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Marx e a autonomia da esfera econômica da vida social
Ricardo Abramovay – Introdução às Ciências Sociais – EAE 120 – 22/09/2010 
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Atualidade e herança de Marx
Regimes de economia centralmente planificada; movimento operário; luta de classes (proletariado e burguesia) =>
Conflitos sociais contemporâneos são muito diferentes do que predominaram desde o Século XIX até a queda do Muro de Berlim.
Mesmo os mercados são diferentes (meu artigo Valor)
=> Por que Marx?
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Marx e a autonomia da esfera econômica
Tese central: há duas dimensões de Marx especialmente importantes para introdução às ciências sociais:
a) Recusa da autonomia da esfera econômica. Ele não se define como economista. Ciência burguesa.
b) Mercado é a superfície, produz ilusão na consciência dos agentes. Emancipação humana => supressão do mercado.
=> Sociedade burguesa é a que faz a magia, o feitiço de que a desigualdade APAREÇA como igualdade.
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1. Marx e a autonomia da esfera econômica
Mill: a economia se torna uma esfera autônoma da vida social =>
a) mecanismo neutro, impessoal e automático (Smith, Ricardo). 
b) ciência específica de caráter dedutivo (John St. Mill).
Porém, autonomia da esfera econômica é ilusão (mais que erro): 
a) miséria, anarquia da produção e crises.
b) inconsciência onde a produção domina a sociedade e não a sociedade a produção. 
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2. Origens intelectuais e filosóficas
1. Individualismo britânico
a) Crítica à explicação do valor pelo equilíbrio entre oferta e procura já está em Smith e Ricardo.
b) Se as trocas são entre iguais (individualismo) como é possível que delas surja a desigualdade? Livro I d’O Capital: teoria da exploração e da acumulação capitalista: de onde vem o lucro?
c) Fábula das Abelhas de Mandeville: vícios privados, virtudes públicas.
d) Equilíbrio ou anarquia da produção?
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2. Origens intelectuais e filosóficas
2. Tradição rousseauista
a) Utopia social (contrato) baseada na igualdade entre os homens e na participação direta.
b) Falta de fundamento científico da utopia social => necessidade de uma teoria do Estado.
c) O importante nesta tradição é a participação direta dos cidadãos nos negócios públicos e o papel da vontade coletiva no destino político.
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2. Origens intelectuais e filosóficas
3. Tradição hegeliana
a) igualdade dos britânicos e a liberdade de Rousseau são ilusórias nas condições da sociedade burguesa: trocas entre indivíduos é aparência => classes sociais.
b) A essência da vida social é o trabalho. Só que esta essência não se manifesta enquanto tal.
c) Esta essência (o trabalho) não é uma pura categoria intelectual. Ela é a atividade do trabalhador. O sujeito se revela de maneira travestida: contradição entre essência e aparência.
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2. Origens intelectuais e filosóficas
d) Teoria da alienação: os homens distanciam-se do que fazem, na sociedade burguesa. Noção de estranhamento recíproco.
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3. Marx cindido?
a) O cientista e o revolucionário.
b) Faz parte do método de Marx associar organicamente a dimensão cognitiva à dimensão emancipatória da atividade intelectual.
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