da referida Convenção. • A conferência culminou na decisão por consenso de adotar- se um Protocolo segundo o qual os países industrializados reduziriam suas emissões combinadas de gases de efeito estufa em pelo menos 5% em relação aos níveis de 1990 até o período entre 2008 e 2012. • Esse compromisso, com vinculação legal, promete produzir uma reversão da tendência histórica de crescimento das emissões iniciadas nesses países há cerca de 150 anos. Conferência das Nações Unidas em Kyoto Participação no Protocolo de Kyoto: a cor verde denota países que assinaram e ratificaram o tratado até Fevereiro de 2009 Assinado e ratificado protocolo de Kyoto.doc • A Caminho de Joanesburgo, Rio+10 Brasil Balanço e Perspectivas.htm • artigo 5.pdf RI0 10 +RI0 10 + RI0 10 +RI0 10 + • Realizada de 26 de agosto a 4 de setembro de 2002 em Joanesburgo, África do Sul, a Cúpula Mundial Sobre Desenvolvimento Sustentável foi a terceira conferência mundial promovida pela Organização das Nações Unidas para discutir os desafios ambientais do planeta. A conferência ficou conhecida como Rio + 10, uma vez que ocorreu dez anos após a Cúpula da Terra, em 1992, no Rio de Janeiro. • Compareceram a Joanesburgo cerca de 22 mil participantes de , 100 deles representados pelo seu Chefe de Estado ou de Governo. Delegados governamentais e de organizações intergovernamentais somavam 10 mil pessoas. • Outras 8 mil vinham de organizações não- governamentais, grupos indígenas, representantes do comércio e da indústria, jovens, agricultores, cientistas e representantes sindicais. Havia também 4 mil jornalistas credenciados e, ainda, milhares de pessoas que compareceram aos eventos paralelos da conferência, todos concentrados durante dez dias para discutir a erradicação da pobreza, o desenvolvimento social e a proteção do meio ambiente. RI0 10 + (cont.)RI0 10 + (cont.) • Relatório “Desafios Globais, Oportunidades Globais” (pg. 91) • Declaração Política “ O Compromisso de Joanesburgo sobre desenvolvimento Sustentável” – trata-se de um documento que estabelece posições políticas e não metas. – Reafirma os princípios e acordos adotados em Estocolmo-72 e na Rio- 92 – pede o alívio da dívida externa dos países em desenvolvimento e o aumento da assistência financeira para os países pobres, além de reconhecer que os desequilíbrios e a má distribuição de renda, tanto entre países quanto dentro deles, estão no cerne do desenvolvimento insustentável. – admite ainda que os objetivos estabelecidos na Rio-92 não foram alcançados e conclama as Nações Unidas a instituir um mecanismo de acompanhamento das decisões tomadas na Cúpula de Joanesburgo. RI0 10 + (cont.)RI0 10 + (cont.) •O segundo e mais importante documento resultante da Cúpula é o “Plano de Implementação” (pg. 100): - a erradicação da pobreza; - a mudança nos padrões insustentáveis de produção; - consumo e a proteção dos recursos naturais. Um dos pontos mais relevantes do documento é o tratamento de temas antigos de uma forma que reflete a evolução no cenário internacional desde 1992. Destaca-se, assim, a seção sobre globalização, um tema que sequer era registrado na agenda política dez anos antes. Da mesma maneira, no que se refere à pobreza, o documento reconhece que o combate a ela implica em ações multidimensionais, que englobem questões desde o acesso à energia, água e saneamento, até a distribuição eqüitativa dos benefícios derivados do uso da diversidade biológica. RI0 10 + (cont.)RI0 10 + (cont.)