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FSI – Aula 20
			O Colapso do Sistema de Metternich: Napoleão III e Bismarck
A Unificação Italiana
. Risorgimento
. Expansão das idéias nacionalistas e revolucionárias
Carbonária
Mazzini -> Jovem Itália
Reformistas monarquistas
Neoguelfos: queriam unificar toda a região numa grande confederação de unidades autônomas lideradas pelo Papa
. Posição das potências:
Orientais: absolutamente contrárias a esses movimentos, principalmente a Áustria, que não queria de forma alguma perder suas posses na região por uma Itália unificada.
Rússia, debilitada pela Guerra da Criméia (1853), não podia fazer nada para intervir; teria que ser a Áustria.
Ocidentais: Inglaterra manifestava muito mais apoio pela opinião pública do que apoiando de fato, pois tinha outras prioridades (as colônias).
França: simpatia muito grande pelo nacionalismo italiano; mas ao mesmo tempo, sabia que devia manter o equilíbrio de poder na região.
. Carlos Alberto (1831): parlamentarismo e constituição liberal. Reforma o sistema financeiro, moderniza a economia de Piemonte – Sardenha.
. Oposição da Áustria e França -> Restauração do absolutismo, exceto em Piemonte – Sardenha
. Vitor Emanuel III -> Camilo de Cavour (editor de um jornal que influenciava esses movimentos; influenciava o rei para ir contra a Áustria. Vira chefe de gabinete, responsável pela política externa)
Obstáculo: Áustria. Continuava ocupando a área norte da Península.
. Frentes: resparelhamento militar e econômica e diplomacia (começa a buscar alianças; fala com Napoleão III, pois Inglaterra já recusou ajuda. Diz a Napoleão III que eles têm uma causa em comum: o incômodo com o sistema do Congresso de Viena. Napoleão III concorda, e se alia formalmente à P-S em 1859.)
Áustria invade P-S, e França entra na guerra, fazendo com que P-S vença várias batalhas. Mas a população da França estava se opondo. Até então, Napoleão III tinha sido muito bem sucedido até então; só que com essa oposição interna, Napoleão assinou o armistício de villafranca com a Áustria sem avisar Cavour. Esse armistício dizia respeito à sua retirada da guerra. Ao final, P-S acaba vencendo a guerra, e consegue unificar uma grande parte da Península. Mas começa uma desconfiança muito grande quanto à Napoleão III. E ainda restava unificar o Sul.
. União com o Sul (1860): Garibaldi cede o Sul à P-S.
1861: Reino da Itália
Cavour, como forma de agradecimento â França, cede algumas regiões, como Nice, apesar da imagem de Napoleão III ter ficado muito manchada.
. Questões pendentes:
Veneza: uma área desejada pela Itália, mas naquele momento, continuava sobre posse austríaca.
P.S.: Itália com ambição de se tornar uma “potência”; chega até a Etiópia e a Líbia. Porém, não era nada comparada ao que estava acontecendo na Prússia.
Unificação Alemã
. Ajuda externa não se mostrava tão necessária para a Prússia, pois ela estava forte economicamente. Rei profundamente adepto à causa nacionalista, porém, profundamente contra o liberalismo político. Agora, burguesia apoiava esse rei.
. 1862: Rei Guilherme I; chanceler (na Alemanha até hoje esse termo é refente ao cargo de primeiro-ministro): Otto von Bismarck (muuito pior que Richelieu, Catarina, Napoleão). Objetivo: unificar a região na Europa central, guerreando com todos. OBS: Richelieu conseguiu atrasar a unificação alemã em séculos.
. Bismarck: prática de guerras contra inimigos
Guerra dos Ducados (1864): contra a Dinamarca (lá havia uma região bastante rica). Fala com a Áustria para incorporarem, juntos, a região à Confederação Germânica (da qual a Áustria era presidente). Vencem, juntas, e diz para a Áustria para dividirem a administração dos ducados. (Lembrando que a Prússia já havia excluído a Áustria do zollverein antes). Porém, se desentendem.
Guerra Austro-Prussiana (1866) (“guerra de 7 semanas”, pois foi o tempo que a Prússia aniquilou a Áustria) (p.s: Áustria estava tão fraca, que foi nessa época que a Itália tomou Veneza). Bismarck anexa os ducados à Prússia, e outras regiões, como Hanover, Frankfurt. Porém, agora a Prússia quer a Alsácia-Lorena, área rica em minérios, que pertencia à França. Nesse momento, França está prestes à comprar Luxemburgo, área estratégica, da Holanda. Bismarck diz que se ela fizer isso, haverá guerra. Os dois entram em acordo, e Luxemburgo se torna independente (nem da Holanda, nem da França).
1868: Espanha sem rei. Constata-se que o mais próximo do trono é um membro da dinastia da Prússia (os Hohenzollern). Um mensageiro da França vai conversar com o rei, pedindo para não fazer isso. Bismarck divulga um telegrama alterado, que dizia que a França queria impor essa decisão. Rivalidade cada vez maior entre Fra e Prú, estimulando nacionalismos entre os dois lados. Bismarck consegue o que queria, provocar a França.
Guerra Franco-Prussiana (1870 – 1871): Prússia encurrala a França em seu próprio território, massacrando-a.
. 1871: Império Alemão
Resultado da guerra: Tratado de Frankfurt, que previa, por “direito de guerra”, e por conta da população de Alsácia-Lorena ser majoritariamente germânica, a França perderia esse território (ficando com parte da Lorena) pagaria uma enorme indenização.
Proclamação do kaiser (imperador alemão, Guilherme I) dando início do II Reich. Coroado no Palácio de Versalhes, humilhando a França.
Revanchismo francês
Bismarck começa a desenvolver alianças com outros Estados antes que a França comece a fazer isso, excluindo ela. P.S.: começa uma nova era republicana na França, alimentando cada vez mais esse revanchismo.
O Colapso do Sistema de Metternich (todo aquele sistema de Alianças pós-1815 já tinha se esvaído há muito tempo)
. Redefinição do poder na Europa
Realpolitik criada por Bismarck: política baseada estritamente em interesses materiais e práticos; relações entre Estados definidas por poder bruto. É necessário que cada Estado tenha flexibilidade para aproveitar toda e qualquer opção disponível, sem levar em conta a ética, a moral. Bastante semelhante à raison d’Etat, porém enfatizada.
. Napoleão III e Bismarck tinham aversão ao Sistema de Viena: Bismarck dizia que a Prússia até era uma grande potência na época, mas a Áustria era um obstáculo à unificação, que era a prioridade.
Porém, ambos terminam em pólos opostos