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_--..:..=:;...--:.....,/' ..1' '\:l/...', ......-"/ 'í _! j ~ l, ' /.. _ .\ __ .\ 'f .. ' \.",-" \ " CRITÉRIOS DE DiSTINÇÃO ENTRE DIREITO E MORAL e ~\oC!.l, \ ~ ~ r"",rr'J:::I"-: : ....<.\ _... ~ j..},J' -,r- }~L()·..~ .'....h;JJ 1 J....r«-.J~.:.w.......»_.,O(\ ~ (.:),~...'-.)-=).' j ... J.) J ....1... ~ J,j,r'··Z).-::;--~·Y:.f , J Atualmente inúmeros critérios são utilizados para distinção entre Direito e Moral, sendo essas de ordem formal e material (que diz respeito ao conteúdo). No ponto de vista formal pode-se verificar as seguintes distinções: - O Direito é bilateral, enquanto a moral é unilateral: Essa distinção relaciona-se ao fato de que o Direito, ao conceder direitos, da mesma forma impõe obrigações, sendo pois uma via de mão dupla. Já a moral não, suas regras são simplificadas, impondo tão somente deveres, e o que se espera dos indivíduos é a obediência as suas regras. - Exterioridade do Direito e Interioridade da Moral: por essa distinção entende-se que o Direito é externo por se ocupar das atitudes externalizadas dos indivíduos, não devendo se atuar no campo da consciência, somente quando necessário para averiguar determinada conduta. Já a moral se destina influenciar diretamente a consciência do indivíduo, de forma a evitar que as condutas incorretas sejam externalizadas, e quando forem, deverá ser objeto de análise somente para se aferir a intenção do indivíduo. Vale dizer que esse critério não atingiria a moral social. - Autonomia e Heteronomia: Na moral a adesão às regras se dá de forma autônoma, ou seja, o indivíduo tem a opção de querer ou não aceitar aquelas regras. É; portanto, um querer espontâneo. Importante registrar que esse critério também não atinge a moral social. Já com o Direito ocorre de forma diversa, pois o indivíduo se submete a uma vontade maior, alheia à sua. - Coercibilidade do Direito e Incoercibilidade da moral: O Direito tem como uma de suas características mais marcantes a coercibilidade, ou seja, o indivíduo deverá obedecer as normas por temer a imposição de uma penalidade que será certamente exercida pela força estatal. Já a moral não possui essa característica, pois não há instrumentos punitivos para aqueles que não observam as suas regras. Regista-se, oportunamente, que a moral social, apesar de não possuir caráter punitivo, constrange os indivíduos a cumprirem as suas regras, desetimulando o descumprimento. No que diz respeito ao conteúdo (material): - Os objetivos do Direito e da moral são diferentes na medida em que o Direito visa criar um ambiente de segurança e ordem para que o indivíduo possa alcançar o desenvolvimento e progresso pessoal, profissional, científico e tecnológico. Já a moral se destina a aperfeiçoar o ser humano, sua consciência e para tal lhe impõe deveres na relação consigo mesmo e para com o próximo. - Quanto ao conteúdo propriamente dito, surgem quatro teorias: ~ 1. Teoria dos circulas concêntricos: por esta teoria haveria dois círculos, sendo que um está inserido no ~- ) outro. O maior pertenceria à moral, enquanto que o menor pertenceria ao Direito ..Isso significa que a moral ~ é maior que o Direito, e que o Direito dela faz parte; e que o Direito se subordina às regras morais. EE 2. Teoria dos círculos secantes: por essa teoria haveria dois círculos que se cruzam até um determinado a.. .:-~ ponto apenas. Isso significa que o Direito e a moral possuem um ponto comum, sobre o qual ambos têm f. competência para atuar, mas deverá haver uma área delimitada e particular para cada um pois há assuntos que um não poderá interferir na esfera do outro. @- 3. A visão Kelseniana: Para Kelsen o Direito é autônomo e a validade de suas normas nada têm a ver come1C~'as regras morais. Para ele haveria dois grandes círculos totalmente independentes um do outro. 4. Teoria do mínimo ético: por essa teoria o Direito deveria conter o menor número possível de regras @.i~.' mor~is, som:nte aquelas que forem ~n?isp~nsáveis ao equilíbno das relaç?es, Pode-se dizer que essa~ t teona se opoe ao pensamento do rnaximo ético, que se expressa na adoçao pelo Direito de uma grande\:.:.7',c parte da moral, para que as relações sociais sejam reguladas de forma mais próxima à consciência dos indivíduos.· .