Prévia do material em texto
Prof. Luiz Cláudio Cândido ANÁLISE DE FALHAS (Parte VII-2) Prof. Leonardo Barbosa Godefroid candido@em.ufop.br leonardo@demet.em.ufop.br METALURGIA MECÂNICA MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E DO DESPORTO Universidade Federal de Ouro Preto Escola de Minas – Departamento de Engenharia Metalúrgica e de Materiais Grupo de Estudo Sobre Fratura de Materiais Telefax: 55 - 31 - 3559.1561 – E-mail: demet@em.ufop.br MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E DO DESPORTO Universidade Federal de Ouro Preto Escola de Minas – Departamento de Engenharia Metalúrgica e de Materiais Grupo de Estudo Sobre Fratura de Materiais Telefax: 55 - 31 - 3559.1561 – E-mail: demet@em.ufop.br MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E DO DESPORTO Universidade Federal de Ouro Preto Escola de Minas – Departamento de Engenharia Metalúrgica e de Materiais Grupo de Estudo Sobre Fratura de Materiais Telefax: 55 - 31 - 3559.1561 – E-mail: demet@em.ufop.br MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E DO DESPORTO Universidade Federal de Ouro Preto Escola de Minas – Departamento de Engenharia Metalúrgica e de Materiais Grupo de Estudo Sobre Fratura de Materiais Telefax: 55 - 31 - 3559.1561 – E-mail: demet@em.ufop.br 7.2 – Metalografia de materiais envolvidos Muitas vezes a falha de um componente/estrutura é devida à conjunção de fatores externos: – Carregamentos mecânicos (repetitivos) & – Estrutura não adequada a atual aplicação. É necessário fazer as devidas correlações entre: – a microestrutura, observada em amostras do componente falhado, – a composição química e – o histórico de fabricação do material. Equipamento de análise metalográfica - software QWin® v.3.2 (GEsFraM/UFOP). 7.2 – Metalografia de materiais envolvidos Flange de tubulação 100 X 200 X 500 X 1000 X 7.2 – Metalografia de materiais envolvidos Eixo “antigo” - inclusões 200 X 1000 X Charpy Tração 7.2 – Efeito das heterogeneidades sobre as propriedades do material (exemplo: aço) 1000X Energia Charpy 210±70J 1000X Energia Charpy 33±5J (a) estrutura de um aço C-Mn que sofreu tratamento de controle da morfologia das inclusões e (b) estrutura do mesmo aço sem controle da morfologia e com maior número de inclusões. (b)(a) Classificação normalizada da presença de inclusões em aços, ABNT. Alguns reativos para análise metalográfica de aços carbono ou aços baixa liga. Alguns reativos para análise metalográfica para ferros fundidos. Micrografia mostrando uma junta soldada com problemas de porosidade e geração de trincas. 7.2 – Metalografia de materiais envolvidos Seqüência de micrografias de um aço carbono (0,14%C e 0,90%Mn). 7.2 – Metalografia de materiais envolvidos Ferro fundido alto Cr 7.2 – Metalografia de materiais envolvidos Seqüência de micrografias de um ferro fundido branco ao Cromo: da esquerda para a direita e de cima para baixo têm- se: 25, 50, 100, 200, 500 e 1000X. 7.2 – Metalografia dos materiais envolvidos Evidências gerais de inclusões 7.2 – Metalografia dos materiais envolvidos Evidências gerais de inclusões 7.3 – Metalografia da região de uma falha O grande potencial da análise metalográfica, para uma análise de falhas é a análise da microestrutura do componente na região de falha. A análise microestrutural revela informações importantes que complementam a análise macrofractográfica e microfractográfica 7.3 – Metalografia da região de uma falha Para aproveitar ao máximo o potencial que a análise metalográfica oferece, deve-se buscar a análise de regiões o mais próximo possível da região falhada. É obrigatório deixar esta análise mais para o final do trabalho de análise de falha, após já terem sido realizadas outras análises de caráter não destrutivas. 7.3 – Metalografia da região de uma falha Parafuso normal 1000X Fratura de um parafuso comum ocasionada pelo mau acabamento superficial de sua rosca. 7.3 – Metalografia da região de uma falha Registro de uma trinca formada na ZF de uma solda de filete feita de forma incorreta e que levou à fratura da estrutura. O MB constitui-se de um aço de baixo carbono. 7.3 – Metalografia da região de uma falha Preenchimento de desgaste com solda 7.3 – Metalografia da região de uma falha Comparação entre parafusos fraturados por fadiga 7.3 – Metalografia da região de uma falha Falha no processamento de longarinas: lado esquerdo, aço com uma orientação da estrutura não adequada; lado direito, aço com elevado número de inclusões. 7.3 – Metalografia da região de falha Ruptura na conformação de longarinas 7.3 – Metalografia da região de uma falha Micrografia de um tubo de aço C-Mn na região da junta soldada evidenciando que o mesmo não foi tratado termicamente; (b) microfractografia do tubo analisado. 7.3 – Metalografia da região de uma falha Microestrutura grosseira de um aço laminado a frio e sua conseqüência prática no processo de fabricação de peças. 7.3 – Metalografia da região de uma falha (a), (b) e (c) esquema de produção de um tubo de aço com costura (porém com presença de óxidos). (d) metalografia da região de solda (sem ataque a 100X ótico) ilustrando em (e) e (f) a presença de óxidos perpendiculares ao comprimento original da chapa e contidos na linha de solda descartando problemas na matéria-prima e revelando problema no processo de produção de tubos que apresentaram falhas em serviço. (a) (b) (c) (d) (e) (f) 7.3 – Metalografia da região de uma falha (a) componente tubular fraturado em serviço na região da solda (b). A análise metalográfica revelou que apesar da presença de inclusões alongadas (c) especialmente no centro do material (vistas sem ataque químico), a microestrutura alongada em direção desfavorável (d), (e) e (f) produziu a falha na região da solda do componente. (a) (b) (c) (d) (e) (f) 7.3 – Metalografia da região de uma falha (a) e (b) microestrutura heterogênea de um vaso de pressão que não suportou a pressão de ensaio devido a um tratamento térmico mal executado, causando, inclusive, descarbonetação (c) na superfície do material. (a) (b) (c) Presença de precipitados/inclusões “Quebra de superfície” Em resumo, a análise metalográfica pode servir a análise de falhas para: • verificar o tipo de estrutura e, conseqüentemente, propriedades mecânicas esperadas para um material; • obter uma correlação com o tipo de condição de fabricação utilizado para a obtenção do componente estudado; • fazer inferências sobre a história de processamento termo-mecânico ao longo da vida do componente; • averiguar o grau de “sanidade” interna do material, detectando a existência de inclusões e descontinuidades microestruturais, assim como quantificando-as; • detalhar o processo de falha, sob o ponto de vista microestrutural, buscando-se correspondências com o mecanismo de falha e a microestrutura presente no material na região de falha. 7.4 – Resumo