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1 Gabarito Lista 4 de Matema´tica para Administrac¸a˜o (MAC 119) Professor: Daniel Souza Exerc´ıcio 1. Para cada umas das func¸o˜es abaixo determine o maior con- junto onde a func¸a˜o esta´ bem definida, estude o crescimento de f , encontre, se existirem, seus pontos cr´ıticos, os pontos de inflexa˜o e as ass´ıntotas ver- ticais e horizontais a seu gra´fico. Feito isso, esboce seu gra´fico. (a) f(x) = x+1x−2 . Como x − 2 = 0 se e so´ se, x = 2, temos que o maior conjunto onde f esta´ bem definida e´ R\ {2}. Para todo x ∈ R\ {2}, temos que f ′(x) = − 3 (x−2)2 . Assim, f ′(x) < 0 para todo x ∈ R\ {2} e, portanto, f e´ decrescente em todo o seu domı´nio. Como f ′(x) existe e f ′(x) < 0 para todo x ∈ R\ {2}, temos que f na˜o possui pontos cr´ıticos e, portanto, na˜o possui ma´ximos e mı´nimos locais. Temos que f ′′(x) = 6 (x−2)3 . Assim, f ′′(x) < 0 para todo x ∈ (−∞, 2) e f ′′(x) > 0 para todo x ∈ (2,+∞). Logo, o gra´fico de f possui concavidade para baixo em (−∞, 2) e possui concavidade para cima em (2,+∞). Apesar de o gra´fico de f mudar de concavidade na˜o ha´ ponto no gra´fico onde isso ocorre e, portanto, o gra´fico de f na˜o possui ponto de inflexa˜o. Temos tambe´m que lim x→−∞ x+ 1 x− 2 = limx→−∞ x ( 1 + 1x ) x ( 1− 2x ) = 1 e lim x→+∞ x+ 1 x− 2 = lim x→+∞ x ( 1 + 1x ) x ( 1− 2x ) = 1. Assim, a reta y = 1 e´ ass´ıntota horizontal ao gra´fico de f . Como f e´ cont´ınua em R\ {2}, temos que a u´nica reta que pode ser ass´ıntota vertical ao gra´fico de f e´ a reta x = 2. Vejamos se esta reta e´ mesmo uma ass´ıntota. De fato, lim x→2− x+ 1 x− 2 = −∞ e limx→2+ x+ 1 x− 2 = +∞. Assim, a reta x = 2 e´ ass´ıntota vertical ao gra´fico de f . 2 (b) f(x) = 1x−1 . Como x − 1 = 0 se e so´ se, x = 1, temos que o maior conjunto onde f esta´ bem definida e´ R\ {1}. Para todo x ∈ R\ {1}, temos que f ′(x) = − 1 (x−1)2 . Assim, f ′(x) < 0 para todo x ∈ R\ {1} e, portanto, f e´ decrescente em todo o seu domı´nio. Como f ′(x) existe e f ′(x) < 0 para todo x ∈ R\ {1}, temos que f na˜o possui pontos cr´ıticos e, portanto, na˜o possui ma´ximos e mı´nimos locais. Temos que f ′′(x) = − 2 (x−1)3 . Assim, f ′′(x) > 0 para todo x ∈ (−∞, 1) e f ′′(x) < 0 para todo x ∈ (1,+∞). Logo, o gra´fico de f possui concavidade para cima em (−∞, 2) e possui concavidade para baixo em (2,+∞). Apesar de o gra´fico de f mudar de concavidade na˜o ha´ ponto no gra´fico onde isso ocorre e, portanto, o gra´fico de f na˜o possui ponto de inflexa˜o. Temos tambe´m que lim x→−∞ 1 x− 1 = 0 e limx→+∞ 1 x− 1 = 0. Assim, a reta y = 0 e´ ass´ıntota horizontal ao gra´fico de f . Como f e´ cont´ınua em R\ {1}, temos que a u´nica reta que pode ser ass´ıntota vertical ao gra´fico de f e´ a reta x = 1. Vejamos se esta reta e´ mesmo uma ass´ıntota. De fato, lim x→1− 1 x− 1 = −∞ e limx→1+ 1 x− 1 = +∞. Assim, a reta x = 1 e´ ass´ıntota vertical ao gra´fico de f . 3 (c) f(x) = x (x+1)2 . Como (x+1)2 = 0 se e so´ se, x = −1, temos que o maior conjunto onde f esta´ bem definida e´ R\ {−1}. Para todo x ∈ R\ {−1}, temos que f ′(x) = 1−x (x+1)3 . Assim, f ′(x) < 0 para todo x ∈ (−∞,−1)∪ (1,+∞), f ′(x) > 0 para todo x ∈ (−1, 1) e f ′(1) = 0 e, portanto, f e´ decrescente em (−∞,−1) ∪ [1,+∞) e f e´ crescente em x ∈ (−1, 1] o que implica que ( 1, 14 ) e´ um ponto de ma´ximo local; mais ainda, como f ′(x) existe para todo x ∈ R\ {1}, temos que 1 e´ o u´nico valor cr´ıtico de f . Assim, ( 1, 14 ) e´ ponto de ma´ximo global de f . Temos que f ′′(x) = 2x−4 (x+1)4 para todo x ∈ R\ {−1}. Logo, f ′′(x) < 0 se x ∈ (−∞, 2) \ {−1} e f ′′(x) > 0 se x ∈ (2,+∞) o que implica que (2, 29) e´ o u´nico ponto de inflexa˜o do gra´fico de f . Temos tambe´m que lim x→−∞ x (x+ 1)2 = lim x→−∞ x x2 + 2x+ 1 = lim x→−∞ x x ( x+ 2 + 1x ) = lim x→−∞ 1 x+ 2 + 1x = 0 e lim x→+∞ x (x+ 1)2 = lim x→+∞ x x2 + 2x+ 1 = lim x→+∞ x x ( x+ 2 + 1x ) = lim x→+∞ 1 x+ 2 + 1x = 0. Assim, a reta y = 0 e´ ass´ıntota horizontal ao gra´fico de f . Como f e´ cont´ınua em R\ {−1}, temos que a u´nica reta que pode ser ass´ıntota vertical ao gra´fico de f e´ a reta x = −1. Vejamos se esta reta e´ mesmo uma ass´ıntota. De fato, lim x→−1− x (x+ 1)2 = −∞ e lim x→−1+ x (x+ 1)2 = −∞. Assim, a reta x = −1 e´ ass´ıntota vertical ao gra´fico de f . 4 (d) f(x) = (x + 3)3. Temos que f e´ um polinoˆmio o que implica que f esta´ bem definida para todo x ∈ R. Temos que f ′(x) = 3(x+ 3)2 para todo x ∈ R. Assim, f ′(x) > 0 para todo x ∈ R\ {−3} e f ′(−3) = 0 e, portanto, f e´ crescente em R, mais ainda, como f ′(x) existe para todo x ∈ R, temos que −3 e´ o u´nico valor cr´ıtico de f . Como f e´ crescente em R, temos que f na˜o possui ma´ximos e mı´nimos locais. Temos que f ′′(x) = 6(x + 3) para todo x ∈ R. Assim, f ′′(x) < 0 para todo x ∈ (−∞,−3) e f ′′(x) > 0 para todo x ∈ (−3,+∞). Logo, o gra´fico de f possui concavidade para baixo em (−∞,−3) e possui concavidade para cima em (−3,+∞); o que implica que (−3, 0) e´ o u´nico ponto de inflexa˜o do gra´fico de f . Temos tambe´m que lim x→−∞(x + 3) 3 = −∞, lim x→+∞(x + 3) 3 = +∞ o que implica que na˜o existem ass´ıntotas horizontais ao gra´fico de f . Como f e´ cont´ınua em R, na˜o existem ass´ıntotas verticais ao gra´fico de f . (e) f(x) = 2x x2+1 . Como x2+1 6= 0 para todo x ∈ R, temos que o maior con- junto onde f esta´ bem definida e´ R. Para todo x ∈ R\ {2}, temos que f ′(x) = −2x 2+2 (x2+1)2 . Assim, f ′(x) < 0 para todo x ∈ (−∞,−1) ∪ (1,+∞), 5 f ′(x) > 0 para todo x ∈ (−1, 1), f ′(−1) = 0 e f ′(1) = 0 e, por- tanto, f e´ decrescente em x ∈ (−∞,−1] ∪ [1,+∞) e f e´ crescente em x ∈ [−1, 1] o que implica que (−1,−1) e´ um ponto de mı´nimo local de f e (1, 1) e´ um ponto de ma´ximo local de f ; mais ainda, como f ′(x) existe para todo x ∈ R, temos que −1 e 1 sa˜o os u´nicos valores cr´ıticos de f . Assim, (−1,−1) e´ ponto de mı´nimo global de f e (1, 1) e´ ponto de ma´ximo global de f . Temos que f ′′(x) = 4x(x 2−3) (x2+1)3 . As- sim, f ′′(x) < 0 para todo x ∈ (−∞,−√3) ∪ (0,√3) e f ′′(x) > 0 para todo x ∈ (−√3, 0) ∪ (√3,+∞). Logo, f possui concavidade para baixo em (−∞,−√3) ∪ (0,√3) e possui concavidade para cima em (−√3, 0) ∪ (√3,+∞) o que implica que (−√3,−√32 ), (0, 0) e(√ 3, √ 3 2 ) sa˜o os u´nicos pontos de inflexa˜o do gra´fico de f . Temos tambe´m que lim x→−∞ 2x x2 + 1 = lim x→−∞ 2x x ( x+ 1x ) = lim x→−∞ 2 x+ 1x = 0 e lim x→+∞ 2x x2 + 1 = lim x→+∞ 2x x ( x+ 1x ) = lim x→+∞ 2 x+ 1x = 0. Assim, a reta y = 0 e´ ass´ıntota horizontal ao gra´fico de f . Como f e´ cont´ınua em R, na˜o existem ass´ıntotas verticais ao gra´fico de f . (f) f(x) = x2 + 7x + 9. Temos que f e´ um polinoˆmio o que implica que f esta´ bem definida para todo x ∈ R. Temos que f ′(x) = 2x+7 para todo x ∈ R. Assim, f ′(x) < 0 para todo x ∈ (−∞,−72) e f ′(x) > 0 para todo x ∈ (−72 ,+∞) e, portanto, f e´ decrescente (−∞,−72] e crescente em [−72 ,+∞). Como f ′(x) existe para todo x ∈ R e f ′(x) = 0 se e so´ se x = −72 , temos que o u´nico valor cr´ıtico de f e´ −72 . Como f e´ decrescente (−∞,−72] e crescente em [−72 ,+∞) temos que x = −72 e x e´ o u´nico valor cr´ıtico de f , temos que f e´ um valor de mı´nimo global de f . Temos que f ′′(x) = 2 para todo x ∈ R. Assim, f ′′(x) > 0 6 para todo x ∈ R e, portanto, o gra´fico de f tem concavidade para cima em R o que implica que f na˜o possui pontos de inflexa˜o. Temos que lim x→−∞x 2 + 7x+ 9 = +∞ e lim x→+∞x 2 + 7x+ 9 = +∞, o que implica que na˜o existem ass´ıntotas horizontais ao gra´fico de f . Como f e´ cont´ınua em R, na˜o existem ass´ıntotas verticais ao gra´fico de f . Exerc´ıcio 2. Mostre que a equac¸a˜o ex = sen x − 4x possui uma u´nica soluc¸a˜o no intervalo [−1, 0]. Seja f : R→ R dada por f(x) = ex− sen x+4x. Temos que f e´ cont´ınua e, portanto, f e´ cont´ınua no intervalo [−1, 0]. Tambe´m f(0) = e0−sen 0+4·0 = 1 e f(−1) = e−1 − sen(−1) + 4 · (−1) = 1e + sen 1− 4. Mas, como 2 < e e sen 1 ≤ 1, temos que 1e + sen 1 − 4 < 12 + 1 − 4 = −52 . Assim, f(−1) < 0 e f(0) > 0. Da´ı, pelo teorema do valor intermedia´rio existe c ∈ (−1, 0) tal que f(c) = 0; logo, a equac¸a˜o ex = sen x − 4x possui soluc¸a˜o no intervalo [−1, 0]. Vamos mostrar que a soluc¸a˜o e´ u´nica. De fato, f e´ deriva´vel com f ′(x) = ex − cosx + 4 para todo x ∈ R. Da´ı, como ex > 0 e cosx ≤ 1 para todo x ∈ R, temos que ex − cosx + 4 > 0 − 1 + 4 = 3 para todo x ∈ R. Logo, f ′(x) > 0 para todo x ∈ R. Assim, f e´ crescente em R; em particular, f e´ crescente em (−1, 0). Da´ı, e´ u´nico o nu´mero real c ∈ (−1, 0) tal que f(c) = 0. Como f(−1) < 0 e f(0) > 0, temos que e´ u´nico o nu´mero real c ∈ [−1, 0] tal f(c) = 0. Assim, a equac¸a˜o ex = sen x−4x possui uma u´nica soluc¸a˜o no intervalo [−1, 0]. Exerc´ıcio 3. Um recipiente cil´ındrico, aberto em cima, deve ter a capaci- dade de 375pi cm3. O custo do material usado para a base do recipiente e´ de 0, 15 reais por cm2 e o custo do material usado na lateral e´ de 0, 05 por cm2. Se na˜o ha´ perda de material, determine as dimenso˜es que minimizam o custo do material para constru´ı-lo. 7 Soluc¸a˜o: Seja r o raio da base do recipiente e h a altura do recipiente. Temos que o volume do cilindro e´ dado por pir2h. Mas, como queremos construir um cilindro de volume 375pi cm3, temos que ter pir2h = 375pi; logo, h = 375 r2 . A a´rea da base do recipiente em func¸a˜o de r e´ dada por pir2 e a a´rea lateral do recipiente em func¸a˜o de r e h e´ dada por 2pirh. Assim, a a´rea lateral do recipiente em func¸a˜o de r e´ 750pir . Logo, o custo total do cilindro em func¸a˜o de r e´ determinado pela func¸a˜o C : (0,+∞) → R dada por C(r) = 0, 15pir2 + 75pi2r . Nosso objetivo e´ minimizar a func¸a˜o C. Primei- ramente, notemos que C e´ deriva´vel com C ′(r) = 0, 3pir− 75pi 2r2 . Assim, para encontrar os valores cr´ıticos de C basta resolver a equac¸a˜o C ′(r) = 0. Mas a u´nica soluc¸a˜o real de 0, 3pir− 75pi 2r2 = 0 e´ 5. Logo, o u´nico valor cr´ıtico de C e´ 5. Temos tambe´m que C ′(r) < 0 se r ∈ (0, 5) e C ′(r) > 0 se r ∈ (5,+∞). Assim, C e´ decrescente em ∈ (0, 5] e C e´ crescente em [5,+∞); o que im- plica que 5 um valor de mı´nimo global de C. Assim, tomando o raio da base do recipiente igual a 5 cm e sua altura igual a 13 cm minimizamos o custo do material. Exerc´ıcio 4. Um departamento de estradas de rodagem esta´ planejando fazer uma a´rea de descanso para motoristas a` beira de uma rodovia movi- mentada. O terreno deve ser retangular, com uma a´rea de 5.000 m2 e deve ser cercado nos treˆs lados que na˜o da˜o para a rodovia. Qual o menor com- primento da cerca necessa´ria para a obra? Soluc¸a˜o: Sejam x e y os comprimentos do lados do terreno retangular dados em metros onde x e´ o comprimento do lado que da´ para a rodovia. Temos que a a´rea do terreno e´ dada por xy e como queremos que esta tenha 5.000 m2, devemos ter xy = 5.000. Assim, devemos ter y = 5.000x . Como a cerca deve cercar apenas os lados que na˜o da˜o para a estrada, temos que o com- primento da cerca e´ dado por x+ 2y = x+ 10.000x . Assim, o comprimento da cerca em func¸a˜o de x e´ determinado pela func¸a˜o C : (0,+∞)→ R dada por C(x) = x+ 10.000x . Nosso objetivo e´ minimizar a func¸a˜o C. Primeiramente, notemos que C e´ deriva´vel com C ′(x) = 1 − 10.000 x2 . Assim, para encontrar os valores cr´ıticos de C basta resolver a equac¸a˜o C ′(x) = 0. Mas as u´nicas soluc¸o˜es reais de 1− 10.000 x2 sa˜o −100 e 100. Como o domı´nio de C e´ (0,+∞), temos que o u´nico valor cr´ıtico de C e´ 100. Temos tambe´m que C ′(x) < 0 para todo x ∈ (0, 100) e C ′(x) > 0 para todo x ∈ (100,+∞). Assim, C e´ decrescente em ∈ (0, 100] e C e´ crescente em [100,+∞); o que implica que 100 e´ um valor de mı´nimo global de C. Assim, o menor comprimento da cerca necessa´ria para a obra e´ C(100) = 100 + 10.000100 = 200 m. Exerc´ıcio 5. Uma rede de a´gua pota´vel ligara´ uma central de abastecimento situada a` margem de um rio de 500 m de largura a um conjunto habitacional situado na outra margem do rio, 2.000 m a oeste da central. O custo da obra 8 atrave´s do rio e´ de 640 reais por metro, enquanto que por terra custa 312 reais por metro. Qual e´ a forma mais econoˆmica de se instalar a rede de a´gua pota´vel? Primeiramente vamos descobrir a func¸a˜o que descreve o custo total da ins- talac¸a˜o da rede. Seja P o primeiro ponto localizado na margem do rio onde se encontra o conjunto habitacional por onde passara´ a rede de a´gua. Seja x a distaˆncia do ponto P ao ponto que se encontra em frente a` central de abastecimento pore´m na margem oposta. Temos que a distaˆncia entre P e a fa´brica e´ de 2.000 − x m e pelo teorema de pita´goras a distaˆncia en- tre o ponto P e a fa´brica e´ de √ x2 + 5002 m. Como a instalac¸a˜o da rede de a´gua da central de abastecimento ate´ P se dara´ no rio e instalac¸a˜o da rede de a´gua de P ate´ a fa´brica se dara´ em terra, temos que o custo total C(x) para a instalac¸a˜o da rede de a´gua e´ 640 √ x2 + 5002 + 312(2.000 − x). Temos que x ≥ 0 e 2.000 − x ≥ 0 por serem ambas medidas de distaˆncia. Assim, 0 ≤ x ≤ 2.000. Logo, a func¸a˜o que da´ o custo em func¸a˜o de x e´ C : [0, 2.000] → R dada por C(x) = 640√x2 + 5002 − 312x + 624.000. Como a func¸a˜o C e´ cont´ınua no intervalo fechado [0, 2.000], temos por re- sultado ja´ visto que existe x0 ∈ [0, 2.000] tal que C(x0) ≤ C(x) para todo x ∈ [0, 2.000]. Assim, nossa func¸a˜o possui um mı´nimo global. Vamos enta˜o encontra´-lo. Como a func¸a˜o C e´ deriva´vel em (0, 2.000), vamos encontrar os pontos cr´ıticos de C neste intervalo. Temos que C ′(x) = 640x√ x2+5002 − 312 para todo x ∈ (0, 2.000). Mas, o u´nico valor x ∈ (0, 2.000) onde C ′(x) = 0 e´ x = 19.500√ 4.879 . Temos tambe´m que C ′(x) = 640x√ x2+5002 − 312 e´ uma func¸a˜o de- riva´vel em (0, 2.000) com C ′′(x) = 640·500 2 (x2+5002) 3 2 . Assim, C ′′(x) > 0 para todo x ∈ (0, 2.000), em particular, C ′′ ( 19.500√ 4.879 ) > 0. Logo, temos que x = 19.500√ 4.879 e´ um valor de mı´nimo local de C e mais ainda, e´ o u´nico mı´nimo local no intervalo (0, 2.000). Tambe´m, C ( 19.500√ 4.879 ) ∼= 903.400, C(0) = 944.000 e C(2.000) ∼= 1.319.393, 8. Assim, C ( 19.500√ 4.879 ) < C(0) < C(2.000). Logo, a forma mais econoˆmica de se instalar a rede de a´gua pota´vel e´ instalar 19.500√ 4.879 m por terra e √ 19.5002 4.879 + 500 2 m pelo rio. Exerc´ıcio 6. O custo total C para fazer x unidades de um certo artigo e´ dado por C(x) = 0, 005x3 + 0, 45x2 + 12, 75x reais. Todas as unidades feitas sa˜o vendidas a 36, 75 reais por unidade. Determine o nu´mero de unidades que devem ser feitas de modo a obter o lucro ma´ximo. Como todas as unidades feitas sa˜o vendidas, temos que a receita em func¸a˜o do nu´mero x de unidades vendidas e´ R(x) = 36, 75x; assim, o lucro em func¸a˜o de x e´ a func¸a˜o L : [0,+∞) dada por L(x) = R(x) − C(x) = 9 36, 75x− (0, 005x3 + 0, 45x2 + 12, 75x) = −0, 005x3 − 0, 45x2 + 24x. Temos que L e´ deriva´vel no intervalo (0,+∞) com L′(x) = −0, 015x2 − 0, 9x+ 24. O u´nico valor no intervalo (0,+∞) tal que L′(x) = 0 e´ 20. Temos tambe´m que L′(x) > 0 para todo x ∈ (0, 20) e L′(x) < 0 para todo x ∈ (20,+∞). Assim, L e´ crescente no intervalo (0, 20] e decrescente no intervalo [20,+∞) o que implica que 20 e´ um valor de ma´ximo local de L no intervalo (0,+∞); mais ainda, 20 e´ o u´nico ma´ximo local nesse intervalo. Como L(0) = 0 e L(20) = 260, temos que o nu´mero de unidades que devem ser feitas de modo a obter o lucro ma´ximo e´ 20. Exerc´ıcio 7. Use as regras de L’Hospital para calcular os limites abaixo. (a) lim x→0 e5x − 1 3x . Temos que f(x) = e5x − 1 e g(x) = 3x sa˜o deriva´veis com lim x→0 f(x) = 0 = lim x→0 g(x), g′(x) = 3 6= 0 para todo x ∈ R e lim x→0 f ′(x) g′(x) = lim x→0 5e5x 3 = 5 3 . Logo, lim x→0 e5x − 1 3x = 5 3 . (b) lim x→+∞ x2 + 4 8x . Temos que f(x) = x2 + 4 e g(x) = 8x sa˜o deriva´veis com lim x→+∞ f(x) = +∞ = limx→+∞ g(x), g ′(x) = (log 8)8x 6= 0 para todo x ∈ R e lim x→+∞ f ′(x) g′(x) = lim x→+∞ 2x (log 8)8x . Como f ′(x) = 2x e g′(x) = (log 8)8x sa˜o deriva´veis com lim x→+∞ f ′(x) = +∞ = lim x→+∞ g ′(x), g′′(x) = (log 8)28x 6= 0 para todo x ∈ R e lim x→+∞ f ′′(x) g′′(x) = lim x→+∞ 2 (log 8)28x = 0, temos que lim x→+∞ 2x (log 8)8x = 0. Assim, lim x→+∞ x2 + 4 8x = 0. (c) lim x→pi 2 1− sen x 1 + cos(2x) . Temos que f(x) = 1 − sen x e g(x) = 1 + cos(2x) sa˜o deriva´veis em (0, pi) \{pi2} com limx→pi 2 f(x) = 0 = lim x→pi 2 g(x), g′(x) = −2sen(2x) 6= 0 para todo (0, pi) \{pi2}. Da´ı, limx→pi 2 f ′(x) g′(x) = lim x→pi 2 − cosx −2sen(2x) = lim x→pi 2 cosx 4sen x cosx = lim x→pi 2 1 4sen x = 1 4 . Logo, lim x→pi 2 1− sen x 1 + cos(2x) = 1 4 . (d) lim x→+∞ ex + x2 ex − x . Temos que f(x) = e x+x2 e g(x) = ex−x sa˜o deriva´veis e lim x→+∞ f(x) = +∞. Vamos mostrar agora que limx→+∞ g(x) = +∞. De fato, ja´ vimos que lim x→+∞ x ex = 0. Logo, lim x→+∞ 1 − x ex = 1 e, por- tanto, lim x→+∞ g(x) = limx→+∞ e x − x = lim x→+∞ ( 1− x ex ) ex = +∞. Te- 10 mos que g′(x) = ex − 1 6= 0 para todo x ∈ R\ {0} e lim x→+∞ f ′(x) g′(x) = lim x→+∞ ex + 2x ex − 1 . Como f ′(x) = ex + 2x e g′(x) = ex − 1 sa˜o de- riva´veis com g′′(x) = ex 6= 0 para todo x ∈ R, ′ lim x→+∞ f(x) = +∞ = lim x→+∞ g ′(x) e lim x→+∞ f ′′(x) g′′(x) = lim x→+∞ ex + 2 ex = lim x→+∞ 1 + 2 ex = 1, temos que lim x→+∞ ex + 2x ex − 1 = 1. Assim, limx→+∞ ex + x2 ex − x = 1. (e) lim x→1 x3 − 1 4x3 − x− 3 . Temos que f(x) = x 3 − 1 e g(x) = 4x3 − x − 3 sa˜o deriva´veis com lim x→1 f(x) = 0 = lim x→1 g(x), g′(x) = 12x2 − 1 6= 0 para todo x ∈ (12 , 32) e limx→1 f ′(x)g′(x) = limx→1 3x212x2 − 1 = 311 . Assim, lim x→1 x3 − 1 4x3 − x− 3 = 3 11 . (f) lim x→0+ ( 1 x − 1√ x ) = lim x→0+ (√ x− x x √ x ) . Temos que f(x) = √ x − x e g(x) = x √ x sa˜o deriva´veis em (0,+∞) com lim x→0+ f(x) = 0 = lim x→0+ g(x), g′(x) = √ x+ x 2 √ x 6= 0 para todo x ∈ (0,+∞) e lim x→0+ f ′(x) g′(x) = lim x→0+ 1 2 √ x − 1 √ x+ x 2 √ x = lim x→0+ 1−2√x 2 √ x 3x 2 √ x = lim x→0+ 1− 2√x 3x = +∞. Assim, lim x→0+ ( 1 x − 1√ x ) = +∞. (g) lim x→0 ex − e−x − x2 2x− sen x . Temos que f(x) = e x−e−x−x2 e g(x) = 2x−sen x sa˜o deriva´veis com lim x→0 f(x) = 0 = lim x→0 g(x), g′(x) = 2 − cosx 6= 0 para todo x ∈ R e lim x→0 f ′(x) g′(x) = lim x→0 ex + e−x − 2x 2− cosx = 2. Assim, lim x→0 ex − e−x − x2 2x− sen x = 2. (h) lim x→0 x− sen x 3x2 . Temos que f(x) = x−sen x e g(x) = 3x2 sa˜o deriva´veis com lim x→0 f(x) = 0 = lim x→0 g(x), g′(x) = 6x 6= 0 para todo x ∈ R\ {0} e lim x→0 f ′(x) g′(x) = lim x→0 1− cosx 6x . Como f ′(x) = 1 − cosx e g′(x) = 6x sa˜o deriva´veis com lim x→0 f ′(x) = 0 = lim x→0 g′(x), g′′(x) = 6 6= 0 para todo 11 x ∈ R e lim x→0 f ′′(x) g′′(x) = lim x→0 sen x 6 = 0, temos que lim x→0 1− cosx 6x = 0. Assim, lim x→0 x− sen x 3x2 = 0. (i) lim x→+∞ 1− x− e−x 2x3 . Temos que f(x) = 1−x− e−x e g(x) = 2x3 sa˜o de- riva´veis com lim x→+∞ f(x) = −∞ e limx→+∞ g(x) = +∞, g ′(x) = 6x2 6= 0 para todo x ∈ R\ {0} e lim x→+∞ f ′(x) g′(x) = lim x→+∞ −1 + e−x 6x2 = 0. Assim, lim x→+∞ 1− x− e−x 2x3 = 0.