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PUTNAM, jogos de 2 níveis>> 
Tenta entender como diplomacia e política doméstica interagem. O link entre doméstico e 
int’l é o negociador. O negociador faz a ponte entre os 2 tabuleiros (externo, interno) e lida 
com: 
- externo: outros estados; diplomatas e conselheiros o ajudam 
- interno: partidos, legislativo, grupos de interesse burocracias, agências do governo 
No externo, quer minimizar problemas no int’l e satisfazer grupos internos; no interno, lida 
com as pressões de grupos dentro ou fora do governo. As negociações internacionais são um 
resultado do jogo de forças nestes 2 tabuleiros. 
Acordos são negociados no externo e ratificados (ou não) no interno; win-sets são posições 
negociadoras no externo, a partir do que é possível no interno. 
- Win-set amplo: gde chance de acordo, poder de barganha baixo 
- Win-set estreito: peq chance de acordo, poder de barganha alto 
Para que saia um acordo, DEVE HAVER INTERSEÇÃO ENTRE OS WIN-SETS. Para o acordo ser 
considerado de fato, não pode haver emendas. 
- Deserção voluntária: país larga as negociações – raro. 
- Deserção involuntária: país não consegue ratificar o acordo – emenda é deserção inv. 
Tamanho do win-set depende da distribuição de poder no interno, forças isolacionaistas VS. 
Forças internacionalistas. Quanto menor o custo do “sem acordo”, menor o win-set; 
Tamanho do win-set depende das instituições no interno: autonomia do negociador, respaldo, 
ingerência do executivo, características do processo de ratificação; 
Tamanho do win-set depende das preferências e da estratégia do negociador. Como a falta de 
info sobre o outro lado é natural, estratégia é muito importante. 
 
MILNER, jogos de 2 níveis II>> 
3 variáveis independentes na cooperação: preferências políticas, instituições domésticas e 
distribuição da informação. Coop é atingida quando atores ajustam seu comportamento às 
preferências dos outros através da coordenação política. 
SI é uma POLIARQUIA com alguns estados predominantes. Atores de preferências variadas 
compartilham poder – preferências variam de acordo com issue area. 
Governo dividido: menos provável Coop int’l, melhor fica o legislativo 
Governo unificado: + comum em sistemas políticos com predominância de 2 partidos 
Benefícios da cooperação internacional superam os custos. Instituições importam, mas as 
preferências circunscrevem o nível no qual as instituições podem produzir variações nos 
resultados. 
Logo: Qto menores as diferenças de preferências, qto + igualmente distribuída estiver a 
informação e qto + instituições dispersarem em poder  mais o sistema é poliárquico. 
 
a) Se executivo compartilha poder de formulação de decisão o Legislativo, mas os dois têm 
preferências distintas cooperação menos provável 
 
b) Quanto + dividido o governo, menos provável é a cooperação, maior probabilidade de 
falha na ratificação e maior a influência do Legislativo sobre os termos do acordo 
 
c) Quanto maior assimetria de info, mais provável falha na ratificação. Porém acordo vai 
refletir + as preferências do Executivo; 
 
d) situação de informação assimétrica: Assimetria de informação tende a favorecer o 
executivo. Sob certas condições, informação incompleta não é prejudicial para a 
cooperação. Na presença de endorsers (grupos de interesse bem informados), 
informação assimétrica pode ampliar a probabilidade de cooperação. 
 
Divisões internas podem criar vantagens de barganha. Legislativo pode tornar a cooperação 
menos provável e tornar acordos mais favoráveis a ele. Ao contrário do que diz o Realismo, 
nem sempre o Executivo é aquele que prevalece. Para Milner, grupos domésticos 
compartilham poder. 
 
 
KEOHANE, neo-institucionalismo>> 
 
Idéias (crenças mantidas pelos indivíduos) influenciam a política quando princípios e / ou 
crenças causais: 
a) Oferecem mapas que ampliam a clareza dos atores sobre objetivos ou sobre a relação 
entre meios e fins; 
b) Afetam resultados de situações estratégicas em que não há um único equilíbrio; 
c) Estão incorporadas em instituições políticas. Porém, instituições constrangem ascensão das 
ideias – ideias são geralmente o elo + fraco nessa dinâmica. 
 
Ideias não criam o cenário, mas o influenciam e consolidam. Até certo ponto, elas suprem a 
falta de info inerente ao ator político. 
 
Tanto idéias como interesses têm peso causal nas explicações das ações humanas; 
racionalismo é ponto de partida, mas a existência de anomalias empíricas pode ser resolvida 
quando idéias são levadas em consideração; acreditam que idéias podem e devem ser 
examinadas empiricamente; enfocam o impacto de crenças dos indivíduos sobre o mundo 
que tenham implicações para a ação humana. Não procuram explicar as fontes dessas idéias, 
mas sim os seus efeitos. 
 
Tipos de crença: 
Visões de mundo: afetam a vida social de múltiplas formas e ao longo do tempo. (ex: religiões, 
concepções de soberania (Paz de Vestfália); 
Princípios: idéias normativas que especificam critérios para distinção entre certo e 
errado (por exemplo, “escravidão é errado”). 
Crenças causais: Relações causa-efeito, as + ligadas à realidade mas que não necessariamente 
afetam ideias ou valores. 
Mudanças políticas podem ser influenciadas pelas idéias tanto porque novas idéias emergem 
como porque ocorrem mudanças nas condições subjacentes afetando o impacto das idéias 
existentes; mudanças nas condições subjacentes, em vez de mudanças nas idéias 
propriamente ditas, podem alterar o impacto das idéias na política. Idéias em geral se tornam 
mais eficazes politicamente apenas em conjunção com outras mudanças; mudanças nas idéias 
podem não levar imediatamente a uma alteração na política; mudanças nas idéias são 
freqüentemente sentidas somente depois que o consenso político pré-existente numa área 
temática é desestabilizado. 
 
 
JEFFERSON, KATZENSTEIN, construtivismo moderado>> 
 
Estrutura: cultura e instituições, sob a forma de normas; Normas: expectativas coletivas 
sobre comportamento apropriado; Efeito constitutivo: afetam formação e identidade dos 
atores (Estados); Efeito regulatório: prescrevem e regulam comportamento dos atores; 
Identidade: concepções do “Eu” (individualidade/diferença) e do “Outro”, mutuamente 
construídas. 
MODELO É ESSE. ELE funciona da seguinte maneira: 
1. Estrutura/ambiente SHAPE política externa, por meio das normas 
2. Estrutura/ambiente SHAPE identidade do Estado, por meio das normas 
3. Identidade do estado AFETA sua própria política externa 
4. Identidade do estado AFETA estrturas normativas internacionais, por exemplo, 
mudando regimes de segurança internacional. 
5. Política externa REPRODUZ e RECONSTROI, ao mesmo tempo, Estrtura/ambiente. 
 
Cultural environment - 3 camadas no ambiente cultural internacional: 
- instituições formais ou regimes 
- cultura política mundial: soberania, direito internacional, normas, etc. 
- Padrões internacionais de amizade e inimizade 
 
Querem mostrar que relação entre Estado e estrutura internacional é de mão dupla, “two-
sided”, e que a identidade do Estado é moldada pela estrutura. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1. Exemplos de cultura: A CULTURA HOBBESIANA 
 
- Papéis assumidos pelo “Eu”/”Outro”: inimigos; 
- Atores não reconhecem o direito à existência do Outro; 
- Violência é endêmica: “matar ou morrer” 
 
A CULTURA KANTIANA 
 
-Papéis do Eu/Outro: amigos 
- Renúncia à violência – conflitos são resolvidos de forma pacífica; 
- Ameaça à segurança de um configura ameaça a todos; 
- Diluição da distinção Eu/Outro – formação de identidades coletivas. 
A CULTURA LOCKEANA 
 
- Papéis do Eu/Outro: rivais 
-Reconhecimento da soberania do Outro; 
-Auto-restrição; 
- Violência epidêmica: “viver e deixar viver” 
 
ONUF, Construtivismo>> 
Agentes, regras
e instituições: 
REGRAS sociais são o que fazem o processo pelo qual pessoas e sociedade se constituem de 
forma recíproca e contínua. É uma via de mão dupla; 
Você só se torna AGENTE num contexto social, e você age num contexto social para alcançar 
objetivos. Mas você faz isso com informação limitada sobre as condições que afetam o alcance 
destes objetivos. Logo, a conduta racional de um agente é sempre limitada; 
INSTITUIÇÕES são padrões de regras e práticas relacionadas que formam um padrão de 
comportamento estável (mas nunca fixo) que se encaixa nas intenções dos agentes. Mas as 
características destas mudam coletivamente. 
A anarquia as it is é um conjunto de regras acordadas por seus participantes, e alguns 
participantes ficam em vantagem porque o sistema (criado em parte por eles mesmos) os 
favorece. Assim como aqueles que estão em desvantagem também ajudaram a criar e manter 
o sistema dessa forma. As consequências de seus atos podem não ser as pretendidas por eles, 
mas ao agir dentro do sistema (do qual não há como escapar) eles o confirmam como é. Ao 
agir de forma a querer mudá-lo, portanto, eles podem mudá-lo. 
Acting in the world means acting on the world. O que faz mexe e muda o ambiente onde você 
está, e as consequências dessa mudança mexem na sua vida e mudam suas expectativas e 
logo, suas atitudes. Agentes sozinhos nunca têm autonomia, mas agentes em conjunto nunca 
têm independência. Quase tudo pode ser feito – mas tudo carrega consigo uma conseqüência. 
Regras VS. Convenções: Regras dizem o que deve ser feito. Convenções apenas lembram o 
que geralmente é feito; Regras são criadas para INSTRUÇÃO, DIREÇÃO E COMPROMISSO. 
Regras geram regras que corroboram as regras criadoras ao mesmo tempo que geram novas 
regras; REGRAS DE INSTRUÇÃO: redes de regras e práticas; REGRAS DIREÇÃO: organizações; 
REGRAS COMPROMISSO: associações 
O ciclo construtivista: 
Rules form institutions, institutions form societies, societies form rules. Sociedade é uma 
instituição complexa na qual muitas outras instituições relacionadas são fundadas. 
Regras formais não institucionalizadas: REGIMES 
 
Enviado por Alan Mota 
IRischool 2011.2

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