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* * Prof.: Joao Henrique Lucia Ramos Luciana Borges Mirella Giongo Pedro Rocha * * * * Instrumento de intervenção fundamental da estratégia de saúde da família que: Possibilita ao profissional conhecer o contexto da vida do usuário e suas reais condições de habitação, bem como a identificação das relações familiares. Facilita o planejamento da assistência por emitir o reconhecimento dos recursos que a família dispõe. * * A visita domiciliar é um conjunto de ações de saúde voltadas para o atendimento, seja ele ASSISTENCIAL ou EDUCATIVO. É uma dinâmica utilizada nos programas de atenção à saúde, visto que acontece no domicílio da família (Mattos, 1995). * * Conhecer o ambiente familiar e as micro-áreas de moradia dos usuários do Centro de Saúde Coleta de informações sobre as condições sócio-sanitárias da família, por meio de entrevistas e observação Ampliar o nível de informações sobre o território definindo os recursos e vulnerabilidades sociais como atitude complementar às ações de vigilância em saúde e orientação às políticas em saúde * * Estimular auto-cuidado como forma de promoção de saúde Orientação, educação e prestação de cuidados no domicílio quando necessários, pela enfermagem e outros Supervisão dos cuidados delegados à família Vigilância a grupos prioritários e busca ativa de faltosos Orientações à família, quando o serviço de saúde não for o mais indicado. * * Proporcionar o conhecimento sobre o indivíduo para possibilitar a prestação da assistência integral ao paciente Visualização do contexto familiar (habitação, higiene, composição e dinâmica familiar, etc) Fortalecer vínculo: profissional – paciente - família * * Melhor relacionamento do grupo familiar com o profissional de saúde, por ser sigiloso e menos formal Maior liberdade para expor os mais variados problemas, tendo-se um tempo maior do que nas dependências do serviço de saúde * * Agente Comunitário Enfermagem Médico Dentista Fisioterapeuta Assistente Social … * * Condições sanitárias da habitação Composição e Renda familiar Identificação de agravos Formas de assistência à saúde Conhecimento e utilização de recursos da comunidade Avaliação da visita e novo agendamento * * Ter claro o objetivo daquela visita (assistencial, educativa, avaliação, busca ativa, etc) Avaliar previamente o prontuário Fazer anamnese com o solicitante sobre o motivo da solicitação de visita Avaliar se há condições de manejar o problema apresentado no domicílio Avaliar grau de urgência e espaçamento entre as visitas * * Avaliar qual/quais profissionais da equipe são necessários naquele momento Anotar endereço com pontos de referência Levar material/medicações apropriadas Levar formulários próprios para o registro do atendimento no prontuário Dispor o máximo de informações para a família . * * * * O SIAB é o principal instrumento de monitoramento das ações do Saúde da Família. Sua missão é monitorar, avaliar a Atenção Básica e instrumentalizar a gestão do SUS. Por meio do SIAB obtêm-se informações sobre cadastros de famílias, condições de moradia e saneamento, situação de saúde, produção e composição das equipes de saúde. * * As informações recolhidas são agregadas e processam informações sobre a população visitada. Estas informações são recolhidas em fichas de cadastramento e de acompanhamento. A análise é realizada a partir dos relatórios de consolidação dos dados. * * Cadastramento das famílias – Ficha A Acompanhamento de gestantes – Ficha B-GES Acompanhamento de hipertensos – Ficha B-HA Acompanhamento de diabéticos – Ficha B-DIA Acompanhamento de pacientes com tuberculose – Ficha B-TB Acompanhamento de pacientes com Hanseníase – Ficha B-HAN São instrumentos de coleta de dados: * * Acompanhamento crianças – Ficha C (Cartão da Criança) Registro de atividades, procedimentos e notificações – Ficha D São instrumentos de coleta de dados: * * Relatórios de consolidado anual das famílias cadastradas – Relatórios A1, A2, A3 e A4 Relatório de situação de saúde e acompanhamento das famílias – Relatório SSA2 e SSA4 Relatórios de produção e marcadores para avaliação – Relatório PMA2 e PMA4 Os nº 1, 2, 3 e 4 nos relatórios indicam os níveis de agregação correspondentes: microárea (1), área (2), segmento (3) e município (4). São instrumentos de consolidação dos dados: * * * * Esta ficha é preenchida na 1ª visita que o ACS faz à família de sua comunidade. Deve ser preenchida uma ficha por família. Todos os dados desta ficha devem ser atualizados sempre que houver alteração. O ACS deve registrar, todo mês, a ocorrência de nascimentos, mortes e mudança de atividade profissional (ocupação) dos membros da família e as condições de moradia e saneamento. Toda vez que cadastrar ou desligar uma família, o agente deve levar a Ficha A para reunião com seu instrutor/supervisor e alterar o Relatório SSA-2 e SSA-4. Ficha A Ficha para Cadastramento das Famílias * * * * É um documento que traz informações sobre o usuário/paciente, sua historia, seus antecedentes pessoais e familiares no que tange ao processo saúde-doença. Pode ser produzido pelo profissional de saúde que acompanha o individuo em nível de consultório/ ambulatório; posto de saúde; hospital. Consta das informações do paciente, anamnese e evolução clinica a cada contato com profissional de saúde. Não deve ser chamado de prontuário medico e sim prontuário clinico. * * Instrumento de trabalho que garante o registro das informações e permite, de forma ágil, o acesso às ações realizadas pela equipe de saúde da família. É, portanto, elemento decisivo à melhor atenção prestada à família, reunindo as informações necessárias à continuidade dos cuidados à saúde de seus membros. Representa, ainda, um indicador de qualidade da atenção ofertada, assim como uma ferramenta para avaliar a necessidade de educação permanente, além de ser um elemento fundamental em casos de auditoria ou de conflitos legais e éticos. * * Em equipes que atuam na lógica da estratégia saúde da família, que centra-se na atenção da pessoa como um todo. Para isso, as equipes necessitam ver a doença no contexto da família e orientá-la em aspectos ligados a prevenção, promoção e educação em saúde, alem de medicá-las quando necessário. É fundamental que os profissionais de saúde da família detectem os indícios ou riscos que uma pessoa e sua família possam correr na esfera psicossocial, para prevenir doenças e alterações na funcionalidade familiar. * * Sim, é o que chamamos de familiograma ou genograma. Representa, de forma gráfica, a composição familiar e os relacionamentos básicos em, pelo menos, três gerações. Permite visualizar os membros que constituem a família, com ou sem vínculos co-sanguíneos. Além disso, coleta informações qualitativas sobre as dimensões familiares como: processos de comunicação, relações estabelecidas e equilíbrio / desequilíbrio familiar. Permite desenvolver no profissional de saúde uma visão integrada dos pontos fortes e das fragilidades da unidade familiar em sua situação atual, bem como dos aspectos evolutivos ao longo do tempo que possam influenciar suas interações presentes. A partir dessa analise, a equipe identifica que ações deverão ser tomadas para melhor contribuir para o desenvolvimento do núcleo familiar. * * Ele proporciona o acesso rápido a um grande número de dados sobre a família, incluindo seu passado hereditário e o risco que oferece aos membros atuais, juntamente com influências clínicas, sociais e interacionais. Informa de maneira completa e objetiva os dados de uma determinada família, fazendo de forma realista uma revisão do passado familiar e dos problemas de saúde potenciais, fornecendo, ainda, informações ricas sobre os relacionamentos, incluindo ocupação, religião, etnia e migração. Essa ferramenta fornece dados úteis não só para os profissionais de saúde, que avaliam de forma mais completa seu objeto de cuidado - a família -, mas também para a própria família, proporcionando o conhecimento a respeito de seu desenvolvimento e possibilitando melhor compreensão de sua situação. O genograma é construído na primeira visita ou contato com a família e deve ser revisto quando se quer obter maiores informações 2. * * * * * * A Construção do Familiograma Uma estratégia para o entendimento e para a contextualização da prática multidisciplinar no PSF. A partir dos dados narrados, a seguir, propõe-se a construção do familiograma, numa dimensão interdisciplinar/multiprofissional – da equipe de Saúde da Família. * * D. Lucinda Flores Navarro, 45 anos, natural de Recife – PE, doméstica, vive no bairro da Lapa há 27 anos, à Rua Rezende, nº 23, 13º andar, apto 1302, (coz, banh, sala, quarto) divorciada do marido há 4 anos, com quem teve 2 filhos (um rapaz de 19 anos e uma garota de 15), vive , atualmente, com o namorado, Clorindo Amaro da Purificação, pedreiro, desempregado há 3 meses, vivendo de biscates. Lucinda, cujo pai é falecido (71 a) por CA de pulmão e mãe diabética, também falecida (67 a), é paciente cadastrada no PSF Lapa / UNESA, onde é assistida por equipe multiprofissional, há cerca de 1 ano. Possui 13 irmãos, dos quais 2 morreram na infância (inanição); dos demais, 4 moram no Rio, na periferia, Lorival, Demerval, Durval e Florinda, respectivamente, com 53, 51, 49 e 47. Demais irmãos, 4 homens e 3 mulheres, com os quais não mantém contato, moram em Caruaru – PE. A filha de Florinda, Jocilene, de 18 anos, mora com a tia, pois não mantém um bom relacionamento com sua mãe. * * D. Lucinda, embora trabalhe fora, não deixa de comparecer às consultas, mostrando-se solícita e interessada em sua saúde. É uma paciente obesa, com HAS moderada, fazendo uso de medicamentos específicos (captopril, Hidroclorotiazida), apresentando uma glicemia elevada, sem, contudo, ter sido diagnosticado DM. Não mantém contato com o pai de seus filhos, mas mantém uma relação afetiva com a sua ex-sogra, que, freqüentemente, lhe envia dinheiro para auxiliar no orçamento doméstico, uma vez que o seu ex-marido, novamente casado, penitenciário, que cumpre sentença em Bangu I, por assassinato, não lhe paga pensão. Seu atual namorado, 12 anos mais novo, é tabagista, alcoolista, tendo negação da doença; contrastando com sua mulher, é resistente em ir ao PSF para cuidar de sua saúde. Não é violento, mas, quando sob efeito da bebida, tem episódios freqüentes de agressividade. * * O filho de Lucinda, Eliomar, trabalha numa oficina mecânica, sem carteira assinada, e, recentemente, engravidou sua namorada, Luciana, de 14 anos, que expulsa de casa pelo pai, está morando com D. Lucinda. Eliomar apresenta ‘ dores na coluna’, segundo relato de D. Lucinda, por conta de atividade profissional. O relacionamento de Luciana com Jocilene é conflituoso e, ambas desempregadas, dividem o mesmo quarto com Eliomar. Eliomar tem uma vida irregular, e, em uma única consulta ao PSF, declarou ser usuário de maconha e manter vida sexual ativa, inclusive fora de seu relacionamento. A filha de D. Lucinda, Lucineide, estuda no período da manhã e, no período da tarde, trabalha como babá na casa de uma vizinha. Apresenta sistematicamente crises de asma brônquica. D. Lucinda relata que sua nora, grávida, não faz acompanhamento de sua gestação e apresenta, atualmente, um ‘dente que dói’ e sua filha, de 15 anos vem se queixando de ardência ao urinar. * * Pede-se: a caracterização Esquemática da Família (Genograma ou Familiograma); a identificação dos principais problemas levantados. as possíveis estratégias que podem compor o leque de ações da Equipe (em uma concepção interdisciplinar) para minimizar os agravos à Saúde da Família em questão *