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Profª. Nara Suzana Stainr Pires UNIFRA DIREITO ADMINISTRATIVO I PODERES ADMINISTRATIVOS PODER DE POLÍCIA “Considera-se poder de polícia a atividade da administração pública que, limitando o disciplinando direito, interesse ou liberdade, regula a prática de ato ou abstenção de fato, em razão de interesse público...” (Código Tributário Nacional, art. 78, primeira parte)” Em resumo : através do qual a Administração Pública tem a faculdade de condicionar e restringir o uso e gozo de bens, atividades e direitos individuais, em benefício do interesse público. Extensão do Poder de Polícia - A extensão é bastante ampla, à segurança, à higiene, à ordem, aos costumes, à disciplina da produção e do mercado, ao exercício de atividades econômicas dependentes de concessão ou autorização do Poder Público, à tranqüilidade pública ou ao respeito à propriedade e aos direitos individuais ou coletivo PODERES ADMINISTRATIVOS LIMITES DO PODER DE POLÍCIA Necessidade – a medida de polícia só deve ser adotada para evitar ameaças reais ou prováveis de perturbações ao interesse público; Proporcionalidade/razoabilidade – é a relação entre a limitação ao direito individual e o prejuízo a ser evitado; Eficácia – a medida deve ser adequada para impedir o dano a interesse público. Para ser eficaz a Administração não precisa recorrer ao Poder Judiciário para executar as sua decisões, é o que se chama de auto-executoriedade. VOCÁBULO POLÍCIA Policia Judiciária: PM, Bombeiros – atua sobre as pessoas Policia Administrativa: atua sobre os bens, direitos e atividades e NÃO TEM relação com a segurança pública Art 78 CTN A)deve ser desempenhado por órgão e autoridade competente B)exercido dentro dos limites lei aplicável – princípio da legalidade C)deve ser exercido sem abuso ou desvio de poder IDÉIA FUNDAMENTA PODER DE POLÍCIA Cabe ao Estado/Administração regular a vida em sociedade – instrumentos legais permitam restringir certos direitos e atividades - compatibilidade Atuação preventiva ou repressiva Preventiva- evitar atividades particulares prejudiciais á coletividade Repressiva – paralisar e obstar atividades que violem interesse público SANÇÕES MULTA (infração trânsito) INTERDIÇÃO (estabelecimento comercial) DEMOLIÇÃO(prédio desacrodo) DESTRUIÇÃO (aliemnto impróprio) EMBARGO (obras) COMPETÊNCIA Regra: cada ente federado de acordo com suas competências constitucionais PRESCRIÇÃO Lei 9873/99 art 1º. 5 anos *ação punitiva – prazos previstos lei penal *prescrição intercorrente – paralisado mais de três anos(adm) – arquivado e apurado responsabilidade funcional da paralisação. ELEMENTOS CARACTERIZADORES PP Editado pela ADM.Pública Fundado num vínculo geral Interesse público e social Incide sobre a propriedade e liberdde ATRIBUTOS DO PP DISCRICIONARIEDADE – Conveniência e oportunidade; proporcionalidade e razoabilidade IMPERATIVIDADE E COERCIBILIDADE atos PP são obrigatórios a seus destinatários, inclusive força física AUTOEXECUTORIEDADE CLASSIFICAÇÃO PODER DE POLÍCIA ORIGINÁRIO – exercido pela administração PODER DE POLÍCIA DELEGADO – execitado por pessoas administrativas do Estado, ou integrantes da adm.indireta Vocábulo errôneo novamente – pq é mediante outorga(legal) e delegado remete idéia de particulares) Questões especiais Pode ser praticado por particulares? Transferir PP para empresas estatais? STF ADIN 171 entendeu PP não pode ser delegado a particulares. Isto não significa que atos materiais não possam. Ex: fotografar veículos EPTC – emitir multas – ainda não há manifestaç/ão sobre o mérito pelo STF. Corte Suprema provimetno liminar MC ADI 2310 – extinta sem julgamento mérito Doutrina – inviável, em razão dos fins lucrativos. AGOSTO 2010 O Senado brasileiro aprovou, (04), o projeto de lei que dá poder de polícia às Forças Armadas nas regiões fronteiriças. Como foi aprovado com a mesma redação da Câmara dos Deputados, sem qualquer modificação, o projeto segue, agora, para a sanção do presidente Lula. Em tramitação desde dezembro do ano passado, a iniciativa prevê que militares do Exército, Força Aérea e Marinha tenham papel mais ativo na defesa da soberania e no patrulhamento das fronteiras terrestres e marítimas brasileiras, reforçando, entre outras tarefas, o combate ao narcotráfico. Desta maneira, em sua atuação na chamada “faixa de fronteira”, com 150 quilômetros de largura, os militares contarão com poder de polícia, podendo deter indivíduos, apreender veículos e mercadorias e atuar de maneira conjunta com as forças policiais que patrulham a região. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou nesta quarta-feira 25 de agosto a lei complementar que dá poder de polícia às Forças Armadas na região de fronteira. Pelo texto, será permitido fazer patrulhamento, revista de pessoas, veículos, embarcações e aeronaves e prisões em flagrante. Essas atividades serão permitidas tanto nas fronteiras terrestres quanto nas águas internas e marítimas. Lula enviou ainda ao Congresso Nacional um projeto de lei que cria 488 cargos no Ministério da Defesa. Um dos objetivos das novas regras é ampliar o combate ao tráfico de drogas. Com a Lei do Abate, que permite a derrubada de aeronaves que não cumprirem orientações de pouso da Força Aérea Brasileira, traficantes passaram a utilizar embarcações para o transporte de substâncias ilícitas. Ampliação de poder A nova legislação também amplia o poder do ministro da Defesa, que passa a indicar os comandantes da Aeronáutica, Marinha e do Exército. Antes a, essa função era do presidente da República. O ministro também passa, oficialmente, a figurar no topo da hierarquia militar, ao exercer a chefia das Forças Armadas A lei complementar também prevê a criação da Secretaria de Produtos de Defesa, que irá determinar uma política para a aquisição de matariais utilizados pelas Forças Armadas. O novo órgão deverá priorizar a compra de materiais produzidos pela indústria nacional. Foi criada ainda a Secretaria de Pessoal, Ensino e Desporto. Novos cargos Ainda nesta tarde, Lula enviou ao Congresso Nacional um projeto de lei que cria 488 novos cargos no Ministério da Defesa. O aumento da estrutura terá um impacto orçamentário de R$ 18,9 milhões por ano. O presidente também assinou um decreto que determina a chamada “Estrutura Militar de Defesa”- cadeia de comando em situação de guerra. O decreto inclui o ministro da Defesa como chefe da hierarquia e responsável pela interlocução entre o poder político e o militar em casos de conflito. Foi crada ainda a Política de Ensino de Defesa, que prevê uma maior coordenação na estrutura de ensino das três forças- Marinha, Exército e Aeronáutica. O objetivo da nova legislação é possibilitar um combate mais efetivo a eventuais ameaças à soberania nacional, como é o caso, por exemplo, da defesa das reservas de petróleo descobertas no chamado pré-sal ou do combate a ilícitos transnacionais como o tráfico de drogas e armamentos. Na fronteira entre Brasil e Paraguai, precisamente, a luta contra o narcotráfico deve ser a principal prioridade, com os militares estando, com a nova lei, devidamente instrumentados para apoiar as corporações policiais que hoje contam com efetivo insuficiente para patrulhar a extensa fronteira. Embora o maior volume de apreensões seja na fronteira entre Paraguai e Paraná, a situação é mais complicada na fronteira seca entre Paraguai e Mato Grosso do Sul, local onde concentra-se a maior parte das lavouras de maconha que abastecem as quadrilhas brasileiras. É pela fronteira seca e pelas imediações de Guaíra, também, que entram muitos dos armamentos que vão parar nas mãos de grupos como o Comando Vermelho e o PCC, ambos, com “filiais” nas regiões de Pedro Juan Caballero (fronteira com Ponta Porã) e Capitán Bado (fronteira com Coronel Sapucaia). Além do tráfico, a possibilidade de que os militares atuem com poder de polícia deve servir, também, para inibir outras atividades ilegais fronteiriças, como o contrabando e o roubo de carros. No caso do contrabando, um dos focos da repressão seria o cigarro trazido ilegalmente do país vizinho.