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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ CURSO DE GRADUAÇÃO EM PEDAGOGIA FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO Joel de Morais Pereira Marla Margarida Santiago da Silva Nágela da Conceição Cruz Paulo Roberto Tenório Priscila de Souza Monteiro O SURGIMENTO DA FILOSOFIA CRISTÃ NO CONTEXTO DO HELENISMO PERÍODO HELÊNICO • Período da História da Grécia e de parte do Oriente Médio. • No final do século IV a.C., iniciou- se a decadência das Cidades- estados até a perda total de autonomia. A cultura helenística, no entanto, se funde com as civilizações que as dominam, formando o helenismo. Período de urbanização; Desenvolvimento das cidades portuárias; A urbanização atinge o mundo judaico; Há o predomínio da língua grega; A dominação foi mantida até o começo do século I a.C., data que Roma conquistou o território grego; Houve a conquista de terras por Alexandre Magno. Ocorre a perda da autonomia política, e o sentido da vida para o homem grego; A organização da pólis estava sob o controle da Império de Alexandre; Agora, o que prevalece é uma ética mais intimista , onde prevalecem os valores mais pessoais e subjetivos, posto que o cidadão não tem mais o direito de se pronunciar nas assembléias e decidir pelo Estado. Ocorre a difusão da cultura grega; A expansão do pensamento grego; O desenvolvimento das ciências; A fundação de várias cidades; No período helenístico, a antiga Paidéia torna-se uma enciclopédia , ou seja, educação geral que consiste na ampla gama de conhecimento exigidos para a formação do homem culto. As questões metafísicas e políticas, são substituídas pelos temas éticos. Escola de Atenas 1509 Raffaelo Sanzio AS PRINCIPAIS ESCOLAS FILOSÓFICAS DO PERÍODO HELENÍSTICO Diógenes – A figura mais marcante do cinismo. Todas as escolas procuravam, estabelecer um conjunto de preceitos racionais para dirigir a vida de cada um, e, através da ausência do sofrimento (autarquia – busca de si mesmo e ataraxia – tranquilidade obtida através do autocontrole e da ausência de prazeres que viciam e perturbam a alma), chegar à felicidade e ao bem estar. ESCOLA CÍNICA A palavra cinismo tem a sua origem no grego kunikos, que significa "que diz respeito ao cão“; Diógenes, discípulo de Antístenes, criou o verdadeiro modelo cínico, pelo modo como assumiu este ideal de vida, caracterizado pela sua simplicidade, pelo seu não conformismo e pela sua impertinência. Os cínicos são, então, membros de um movimento filosófico cuja doutrina se caracteriza por um anticonformismo social, político e religioso, bem como por um ideal de vida fundado no autodomínio conseguido mediante a libertação das necessidades supérfluas. Os cínicos tentaram libertar o homem da servidão dos costumes, convenções e instituições humanas pela redução dos desejos e apetites, deixando apenas aos indispensáveis à vida.Também ensinaram a renúncia das coisas que eram impostas pela civilização. Dentre os diversos filósofos epicuristas, cujo nome chegou até nós, o de maior importância é o próprio Epicuro, fundador dessa escola; A aquisição do saber e a limitação dos desejos físicos instáveis por natureza, são instrumentos essenciais para se libertar dos sofrimentos. EPICURISMO A finalidade da vida é a busca da felicidade obtida ao se atingir a ataraxia, “a ausência de distúrbios” e “a tranquilidade da alma”. Para tanto, é necessário se livrar de todas as ansiedades, inclusive o medo dos deuses e da morte. Influenciado pelos atomistas, para quem o mundo era constituído de átomos e de vazios, Epicuro também explicava o mundo físico assim, em termos inteiramente naturais; Mas para ele a natureza não era de modo algum rígida, e nada era imutável e determinado. Movimentos espontâneos e aleatórios dos átomos em seu trajeto normal, por exemplo, davam direcionamento ao livre arbítrio; De tudo o que existe emanam átomos que, ao se chocar com o corpo humano, tornam a realidade inteiramente apreensível pelos sentidos, produzindo as ideias. ESTOICISMO A escola estóica, recebe esse nome do local onde foi fundada em Atenas, por Zenão de Cício, por volta de 300 a.C.. Zenão era fenício, como grande parte de seus colegas e discípulos. Se estes constituíram os primeiros estóicos, os últimos foram os romanos. Foi antes sua moral da resignação e consolo, principalmente nos aspectos religiosos que ela permitia desenvolver. Entre os estoicos, merece destaque especial Sêneca, não pela originalidade de suas ideias mas pela sua capacidade de expressá-las, o que o tornou um dos grandes nomes não só da filosofia, mas também da literatura latina. Esse "bem viver" dos estoicos está longe de ser uma busca insaciável de prazer, como é o ideal das sociedades de consumo contemporâneas; Para os estoicos, enquanto o animal é guiado pelo instinto, o homem é guiado pela razão. O mundo que a razão apresenta ao homem é a Natureza, e não existe nada superior a ela. Deus, portanto, não está fora da Natureza, mas impregnado nela. TUDO TEM UM MOTIVO CETICISMO O ceticismo é a doutrina que afirma não obter nenhuma certeza a respeito da verdade, o que implica numa condição intelectual de dúvida permanente e na admissão da incapacidade de compreensão de fenômenos metafísicos, religiosos ou mesmo da realidade. O termo ceticismo se deu a partir do nome comumente dado a uma corrente filosófica originada na Grécia Antiga; Ceticismo Filosófico - postura filosófica em que pessoas escolhem examinar de forma crítica, se o conhecimento e a percepção que possuem, são realmente verdadeiros e se alguém pode ou não, dizer se possui o conhecimento absolutamente verdadeiro; O Ceticismo filosófico originou-se a partir da filosofia grega. Uma de suas primeiras propostas foi feita por Pirro de Élis (360-275 a.C.), que viajou até a Índia numa das campanhas de Alexandre “o Grande”, para aprofundar seus estudos e, propor a adoção do ceticismo "prático”. O ceticismo filosófico procura não a verdade absoluta, mas o valor de perguntas inteligentes. Eles acreditam que essa busca da verdade absoluta causa sofrimento no homem. Opõem-se ao dogmatismo em que é possível conhecer a verdade absoluta. AS ORIGENS DA FILOSOFIA CRISTÃ O desenvolvimento da religião cristã; A aproximação da cultura judaica e a filosofia grega; Alexandria como uma cidade cosmopolita (diferentes culturas); Em Alexandria as culturas convivem e se integram e há uma grande tolerância religiosa (sincretismo religioso). O primeiro representante significativo dessa tradição que se inicia é Fílon, para ele Deus cria o cosmos; Fílon abre caminho para a síntese (união) do cristianismo e filosofia grega. A difusão do cristianismo – São Paulo; A concepção de religião Universal; A concepção do helenismo: pois só havia uma língua comum; Havia uma cultura hegemônica. O cristianismo difundiu-se progressivamente ao longo do séc. I através de núcleos de fiéis, que surgiram nos principais centros urbanos, levando a missão de São Paulo; Havia uma liderança local (bispo), realização de leitura, rituais e práticas religiosas. O surgimento do termo “igreja”, a partir do grego ecclesia (assembléia, reunião de uma comunidade); Essas comunidades tinham diferentes formas de praticar a religião. As interpretações eram variadas, e com isso, iniciou-se um conflito, colocando a integridade do cristianismo como religião. Foi necessário o crescimento do cristianismo e sua consolidação; A filosofia grega teve importância fundamental nesse processo; Cristianismo, como doutrina ortodoxa (correta); O primeiro filósofo cristão, são Justino, foi o primeiro a se converter ao cristianismo, passando a considerá-lo como a “verdadeira filosofia” e a defender a idéia e a necessidade de uma filosofia cristã. Patrística – nome do período dos primeiros filósofos e teólogos que faziam apologias ou defesa do cristianismo e da doutrina da Igreja; Os primeiros representantes da Filosofia Cristã pertenciam a chamada Escola Neoplatônica Cristã de Alexandria. Se elabora e desenvolve-se inicialmente a síntese (união) entre o platonismo (filosofia) e os ensinamentos cristãos (teologia), e começa-se a formular o que virá a ser uma filosofia cristã; Destacam-se: Clemente de Alexandria (c.184 – 215), Orígenes (c.184 – 254). Para alguns filósofos, a filosofia grega é pagã, e portanto, alheia à mensagem cristã e seus métodos e discussões podem ser perniciosos; Esta será na realidade, uma questão que acompanhará todo pensamento medieval. Um foco permanente de tensão entre a teologia (fé) e sua união com a filosofia (razão), constituindo o que ficou conhecido por conflito entre razão e fé. Com isso pode-se dizer, que a filosofia perde bastante de seu espírito crítico inicial, porém, mesmo adotando-se tal posição, é inevitável que elementos do pensamento filosófico, acabem servindo de ponto de partida para que se questionem as verdades da relação e as interpretações teológicas. Nas discussões travadas nos Concílios, é possível encontrar um recurso frequente a elementos da filosofia grega em defesa de determinados pontos doutrinários na fixação do dogma e na condenação de heresias. Em síntese, a leitura que os primeiros pensadores cristãos fazem da filosofia grega é sempre altamente seletiva, tomando aquilo que consideram compatível com cristianismo enquanto religião revelada. CABRAL, João Francisco P., Cinismo-logosofia, uma nova forma de sentir e conceber a vida. Disponível em: http://www.brasilescola.com/filosofia/cinismo.htm Acesso em: 24 de Abril 2012. CORTEZ, Filosofia Helenística. Disponível em: http://filosofiacortez.blogspot.com.br/2012/04/filosofiah elenisca.html Acesso em: 24 de Abril 2012. REFERÊNCIAS: MÉRIDA,Alexandre, Antiguidade Grega- Educação. Disponível em: http://adirem72.blogspot.com.br/ Acesso em: 24 de Abril 2012. NEPHIS, O pensamento pedagógico romano. Disponível em: http://nephis.org.br/?p=89 Acesso em: 24 de Abril 2012. • OLIVIERI, Antonio Carlos, Estoicismo-indiferença, renúncia e apatia estóica. Disponível em:http://educacao.uol.com.br/filosofia/estoicismo- indiferenca-renuncia-e-apatia-estoica.jhtm Acesso em: 24 de Abril 2012. PORTO,Editora, 2003-2012, Cinismo Disponível em: http://www.infopedia.pt/$cinismo Acesso em: 24 de Abril 2012. SANABRIA, Epicurismo, estoicismo e Cinismo. Disponível em: http://sanfilosofia.wordpress.com/2011/09/23/epicurismo- estoicismo-e-cinismo/ Acesso em: 24 de Abril 2012.