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Negócios & Tic – TecNologia da iNformação e comuNicação
Infra-estrutura
sob controle
2
Gerenciamento de TI
e x e c u T i v e r e p o r T
SumárIo
3 Apresentação Só o gerenciamento propicia 
controle de TI no mundo dos exabytes
4 ConceitoInovações e disponibilidade tornam 
complexa a gestão de infra-estrutura
9 DesafiosData Centers exigem conhecimento 
para prevenir problemas e reduzir custo 
17 SoluçõesSoftwares que auxiliam o CIO na 
missão que não tem fórmulas prontas
25 BenefíciosGestão a partir de melhores 
práticas gera resultados e credibilidade 
33 CasesEscolha da solução ideal 
depende de análise refinada da TI 
e do Negócio 
E x p E D I E n t E
ExECutIVE rEport 
DIrEÇÃo E EDIÇÃo GErAL 
Graça Sermoud
gsermoud@conteudoeditorial.com.br
DIrEÇÃo E EDIÇÃo ExECutIVA
Octavio Tostes
otostes@conteudoeditorial.com.br
EDItorA ASSIStEntE
Irene Barella
ibarella@conteudoeditorial.com.br
DIrEÇÃo DE mArKEtInG
Sérgio Ferraz
sferraz@conteúdoeditorial.com.br
ComErCIAL
Patrícia Yochicuni
pyochicuni@conteudoeditorial.com.br
ASSInAturAS
Sueli Souza
ssouza@conteudoeditorial.com.br
SECrEtárIA DE rEDAÇÃo
Mônica Cruz
mcruz@conteudoeditorial.com.br
ASSIStEntE DE DIrEtorIA
Maria Janiely
mjaniely@conteudoeditorial.com.br
3
Gerenciamento de TI
e x e c u T i v e r e p o r T
 apresentação
Há alguns anos, e em velocidade diretamente propor-
cional ao lançamento de produtos, a área de Tecnologia 
da Informação (TI) vem sendo um dos principais pila-
res da estratégia de negócios. Passou a ser cobrada por 
resultados pela alta direção e por acionistas das compa-
nhias, muito longe das funções de suporte exercidas no 
início da microinformática. 
Um dos maiores desafios hoje para as empresas e seus 
CIOs é reduzir gastos, sem comprometer o desempenho 
de TI e, principalmente, sem afetar a produtividade. 
Pelo contrário, a meta é diminuir os custos e aumentar a 
competitividade, mantendo a disponibilidade e a conti-
nuidade dos negócios. A saída mais adotada é automa-
tizar cada vez mais os processos de gerenciamento da 
infra-estrutura tecnológica.
Muito além de contratempos, o não-gerenciamento ou 
a má gestão das redes acarreta prejuízos financeiros que 
podem comprometer a avaliação do CIO junto à presi-
dência e aos investidores. Se questões de segurança eram 
prioridade número um, com o advento da Lei Sarbanes-
Oxley, passaram a ser prioridade zero. Agora recai sobre 
o CIO a responsabilidade de não permitir, pelo mínimo 
de tempo que seja, a interrupção do funcionamento de 
sistemas essenciais; evitar a todo custo que informações 
sigilosas e dados financeiros caiam em mãos de concor-
rentes e, ainda, de estar ciente das exigências da presta-
ção de informações financeiras precisas e corretas. 
A forma de se estabelecer a comercialização e quais 
tecnologias que irão prevalecer no futuro não é possível 
afirmar. Porém, é bem provável que ocorra aumento na 
adesão de multiplataformas, outsourcing, computação 
sob demanda, mobilidade, convergência, consolidação 
de sistemas, segurança e software livre. Soma-se a esse 
quadro, o aumento da comoditização de TI e da sua 
operação por terceiros. Uma coisa é certa: hoje, o ge-
renciamento da infra-estrutura pode detectar e resolver 
problemas da rede no próprio local ou remotamente, 
como detalhado a seguir.
no mundo dos exabytes
Esse Executive Report sobre Gerenciamento de TI tem 
como objetivo principal oferecer aos CIOs informações 
consistentes sobre o quanto a boa gestão do ambiente é 
estratégica para a área de TI e, conseqüentemente, para 
os negócios das corporações. Passar uma visão abran-
gente das questões que envolvem o Gerenciamento de 
infra-estrutura, seus conceitos, história e todas as suas 
implicações, abordadas amplamente. A proposta é de-
monstrar quais são os desafios, as soluções existentes 
para se conquistar as melhores práticas para essa tarefa 
e os benefícios propiciados por essas soluções
De acordo com a consultoria IDC Brasil, até o ano de 
2010 serão gerados no mundo centenas de exabytes de 
informação digital (1 exabyte equivale a 1018 bytes, ou 
1 quintilhão de bytes). E isso das mais diferentes fontes, 
desde música com os MP3, MP4, passando por imagens 
e indo até as transações de uma companhia. Diante des-
sa realidade, os profissionais de TI passam a necessitar 
de ferramentas que os auxiliem de forma eficaz em suas 
tarefas cada vez mais complexas. O gerenciamento da 
infra-estrutura é um recurso poderoso de que o CIO 
pode e deve lançar mão.
Inteligência nos negócios está diretamente ligada à com-
petitividade e, em conseqüência, à lucratividade. Com 
as constantes inovações tecnológicas, os CIOs se depa-
ram com uma questão crucial na busca de resultados: 
medir e controlar a produtividade de softwares, proces-
sos, licenças e toda a sorte de inventários da rede. 
O volume de dados digital produzido, capturado e repli-
cado no mundo, em 2006, girou em torno dos 161 exa-
bytes, ou cerca de 161 bilhões de gigabytes, de acordo 
com a IDC Brasil. A expectativa é que esse índice cresça 
a uma taxa média de mais de 80% ao ano, chegando a 
atingir 988 exabytes em 2010.
SOMenTe O GerenCIaMenTO 
de TI PrOPICIa dOMínIO 
COMPleTO dOS PrOCeSSOS
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Gerenciamento de TI
e x e c u T i v e r e p o r T
Com o surgimento do modelo de computação distri-
buída e a acentuada dependência de TI por parte das 
empresas para atingir resultados nos negócios, aumenta 
a necessidade de metodologias e soluções que auxiliem 
no monitoramento e controle dos sistemas. Em todos os 
níveis, âmbitos e camadas da infra-estrutura tecnológi-
ca. Fator preponderante para que o quadro atual fosse 
desenhado, a Internet é o canal que permite maior nível 
de comunicação e troca de dados. Por isso, gerenciar a 
infra-estrutura que suporta as transações no mundo vir-
tual tornou-se essencial.
Monitorar e manter todos os processos em pleno fun-
cionamento é fundamental. Essa tarefa se aplica tam-
bém aos desktops e aos servidores individualmente e, 
ainda, à disponibilidade de aplicações e base de dados; 
ao planejamento da capacidade dos sistemas e à admi-
nistração do uso de software e falhas, conteúdo e pesso-
as, sem descuidar da segurança. Recorrer às ferramentas 
de gerenciamento para cada uma dessas tarefas é uma 
boa saída para os administradores, que devem procurar 
soluções que se adaptem às mais complexas e diferentes 
plataformas, sejam baseadas em Unix e Linux ou Win-
dows e ambiente Intel.
 conceito
A complexidade 
do gerenciamento
InOvaçõeS TeCnOlóGICaS e 
dISPOnIBIlIdade TOrnaM a 
GeSTãO da InFra-eSTruTura 
Cada vez MaIS deSaFIadOra
O gestor de TI precisa se preocupar com uma série de 
aspectos, que não são poucos: administrar ambientes 
heterogêneos compostos por máquinas de diferentes 
marcas e tempo de uso; intranets, extranets, redes locais 
(LAN), redes de longa distância (WAN) e dispositivos 
sem fio como notebooks, handhelds e palm tops; comu-
nicação por satélite, sistemas para diferentes aplicações, 
firewall, antivírus, política de segurança e mais uma 
série de questões estritamente tecnológicas. Além disso, 
ele precisa ouvir, respeitar e atender às necessidades de 
todas as áreas da empresa; integrar hardwares e softwa-
res com o legado, avaliar as inovações tecnológicas, não 
descuidar de aspectos relativos à segurança, preocupar-
se em reduzir custos e controlar gastos, alinhar a TI à 
estratégia de negócios da empresa e comprovar os bene-
fícios dos investimentos.
Um gerenciamento inteligente passa pelo conhecimento 
e domínio de novas propostas de organizar os recursos 
tecnológicos, a exemplo de virtualização, blade, grid 
computing, utility computing e uso sob demanda. Esses 
conceitos terão um tempo de maturação e conseqüente 
aumento de adesão em aproximadamente 10
anos, se-
gundo afirmam consultores de mercado.
Convergência: maior volume de dados 
As sucessivas ondas tecnológicas geram diversos paco-
tes de aplicativos destinados a integrar toda a empresa, 
aumentar a produtividade e facilitar a comunicação 
e a transmissão de dados em diferentes níveis. Entre 
esses aplicativos, estão desde o recente ILM (Informa-
tion Lifecycle Management) até os “tradicionais” ERP 
(Enterprise Resource Planning), sistemas de gestão 
empresarial. Soluções para automação e inteligência de 
processos estão em toda parte e ganham novas e pode-
rosas aliadas: a Internet e as inovações no campo das 
telecomunicações.
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Gerenciamento de TI
e x e c u T i v e r e p o r T
No segmento industrial, o emprego da TI permite não 
apenas agilizar a produção, mas também facilitar o con-
tato com fornecedores e parceiros de negócios. As aten-
ções se voltam para as redes internas e externas, troca 
eletrônica de documentos, código de barras, identifi-
cação via radiofreqüência, ou RFID (Radio-Frequency 
Identification) e soluções que permitem a perfeita in-
tegração com a cadeia de suprimentos (supply chain). 
Muitas dessas soluções são aplicáveis a outros setores, 
como o de varejo, por exemplo.
De forma redobrada, toda atenção e cuidado dos CIOs 
são direcionados a questões de segurança, armazena-
gem de dados e aplicações de missão crítica. As opera-
doras de telecomunicações, empresas de varejo e da área 
de serviços priorizam os pacotes que permitam identi-
ficar e selecionar os clientes, como as soluções que têm 
como base o conceito de CRM (Customer Relationship 
Management). As soluções de BI (Business Intelligence), 
que permitem a análise dos dados sob as mais variadas 
e detalhadas perspectivas, caem nas graças de empresas 
de diversas áreas. 
Outro ponto que merece destaque é o atendimento e 
gerenciamento do cliente interno que, em empresas de 
todos os tipos e portes, passa a ser peça-chave na esco-
lha e na implementação dessas novas ferramentas. As 
pessoas são imprescindíveis para o sucesso dos novos 
projetos de tecnologia e, também, passam a utilizar e 
a gerar dados não-estruturados como e-mail e mensa-
gens instantâneas.
Era da informação 
As complexas demandas de gerenciamento de TI são 
conseqüência direta da evolução vertiginosa dos siste-
mas de informação nos últimos 30 anos. Nos anos 60 
reinavam absolutos os CPDs. Preparados para abrigar 
os mainframes, esses ambientes eram climatizados, 
fechados por vidro, como uma verdadeira redoma e, 
geralmente, em uma área à parte na empresa, à qual ti-
nham acesso apenas os profissionais diretamente envol-
vidos com os computadores, como analistas de sistemas, 
técnicos de manutenção, programadores, operadores.
Até o final dos anos 70, predominou o que se conven-
cionou chamar de a Era dos CPDs, ou ainda a Era do 
Computador, em que todas as decisões referentes à Tec-
nologia estavam a cargo do diretor de processamento 
de dados e de sistemas de informações gerenciais. Todo 
o tempo era dedicado à criação de algoritmos, rotinas, 
linguagens de programação, desenvolvimento de apli-
cativos e demais funções técnicas e o CPD era visto 
basicamente como um setor gerador de gastos e “um 
mal necessário”.
maTuridade do modelo de iNfra-esTruTura 
de daTa ceNTer
FO
n
T
e
: I
d
C
 2
0
0
7
Nível de maturidade
Classes de Data Center (nível I, II, III e IV)
Tipos de Data Center
Entrega de serviços de TI
Gerenciamento de sistemas, automação, virtualização
Data Center corporativo
Gerenciamento de TI
Armazenamento
Energia
Engenharia de TI
Equipamentos de rede
Resfriamento
Operações de TI
Servidores
Espaço físico
NíVEl DE mATuRIDADE
• nível 1: caótico
• nível 2: reativo
• nível 3:proativo
• nível 4: impulso nos serviços
• nível 5: criação de valor
ClASSE DE DATA CENTER
• camada 1: infra-estrutura básica
• camada 2: capacidade redundância
• camada 3: manutenção de site
• camada 4: infra-estrutura tolerante a falhas
TIpOS DE DATA CENTER
• servidores alojados em pequeno espaço
• servidores alojados em grandes salas
• Data Center localizado
• Data Center misto
• Data center corporativo
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Gerenciamento de TI
e x e c u T i v e r e p o r T
A partir de 1975, todas as funções para o funcionamen-
to de um computador já estavam integradas num único 
chip. Os avanços da microeletrônica, no início dos anos 
80, possibilitaram o desenvolvimento de computadores 
de menor porte e, ao mesmo tempo, mais poderosos 
em termos de capacidade de processamento, agilidade e 
memória, ficando também mais baratos. A capacidade 
de memória passou a dobrar a cada ano, o processa-
mento das informações deixava de ser feito em lotes de 
transações (em tempo posterior ou batch) e passava a 
ser on-line (em tempo real).
A partir dos anos 90, as mudanças tornaram-se mais 
significativas e visíveis. A Era dos CPDs chegava ao 
fim para dar início à “Era da Informação”. Aos pou-
cos, os mainframes começaram a ser substituídos por 
servidores de aplicações, em processo batizado de 
downsizing e rightsizing. Em muitas empresas, ainda 
hoje, os mainframes são mantidos para operações mais 
complexas e estratégicas.
As redes de terminais “burros” ligadas ao mainframe 
deram espaço para as estações-cliente e para os PCs, 
munidos com interfaces gráficas e aplicativos que tor-
naram a operação mais fácil e amigável. O ambiente 
centralizado e fechado do mainframe e dos CPDs cedeu 
lugar a plataformas heterogêneas que passaram a abri-
gar o modelo cliente-servidor, proporcionando o acesso 
à informação a todas as esferas da empresa. Nessa época 
aumentou a oferta de software básico e pacotes apli-
cativos, decretando o fim da arquitetura proprietária e 
abrindo caminho para o ambiente aberto e a compatibi-
lidade entre os diferentes sistemas.
tI oferece vantagem competitiva? 
Quando a compra torna-se padronizada, em decorrên-
cia de soluções homogêneas, os sistemas genéricos não 
oferecem vantagens sobre os concorrentes. Essa idéia 
é defendida pelo escritor, jornalista e consultor norte-
americano Nicholas Carr que diz que a Internet se mos-
tra como o mais perfeito canal para a distribuição de 
aplicações genéricas. Ainda segundo ele, quanto mais as 
ações se voltam para os Web Services, nos quais é possí-
vel comprar aplicações, mais haverá homogeneização da 
capacidade da Tecnologia.
Hoje em dia, o grande risco das empresas é gastar em 
excesso com TI e continuar perseguindo vantagens 
sobre a concorrência, o que levará a investimentos er-
rados e a decepções. Essas afirmações provocaram dife-
rentes reações no mercado e entre os executivos de TI, 
mesclando indignações acaloradas com concordâncias 
discretas. Muitas críticas destacaram que as empresas 
early adopters, que apostam no desenvolvimento tecno-
lógico, alcançam sucesso porque contam também com 
uma estratégia de negócios bem orquestrada. Mas TI 
desempenha papel primordial e contribui significativa-
mente para a obtenção dos bons resultados É possível 
estabelecer uma analogia da atuação e comportamento 
das corporações com a afirmação de Charles Darwin 
de que “não são as espécies mais fortes que sobrevivem, 
nem as mais inteligentes e sim, as que respondem me-
lhor às mudanças”.
Evolução 
Com o aumento da complexidade e da diversidade tec-
nológica apresentadas pelo mercado e adotadas pelas 
corporações, já não basta o gerenciamento de forma 
isolada das redes e seus ativos, dos desktops, servidores, 
dados e software. Todos esses componentes precisam 
‘conversar’, interagir uns com os outros, possibilitando 
a conectividade e os serviços. Hoje, o gerenciamento 
deve contemplar esses aspectos. Nesse sentido, as forne-
cedoras de Tecnologia estão adotando padrões comuns 
em seus produtos para lhes imprimir maior facilidade 
de integração e, ao
mesmo tempo, para permitir aos 
usuários uma gestão mais eficaz, com menores custos. 
Na outra ponta, as empresas usuárias de Tecnologia 
também voltam a atenção para essas questões e passam 
a escolher produtos com base nessa premissa.
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Gerenciamento de TI
e x e c u T i v e r e p o r T
A oferta de hardware e software ampliou considera-
velmente, tornando mais ampla e, conseqüentemente, 
mais complicada a escolha das soluções pelos CIOs. De 
outro lado, os usuários de diferentes departamentos da 
corporação passaram a ter acesso a ferramentas de Tec-
nologia, resultando no aumento do número de estações 
de trabalho e equipamentos móveis, como notebooks, 
palm tops e pen drives. Com isso, o ambiente de in-
formática tornou-se múltiplo e bem mais complexo. 
Surgem as multiplataformas. Muitas empresas passa-
ram a dispor de um parque heterogêneo, composto por 
máquinas de diferentes fabricantes, portes e datas de 
fabricação, executando diferentes sistemas operacionais 
e utilizando inúmeras versões de software. Gerenciar 
Tecnologia da Informação deixou de ser uma atividade 
puramente técnica e, hoje, significa direcionar recursos 
para atingir objetivos estratégicos.
Vulnerabilidade é uma palavra que o administrador da 
infra-estrutura quer banir do seu dia-a-dia. Uso inde-
vido - consciente ou não - de dispositivos móveis como 
um pen drive e e-mails enviados com informações 
confidenciais por funcionários são pontos a serem mo-
nitorados muito de perto. Spams, vírus, worms, inva-
sões por hackers, acessos a sites impróprios, pirataria e 
acessos remotos não-autorizados são apenas alguns dos 
problemas que precisam ser equacionados pelos admi-
nistradores de TI.
As ações quanto à segurança devem estar associadas 
à continuidade dos negócios, não se restringindo aos 
aspectos puramente tecnológicos, mas também trei-
namento de pessoas, controle de acesso aos sistemas e 
aspectos relacionados à segurança do ambiente físico. O 
grande desafio do gestor é saber quantificar o impacto 
que uma falha na segurança, em qualquer nível, pode 
trazer à empresa e a seus parceiros de negócios.
Estudos da consultoria IDC revelaram que o volume 
de informações dentro das empresas cresce 34% ao 
ano, chegando a 60% em algumas empresas, o que exi-
ge mais espaço em armazenamento e gerenciamento 
otimizado. O que se observa atualmente é uma grande 
preocupação, da parte dos fornecedores de soluções, 
em oferecer sistemas de gerenciamento capazes de 
trabalhar não apenas com equipamentos de diferentes 
marcas, como também com topologias distintas. Arqui-
teturas como as de redes Storage Area Network (SAN), 
voltadas para um volume grande de dados estrutura-
dos, com elevada quantidade de acessos e número limi-
tado de usuários, e Network Attached Storage (NAS), 
que coloca os discos como dispositivos da rede e não 
como periféricos de um único servidor. Há ainda o 
Content Addressed Storage (CAS), destinado a guardar 
dados de baixa utilização e arquivamento por um longo 
período, como as informações fiscais. Hoje em dia, as 
soluções se voltam para o armazenamento e gerencia-
mento dos dados não-estruturados; com a virtualização 
de informações e de servidores.
tecnologias mais recentes 
O conceito de virtualização pode ser definido como o 
processo de executar em um único equipamento diver-
sos sistemas operacionais. A máquina virtual é um am-
biente total e integralmente computacional, que exerce 
as mesmas funções de um computador independente. 
Além disso, com as funcionalidades de virtualização o 
CIO e seus funcionários adquirem mais liberdade e per-
mitem maior eficiência no controle das ações dos usuá-
rios remotos. Ao lançar mão da tecnologia de virtualiza-
ção, o profissional de TI mantém um servidor operando 
vários sistemas operacionais.
Hardware, software e espaço físico e lógico dos equi-
pamentos compõem a infra-estrutura de servidores, 
além de soluções de gerenciamento, segurança, rede e 
aplicações, cabos e periféricos e os demais serviços que 
atuam em simbiose em um ambiente cliente/servidor. 
Os servidores não se destinam a uma planta específica, 
sendo que o ambiente tecnológico não se restringe ao 
desenvolvimento ou testes, mas se destina à organiza-
ção por inteiro.
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Gerenciamento de TI
e x e c u T i v e r e p o r T
Economia de energia e de espaço físico são duas das 
vantagens da tecnologia blade, que promete ter grande 
adesão por parte das corporações em um curto período 
de tempo. Implementação rápida e fácil manutenção 
também compõem a lista de benefícios dessa tecnologia 
de gerenciamento de sistemas corporativos que pode 
ser definida como servidores compactos e de troca a 
quente, que se modelam a um único chassis. A melhor 
analogia é feita com uma estante e livros, que vão se 
encaixando um a um. No blade, há independência dos 
servidores que vão sendo inseridos na “estante”, com 
processadores, memória, armazenamento, controlado-
res de rede, sistema operacional e aplicativos próprios. 
Nesse modelo, é possível afirmar que o servidor blade 
simplesmente desliza para dentro do chassis e se conec-
ta ao painel traseiro ou do meio, compartilhando ener-
gia, ventilação, drives de disquete, comutadores, portas 
e outros servidores blade.
Outro benefício de sua utilização é a eliminação de ca-
bos compridos. Os blades exigem cabos curtos, para a 
interligação entre eles. Quem agradece são os profissio-
nais que precisam manusear centenas de cabos que pas-
sam pelos racks, apenas para adicionar e remover ser-
vidores. Outro destaque fica por conta das unidades de 
comutadores e energia compartilhadas, que permitem 
aumento de espaço físico, garantindo maior densidade e 
facilidade no gerenciamento de sistemas corporativos.
terceirização 
Uma solução que vem sendo analisada e adquirida 
de forma crescente é o Business Process Outsourcing 
(BPO), que não se restringe a uma simples terceirização, 
na medida em que exige do prestador do serviço a parti-
cipação nos riscos dos negócios do cliente. O BPO pres-
supõe a terceirização da gestão de um processo de ne-
gócio de uma empresa, por exemplo, a área de recursos 
humanos, em que são ofertados toda infra-estrutura de 
hardware, software aplicativos, suporte e mão-de-obra 
especializada. Isso requer que o prestador tenha profun-
do conhecimento do negócio do cliente. Se o negócio 
for bem, o prestador será bem remunerado; se for mal, 
os prejuízos terão de ser divididos entre as partes.
No âmbito geral do outsourcing, as estimativas da IDC 
Brasil são de que esse mercado, no Brasil, continuará 
crescendo a taxas bem superiores às de outros segmen-
tos de Tecnologia, devendo movimentar cerca de R$ 
14,7 bilhões em 2007. No entanto, existem ainda al-
guns obstáculos. Enquanto a terceirização de redes de 
dados e voz e o gerenciamento de infra-estrutura são 
considerados serviços consolidados, outras propos-
tas de outsourcing de infra-estrutura ainda precisam 
quebrar barreiras. É o caso do segmento de armazena-
mento de dados, em que os data centers se apresentam 
como grandes propulsores do serviço, oferecendo a 
possibilidade de alocar servidores e equipamentos do 
cliente ou mesmo cedendo espaço em suas máquinas e 
disponibilizando uma gama ampla de serviços. Histo-
ricamente, as empresas que mais investem em outsour-
cing de armazenamento são as dos setores financeiro, 
varejo e manufatura.
A IDC divulga índices de 2007 sobre a posição do Brasil 
em relação a mercados mais maduros. Em software, o 
País se equipara a Espanha e aos Estados Unidos (veja 
gráfico número XX). No que se refere ao chamado BRIC 
(Brasil, Rússia, Índia e China) em relação ao mercado 
mundial de TI, em 2006 o bloco atingiu a casa dos 7,3%, 
sendo que para 2011, esse índice deve chegar a 10,2%. 
Isolados, a China consta com 3,4% e 4,3%; o Brasil res-
ponde por 1,5% e 1,9%;
a Índia por 1,1% e 2,1%, nos 
respectivos anos (2006 e 2011).
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Gerenciamento de TI
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A busca pela excelência nos negócios aumenta os desa-
fios em proporção exponencial. A boa notícia é que há 
soluções disponíveis para a superação desses desafios, 
com as quais os CIOs podem contar e serão abordadas 
no próximo capítulo. Neste, o objetivo é destacar algu-
mas das situações com a falta de gerenciamento ou com 
a forma inadequada de gerir a infra-estrutura de TI, 
com as quais os executivos de tecnologia devem se pre-
ocupar e se precaver.
As redes foram projetadas, inicialmente, para possibili-
tar o compartilhamento de recursos caros, como aplica-
tivos específicos e bancos de dados, além de impressoras 
e demais periféricos. As primeiras redes locais surgiram 
nas universidades norte-americanas no início dos anos 
70. Mas foi a partir da década de 80, com o lançamento 
comercial da Ethernet (que se tornou padrão de redes 
locais), e da proliferação do modelo cliente/servidor, 
que esse processo se difundiu nas empresas. Nos anos 
seguintes, a evolução das ferramentas de informática e 
das telecomunicações, aliada à redução de custos dos 
recursos computacionais e ao crescimento da Internet e 
das tecnologias sem fio, possibilitaram a criação de di-
ferentes tipos e tamanhos de redes, as quais se mantêm 
em constante evolução.
 desafios
os Data Centers
exigem conhecimento
deTeCTar PrOBleMaS anTeS que OCOrraM, reduzIr CuSTOS e ManTer a 
dISPOnIBIlIdade FIGuraM enTre aS TareFaS dO GerenCIaMenTO InTelIGenTe
A partir do momento em que passamos a usar mais 
de um micro, seja dentro de uma grande empresa seja 
num pequeno escritório, surge a necessidade de trans-
ferir arquivos e programas, compartilhar a conexão 
com a Internet e periféricos de uso comum. Adquirir 
uma impressora, um multifuncional, um modem e um 
drive de CD-ROM para cada micro, por exemplo, e 
ainda usar memory keys, ou mesmo CDs gravados para 
trocar arquivos, não seria produtivo, além de elevar os 
custos em demasia.
O primeiro grande desafio é a construção de uma infra-
estrutura de comunicações flexível e que não se destine 
apenas à troca de mensagens, mas que possa transmi-
tir dados, imagens e voz de uma maneira segura, no 
momento exato e com o dispositivo de sua preferência 
em qualquer parte do mundo. O gerenciamento mal 
dimensionado ou falho acarreta a perda de dados e in-
formações e despesas com paradas não planejadas. Para 
se evitar contratempos – casos graves podem custar 
inclusive o emprego do CIO –, é necessário dimensio-
nar os investimentos; garantir a disponibilidade dos 
serviços que rodam na rede; garantir a confiabilidade 
do usuário; gerenciar unidades distintas e também o 
consumo de energia.
10
Gerenciamento de TI
e x e c u T i v e r e p o r T
revisão de conceitos 
O caminho é automatizar os processos e isso implica 
em adquirir e gerenciar soluções para descobrir, manter, 
configurar, corrigir e recuperar dispositivos em toda a 
empresa, incluindo além da gama de hardware como 
laptops, estações de trabalho, servidores, memory keys 
e handhelds, toda a sorte de sistemas e softwares. Esse 
artifício tem como objetivo transformar todo e qualquer 
processo computacional em operações executadas si-
multaneamente, em múltiplos sistemas. O resultado será 
mais em rapidez, agilidade de resposta e a possibilidade 
de os profissionais de tecnologia localizarem, de forma 
local ou remota, qualquer recurso da rede - equipamen-
tos ou sistemas. É possível ainda, analisar a situação atu-
al no que diz respeito a prováveis problemas e corrigi-
los antecipadamente.
Frente às limitações do hardware e do software no 
passado, muitos operadores e administradores ainda 
permanecem presos a conceitos e regras ultrapassadas, 
como por exemplo a de que cada aplicação de missão 
crítica deve ficar num único servidor dedicado, o qual 
nunca pode utilizar mais do que 80% da capacidade da 
CPU (unidade central de processamento). Com a evolu-
ção tecnológica, isso não faz mais sentido.
Atualmente, a grande preocupação dos gestores de TI 
é a proliferação do número de servidores. Cada vez 
mais as empresas investem em novos equipamentos, em 
busca de aumentar a produtividade e atender às cres-
centes necessidades dos negócios o que, ao contrário, 
pode causar graves transtornos e dificuldade de geren-
ciamento. A diversidade de plataformas operacionais e 
de gerações tecnológicas num único ambiente provoca 
problemas de operação, manutenção, atualização e, con-
seqüentemente, influi nos custos.
Um dos fatores que tem contribuído para o aumento do 
número de servidores nas empresas é a redução contí-
nua do custo do hardware, embora esse valor represente 
apenas 20% do custo total de propriedade. Apesar de a 
opção de instalar vários servidores parecer uma alterna-
tiva barata, cada nova máquina adiciona custos ocultos 
significativos, ao requerer dedicação dos técnicos es-
pecializados em atividades de depuração, otimização e 
gerenciamento. Além disso, é necessária a manutenção 
de diferentes configurações como scripts operacionais, 
versões de sistemas, utilitários de apoio, procedimento 
de backup e disaster recovery.
© 2007 IDC
Federated Data 
& Information
Service Level &
 R
esource M
anagem
ent
Security M
anagem
ent
Interface & Access
Packaged
Apps –
ERP 
CRM
HR
In-house,
3rd party 
compo-
nents
Custom 
Apps,
Business 
Rules
Business Rules & Functionality
Business ProcessesBusiness Processes
Business Monitoring, Analysis & Decision-Making
C
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essaging
Integration, Event &
 D
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Tiered
Storage
Virtualized
Processing
Virtualized Infrastructure
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o Novo (velho) desafio do execuTivo de Ti: 
construir uma nova Ti sem aumentar custos
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Gerenciamento de TI
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Manter todo esse aparato sob controle requer a ado-
ção de medidas, entre as quais se incluem as seguintes 
consolidações: geográfica, física, de dados e aplicações. 
Entende-se por consolidação geográfica a redução do 
número de locais, concentrando os servidores em um 
número menor de máquinas. Na prática, isso possibilita 
reduzir custos de administração, na medida em que 
diminui a necessidade de técnicos remotos. Também os 
níveis de serviço acabam sendo otimizados, por meio da 
adoção de procedimentos e regras operacionais.
Consolidação física significa transferir a carga de vários 
servidores de menor porte para máquinas de maior 
porte, o que melhora a utilização geral dos recursos. 
Em média, um servidor distribuído utiliza de 20% a 
30% de sua capacidade, o que equivale ao uso do pleno 
potencial de um único servidor a cada três máquinas. 
Outra medida recomendável refere-se à consolidação 
de dados e aplicações, que exige ações mais sofisticadas 
e planejamento preciso para combinar diversas fontes 
de dados e plataformas.
Para eliminar a complexidade do ambiente um dos 
caminhos é adotar o gerenciamento centralizado de 
TI que pode oferecer um suporte eficiente. A gestão 
eletrônica dos ativos demonstra que a padronização e a 
integração são primordiais para essa tarefa do CIO, que 
precisa definir arquiteturas e interfaces comuns, defini-
das em ciclos. Por um lado, a centralização das funções 
de TI visa a alcançar serviços mais eficientes e enxutos, 
que passa pela operação de servidores e suporte técni-
co, indo até a compra e desenvolvimentode aplicativos. 
De outro lado, a descentralização das funções da TI 
caminha no sentido de conquistar maior agilidade para 
responder às necessidades específicas da corporação. 
O gerenciamento centralizado, permite a recuperação 
remota de ativos de TI e de telecomunicações de forma 
rápida e com redução de custos,
já que evita desloca-
mento de pessoal.
As melhores práticas do mercado recomendam que, 
no caso de servidores, é importante obter dos for-
necedores garantia de, no mínimo, 99,9% de confia-
bilidade. Os procedimentos para assegurar o bom 
desempenho dos servidores devem ser os mesmos que 
os aplicados em mainframes, com monitoramento e 
manutenções periódicas e planejamento do desempe-
nho e uso dos sistemas. Em qualquer nível que a em-
presa esteja, vale pensar em soluções de centralização 
do gerenciamento, objetivando a redução de custos e 
a redução de downtime.
Atenção com a segurança 
Amada pelos usuários e detestada pelos CIOs no que se 
refere à segurança, a Internet pode ser uma grande dor 
de cabeça - se não houver cuidado em evitar que ela se 
torne o canal mais vulnerável para a entrada de ameaças 
externas. Tendo em vista que na maioria das vezes os 
funcionários têm acesso irrestrito à Web e, também, que 
há contato com terceiros, via extranets, o mínimo de 
ação requerida é a adoção de conexões criptografadas.
Estudo realizado em diversos setores da economia 
detectou que cerca de 78% das empresas investigadas 
registraram perdas financeiras em decorrência da in-
vasão dos sistemas. No entanto, 56% do total não sou-
beram calcular os prejuízos. Diante do fato de que o 
maior entrave é cultural e não tecnológico, a resistên-
cia de executivos e funcionários às medidas de segu-
rança pode ser um complicador para a implementação 
de sistemas de defesa.
A evolução tecnológica gerou um efeito inesperado. 
Os altos custos diretos e indiretos relacionados à ma-
nutenção de todo o aparato computacional levaram as 
empresas a reavaliar sua infra-estrutura de TI e a buscar 
identificar, medir e comprovar os benefícios propicia-
dos em disponibilidade, confiabilidade, acessibilidade 
e eficiência dos sistemas. Diante dessa variedade de 
mudanças, cabe ao diretor da TI a difícil tarefa de im-
primir eficiência aos processos de negócios e, ao mesmo 
tempo, reduzir os custos operacionais. O bom gerencia-
mento e a melhor utilização da infra-estrutura passaram 
a ser fundamentais e, também, os principais desafios do 
administrador de TI.
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Gerenciamento de TI
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Estudos do Gartner sobre o parque de PCs (desktops) 
mostraram que as empresas que não mantêm um geren-
ciamento adequado de hardware e software distribuídos 
podem registrar um aumento anual da ordem de 7% a 
10% no custo total de propriedade (TCO). Por monito-
ramento impróprio, essas corporações acabam acessan-
do informações inadequadas para planejar upgrades de 
hardware ou sistemas operacionais. Além de aumentar 
os custos, o mau gerenciamento colabora para que os 
gestores da área tracem previsões incorretas sobre os 
equipamentos que os usuários de fato têm e para os 
quais devem desenvolver aplicações.
Outra conclusão do estudo é que quando o gerencia-
mento é adequado e bem executado, pode-se reduzir o 
TCO em cerca de 30%. A estratégia se resume em focar 
a redução de custos de todas as fases do ciclo de vida do 
PC, levando em consideração também o ambiente de TI 
do qual faz parte. Centralizar o controle da TI e optar 
pela adoção de um ambiente padronizado (com produ-
tos de um único fabricante ou de poucos fornecedores) 
são outras atitudes que podem trazer grandes benefí-
cios, entre os quais facilitar o suporte, acelerar a resolu-
ção de problemas, facilitar a atualização de antivírus e 
programas aplicativos e otimizar o treinamento de usuá-
rios, além de reduzir custos. Uma pesquisa feita pelo 
Giga Information Group revelou que a padronização de 
PCs pode gerar reduções da ordem de 15 % a 25% no 
custo da TI durante o ciclo de vida dos sistemas.
Capacidade calculada 
A vida útil dos PCs é dividida em quatro fases princi-
pais: avaliação; distribuição e migração; gerenciamento 
e desativação ou renovação. É bom estar atento para evi-
tar distorções – como fornecer uma máquina com um 
processador de alta potência, grande capacidade de me-
mória e recursos sofisticados para um funcionário que 
apenas irá utilizar um processador de textos. Portanto, é 
fundamental que se avalie previamente a base de usuá-
rios para definir a configuração dos micros a eles desti-
nados, de forma a atender às reais demandas. 
Verificar continuamente a necessidade de ampliar a 
capacidade de memória, a capacidade dos discos, a 
velocidade do processamento, upgrade de software, mo-
bilidade, recursos multimídia, recursos para trabalho 
em grupo, entre outros elementos, é fundamental para 
otimizar o parque de desktops e adequar o uso. Existem 
ferramentas que auxiliam o gestor na tarefa de fazer esse 
levantamento, compor um inventário sobre o número 
de máquinas instaladas (inclusive notebooks, PDAs e 
dispositivos wireless) e monitorar as respectivas confi-
gurações, software utilizado, métricas de performance e 
nível de integração com outros sistemas.
Questão importante também é a distribuição/migração. 
Em geral, os usuários acabam requerendo horas do pes-
soal técnico da área de suporte e help desk para configu-
rar software nos seus equipamentos. Mas esse trabalho 
pode ser feito de forma remota por meio de ferramentas 
específicas baseadas em rede. A configuração automa-
tizada reduz os riscos de erros humanos e estabelece 
maior padronização e confiabilidade. Em princípio, esse 
processo permite carregar nos novos PCs o sistema ope-
racional e os aplicativos que foram configurados num 
sistema de referência.
A determinação do tempo de vida útil dos equipamen-
tos é uma prática recomendada por institutos de pesqui-
sa e consultores como forma de reduzir custos com su-
porte e manutenção, além de facilitar o gerenciamento. 
O Giga Information Group recomenda que a cada três 
anos o parque de desktops seja renovado e, a cada dois, 
o de notebooks, considerando que é mais caro para a 
empresa manter operantes equipamentos ultrapassados 
do que investir na sua substituição por produtos de úl-
tima geração. Quanto mais antigo for o parque, maiores 
serão os custos de manutenção e de suporte, além do 
aumento dos riscos de falhas nos sistemas e de uma bai-
xa velocidade de processamento, o que pode compro-
meter os níveis de produtividade da empresa.
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Gerenciamento de TI
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plataforma em dia 
 No mundo, cerca de 800 milhões de PCs estão com a 
vida útil superior a quatro anos. Estima-se que desse 
contingente, 50% são utilizados no setor corporativo e 
estão equipadoa com sistemas operacionais mais anti-
gos. Sequer pensam em migrar para o Windows Vista 
por enquanto. O mesmo ocorre com os demais aplicati-
vos, que também exigem renovação, até porque muitos 
fabricantes deixam de oferecer suporte para versões 
antigas de soluções. Não acompanhar essa tendência do 
mercado pode significar para as corporações a obriga-
ção de arcar com custos adicionais expressivos.
No Brasil, não é difícil encontrar indústrias empregando 
soluções ainda mais antigas, que usam em linguagem 
Cobol e sistema operacional DOS e não querem investir 
em inovação. Avaliam que essas tecnologias, apesar de 
antigas, as atendem de forma satisfatória. A realidade 
mostra que no que se refere a novos investimentos em 
TI em países emergentes, os gestores precisam verificar 
como a tecnologia flui nos diferentes departamentos da 
empresa e qual o grau de maturidade dos usuários para 
lidar com ela.
A redução dos custos diretos e indiretos, hoje o maior 
de pressão das altas direções sobre os de TI, impulsiona 
as práticas de gerenciamento. Optar pela padronização 
do ambiente também é uma atitude inteligente, na me-
dida em que facilita a utilização dos recursos por parte 
dos clientes internos, além de reduzir os custos com 
treinamento e minimizar o trabalho de help desk. São 
práticas que, no conjunto, contribuem para
reduzir os 
custos totais em cerca de 30%.
mobilidade 
Mais do que nunca, a força de trabalho está mais móvel 
e distribuída. E esse processo tende a se acentuar nos 
próximos anos com a maior e melhor oferta de siste-
mas operacionais e de aplicações de gerenciamento. O 
mercado dispõe de um largo espectro de ferramentas 
que permite monitorar e gerenciar os sistemas cliente 
de forma remota, controlando o inventário, solucionan-
do problemas e instalando ou renovando software. As 
soluções que possibilitam o gerenciamento remoto da 
base de usuários móveis facilitam, principalmente, as 
tarefas de manutenção e help desk. Se um usuário tiver 
problemas com um aplicativo, o pessoal técnico poderá 
visualizar o problema e solucioná-lo remotamente. De 
acordo com o Gartner, as corporações podem registrar 
uma economia dos custos de help desk de US$ 21 a US$ 
77 por máquina ao ano, apenas adotando essa prática.
Para ajudar o executivo de tecnologia a superar o de-
safio de cortar custos e otimizar o gerenciamento dos 
ambientes distribuídos, outra ação é espalhar pela cor-
poração estações de reserva pelas quais os funcionários 
podem fazer backups e repor componentes dos siste-
mas, conforme a necessidade. Desse modo, são criadas 
estações de serviços voltadas para atender aos usuários 
de notebooks e ajudá-los a solucionar problemas de for-
ma rápida e eficiente.
Centralizar e compartilhar arquivos também permite 
economizar espaço em disco, já que, em vez de haver 
uma cópia do arquivo em cada máquina, existe uma 
única cópia localizada no servidor de arquivos. Com 
todos os arquivos no mesmo local, manter um backup 
de tudo também se torna muito mais simples. A sofisti-
cação dos recursos de segurança varia de acordo com o 
sistema operacional utilizado. Além de texto (que pode 
ser transmitido por e-mail comum), pode-se montar 
um sistema de comunicação viva-voz ou mesmo de vi-
deoconferência, economizando os gastos em chamadas 
telefônicas, pela Internet (Voz sobre IP - VoIP).
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Gerenciamento de TI
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As opções em produtos, arquiteturas, protocolos, tipos 
de transmissão, entre outros elementos que compõem 
uma rede, são inesgotáveis. Cabe ao CIO saber escolher 
e agregar novos componentes e orquestrar todo esse 
aparato, de modo que funcione em perfeita harmonia. 
E, à medida que aumenta a quantidade de usuários das 
aplicações corporativas, o volume de informações e a 
necessidade de administração dos dados crescem na 
mesma proporção.
Surge, então, a necessidade de monitorar o consumo de 
banda e programar sua expansão ou, ainda, de estudar 
o emprego de tecnologias que permitam comprimir os 
dados. Também se faz necessário controlar a disponi-
bilidade dos recursos computacionais, verificando se os 
servidores e os desktops estão funcionando adequada-
mente e se as aplicações estão disponíveis. A análise da 
performance é outro elemento fundamental para, no 
caso de alguma queda, identificar onde está o problema, 
se na rede, nos micros ou nos aplicativos.
Abrangência ilimitada 
Vale recordar que existem dois tipos de rede: as locais, 
também chamadas de LAN (Local Area Network) e as 
remotas ou de longa distância, batizadas de WAN (Wide 
Area Network). A LAN une os micros de um escritório, 
de um edifício, ou mesmo de um conjunto de prédios 
próximos, usando cabos ou ondas de rádio, e a WAN, 
que interliga micros situados em cidades, países ou mes-
mo continentes diferentes, usa links de fibra óptica, mi-
croondas ou satélites. Geralmente uma WAN é formada 
por várias LANs interligadas.
A LAN pode ser classificada como rede de dados de 
alta velocidade, com baixa taxa de erros de transmissão, 
cobrindo uma área geográfica relativamente pequena e 
formada por servidores, estações de trabalho, sistema 
operacional de rede e link de comunicações. O plane-
jamento desse sistema, ou arquitetura, inclui hardware 
(placas, conectores, micros e periféricos), software 
(sistema operacional, utilitários e aplicativos), meio de 
transmissão, método de acesso, protocolos de comu-
nicação, instruções e informações. A transferência de 
mensagens é gerenciada por um protocolo de transporte 
como IPX/SPX, NetBEUI e TCP/IP.
daTa ceNTer corporaTivo
Business Services
Serviço de TI Delivery
Gerenciamento de Sistemas, Automação, Virtualização
Data Center Corporativo
Engenharia de TI 
Equipamento
de Rede
Resfriamento
Gerenciamento 
de TI
Atributos 
mínimos 
para um 
data center
Segurança
Gerenciabilidade
Escalabilidade
Disponibilidade
Servidores
Poder
Operações de TI
 Armazenamento
Espaço
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Uma LAN pode ter duas ou várias centenas de es-
tações, cada qual separada por metros de distância, 
possibilitando aos seus usuários o compartilhamento 
de todos recursos disponíveis na infra-estrutura, como 
espaço em disco, sistemas de impressão, unidades de 
CD-ROM, que é feito pelos softwares de rede Network 
Operation System (NOS) e por placas de rede. Um 
exemplo de serviço sobre redes de pacotes é o ofereci-
do pelas empresas de telecomunicações e baseado em 
tecnologia Frame Relay. Existem várias arquiteturas 
de rede WAN, entre as quais as baseadas no protocolo 
TCP/IP (Transmission Control Protocol), que é o pa-
drão para redes Unix, Novell, Windows NT e OS/2 e, 
também, o utilizada na Internet.
Com o desenvolvimento da tecnologia sem fio, surgiram 
as WLAN (wireless local area network), que fornecem 
conectividade para curtas distâncias, geralmente limita-
da a até 150 metros. Nelas, os adaptadores de redes dos 
computadores e os dispositivos de rede (hubs, switches, 
bridges) se comunicam via ondas eletromagnéticas. Seu 
emprego é ideal em ambientes com alta mobilidade dos 
usuários e em locais onde não é possível instalar o cabe-
amento tradicional.
Reunindo os mesmos conceitos das redes WAN (Wide 
Area Network), empregadas para permitir a conexão 
de sistemas que se encontram em longa distância, as 
WLANs se diferem por utilizarem antenas, transmis-
sores e receptores de rádio, em vez de fibras ópticas e 
modem de alta velocidade, entre outras formas de cone-
xão. Em tecnologia de transmissão, as WLANs podem 
empregar as mesmas usadas pelas LANs sem fio. Mas 
também pode ser utilizada a tecnologia de telefonia 
móvel celular. A Internet propiciou a criação de outros 
tipos de redes, como as de uso exclusivo interno (intra-
nets) e as destinadas ao relacionamento da empresa com 
seus parceiros de negócios (extranets), configurando-se, 
inicialmente, como o meio eficiente para agilizar e fa-
cilitar o intercâmbio de informações e de documentos 
(via WebEDI).
 
Esse poderoso canal de comunicação também tem se 
mostrado como a infra-estrutura ideal para conectar re-
des privadas como as VPNs (Virtual Private Network), 
de acesso restrito. Em vez de usar links dedicados ou 
redes de pacotes, como Frame Relay, as VPNs usam a 
infra-estrutura da Internet para conectar redes remotas. 
A principal vantagem é o baixo custo, bem inferior se 
comparado ao dos links dedicados, especialmente para 
as grandes distâncias.
Funções integradas 
O que permanece imutável e comum, independente-
mente do tipo e tamanho da rede, é a necessidade de 
controlar cada recurso ou elemento, de tal forma que 
seja possível maximizar a eficiência e a produtividade e, 
claro, assegurar o seu funcionamento. Entre os princi-
pais objetivos de gerenciar os ambientes de Data Cen-
ters corporativos constam, basicamente, reduzir custos 
operacionais, minimizar os congestionamentos da rede, 
detectar e corrigir falhas no menor tempo possível de 
forma a diminuir o downtime (indisponibilidade) dos 
sistemas, aumentar a flexibilidade de operação e inte-
gração, imprimir
maior eficiência e facilitar o uso para a 
organização como um todo. 
A realização dessas tarefas requer metodologias apro-
priadas, ferramentas que as automatizem e pessoal 
qualificado. Atualmente existem no mercado diversos 
tipos de ferramentas que auxiliam o administrador nas 
atividades de gerenciamento. Essas ferramentas são di-
vididas em quatro categorias principais: Ferramentas de 
nível físico, que detectam problemas em cabos e cone-
xões de hardware; monitores de rede, que se conectam 
às redes supervisionando o tráfego; analisadores de 
rede, que auxiliam no rastreamento e na correção de 
problemas encontrados na infra-estrutura e, sistemas 
de gerenciamento de redes, os quais permitem a moni-
toração e o controle de uma rede inteira a partir de um 
ponto central.
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Gerenciamento de TI
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Para alívio do CIO os sistemas de gerenciamento apre-
sentam a vantagem de ter um conjunto de ferramen-
tas para análise e depuração. Eles podem apresentar 
também uma série de mecanismos que facilitam a 
identificação, a notificação e o registro de problemas, a 
exemplo de alarmes que indicam, por meio de mensa-
gens ou bips de alerta, anormalidades na rede; geração 
automática de relatórios contendo as informações 
coletadas; facilidades para integrar novas funções ao 
próprio sistema de gerenciamento; geração de gráficos 
estatísticos em tempo real e apresentação gráfica da to-
pologia das redes.
Os serviços de telecomunicações, que figuram como 
os gastos mais difíceis de serem administrados, são um 
ponto que merece grande atenção do gestor de TI. Hoje, 
o desafio é ainda maior, pois é necessário reduzir custos 
sem, no entanto, comprometer a solidez do Data Center 
corporativo. Existem ferramentas de gerenciamento de 
serviços de comunicação que facilitam uma série de ta-
refas, como a realização de inventário central, que inclui 
os aspectos técnicos e de bilhetagem de cada circuito; 
gerenciamento de dados e ferramentas para produção 
de relatórios e controle de contas, contratos e gerencia-
mento de circuito; integração de outras plataformas de 
TI, como sistemas help desk, plataformas para gerencia-
mento de desktop e rede, planejamento de recursos em-
presariais e contabilidade. Além desses tópicos há ainda, 
os links para operadoras e outros provedores de serviços 
via XML ou extranet.
O gerenciamento de telecomunicações corporativas 
permite uma administração contínua das operações 
da empresa. Mas é necessário determinar qual nível 
resultará no melhor retorno sobre o investimento. 
Devido à grande complexidade dos Data Centers 
corporativos e das pressões não só para reduzir cus-
tos, mas também para justificar a real necessidade de 
investimentos, fica praticamente impossível ao diretor 
da área fazer um gerenciamento eficaz sem o auxílio 
de metodologias e ferramentas que permitam auto-
matizar processos. As empresas, e principalmente as 
altamente dependentes da tecnologia, estão cada vez 
mais conscientes dessa necessidade.
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Gerenciamento de TI
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É inegável que os desafios que o CIO precisa encarar são 
grandes e numerosos. Mas também é verdade que há 
uma gama de soluções que prometem auxiliar o profis-
sional nessa árdua tarefa. Umas cumprem o que prome-
tem, outras nem tanto. Porém, muitas vezes o problema 
não está no produto, mas na escolha adequada para a 
necessidade específica. Cabe ao profissional de TI a bus-
ca e o conhecimento das opções existentes e a adoção 
daquela que se encaixe na solicitação.
Web services, SOA (Service-oriented architecture), ou 
ainda, em português, arquitetura orientada a serviços; 
virtualização, tecnologia Blade e a adoção do ITIL (In-
formation Technology Infrastructure Library), que está 
na versão 3.0 e já conta com livros em Português, são 
algumas atitudes a serem adotadas, além das ferramen-
tas específicas de gerenciamento, que podem facilitar 
o trabalho de manter a infra-estrutura disponível e 
operante, inclusive para missões críticas. Para refrescar 
a memória, Web service é uma solução utilizada na in-
tegração de sistemas e na comunicação entre aplicações 
diferentes. Com esta tecnologia é possível que novas 
aplicações possam interagir com aquelas que já existem 
e que sistemas desenvolvidos em plataformas diferentes 
sejam compatíveis, como define a Wikipédia.
 soluções
Gama de software e 
produtos auxilia o CIo
nãO HÁ FórMulaS PrOnTaS, POrTanTO, É PreCISO COnHeCer 
O CenTrO de dadOS e COMBInar aS dIverSaS SOluçõeS dISPOníveIS
As tendências tecnológicas e econômicas afetam dire-
tamente os Data Centers Corporativos na medida em 
que caminha para ser mais denso, com inúmeros am-
bientes virtuais e de gestão remota flexível. Tecnologias 
disponíveis atualmente permitem a drástica redução do 
espaço computacional; as elevadas capacidades de pro-
cessamento permitem também rentabilizar um servidor 
físico para várias aplicações simultaneamente e, dada a 
complexidade inerente, o gerenciamento se apresenta 
como vital na evolução dos centro de dados.
Mais uma vez, o gerenciamento de TI tem por objetivo 
prover serviços de tecnologia com qualidade e alinha-
dos às necessidades do negócio, buscando sempre a 
redução de custos, mesmo que seja a longo prazo. Para 
tanto, existem algumas opções, umas mais antigas, mas 
ainda em vigor, e outras mais recentes. Entre os exem-
plos está o modelo Internet, que adota uma abordagem 
gerente/agente. Os agentes mantêm informações sobre 
recursos e os gerentes requisitam essas informações aos 
agentes. Outro modelo é o OSI, da ISO, que se baseia na 
teoria de orientação a objeto. Esse modelo gera agentes 
mais complexos de serem desenvolvidos, consumindo 
mais recursos dos elementos de rede e liberando o ge-
rente para tarefas mais inteligentes. Há também siste-
mas de gerenciamento baseados em Java, que consistem 
em browser gerenciador no NMS (Network Manage-
ment System) e uma máquina Java no agente.
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Gerenciamento de TI
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Ativos específicos 
É recomendável que as corporações analisem os processos 
internos para determinar o que é crítico ou não para o 
core business, antes de partir para a escolha da ferramen-
ta. Deve-se ainda testar a infra-estrutura para verificar se 
as condições são favoráveis para receber o novo aplicativo. 
Caso a rede não esteja preparada, o software de gerencia-
mento poderá gerar mais problemas do que resultados. 
Um teste-piloto é fundamental, uma vez que é nesse mo-
mento que se define o monitoramento necessário. Outro 
cuidado vital é treinar as pessoas para que elas saibam 
exatamente o que estão fazendo. Se a equipe não estiver 
preparada e o projeto for mal dimensionado, o resultado 
pode demorar a aparecer ou mesmo frustrar expectativas.
Não importa o modelo escolhido ou os protocolos e fer-
ramentas a serem empregadas. O gerenciamento permi-
te monitorar a disponibilidade e o desempenho de cada 
elemento da rede, medir o nível de utilização do parque 
de software, o consumo de banda e uma série de fatores 
que asseguram a continuidade das operações e o melhor 
uso da infra-estrutura de TI. O CIO pode lançar mão de 
ferramentas para gerenciar elementos específicos e pon-
tuais como servidores, desktops, storage, e-mails, entre 
outros. Normalmente, as soluções de gerenciamento 
de servidores permitem avaliar a performance das má-
quinas, planejar a capacidade de processamento, fazer 
inventário de hardware e software, monitorar os bancos 
de dados e demais aplicativos, como ERP, CRM e BI.
Com o crescimento do uso da Internet, intranets e 
extranets, é imperativo também gerenciar o armazena-
mento de dados como fotos, vídeos e textos. Como já 
vimos, nas empresas de maior porte ou nas que contam 
com grande parque tecnológico, o crescimento do volu-
me de dados requer
a tomada de medidas apropriadas. 
Alguns analistas relatam que no mercado brasileiro 
ainda falta maturidade nessa área, porque mesmo com 
a vasta oferta de ferramentas de gerenciamento de 
storage, os executivos de TI acabam optando pela com-
pra de discos de armazenamento que, na prática, não 
atendem aos interesses e dificultam o controle. Porém, 
diante da necessidade de colocar dados on-line e arma-
zenar dados com critério, esse panorama já mudou. O 
bom uso das ferramentas pode permitir, por exemplo, 
que a quantidade de dados que cada profissional de 
tecnologia gerencia salte de 1,5 TB para 15 TB. Isso 
significa que a redução de custo não ocorre apenas nos 
equipamentos de storage, mas no Departamento de Re-
cursos Humanos.
perspecTiva Na coNTiNuidade de iNvesTimeNTos
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35.000
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25.000
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15.000
10.000
5.000
Investimentos 
em TI (US$ bi)
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07
US$ 
13bi
US$ 
18bi
US$ 
32bi
ACElERADORES:
• Economia estável
• Real valorizado
• Novos conceitos e soluções
• Necessidade de aumentar 
a competitividade
19
Gerenciamento de TI
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O chamado gerenciamento OoB (Out-of-Band) facilita 
e garante acesso remoto e seguro a redes e Data Centers 
localizados em qualquer parte do planeta, mesmo que 
indisponíveis. Com criptografia, autenticação e acesso 
de usuários, o processo OoB proporciona alta disponi-
bilidade aos ativos de missão crítica, redução de down-
time e aumento do SLA. De forma crescente há integra-
ção do gerenciamento OoB à tradicional gestão de TI. 
Os CIOs buscam acesso alternativo e seguro, além de ter 
possibilidade de recuperação remota dos ativos. 
Sem o recurso OoB, quando ocorre falha de um ativo 
e a perda de interface, os SNM (sistemas de rede) noti-
ficam o problema, sem mais detalhes, e não permitem 
o acesso remoto; o gerenciamento In-Band somente 
notifica que um dos servidores do Data Center não 
está em operação. A infra-estrutura de acesso OoB 
possibilita a conexão com a BIOS e, as correções que 
se fizerem necessárias. O servidor, com isso, volta a 
operar em minutos.
Soluções de mercado eliminam as barreiras de distân-
cia, ao permitir o acesso e o controle dos servidores 
remotos e de outros dispositivos de rede a partir da 
mesa do CIO, do NOC (Network Operation Center) 
ou de outro local. Além disso, habilitam a gestão com 
segurança de toda a sua infra-estrutura de TI, utili-
zando uma única interface a partir de qualquer lugar 
e permite gerenciar todos os servidores e dispositivos 
mesmo se a rede falhar e se o software de acesso remo-
to não funcionar mais.
Storage 
A gestão da rede de armazenamento é realizada por 
meio de soluções de SRM (Storage Resource Manage-
ment), que mostram o comportamento de cada dispo-
sitivo conectado na rede, quantidade e tipos de dados 
guardados, a origem das informações, quantidade de 
espaço livre e registro de problemas nos discos. É possí-
vel criar regras para cada tipo de arquivo e fazer a trans-
ferência automática para o disco adequado.
Há ainda outras opções, como os conceitos ILM (Infor-
mation Lifecicle Management), para classificar os dados 
conforme a periodicidade com que são acessados e a 
data do armazenamento e o HSM (Hierarchial Storage 
Management), que estabelece um limite para cada usu-
ário armazenar arquivo, variando conforme a atividade 
e o cargo de cada um. O HSM pode ser usado também 
dentro de aplicações, como e-mail e banco de dados.
O gerenciamento de storage costuma ser complexo por-
que, em geral, as empresas têm vários sistemas na rede 
que não se integram perfeitamente. Alguns fabrican-
tes de soluções defendem o conceito de virtualização, 
segundo o qual é possível ter acesso aos dados inde-
pendentemente do servidor e do sistema operacional 
utilizado. Com isso, os usuários podem criar camadas 
de armazenamento entre sistemas de diferentes forne-
cedores, tendo uma visão unificada e consolidada da 
capacidade de storage. Em vez de acessar a informação 
diretamente da base, isso é feito pelo servidor de virtua-
lização, eliminando cópias e o espaço livre em disco. O 
gerenciamento de dados envolve a realização de backup, 
restore e business continuity.
Ganhos financeiros, de energia elétrica, de espaço e 
de cabeamento são alguns dos benefícios que se pode 
atingir com a virtualização de servidores, que pode ser 
definida como um processo destinado a rodar diversos 
sistemas operacionais em uma única máquina. Dessa 
forma, um equipamento virtual é um ambiente compu-
tacional completo e atua como um computador inde-
pendente. Essa tecnologia permite a execução de vários 
sistemas operacionais em um servidor.
20
Gerenciamento de TI
e x e c u T i v e r e p o r T
O gestor de TI deve dominar totalmente os processos 
que fazem com que os ambientes computacionais se-
jam independentes uns dos outros. A única coisa que 
os ambientes virtuais têm em comum é o hardware do 
servidor que hospeda os sistemas virtualizados. Não há 
empecilhos para a adoção de sistemas, respeitando-se, 
claro, a compatibilidade nata entre eles –, sendo que é 
nula a interdependência entre as soluções virtuais. Da 
mesma forma que um sistema operacional pode ser ro-
dado em um hardware convencional, também pode ser 
em uma máquina virtual. A maioria dos equipamentos 
tem capacidade de hospedar uma máquina virtual, por-
tanto, não é necessário ter um hardware específico para 
virtualizar. Basta um software especial que venha a igua-
lar ou ir além do ambiente físico. Trocando em miúdos, 
o software simula o hardware, de forma que o sistema 
operacional é instalado sobre esse software.
A consolidação e a racionalização de investimento sa-
lientam-se fortemente com as tecnologias de virtualiza-
ção que, no limite, implicam investimentos menores na 
aquisição de servidores que, sendo em menor número e 
mais densos, ocupam menos espaço, são mais eficientes 
energeticamente e dissipam menos calor.
nova geração de servidores 
Não é exagero afirmar que o segmento em âmbito mun-
dial está vivenciando um dos momentos mais estimu-
lantes na área de servidores x86. O mercado comprador 
tem à disposição tecnologias mais evoluídas, densas e 
rápidas e que têm menor consumo, a exemplo do Dual 
Core, (e, muito em breve o quadrinúcleo); SAS (Serial 
Attached SCSI de 2,5”) nos discos rígidos, FB-DIMM 
(Fully Buffered DIMM) em memória RAM e PCI-Ex-
press em I/O.
As soluções de gerenciamento do processador de servi-
ços ainda são pouco utilizadas, mas conferem excelentes 
resultados. Elas permitem que as organizações de TI 
simplifiquem o gerenciamento do centro de dados e re-
duzam os custos operacionais, por meio da otimização 
das tecnologias de processador de serviços presentes 
nos servidores. Algumas ferramentas disponíveis no 
mercado monitoram e mantêm a saúde do servidor de 
forma proativa, possibilitando mais rapidez na detecção 
e resolução de problemas e garantindo funcionamento 
24 horas por dia, 7 dias por semana.
Os processadores de serviço podem funcionar desta 
forma, uma vez que operam independentemente dos 
processadores em um servidor. Além disso, utilizam o 
seu próprio firmware personalizado e podem se valer 
de uma fonte de alimentação autônoma para aumentar 
a confiabilidade. É possível comunicar diretamente com 
um processador de serviço por meio de uma ligação 
fora-de-banda. Alguns processadores de serviço são 
também denominados de circuitos integrados de apli-
cação específica, ASIC (Application Specific Integrated 
Circuits). Há variações por fabricante de equipamento, 
os processadores de serviço ou ASIC podem
ser im-
plementados com vários tipos diferentes de portas de 
ligação fora-de-banda, incluindo portas USB (Universal 
Serial Bus), ligações de modem e portas Ethernet RJ-45.
servidores Blade
100%
4% 11% 27%
2003 06 0904 07 1005 08 11
75%
50%
25%
0%
Blade
Rack
Pedestal
FO
n
T
e
: I
d
C
 2
0
0
7
21
Gerenciamento de TI
e x e c u T i v e r e p o r T
Intimamente ligada à virtualização, a tecnologia blade 
está na segunda geração e oferece redução de energia em 
média de 20%, entre outros ganhos. Servidores blade po-
dem ser comparados a livros em uma prateleira, em que 
cada um é um servidor independente, com processado-
res próprios, memória, armazenamento, controladores 
de rede, sistema operacional e aplicativos. O servidor 
blade simplesmente desliza para dentro da baia do chas-
sis e se conecta ao painel traseiro ou do meio, comparti-
lhando energia, ventilação, drives de disquete, comuta-
dores, portas e outros servidores da mesma natureza.
Orientada ao Data Center Corporativo, essa tecnologia 
permite incorporar em uma única enclosure cerca de 
16 servidores de tecnologia Xeon, Itanium2 e Opteron, 
assim como servidores de armazenamento (storage bla-
des) e que podem ser ligados como DAS (Direct Attach 
Storage) a um servidor blade. Há promessas no mercado, 
para breve, de que blades de armazenamento sejam par-
tilháveis por vários servidores no ambiente virtual. Exis-
tem soluções que permitem ao CIO, dentro da mesma 
enclosure, estabelecer conectividade até 8 expansões re-
dundantes. Elas poderão ser Ethernet ou Fiber Channel, 
em modalidades porta-a-porta (passthrough), switched 
e ainda Virtual Connect, um tipo de conectividade que 
permite criar uma camada abstrata entre os servidores 
blade e as portas físicas, suportando uma densidade de 
64 servidores por armário de 42u (2 m de altura).
É fato que as soluções em blade não responderão a 
todas as necessidades da empresa. Hoje, ambientes con-
solidados e centralizados, típicos nas grandes empresas, 
são ideais para a adoção dessa tecnologia, ao passo que 
cenários distribuídos, ou menos numerosos, podem não 
justificar a aquisição da infra-estrutura base requerida 
para uma solução de servidores com essa tecnologia.
Web services 
O mercado dispõe de um amplo leque de opções para 
todos os tipos de gerenciamento e voltadas a atender às 
necessidades de empresas de diferentes portes e ramos 
de atividade. De acordo com o Gartner, os fornecedores 
de software de gerenciamento deverão basear as apli-
cações em Web services, em vez de adotar arquiteturas 
proprietárias, ou reestruturar os sistemas com foco nos 
modelos primários de comunicação entre os módulos 
pelo uso de protocolos abertos.
Conceituados como componentes de software utilizados 
para integração entre aplicações corporativas, assim 
como para realizar a conexão entre empresas, clientes e 
parceiros, os Web services cada vez mais recebem aten-
ção de fornecedores de soluções que os vêm como uma 
tecnologia voltada para a interoperabilidade.
Vale recordar que a solução Web service é voltada para 
a integração de sistemas e a comunicação entre diferen-
tes aplicações na linguagem universal XML e permite 
que aplicações recentes possam interagir com o legado. 
Além disso, possibilita a compatibilidade entre sistemas 
desenvolvidos em diferentes plataformas. 
Continuidade das operações 
O mundo corporativo acordou para a importância de 
estabelecer um plano de emergência para assegurar o 
pleno funcionamento da infra-estrutura, no caso de aci-
dentes ou incidentes que comprometam as instalações 
físicas. É necessário, além disso, assegurar a disponibi-
lidade dos sistemas, contar com uma solução de backup 
eficiente, manter a documentação dos processos atuali-
zada, bem como o pessoal treinado e capacitado.
É importante que o gestor da TI se conscientize de 
que o conceito de segurança é muito amplo e começa 
antes do emprego puro e simples de ferramentas. A 
tendência natural é querer colocar cadeado em tudo, até 
onde não é necessário. Mas essa atitude pode elevar os 
investimentos, implementar soluções em áreas que não 
precisam tanto de proteção e deixar vulneráveis algumas 
áreas importantes. O segundo passo refere-se à verifica-
ção dos processos da empresa e ao estabelecimento de 
políticas de segurança. Depois dessas definições, parte-
se para a escolha e o emprego de ferramentas e soluções 
para prevenir e evitar violações aos sistemas.
Finalmente, deve ser feito um trabalho interno de cons-
cientização. Todos os funcionários devem ser treinados e 
orientados sobre as medidas de segurança adotadas. De 
nada adianta sustentar um gerenciamento de alto nível 
de exigência e investimentos em infra-estrutura, se não 
se dispuser de vários mecanismos sofisticados de senhas 
e reconhecimento de usuários. Depois de cercar todos 
os lados, fique atento também ao funcionário desavisado 
que pode deixar sobre a mesa, à vista de pessoas não-
autorizadas, um relatório confidencial, por exemplo. 
22
Gerenciamento de TI
e x e c u T i v e r e p o r T
Administrar o acesso pessoal 
É preciso gerenciar as vulnerabilidades decorrentes do 
próprio crescimento do ambiente computacional. Uma 
saída recomendável é manter os Data Centers tranca-
dos a fim de eliminar os erros humanos decorrentes 
da interação físicas das pessoas com os equipamentos. 
Para diminuir essa interação física, é preciso conhecer e 
adotar tecnologias de acesso e de controle remoto para 
suportar as atividades diárias do Data Center. 
De acordo com o Gartner, os funcionários são direta-
mente responsáveis pela violação de segurança, respon-
dendo por metade das perdas de dados e informações. 
Estudo aponta que roubo de identidade cresceu 50%, 
com 15 milhões de usuários afetados pelo roubo em 
2006, com perda média de US$ 3 mil por caso, dobran-
do o volume registrado em 2005. Dados do Infonetics 
Research dão conta de que as perdas relacionadas com 
falhas na segurança nas redes resultam em perdas de 
US$ 30 milhões ao ano. As corporações, de acordo com 
esse estudo, amargam uma perda média de 2,2% da re-
ceita anualmente.
Porém, é necessário implementar soluções que per-
mitam identificar e reconhecer o usuário, para que se 
tenha certeza de que o funcionário que acessa infor-
mações e aplicativos é, de fato, o autorizado. Há que se 
ter em mente de que o perfil do usuário muda com o 
decorrer do tempo e é preciso ter o cuidado de bloque-
ar os acessos aos sistemas ao funcionário que deixa a 
empresa. Não menos importante é o controle de acesso 
aos sistemas corporativos, tanto a funcionários internos 
(definir quem pode acessar e que tipo de informação), 
quanto a parceiros (clientes e fornecedores).
É importante que a empresa avalie, no mapa da rede, 
todos os pontos que devam ser cobertos por processos 
seguros. Isso pode ser feito começando pela avaliação 
da infra-estrutura de TI e utilização do diagrama da ar-
quitetura da rede para determinar como e onde os usuá-
rios internos e externos podem acessar a planta. Dispor 
de uma lista com todos os servidores e sistemas críticos 
para a empresa constitui outra boa iniciativa, comple-
mentada pela relação dos funcionários que instalaram 
ou desenvolveram aplicações.
não esquecer dos cuidados a serem tomados em 
relação às redes wireless. Além das ferramentas de 
proteção convencionais usadas em redes cabeadas, as 
redes sem fio exigem cuidados adicionais e específicos. 
O padrão de criptografia para redes locais sem fio, o 
WEP (Wired Equivalent Privacy) é bastante seguro, mas 
apresenta algumas restrições, por isso é recomendável 
que as empresas não se limitem a ele. É fundamental 
também fazer uma configuração confiável da rede wi-
reless, com recursos de segurança inerentes aos pontos 
de acesso e instalação de firewall.
Nos casos mais com-
plexos, vale a pena adquirir equipamentos, software e 
serviços especializados.
Para garantir a segurança desse ambiente, são lançados 
constantemente novos padrões. A Aliança Wi-Fi di-
vulgou o padrão WPA (Wi-Fi Protected Access) para o 
acesso de PDAs, com melhorias na criptografia dos da-
dos e na autenticação do usuário em relação ao WEP. O 
consórcio desenvolveu também uma ferramenta, batiza-
da de Zone, destinada a encontrar pontos de acesso Wi-
Fi entre os 12 mil hot spots (pontos de acesso públicos) 
instalados no mundo. No que se refere à inviolabilidade 
dos dados, são recomendáveis outros recursos, como os 
de uma rede virtual privativa. O uso do protocolo IPSec 
permite a criação de um túnel seguro entre a estação e o 
access point. Outros cuidados referem-se à encriptação 
dos dados e à monitoração em tempo real, por meio de 
ferramentas específicas, muitas delas distribuídas gra-
tuitamente pela Internet.
Contingência 
A questão de contingência está diretamente relacionada 
à necessidade de manter a disponibilidade dos sistemas, 
principalmente nos ambientes de missão crítica. É a 
partir da identificação do custo decorrente das interrup-
ções e do tempo em que os sistemas ficam indisponíveis 
(downtime) que se determina a estratégia a ser adotada. 
Quanto menor for o downtime e o tempo de recupera-
ção da informação, maior será o custo do projeto.
23
Gerenciamento de TI
e x e c u T i v e r e p o r T
Para algumas empresas, como bancos e operadoras de 
cartão de crédito, apenas alguns minutos fora do ar po-
dem acarretar prejuízos de milhões de dólares. Isso sem 
contar o fato de ter a imagem de credibilidade abalada. 
Os riscos são minimizados com a adoção de máquinas 
redundantes à falha (espelhadas) e também de um outro 
site totalmente espelhado, que entra em atividade no 
caso de haver uma pane no sistema principal. São alter-
nativas extremamente caras e que só se justificam pelo 
aspecto crítico das operações. As empresas com menos 
recursos podem usar como opção os sistemas de alta 
disponibilidade, compostos geralmente por vários servi-
dores ligados em cluster.
Considere, ainda, que uma parte das interrupções e pro-
blemas nos sistemas possa ocorrer por erros humanos 
de operação. Uma das formas de prever a viabilidade 
da utilizar ferramentas de gerenciamento é desenhar 
workflows para cada processo presente na empresa. Po-
dem ser adotadas soluções que atendam, inicialmente, 
às áreas mais críticas e, em seguida, expandir o uso. Não 
existe, no entanto, nenhuma fórmula pronta. Podem 
ocorrer, também, problemas de integração posterior das 
diferentes soluções, embora isso seja contornado pelos 
fornecedores que conseguem customizar o software 
para cada situação e cliente.
padrões estabelecidos 
Os programas de gerenciamento de rede reúnem várias 
ferramentas de monitoração e controle – no sentido de 
fornecer uma única interface de operação – e são execu-
tados em servidores, hubs e placas de rede. Sua função 
é coletar estatísticas do movimento dos dados e vigiar 
as condições que excedam o limite dos programas. Ao 
detectar algum problema, alertam ao programa de ge-
renciamento central, o qual pode desencadear algumas 
ações de reinicialização ou roteamento e pedir ajuda 
humana, mediante alarmes ou avisos.
Os fabricantes de equipamentos para redes, em geral, 
adotam conjuntos de padrões que permitem a operação 
de programas gerenciadores. O mais conhecido e utili-
zado é o SNMP (Simple Network Management Protocol 
ou Gerenciador de Protocolos de Rede Simples), apli-
cável a todos os sistemas. Esse protocolo foi projetado 
em meados dos anos 80 como resposta aos problemas 
de comunicação entre os diversos tipos de rede. A idéia 
básica era oferecer um modo de fácil implementação, 
com baixo overhead para o gerenciamento de roteado-
res, servidores, workstations e outros recursos de redes 
heterogêneas. O SNMP é um protocolo de nível de 
aplicação da arquitetura TCP/IP, operando tipicamente 
sobre o UDP (User Datagram Protocol).
Sob o SNMP, pequenos programas de gerenciamento, 
conhecidos como agentes, são executados num proces-
sador especial contido em diversos dispositivos ligados 
em rede, que monitoram esses dispositivos e coletam 
os dados estatísticos no formato conhecido como MIB 
(Management Information Base, ou Base de Informa-
ções de Gerenciamento). Um programa central, de-
nominado Management Console Program, ordena os 
agentes em uma base regular e descarrega o conteúdo 
dos seus MIBs.
O local ideal para um agente de gerenciamento é o hub, 
dispositivo no centro do sistema de cabos. Dessa forma, 
o agente pode monitorar o nível de atividade e o tipo de 
dado que vai e volta para cada estação cliente e para cada 
servidor. Em geral, os servidores têm seus próprios agen-
tes, que reportam detalhes das condições do equipamen-
to e das ações das máquinas cliente. Os agentes de geren-
ciamento também estão disponíveis para certos modelos 
de placas de rede e para produtos especializados.
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Gerenciamento de TI
e x e c u T i v e r e p o r T
Para redes corporativas constituídas de diversas LANs 
(redes locais) conectadas por WAN (rede de longa dis-
tância), é utilizado o protocolo RMON (Remote Mo-
nitoring) – uma capacidade de gerenciamento remoto 
do SNMP. Isso porque os enlaces de rede de longa dis-
tância, por operarem a taxas de transmissão inferiores 
às das LANs que as interconectam, passam a ter grande 
parte da sua banda de transmissão ocupada por infor-
mações de gerenciamento. O protocolo RMON oferece 
suporte para a implementação de um sistema de geren-
ciamento distribuído. Cada elemento RMON tem como 
tarefa coletar, analisar, tratar e filtrar informações de ge-
renciamento de rede e apenas notificar à estação gerente 
os eventos significativos e situações de erro.
metodologias e métricas 
Intensifica-se a cada ano, a necessidade de utilização, 
pelos gestores de TI, de metodologias e indicadores que 
lhes permitam estabelecer objetivos, monitorar os resul-
tados e verificar, de forma objetiva, como e se as metas 
propostas foram atingidas. Com isso, ganha força o que 
se convencionou chamar de governança de TI, que nada 
mais é do que uma estrutura bem definida de relações 
e processos que controla e dirige uma organização. O 
principal foco é permitir que as perspectivas de negó-
cios, de infra-estrutura, de pessoas e de operações sejam 
levadas em consideração no momento de definição do 
que mais interessa à empresa, alinhando TI à estratégia.
Além das métricas e metodologias que permitem men-
surar a capacidade (em uso e em potencial) dos sistemas, 
ganha cada vez mais importância a adoção de padrões 
que assegurem e imprimam aos Data Centers corporati-
vos mais flexibilidade. Esses padrões têm papel crítico no 
gerenciamento de ambientes heterogêneos, sem os quais 
seria impossível facilitar a integração e a interoperabili-
dade entre os diferentes sistemas e soluções.
A associação DMTF (Distributed Management Task 
Force – www.dmtf.org) criou uma série de padrões, en-
tre os quais se destacam o CIM (Common Information 
Model), WBEM (Web-Based Enterprise Management), 
DEN (Directory Enabled Networking), ASF (Alert Stan-
dard Format) e DMI (Desktop Management Iniciative). 
Em termos simples, o CIM pode ser entendido como 
um modelo conceitual para a descrição dos ambientes 
computacionais e de rede das corporações – componen-
tes, configurações, operações, relacionamentos –, sem se 
referir a uma implementação em particular. 
Facilitadores 
Gerenciar o ambiente de TI pode se tornar mais fácil 
com a adoção de ferramentas, indicadores e metodolo-
gias que auxiliam os profissionais a dimensionar a uti-
lização efetiva e o potencial de uso dos sistemas. O rol 
de produtos é vasto e variado. Atualmente, somam-se às 
soluções conhecidas
e tradicionais, como Balanced Sco-
reCard, ROI (Return on Investment), TCO (Total Cost 
of Ownership), EVA (Economic Value Added) e Activi-
ty Based Costing, outros modelos que são empregados 
pelo setor corporativo, como o CobiT, ITIL e CMM. 
Desenvolvida nos Estados Unidos, a metodologia Co-
biT (Control Objectives for Information and Related 
Technology) foi criada em 1996, a partir de ferramentas 
de auditoria, funcionando como uma espécie de guia 
para a gestão da TI nas empresas. Inclui uma série de 
recursos como sumário executivo, framework, contro-
le de objetivos, mapas de auditoria e um conjunto de 
processos de trabalho já estabelecidos e empregados 
pelo mercado, entre os quais se incluem o CMM, a ISO 
9000 (para qualidade), BS7799/ISO 17799 (normas para 
segurança da informação) e o ITIL (para gestão do de-
partamento de TI).
O CobiT independe das plataformas de TI adotadas 
pelas empresas e seu uso é orientado a negócios, no 
sentido de fornecer informações detalhadas para geren-
ciar processos. A metodologia é voltada para três níveis 
distintos: gerentes que necessitam avaliar os riscos e 
controlar os investimentos de TI; usuários que precisam 
assegurar a qualidade dos serviços prestados para clien-
tes internos e externos e, auditores que devem avaliar o 
trabalho de gestão da TI e aconselhar o controle interno 
da organização. O foco principal é apontar onde podem 
ser feitas melhorias.
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Gerenciamento de TI
e x e c u T i v e r e p o r T
Complementar ao CobiT, o ITIL - Information Tech-
nology Infraestructure Library é uma biblioteca que 
descreve as melhores práticas de gestão, especificamente 
elaborada para a área de TI e a versão 3.0 foi lançada em 
agosto de 2007, com material em Português. Criado no 
final dos anos 80 para o governo britânico, o ITIL reúne 
um conjunto de recomendações sobre suporte de servi-
ços (service support), que inclui cinco disciplinas e uma 
função; e entrega de serviços (service delivery), com 
mais cinco disciplinas. Os pontos focados apresentam as 
melhores práticas para a central de atendimento, geren-
ciamento de incidentes, gerenciamento de problemas, e 
gerenciamento financeiro para serviços de TI.
Ambiente organizado • Voltado a auxiliar as empresas 
a melhorar a produtividade dos processos de desenvolvi-
mento de software e a organizar o funcionamento de seus 
ambientes de TI, o CMM é uma metodologia que mostra 
as metas a serem alcançadas, atuando como um modelo 
de orientação e qualificação dos estágios de maturidade. 
O CMM define cinco níveis de maturidade para os am-
bientes de desenvolvimento de software (inicial, repetível, 
definido, gerenciado e otimizado), sendo que cada um 
deles é composto por um conjunto de áreas-chave de 
processo KPA (Key Process Areas) que descrevem as 
questões e grandes temas que devem ser abordados e re-
solvidos para se atingir um determinado nível.
Metodologias tradicionais • Uma das metodologias 
mais visadas na atualidade é o Balanced ScoreCard, 
criada no início da década de 90 por Robert Kaplan e 
David Norton, ambos professores da Harvard Univer-
sity, nos EUA. Seu emprego permite a uma empresa 
obter uma base mais ampla para a tomada de decisão, 
considerando quatro perspectivas: a financeira (segun-
do a visão dos acionistas), a dos clientes, a de processos 
internos de negócios, e a de inovação. Na prática, a me-
todologia consegue mostrar o que é mais crítico, possi-
bilitando direcionar os recursos para os processos que 
de fato adicionarão valor à empresa. Por ser complexa 
e envolver toda a estrutura empresarial, a adoção desse 
modelo deve partir da alta direção ou mesmo do pró-
prio presidente da empresa.
Outro indicador de desempenho fundamental no setor 
corporativo é o ROI, ou retorno de investimentos. Uti-
lizado para apoiar e justificar novos investimentos em 
tecnologia, o ROI é calculado, considerando o benefício 
anual proveniente do investimento dividido pelo mon-
tante investido, sendo expresso em porcentagem e, por-
tanto, facilmente comparável a outras taxas, por exemplo, 
à de juros e à de custo do capital, fornecendo um valor 
bem definido. Esse indicador, no entanto, não leva em 
consideração os riscos envolvidos e nem outras variáveis 
durante um determinado período, não sendo muito indi-
cado para a avaliação de projetos de longa duração.
Existem ainda outras metodologias e métricas oriundas 
de outras indústrias, a exemplo de ABC (Activity Based 
Costing) e do EVA (Economic Value Added), além das 
citadas, que constituem importantes ferramentas para 
auxiliar os gerentes de tecnologia a monitorar e a con-
trolar custos e para avaliar benefícios. O emprego desses 
sistemas, de forma individual ou combinado, está se 
tornando obrigatório para as corporações se manterem 
ágeis e para assegurar seu poder de competitividade.
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Gerenciamento de TI
e x e c u T i v e r e p o r T
É sabido que entre os principais desafios no geren-
ciamento de data centers, infra-estrutura de TI e de 
redes, estão fatores como consolidação de servidores e 
armazenamento, novas tecnologias de processamento 
e armazenamento, ILM, Grid Computing, Dynamic IT, 
virtualização de servidores e armazenamento e geren-
ciamento de sistemas e infra-estrutura. Se esses itens 
se colocam como desafios, depois de superados pelo 
gestor de tecnologia, também são as ferramentas que 
trarão os benefícios e ajudarão a atingir e a apresentar 
melhores resultados.
De forma simples e resumida, é possível citar como 
benefícios de uma boa gestão da infra-estrutura tec-
nológica, seja ela de qualquer porte e nível de matu-
ridade, a drástica redução do impacto de incidentes 
e de problemas; a prevenção e a antecipação de ocor-
rências indesejadas (queda de energia, aquecimento, 
falhas de hardware, software ou humana; ataques 
internos ou externos...). Além disso, a produtividade 
pode crescer de maneira considerável, com a máxi-
ma utilização de recursos em ambientes complexos, 
distribuídos e heterogêneos de computação em data 
centers ou plantas remotas.
 benefícios
Boa gestão gera 
resultados positivos
MelHOreS PrÁTICaS nO 
GerenCIaMenTO COnFereM 
CredIBIlIdade e reduçãO de 
eSPaçO e de CuSTOS
Além dos benefícios tecnológicos há ainda os de or-
dem financeira e econômica, tendo em vista que há, de 
forma comprovada, redução diretamente nos custos de 
operação e manutenção da rede. Analistas de mercado 
afirmam que a gestão correta de processos computacio-
nais nesses vários ambientes operacionais e de desenvol-
vimento aumenta a produtividade e a lucratividade das 
companhias. Com todos esses fatores a seu favor, o CIO 
poderá voltar a atenção para a busca de ferramentas, so-
luções e produtos; acompanhar de perto as inovações e 
as tendências tecnológicas que possam vir a beneficiar a 
atividade-fim da empresa e gerar mais competitividade 
frente aos concorrentes, que é o que todas almejam.
pASSoS pArA A DynAmIC It
O conceito prevê que para uma infra-estrutura ser 
excelente é preciso seguir os itens abaixo:
• Incrementar a capacidade de gerenciamento e 
design and-to-end da infra-estrutura;
• Direcionar os investimentos para o modelo de 
arquitetura orientada a serviços;
• Possuir recursos modulares, baseados em 
padrões e virtualizados;
• Considerar modelos adaptáveis de compra e 
fornecimento de TI (interno e externo);
• Adotar modelos flexíveis de custo operacional, 
transformando custos fixos em variáveis.
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Nesse sentido, tecnologia e todas as suas funciona-
lidades desempenham papel essencial e contribuem 
significativamente para a obtenção dos bons resultados. 
A dinâmica do mercado sofre a ação de vários agentes, 
além das pressões dos concorrentes.
Portanto, para so-
bressair é preciso adotar adequadamente os conjuntos 
de processos, os quais requerem aplicações e sistemas 
inovadores, além de acordos de níveis de serviço muito 
bem estudados e estruturados para suportar a estratégia 
de negócios, tendo como pilar de sustentação a tecno-
logia e o CIO.
Além da tecnologia 
Estar totalmente preparado e pronto para responder 
imediatamente às ameaças existentes e recuperar-se 
de problemas, de qualquer natureza, que envolvam 
o departamento de TI é requisito básico para quem 
ocupa cargo de direção em tecnologia. Há ferramentas 
que propiciam resultados positivos nesse sentido e, 
mais do que isso, que antecipam problemas e falhas. 
São capazes de indicar o ponto exato em que a rede 
está em risco ou em que toda a rede estará em risco. 
Lembre-se de que, para se beneficiar dessas funcionali-
dades, é preciso integrar as soluções de gerenciamento 
e armazenamento, aos sistemas de segurança. Um sis-
tema automatizado de gerenciamento auxilia a equipe 
a superar limites técnicos e operacionais existentes – já 
não é de hoje –, entre as gerências de armazenamento, 
os sistemas e as soluções de segurança, fazendo com 
que o tempo de resposta a uma ameaça diminua e as 
chances de sucesso aumentem.
Os ganhos da correta gestão de infra-estrutura passam 
por questões além das tecnológicas, diante da própria 
maneira como se adquire, aplica e administra processos 
computacionais e pela evolução da TI. O primeiro de-
les é o efeito da velocidade, que significa a capacidade 
de acompanhar todas as informações que afetam direta 
ou indiretamente os negócios. O segundo é o efeito da 
complexidade, que implica administrar a diversidade 
de necessidades criadas por uma corporação auto-
matizada e, em última instância, por uma sociedade 
informada, ou seja, a capacidade de oferecer produtos 
customizados para cada cliente interno ou externo. E, 
finalmente, o efeito da constelação, que se refere à capa-
cidade de perceber as inúmeras redes que estão interli-
gadas em um negócio. Para conquistar esses ganhos, a 
forma de atuação não se restringe a identificar áreas de 
negócios, fornecedores e consumidores, mas também 
exige um cuidado especial com a estratégia, que precisa 
ser capaz de coordenar as várias pontas que compõem 
a atividade econômica.
rESuLtADoS ConCrEtoS
a correta adoção de soluções ou a escolha de 
terceirização do gerenciamento da infra-estrutura 
de TI acarretam entre outros benefícios:
• Disponibilidade máxima do serviço de TI;
• Otimização de processos operacionais;
• Redução do número de incidentes;
• Melhor uso da equipe de TI;
• Redução do impacto de incidentes 
via solução adequada;
• Gestão dos SLAs;
• Alta satisfação do cliente interno ou externo;
• Redução de custos financeiros;
• Redução no custo de recursos computacionais;
• Redução da complexidade de gerenciamento;
• Ampliação de espaço físico.
28
Gerenciamento de TI
e x e c u T i v e r e p o r T
Algumas concepções da forma de contratar TI e o de-
senvolvimento de novas capacidades para responder a 
tudo o que o mercado apresenta, tornando a empresa 
mais eficiente e obtendo vantagens sobre os concorren-
tes, mudam a forma de fazer negócios. O modelo sob 
demanda tem diferentes alcances em diferentes indús-
trias. Na farmacêutica, por exemplo, essas soluções po-
derão ajudar as empresas a reduzir o tempo para lançar 
novos medicamentos, o que lhes trará vantagens em re-
lação aos competidores mais lentos. Já no setor automo-
bilístico, auxiliarão na melhoria do gerenciamento da 
cadeia de distribuição e de pedidos, além de otimizar a 
fabricação de peças, seus processos de desenvolvimento 
de projetos e fabricação e a administração de produtos, 
por meio de seus ciclos de vida.
Os players da indústria de TI disponibilizam serviços 
para prover acesso remoto a aplicações de servidores, 
cobrados de acordo com o volume de uso. A estratégia 
é atender às empresas que precisam lidar com grande 
volume de servidores, fator que encarece a aquisição, 
o gerenciamento e a manutenção. É possível utilizar o 
poder computacional dos servidores de data centers que 
ficam instalados nas próprias fabricantes, ou contratar 
os que oferecem esse tipo de prestação de serviços, via 
acesso remoto, pagando pela carga utilizada durante o 
mês. No mesmo modelo de negócio, existe no merca-
do o gerenciamento dos serviços de servidores e rede, 
como conectividade com Internet, armazenamento, 
backup e firewall.
Com o gradativo, mas crescente aumento da realização 
de trabalho móvel e distribuído, os sistemas operacio-
nais e as aplicações atuais de gerenciamento oferecem 
um largo espectro de ferramentas que permite moni-
torar e gerenciar os sistemas cliente de forma remota, 
controlando o inventário, solucionando problemas e 
instalando ou renovando software. As soluções que pos-
sibilitam o gerenciamento remoto da base de usuários 
móveis vêm a facilitar, principalmente, as tarefas de ma-
nutenção e help desk pelo CIO e sua equipe.
eoNomia do daTaceNTer 2.0
desvio do gerenciamento de requisitos
FO
n
T
e
: I
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 2
0
0
7
Virtualização do 
Gerenciamento 
de intervalo
Gasto
(US$B)
300
250
200
19
96
20
04
20
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20
08
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97
20
05
20
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20
09
19
98
20
06
20
02
20
10
19
99
20
07
20
03
150
100
50
0
lóGICO
Base Instalada 
do Servidor 
(Milhões)
FíSICO
Base Instalada 
do Servidor 
(Milhões)
Poder e resfriamento dos custos x8
Gerenciamento de servidores e administração de custos x4
Novo gasto do servidor
29
Gerenciamento de TI
e x e c u T i v e r e p o r T
Se um usuário tiver problemas com um aplicativo, o 
pessoal técnico poderá visualizar o problema e solucio-
ná-lo remotamente. Segundo o Gartner, as corporações 
podem registrar uma economia da ordem de US$ 21 a 
US$ 77 por máquina ao ano, dos custos de help desk, 
apenas adotando essa prática.
O corte de custos e a otimização do gerenciamento dos 
ambientes distribuídos são alguns dos itens que com-
põem a lista de benefícios percebidos com a adequada 
gestão da infra-estrutura. Para tanto, é preciso espalhar 
pela corporação estações-reserva pelas quais os funcio-
nários podem fazer backups e repor componentes dos 
sistemas, conforme as necessidades. Desse modo, são 
criadas estações de serviços voltadas para atender os 
usuários de notebooks e ajudá-los a solucionar proble-
mas de forma rápida e eficiente.
Em resumo, as melhores práticas para o bom gerencia-
mento da base de PCs recomendam que sejam tomadas 
algumas atitudes simples, como substituir PCs de forma 
proativa, simplificar e padronizar o ambiente, segmentar 
a base de usuários, manter os softwares atualizados, oti-
mizar o processo de distribuição de sistemas e monito-
rar o ambiente móvel por meio de soluções distribuídas.
Credibilidade 
Que atire a primeira pedra quem nunca passou por 
situações em que enfrentou problemas por conta de 
uma rede indisponível. Em uma loja, depois de tudo es-
colhido, ao pagar, o sistema está fora do ar; um site que 
precisa ou gostaria de acessar ou um caixa eletrônico in-
disponível no meio da madrugada ou no momento em 
que você mais precisa ou que não devolve o seu cartão 
do banco. Ainda hoje essas ocorrências são freqüentes 
nas redes com informações distribuídas entre vários 
computadores interligados por LANs ou via Web e en-
furecem os usuários.
Credibilidade e confiança podem ser conquistadas com 
o pleno funcionamento da infra-estrutura, mediante o 
atendimento imediato e perfeito ao usuário final. Mas 
os ganhos da disponibilidade da rede não são somente 
do último elo da cadeia. Eles beneficiam também o va-
rejista, a operadora de cartão de crédito, a operadora de 
telecomunicações em termos financeiros
e de imagem. 
É fácil imaginar a situação: véspera de uma data come-
morativa como o Natal, dia das crianças ou dia das mães 
e o sistema da loja de brinquedos ou de perfumaria e 
roupas fica fora do ar. Toda a entrada de valores seria 
transferida para uma operadora concorrente.
Vale ressaltar que os benefícios a serem conquistados 
com o gerenciamento proativo de um data center e 
redes estão diretamente relacionados ao montante de 
investimentos direcionado a essa atividade que tem im-
pacto nos negócios e nos clientes. O gestor terá retorno 
positivo ao auxiliar particularmente as empresas de 
médio e de pequeno portes a tornarem a infra-estru-
tura de TI mais robusta. O acompanhamento remoto 
e em tempo real de um servidor corporativo previne e 
com agilidade eventuais problemas ao detectar desvios 
e procedimentos atípicos. O sistema envia um alerta 
que pode ser por e-mail, pager ou celular ao adminis-
trador da rede, que terá ações diretas sobre o problema, 
antes mesmo que o hardware ou o software sofram ou 
provoquem algum impacto no processamento. Essa 
é uma das funcionalidades mais simples do gerencia-
mento, mas que incorre em efetivos ganhos. Nesse caso, 
um sistema de redundância, se a atividade-fim for de 
missão crítica é aconselhável.
A rede bem gerenciada e funcionando sem paradas faz 
com que se resolva a grande maioria das falhas, de for-
ma transparente ao usuário que, não se sentindo lesado 
com o fato, não reclamará nem com a empresa, nem 
junto aos órgãos de defesa do consumidor.
30
Gerenciamento de TI
e x e c u T i v e r e p o r T
A destinação de recursos financeiros para a área de ge-
renciamento deve ser dimensionada conforme o porte 
da companhia, o tamanho e a complexidade da infra-
estrutura e, ainda deve ser observado o quanto é crítico 
o serviço prestado por meio da rede. Para que se chegue 
próximo do ideal em termos de resultados satisfatórios, 
um procedimento que não pode ser deixado de lado é 
o SLA, o já conhecido acordo de nível de serviço. É por 
meio dele que o gestor poderá exigir e cobrar o que foi 
prometido e acordado com um integrador, uma revenda 
ou um VAR (value added reseller).
Mediante um SLA bem elaborado, uma empresa ou 
mesmo o departamento de tecnologia poderá garan-
tir aos usuários e clientes que a rede e outros serviços 
prestados ficarão disponíveis por determinado tempo 
(normalmente a promessa é de 99,9%) e por determina-
do período, um ano, por exemplo. Isso vai se refletir em 
acúmulos de benefícios.
De novo, a acentuada redução de custos e de prejuízos 
de várias ordens causados pela disponibilidade da rede 
e pelo corte de gastos provocado pela otimização de 
processos operacionais são os pontos que mais motivam 
a adoção do gerenciamento de infra-estrutura e são ape-
nas os primeiros resultados efetivos da tecnologia. Vale 
lembrar que, para surtirem os resultados desejados, as 
soluções a serem adquiridas devem apresentar elevado 
nível de qualificação e confiabilidade e oferecer suporte 
do fabricante e também do integrador terceirizado, caso 
seja contratada empresa do mercado.
Além disso, a equipe interna deve ter experiência em 
implementação, uma vez que para um projeto de infra-
estrutura é de fundamental importância bom conheci-
mento de redes, processos operacionais e das próprias 
ferramentas. Caso contrário não hesite em contratar um 
prestador de serviços que apresente em suas credenciais 
idoneidade, tempo de mercado e casos de sucesso de 
clientes em que já tenha trabalhado. Solicite e avalie 
também as certificações e a oferta de suporte técnico pré 
e pós-venda.
Muitas empresas estão obtendo consideráveis ga-
nhos com a otimização do gerenciamento do parque 
de desktops. Um exemplo vem de umas das maiores 
empresas de Contact Center do Brasil, que fornece so-
lução completa de relacionamento com clientes para 
as empresas do mercado brasileiro, disponibilizando, 
para isso, dois sites próprios localizados em São Paulo, 
além de administrar três sites de clientes, em São Paulo, 
Campinas e Londrina. Gerenciar a infra-estrutura téc-
nica que suporta o Contact Center é, portanto, essencial 
para os seus negócios. Nesse sentido, a empresa optou 
por adotar as soluções voltadas para gerenciar o ciclo 
de vida de desktops, notebooks, handhelds, servidores 
Windows, Linux e Unix, além de ativos fixos, providen-
ciando a integração completa e soluções de gerencia-
mento de sistema para clientes, dispositivos móveis e 
servidores, com rápido retorno de investimento.
A empresa automatizou a implantação, manutenção e 
suporte, de acordo com os padrões dos sistemas insta-
lados nos desktops e, com isso, foi possível automatizar 
todo o serviço de configuração, resultando em uma 
grande economia de tempo e de recursos financeiros 
na realização da tarefa. Uma máquina foi preparada 
manualmente por um técnico com as configurações 
do cliente. A partir desse equipamento, criou-se uma 
imagem que foi usada no processo de clonagem, o qual 
configurou os demais computadores, sendo que o pro-
cedimento, em cada equipamento, levou menos de 10 
minutos. A solução foi considerada vital para o negócio 
porque a distribuição de softwares – principal etapa do 
processo de configuração – precisa ser feita de maneira 
ágil e confiável, mantendo a qualidade.
Benefícios em redução de custos por meio do gerencia-
mento adequado também são atingidos por uma das 
companhias líderes do setor automotivo, que se rendeu 
à adoção das melhores práticas para renovar o seu par-
que de microcomputadores. A fabricante possui cente-
nas de equipamentos com alto poder de processamento 
em seu parque instalado, sendo cerca de 20% desses 
novos computadores são notebooks equipados com pro-
cessadores de última geração. O objetivo da companhia 
é analisar como as várias categorias de funcionários se 
beneficiarão da tecnologia móvel. O acesso desses usuá-
rios à rede corporativa da empresa se dará por meio de 
rede WWAN.
31
Gerenciamento de TI
e x e c u T i v e r e p o r T
Blades 
No tocante a blades os benefícios são claros e bastante 
palpáveis, principalmente para quem executa tarefas de 
descarregar centenas de cabos que passam pelos racks, 
apenas para adicionar ou remover servidores. O aumen-
to de espaço físico é realmente visível e considerável. 
Com unidades de comutadores e energia compartilha-
das, pode-se liberar um espaço significativo, tendo em 
vista que servidores blade permitem mais densidade 
com muito mais facilidade.
Os pontos positivos ao adotar a tecnologia blade são 
palpáveis para quem tem como atribuição o manuseio 
de cabos que se conectam aos racks para adicionar e re-
mover servidores. Algumas funcionalidades como uni-
dades de comutadores e o compartilhamento de energia, 
permitem o aumento significativo de espaço, tendo em 
vista que servidores que rodam sob a tecnologia blade 
conferem maior densidade e facilidade computacional.
Outro benefício é que a expansão não requer equipes de 
profissionais, paradas ou altos investimentos.
Blades de alguns fornecedores de TI se resumem ao 
tamanho, ou seja, apenas uma maneira de apresentar 
um servidor de pacote de 2 ou 4 vias. Outros adotaram 
abordagens diferentes para a tecnologia e oferecem 
ações complementares que ajudam os clientes a tratar os 
problemas que surgem frente ao atual cenário de rápi-
das mudanças de negócios. Porém, é consenso entre os 
fabricantes como um todo, que os recursos da tecnolo-
gia garantem aumento da confiabilidade, acessibilidade 
e utilidade. O resultado da inovação da tecnologia é 
uma solução simplificada, mais econômica, com menor 
consumo de energia e com menor geração de calor. As 
inovações passam também pelo aumento da vida útil, 
melhoria e facilidade na configuração e escala.
Dynamic It: um capítulo à parte 
Para a consultoria IDC resultados efetivamente
positi-
vos somente serão atingidos com a adoção do conceito 
de Dynamic IT. As empresas precisam adotar uma 
infra-estrutura de TIC modular com recursos virtuali-
zados. Segundo Reinaldo Roveri, analista sênior de ser-
vidores e storage da consultoria IDC Brasil, o problema 
hoje é que os altos custos de manutenção dos recursos 
consomem quase 70% do orçamento. “Sobra muito 
pouco para investir em novos projetos”, alerta.
A saída, de acordo com o analista, é investir no que a 
consultoria chama de Dynamic IT. O conceito com-
preende tecnologias como virtualização e SOA (Arqui-
tetura Orientada a Serviços) e oferece, além de mais 
flexibilidade às companhias, redução de custos. Dados 
apresentados por Mauro Peres, diretor geral da IDC 
Brasil, mostram que, entre as grandes corporações nor-
te-americanas, apenas 3% já se encontram no grau mais 
avançado de adoção ao conceito. A maioria ainda está 
em um estágio intermediário.
Formulado e proposto pela IDC, o Dynamic IT esta-
belece que a próxima geração dos ambientes de tecno-
logia da informação está relacionada à criação de uma 
área de TI de alta performance, capaz de suportar as 
rápidas mudanças dos ambientes de negócio, ao mesmo 
tempo em que mantém flexibilidade e controle dos cus-
tos operacionais.
A consultoria observa que enquanto as organizações, 
atualmente, têm de lidar com a crescente pressão e co-
brança para serem mais dinâmicas, historicamente, as 
áreas de TI sempre responderam de maneira reativa e 
lenta às mudanças dos ambientes de negócios. Para qua-
se todas as companhias, a alta complexidade ainda im-
pera e a utilização dos recursos de tecnologia está abai-
xo do que deveria. Sendo assim, para muitos diretores 
de TI, o principal desafio está relacionado à dificuldade 
para aprovação de verbas e novos investimentos para 
mudanças e criação de uma nova infra-estrutura, mais 
dinâmica e flexível.
Em muitas empresas hoje, departamentos de TI são 
obrigados a promover seu autofinanciamento para con-
seguir implementar novas iniciativas e tecnologias que 
permitam a criação desse novo ambiente. Portanto, a 
busca pela redução dos custos operacionais, visando a 
liberação de verbas para novos projetos, tem sido uma 
constante nesse novo cenário. A cobrança pelo desen-
volvimento de uma infra-estrutura mais dinâmica, ao 
mesmo tempo em que reduz os gastos com TI, exigirá 
dos executivos da alta direção um apurado senso sele-
tivo e uma visão clara das prioridades, no que tange à 
montagem de um plano de investimentos para a nova 
infra-estrutura.
32
Gerenciamento de TI
e x e c u T i v e r e p o r T
A mudança de postura principalmente dos fornece-
dores de storage, tem contribuído para impulsionar o 
Dynamic IT. O avanço na adoção das tecnologias de 
virtualização é outro fator que colabora para a evolução 
do conceito. Esse tipo de solução é que vem permitindo 
às empresas adotarem, por exemplo, conceitos de geren-
ciamento de ILM (Ciclo de Vida das Informações), uma 
das partes mais importantes do Dynamic IT.
Com base em pesquisas e estudos da IDC junto a em-
presas que já vivem esse cenário, percebe-se que esses 
planos são regidos, basicamente, por três princípios 
prioritários: rapidez (responder mais rápido às mudan-
ças dos negócios), desempenho (prover melhores níveis 
de serviço para suporte aos negócios) e custo (reduzir 
continuamente os custos de TI).
Estas três prioridades direcionam as empresas a dois 
pilares principais que devem ser adotados e interligados 
no plano corporativo para a implementação de uma 
infra-estrutura dinâmica. São eles:
1) Execução e automação dos processos de 
negócios • Foco em responder mais rápido às mu-
danças no mercado por meio do aperfeiçoamento da 
capacidade de desenvolver e integrar aplicações, dados 
e processos que suportam novos requerimentos e inicia-
tivas de negócio. Utilização de TI para monitorar o de-
sempenho e acelerar os ajustes executivos operacionais 
necessários para responder às mudanças do mercado.
2) Gerenciamento e automação das operações 
de TI • Foco no aumento da qualidade da entrega de TI 
ao negócio, por meio de melhores níveis de serviço, ao 
mesmo tempo em que se reduz o custo da infra-estrutu-
ra necessária. Interligar, monitorar e gerenciar (end-to-
end) todos os elementos operacionais que suportam as 
atividades da empresa, desde hardware até as aplicações, 
dados, processos operacionais e processos de negócio.
A capacidade de interligar estes dois pilares por meio do 
gerenciamento total (end-to-end) da área de TI deve ser 
chave para a criação de uma infra-estrutura dinâmica. 
Como observado previamente neste texto, os dois pila-
res (negócios e TI) nunca andaram bem alinhados e ain-
da possuem barreiras em muitas organizações. Para que 
uma empresa possua tanto a infra-estrutura quanto a 
área de TI verdadeiramente dinâmicas, é vital que essas 
barreiras entre processos de negócio e TI sejam quebra-
das em quaisquer novos esforços para a transformação, 
atuais e futuros, não importando o quão pequenos ou 
específicos sejam.
O conceito de Dynamic IT entende que o máximo de 
recursos possível que suporta um processo de negócios 
deve estar integrado de maneira lógica (end-to-end), 
permitindo um gerenciamento dinâmico desse proces-
so. A equipe de operações deve possuir uma visão clara 
de toda a cadeia de valor de TI (servidores; storage; 
redes; sistemas de infra-estrutura; dados; middlewa-
res; aplicações; workflow; comunicação, colaboração e 
dispositivos em posse dos usuários finais) que supor-
tam a execução dos processos de negócios. Da mesma 
maneira, as equipes de desenvolvimento e arquitetura 
de sistemas devem ter uma visão clara do ambiente 
operacional que suportam seus sistemas, para que seja 
integralmente considerado durante o desenho de novas 
aplicações e processos.
33
Gerenciamento de TI
e x e c u T i v e r e p o r T
Gerenciar todo o ambiente de infra-estrutura de TI e, ao 
mesmo tempo, ampliar e manter o padrão de qualidade 
de acesso: esses foram os principais desafios enfrenta-
dos pela equipe interna de tecnologia, composta por 12 
profissionais alocados no centro de desenvolvimento 
de uma grande instituição pública, quando decidiu 
transferir o seu data center corporativo. Diante dessa 
situação detectou que era preciso implementar um siste-
ma eficiente de gerenciamento de infra-estrutura de TI, 
que fosse realizado remotamente, e que agregasse valor 
e ganhos de produtividade às atividades desenvolvidas 
pelo projeto. Então, a solução foi também contratar uma 
equipe de engenharia e consultores especialistas em 
desenvolvimento de soluções de acesso e gerenciamento 
para data centers corporativos, que viesse a apoiar e a 
implementar um sistema de gerenciamento de infra-
estrutura de TI com acesso remoto.
O resultado foi que o projeto permitiu o monitoramento 
de todo o processo da rede, a quilômetros de distância, 
de forma segura e ágil, garantindo total disponibilidade 
dos ativos, com a melhor relação custo-benefício. O 
data center escolhido para esse projeto disponibiliza 
completa solução de gerenciamento de infra-estrutura 
de TI, englobando desde o gerenciamento de servidores 
até equipamentos de rede como switches, roteadores e 
hubs, por exemplo. Além disso, oferece soluções modu-
lares, fazendo com que o investimento dos clientes seja 
preservado, mesmo que seu ambiente cresça e novas 
tecnologias sejam utilizadas.
 cases
A escolha da solução ideal
passa por análise refinada 
COnFIra alGunS eXeMPlOS de dIFerenTeS SeGMenTOS da eCOnOMIa COM 
dIverSaS neCeSSIdadeS e COMO e quaIS FOraM aS SOluçõeS IMPleMenTadaS 
Muitas vezes, a implementação começa restrita a um 
departamento específico, e acaba crescendo para aten-
der toda a infra-estrutura de TI devido à sua eficiência e 
rapidez sempre que uma intervenção seja necessária.O
investimento inicial do sistema de gerenciamento remo-
to do data center, para esse projeto foi de aproximada-
mente R$ 70 mil. O projeto conta com 48 equipamentos 
para gerenciar a rede, formada por 13 servidores embar-
cados em plataforma Intel e 35 roteadores.
Outro exemplo é o de uma empresa da construção civil 
em fase de expansão pelo território nacional, que tinha 
como necessidade conectar a matriz, em São Paulo, com 
as demais localidades nas quais mantinha atuação para a 
troca e disponibilização de informações aos envolvidos 
nas obras. Como a infra-estrutura da construtora não 
suportaria a implementação de um ERP para o controle 
de plantas, croquis, lista de materiais e que iria solucio-
nar tranqüilamente a questão, a saída foi terceirizar.
A empresa optou por hospedar o ambiente de TI em um 
data center que, além de abrigar o ERP e seus módulos 
de controle de estoque, orçamento, financeiro e de com-
pras, passou a gerenciar remotamente todos os dados e 
conferiu maior segurança aos projetos. A construtora 
paga mensalmente pelos serviços profissionais do data 
center e não teve de investir na instalação e manutenção 
da infra-estrutura com hardware, software e sistemas de 
segurança e redundância. A terceirização, nesse caso, foi 
a medida mais adequada ao cliente, que desembolsaria 
somente num primeiro momento, cerca de R$ 10 mil, 
além dos custos posteriores de upgrades e manutenção.
34
Gerenciamento de TI
e x e c u T i v e r e p o r T
proporção de iNvesTimeNTos eNTre hardware, sofTware e serviços
35.000
US$ Bilhões
48%
16%
19
92
20
00
19
96
20
04
20
09
19
93
20
01
19
97
20
05
20
10
19
94
20
02
19
98
20
06
20
11
19
95
20
03
20
08
19
99
20
07
30.000
25.000
20.000
15.000
10.000
5.000
Os data centers corporativos mantêm, em sua maioria, 
recursos avançados que garantem a segurança e a dispo-
nibilidade das informações do cliente 24 horas pelos 365 
dias do ano. Para tanto, conta com firewalls, IDS e IPS 
de última geração, e oferecem redundância, backup dos 
dados e monitoramento ininterrupto da rede. 
Infra-estrutura integrada à Web 
No caso de uma pequena companhia aérea com base 
em todas as regiões do País, a necessidade era melhorar 
o sistema de inventário e a distribuição de softwares. 
A ferramenta escolhida integrou a infra-estrutura em 
um único ambiente Web e reduziu os custos de manu-
tenção. Além disso, o CIO conseguiu, com a ajuda de 
um integrador especializado, conectar de forma mais 
segura os 35 escritórios da companhia. Com um parque 
instalado de 170 máquinas, a empresa interliga as filiais 
via Web e seus dois principais ambientes com rede VPN 
como redundância, e os demais escritórios via Web con-
vencional. A companhia destina cerca de R$ 4 mil por 
mês no projeto, incluindo outsourcing de servidores e 
a licença do software. Atualizações de programas e cor-
reções podem ser feitas remotamente ou agendadas de 
qualquer computador com acesso à Internet.
Segurança 
No tocante ao gerenciamento de e-mails e segurança, 
uma empresa do setor farmacêutico criou um comitê 
de Segurança da Informação, composto por represen-
tantes de várias áreas da companhia. Esse grupo definiu 
a política de uso da Web. Na prática, o documento 
estabeleceu critérios para uso de e-mails e os tipos de 
sites que podem ser acessados e os que estão proibidos: 
pornográficos, racistas e de cunho informativo duvido-
so. A ferramenta escolhida para efetuar esse controle foi 
um software de mercado, instalado antes do firewall. O 
aplicativo bloqueia qualquer tentativa de acesso a con-
teúdo não-autorizado. Quanto aos e-mails, foi proibida 
a realização de downloads de aplicativos, por firewalls e 
customizações internas. Com essas medidas, o consumo 
de banda caiu 20%.
35%
41%
14%
45%
Serviços
Software
Hardware
FO
n
T
e
: I
d
C
 2
0
0
7
35
Gerenciamento de TI
e x e c u T i v e r e p o r T
Todos sabem que uma das principais brechas para inci-
dentes de segurança é o sistema de e-mail. Apesar de, na 
maioria dos casos, as empresas contarem com ferramen-
tas para monitoramento de e-mails, antivírus e firewall, 
todo dia surgem novas pragas virtuais que podem infes-
tar os sistemas e causar graves transtornos. Em um ban-
co estadual, por exemplo, uma das formas de contornar 
o problema foi limitar o tamanho dos arquivos anexa-
dos nas mensagens recebidas por e-mail. Esses arquivos 
não podem ter mais que 500 KB e, em determinado 
nível, não mais do que 3 MB. Também foram adotadas 
medidas que excluem arquivos com extensões como.
exe, .tif, .pdf, e .scr diretamente no servidor, assim como 
a adoção de firewall e antivírus.
Setor financeiro 
Com o objetivo de solucionar o problema de otimização 
e rendimento, o departamento de TI de um banco, con-
siderado até então um setor desorganizado e que consu-
mia recursos sem apresentar o retorno desejado, foi em 
busca de ferramentas que auxiliassem na administração 
e na melhoria da eficiência. TI tinha como tarefas in-
tegrar os negócios, fornecer informações e valores e 
proporcionar iniciativas que fossem ao encontro das 
necessidades da instituição.
A solução adquirida foi implementada para controlar 
as solicitações que chegavam ao setor, levantando quais 
as prioridades; acompanhar os projetos em todas as 
fases do desenvolvimento; administrar os recursos en-
caminhados à área de TI e, por fim, suportar o modelo 
COBIT de gestão e controle, visando o acesso a todas as 
operações em tempo real.
O projeto desse banco consistiu em observar o progres-
so do trabalho, automatizar os processos via disciplina 
financeira e estruturação do Balanced Scorecard (BSC), 
com painéis de controle personalizado e integração com 
o sistema de help desk, para atendimento correntistas. 
Os resultados mostram que o departamento de TI co-
meçou a priorizar os negócios e os recursos passaram a 
ser utilizados de melhor forma, além do gerenciamento 
dos riscos do projeto e diminuição do tempo de entrega.
Na segunda etapa de implementação, está previsto o cál-
culo dos custos dos projetos da área de TI e o controle 
dos perfis dos funcionários, dos recursos financeiros 
e da infra-estrutura. Além disso, a gestão da criação, 
registro e disseminação de idéias. Os investimentos, 
disponíveis para os anos de 2007 e 2008 devem chegar 
na casa dos R$ 130 milhões. A segunda fase do projeto 
deve ser concluída em julho de 2008.
Controle de inventário 
Esse caso de sucesso vem também de uma instituição 
bancária que atingiu seu objetivo de controlar e fazer 
inventário da utilização dos ativos, em atendimento às 
exigências de auditorias interna e externa com a imple-
mentação, por um integrador, de ferramenta disponível 
no mercado. Há relatos do CIO dando conta que a meta 
foi atendida e ultrapassada, mediante as funcionalidades 
extras da solução, permitindo, inclusive, auditar o con-
trato de outsourcing de impressão mantido pelo banco.
O sistema escolhido controla 100% do parque de mi-
crocomputadores e também a utilização de softwares e 
serviços diversos. O produto gerencia licenças de sof-
tware para controle de report a fornecedores e também 
o hardware, no que diz respeito à capacidade do parque 
instalado, além de promover o controle efetivo das mo-
dificações e substituições de periféricos. Ele foi escolhi-
do por oferecer mais funcionalidades do que os concor-
rentes, sem que o cliente tivesse de pagar algo além.
projetos complexos 
Uma operadora global de telecomunicações tinha como 
objetivo oferecer serviços de TI sob demanda aos usuá-
rios. Portanto, necessitava que as informações e aplica-
ções tivessem alta disponibilidade. Com a complexidade 
tecnológica aumentando de forma exponencial, é neces-
sário ter uma infra-estrutura
flexível no data center, que 
permita priorizar as necessidades dos clientes de forma 
efetiva. Isso é essencial para a oferta de aplicações nos 
níveis de serviço especificados nos acordos. A opera-
dora conseguiu seus objetivos ao adquirir no mercado 
uma solução que utiliza capacidades centralizadas e 
baseadas em políticas específicas, que resultou na ma-
ximização da disponibilidade de aplicações críticas e 
ajudou a empresa a responder de forma mais eficiente às 
necessidades de sua atividade-fim.
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Gerenciamento de TI
e x e c u T i v e r e p o r T
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e de apoio à decisão em Tecnologia da Informação e Comunicação. a editora 
possui duas áreas de negócios: publicações próprias e Serviços Editoriais. 
no segmento de publicações, produz as revistas Decision report e risk 
report e suas respectivas newsletters. no de serviços, as revistas partners 
(oracle), SASCom (SAS) e Informação (Grupo Ação).
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A quantidade de plataformas existentes dessa outra 
instituição bancária nacional torna o ambiente de TI 
bastante complexo. E, exatamente por isso, precisava 
melhorar o gerenciamento de dados. O Banco está in-
vestindo R$ 800 mil no projeto que fará o gerenciamen-
to central dos servidores dos softwares da instituição, 
além de informar os níveis de serviços fornecidos pela 
TI do banco para usuários e clientes. A solução, que tem 
foco em governança de TI, será responsável pela admi-
nistração de toda a infra-estrutura de dados (incluindo 
servidores e sistemas de storage), mais bancos de dados, 
além de mais de 300 servidores, todos de diversos fabri-
cantes e plataformas proprietária e livre.
Existem no mercado inúmeras soluções que se adaptam 
a necessidades específicas e que servirão como uma 
luva para a sua necessidade. Entretanto, é preciso saber 
exatamente o que você tem, o que necessita e, então ir a 
campo garimpar a que melhor atenda às suas exigências, 
avaliando, estudando e se cercando de um bom SLA 
(acordo de nível de serviço).
Gestão de SLA 
Um caso interessante é o gerenciamento de SLA. Uma 
empresa de análise de crédito deve entregar aos clientes 
essas análises mais rapidamente do que a concorrência. 
Isso levou o departamento de tecnologia a procurar por 
uma solução que o auxiliasse a cumprir um SLA mais 
rigoroso, superando assim, seus rivais. Para TI, isso sig-
nifica investir em alta disponibilidade do sistema e mo-
nitorar constantemente a utilização dos serviços pelos 
cerca de 400 mil clientes em mais de 30 segmentos.
Desde o início deste ano, a empresa está utilizando uma 
nova aplicação para fazer a gestão do SLA, com a van-
tagem de simular cargas e prever impactos no acordo, 
tomando providências para que o cliente não seja afe-
tado. A ferramenta se revela mais importante em datas 
comemorativas, como Natal ou Dia das Mães, quando 
muitos clientes varejistas da companhia intensificam 
acentuadamente o número de consultas diárias, cau-
sando picos e podendo atingir aumento de 70% de uso. 
Em um dia normal, realiza em média cerca de 4 milhões 
de transações. A aplicação adotada analisa em tempo 
real todo o caminho das transações, nas aplicações e na 
infra-estrutura, inclusive em componentes externos. O 
resultado é que a empresa pode fazer ofertas mais agres-
sivas nos contratos de serviços.

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