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explorável pelo capital torna-se, portanto, independente da oferta de trabalhadores.576 Ao contrário, um decréscimo na taxa de mais-valia deixa a massa da mais-valia produzida inalterada, se aumenta, na mesma proporção, a grandeza do capital variável ou o número dos trabalhadores ocupados. Contudo, a compensação do número de trabalhadores ou da gran- deza do capital variável pela elevação da taxa da mais-valia ou pelo prolongamento da jornada de trabalho tem limites intransponíveis. Qualquer que seja o valor da força de trabalho, se chega a 2 ou a 10 horas o tempo de trabalho necessário para sustentar o trabalhador, o valor total que um trabalhador pode produzir dia por dia é sempre menor do que o valor em que 24 horas de trabalho se objetivam, menor do que 12 xelins ou 4 táleres, se essa for a expressão monetária de 24 horas objetivadas de trabalho. Sob nosso pressuposto anterior, de que 6 horas de trabalho por dia são requeridas para reproduzir a própria força de trabalho ou repor o valor do capital adiantado na sua compra, um capital variável de 500 táleres, que emprega 500 trabalhadores com taxa de mais-valia de 100% ou com jornada de trabalho de 12 horas, produz diariamente uma mais-valia de 500 táleres ou 6 x 500 horas de trabalho. Um capital de 100 táleres, que emprega diariamente 100 trabalhadores com taxa de mais-valia de 200% ou com jornada de trabalho de 18 horas, produz apenas uma massa de mais-valia de 200 táleres ou 12 x 100 horas de trabalho. E seu produto-valor total, equi- valente do capital variável adiantado mais a mais-valia, nunca pode alcançar, dia por dia, a soma de 400 táleres ou 24 x 100 horas de trabalho. O limite absoluto da jornada média de trabalho, que por natureza sempre é menor que 24 horas, forma um limite absoluto à compensação de capital variável diminuído por aumento da taxa de mais-valia ou de um número reduzido de trabalhadores explorados por um acréscimo do grau de exploração da força de trabalho. Essa segunda lei, mais palpável, é importante para explicar muitos fenômenos que surgem da tendência do capital, a ser desenvolvida mais tarde, de reduzir tanto quanto possível o número de trabalhadores por ele em- pregados, ou seja, seu componente variável convertido em força de trabalho, em contradição com sua outra tendência de produzir a maior massa possível de mais-valia. Pelo contrário. Se a massa das forças de trabalho empregadas ou a grandeza do capital variável cresce, mas não na mesma proporção em que cai a taxa de mais-valia, diminui a massa da mais-valia produzida. Uma terceira lei decorre da determinação da massa de mais-valia MARX 419 576 Essa lei elementar parece ser desconhecida aos senhores da Economia vulgar que, ao contrário de Arquimedes, acreditam ter encontrado, na determinação dos preços de mercado do trabalho pela demanda e pela oferta, o ponto não para levantar o mundo de seu fulcro, mas sim para o paralisar.