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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS MATEMÁTICA

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MATEMÁTICA 
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REPRESENTAÇÂO DOS CONJUNTOS 
 
Os conjuntos são representados por letras 
maiúsculas e os elementos do mesmo são 
representados entre chaves. Assim, teríamos: 
 
O conjunto das letras do nosso alfabeto; L= 
{a, b, c, d,..., z}. 
 
O conjunto dos dias da semana: S= 
{segunda, terça,... domingo}. 
 
A representação de conjuntos pode ser feita 
de três maneiras: 
 
1º - Por extensão 
 
Um conjunto pode ser descrito por 
extensão: quando o número dos seus elementos for 
finito e suficientemente pequeno enumerando 
explicitamente todos os seus elementos colocados 
entre chaves e separados por vírgulas. 
 
Exemplos: 
 
A = {Janeiro, Fevereiro, Março, Abril,..., 
Novembro, Dezembro} - Conjunto dos meses do 
ano. 
 
V = {a, e, i, o, u} - Conjunto das vogais. 
 
P = {2, 4, 6, 8, 10, 12,…} Conjunto dos 
números pares positivos. 
 
2º - Por compreensão: 
 
Um conjunto é representado por 
compreensão quando: é enunciada uma 
propriedade característica dos seus elementos. Isto 
é, uma propriedade que os seus e só os seus 
elementos possuam. 
 
Exemplos: 
 
B(meses do ano) 
 
C= {letras do alfabeto} 
 
D= {os meus CDs de música} 
 
P = {p ∊ N: p = 2q para algum q ∊ N} 
 
Q = {x ∊ N: x é primo} 
 
R = {x: x é um número natural par e 
positivo} 
 
3º - Por diagramas (diagramas de Venn) 
 
Conjunto unitário 
 
É o conjunto que possui um único elemento. 
Assim, teríamos: 
A= {fevereiro}, B = {Número primo que é par}. 
 
Conjunto vazio 
 
É o conjunto que não possui elementos. 
 
É representado por: {} ou Ø 
 
Assim teríamos: A= {} ou A = Ø 
 
RELAÇÃO DE INCLUSÃO – SUBCONJUNTOS 
 
Seja por exemplo, o conjunto das letras do 
nosso alfabeto: 
 
B = {a, b, c, d, e, f, g, h, i, j,..., z} 
 
Vemos que B é formado por um conjunto de 
vogais (V) e um conjunto de consoantes (C). Logo 
poderíamos dizer que o conjunto das vogais faz parte 
do conjunto das letras do nosso alfabeto, e indica-se 
por: 
 
V ⊂ B ou B ⊃ V 
 
Assim se lê cada um dos dois símbolos: 
 
⊂ ..... “Está contido em” 
 
⊃ ..... “Contém” 
 
Em caso contrário indicaríamos por: 
 
⊄ ..... “Não está contido em” 
 
⊅ ..... “Não contém” 
 
 
A ⊂ B ⇔ (∀ x) (x ∊ A⇒ X ∊ B) 
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Observação importante: O conjunto vazio 
é o único conjunto que é subconjunto de qualquer 
conjunto 
 
RELAÇÃO DE IGUALDADE 
 
Dois conjuntos, M e N, dizem-se iguais 
quando todo elemento de M pertence a N, e todo 
elemento de N pertence a M, ou seja, M é 
subconjunto de N e N é subconjunto de M. 
 
Logo: Se M ⊂ N e M ⊃ N → M=N 
 
Exemplificando teríamos: 
 
M = {Márcia, Maria, Fábio} 
 
N = {Fábio, Maria, Márcia} 
 
Podemos ver que os elementos de M estão 
em N e que o mesmo acontece com os elementos 
de N, então podemos dizer que M=N. 
 
CONJUNTO UNIVERSO 
REPRESENTAÇÃO DE VENN 
 
Seja por exemplo, o conjunto dos dias da 
semana que começam com S. 
 
Logo: 
 
S={ segunda-feira, sexta-feira, sábado} 
 
Podemos verificar que esse conjunto é um 
subconjunto do conjunto D dos dias da semana. 
 
D={Terça-feira, quarta-feira, Quinta-feira, 
Domingo} 
 
Um modo prático e fácil de ilustrar este 
conjunto é representando-o através de 
REPRESENTAÇÃO DE VENN. 
 
Consiste em representar os elementos de 
um conjunto internamente a um retângulo 
(geralmente) e os elementos dos subconjuntos, 
limitados por uma linha fechada e não entrelaçada. 
 
Assim teríamos: 
 
 
 
OPERAÇÕES ENTRE CONJUNTOS 
 
1) INTERSECÇÃO DE CONJUNTOS: 
 
∩ É a operação que permite determinar 
conjunto dos elementos comuns a dois ou mais 
conjuntos. 
 
Indicação: ∩ 
 
Sejam dados: A={ 1, 2, 3, 4} e B={0, 1, 3 , 
5} 
 
Temos: A ∩ B = { 1, 2, 3, 4} ∩ {0, 1, 3 , 5} = 
{1, 3 } 
 
 
A ∩ B = {x/ x ∊ A e x ∊ B} 
 
2) UNIÃO DE CONJUNTOS: U 
 
É a operação que permite determinar o 
conjunto de todos os elementos pertencentes a dois 
ou mais conjuntos. 
 
Sejam dados: A = { 1, 2, 3, 4} e B = { 0, 1, 3, 
5} temos: 
 
A U B = { 1, 2, 3, 4} U { 0, 1, 3, 5} = { 0, 1, 2, 
3, 4, 5} 
 
Esquemáticamente teríamos: 
 
 
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A U B = {x/ x ∊ A ou x ∊ B} 
 
RELAÇÕES DE PERTINÊNCIA E INCLUSÃO 
 
Quando um elemento está em um conjunto, 
dizemos que ele pertence a esse conjunto. 
Exemplos: 
 
F = {0, 2, 4, 6, 8, ...} 
- lê-se: 2 pertence a F. 
- lê-se: 3 não pertence a F. 
Já entre conjuntos, é errado usar a relação 
de pertinência. Assim, utilizamos as relações de 
inclusão. 
G = {0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, ...} 
- lê-se: F está contido em G. 
- lê-se: G não está contido em F. 
- lê-se: G contém F. 
 
As principais operações com conjuntos são: 
União 
Exemplo: dados A = {0, 1, 2, 3} e B = {2, 3, 
4, 5}, a união é o conjunto formado pela reunião dos 
elementos de A e de B. 
Representação: A B = {0, 1, 2, 3, 4, 5}. 
 
Exemplo: dados A = {0, 1, 2, 3} e B = {2, 3, 
4, 5}, a diferença entre A e B é o conjunto formado 
pelos elementos exclusivos de A, isto é, retira-se de 
A o que for comum com B. 
Representação: A - B = {0, 1}. 
CUIDADO: há um engano muito comum 
nessa operação, que é pensar em todos os 
elementos que aparecem, menos os repetidos, ou 
seja, achar que a diferença seria dada, nesse 
exemplo, por {0, 1, 4, 5}. 
Intersecção 
 
Exemplo: dados A = {0, 1, 2, 3} e B = {2, 3, 4, 5}, a 
intersecção é o conjunto formado pelos elementos 
comuns de A e B, isto é, pelos elementos "repetidos". 
Representação: A B = { 2, 3}. 
Produto Cartesiano 
Exemplo: dados os conjuntos A = {1, 2, 3, 4} 
e B = {3, 4, 5}, o produto cartesiano de A por B é o 
conjunto formado por todos os pares possíveis 
formados com os elementos de A e de B. Esses 
pares são chamados de ordenados, pois cada um é 
formado por um elemento de A e um elemento de B, 
nessa ordem. 
 
Representação: 
 
ou 
 
 
 
ou ainda no Plano Cartesiano: 
 
 
 
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Complementar 
É uma modalidade de diferença de 
conjuntos, que ocorre quando um conjunto está 
contido em outro. 
Exemplo: dados A = {0, 1, 2, 3} e B = {2, 3}, 
o complementar de B em A é a diferença A - B. 
Representação: CAB = A - B = {0, 1}. 
Já o complementar de A em B é a diferença 
B - A. 
Representação: CBA = B - A= { }. 
Cardinalidade 
Cardinalidade é o número de elementos do 
conjunto. 
Representação: 
n(A) = 3 - (o número de elementos do 
conjunto A = {0, 1, 3} é 3) 
 
Cardinalidade da união: 
n(A B) = n(A) + n(B) - n(A " B) 
O número de elementos da união de dois 
conjuntos é igual à soma do número de elementos 
de cada conjunto, menos a quantidade de 
elementos repetidos. 
 
NÚMEROS REAIS 
 
O conjunto dos números reais, por 
definição, é formado pela união dos números 
racionais com os irracionais. 
 
Vejamos, a seguir, cada um destes 
conjuntos numéricos. 
 
1. CONJUNTO DOS NÚMEROS 
NATURAIS (N) 
 
 N = {0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7,...} 
 
2. CONJUNTO DOSNÚMEROS INTEIROS 
(Z) 
 
O conjunto dos números naturais reunidos 
com os números inteiros negativos forma o 
Conjunto dos Números Inteiros Relativos. 
 
 Z = {... –4, –3, –2, –1, 0, 1, 2, 3, 4...} 
 
OBS: O uso do asterisco (*) junto ao 
símbolo de um conjunto numérico qualquer que 
compreenda originalmente o elemento zero, indica 
que este elemento foi retirado do conjunto. 
 
Ex: N* = {1, 2, 3, 4, 5, 6, 7,...} 
 Z* = {... –4, –3, –2, –1, 1, 2, 3, 4...} 
 
3. CONJUNTO DOS NÚMEROS 
RACIONAIS (Q) 
 
É o conjunto dos números que podem ser 
escritos em forma de fração. A letra “Q” que 
representa o conjunto dos números racionais vem da 
palavra quociente, isto é, um número racional é o 
resultado do quociente (divisão) entre dois números 
inteiros. 
 
Q = {x x = a , sendo a Є Z e b Є Z*} 
 b 
 
Na divisão entre dois números inteiros, 
podem ocorrer três resultados: número inteiro, 
número decimal com casas decimais finitas, ou 
dízimas periódicas. 
 
3.1. Números Inteiros 
 
O número inteiro é racional, uma vez que 
pode ser o resultado de uma divisão de dois números 
inteiros e, portanto, pela definição, faz parte do 
conjunto dos racionais. 
Ex: 15 = 3, 8 = 4, –16 = –4, 21 = –7 
 5 2 4 –3 
 
 
3.2. Números Decimais Finitos 
 
Todos os números em sua forma decimal, 
que contenham uma quantidade finita de algarismos 
após a vírgula, também são resultado de uma fração 
entre dois números inteiros. 
Ex: 
 3 = 1,5 5 = 0,5 326 = 0,326 1 = 0,125 
 2 10 1000 8 
 
 
3.3. Dízimas Periódicas 
 
São números decimais com uma infinidade 
de números após a vírgula, os quais se repetem. A 
parte que se repete é chamada de período. Estes 
números também resultam de uma fração entre dois 
inteiros. 
 
Ex: 2/9 = 0,222..., 1/3 = 0,3333..., 2/3= 
0,6666... 
 
 
4. CONJUNTO DOS NÚMEROS 
IRRACIONAIS (I) 
 
I = {x x não é quociente de números inteiros} 
 
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Q 
Z 
 I 
N 
São os números decimais que possuem 
infinitos algarismos após a vírgula sem formar um 
período. 
 
Ex: √2 = 1,41421356... 
 
 = 3,1415926535... 
 
 
5. CONJUNTO DOS NÚMEROS REAIS (R) 
 
É a união dos conjuntos dos números 
Racionais (Q) com o conjunto dos números 
Irracionais (I). 
 
 R = Q  I 
N  Z Q  R 
I  R 
Q  R 
 
 
 
 
Podemos dizer que existe uma 
correspondência biunívoca entre os números reais 
e os pontos de uma reta. Temos assim a reta real, 
na qual colocamos apenas alguns números reais: 
 
 
 
 
OPERAÇÕES COM NÚMEROS REAIS 
Operações com Números Racionais 
A adição (soma) 
A adição é uma das quatro operações 
básicas da álgebra. Consiste em combinar dois 
números (chamados de termos, somandos ou 
parcelas) em um único número, a soma. Para se 
adicionar mais números, basta repetir a operação. 
Em termos mais simples, podemos pensar na 
operação de adição quando nosso desejo é juntar 
coisas que estão separadas. 
ADIÇÃO DE NÚMEROS INTEIROS 
Em um colégio, existem 3 turmas. A 
primeira turma tem 14 alunos, a segunda tem 19 
alunos e a terceira tem 15 alunos. Quantos alunos o 
colégio possui? 
Para determinarmos a quantidade de 
alunos que o colégio possui, basta juntarmos os 
alunos de todas as turmas. Isto é: somar a 
quantidade de alunos de cada turma. 
14 + 19 + 15 = 48 
Portanto, existem 48 alunos neste colégio. 
 
ADIÇÃO DE NÚMEROS DECIMAIS 
Em seu aniversário de 7 anos, Leonardo 
recebeu presentes em dinheiro. Seu pai lhe deu R$ 
15,50, sua mãe R$ 7,65 e seu irmão R$ 8,28. Qual o 
valor total recebido por Leonardo? 
Para calcularmos o valor total recebido por 
Leonardo, basta somarmos todos os valores 
recebidos. 
Para realizar a adição de números decimais, 
as parcelas são dispostas de modo que se tenha 
vírgula sobre vírgula. 
 
A soma é feita por colunas, da direita para a 
esquerda. Caso a soma da coluna ultrapasse o valor 
9 (nove), somente preencheremos o campo de 
resultado com o dígito direito do resultado obtido. Os 
dígitos restantes ficarão acima da coluna 
imediatamente à esquerda da coluna somada. No 
caso da coluna somada ser a última, todos os dígitos 
poderão ser incluídos no campo de resultado. 
Neste exemplo, a primeira coluna a ser 
somada tem os seguintes valores: 0, 5 e 8. Portanto, 
0 + 5 + 8 = 13. Como o resultado ultrapassou o valor 
9, preencheremos o campo de resultado somente 
com o o dígito direito do resultado obtido (neste caso, 
o número 3). O dígito 1 será incluído acima da coluna 
imediatamente à esquerda da coluna calculada. 
 
Na segunda coluna, os valores a serem 
somados incluem o número 1 colocado acima desta 
coluna. Portanto, 1 + 5 + 6 + 2 = 14. O mesmo 
procedimento é utilizado até calcularmos todas as 
colunas, obtendo-se assim a soma desejada. 
 
Com este resultado, sabemos que o valor 
total recebido por Leonardo é R$ 31,43. 
 
ADIÇÃO DE NÚMEROS FRACIONÁRIOS 
Podemos definir as frações como partes de 
um todo. Por exemplo, teremos de uma pizza se 
dividirmos esta pizza em 8 pedaços iguais e 
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tomarmos 3 destas partes. Também definimos a 
fração como o resultado da divisão de dois 
números. Por exemplo, a fração é o resultado da 
divisão de 3 por 8. 
Para somar frações que tenham o mesmo 
denominador, basta somar seus numeradores, 
como no exemplo abaixo: 
 
No caso de frações com denominadores 
diferentes, devemos seguir alguns passos. Para 
entendermos este processo, calcularemos a 
seguinte soma de frações: 
 
1.º Passo: Encontrar um número que seja 
múltiplo de todos os denominadores (para isto, 
podemos utilizar o M.M.C., que será detalhado em 
outro tópico). Este número será o novo 
denominador. 
Podemos utilizar, neste exemplo, o número 30 
como múltiplo de todos os denominadores. 
2.º Passo: Representar todas as frações da 
adição com este mesmo denominador. Para 
representar cada fração com este novo 
denominador, basta dividirmos este novo 
denominador pelo numerador da fração, e então 
multiplicar o resultado obtido pelo numerador desta 
mesma fração, obtendo assim o novo numerador 
desta fração. 
Nas frações de nosso exemplo as contas 
são: 30 ÷ 3 × 7 = 70, 30 ÷ 2 × 4 = 60 e 30 ÷ 5 × 4 = 
24. Portanto, temos: 
 
Apenas simplificando, temos: 
 
Propriedades Importantes da Adição 
Comutatividade: A ordem das parcelas 
não altera o resultado final da operação. Assim, se 
x + y = z, logo y + x = z. 
Associatividade: O agrupamento das 
parcelas não altera o resultado. Assim, se (x + y) + 
z = w, logo x + (y + z) = w. 
Elemento Neutro: A parcela 0 (zero) não 
altera o resultado das demais parcelas. O zero é 
chamado "elemento neutro" da adição. Assim, se x 
+ y = z, logo x + y + 0 = z. 
Fechamento: A soma de dois números 
naturais será sempre um número natural. 
Anulação: A soma de qualquer número e o 
seu oposto é zero. Exemplo: 2 + (-2) = 0. 
 
A SUBTRAÇÃO 
A subtração pode ser considerada como o 
oposto da adição. Pensamos em subtração quando 
queremos tirar um valor de outro, para saber quanto 
restará. Por exemplo, temos: 
a - b = c 
Nesta subtração, temos que: a é o 
minuendo, b é o subtraendo e c é a diferença (ou 
resto). 
Subtração de Números Inteiros 
Um carteiro, de nome Francisco, deve 
entregar 100 correspondênciaspor dia. Se em 
determinado dia, até seu almoço, Francisco entregar 
63 correspondências, quantas ele deverá entregar 
após o almoço para atingir sua meta? 
Para determinarmos a quantidade de 
correspondências que devem ser entregues após o 
almoço, devemos subtrair o número de 
correspondências já entregues. Ou seja, subtrair 63 
de 100: 
100 - 63 = 37 
Portanto, Francisco deverá entregar 37 
correspondências após o almoço. 
Subtração de Números Decimais 
Marta foi à feira e levou R$ 43,50. Durante 
suas compras, Marta gastou 31,23. Com quanto 
dinheiro Marta voltou para casa? 
Para calcularmos o valor restante, basta 
subtrairmos o valor gasto do valor inicial. 
Para realizar a subtração de números decimais, as 
parcelas são dispostas de modo que se tenha vírgula 
sobre vírgula. 
 
A subtração é feita por colunas, da direita 
para a esquerda, onde devemos retirar do dígito do 
minuendo o dígito do subtraendo. Caso o dígito do 
minuendo seja menor do que o dígito do subtraendo, 
devemos retirar uma unidade do dígito do minuendo 
imediatamente à esquerda do dígito que está sendo 
calculado, e somar 10 (dez) ao dígito do minuendo do 
cálculo atual. 
Neste exemplo, a primeira coluna a ser 
subtraída apresenta os seguintes valores: 0 (dígito do 
minuendo) e 3 (dígito do subtraendo). Como o dígito 
do minuendo é menor que o dígito do subtraendo, 
precisamos retirar 1 (um) do dígito do minuendo à 
esquerda (neste caso, o dígito 5). Após isto, devemos 
somar 10 (dez) ao dígito do minuendo do cálculo 
atual. Portanto, o dígito 5 passa a valer 4, e o dígito 0 
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passa a valer 10. Veja abaixo como ficou a 
subtração após o cálculo da primeira coluna: 
 
O mesmo procedimento é utilizado até 
calcularmos todas as colunas, obtendo-se assim a 
subtração desejada. 
 
Com este resultado, sabemos que Marta 
voltou para casa com R$ 12,27. 
 
SUBTRAÇÃO DE NÚMEROS FRACIONÁRIOS 
Para subtrair frações que tenham o mesmo 
denominador, basta subtrair seus numeradores, 
como no exemplo abaixo: 
 
No caso de frações com denominadores 
diferentes, devemos seguir alguns passos. Para 
entendermos este processo, calcularemos a 
seguinte subtração de frações: 
 
1.º Passo: Encontrar um número que seja 
múltiplo de todos os denominadores (para isto, 
podemos utilizar o M.M.C., que será detalhado em 
outro tópico). Este número será o novo 
denominador. 
Podemos utilizar, neste exemplo, o número 
30 como múltiplo de todos os denominadores. 
2.º Passo: Representar todas as frações da 
subtração com este mesmo denominador. Para 
representar cada fração com este novo 
denominador, basta dividirmos este novo 
denominador pelo numerador da fração, e então 
multiplicar o resultado obtido pelo numerador desta 
mesma fração, obtendo assim o novo numerador 
desta fração. 
Nas frações de nosso exemplo as contas 
são: 30 ÷ 15 × 13 = 26 e 30 ÷ 2 × 1 = 15. Portanto, 
temos: 
 
Propriedades Importantes da Subtração 
3) Elemento Neutro: A parcela 0 (zero) não 
altera o resultado das demais parcelas. O zero é 
chamado "elemento neutro" da adição. Assim, x - 0 = 
x, y - 0 = y e x - 0 - y = x - y. 
4) Fechamento: A diferença de dois 
números naturais será sempre um número natural. 
5) Anulação: Quando o minuendo é igual ao 
subtraendo, a diferença será 0 (zero). Exemplo: 2 - 2 
= 0. 
A MULTIPLICAÇÃO 
Em sua forma mais simples, a multiplicação 
nada mais é do que uma simples forma de se somar 
uma quantidade finita de números iguais. Na 
multiplicação cada número é chamado de fator, e o 
resultado da multiplicação é chamado de produto. 
A multiplicação pode ser escrita de diversas 
formas, todas elas equivalentes: 3 × 4 = 3 . 4 = 3 * 4. 
Multiplicação de Números Inteiros 
A multiplicação de números inteiros pode ser 
considerada como uma soma de parcelas iguais. Por 
exemplo: 
4 × 3 = 3 + 3 + 3 + 3 = 12 
O número 3 apareceu 4 vezes. Portanto, 4 
vezes 3 é igual a 12. Da mesma forma temos: 
3 × 4 = 4 + 4 + 4 = 12 
Neste caso, o número 4 apareceu 3 vezes. 
Então, 3 vezes 4 é igual a 12. 
Problema: Sabemos que Patrícia treina 
natação durante 45 horas a cada mês. Quantas 
horas Patrícia treina durante um ano? 
Para determinarmos quantas horas de 
treinamento Patrícia realiza em um ano, devemos 
multiplicar a quantidade de horas de treinamento em 
um mês (15) pela quantidade de meses em um ano 
(12). 
Temos, portanto, a seguinte multiplicação a 
ser realizada: 15 × 12. 
Para realizarmos a multiplicação, montamos 
a conta da seguinte maneira: 
 
Da direita para esquerda, devemos 
multiplicar cada dígito do segundo fator por todos os 
dígitos do primeiro fator. 
A disposição do resultado se dará da direita 
para a esquerda, iniciando-se abaixo do dígito do 
segundo fator que está sendo calculado. 
Caso a multiplicação de dois dígitos 
ultrapasse o valor 9 (nove), somente preencheremos 
o campo de resultado com o dígito direito do 
resultado obtido. Os dígitos restantes ficarão acima 
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do dígito do primeiro fator, imediatamente à 
esquerda do dígito calculado. No caso do dígito da 
esquerda do primeiro fator, todos os dígitos 
poderão ser incluídos no campo de resultado. 
Neste exemplo, temos a seguinte 
multiplicação: 2 × 5 = 10. Portanto, o 0 (zero) fica 
abaixo do 2, e o 1 fica acima do dígito 1 do primeiro 
fator. 
 
Quando o dígito do primeiro fator estiver 
sendo multiplicado e tiver herdado um número 
acima, será feita a multiplicação normalmente, e 
após isto será somado o valor que estiver acima 
deste dígito, conforme mostra o exemplo abaixo, 
onde 2 × 1 + 1 = 3 
 
Decomposição em fatores primos 
 Todo número natural, maior que 1, pode ser 
decomposto num produto de dois ou mais 
fatores. 
 Decomposição do número 24 num produto: 
 24 = 4 x 6 
 24 = 2 x 2 x 6 
 24 = 2 x 2 x 2 x 3 = 2
3
 x 3 
 No produto 2 x 2 x 2 x 3 todos os fatores são 
primos. 
 Chamamos de fatoração de 24 a 
decomposição de 24 num produto de fatores 
primos. Então a fatoração de 24 é 2
3
 x 3. 
De um modo geral, chamamos de 
fatoração de um número natural, 
maior 
que 1, a sua decomposição num 
produto de fatores primos. 
 Regra prática para a fatoração 
 Existe um dispositivo prático para fatorar um 
número. Acompanhe, no exemplo, os passos para 
montar esse dispositivo: 
 
1º) Dividimos o número pelo 
seu menor divisor primo; 
2º) a seguir, dividimos o 
quociente obtido pelo menor 
divisor primo desse 
quociente e assim 
sucessivamente até obter o 
quociente 1. 
A figura ao lado mostra a 
fatoração do número 630. 
 Então 630 = 2 x 3 x 3 x 5 x 7. 
 630 = 2 x 3
2
 x 5 x 7. 
 
 
MÍNIMO MÚLTIPLO COMUM 
Diz-se que um número m é múltiplo comum 
dos número a e b se m é múltiplo de a e também é 
múltiplo de b, ou seja. 
m = k × a e m = w × b 
onde k e w números naturais. 
Exemplos: Múltiplos comuns 
(a) 24 é múltiplo comum de 6 e 8. 
(b) 15 é múltiplo comum de 3 e 5. 
Determinaremos agora todos os números 
que tem 18 como múltiplo comum, o que é o mesmo 
que obter todos os divisores naturais de 18. 
18 é múltiplo comum de 1 e 18 pois 18=1x18 
18 é múltiplo comum de 2 e 9 pois 18=2x9 
18 é múltiplo comum de 3 e 6 pois 18=3x6 
O número 18 é múltiplo comum de todos os 
seus divisores, logo: 
D(18) = { 1, 2, 3, 6, 9,18 } 
Agora obteremos os múltiplos comuns dos 
números a e b. Para isso denotaremospor M(a) o 
conjunto dos múltiplos de a, por M(b) o conjunto dos 
múltiplos de b e tomaremos a interseção entre os 
conjuntos M(a) e M(b). 
Exemplo: Múltiplos comuns de 3 e 5. 
M(3)={0,3,6,9,12,15,18,21,24,27,30,33,36,39,
42,45,...} 
M(5)={0,5,10,15,20,25,30,35,40,45,50,55,...} 
M(3) M(5)={0,15,30,45,...} 
Como estamos considerando 0 (zero) como 
número natural, ele irá fazer parte dos conjuntos de 
todos os múltiplos de números naturais e será 
sempre o menor múltiplo comum, mas por definição, 
o Mínimo Múltiplo Comum (MMC) de dois ou mais 
números naturais é o menor múltiplo comum a esses 
números que é diferente de zero. Logo, no conjunto: 
M(3) M(5)={0, 15, 30, 45, ...} 
MATEMÁTICA 
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o Mínimo Múltiplo Comum entre 3 e 5 é 
igual a 15. 
Ao trabalhar com dois números a e b, 
utilizamos a notação MMC(a,b) para representar o 
Mínimo Múltiplo Comum entre os números naturais 
a e b, lembrando sempre que o menor múltiplo 
comum deve ser diferente de zero. Por exemplo: 
M(4)={0,4,8,12,16,20,24,...} 
M(6)={ 0, 6, 12, 18, 24, ...} 
MMC(4,6)=min {12,24,36,...}=12 
O conjunto dos múltiplos do MMC(a,b) é 
igual ao conjunto dos múltiplos comuns de a e b. 
Por exemplo, se a=3 e b=5: 
M(3)={0,3,6,9,12,15,18,21,24,27,30,...} 
M(5)={0,5,10,15,20,25,30,35,40,45,...} 
M(3) M(5)={0,15,30,45,...} 
M(15)={0,15,30,45,60,...} 
Observe que M(15)=M(3) M(5) 
 
Método prático para obter o MMC 
Do ponto de vista didático, o processo 
acima é excelente para mostrar o significado do 
MMC mas existe um método prático para realizar tal 
tarefa sem trabalhar com conjuntos. 
 
1. Em um papel faça um traço vertical, 
de forma que sobre espaço livre tanto à direita 
como à esquerda do traço. 
 
| 
 
 
| 
 
 
| 
 
 
2. À esquerda do traço escreva os 
números naturais como uma lista, separados por 
vírgulas, para obter o MMC(a,b,c,...). Por exemplo, 
tomaremos 12, 22 e 28 do lado esquerdo do traço 
vertical e do lado direito do traço poremos o menor 
número primo que divide algum dos números da 
lista que está à esquerda. Aqui usamos o 2. 
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2 
2
2 
2
8 
| 2 
 
| 
 
 
| 
 
 
3. Dividimos todos os números da lista 
da esquerda, que são múltiplos do número primo que 
está à direita do traço, criando uma nova lista 
debaixo da lista anterior com os valores resultantes 
das divisões (possíveis) e com os números que não 
foram divididos. 
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2 
2
2 
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8 
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1 
1
4 
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| 
 
 
| 
 
 
 
4. Repetimos a partir do passo 3 até 
que os valores da lista que está do lado esquerdo do 
traço se tornem todos iguais a um. 
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2 
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1 | 
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24 
 
5. O MMC é o produto dos números 
primos que colocamos do lado direito do traço e 
neste caso: MMC(12,22,28)=924. Exemplo: Obtemos 
o MMC dos números 12 e 15, com a tabela: 
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5 
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| 
 
e depois dividimos todos os números da 
lista da esquerda pelos números primos (quando a 
divisão for possível), criando novas listas sob as 
listas anteriores. O MMC(12,15)=60 é o produto de 
todos os números primos que colocamos do lado 
direito do traço. 
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2 
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5 
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6 
1
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3 
1
5 
3 
1 5 5 
1 1 
6
0 
MÁXIMO DIVISOR COMUM 
Para obter o Máximo Divisor Comum 
devemos introduzir o conceito de divisor comum a 
vários números naturais. Um número d é divisor 
comum de outros dois números naturais a e b se, d 
divide a e d divide b simultaneamente. Isto significa 
que devem existir k1 e k2 naturais tal que: 
a = k1 × d e b = k2 × d 
Exemplos: Divisores comuns. 
(a) 8 divide 24 e 56, pois 24=3x8 e 
56=7x8. 
(b) 3 divide 15 e 36, pois 15=5x3 e 
36=12x3. 
Observação: Um número d é divisor de 
todos os seus múltiplos. O conjunto dos divisores 
comuns de dois números é finito, pois o conjunto 
dos divisores de um número é finito. O conjunto dos 
divisores de um número natural y, será denotado 
por D(y). 
Obteremos agora os divisores comuns aos 
números 16 e 24, isto é, obteremos a interseção 
entre os conjunto D(16) e D(24). 
D(16)={ 1, 2, 4, 8, 16 } 
D(24)={ 1, 2, 3, 4, 6, 8, 12, 24 } 
D(16) D(24)={1, 2, 4, 8} 
Ocorre que o menor divisor comum entre os 
números 16 e 24, é 1, assim não interessa o menor 
divisor comum mas sim o maior divisor que pertence 
simultaneamente aos dois conjuntos de divisores. 
Denotaremos por MDC(a,b), o Máximo 
Divisor Comum entre os números naturais a e b. Por 
exemplo, tomemos os conjuntos de divisores 
D(16)={1,2,4,8,16} e D(24)={1,2,3,4,6,8,12,24}, então: 
MDC(16,24)=max( D(16) D(24))=8 
Método prático para obter o MDC 
De forma similar ao cálculo do MMC(a,b), 
temos também um procedimento prático para 
determinar o MDC(a,b) entre dois números naturais, 
pois encontrar conjuntos de divisores para cada 
número pode ser trabalhoso. Para introduzir este 
método, determinaremos o MDC entre os números 
30 e 72, a título de exemplo. 
1. Construímos uma grade com 3 linhas 
e algumas colunas, pondo os números dados na 
linha do meio. Na primeira coluna coloque o maior 
deles e na segunda coluna o menor. 
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2 
3
0 
 
 
2. Realizamos a divisão do maior pelo 
menor colocando o quociente no espaço sobre o 
número menor na primeira linha e o resto da divisão 
no espaço logo abaixo do maior número na terceira 
linha. 
 
2 
 
7
2 
3
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2 
 
 
3. Passamos o resto da divisão para o 
espaço localizado à direita do menor número na linha 
central. 
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4. Realizamos agora a divisão do 
número 30, pelo resto obtido anteriormente que é 
12. Novamente, o quociente será colocado sobre o 
número 12 e o resto da divisão ficará localizado 
abaixo do número 30. 
 
2 2 
 
7
2 
3
0 
1
2 
 
1
2 
6 
 
 
5. Realizamos agora a (última!) 
divisão do número 12, pelo resto obtido 
anteriormente que é 6. De novo, o quociente será 
posto sobre o número 6 e o resto da divisão ficará 
localizado abaixo do número 12. 
 
2 2 2 
 
7
2 
3
0 
1
2 
6 
 
1
2 
6 0 
 
 
6. Como o resto da última divisão é 0 
(zero), o último quociente obtido representa o MDC 
entre 30 e 72, logo denotamos tal fato por: 
MDC(30,72) = 6 
 
RELAÇÃO ENTRE O MMC E MDC 
Uma relação importante e bastante útil 
entre o MMC e o MDC é o fato que o MDC(a,b) 
multiplicado pelo MMC(a,b) é igual ao produto de a 
por b, isto é: 
MDC(a,b) × MMC(a,b) = a × b 
MDC(12,15) × MMC(12,15)=12 × 15 
Esta relação é útil quando precisamos obter o 
MMC e o MDC de dois números, basta encontrar um 
deles e usar a relação acima. 
 
Exemplo: Para obter o MMC(15,20) e o 
MDC(15,20), o primeiro passo é obter o que for 
possível. Se MDC(15,20)=5 e 15 x 20=300, basta 
lembrar que MDC(15,20)×MMC(15,20)=15×20 e 
fazer: 
5 × MMC(15,20) = 300 
de onde se obtém que MMC(15,20)=60. 
 
 
O CONJUNTO DOS NÚMEROS 
INTEIROS 
números inteiros 
Na época do Renascimento, os matemáticos 
sentiram cada vez mais a necessidade de um novo 
tipo de número, que pudesse ser a solução de 
equações tão simples como: 
x + 2 = 0, 2x + 10 = 0, 4y + 4 = 0As Ciências precisavam de símbolos para 
representar temperaturas acima e abaixo de 0º C, por 
exemplo. Astrônomos e físicos procuravam uma 
linguagem matemática para expressar a atração 
entre dois corpos. 
 
Quando um corpo age com uma força sobre 
outro corpo, este reage com uma força de mesma 
intensidade e sentido contrário. Mas a tarefa não 
ficava somente em criar um novo número, era preciso 
encontrar um símbolo que permitisse operar com 
esse número criado, de modo prático e eficiente. 
Sobre a origem dos sinais 
A idéia sobre os sinais vem dos comerciantes 
da época. Os matemáticos encontraram a melhor 
notação para expressar esse novo tipo de número. 
Veja como faziam tais comerciantes: 
Suponha que um deles tivesse em seu 
armazém duas sacas de feijão com 10 kg cada. Se 
esse comerciante vendesse num dia 8 Kg de feijão, 
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ele escrevia o número 8 com um traço (semelhante 
ao atual sinal de menos) na frente para não se 
esquecer de que no saco faltava 8 Kg de feijão. 
Mas se ele resolvesse despejar no outro 
saco os 2 Kg que restaram, escrevia o número 2 
com dois traços cruzados (semelhante ao atual 
sinal de mais) na frente, para se lembrar de que no 
saco havia 2 Kg de feijão a mais que a quantidade 
inicial. 
Com essa nova notação,os matemáticos 
poderiam, não somente indicar as quantidades, 
mas também representar o ganho ou a perda 
dessas quantidades, através de números, com sinal 
positivo ou negativo. 
O conjunto Z dos Números Inteiros 
Definimos o conjunto dos números inteiros 
como a reunião do conjunto dos números naturais, 
o conjunto dos opostos dos números naturais e o 
zero. Este conjunto é denotado pela letra Z 
(Zahlen=número em alemão). Este conjunto pode 
ser escrito por: 
Z = {..., -4, -3, -2, -1, 0, 1, 2, 3, 4,...} 
Exemplos de subconjuntos do conjunto Z 
(a) Conjunto dos números inteiros excluído 
o número zero: 
Z* = {..., -4, -3, -2, -1, 1, 2, 3, 4,...} 
(b) Conjunto dos números inteiros não 
negativos: 
Z+ = {0, 1, 2, 3, 4,...} 
(c) Conjunto dos números inteiros não 
positivos: 
Z- = {..., -4, -3, -2, -1, 0} 
Observação: Não existe padronização para 
estas notações. 
 
Reta Numerada 
Uma forma de representar 
geometricamente o conjunto Z é construir uma reta 
numerada, considerar o número 0 como a origem e 
o número 1 em algum lugar, tomar a unidade de 
medida como a distância entre 0 e 1 e por os 
números inteiros da seguinte maneira: 
 
Ao observar a reta numerada notamos que 
a ordem que os números inteiros obedecem é 
crescente da esquerda para a direita, razão pela 
qual indicamos com uma seta para a direita. Esta 
consideração é adotada por convenção, o que nos 
permite pensar que se fosse adotada outra forma, 
não haveria qualquer problema. 
Baseando-se ainda na reta numerada 
podemos afirmar que todos os números inteiros 
possuem um e somente um antecessor e também um 
e somente um sucessor. 
 
Ordem e simetria no conjunto Z 
O sucessor de um número inteiro é o número 
que está imediatamente à sua direita na reta (em Z) e 
o antecessor de um número inteiro é o número que 
está imediatamente à sua esquerda na reta (em Z). 
Exemplos: 
(a) 3 é sucessor de 2 
(b) 2 é antecessor de 3 
(c) -5 é antecessor de -4 
(d) -4 é sucessor de -5 
(e) 0 é antecessor de 1 
(f) 1 é sucessor de 0 
(g) -1 é sucessor de -2 
(h) -2 é antecessor de -1 
Todo número inteiro exceto o zero, possui um 
elemento denominado simétrico ou oposto -z e ele é 
caracterizado pelo fato geométrico que tanto z como -
z estão à mesma distância da origem do conjunto Z 
que é 0. 
Exemplos: 
(a) O oposto de ganhar é perder, logo o 
oposto de +3 é -3. 
(b) O oposto de perder é ganhar, logo o 
oposto de -5 é +5. 
Módulo de um número Inteiro 
O módulo ou valor absoluto de um número 
Inteiro é definido como sendo o maior valor (máximo) 
entre um número e seu elemento oposto e pode ser 
denotado pelo uso de duas barras verticais | |. Assim: 
 
|x| = max{-x,x} 
 
Exemplos: 
(a) |0| = 0 
(b) |8| = 8 
(c) |-6| = 6 
Observação: Do ponto de vista geométrico, o 
módulo de um número inteiro corresponde à distância 
deste número até a origem (zero) na reta numérica 
inteira. 
 
Soma (adição) de números inteiros 
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Para melhor entendimento desta operação, 
associaremos aos números inteiros positivos a idéia 
de ganhar e aos números inteiros negativos a idéia 
de perder. 
ganhar 3 + ganhar 4 = ganhar 7 (+3) + (+4) = (+7) 
perder 3 + perder 4 = perder 7 (-3) + (-4) = (-7) 
ganhar 8 + perder 5 = ganhar 3 (+8) + (-5) = (+3) 
perder 8 + ganhar 5 = perder 3 (-8) + (+5) = (-3) 
Atenção: O sinal (+) antes do número 
positivo pode ser dispensado, mas o sinal (-) antes 
do número negativo nunca pode ser dispensado. 
Exemplos: 
(a) -3 + 3 = 0 
(b) +6 + 3 = 9 
(c) +5 - 1 = 4 
Propriedades da adição de números 
inteiros 
Fecho: O conjunto Z é fechado para a 
adição, isto é, a soma de dois números inteiros 
ainda é um número inteiro. 
Associativa: Para todos a,b,c em Z: 
a + ( b + c ) = ( a + b ) + c 
2 + ( 3 + 7 ) = ( 2 + 3 ) + 7 
Comutativa: Para todos a,b em Z: 
a + b = b + a 
3 + 7 = 7 + 3 
Elemento neutro: Existe 0 em Z, que 
adicionado a cada z em Z, proporciona o próprio z, 
isto é: 
z + 0 = z 
7 + 0 = 7 
Elemento oposto: Para todo z em Z, existe 
(-z) em Z, tal que 
z + (-z) = 0 
9 + (-9) = 0 
 
Multiplicação (produto) de números 
inteiros 
A multiplicação funciona como uma forma 
simplificada de uma adição quando os números são 
repetidos. Poderiamos analisar tal situação como o 
fato de estarmos ganhando repetidamente alguma 
quantidade, como por exemplo, ganhar 1 objeto por 
30 vezes consectivas, significa ganhar 30 objetos e 
esta repetição pode ser indicada por um x, isto é: 
1 + 1 + 1 + ... + 1 + 1 = 30 x 1 = 30 
Se trocarmos o número 1 pelo número 2, 
obteremos: 
2 + 2 + 2 + ... + 2 + 2 = 30 x 2 = 60 
Se trocarmos o número 2 pelo número -2, 
obteremos: 
(-2) + (-2) + ... + (-2) = 30 x (-2) = -60 
Observamos que a multiplicação é um caso 
particular da adição onde os valores são repetidos. 
Na multiplicação o produto dos números a e 
b, pode ser indicado por axb, a.b ou ainda ab sem 
nenhum sinal entre as letras. 
Para realizar a multiplicação de números 
inteiros, devemos obedecer à seguinte regra de 
sinais: 
(+1) × (+1) = (+1) 
(+1) × (-1) = (-1) 
(-1) × (+1) = (-1) 
(-1) × (-1) = (+1) 
Com o uso das regras acima, podemos 
concluir que: 
Sinais dos números Resultado do produto 
iguais positivo 
diferentes negativo 
 
Propriedades da multiplicação de 
números inteiros 
Fecho: O conjunto Z é fechado para a 
multiplicação, isto é, a multiplicação de dois números 
inteiros ainda é um número inteiro. 
Associativa: Para todos a,b,c em Z: 
a x ( b x c ) = ( a x b ) x c 
2 x ( 3 x 7 ) = ( 2 x 3 ) x 7 
Comutativa: Para todos a,b em Z: 
a x b = b x a 
3 x 7 = 7 x 3 
Elemento neutro: Existe 1 em Z, que 
multiplicado por todo z em Z, proporciona o próprio z, 
isto é: 
z x 1 = z 
7 x 1 = 7 
Elemento inverso: Para todo inteiro z 
diferente de zero, existe um inverso z
-1
=1/z em Z, tal 
que 
z x z
-1
 = z x (1/z) = 1 
9 x 9
-1
 = 9 x (1/9) = 1 
 
Propriedade mista (distributiva) 
Distributiva: Para todos a,b,c em Z: 
a x ( b + c ) = ( a x b ) + ( a x c ) 
3 x ( 4 + 5 ) = ( 3 x 4 ) + ( 3 x 5 ) 
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Potenciação de números inteiros 
A potência a
n
 do número inteiro a, é 
definida como um produto de n fatores iguais. O 
número a é denominado a base e o número n é o 
expoente. 
a
n
 = a × a × a × a × ... × a 
a é multiplicado por a n vezes 
Exemplos: 
a. 2
5
 = 2 x 2 x 2 x 2 x 2 = 32 
b. (-2)³ = (-2) x (-2) x (-2) = -8 
c. (-5)² = (-5) x (-5) = 25 
d. (+5)² = (+5) x (+5) = 25 
com os exemplos acima, podemos observar 
que a potência de todo número inteiro elevado a um 
expoente par é um número positivo e a potência de 
todo número inteiro elevado a um expoente ímpar é 
um número que conserva o seu sinal. 
 
Observação: Quando o expoente é n=2, a 
potência a² pode ser lida como: "a elevado ao 
quadrado" e quando o expoente é n=3, a potência 
a³ pode ser lida como: "a elevado ao cubo". Tais 
leituras são provenientes do fato que área do 
quadrado pode ser obtida por A=a² onde a é é a 
medida do lado e o volume do cubo pode ser obtido 
por V=a³ onde a é a medida do lado do cubo. 
 
Radiciação de números inteiros 
A raiz n-ésima (de ordem n) de um número 
inteiro a é a operação que resulta em um outro 
número inteiro não negativo b que elevado à 
potência n fornece o número a. O número n é o 
índice da raiz enquanto que o número a é o 
radicando (que fica sob o sinal do radical). Leia a 
observação seguinte para entender as razões pelas 
quais não uso o símbolo de radical neste trabalho. 
Observação: Por deficiência da linguagem 
HTML, que até hoje não implementou o sinal de raiz 
n-ésima, usarei R
n
[a] para indicar a raiz n-ésima de 
a. Quando n=2, simplesmente indicarei a raiz de 
ordem 2 de um número inteiro a como R[a]. 
Assim, b é a raiz n-ésima de a se, e 
somente se, a=b
n
, isto é: 
b=R
n
[a] se, e somente se, a=b
n
 
A raiz quadrada (de ordem 2) de um 
número inteiro a é a operação que resulta em um 
outro número inteiro não negativo que elevado ao 
quadrado coincide com o número a. 
Observação: Não existe a raiz quadrada de 
um número inteiro negativo no conjunto dos 
números inteiros. A existência de um número cujo 
quadrado é igual a um número negativo só será 
estudada mais tarde no contexto dos números 
complexos. 
Erro comum: Frequentemente lemos em 
materiais didáticos e até mesmo ocorre em algumas 
aulas aparecimento de: 
R[9] = ±3 
mas isto está errado. O certo é: 
R[9] = +3 
Observamos que não existe um número 
inteiro não negativo que multiplicado por ele mesmo 
resulte em um número negativo. 
A raiz cúbica (de ordem 3) de um número 
inteiro a é a operação que resulta em um outro 
número inteiro que elevado ao cubo seja igual ao 
número a. Aqui não restringimos os nossos cálculos 
somente aos números não negativos. 
Exemplos: 
(a) R³[8] = 2, pois 2³ = 8. 
(b) R³[-8] = -2, pois (-2)³ = -8. 
(c) R³[27] = 3, pois 3³ = 27. 
(d) R³[-27] = -3, pois (-3)³ = -27. 
Observação: Ao obedecer a regra dos sinais 
para o produto de números inteiros, concluímos que: 
(a) Se o índice da raiz for par, não existe raiz 
de número inteiro negativo. 
(b) Se o índice da raiz for ímpar, é possível 
extrair a raiz de qualquer número inteiro. 
 
O CONJUNTO DOS NÚMEROS 
RACIONAIS 
Um número racional é o que pode ser escrito 
na forma 
m 
 
n 
onde m e n são números inteiros, sendo que 
n deve ser não nulo, isto é, n deve ser diferente de 
zero. Frequentemente usamos m/n para significar a 
divisão de m por n. Quando não existe possibilidade 
de divisão, simplesmente usamos uma letra como q 
para entender que este número é um número 
racional. 
Como podemos observar, números racionais 
podem ser obtidos através da razão (em Latim: 
ratio=razão=divisão=quociente) entre dois números 
inteiros, razão pela qual, o conjunto de todos os 
números racionais é denotado por Q. Assim, é 
comum encontrarmos na literatura a notação: 
Q = {m/n : m e n em Z, n diferente de zero} 
MATEMÁTICA 
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Quando há interesse, indicamos Q+ para 
entender o conjunto dos números racionais 
positivos e Q_ o conjunto dos números racionais 
negativos. O número zero é também um número 
racional. 
No nosso link Frações já detalhamos o 
estudo de frações e como todo número racional 
pode ser posto na forma de uma fração, então 
todas as propriedades válidas para frações são 
também válidas para números racionais. Para 
simplificar a escrita, muitas vezes usaremos a 
palavra racionais para nos referirmos aos números 
racionais. 
 
Dízima periódica 
Uma dízima periódica é um número real da 
forma: 
m,npppp... 
onde m, n e p são números inteiros, sendo 
que o número p se repete indefinidamente, razão 
pela qual usamos os três pontos: ... após o mesmo. 
A parte que se repete é denominada período. 
Em alguns livros é comum o uso de uma 
barra sobre o período ou uma barra debaixo do 
período ou o período dentro de parênteses, mas, 
para nossa facilidade de escrita na montagem desta 
Página, usaremos o período sublinhado. 
 
Exemplos: Dízimas periódicas 
1. 0,3333333... = 0,3 
2. 1,6666666... = 1,6 
3. 12,121212... = 12,12 
4. 0,9999999... = 0,9 
5. 7,1333333... = 7,13 
Uma dízima periódica é simples se a parte 
decimal é formada apenas pelo período. Alguns 
exemplos são: 
1. 0,333333... = 0,(3) = 0,3 
2. 3,636363... = 3,(63) = 3,63 
Uma dízima periódica é composta se possui 
uma parte que não se repete entre a parte inteira e 
o período. Por exemplo: 
1. 0,83333333... = 0,83 
2. 0,72535353... = 0,7253 
Uma dízima periódica é uma soma infinita 
de números decimais. Alguns exemplos: 
1. 0,3333...= 0,3 + 0,03 + 0,003 + 
0,0003 +... 
2. 0,8333...= 0,8 + 0,03 + 0,003 + 
0,0003 + ... 
3. 4,7855...= 4,78 + 0,005 + 0,0005 + ... 
A conexão entre números racionais e 
números reais 
Um fato importante que relaciona os números 
racionais com os números reais é que todo número 
real que pode ser escrito como uma dízima periódica 
é um número racional. Isto significa que podemos 
transformar uma dízima periódica em uma fração. 
O processo para realizar esta tarefa será 
mostrado na sequência com alguns exemplos 
numéricos. Para pessoas interessadas num estudo 
mais aprofundado sobre a justificativa para o que 
fazemos na sequência, deve-se aprofundar o estudo 
de séries geométricas no âmbito do Ensino Médio ou 
mesmo estudar números racionais do ponto de vista 
do Cálculo Diferencial e Integral ou da Análise na 
Reta no âmbito do Ensino Superior. 
 
A geratriz de uma dízima periódica 
Dada uma dízima periódica, qual será a 
fração que dá origem a esta dízima? Esta fração é de 
fato um número racional denominado a geratriz da 
dízima periódica. Para obter a geratriz de uma dízima 
periódica devemos trabalhar com o número dado 
pensado como uma soma infinita de números 
decimais. Para mostrar como funciona o método, 
utilizaremos diversos exemplos numéricos. 
1. Seja S a dízima periódica 
0,3333333..., isto é, S=0,3. Observe que o período 
tem apenas 1 algarismo. Iremos escrever este 
número como uma soma de infinitos números 
decimais da forma: 
S = 0,3 + 0,03 + 0,003 + 0,0003 + 0,00003 +... 
Multiplicando esta soma "infinita" por 10
1
=10 
(o período tem 1 algarismo), obteremos: 
10 S = 3 + 0,3 + 0,03 + 0,003 + 0,0003 +... 
Observe que são iguais as duas últimas 
expressões que aparecem em cor vermelha! 
Subtraindo membro a membro a penúltima 
expressão da última, obtemos: 
10 S - S = 3 
donde segue que 
9 S = 3 
Simplificando, obtemos: 
S = 
1 
 
3 
= 0,33333... = 0,3 
http://pessoal.sercomtel.com.br/matematica/fundam/fracoes/fracoes.htm
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Exercício: Usando o mesmo argumento que 
antes, você saberia mostrar que: 
0,99999... = 0,9 = 1 
 
2. Vamos tomar agora a dízima 
periódica T=0,313131..., isto é, T=0,31. Observe 
que o período tem agora 2 algarismos. Iremos 
escrever este número como uma soma de infinitos 
números decimais da forma: 
T =0,31 + 0,0031 + 0,000031 +... 
Multiplicando esta soma "infinita" por 
10²=100 (o período tem 2 algarismos), obteremos: 
100 T = 31 + 0,31 + 0,0031 + 0,000031 +... 
Observe que são iguais as duas últimas 
expressões que aparecem em cor vermelha, assim: 
100 T = 31 + T 
de onde segue que 
99 T = 31 
e simplificando, temos que 
T = 
31 
 
99 
= 0,31313131... = 0,31 
3. Um terceiro tipo de dízima periódica 
é T=7,1888..., isto é, T=7,18. Observe que existe 
um número com 1 algarismo após a vírgula 
enquanto que o período tem também 1 algarismo. 
Escreveremos este número como uma soma de 
infinitos números decimais da forma: 
R = 7,1 + 0,08 + 0,008 + 0,0008 +... 
Manipule a soma "infinita" como se fosse 
um número comum e passe a parte que não se 
repete para o primeiro membro para obter: 
R-7,1 = 0,08 + 0,008 + 0,0008 +... 
Multiplique agora a soma "infinita" por 
10
1
=10 (o período tem 1 algarismo), para obter: 
10(R-7,1) = 0,8 + 0,08 + 0,008 + 0,0008 +... 
Observe que são iguais as duas últimas 
expressões que aparecem em cor vermelha! 
Subtraia membro a membro a penúltima 
expressão da última para obter: 
10(R-7,1) - (R-7,1) = 0,8 
Assim: 
10R - 71 - R + 7,1 = 0,8 
Para evitar os números decimais, 
multiplicamos toda a expressão por 10 e 
simplificamos para obter: 
90 R = 647 
Obtemos então: 
T = 
647 
 
90 
= 7,1888... = 7,18 
4. Um quarto tipo de dízima periódica é 
T=7,004004004..., isto é, U=7,004. Observe que o 
período tem 3 algarismos, sendo que os dois 
primeiros são iguais a zero e apenas o terceiro é não 
nulo. Decomporemos este número como uma soma 
de infinitos números decimais da forma: 
U = 7 + 0,004 + 0,004004 + 0,004004004 +... 
Manipule a soma "infinita" como se fosse um 
número comum e passe a parte que não se repete 
para o primeiro membro para obter: 
U-7 = 0,004 + 0,004004 + 0,004004004 +... 
Multiplique agora a soma "infinita" por 
10³=1000 (o período tem 3 algarismos), para obter: 
1000(U-7) = 4 + 0,004 + 0,004004 + 0,004004004 +... 
Observe que são iguais as duas últimas 
expressões que aparecem em cor vermelha! 
Subtraia membro a membro a penúltima 
expressão da última para obter: 
1000(U-7) - (U-7) = 4 
Assim: 
1000U - 7000 - U + 7 = 4 
Obtemos então 
999 U = 6997 
que pode ser escrita na forma: 
T = 
6997 
 
999 
= 7,004004... = 7,004 
Números irracionais 
Um número real é dito um número irracional 
se ele não pode ser escrito na forma de uma fração 
ou nem mesmo pode ser escrito na forma de uma 
dízima periódica. 
Exemplo: O número real abaixo é um número 
irracional, embora pareça uma dízima periódica: 
x=0,10100100010000100000... 
Observe que o número de zeros após o 
algarismo 1 aumenta a cada passo. Existem infinitos 
números reais que não são dízimas periódicas e dois 
números irracionais muito importantes, são: 
e = 2,718281828459045..., 
Pi = 3,141592653589793238462643... 
que são utilizados nas mais diversas 
aplicações práticas como: cálculos de áreas, 
volumes, centros de gravidade, previsão 
populacional, etc... 
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Exercício: Determinar a medida da diagonal 
de um quadrado cujo lado mede 1 metro. O 
resultado numérico é um número irracional e pode 
ser obtido através da relação de Pitágoras. O 
resultado é a raiz quadrada de 2, denotada aqui por 
R[2] para simplificar as notações estranhas. 
 
Representação, ordem e simetria dos 
racionais 
Podemos representar geometricamente o 
conjunto Q dos números racionais através de uma 
reta numerada. Consideramos o número 0 como a 
origem e o número 1 em algum lugar e tomamos a 
unidade de medida como a distância entre 0 e 1 e 
por os números racionais da seguinte maneira: 
 
Ao observar a reta numerada notamos que 
a ordem que os números racionais obedecem é 
crescente da esquerda para a direita, razão pela 
qual indicamos com uma seta para a direita. Esta 
consideração é adotada por convenção, o que nos 
permite pensar em outras possibilidades. 
Dizemos que um número racional r é menor 
do que outro número racional s se a diferença r-s é 
positiva. Quando esta diferença r-s é negativa, 
dizemos que o número r é maior do que s. Para 
indicar que r é menor do que s, escrevemos: 
r < s 
Do ponto de vista geométrico, um número 
que está à esquerda é menor do que um número 
que está à direita na reta numerada. 
Todo número racional q exceto o zero, 
possui um elemento denominado simétrico ou 
oposto -q e ele é caracterizado pelo fato geométrico 
que tanto q como -q estão à mesma distância da 
origem do conjunto Q que é 0. Como exemplo, 
temos que: 
(a) O oposto de 3/4 é -3/4. 
(b) O oposto de 5 é -5. 
Do ponto de vista geométrico, o simétrico 
funciona como a imagem virtual de algo colocado 
na frente de um espelho que está localizado na 
origem. A distância do ponto real q ao espelho é a 
mesma que a distância do ponto virtual -q ao 
espelho. 
 
Módulo de um número racional 
O módulo ou valor absoluto de um número 
racional q é maior valor entre o número q e seu 
elemento oposto -q, que é denotado pelo uso de 
duas barras verticais | |, por: 
|q| = max{-q,q} 
Exemplos: |0|=0, |2/7|=2/7 e |-6/7|=6/7. 
Do ponto de vista geométrico, o módulo de 
um número racional q é a distância comum do ponto 
q até a origem (zero) que é a mesma distância do 
ponto -q à origem, na reta numérica racional. 
 
 
A soma (adição) de números racionais 
Como todo número racional é uma fração ou 
pode ser escrito na forma de uma fração, definimos a 
adição entre os números racionais a/b e c/d, da 
mesma forma que a soma de frações, através de: 
a 
 
b 
+ 
c 
 
d 
= 
ad+bc 
 
bd 
 
Propriedades da adição de números 
racionais 
Fecho: O conjunto Q é fechado para a 
operação de adição, isto é, a soma de dois números 
racionais ainda é um número racional. 
Associativa: Para todos a, b, c em Q: 
a + ( b + c ) = ( a + b ) + c 
Comutativa: Para todos a, b em Q: 
a + b = b + a 
Elemento neutro: Existe 0 em Q, que 
adicionado a todo q em Q, proporciona o próprio q, 
isto é: 
q + 0 = q 
Elemento oposto: Para todo q em Q, existe -q 
em Q, tal que 
q + (-q) = 0 
Subtração de números racionais:A subtração 
de dois números racionais p e q é a própria operação 
de adição do número p com o oposto de q, isto é: 
p - q = p + (-q) 
Na verdade, esta é uma operação 
desnecessária no conjunto dos números racionais. 
 
A Multiplicação (produto) de números racionais 
Como todo número racional é uma fração ou 
pode ser escrito na forma de uma fração, definimos o 
produto de dois números racionais a/b e c/d, da 
mesma forma que o produto de frações, através de: 
a 
 
× 
c 
 
= 
ac 
 
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b d bd 
 
O produto dos números racionais a e b 
também pode ser indicado por a × b, axb, a.b ou 
ainda ab sem nenhum sinal entre as letras. 
Para realizar a multiplicação de números 
racionais, devemos obedecer à mesma regra de 
sinais que vale em toda a Matemática: 
(+1) × (+1) = (+1) 
(+1) × (-1) = (-1) 
(-1) × (+1) = (-1) 
(-1)× (-1) = (+1) 
Podemos assim concluir que o produto de 
dois números com o mesmo sinal é positivo, mas o 
produto de dois números com sinais diferentes é 
negativo. 
Propriedades da multiplicação de números 
racionais 
Fecho: O conjunto Q é fechado para a 
multiplicação, isto é, o produto de dois números 
racionais ainda é um número racional. 
Associativa: Para todos a, b, c em Q: 
a × ( b × c ) = ( a × b ) × c 
Comutativa: Para todos a, b em Q: 
a × b = b × a 
Elemento neutro: Existe 1 em Q, que 
multiplicado por todo q em Q, proporciona o próprio 
q, isto é: 
q × 1 = q 
Elemento inverso: Para todo q=a/b em Q, q 
diferente de zero, existe q
-1
=b/a em Q, tal que 
q × q
-1
 = 1 
Esta última propriedade pode ser escrita 
como: 
a 
 
b 
× 
b 
 
a 
= 1 
Divisão de números racionais: A divisão de 
dois números racionais p e q é a própria operação 
de multiplicação do número p pelo inverso de q, isto 
é: 
p ÷ q = p × q
-1
 
Provavelmente você já deve ter sido 
questionado: Porque a divisão de uma fração da 
forma a/b por outra da forma c/d é realizada como o 
produto da primeira pelo inverso da segunda? 
A divisão de números racionais esclarece a 
questão: 
a
 
 
b 
÷ 
c 
 
d 
= 
a 
 
b 
× 
d 
 
c 
= 
ad 
 
bc 
Na verdade, a divisão é um produto de um 
número racional pelo inverso do outro, assim esta 
operação é também desnecessária no conjunto dos 
números racionais. 
 
Propriedade distributiva (mista) 
Distributiva: Para todos a, b, c em Q: 
a × ( b + c ) = ( a × b ) + ( a × c ) 
 
 
Potenciação de números racionais 
A potência q
n
 do número racional q é um 
produto de n fatores iguais. O número q é 
denominado a base e o número n é o expoente. 
q
n
 = q × q × q × q × ... × q, (q aparece n vezes) 
Exemplos: 
(a) (2/5)³ =(2/5) (2/5)×(2/5) = 8/125 
(b) (-1/2)³=(-1/2)×(-1/2)×(-1/2) = -1/8 
(c) (-5)² =(-5)×(-5) = 25 
(d) (+5)² =(+5)×(+5) = 25 
Observação: Se o expoente é n=2, a 
potência q² pode ser lida como: q elevado ao 
quadrado e se o expoente é n=3, a potência q³ pode 
ser lida como: q elevado ao cubo. Isto é proveniente 
do fato que área do quadrado pode ser obtida por 
A=q² onde q é a medida do lado do quadrado e o 
volume do cubo pode ser obtido por V=q³ onde q é a 
medida da aresta do cubo. 
 
Raízes de números racionais 
A raiz n-ésima (raiz de ordem n) de um 
número racional q é a operação que resulta em um 
outro número racional r que elevado à potência n 
fornece o número q. O número n é o índice da raiz 
enquanto que o número q é o radicando (que fica sob 
o estranho sinal de radical). 
Leia a observação seguinte para entender as 
razões pelas quais evito usar o símbolo de radical 
neste trabalho. Assim: 
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r = R
n
[q] equivale a q = r
n
 
Por deficiência da linguagem HTML, que 
ainda não implementou sinais matemáticos, 
denotarei aqui a raiz n-ésima de q por R
n
[q]. 
Quando n=2, simplesmente indicarei a raiz 
quadrada (de ordem 2) de um número racional q 
por R[q]. 
A raiz quadrada (raiz de ordem 2) de um 
número racional q é a operação que resulta em um 
outro número racional r não negativo que elevado 
ao quadrado seja igual ao número q, isto é, r²=q. 
Não tem sentido R[-1] no conjunto dos 
números racionais. 
Exemplos: 
(a) R³[125] = 5 pois 5³=125. 
(b) R³[-125] = -5 pois (-5)³=-125. 
(c) R[144] = 12 pois 12²=144. 
(d) R[144] não é igual a -12 embora (-
12)²=144. 
Observação: Não existe a raiz quadrada de 
um número racional negativo no conjunto dos 
números racionais. A existência de um número cujo 
quadrado seja igual a um número negativo só será 
estudada mais tarde no contexto dos Números 
Complexos. 
Erro comum: Frequentemente lemos em 
materiais didáticos e até mesmo ocorre em algumas 
aulas o aparecimento de: 
R[9] = ±3 
mas isto está errado. O certo é: 
R[9] = +3 
Não existe um número racional não 
negativo que multiplicado por ele mesmo resulte em 
um número negativo. 
A raiz cúbica (de ordem 3) de um número 
racional q é a operação que resulta na obtenção de 
um um outro número racional que elevado ao cubo 
seja igual ao número q. Aqui não restringimos os 
nossos cálculos são válidos para números 
positivos, negativos ou o próprio zero. 
Exemplos: 
(a) R³[8] = 2, pois 2³ = 8. 
(b) R³[-8] = -2, pois (-2)³ = -8. 
(c) R³[27] = 3, pois 3³ = 27. 
(d) R³[-27]= -3, pois (-3)³ = -27. 
Observação: Obedecendo à regra dos sinais 
para a multiplicação de números racionais, 
concluímos que: 
(1) Se o índice n da raiz for par, não existe 
raiz de número racional negativo. 
(2) Se o índice n da raiz for ímpar, é possível 
extrair a raiz de qualquer número racional. 
 
 
Média aritmética e média ponderada 
Média aritmética: Seja uma coleção formada 
por n números racionais: x1, x2, x3, ..., xn. A média 
aritmética entre esses n números é a soma dos 
mesmos dividida por n, isto é: 
A= 
x1 + x2 + x3 +...+ xn 
 
n 
 
 
Exemplo: Se um grupo de 9 pessoas tem as 
idades: 
12, 54, 67, 15, 84, 24, 38, 25, 33 
então a idade média do grupo pode ser 
calculada pela média aritmética: 
A
= 
12 + 54 + 67 + 15 + 84 + 24 + 38 + 25 + 33 
 
9 
= 
352 
 
9 
= 39,11 
 
o que significa que a idade média está 
próxima de 39 anos. 
Média aritmética ponderada:Consideremos 
uma coleção formada por n números racionais: x1, x2, 
x3, ..., xn, de forma que cada um esteja sujeito a um 
peso, respectivamente, indicado por: p1, p2, p3, ..., pn. 
A média aritmética ponderada desses n números é a 
soma dos produtos de cada um por seu peso, 
dividida por n, isto é: 
P= 
x1 p1 + x2 p2 + x3 p3 +...+ xn pn 
 
p1 + p2 + p3 +...+ pn 
 
 
Exemplo: Um grupo de 64 pessoas, que 
trabalha (com salário por dia), em uma empresa é 
formado por sub-grupos com as seguintes 
características: 
12 ganham R$ 50,00 
10 ganham R$ 60,00 
20 ganham R$ 25,00 
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15 ganham R$ 90,00 
 7 ganham R$ 120,00 
Para calcular a média salarial (por dia) de 
todo o grupo devemos usar a média aritmética 
ponderada: 
P= 
50×12 + 60×10 + 25×20 + 
90×15 + 120×7 
 
12 + 10 + 20 + 15 + 7 
= 
389
0 
 
64 
=60,7
8 
 
 
 
Médias geométrica e harmônica 
Média geométrica: Consideremos 
umacoleção formada por n números racionais não 
negativos: x1, x2, x3, ..., xn. A média geométrica 
entre esses n números é a raiz n-ésima do produto 
entre esses números, isto é: 
G = R
n
[x1 x2 x3 ... xn] 
Exemplo: A a média geométrica entre os 
números 12, 64, 126 e 345, é dada por: 
G = R
4
[12 ×64×126×345] = 76,013 
 
Aplicação prática: Dentre todos os 
retângulos com a área igual a 64 cm², qual é o 
retângulo cujo perímetro é o menor possível, isto é, 
o mais econômico? A resposta a este tipo de 
questão é dada pela média geométrica entre as 
medidas do comprimento a e da largura b, uma vez 
que a.b=64. 
A média geométrica G entre a e b fornece a 
medida desejada. 
G = R[a × b] = R[64] = 8 
Resposta: É o retângulo cujo comprimento 
mede 8 cm e é lógico que a altura também mede 8 
cm, logo só pode ser um quadrado! O perímetro 
neste caso é p=32 cm. Em qualquer outra situação 
em que as medidas dos comprimentos forem 
diferentes das alturas, teremos perímetros maiores 
do que 32 cm. 
Interpretação gráfica: A média geométrica 
entre dois segmentos de reta pode ser obtida 
geometricamente de uma forma bastante simples. 
Sejam AB e BC segmentos de reta. Trace 
um segmento de reta que contenha a junção dos 
segmentosAB e BC, de forma que eles formem 
segmentos consecutivos sobre a mesma reta. 
 
Dessa junção aparecerá um novo segmento 
AC. Obtenha o ponto médio O deste segmento e com 
um compasso centrado em O e raio OA, trace uma 
semi-circunferencia começando em A e terminando 
em C. O segmento vertical traçado para cima a partir 
de B encontrará o ponto D na semi-circunferência. A 
medida do segmento BD corresponde à média 
geométrica das medidas dos segmentos AB e BC. 
Média harmônica: Seja uma coleção formada 
por n números racionais positivos: x1, x2, x3, ..., xn. A 
média harmônica H entre esses n números é a 
divisão de n pela soma dos inversos desses n 
números, isto é: 
 
 
 
CONJUNTO DOS NÚMEROS REAIS 
 
O conjunto dos números reais surge para 
designar a união do conjunto dos números racionais 
e o conjunto dos números irracionais. É importante 
lembrar que o conjunto dos números racionais é 
formado pelos seguintes conjuntos: Números 
Naturais e Números Inteiros. Vamos exemplificar os 
conjuntos que unidos formam os números reais. Veja: 
Números Naturais (N): 0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 
9, 10, 11, 12, 13, 14, 15, 16, 17, .... 
Números Inteiros (Z): ..., –8, –7, –6, –5, –4, –
3, – 2, –1, 0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, ..... 
Números Racionais (Q): 1/2, 3/4, 0,25, –5/4, 
Números Irracionais (I): √2, √3, –√5, 
1,32365498...., 3,141592.... 
Podemos concluir que o conjunto dos 
números reais é a união dos seguintes conjuntos: 
N U Z U Q U I = R ou Q U I = R 
Os números reais podem ser representados 
por qualquer número pertencente aos conjuntos da 
união acima. Essas designações de conjuntos 
numéricos existem no intuito de criar condições de 
resolução de equações e funções. As soluções 
devem ser dadas obedecendo padrões matemáticos 
e de acordo com a condição de existência da 
incógnita na expressão. 
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Todo número decimal é um número 
irracional? Para as pessoas que têm dúvida quanto 
a isso, veremos, neste artigo, como definir o 
conjunto dos números irracionais e observaremos 
alguns exemplos de números importantes na 
matemática, que são “constantes irracionais”. 
Os números irracionais são aqueles que 
não podem ser representados por meio de uma 
fração. O surgimento desses números veio de um 
antigo problema que Pitágoras se recusava a 
aceitar, que era o cálculo da diagonal de um 
quadrado, cujo lado mede 1 unidade, diagonal esta 
que mede √2. Este número deu início ao estudo de 
um novo conjunto, representado pelos números 
irracionais. 
Encontrando a diagonal do quadrado 
Hoje em dia, pensamos: “Nossa, mas 
encontrar o valor de √2 é tão fácil, basta usarmos a 
calculadora”. Entretanto, na época em que 
começaram estes estudos, o único mecanismo para 
encontrar os valores das raízes quadradas envolvia 
os números quadrados (√2²,√3²,√4², …). 
Com o estudo contínuo dos elementos da 
matemática, os matemáticos se depararam com a 
necessidade de calcular o comprimento de uma 
circunferência; e com cálculos contínuos, notaram 
que um número se repetia para qualquer que fosse 
a circunferência, número este que outrora foi 
denominado de número pi (π). 
Esse número é encontrado através da 
razão do comprimento pelo diâmetro da 
circunferência. 
Razão para o valor do número pi 
Esse é um dos números que foi citado no 
início do texto: a constante π é de fundamental 
importância para a área de geometria e 
trigonometria. 
Veremos alguns exemplos de números 
irracionais e notaremos que a sua parte decimal 
não possui nenhuma estrutura que possa ser 
fundamentada em forma de fração, assim como 
ocorre em frações periódicas. 
Constantes irracionais ou números 
transcendentais: 
Números irracionais 
Números irracionais obtidos pela raiz 
quadrada de um número: 
Números irracionais obtidos pela radiciação 
Estes são os números irracionais, cujo valor 
da última casa decimal nunca saberemos. 
Com isso, podemos falar que números 
irracionais são aqueles que em sua forma decimal 
são números decimais infinitos e não periódicos. 
Em outras palavras, são aqueles números que 
possuem infinitas casas decimais e em nenhuma 
delas obteremos um período de repetição. 
O conjunto dos números irracionais é 
representado pela letra I ( i maiúscula) . 
O conjunto dos números reais é formado a 
partir da união dos seguintes conjuntos: 
Números Naturais: (0,1,2,3,4,5,6,7,8,9,....) 
Números Inteiros: (....,-3,-2,-1,0,1,2,3,.....) 
Números Racionais: (números na forma de 
a/b, com b≠0 e decimais periódicos. Ex: 
1/2; 3/5; 0,25; 0,33333.....) 
Números Irracionais: (números decimais não 
periódicos. Ex. 0,2354658752485879.....) 
Intervalo Real 
Intervalo aberto em a e aberto em b, ]a,b[ , 
{xЄR/a < x < b} 
Aberto à esquerda e aberto à direita 
 
 
Intervalo aberto em a e fechado em b, 
]a,b], {xЄR/a < x ≤ b} 
Aberto à esquerda e fechado à direita 
 
Intervalo fechado em a e aberto em b, 
[a,b[, {xЄR/a ≤ x < b} 
Fechado à esquerda e aberto à direita 
 
 
Intervalo fechado em a e fechado em b, [a,b], 
{xЄR/a ≤ x ≤ b} 
Fechado à esquerda e fechado à direita 
 
 
Intervalos infinitos 
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{xЄR/x > a} 
 
{xЄR/x<a} 
 
{xЄR/x≥a} 
 
 
{xЄR/≤a} 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FATORIAL 
Ao produto dos números naturais começando 
em n e decrescendo até 1 denominamos de fatorial 
de n e representamos por n!. 
Segundo tal definição, o fatorial de 5 é 
representado por 5! e lê-se 5 fatorial. 
5! é igual a 5 . 4 . 3 . 2 . 1 que é igual a 120, 
assim como 4! é igual a 4 . 3 . 2 . 1 que é igual a 24, 
como 3! é igual a 3 . 2 . 1 que é igual a 6 e que 2! é 
igual a 2 . 1 que é igual a 2. 
Por definição tanto 0!, quanto 1! são iguais a 
1. 
Abaixo, no final da página, temos uma tabela 
com os 28 primeiros fatoriais. Repare que apesar do 
número 27 ser relativamente baixo, o seu fatorial 
possui 29 dígitos! 
 Escrevendo um fatorial a partir de um 
outro fatorial menor 
Vimos que 5! é equivalente a 5 . 4 . 3 . 2 . 1, 
mas note que também podemos escrevê-lo de outras 
formas, em função de fatoriais menores, tais como 4!, 
3! e 2!: 
1. 5! = 5 . 4! 
2. 5! = 5 . 4 . 3! 
3. 5! = 5 . 4 . 3 . 2! 
 
Para um fatorial genérico temos: 
n! = n . (n - 1)! = n . (n - 1) . (n -
 2)! = n . (n - 1) . (n - 2) . (n - 3) . ... . 1! 
Observe atentamente os exemplos seguintes: 
1. (n + 3)! = (n + 3) . (n + 2)! 
2. (n + 3)! = (n + 3) . (n + 2) . (n + 1)! 
3. (n + 1)! = (n + 1) . n! 
 
Vamos atribuir a n o valor numérico 6, para 
termos uma visão mais clara destas sentenças: 
1. 9! = 9 . 8! 
2. 9! = 9 . 8 . 7! 
3. 7! = 7 . 6! 
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Estes conceitos são utilizados em muitos 
dos problemas envolvendo fatoriais. 
1.1 Simplificação envolvendo fatoriais 
Observe a fração abaixo: 
 
Vimos que 5! é equivalente a 5! = 5 . 4 . 3!. 
Então podemos escrever a fração da seguinte 
forma: 
 
Agora podemos simplificar o 3! do 
numerador com o 3! do denominador. Temos então: 
 
Veja outros exemplos: 
Gerando uma sequência de números 
compostos consecutivos a partir de um fatorial 
Na páginaonde falamos sobre múltiplos de 
um número natural foi explicado que se a um 
número que é múltiplo de n, somarmos n ou 
qualquer um dos seus múltiplos, iremos obter como 
resultado um número que também é múltiplo de n. 
3! + 2 = 3 . 2 . 1 + 2 = 6 + 2 = 8 
3! + 3 = 3 . 2 . 1 + 3 = 6 + 3 = 9 
Repare que 8, resultado da soma de 6 com 
2, é divisível por 2, assim como 6. O mesmo 
ocorrendo com 9, resultado da soma de 6 com 3, 
que também é divisível por 3. 
Como 8 e 9 são múltiplos de algum fator de 
3!, temos que eles formam uma sequência de dois 
números compostos (não primos) consecutivos a 
partir do fatorial de três. 
3! possui três fatores, mas só podemos 
considerar os fatores maiores que 1, por isto só 
pudemos somar dois e três. Note neste exemplo, 
que se somássemos 3! + 1, iríamos obter 7, que 
não é um número composto. Sete é um número 
primo. 
 Exemplos de problemas envolvendo 
fatoriais 
Qual deve ser o valor numérico de n para 
que a equação (n + 2)! = 20 . n! seja verdadeira? 
O primeiro passo na resolução deste 
problema consiste em escrevermos (n + 2)! em 
função de n!, em busca de uma equação que não 
mais contenha fatoriais: 
Conforme explicado na página onde tratamos 
sobre o cálculo rápido das raízes de equações do 
segundo grau, podemos resolver rapidamente esta 
equação respondendo à seguinte pergunta: Quais 
são os dois números cuja soma é igual a -3 e cujo 
produto é igual -18? 
Rapidamente concluímos que as raízes 
procuradas são -6 e 3, mas como não existe fatorial 
de números negativos, já que eles não pertencem ao 
conjunto dos números naturais, ficamos apenas com 
a raiz igual a 3. 
Portanto: 
O valor numérico de n para que a equação 
seja verdadeira é igual a 3. 
A partir de fatoriais, obtenha uma 
sequência com sete números compostos 
consecutivos. 
Como eu devo obter 7 números compostos 
consecutivos na sequência, eu preciso partir ao 
menos de 8!: 
8! = 8 . 7 . 6. 5 . 4 . 3 . 2 . 1 = 40320 
Como 8! é igual a 40320, o primeiro número 
da sequência será 40320 + 2 = 40322 e o último 
será 40320 + 8 = 40328. 
Logo: 
A sequência 40322, 40323, 40324, 40325, 
40326, 40327 e 40328 satisfaz as condições do 
enunciado. 
Tabela com os fatorais de 0 a 27 
n n! 
0 1 
1 1 
2 2 
3 6 
4 24 
5 120 
6 720 
7 5040 
8 40320 
9 362880 
10 3628800 
11 39916800 
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12 479001600 
13 6227020800 
14 87178291200 
15 1307674368000 
16 20922789888000 
17 355687428096000 
18 6402373705728000 
19 121645100408832000 
20 2432902008176640000 
21 51090942171709440000 
22 1124000727777607680000 
23 25852016738884976640000 
24 620448401733239439360000 
25 15511210043330985984000000 
26 403291461126605635584000000 
27 10888869450418352160768000000 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PRINCÍPIO DA CONTAGEM 
Em uma carteira escolar temos quatro livros 
de diferentes matérias, empilhados de cima para 
baixo nesta exata ordem: 
Português, matemática, história e geografia. 
 
Incluindo a ordem atual, de quantas maneiras 
no total podemos empilhar tais livros nesta carteira? 
Vamos pensar sobre o problema. 
Na escolha do primeiro livro a ser colocado 
na carteira temos 4 possibilidades, pois ainda não 
colocamos nenhum livro nela, temos então quatro 
livros a escolher: Português, matemática, história e 
geografia. 
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Se começarmos a pilha com o livro de 
português, na escolha do próximo livro a ser 
colocado sobre ele, temos 3 possibilidades: 
matemática, história e geografia. 
Se escolhermos o livro de história como o 
segundo livro da pilha, para o terceiro livro temos 2 
possibilidades apenas: matemática e geografia. 
Se colocarmos na pilha o livro de geografia, 
para o último livro temos obviamente 1 
possibilidade: matemática. 
Veja pela figura ao lado que as 4 
possibilidades do primeiro livro podem ser 
combinadas com cada uma das 3 possibilidades do 
segundo livro, que podem ser combinadas com 
cada uma das 2 possibilidades do terceiro livro, que 
podem finalmente ser combinadas com 1 
possibilidade do quarto livro. Matematicamente o 
número total de possibilidades seria: 
4 . 3 . 2 . 1 = 24 
Neste cálculo utilizamos o princípio 
fundamental da contagem. 
Princípio Fundamental da Contagem 
O princípio fundamental da contagem diz 
que um evento que ocorre em n situações 
independentes e sucessivas, tendo a primeira 
situação ocorrendo de m1 maneiras, a segunda 
situação ocorrendo de m2 maneiras e assim 
sucessivamente até a n-ésima situação ocorrendo 
de mn maneiras, temos que o número total de 
ocorrências será dado pelo produto: 
 
Exemplos 
Quantos são os números naturais de dois 
algarismos que são múltiplos de 5? 
Como o zero à esquerda de um número 
não é significativo, para que tenhamos um número 
natural com dois algarismos ele deve começar com 
um dígito de 1 a 9, temos portanto 9 possibilidades. 
Para que o número seja um múltiplo de 5, o 
mesmo deve terminar em 0 ou 5, portanto temos 
apenas 2 possibilidades. 
A multiplicação de 9 por 2 nos dará o 
resultado desejado. 
Logo: 
São 18 os números naturais de dois 
algarismos que são múltiplos de 5. 
Eu possuo 4 pares de sapatos e 10 pares 
de meias. De quantas maneiras poderei me calçar 
utilizando um par de meias e um de sapatos? 
Pelo princípio fundamental da contagem 
temos que multiplicar 4, que é o número de 
elementos do primeiro conjunto, por 10 que 
corresponde ao número de elementos do segundo 
conjunto. 
Portanto: 
Poderei me calçar de 40 maneiras 
diferentes. 
De quantas formas podemos dispor as 
letras da palavra FLUOR de sorte que a última letra 
seja sempre a letra R? 
Para a última letra, segundo o enunciado 
temos apenas uma possibilidade que é a letra R. 
Para a primeira, segunda, terceira e quarta 
letras temos respectivamente 4, 3, 2 e 1 
possibilidades. Assim temos: 
 
Note que este exemplo é semelhante ao caso 
dos livros, explicado no início da página, só que 
neste caso teríamos mais um livro, digamos de 
ciências, que sempre seria colocado na pilha por 
último. 
Podemos dispor as letras da palavra 
FLUOR de 24 formas diferentes, tal que a última letra 
seja sempre a letra R. 
Quantos números naturais com 3 
algarismos podemos formar que não comecem com 
16, nem com 17? 
Neste exemplo iremos fazer o cálculo em 
duas partes. Primeiro iremos calcular quantos são os 
números com três algarismos. 
Como neste caso na primeira posição não 
podemos ter o dígito zero, o número de 
possibilidades para cada posição é respectivamente: 
9, 10 e 10. 
Portanto temos 900 números naturais com 
três dígitos. 
Agora vamos calcular quantos deles 
começam com 16 ou 17. 
Para a primeira posição temos apenas uma 
possibilidade, o dígito 1. Para a segunda temos 2, 
pois servem tanto o dígito 6, quanto o 7. 
Para a terceira e última posição temos todos 
os dígitos possíveis, ou seja, 10 possibilidades. 
Multiplicando tudo temos 20. 
Logo, subtraindo 20 de 900 obtemos 880. 
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Existem 880 números naturais nestas 
condições. 
São quantos os números ímpares com 
três algarismos, que não possuemdígitos repetidos 
e que de trás para frente também são ímpares? 
Os números devem ser ímpares, temos 
então 5 possibilidades para o último algarismo. 
A história do "de trás para frente", em 
outras palavras quer dizer que o primeiro algarismo 
também é ímpar. Como um dígito ímpar já foi 
utilizado na última posição, temos então apenas 4 
disponíveis para a primeira posição. 
Para o dígito central temos apenas 8 
possibilidades, pois dois dígitos ímpares já foram 
utilizados. 
Multiplicando 4 por 8 e por 5 obtemos 160. 
Assim sendo: 
São 160 os números ímpares que 
satisfazem a todas estas condições. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ARRANJO SIMPLES 
No campeonato mundial de Fórmula 1 de 
2009, participaram 25 pilotos, dos quais se 
destacaram o inglês Jenson Button, que foi o 
campeão, o alemão Sebastian Vettel, que foi o vice-
campeão e o brasileiro Rubens Barrichello, que ficou 
com a terceira colocação. 
Obviamente o agrupamento ( Jenson Button, 
Sebastian Vettel, Rubens Barrichello ) difere do 
agrupamento ( Sebastian Vettel, Jenson Button, 
Rubens Barrichello ), pois neste caso a ordem no 
grupo é um fator que o diferencia. 
Se ao invés do brasileiro Rubens Barrichello, 
o terceiro colocado tivesse sido o australiano Mark 
Webber, o agrupamento ( Jenson Button, Sebastian 
Vettel, Mark Webber ) seria distinto do agrupamento ( 
Jenson Button, Sebastian Vettel, Rubens Barrichello 
), pois teríamos participantes diferentes nestes 
agrupamentos. 
Arranjo Simples 
Em casos como este, com elementos 
distintos, onde tanto a ordem de posicionamento no 
grupo, quanto a natureza dos elementos, os 
elementos em si, causam diferenciação entre os 
agrupamentos, estamos diante de um caso de 
arranjos simples. 
Considerando-se os 25 pilotos 
participantes, qual o número total de 
possibilidades para os três primeiros colocados? 
Para o campeão teríamos 25 possibilidades. 
Para o vice-campeão e para o terceiro colocado, 
teríamos respectivamente 24 e 23 possibilidades. 
Pelo princípio fundamental da contagem teríamos: 
25 . 24 . 23 = 13800 
Isto é, 13800 possibilidades. 
 
Fórmula do Arranjo Simples 
Ao trabalharmos com arranjos simples, com n 
elementos distintos, agrupados p a p, com p ≤ n, 
podemos recorrer à seguinte fórmula: 
 
Neste mesmo exemplo, utilizando a fórmula 
temos: 
Exemplos 
Qual o número de anagramas que 
podemos formar com as letras da palavra 
PADRINHO? 
Neste exemplo temos um arranjo simples 
com 8 elementos agrupados 8 a 8. Calculemos então 
A8, 8: 
Portanto: 
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Podemos formar 40320 anagramas com 
as letras da palavra PADRINHO. 
Em uma escola está sendo realizado um 
torneio de futebol de salão, no qual dez times estão 
participando. Quantos jogos podem ser realizados 
entre os times participantes em turno e returno? 
Como o campeonato possui dois turnos, os 
jogos Equipe A x Equipe B e Equipe B x Equipe A 
tratam-se de partidas distintas, então estamos 
trabalhando com arranjos simples onde importa a 
ordem dos elementos. Devemos calcular A10, 2: 
Então: 
Podem ser realizados 90 jogos entre os 
times participantes. 
Otávio, João, Mário, Luís, Pedro, Roberto 
e Fábio estão apostando corrida. Quantos são os 
agrupamentos possíveis para os três primeiros 
colocados? 
Obviamente, como em qualquer corrida, a 
ordem de chegada é um fator diferenciador dos 
agrupamentos. Como temos 7 corredores e 
queremos saber o número de possibilidades de 
chegada até a terceira posição, devemos calcular 
A7, 3: 
Logo: 
210 são os agrupamentos possíveis para 
os três primeiros colocados. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
COMBINAÇÃO SIMPLES 
Uma conceituada escola de idiomas está 
realizando uma promoção onde você escolhe três 
cursos, dos cinco disponíveis, e paga apenas 
2
/3 do 
valor da mensalidade de cada um dos cursos 
escolhidos. 
Podemos facilmente perceber que alguém 
que tenha escolhido os cursos de inglês, espanhol e 
alemão, fez as mesmas escolhas que outro alguém 
que tenha escolhido alemão, inglês e espanhol, por 
exemplo, pois a ordem dos cursos de idioma em si, 
não gera distinção entre uma escolha e outra. 
Se alguém escolheu inglês, espanhol e 
alemão e outra pessoa escolheu inglês, espanhol e 
francês, também claramente podemos perceber que 
se tratam de escolhas distintas, pois nem todos os 
cursos que uma pessoa escolheu, são os mesmos 
escolhidos pela outra pessoa. 
Considerando-se os 5 idiomas 
disponíveis, qual o número total de 
possibilidades se escolhermos três idiomas de 
cada vez? 
Neste caso do curso de idiomas, podemos 
obter o número total de possibilidades, calculando 
inicialmente o arranjo simples A5, 3: 
Só que fazendo assim, estamos 
considerando distintos, os agrupamentos ( inglês, 
espanhol, alemão ) de ( espanhol, inglês, alemão ), 
por exemplo, e de todas as suas permutações. 
Como sabemos, a permutação de 3 
elementos, P3 é igual a 3!, que é igual a 6, portanto 
se dividirmos 60 por 6, estaremos eliminando as 
ocorrências duplicadas em função da mera mudança 
de ordem dos elementos. Assim sendo, 60 : 6 = 10. 
Portanto o número de opções possíveis é 
igual a 10. 
Combinação Simples 
Este exemplo é o típico caso, onde 
agrupamentos com elementos distintos, não se 
alteram mudando-se apenas a ordem de 
posicionamento dos elementos no grupo. A 
diferenciação ocorre apenas, quanto à natureza dos 
elementos, quando há mudança de elementos. Neste 
caso estamos tratando de combinação simples. 
Fórmula da Combinação Simples 
Ao trabalharmos com combinações simples, 
com n elementos distintos, agrupados p a p, com p ≤ 
n, podemos recorrer à seguinte fórmula: 
 
Ao utilizarmos a fórmula neste nosso 
exemplo, temos: 
Exemplos 
Com 12 bolas de cores distintas, posso 
separá-las de quantos modos diferentes em 
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saquinhos, se o fizer colocando 4 bolas em cada 
saco? 
Como a ordem das bolas não causa 
distinção entre os agrupamentos, este é um caso 
de combinação simples. Vamos então calcular 
C12, 4: 
Portanto: 
Posso separá-las de 495 modos 
diferentes. 
Um fabricante de sorvetes possui a 
disposição 7 variedades de frutas tropicais do 
nordeste brasileiro e pretende misturá-las duas a 
duas na fabricação de sorvetes. Quantos serão os 
tipos de sorvete disponíveis? 
Os sorvetes de umbu com siriguela e de 
siriguela com umbu, na verdade tratam-se de um 
mesmo tipo de sorvete, não havendo distinção 
apenas pela ordem da escolha das frutas utilizadas. 
Temos um caso de combinação simples que será 
resolvido através do cálculo de C7, 2: 
 
Logo: 
Serão disponíveis 21 sabores diferentes. 
As 14 crianças de uma família serão 
separadas em grupos de 5, para que elas 
arrecadem prendas para a quermesse da fazenda 
onde vivem. De quantas maneiras as crianças 
poderão ser agrupadas? 
Identificamos neste exemplo um caso de 
combinação simples, pois a ordem das crianças é 
irrelevante, não causando distinção entre os 
agrupamentos com elementos distintos. Vamos 
calcular C14, 5: 
 
Então: 
As crianças poderão ser agrupadas de 
2002 maneiras diferentes. 
 
 
 
 
 
 
PERMUTAÇÃO SIMPLES 
Quando estudamos o princípio fundamental 
da contagem tínhamos quatro livros (português, 
matemática, história e geografia) e calculamos o 
número total de formas que poderíamos empilhá-los 
em uma carteira escolar. Em outras palavras,fazíamos uma permutação no posicionamento destes 
livros na pilha sobre a carteira. 
Permutação Simples 
A cada um dos agrupamentos que podemos 
formar com certo número de elementos distintos, tal 
que a diferença entre um agrupamento e outro se dê 
apenas pela mudança de posição entre seus 
elementos, damos o nome de permutação simples. 
Neste caso o agrupamento de livros ( 
português, matemática, história, geografia ), difere do 
agrupamento ( matemática, história, português, 
geografia ), pois embora os elementos de ambos os 
grupos sejam os mesmos, há mudança no 
posicionamento de ao menos um dos seus 
elementos. 
Fórmula da Permutação Simples 
Segundo o princípio fundamental da 
contagem vimos que o número de agrupamentos 
possíveis deste exemplo era dado por: 
4 . 3 . 2 . 1 = 24 
Na página sobre fatoriais vimos que 
4 . 3 . 2 . 1 é igual a 4!, então se chamarmos de Pn a 
permutação simples de n elementos distintos, 
podemos calculá-la através da seguinte fórmula: 
Pn = n! 
Resolvendo o exemplo com o uso da fórmula 
temos: 
 
Exemplos 
Quantos anagramas podemos formar a 
partir da palavra ORDEM? 
Um anagrama é uma palavra ou frase 
formada com todas as letras de uma outra palavra ou 
frase. Normalmente as palavras ou frases resultantes 
são sem significado, como já era de se esperar. 
Como a palavra ORDEM possui 5 letras 
distintas, devemos calcular o número de 
permutações calculando P5. Temos então: 
P5 = 5! = 5 . 4 . 3 . 2 . 1 = 120 
Portanto: 
O número de anagramas que podemos 
formar a partir da palavra ORDEM é igual 120. 
Na fila do caixa de uma padaria estão três 
pessoas. De quantas maneiras elas podem estar 
posicionadas nesta fila? 
Temos que calcular P3, então: 
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P3 = 3! = 3 . 2 . 1 = 6 
Logo: 
As três pessoas podem estar posicionas 
de seis maneiras diferentes na fila. 
Quantos são os anagramas que podemos 
formar a partir das letras da palavra ERVILHAS, 
sendo que eles comecem com a letra E e terminem 
com vogal? 
Como na primeira posição sempre teremos 
a letra E, o número de possibilidades nesta posição 
é igual a 1, podemos até dizer que é igual a P1. 
Para a última posição temos disponíveis as 
letras I e A, pois a letra E já está sendo utilizada no 
começo, então para a oitava letra temos que 
calcular P2: 
P2 = 2! = 2 . 1 = 2 
Como para as demais posições temos 6 
letras disponíveis, calculemos então P6: 
P6 = 6! = 6 . 5 . 4 . 3 . 2 . 1 = 720 
Multiplicando tudo: 
1 . 720 . 2 = 1440 
Então: 
A partir da palavra ERVILHAS podemos 
formar 1440 anagramas que comecem com a letra 
E e terminem em vogal. 
 
Como já vimos, a permutação simples de n 
elementos distintos é dada por Pn, então como na 
palavra CURIÓ temos 5 letras distintas, o número 
de anagramas seria igual a P5, ou seja, será igual a 
5! que é igual a 120. 
Quantos anagramas podemos formar a 
partir das letras da palavra ARARA? 
Note que embora esta palavra também 
tenha cinco letras, agora temos apenas duas letras 
distintas. A letra A que ocorre 3 vezes e a letra R 
que ocorre 2 vezes. Como devemos proceder nesta 
situação? 
Vimos no caso da palavra CURIÓ, que a 
permutação de cinco letras distintas resulta em 120 
possibilidades. 
Como na palavra ARARA a letra A ocorre 
três vezes, a permutação destas três letras A é 
P3 = 3! = 6, ou seja, se dividirmos 120 por 6 iremos 
obter 20 que é o número de permutações, já 
desconsiderando-se as permutações entre as três 
letras A. 
O mesmo iremos fazer em relação à letra 
R, só que neste caso o número de permutações 
desta letra é P2 = 2! = 2, isto é, dividindo-se 20 por 
2 temos como resultado 10, que é o número total de 
permutações das letras da palavra ARARA, sem 
considerarmos as permutações das letras A entre si, 
e das letras R também entre elas mesmas. 
Permutação com Elementos Repetidos 
A cada um dos agrupamentos que podemos 
formar com certo número de elementos, onde ao 
menos um deles ocorre mais de uma vez, tal que a 
diferença entre um agrupamento e outro se dê pela 
mudança de posição entre seus elementos, damos o 
nome de permutação com elementos repetidos. 
Fórmula da Permutação com Elementos 
Repetidos 
Se em um dado conjunto um elemento é 
repetido a vezes, outro elemento é repetido b vezes e 
assim sucessivamente, o número total de 
permutações que podemos obter é dada por: 
 
A resolução do exemplo com o uso da 
fórmula é: 
Exemplos 
Quantos anagramas podemos obter a 
partir das letras da palavra PARAR? 
Como a palavra PARAR possui 5 letras, mas 
duas delas são repetidas duas vezes cada, na 
solução do exemplo vamos calcular P5
(2, 2)
: 
Portanto: 
O número de anagramas que podemos 
formar a partir das letras da palavra PARAR é igual 
30. 
Possuo 4 bolas amarelas, 3 bolas 
vermelhas, 2 bolas azuis e 1 bola verde. Pretendo 
colocá-las em um tubo acrílico translúcido e incolor, 
onde elas ficarão umas sobre as outras na vertical. 
De quantas maneiras distintas eu poderei formar esta 
coluna de bolas? 
Neste caso de permutação com elementos 
repetidos temos um total de 10 bolas de quatro cores 
diferentes. Segundo a repetição das cores, devemos 
calcular P10
(4, 3, 2)
: 
Então: 
Eu poderei formar esta coluna de bolas de 
12600 maneiras diferentes. 
Dos números distintos que são formados 
com todos os algarismos do número 333669, quantos 
desses são ímpares? 
Neste exemplo, número ímpares serão 
aqueles terminados em 3 ou 9. 
No caso dos números terminados em 3 
devemos calcular P5
(2, 2)
, pois um dos dígitos três 
será utilizado na última posição e dos 5 dígitos 
restantes, teremos 2 ocorrências do próprio 
algarismo 3 e 2 ocorrências do 6: 
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Agora no caso dos números terminados em 
9 devemos calcular P5
(3, 2)
, pois o dígito 9 será 
utilizado na última posição e dos 5 dígitos que 
sobram, teremos 3 ocorrências do 3 e 2 ocorrências 
do dígito 6: 
Como temos 30 números terminados em 3 
e mais 10 terminados em 9, então no total temos 40 
números ímpares. 
Logo: 
Dos números formados, 40 deles são 
ímpares. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FATORAÇÃO 
Definição de Fatoração 
A fatoração é a transformação da soma e/ou 
subtração de vários termos em um produto de 
diversos fatores. 
Vejamos alguns exemplos onde temos 
alguns dos principais tipos de fatoração: 
 
 
 
 
 
 
 
Na sequência vemos como tratar cada um 
destes tipos de fatoração em particular. 
A fatoração é um recurso que utilizamos na 
simplificação de sentenças matemáticas. Quando for 
o caso, podemos utilizá-la na simplificação de uma 
fração ou de uma equação, por exemplo. 
Fator Comum: ax + bx = x(a + b) 
A forma mais básica de fatoração é a 
colocação de fatores comuns em evidência. 
No exemplo abaixo o fator 5 é comum a 
todos os termos e por isto é possível colocá-lo em 
evidência: 
 
Colocamos o fator 5 em evidência o 
destacando e o multiplicando pela a expressão 
quociente da divisão da sentença original por tal 
fator, inserida entre parênteses: 
 
Exemplos 
 
 
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Agrupamento:ax + bx + ay + by = (a + b)(x + y) 
No tipo de fatoração por agrupamento não 
temos um fator que é comum a todos os termos, no 
entanto temos fatores que são comuns a alguns 
termos e outros fatores que são comuns a outros 
termos. 
Vejamos o exemplo abaixo: 
 
Note que o fator x é comum aos dois 
primeiros termos, assim como o fator y é comum 
aos dois últimos termos, então podemos colocá-los 
em evidência: 
 
Veja que ainda temos o fator (4 + 6) em 
comum e que também pode ser colocado em 
evidência: 
 
Assim sendo: 
 
Obviamente, como mostrado abaixo, 
podemos continuar os cálculos somando 4 com 6, 
mas o foco aqui é a fatoração em si: 
 
No lugar dos fatores x e y, poderíamos 
evidenciar os fatores 4 e 6, visto que ambos são 
comuns ao fatores 4x e 4y, no caso do 4 e 6x e 6y, 
no caso do 6: 
 
E ao colocarmos o fator (x + y) em 
evidência, chegamos ao mesmo resultado obtido 
anteriormente, apenas com uma mudança na 
ordem dos fatores, que como sabemos não altera o 
produto: 
 
Exemplos 
 
 
 
Diferença de Dois Quadrados: a
2
 -
 b
2
 = (a + b)(a - b) 
Este os próximos quatro tipos de fatoração 
que veremos estão relacionados aos produtos 
notáveis. Aos estudá-los vimos que o produto da 
soma pela diferença de dois termos nos leva à 
diferença de dois quadrados, então podemos utilizar 
de forma inversa este conhecimento na fatoração da 
diferença de dois quadrados. 
Vejamos este exemplo na sequência: 
 
Visto que a
2
 - b
2
 = (a + b)(a - b), podemos 
realizar a fatoração como a seguir: 
 
Tal fatoração foi realizada se encontrando o 
valor de a e b, que são respectivamente a raiz 
quadrada do primeiro e do segundo termo e então os 
substituindo em (a + b)(a - b). 
Logo: 
 
Exemplos 
 
 
 
Trinômio Quadrado Perfeito - Soma: 
a
2
 + 2ab + b
2
 = (a + b)
2
 
Quando desenvolvemos o quadrado da soma 
de dois termos chegamos a um trinômio quadrado 
perfeito, que é o que demonstra a sentença acima, só 
que temos os membros em ordem inversa. Então o 
quadrado da soma de dois termos é a forma fatorada 
de um trinômio quadrado perfeito. 
Como fatorar o trinômio abaixo? 
 
Se o pudermos escrever como a
2
 + 2ab + b
2
 
estaremos diante de um trinômio quadrado perfeito, 
que fatorado é igual a (a + b)
2
. 
Obtemos o valor de a extraindo a raiz 
quadrada de x
2
 no primeiro termo e o valor de b 
extraindo a raiz quadrada de 49 no terceiro termo, 
portanto a = x e b = 7. 
Ao substituirmos a por x e b por 7 nos termos 
do trinômio a
2
 + 2ab + b
2
 devemos chegar a uma 
variação do trinômio original: 
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Realizando a substituição de a e b, vamos 
então analisar a
2
 + 2ab + b
2
 termo a termo para 
verificar se o polinômio obtido é igual ao polinômio 
original. 
Quando substituímos a por x em a
2
 
chegamos ao x
2
 original. 
Ao substituirmos a por x e b por 7 em 2ab 
obtivemos 2 . x . 7, equivalente ao 14x original. 
E finalmente substituindo b por 7 em b
2
 
chegamos a 7
2
, equivalente ao 49 do terceiro termo 
do polinômio original. 
Como foi possível escrever x
2
 + 14x + 49 na 
forma a
2
 + 2ab + b
2
, então estamos mesmo diante 
de um trinômio quadrado perfeito que pode ser 
fatorado assim: 
 
Portanto: 
 
Se o polinômio em questão não fosse um 
trinômio quadrado perfeito, não poderíamos realizar 
a fatoração desta forma, visto que a conversão de 
x
2
 + 14x + 49 em a
2
 + 2ab + b
2
 levaria a um 
polinômio diferente do original. Por exemplo, se o 
trinômio fosse x
2
 + 15x + 49, o segundo termo 15x 
iria diferir do segundo termo obtido via substituição 
de a e b que é 14x, portanto não teríamos um 
trinômio quadrado perfeito. 
Note que realizamos uma verificação termo 
a termo para verificar se realmente tínhamos um 
trinômio quadrado perfeito, mas você não precisará 
fazer tal verificação quando no enunciado da 
questão estiver explícito que os polinômios 
realmente são trinômios quadrados perfeitos. 
Exemplos 
 
 
 
 
Trinômio Quadrado Perfeito - Diferença: 
a
2
 - 2ab + b
2
 = (a - b)
2
 
Assim como o caso da soma visto acima, 
de forma análoga temos o caso da diferença. 
Vejamos este outro trinômio: 
 
Como 2x é a raiz quadrada de 4x
2
, do 
primeiro termo, e 5 é a raiz quadrada de 25 do 
terceiro termo, podemos reescrevê-lo como a seguir, 
substituindo a por 2x e b por 5 temos: 
 
Como os respectivos termos do polinômio 
original e do polinômio acima são iguais, temos um 
trinômio quadrado perfeito: 
 
Portanto, temos realmente um trinômio 
quadrado perfeito que pode ser escrito na forma a
2
 -
 2ab + b
2
 = (a - b)
2
: 
 
Logo: 
 
 
Exemplos 
 
 
 
 
Cubo Perfeito - Soma: 
a
3
 + 3a
2
b + 3ab
2
 + b
3
 = (a + b)
3
 
Na sentença acima temos um polinômio e a 
sua forma fatorada, que nada mais é que o cubo da 
soma de dois termos. 
Se temos um polinômio a
3
 + 3a
2
b + 3ab
2
 + b
3
 
podemos fatorá-lo como (a + b)
3
. 
Vamos analisar o polinômio abaixo: 
 
Nosso objetivo é escrevê-lo na forma 
a
3
 + 3a
2
b + 3ab
2
 + b
3
, substituindo a por 7 que é a 
raiz cúbica de 343 e substituindo b por 3y que é a 
raiz cúbica de 27y
3
: 
 
Como visto nos dois tipos anteriores, também 
neste tipo e no próximo, se não estiver claro no 
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enunciado da questão que realmente se trata de um 
cubo perfeito, precisamos verificar se todos os 
membros do polinômio original são iguais aos 
termos do polinômio obtido via substituição de a e b 
em a
3
 + 3a
2
b + 3ab
2
 + b
3
. Como os respectivos 
termos do polinômio original e do polinômio acima 
são iguais, temos de fato um cubo perfeito: 
Então temos um cubo perfeito que é 
fatorado como: 
 
 
Cubo Perfeito - Diferença: a
3
 -
 3a
2
b + 3ab
2
 - b
3
 = (a - b)
3
 
A forma fatorada do polinômio no primeiro 
membro da sentença acima é o cubo da diferença 
de dois termos. 
O polinômio a
3
 - 3a
2
b + 3ab
2
 - b
3
 é fatorado 
como (a - b)
3
. 
Vamos fatorar a sentença abaixo de forma 
análoga a que fizemos no tipo de fatoração anterior: 
 
Extraímos a raiz cúbica de 8a
3
 que é 2a e 
de 343b
3
 que é 7b e então substituímos a e b 
respectivamente por 2a e 7b em a
3
 - 3a
2
b + 3ab
2
 -
 b
3
: 
 
Como os respectivos termos do polinômio 
original e do polinômio acima são iguais, temos um 
cubo perfeito: 
Então: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
OPERAÇÕES COM POLINÔMIOS 
 
A adição ou subtração algébrica de 
monômios é denominada polinômio. 
Vejamos alguns exemplos de polinômios: 
 
 
 
 
 
No primeiro exemplo temos um polinômio de 
apenas um monômio. Os demais possuem vários 
monômios, estes monômios são denominados 
termos do polinômio. 
O segundo exemplo é um polinômio de dois 
termos: 3x
3
y e 2xy
2
. 
Grau de um Polinômio 
O grau de um polinômio reduzido, não nulo, é 
o grau do seu termo de maior grau. 
O polinômio -5x
4
 + 14x
5
y
2
 - 7x
3
y
2
 é do grau 7, 
pois o seu termo de maior grau é o segundo, que é 
do grau 7. 
O polinômio 4a
2
b
3
 + 5a
5
 é do grau 5, pois 
ambos os termos do polinômio são deste grau. 
Grau de um Polinômio em Relação a uma 
Certa Incógnita 
Em relação à variável x o polinômio -
5x
4
 + 14x
5
y
2
 - 7x
3
y
2
 é do grau 5, pois o termo de 
maior grau nesta variável é do grau 5, que é o 
segundo termo. 
Analisando o mesmo polinômio em relação à 
variável y, ele é do grau 2, já que tanto no segundo, 
quantono terceiro termo o grau nesta variável é dois. 
O polinômio 4a
2
b
3
 + 5a
5
 é do grau 5 na 
variável a e do grau 3 em relação à variável b. 
Redução de Termos Semelhantes 
Assim como fizemos no caso dos monômios, 
também podemos fazer a redução de polinômios 
através da adição algébrica dos seus termos 
semelhantes. 
No exemplo abaixo realizamos a soma 
algébrica do primeiro com o terceiro termo, e do 
segundo com o quarto termo, reduzindo um 
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polinômio de quatro termos a um outro de apenas 
dois. 
 
Polinômios reduzidos de dois termos 
também são denominados binômios. Polinômios 
reduzidos de três termos, também são 
denominados trinômios. 
Veja abaixo alguns exemplos de redução 
de polinômios através da soma ou subtração de 
termos semelhantes: 
 
 
 
Multiplicação de Polinômios 
Temos tanto o caso da multiplicação de um 
monômio por um polinômio, quanto o caso da 
multiplicação de um polinômio por um polinômio. 
Multiplicação de um Polinômio por um 
Monômio 
No primeiro caso a multiplicação é realizada 
multiplicando-se o monômio por cada um dos 
termos do polinômio. 
Vejamos a multiplicação abaixo: 
 
Repare que multiplicamos 7xy
2
 por ambos 
os termos do polinômio, aplicamos a propriedade 
distributiva da multiplicação. 
Caso você ainda tenha dúvidas sobre como 
realizar a multiplicação de monômios, faça um 
revisão antes de prosseguir neste tema. 
Veja mais alguns exemplos: 
 
 
 
Multiplicação de um Polinômio por um 
Polinômio 
No caso da multiplicação de polinômio por 
polinômio efetuamos a multiplicação de cada um 
dos termos do primeiro polinômio, por cada um dos 
termos do segundo polinômio e depois realizamos a 
redução do polinômio resultante. 
Vamos analisar a multiplicação abaixo a qual 
separamos em três linhas para podermos observá-la 
mais facilmente: 
Na primeira linha temos os dois polinômios a 
serem multiplicados. 
Os dois primeiros produtos na segunda linha 
foram obtidos da multiplicação de 3a
2
b por cada um 
dos dois termos do segundo polinômio, 2a e 7a
2
b
3
. 
Os dois últimos produtos na segunda linha 
foram obtidos multiplicando-se agora o segundo 
termo do primeiro polinômio, também por cada um 
dos dois termos do segundo. 
A terceira linha que é o resultado final, já que 
não há termos semelhantes a reduzir, é o resultado 
após a multiplicação dos monômios entre parênteses 
na linha anterior. 
Para multiplicar mais de dois polinômios, 
comece multiplicando os dois primeiros, depois 
multiplique o polinômio obtido pelo terceiro e assim 
por diante até multiplicar por todos. 
Para a multiplicar 
, por exemplo, primeiro 
multiplique , que como vimos acima 
é igual a , então multiplique por 
. 
Divisão de Polinômios 
Como no caso da multiplicação, temos tanto 
a divisão de um polinômio por um monômio, quanto a 
divisão de um polinômio por um polinômio. Vamos 
tratar cada um dos casos individualmente. 
Divisão de um Polinômio por um Monômio 
Este é o caso mais simples, pois podemos 
fazê-lo dividindo cada um dos monômios que formam 
o polinômio, pelo monômio em questão. 
Vamos analisar a divisão do polinômio 
abaixo: 
 
Note que desmembramos o polinômio em 
duas partes, dividindo tanto 14x
3
y
2
 por 7xy
2
, quanto 
7xy
3
. 
Em caso de dúvida consulte a divisão de 
monômios, que foi explicada em detalhes na página 
sobre este tema. 
Observe mais estes exemplos: 
 
 
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Divisão de um Polinômio por um 
Polinômio 
Para realizarmos a divisão de polinômios é 
preciso que eles estejam reduzidos e ordenados. 
O conceito da redução de termos 
semelhantes foi visto acima, quanto à ordenação de 
polinômios, dizemos que um polinômio está 
ordenado em relação à determinada variável, 
quando o grau de todos os monômios que os 
compõe, em relação a esta variável, estão 
ordenados de forma crescente ou decrescente. 
O polinômio -5x
4
 + 6x
5
 - 7x
3
, não está 
ordenado em relação a variável x, já o polinômio 
6x
5
 - 5x
4
 - 7x
3
 está ordenado de forma decrescente 
em relação a esta variável. Observe que os 
expoentes desta incógnita decrescem de 5 a 3. 
Para explicar o procedimento da divisão de 
polinômios pelo método das chaves, vamos dividir 
8a
2
 - 2ab -15b
2
 por 2a - 3b. 
A primeira coisa a verificar é se o grau do 
dividendo é maior ou igual ao grau do divisor. Se for 
menor o quociente será zero e o resto será o 
próprio dividendo. 
Repare que ambos os polinômios estão 
ordenados de forma decrescente em relação à 
incógnita a: 
 
A divisão de polinômios é muito semelhante 
à divisão de números naturais. Vamos começar 
dividindo o monômio 8a
2
 pelo monômio 2a e 
colocar o quociente 4a abaixo da chave: 
Agora vamos multiplicar por -4a, o valor 
oposto do quociente, cada um dos monômios do 
divisor 2a - 3b e colocar o resultado embaixo do 
dividendo: 
 
Executamos então a soma dos monômios: 
Continuamos a divisão baixando o terceiro 
monômio do dividendo: 
Agora dividimos 10ab por 2a, que vai dar 5b 
e também o colocamos abaixo da chave: 
 
Multiplicamos por -5b, o valor oposto de 5b, 
cada um dos monômios do divisor 2a - 3b e 
colocamos o resultado embaixo do primeiro resto 
parcial: 
Por fim executamos a soma que resultará em 
zero, indicando uma divisão exata: 
Como pudemos ver o procedimento da 
divisão de polinômios e bastante simples e 
semelhante à divisão de números naturais. 
Para fechar o tema vamos a um outro 
exemplo, só que desta vez veremos uma divisão com 
um resto diferente de zero. 
Vamos dividir 2x
4
 - 7x
3
 + 3x
2
 por x - 2: 
 
Dividimos o monômio 2x
4
 pelo monômio x, 
que resulta em 2x
3
 e o colocamos abaixo da chave: 
 
Agora vamos multiplicar por -2x
3
, o valor 
oposto do quociente, cada um dos monômios do 
divisor x - 2 e colocar o resultado embaixo do 
dividendo: 
 
Executamos a soma dos monômios: 
 
Continuamos a divisão baixando o último 
monômio do dividendo: 
 
Dividimos então -3x
3
 por x, que vai dar -3x
2
 e 
o colocamos também abaixo da chave: 
 
Então Multiplicamos por 3x
2
, que é o valor 
oposto de -3x
2
, cada um dos monômios do divisor x -
 2 e colocamos o resultado embaixo do primeiro resto 
parcial: 
Como anteriormente, efetuamos a soma dos 
monômios: 
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Note que o resto -3x
2
 é um polinômio de 
grau 2, que não é de grau inferior ao grau do 
divisor, que é um polinômio de grau 1, então 
devemos continuar a divisão. 
Dividimos -3x
2
 por x e colocamos o 
resultado -3x abaixo da chave: 
Multiplicamos por 3x, que é o simétrico de -
3x, cada um dos monômios do divisor x - 2 e 
botamos o resultado embaixo do segundo resto 
parcial: 
Somamos então os monômios: 
Como tanto -6x, quanto x - 2 são de grau 1, 
devemos continuar a divisão: 
Dividimos então -6x por x, que vai dar -6 e 
também o inserimos abaixo da chave: 
Multiplicamos por 6, que é o simétrico de -6, 
novamente cada um dos monômios do divisor x - 2 
e botamos o resultado embaixo do terceiro resto 
parcial: 
Somamos mais uma vez os monômios: 
Agora o grau do resto -12 é igual a 0 e, 
portanto, inferior aograu do divisor que é 1, então 
terminamos a divisão por aqui. 
Se você realizar a multiplicação do 
quociente 2x
3
 - 3x
2
 - 3x - 6 por x - 2 irá obter 2x
4
 -
 7x
3
 + 3x
2
 + 12 que somado a -12 resultará em 2x
4
 -
 7x
3
 + 3x
2
, exatamente o dividendo original. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
EQUAÇÃO DO SEGUNDO GRAU 
 
Denomina-se equação do 2° grau, qualquer 
sentença matemática que possa ser reduzida à forma 
ax
2
 + bx + c = 0, onde x é a incógnita e a, b e c são 
números reais, com a ≠ 0. a, b e c são coeficientes 
da equação. Observe que o maior índice da incógnita 
na equação é igual a dois e é isto que a define como 
sendo uma equação do segundo grau. 
Equação do 2° grau completa e equação 
do 2° grau incompleta 
Da definição acima temos obrigatoriamente 
que a ≠ 0, no entanto podemos ter b = 0 e/ou c = 0. 
Caso b ≠ 0 e c ≠ 0, temos uma equação do 
2° grau completa. A sentença matemática -2x
2
 + 3x -
 5 = 0 é um exemplo de equação do 2° grau 
completa, pois temos b = 3 e c = -5, que são 
diferentes de zero. 
-x
2
 + 7 = 0 é um exemplo de equação do 2° 
grau incompleta, pois b = 0. 
Neste outro exemplo, 3x
2
 - 4x = 0 a equação 
é incompleta, pois c = 0. 
Veja este último exemplo de equação do 2° 
grau incompleta, 8x
2
 = 0, onde tanto b, quanto c são 
iguais a zero. 
Resolução de equações do 2° grau 
A resolução de uma equação do segundo 
grau consiste em obtermos os possíveis valores reais 
para a incógnita, que torne a sentença matemática 
uma equação verdadeira. Tais valores são a raiz da 
equação. 
Fórmula Geral de Resolução 
Para a resolução de uma equação do 
segundo grau completa ou incompleta, podemos 
recorrer à fórmula geral de resolução: 
 
Esta fórmula também é conhecida como 
fórmula de Bhaskara. 
O valor b
2
 -4ac é conhecido como 
discriminante da equação e é representado pela 
letra grega Δ. Temos então que Δ = b
2
 -4ac, o que 
nos permitir escrever a fórmula geral de resolução 
como: 
 
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Resolução de equações do 2° grau 
incompletas 
Para a resolução de equações incompletas 
podemos recorrer a certos artifícios. Vejamos: 
Para o caso de apenas b = 0 temos: 
Portanto para equações do tipo ax
2
 + c = 0, 
onde b = 0, podemos utilizar a fórmula simplificada 
 para calcularmos as suas raízes. 
Observe no entanto que a equação só possuirá 
raízes no conjunto dos números reais se . 
Para o caso de apenas c = 0 temos: 
Portanto para equações do tipo 
ax
2
 + bx = 0, onde c = 0, uma das raízes sempre 
será igual a zero e a outra será dada pela fórmula 
. 
Para o caso de b = 0 e c = 0 temos: 
Podemos notar que ao contrário dos dois 
casos anteriores, neste caso temos apenas uma 
única raiz real, que será sempre igual a zero. 
Discriminante da equação do 2° grau 
O cálculo do valor do discriminante é muito 
importante, pois através deste valor podemos 
determinar o número de raízes de uma equação do 
segundo grau. 
Como visto acima, o discriminante é 
representado pela letra grega Δ e equivale à 
expressão b
2
 - 4ac, isto é: Δ = b
2
 - 4ac. 
Discriminante menor que zero 
Caso Δ < 0, a equação não tem raízes 
reais, pois : 
Discriminante igual a zero 
Caso Δ = 0, a equação tem duas raízes 
reais e iguais, pois : 
Discriminante maior que zero 
Caso Δ > 0, a equação tem duas raízes 
reais e diferentes, pois : 
Conjunto Verdade de equações do 2° 
grau 
A partir do estudado acima, podemos 
esquematizar o conjunto verdade das equações do 
segundo grau completas e incompletas como a 
seguir: 
Para o caso das equações completas temos: 
Para o caso das equações incompletas onde 
somente b = 0 temos: 
Para o caso das equações incompletas onde 
somente c = 0 temos: 
 
E no caso das equações incompletas onde 
tanto b = 0, quanto c = 0 temos: 
 
Exemplo de resolução de uma equação do 
segundo grau 
Encontre as raízes da equação: 2x
2
 - 6x - 
56 = 0 
Aplicando a fórmula geral de resolução à 
equação temos: 
Observe que temos duas raízes reais 
distintas, o que já era de se esperar, pois apuramos 
para Δ o valor 484, que é maior que zero. 
Logo: 
As raízes da equação 2x
2
 - 6x - 56 = 0 
são: -4 e 7. 
 
Inequação de 2º Grau 
As inequações são expressões matemáticas 
que utilizam, na sua formatação, os seguintes sinais 
de desigualdades: 
 
>: maior que 
<: menor que 
≥: maior ou igual 
≤: menor ou igual 
≠: diferente 
 
As inequações do 2º grau são resolvidas 
utilizando o teorema de Bháskara. O resultado deve 
ser comparado ao sinal da inequação, com o objetivo 
de formular o conjunto solução. 
Exemplo 1 
Vamos resolver a inequação 3x² + 10x + 7 < 
0. 
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S = {x ? R / –7/3 < x < –1} 
 
 
Exemplo 2 
 
Determine a solução da inequação –2x² – x + 1 ≤ 0. 
 
 
 
S = {x ? R / x ≤ –1 ou x ≥ 1/2} 
 
Exemplo 3 
 
Determine a solução da inequação x² – 4x ≥ 0. 
 
 
 
 
S = {x ? R / x ≤ 0 ou x ≥ 4} 
 
 
Exemplo 4 
 
Calcule a solução da inequação x² – 6x + 9 > 0. 
 
 
S = {x ? R / x < 3 e x > 3} 
 
SISTEMA DE EQUAÇÕES DO 2º GRAU 
Os sistemas a seguir envolverão equações 
do 1º e do 2º grau, lembrando de que suas 
representações gráficas constituem uma reta e uma 
parábola, respectivamente. Resolver um sistema 
envolvendo equações desse modelo requer 
conhecimentos do método da substituição de termos. 
Observe as resoluções comentadas a seguir: 
Exemplo 1 
 
Isolando x ou y na 2ª equação do sistema: 
x + y = 6 
x = 6 – y 
 
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Substituindo o valor de x na 1ª equação: 
x² + y² = 20 
(6 – y)² + y² = 20 
(6)² – 2 * 6 * y + (y)² + y² = 20 
36 – 12y + y² + y² – 20 = 0 
16 – 12y + 2y² = 0 
2y² – 12y + 16 = 0 (dividir todos os membros da 
equação por 2) 
 
y² – 6y + 8 = 0 
 
∆ = b² – 4ac 
∆ = (–6)² – 4 * 1 * 8 
∆ = 36 – 32 
∆ = 4 
 
a = 1, b = –6 e c = 8 
 
Determinando os valores de x em relação 
aos valores de y obtidos: 
Para y = 4, temos: 
x = 6 – y 
x = 6 – 4 
x = 2 
Par ordenado (2; 4) 
Para y = 2, temos: 
x = 6 – y 
x = 6 – 2 
x = 4 
Par ordenado (4; 2) 
S = {(2: 4) e (4; 2)} 
Exemplo 2 
 
Isolando x ou y na 2ª equação: 
x – y = –3 
x = y – 3 
Substituindo o valor de x na 1ª equação: 
x² + 2y² = 18 
(y – 3)² + 2y² = 18 
y² – 6y + 9 + 2y² – 18 = 0 
3y² – 6y – 9 = 0 (dividir todos os membros da 
equação por 3) 
y² – 2y – 3 = 0 
∆ = b² – 4ac 
∆ = (–2)² – 4 * 1 * (–3) 
∆ = 4 + 12 
∆ = 16 
a = 1, b = –2 e c = –3 
 
Determinando os valores de x em relação 
aos valores de y obtidos: 
Para y = 3, temos: 
x = y – 3 
x = 3 – 3 
x = 0 
Par ordenado (0; 3) 
Para y = –1, temos: 
x = y – 3 
x = –1 –3 
x = –4 
Par ordenado (–4; –1) 
S = {(0; 3) e (–4; –1)} 
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Geralmente quando queremos determinar 
certos elementos de um conjunto,ordenamos esses 
elementos seguindo um determinado padrão. 
Dizemos que esse conjunto corresponde a uma 
sequencia ou sucessão. Elementos de uma 
sequencia podem ser de vários tipos. Veremos 
alguns exemplos propostos a seguir: 
 A escalacão de um time de futebol 
escritos em ordem alfabética: (Deola, Marcio, 
Marcos, Kleber, Valdivia,...,Victor). 
 Anos em que aconteceram os jogos 
panamericanos no período de 1991 a 2007: (1991, 
1995, 1999, 2003, 2007) 
 Sequência dos números primos: (2, 
3, 5, 7, 11, 13, ...) 
Cada um desses elementos dos conjuntos 
que chamamos de sequência ou sucessões é 
denominado termo. Na sequência que 
anteriormente dizemos ser uma escalação de um 
time de futebol, Deola é o primeiro termo, Marcio o 
segundo termo, e assim por diante. De um modo 
geral , a representação dos termos de uma 
sequência é dada por uma letra e um índice que 
indica a posição do termo na sequência. 
O primeiro termo da sequência, por 
exemplo, pode aparecer indicado como A1, O 
segundo termo por A2, o terceiro termo por A3 e 
assim sucessivamente. Além dessas definições de 
sequências indicamos também o n-ésimo termo 
conhecido também pela notação definida An. O 
elemento An (termo geral) pode representar 
qualquer termo da sequência assim quando formos 
nos referir por exemplo ao 15° termo da sequência, 
basta indicarmos por An=A15. 
Indicamos também por An qualquer 
elemento que queremos tomar, pois An é conhecido 
principalmente por ser um termo de ordem n. A 
representação de uma sequência dada por 
definição é : (A1, A2, A3, A4, ..., An). 
Se uma sequência qualquer possui o último 
termo dizemos que ela é uma sequência finita. Se 
essa sequência não possui o último termo, dizemos 
que é infinita. Veja os exemplos a seguir: 
Sequência finitas 
Números primos entre 2 e 29 (2, 3, 5, 7, 11, 
13, 17, 19, 23, 29); Posição relativa de times de 
futebol da primeira divisão do futebol brasileiro (1°, 
2°, 3°, 4°, 5°, ..., 20°). 
Sequências infinitas 
Números naturais (0, 1, 2, 3, 4, 5, ...); O 
conjunto entre todos os números primos (2, 3, 5, 11, 
13, 17, 19, 23, 29, 31, 37, ...); O conjunto de todos os 
números pares (2, 4, 6, 8, 10, 12, 14, 16, ...). 
As sequências são os pré requisitos 
essenciais para compreendermos o estudo das 
progressões geométricas e progressões aritméticas, 
conhecidas usualmente com PA e PG. As 
progressões são sequências numéricas com algumas 
propriedades específicas e com alguns tratamentos 
particulares, a identificação e o conhecimento sobre o 
assunto de sequências e sucessões é uma 
ferramenta de grande auxílio no estudo de 
progressões. 
Para definirmos o que é uma sequência 
dizemos que é todo conjunto de elementos 
numéricos ou não que são colocados em uma certa 
ordem. 
 
LEI DE FORMAÇÃO DAS SEQUÊNCIAS 
 
 
Termo em função da posição 
Expressa an em função de n. 
Exemplo: 
 
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PROGRESSÃO ARITMÉTICA 
 
Chamamos de progressão aritmética, ou 
simplesmente de PA, a toda sequência em que cada 
número, somado a um número fixo, resulta no 
próximo número da sequência. O número fixo é 
chamado de razão da progressão e os números da 
sequência são chamados de termos da progressão. 
Observe os exemplos: 
50, 60, 70, 80 é uma PA de 4 termos, com 
razão 10. 
3, 5, 7, 9, 11, 13 é uma PA de 6 termos, com 
razão 2. 
-8, -5, -2, 1, 4 é uma PA de 5 termos, com 
razão 3. 
156, 152, 148 é uma PA de 3 termos, com 
razão -4. 
100, 80, 60, 40 é uma PA de 4 termos, com 
razão -20. 
6, 6, 6, 6,..... é uma PA de infinitos termos, 
com razão 0. 
 
Numa PA de 7 termos, o primeiro deles é 6, o 
segundo é 10. Escreva todos os termos dessa PA. 
6, 10, 14, 18, 22, 26, 30 
 
Numa PA de 5 termos, o último deles é 201 e 
o penúltimo é 187. Escreva todos os termos dessa 
PA. 
145, 159, 173, 187, 201 
 
Numa PA de 8 termos, o 3º termo é 26 e a 
razão é -3. Escreva todos os termos dessa PA. 
32, 29, 26, 23, 20, 17, 14, 11 
 
Símbolos usados nas progressões 
Em qualquer seqüência, costumamos indicar 
o primeiro termo por a1, o segundo termo por a2, o 
terceiro termo por a3, e assim por diante. 
Generalizando, o termo da seqüência que está na 
posição n é indicado por an. 
 
Veja alguns exemplos 
 
Na PA 2, 12, 22, 32 temos: a1 = 2, a2 = 12, a3 
= 22 e a4 = 32 
Quando escrevemos que, numa seqüência, 
tem-se a5 = 7, por exemplo, observe que o índice 5 
indica a posição que o termo ocupa na seqüência. No 
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caso, trata-se do 5º termo da seqüência. Já o 
símbolo a5 indica o valor do termo que está na 5º 
posição. No caso o valor do quinto termo é 7. 
A razão de uma PA é indicada por r, pois 
ela representa a diferença entre qualquer termo da 
PA e o termo anterior. 
Observe os exemplos: 
 
Na PA 1856, 1863, 1870, 1877, 1884 a 
razão é r = 7, pois: 
a2 – a1 = 1863 - 1856 = 7 
a3 – a2 = 1870 – 1863 = 7 
a4 – a3 = 1877 – 1870 = 7 
a5 – a4 = 1884 – 1877 = 7 
 
Na PA 20, 15, 10, 5 a razão é r = -5, pois: 
a2 – a1 = 15 – 20 = -5 
a3 – a2 = 10 – 15 = -5 
a4 – a3 = 5 – 10 = -5 
 
Classificação das progressões 
aritméticas 
 
Uma PA é crescente quando cada termo, a 
partir do segundo, é maior que o termo que o 
antecede. Para que isso aconteça é necessário e 
suficiente que a sua razão seja positiva. 
Exemplo: 
(7, 11, 15, 19,...) é uma PA crescente. Note 
que sua razão é positiva, r = 4 
Uma PA é decrescente quando cada termo, 
a partir do segundo, é menor que o termo que o 
antecede. Para que isso aconteça é necessário e 
suficiente que a sua razão seja negativa. 
Exemplo: 
(50, 40, 30, 20,...) é uma PA decrescente. 
Note que sua razão é negativa, r = -10 
Uma PA é constante quando todos os seus 
termos são iguais. Para que isso aconteça é 
necessário e suficiente que sua razão seja igual a 
zero. 
Exemplo: 
 
Determine x para que a seqüência (3+ x, 
5x, 2x + 11) seja PA. 
5x – ( 3 + x ) = 2x + 11 – 5x 
5x – 3 – x = 2x +11 – 5x 
5x – x – 2x + 5x = 11 + 3 
7x = 14 
x = 14/7 = 2 
 
Fórmula do termo geral da PA 
 
an = a1 + (n – 1).r 
 
 
Determinar o 61º termo da PA (9, 13, 17, 
21,...) 
r = 4 a1 = 9 n = 61 a61 = ? 
a61 = 9 + (61 – 1).4 
a61 = 9 + 60.4 = 9 + 240 = 249 
 
Determinar a razão da PA (a1, a2, a3,...) em 
que a1 = 2 e a8 = 3 
an = a1 + ( n – 1 ).r 
a8 = a1 + (8 – 1 ).r 
a8 = a1 + 7r 
3 = 2 + 7r 
7r = 3 – 2 
7r = 1 
r = 1/7 
 
Determinar o número de termos da PA 
(4,7,10,...,136) 
a1 = 4 an = 136 r = 7 – 4 = 3 
an = a1 + (n – 1).r 
136 = 4 + (n – 1).3 
136 = 4 + 3n – 3 
3n = 136 – 4 + 3 
3n = 135 
n = 135/3 = 45 termos 
 
Determinar a razão da PA tal que: 
a1 + a4 = 12 e a3 + a5 = 18 
 
a4 = a1 + (4 – 1).r a3 = a1 + (3 – 1).r a5 = a1 + 
4r 
a4 = a1 + 3r a3 = a1 + 2r 
 
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a1 + a1 + 3r = 12 
 
 
a1 + 2r + a1 + 4r = 18 
 
2a1 + 3r = 12 
2a1 + 6r = 18 
3r = 6 
r = 6/3 = 2 
 
Interpolar (inserir) cinco meios aritméticos 
entre 1 e 25, nessa ordem . 
 
Interpolar (ou inserir) cinco meios 
aritméticos entre 1 e 25, nessa ordem, significa 
determinar a PA de primeirotermo igual a 1 e último 
termo igual a 25. 
(1,_,_,_,_,_,25) 
a7 = a1 + 6r 
25 = 1 + 6r 
6r = 24 
r = 24/6 
r = 4 
(1, 5, 9, 13, 17, 21, 25) 
 
Representação genérica de uma PA 
 
PA de três termos: 
(x, x + r, x + 2r) 
ou 
(x – r, x , x + r), em que a razão é r 
 
PA de quatro termos: 
(x, x + r, x + 2r, x + 3r) 
ou 
(x – 3r, x – r, x + r, x + 3r), em que a razão é 
2r 
 
Cálculo da soma dos n primeiros termos de 
uma PA 
Em uma pequena escola do principado de 
Braunschweig, Alemanha, em 1785, o professor 
Buttner propôs a seus alunos que somassem os 
números naturais de 1 a 100. Apenas três minutos 
depois, um gurizote de oito anos de idade 
aproximou-se da mesa do senhor Buttner e, 
mostrando-lhe sua prancheta, proclamou: “ taí “. O 
professor, assombrado, constatou que o resultado 
estava correto. Aquele gurizote viria a ser um dos 
maiores matemáticos de todos os tempos: Karl 
Friedrich Gauss (1777-1855). O cálculo efetuado por 
ele foi simples e elegante: o menino percebeu que a 
soma do primeiro número, 1, com o último, 100, é 
igual a 101; a soma do segundo número, 2 , com o 
penúltimo, 99 , é igual a 101; também a soma do 
terceiro número, 3 , com o antepenúltimo, 98 , é igual 
a 101; e assim por diante, a soma de dois termos 
equidistantes dos extremos é igual a soma dos 
extremos. 
 
1 2 3 4..................................97 98 99 100 
 
4 + 97 = 101 
3 + 98 = 101 
2 + 99 = 101 
1 + 100 = 101 
 
Como são possíveis cinquenta somas iguais 
a 101, Gauss concluiu que: 
1 + 2 + 3 + 4 + .......................... + 97 + 98 + 
99 + 100 = 50.101 = 5050 
Esse raciocínio pode ser estendido para o 
cálculo da soma dos n primeiros termos de uma 
progressão aritmética qualquer: 
 
Calcular a soma dos trinta primeiros termos 
da PA (4, 9, 14, 19,...). 
 
a30 = a1 + (30 – 1).r 
a30 = a1 + 29r 
a30 = 4 + 29.5 = 149 
 
Calcular a soma dos n primeiros termos da 
PA (2, 10, 18, 26,...). 
 
an = 2 + (n – 1).8 
an = 2 + 8n – 8 
an = 8n – 6 
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Determine a soma dos termos da PA (6, 10, 
14,..., 134). 
 
Calcule a soma dos múltiplos de 7 
compreendidos entre 100 e 300. 
 
Múltiplos de 7 (0, 7, 14, 21, 28,...). 
O primeiro múltiplo de 7 compreendido 
entre 100 e 300 é o 105. 
O último múltiplo de 7 compreendido entre 
100 e 300 é o 294. 
294 = 105 + (n – 1).7 
294 = 105 + 7n – 7 
7n = 294 – 105 + 7 
7n = 196 
n = 196/7 = 28 
 
 
 
 
PROGRESSÃO GEOMÉTRICA 
 
Denominamos de progressão geométrica, ou 
simplesmente PG, a toda seqüência de números não 
nulos em que cada um deles, multiplicado por um 
número fixo, resulta no próximo número da 
seqüência. Esse número fixo é chamado de razão da 
progressão e os números da seqüência recebem o 
nome de termos da progressão. 
 
Observe estes exemplos: 
8, 16, 32, 64, 128, 256, 512, 1024 é uma PG 
de 8 termos, com razão 2. 
5, 15, 45,135 é uma PG de 4 termos, com 
razão 3. 
3000, 300, 30, 3 é uma PG de 4 termos, com 
razão 1/10 
 
Numa PG de 5 termos o 1º termo é 2 e o 2º 
termo é 12. Escreva os termos dessa PG. 
2, 12, 72, 432, 2592 
 
Numa PG de 4 termos, o último termo é 500 
e o penúltimo é 100. Escreva os termos dessa PG. 
4,20,100,500 
 
Numa PG de 6 termos, o 1º termo é 3 e a 
razão é 10. Qual o 6º termo dessa PG. 
3,30,300,3000,30000,300000 
a6 = 300000 
 
Numa PG de 5 termos, o 3º termo é -810 e a 
razão é -3. Escreva os termos dessa PG. 
-90,270,-810,2430,-7290 
 
Numa PG, o 9º termo é 180 e o 10º termo é 
30. Qual a razão dessa PG. 
q = 30/180 = 3/18 = 1/6 
A razão é 1/6 
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Fórmula do termo geral de uma progressão 
geométrica. 
 
Determinar o 15º termo da progressão 
geométrica (256, 128, 64,...). 
 
Determinar a razão da PG tal que: 
 
Determinar o número de termos da PG (128, 
64, 32,......, 1/256). 
 
 
 
 
 
 
Determinar a razão da PG tal que: 
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Representação genérica de uma PG: 
 
a) PG de três termos, (x, xq, xq²) em que a 
razão é q; 
(x/q, x, xq), com razão q, se q ≠ 0. 
 
b) PG de quatro termos, (x, xq, xq², xq³), 
com razão q; 
(x/q³, x/q, xq, xq³), com razão q², se q ≠ 0. 
 
Determinar a PG de três termos, sabendo 
que o produto desses termos é 8 e que a soma do 
segundo com o terceiro termo é 10. 
 
Soma dos n primeiros termos de uma PG: 
Sendo Sn a soma dos n primeiros termos da 
PG (a1,a2, a3,...an,...) de razão q, temos: 
Se q = 1, então Sn = n.a1 
 
Calcular a soma dos dez primeiros termos da 
PG (3, 6, 12,....). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Na Matemática, o conceito de função é 
inteiramente ligado às questões de dependência entre 
duas grandezas variáveis. Toda função possui uma lei de 
formação algébrica que relaciona dois ou mais conjuntos 
através de cálculos matemáticos. Dizemos que para toda 
função temos um conjunto denominado domínio e sua 
respectiva imagem. 
Por exemplo, podemos estabelecer uma relação 
de dependência entre o preço do litro do combustível e a 
quantidade de litros usados no abastecimento de um 
carro. Suponhamos que o preço do litro de gasolina seja 
R$ 2,50, dessa forma, podemos determinar a seguinte 
função y = 2,5 * x, que determina o preço a pagar y em 
decorrência da quantidade de litros abastecidos x. 
A partir dessa função podemos construir a 
seguinte tabela de valores: 
 
 
Toda situação problema envolvendo relações entre 
grandezas, é determinada por uma lei de formação 
algébrica. Observe mais um problema relacionado a uma 
situação cotidiana. 
Numa viagem, um automóvel mantém uma 
velocidade constante de 60 km/h. Com o passar do 
tempo, esse veículo irá percorrer uma determinada 
distância. De tal modo, podemos determinar a distância 
percorrida pelo veículo relacionando a velocidade média 
e o tempo do movimento utilizando a seguinte expressão 
matemática, D = V * t, onde D: distância, V: velocidade 
média e t: tempo. Observe a tabela de valores para essa 
função: 
 
Observe que nesse caso a variável dependente é 
a velocidade e a variável independente é o tempo. 
As funções possuem grande aplicabilidade nas 
situações em geral relacionadas ao ensino da Matemática. 
Utilizamos funções na Administração, na Economia, na 
Física, na Química, na Engenharia, nas Finanças, entre 
outras áreas do conhecimento. 
Observe o exemplo: 
Uma indústria de brinquedos possui um custo 
mensal de produção equivalente a R$ 5.000,00 mais R$ 
3,00 reais por brinquedo produzido. Determine a lei de 
formação dessa função e o valor do custo na produção de 
2.000 peças. 
A lei de formação será formada por uma parte fixa 
e outra variável. Observe: 
C = 5000 + 3 * p, onde C: custo da produção e p: 
o número de brinquedos produzidos. Como serão 
produzidos2.000 brinquedos temos: 
C = 5000 + 3 * 2000 
C = 5000 + 6000 
C = 11.000 
O custo na produção de 2.000 brinquedos será de 
R$ 11.000,00. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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FUNÇÃO DE 1º GRAU 
Definição 
Chama-se função polinomial do 1º grau, 
ou função afim, a qualquer função f de IR em IR 
dada por uma lei da forma f(x) = ax + b, onde a e b 
são números reais dados e a 0. 
Na função f(x) = ax + b, o número a é 
chamado de coeficiente de x e o número b é 
chamado termo constante. 
Veja alguns exemplos de funções 
polinomiais do 1º grau: 
f(x) = 5x - 3, onde a = 5 e b = - 3 
f(x) = -2x - 7, onde a = -2 e b = - 7 
f(x) = 11x, onde a = 11 e b = 0 
Gráfico 
O gráfico de uma função polinomial do 1º 
grau, y = ax + b, com a 0, é uma reta oblíqua aos 
eixos Ox e Oy. 
Exemplo: 
Vamos construir o gráfico da função y = 3x - 
1: 
Como o gráfico é uma reta, basta obter dois de 
seus pontos e ligá-los com o auxílio de uma régua: 
a) Para x = 0, temos y = 3 · 0 - 1 = -1; 
portanto, um ponto é (0, -1). 
b) Para y = 0, temos 0 = 3x - 1; portanto, e 
outro ponto é . 
Marcamos os pontos (0, -1) e no 
plano cartesiano e ligamos os dois com uma reta. 
x y 
0 
-
1 
 
0 
 
 
Já vimos que o gráfico da função afim y = 
ax + b é uma reta. 
O coeficiente de x, a, é chamado coeficiente 
angular da reta e, como veremos adiante, a está 
ligado à inclinação da reta em relação ao eixo Ox. 
O termo constante, b, é chamado coeficiente 
linear da reta. Para x = 0, temos y = a · 0 + b = b. 
Assim, o coeficiente linear é a ordenada do ponto em 
que a reta corta o eixo Oy. 
Para a confecção de apostilas uma gráfica 
cobra um valor de R$ 5,00 referentes ao custo da 
capa, contra-capa e da encadernação, mais um valor 
de R$ 0,50 para cada página da apostila. 
Repare que há uma relação de dependência 
entre duas grandezas, o número de páginas da 
apostila e o seu custo total. 
Para cada número de páginas existe um 
valor único para a apostila. Estamos então diante de 
uma função que pode ser definida como: 
 
Ou, se trabalharmos com números 
fracionários, por: 
 
 
Graficamente temos a seguinte 
representação da função no plano cartesiano: 
Toda função na forma 
, com ( e 
) é denominada função afim, ou função 
polinomial do 1° grau. Como sabemos, o polinômio 
ax + b é um polinômio do primeiro grau na variável 
x. 
Como podemos observar o gráfico desta 
função é formado por uma reta. Toda função afim é 
representada no plano cartesiano por uma reta não 
paralela ao eixo x, ou eixo das abscissas. 
Normalmente f(x) é representado pela letra y, 
como no caso deste gráfico. Então a função também 
pode ser definida por: 
 
 
Representação Gráfica de uma Função 
Afim 
Para montarmos o gráfico de uma função 
polinomial do 1° grau basta conhecermos dois 
pares ordenados cujo primeiro elemento pertence 
http://www.matematicadidatica.com.br/Funcao.aspx
http://www.matematicadidatica.com.br/PlanoCartesiano.aspx
http://www.matematicadidatica.com.br/Polinomios.aspx
http://www.matematicadidatica.com.br/PlanoCartesiano.aspx
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ao domínio da função e o segundo pertence à sua 
imagem. 
 
Para o primeiro par ordenado vamos 
escolher aquele onde x = 0. Substituindo x por 0 na 
regra de associação ou lei de formação da 
função, temos: 
 
Então o nosso par ordenado será (0, 5) 
representado no gráfico ao lado pelo ponto A: 
Voltando ao problema da apostila, o ponto 
(0, 5) do gráfico da função nos indica que caso a 
apostila não tenha nenhuma página, o seu custo 
será de R$ 5,00 referentes ao custo da capa, 
contra-capa e da encadernação apenas. 
Para o outro par ordenado, arbitrariamente 
podemos escolher o ponto com abscissa igual a 4 
e realizarmos os cálculos como no caso do primeiro 
ponto, agora trocando x por 4: 
 
 
Tal ponto pode ser observado neste outro 
gráfico, representado pelo ponto B: 
O ponto (4, 7) do gráfico da função nos 
aponta que o custo de uma apostila com 4 páginas 
é de R$ 7,00. 
Como sabemos que o gráfico de uma 
função polinomial do 1° grau é uma reta, basta 
traçarmos uma reta unindo tais pontos, como 
podemos ver no gráfico abaixo: 
 
Observe que obtivemos o mesmo gráfico do 
início das explicações deste tópico. 
Neste exemplo partimos da lei de formação 
da função, escolhemos arbitrariamente dois pontos 
conhecidos e a partir deles montamos o gráfico da 
função. Agora vamos obter a regra de associação 
da função a partir de quaisquer dois pontos 
conhecidos pertencentes à função. 
 
 
RAIZ DA FUNÇÃO AFIM 
Observe no gráfico acima que a reta da 
função intercepta o eixo das abscissas no ponto (-
10, 0). 
Este valor de x = -10 que leva a y = 0 é 
denominado raiz da função ou zero da função. 
Sendo a função, para 
encontramos a sua raiz basta substituirmos y por 0 e 
solucionarmos a equação do primeiro grau obtida: 
 
Obtendo a Lei de Formação de uma 
Função Afim a partir de Dois Pontos da Reta 
No gráfico acima vemos que o ponto (0, 5) 
pertence à função, então na sentença 
podemos trocar x por 0 e y por 5, 
quando então iremos obter que b = 5: 
 
Novamente segundo o gráfico o ponto (-10, 
0) também pertence à função e já que b = 5 temos: 
 
Observe que substituímos y, x e b por 0, -10 
e 5 respectivamente, obtendo a = 
1
/2. 
Visto que a = 
1
/2 e b = 5, temos: 
 
Portanto a função cujo gráfico 
passa pelos pontos (-10, 0) e (0, 5) é definida por: 
 
http://www.matematicadidatica.com.br/PlanoCartesiano.aspx
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Exatamente como havíamos visto no 
começo da matéria. 
Vale ressaltar que chegaríamos à mesma 
definição da função, quaisquer que fossem os dois 
pontos distintos pertencentes a reta exemplo, que 
utilizássemos na realização dos cálculos. 
 
 
FUNÇÃO DE 2.º GRAU 
Ao estudarmos a função afim vimos que 
sua lei de formação é baseada em um polinômio 
do primeiro grau na variável x. Analogamente a 
lei de formação de uma função quadrática é 
baseada num polinômio do segundo grau na 
variável x. 
Toda função na forma 
, com ( , 
e ) é denominada função 
quadrática, ou função polinomial do 2° grau. 
Lembre-se que o polinômio ax
2
 + bx + c é 
um polinômio do segundo grau na variável x. 
 
Representação Gráfica de uma Função 
Quadrática 
Devido ao fato de o gráfico de uma função 
polinomial do 2° grau ser uma parábola e não 
uma reta, como no caso de uma função afim, para 
montarmos o seu gráfico não nos basta conhecer 
apenas dois pares ordenados pertencentes à 
curva da função, no caso da função quadrática 
precisamos de mais alguns pontos para termos 
uma boa ideia de como ficará a curva no gráfico. 
 
Vamos analisar o gráfico ao lado e a tabela 
abaixo que contém alguns pontos deste gráfico: 
 
x y = -x
2
 + 10x - 14 
2 y = -2
2
 + 10 . 2 - 14 = 2 
3 y = -3
2
 + 10 . 3 - 14 = 7 
4 y = -4
2
 + 10 . 4 - 14 = 10 
5 y = -5
2
 + 10 . 5 - 14 = 11 
6 y = -6
2
 + 10 . 6 - 14 = 10 
7 y = -7
2
 + 10 . 7 - 14 = 7 
8 y = -8
2
 + 10 . 8 - 14 = 2 
 
Na tabela temos cada um dos sete pontos 
destacados no gráfico. 
Para traçá-lo primeiro identificamos no plano 
cartesiano cada um dos pontos setepontos da 
tabela e depois fazemos as interligações, traçando 
linhas curvas de um ponto a outro seguindo a 
curvatura própria de uma parábola. 
Normalmente é mais fácil traçarmos a 
parábola se a começarmos pelo seu vértice, que 
neste caso é o ponto (5, 11), visualmente o ponto 
máximo do gráfico desta parábola. 
 
Ponto de Intersecção da Parábola com o 
Eixo das Ordenadas 
De uma forma geral a parábola sempre 
intercepta o eixo y no ponto (0, c). 
Na função y = -x
2
 + 10x - 14, vista acima, o 
coeficiente c é igual a -14, portanto a intersecção da 
parábola do gráfico da função com o eixo das 
ordenadas ocorre no ponto (0, -14). 
 
Raiz da Função Quadrática 
Observe no gráfico anterior que a parábola 
da função intercepta o eixo das abscissas em dois 
pontos. Estes pontos são denominados raiz da 
função ou zero da função. 
Uma função quadrática possui de zero a 
duas raízes reais distintas. 
Sendo a função, 
para encontramos as suas raízes basta igualarmos y 
a 0 e solucionarmos a equação do segundo grau 
obtida: 
 
 
http://www.matematicadidatica.com.br/FuncaoAfim.aspx
http://www.matematicadidatica.com.br/Polinomios.aspx
http://www.matematicadidatica.com.br/Polinomios.aspx
http://www.matematicadidatica.com.br/Polinomios.aspx
http://www.matematicadidatica.com.br/Polinomios.aspx
http://www.matematicadidatica.com.br/Polinomios.aspx
http://www.matematicadidatica.com.br/Funcao.aspx
http://www.matematicadidatica.com.br/PlanoCartesiano.aspx
http://www.matematicadidatica.com.br/PlanoCartesiano.aspx
http://www.matematicadidatica.com.br/PlanoCartesiano.aspx
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Estes são os valores de x que levam a y = 
0, estes valores são portanto as raízes desta 
função. 
 
Vértice e Concavidade da Parábola 
Podemos observar que no gráfico da 
função y = -x
2
 + 10x - 14 o seu vértice é o ponto 
máximo e que a sua concavidade é para baixo. 
 
Agora vamos observar o gráfico da função 
y = x
2
 + 3x + 1: 
Como podemos perceber, esta outra 
parábola é côncava para cima e o seu vértice é o 
seu ponto mínimo. 
Observando apenas a lei de formação das 
duas funções, qual o seu palpite para esta 
divergência entre os dois gráficos? 
Vamos identificar os coeficientes destas 
funções. 
Para a função y = -x
2
 + 10x - 14 temos: 
 
Já para a função y = x
2
 + 3x + 1 temos: 
 
Já tem algum palpite? 
Observe que na primeira função o 
coeficiente a é negativo, ao passo que na segunda 
função este mesmo coeficiente é positivo. 
 
O gráfico da função 
é côncavo para baixo 
quando a < 0: 
 
Por outro lado quando a > 0 o gráfico da 
função tem a sua concavidade voltada para cima: 
 
1.2 Coordenadas do Vértice da Parábola 
A abscissa do vértice xv é dada pela 
fórmula: 
 
Já ordenada do vértice yv pode ser obtida 
calculando-se yv = f(xv), ou ainda através da fórmula: 
 
Vamos tomar como exemplo novamente a 
função y = -x
2
 + 10x - 14 e calcularmos as 
coordenadas do seu vértice para conferirmos com o 
ponto indicado na tabela inicial. 
Seus coeficientes são: 
 
Então para a abscissa do vértice xv temos: 
 
A ordenada do vértice yv vamos obter pelas 
duas formas indicadas. Primeiro utilizando a fórmula, 
mas para isto antes precisamos calcular o 
discriminante da equação -x
2
 + 10x - 14 = 0: 
 
Visto que o discriminante é igual a 44, a 
ordenada do vértice é: 
 
Da outra maneira o cálculo seria: 
 
http://www.matematicadidatica.com.br/EquacaoSegundoGrau.aspx
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Portanto o vértice da parábola é o ponto (5, 
11) como apontado inicialmente pela tabela. 
 
1.3 Valor Mínimo ou Máximo da Função 
Quadrática 
Acima aprendemos a identificar pela lei de 
formação de uma função se a parábola do seu 
gráfico tem concavidade para cima ou para baixo e 
também aprendemos como calcular as 
coordenadas do vértice desta parábola. 
Ficamos sabendo também que as funções 
polinomiais do 2° grau com coeficiente a < 0 
possuem um valor máximo, ao ponto que quando 
o coeficiente a > 0 possuem um valor mínimo. 
Com base nestes conhecimentos podemos 
calcular qual é o valor máximo ou mínimo de uma 
função quadrática. 
 
1.3.1 Valor Mínimo e Ponto de Mínimo da 
Função Quadrática 
 
Vamos analisar o gráfico da função f(x) = x
2
 
- 4x + 5: 
Os seus coeficientes são: 
 
Esta função é côncava para cima, pois o 
seu coeficiente a > 0. 
O ponto (2, 1) é o vértice da parábola. 
2 é a abscissa do vértice, isto é xv, assim 
calculado: 
 
1 é a ordenada do vértice, ou seja yv, que 
obtemos iniciando pelo cálculo do discriminante: 
 
 
Conhecendo o discriminante podemos 
calcular yv: 
 
Observe que para valores de x menores que 
a abscissa do vértice, o valor de y vai diminuindo 
até atingir um valor mínimo que é a ordenada do 
vértice ou f(xv). 
Como xv = 2, então f(2) = 1 é o valor mínimo 
da função f e 2 é o ponto de mínimo da função f. 
Para a > 0 o conjunto imagem da função 
polinomial do 2° grau é: 
 
 
1.3.2 Valor Máximo e Ponto de Máximo da 
Função Quadrática 
 
Vamos analisar agora este outro gráfico da 
função f(x) = -x
2
 + 4x + 2: 
Os coeficientes da regra de associação 
desta função são: 
 
Esta função é côncava para baixo já que o 
seu coeficiente a < 0. 
O ponto (2, 6) é o vértice da parábola. 
2 é a abscissa do vértice, ou seja xv, que 
calculamos assim: 
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6 é a ordenada do vértice, isto é yv, que 
agora vamos obter calculando f(xv) diretamente, em 
vez calcularmos primeiro o discriminante e a partir 
dele calcularmos yv, como fizemos no caso do 
valor mínimo: 
Neste caso veja que para valores de x 
menores que a abscissa do vértice, o valor de y 
vai aumentando até atingir um valor máximo que 
é a ordenada do vértice, que como sabemos é 
f(xv). 
Visto que xv = 2, então f(2) = 6 é o valor 
máximo da função f e 2 é o ponto de máximo da 
função f. 
Para a < 0 o conjunto imagem da função 
quadrática é: 
 
 
GRÁFICOS DE FUNÇÕES 
 Por gráfico entendemos uma figura com o 
objetivo de transmitir uma informação qualquer. Os 
meios de comunicação (revistas, jornais, televisão) 
utilizam frequentemente este recurso para veicular 
de maneira clara, simples e compacta vários tipos 
de informação, tais como: resultados de pesquisa 
de opinião, dados estatísticos, variação de 
indicadores financeiros, etc. 
O termo gráfico em matemática, geralmente 
é usado quando estamos a descrever uma figura 
por meio de uma condição que é satisfeita pelos 
pontos da figura e por nenhum outro ponto. 
Uma das representações gráficas mais 
comuns e importantes em matemática é o gráfico 
de uma função. 
Podemos representar graficamente uma 
função usando vários tipos de gráficos: gráficos de 
barras, correspondência ou relação entre conjuntos, 
gráfico cartesiano. 
O gráfico cartesiano de uma função é o 
conjunto de todos os pontos (x, y) do plano que 
satisfazem a condição y = f(x), ou seja, o gráfico de 
uma função é o conjunto de todos os pontos do 
plano da forma (x, f(x)), com x variando no domínio 
de f. 
Os gráficos cartesianos permitem visualizar 
"a forma" geométrica de uma função e as suas 
principais características.Qualquer curva plana representa o gráfico 
de alguma função? 
(Resolva o exercício abaixo. Ele poderá 
ajudá-lo a obter uma resposta para esta pergunta) 
Verifique quais dos gráficos abaixo, são 
gráficos de funções: 
( a ) 
 
 
 
( b ) 
 
( c ) 
 
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( d ) 
 
 
 
 
 
( e ) 
 
( f ) 
 
Dos exemplos estudados, podemos concluir 
que o gráfico de uma função é uma curva plana com 
a característica especial que qualquer recta vertical 
só a intercepta num único ponto. 
 Porque é esta condição 
necessária? 
 O gráfico de uma função 
pode ser simétrico em relação ao eixo x ? 
 E em relação ao eixo y ? 
 O que representam os pontos 
onde o gráfico de uma função corta o eixo x ? 
 
Dizemos que duas funções y = f(x) e y = g(x) 
são iguais se elas têm o mesmo domínio e se f(x) = 
g(x) , para todos os valores de x do seu domínio 
comum. 
e y = x + 1 não são iguais 
porque têm domínios diferentes. O ponto x = 1 
pertence ao domínio de y = x +1, mas não pertence 
ao domínio de . 
O que acontece com os valores de f(x) 
quando x se aproxima de 1 ? 
Para responder observe a animação abaixo: 
 
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Dizemos, então, que o limite da função 
quando x tende para 1 é 2, ou em notação 
matemática, . 
Estudemos agora, a função 
. É claro que esta função não está 
definida para x= 0. Além disso, lembrando que 
, concluímos, 
imediatamente, que esta função é constante e igual 
a 1 para valores positivos de x , e é constante e 
igual a -1 para os valores negativos de x . 
Traçamos abaixo o gráfico dessa função. 
 
 O que acontece com os 
valores dessa função, quando x se 
aproxima de zero pela direita? 
 E quando x se aproxima de 
zero pela esquerda ? 
Notamos, neste caso, que o 
comportamento de f(x) difere daquele do exemplo 
anterior, pois a função assume valores diferentes, 
quando x se aproxima de zero pela direita e, pela 
esquerda. Neste caso, dizemos que a função não 
tem limite no ponto x = 0 . 
Considere a função y = (1 / x).. Pode-se 
concluir, imediatamente, que y assumirá valores 
positivos, quando x for positivo y será negativo 
quando x for negativo e que y não está definido 
quando x = 0. Mas, o que acontece com os valores 
da função, quando x se aproxima de zero? 
Neste caso, notamos que à medida que x 
se aproxima de zero, quer pela direita, quer pela 
esquerda, os valores correspondentes de f(x) 
crescem sem limite, em valor absoluto. Dizemos, 
então, que quando x tende para zero pela 
esquerda, a função f(x) tende para - ∞ e quando x 
tende para zero pela direita, a função tende para + 
∞. Em notação matemática, escrevemos 
e 
, respectivamente. 
Observe ainda, como este comportamento 
"aparece" no gráfico da função. 
 
Podemos perceber que, à medida em que x 
cresce em valor absoluto, o gráfico da função 
aproxima-se cada vez mais da recta y = 0 e, quando 
x se aproxima de zero, o gráfico da função aproxima-
se da recta x = 0. 
A recta x = 0 é chamada assimptota vertical e 
a recta y = 0 é chamada assimptota horizontal ao 
gráfico da função. 
Em resumo, dizemos que uma recta é uma 
assimptota ao gráfico de uma função quando, à 
medida que um ponto se move ao longo da curva, a 
distância desse ponto à recta aproxima-se de zero 
indefinidamente, sem nunca chegar a zero. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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TEOREMA DE PITÁGORAS 
 
O Teorema de Pitágoras é considerado 
uma das principais descobertas da Matemática, ele 
descreve uma relação existente no triângulo 
retângulo. Vale lembrar que o triângulo retângulo 
pode ser identificado pela existência de um ângulo 
reto, isto é, medindo 90º. O triângulo retângulo é 
formado por dois catetos e a hipotenusa, que 
constitui o maior segmento do triângulo e é 
localizada oposta ao ângulo reto. Observe: 
 
Catetos: a e b 
 
Hipotenusa: c 
 
 
O Teorema diz que: “a soma dos quadrados 
dos catetos é igual ao quadrado da hipotenusa.” 
 
a² + b² = c² 
 
Exemplo 1 
 
Calcule o valor do segmento desconhecido 
no triângulo retângulo a seguir. 
 
 
 
x² = 9² + 12² 
 
x² = 81 + 144 
 
x² = 225 
 
√x² = √225 
 
x = 15 
 
Foi através do Teorema de Pitágoras que 
os conceitos e as definições de números irracionais 
começaram a ser introduzidos na Matemática. O 
primeiro irracional a surgir foi √2, que apareceu ao 
ser calculada a hipotenusa de um triângulo retângulo 
com catetos medindo 1. Veja: 
 
 
 
 
x² = 1² + 1² 
 
x² = 1 + 1 
 
x² = 2 
 
√x² = √2 
 
x = √2 
 
√2 = 1,414213562373.... 
 
Exemplo 2 
 
Calcule o valor do cateto no triângulo 
retângulo abaixo: 
 
 
x² + 20² = 25² 
 
x² + 400 = 625 
 
x² = 625 – 400 
 
x² = 225 
 
√x² = √225 
 
x = 15 
 
 
Exemplo 3 
 
Um ciclista acrobático vai atravessar de um 
prédio a outro com uma bicicleta especial, 
percorrendo a distância sobre um cabo de aço, como 
demonstra o esquema a seguir: 
MATEMÁTICA 
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Qual é a medida mínima do comprimento 
do cabo de aço? 
 
 
 
Pelo Teorema de Pitágoras temos: 
 
x² = 10² + 40² 
x² = 100 + 1600 
x² = 1700 
x = 41,23 (aproximadamente) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TEOREMA DE TALES 
A história da Geometria Descritiva ganha vida 
nas descobertas do grande matemático grego Tales 
de Mileto. Sábio do século VI a.C., Tales tornara-se 
conhecido como pai da geometria descritiva após 
grande contribuição não somente nesse campo, mas 
em muitas outras extensões da matemática. 
Além da matemática, Tales contribuiu, com 
seus estudos, para o desenvolvimento da Astronomia 
e da Filosofia. Ainda sobre ele, supõe-se que passara 
um tempo vivendo no Egito, onde foi convocado para 
calcular a altura de uma pirâmide, realizando o 
cálculo com êxito e ficando muito famoso. Para 
realizar tamanha façanha, visto que à época 
pouquíssimos (ou nenhum) recursos foram-lhe 
disponibilizados, Tales utilizou o que hoje 
conhecemos como o Teorema de Tales. 
Algumas considerações preliminares 
O enunciado do Teorema de Tales será 
compreensível a partir da consideração, nesse 
primeiro momento, de alguns elementos básicos: um 
feixe de retas paralelas r, s e t que cortam as retas 
transversais u e v. 
 
Neste exemplo, o feixe de retas é formado 
por apenas três retas paralelas e duas transversais, 
mas outros feixes podem ser formados com maior 
número de retas paralelas contidas num mesmo 
plano. 
No feixe acima, destacam-se os seguintes 
elementos: 
 Pontos correspondentes: A e 
D, B e E, C e F; 
 Segmentos correspondentes: 
AB e DE, BC e EF, AC e DF. 
O teorema de Tales 
Se duas retas transversais são cortadas por 
um feixe de retas paralelas, então a razão entre 
quaisquer dois segmentos determinados em uma das 
transversais é igual à razão entre os segmentos 
correspondentes da outra transversal.MATEMÁTICA 
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No feixe de retas exemplificado 
anteriormente, podemos destacar, de acordo com o 
Teorema de Tales, as seguintes razões: 
 
Aplicação do teorema 
 
 
 
 
 
Aprenda a calcular área e perímetro de um 
quadrado. 
 
 
 
A área é a quantidade de espaço na superfície. 
Calcular área é um dos exercícios mais pedidos em 
Matemática. Na Olimpíada de Matemática, Enem e 
vestibulares é comum encontrar questões que 
envolvam como calcular área. 
Para calcular a área de um quadrado, basta elevar 
ao quadrado a medida de um lado. Exemplo: O lado 
de um quadrado mede 8 cm. 
A = L x L 
A= 8×8 
A= 64 cm 
Perímetro 
Perímetro é a soma dos lados de uma figura. Ainda 
usando as medidas do exemplo acima, vamos 
calcular qual é o perímetro de um quadrado. 
P= L + L + L + L = 4xL 
P= 4×8 
P= 32 
Portanto, o perímetro do quadrado do exemplo é 32 
cm e área é 64 cm. 
 
 
Aprenda como calcular área e perímetro de um 
triângulo. 
 
Área é a quantidade de espaço de uma superfície. 
Perímetro pode ser definido como o comprimento da 
http://aprovadonovestibular.com/como-calcular-area-e-perimetro-de-um-quadrado-matematica.html
http://aprovadonovestibular.com/como-calcular-area-e-perimetro-de-um-quadrado-matematica.html
http://aprovadonovestibular.com/como-calcular-area-e-perimetro-de-triangulo-%E2%80%93-matematica.html
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curva em torno de uma figura fechada e limitada. 
Calcular área e perímetro é muito comum em 
exercícios de vestibulares. 
Para calcular a área de um triângulo há várias 
formas e depende do tipo de triângulo. 
A = área 
b = base 
h = altura 
 
Triângulo equilátero 
l = lado 
 
Caso deseje calcular a altura de um triângulo 
equilátero. 
 
Como calcular perímetro de um triângulo 
Para calcular o perímetro de um triângulo basta 
somar o valor dos lados dele. 
P = L + L + L 
Imagine a seguinte situação: 
Aproveitando uma promoção de uma loja de 
materiais para construção, uma família resolve 
trocar o piso da sala de sua residência. Sabem 
que a sala mede 4 metros de largura e possui 
um comprimento de 5,5 metros. Sabem também 
que o ladrilho desejado é quadrado, com 25 cm 
de lado. Quantos ladrilhos serão necessários 
para ladrilhar o piso da sala inteira? 
Área é a denominação dada à medida de uma 
superfície. Na situação acima estamos nos 
referindo às áreas da sala e do ladrilho. 
Partindo-se deste princípio, o nosso problema se 
resume ao cálculo da razão entre as áreas da sala 
e do ladrilho. 
Para que você saiba solucionar, dentre outros, o 
problema acima, vamos então nos atentar ao 
método de cálculo da área das figuras geométricas 
planas mais comuns. 
De qualquer forma, no final da página você 
encontra a resolução detalhada do problema 
acima. 
 
Cálculo da Área do Triângulo 
 
Denominamos de triângulo a um polígono de três 
lados. 
Observe a figura ao lado. A letra h representa a 
medida da altura do triângulo, assim como letra b 
representa a medida da sua base. 
A área do triângulo será metade do produto do valor 
da medida da base, pelo valor da medida da altura, 
tal como na fórmula abaixo: 
 
A letra S representa a área ou superfície do triângulo. 
 
No caso do triângulo equilátero, que possui os três 
ângulos internos iguais, assim como os seus três 
lados, podemos utilizar a seguinte fórmula: 
 
Onde l representa a medida dos lados do triângulo. 
 
Exemplos 
A medida da base de um triângulo é de 7 cm, visto 
que a medida da sua altura é de 3,5 cm, qual é a 
área deste triângulo? 
Do enunciado temos: 
 
Utilizando a fórmula: 
 
A área deste triângulo é 12,25 cm
2
. 
Os lados de um triângulo equilátero medem 5 mm. 
Qual é a área deste triângulo equilátero? 
Segundo o enunciado temos: 
 
Substituindo na fórmula: 
 
http://aprovadonovestibular.com/como-calcular-area-e-perimetro-de-triangulo-%E2%80%93-matematica.html
http://www.matematicadidatica.com.br/GeometriaCalculoAreaFigurasPlanas.aspx#anchor_prob1
http://www.matematicadidatica.com.br/GeometriaCalculoAreaFigurasPlanas.aspx#anchor_prob1
http://www.matematicadidatica.com.br/GeometriaCalculoAreaFigurasPlanas.aspx#anchor_prob1
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http://www.matematicadidatica.com.br/GeometriaCalculoAreaFigurasPlanas.aspx#anchor_prob1
http://www.matematicadidatica.com.br/GeometriaCalculoAreaFigurasPlanas.aspx#anchor_prob1
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http://www.matematicadidatica.com.br/GeometriaCalculoAreaFigurasPlanas.aspx#anchor_prob1
http://www.matematicadidatica.com.br/Razao.aspx
http://www.matematicadidatica.com.br/GeometriaCalculoAreaFigurasPlanas.aspx#anchor_prob1
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MATEMÁTICA 
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A área deste triângulo equilátero é de 
aproximadamente 10,8 mm
2
. 
Cálculo da Área do Paralelogramo 
 
Um quadrilátero cujos lados opostos são iguais e 
paralelos é denominado paralelogramo. 
Com h representando a medida da sua altura e com 
b representando a medida da sua base, a área do 
paralelogramo pode ser obtida multiplicando-se b 
por h, tal como na fórmula abaixo: 
 
 
Exemplos 
A medida da base de um paralelogramo é de 5,2 
dm, sendo que a medida da altura é de 1,5 dm. 
Qual é a área deste polígono? 
Segundo o enunciado temos: 
 
Substituindo na fórmula: 
 
A área deste polígono é 7,8 dm
2
. 
Qual é a medida da área de um paralelogramo 
cujas medidas da altura e da base são 
respectivamente 10 cm e 2 dm? 
Sabemos que 2 dm equivalem a 20 cm, temos: 
 
Substituindo na fórmula: 
 
A medida da área deste paralelogramo é 200 
cm
2
 ou 2 dm
2
. 
Cálculo da Área do Losango 
 
O losango é um tipo particular de paralelogramo. 
Neste caso além dos lados opostos serem paralelos, 
todos os quatro lados são iguais. 
Se você dispuser do valor das medidas h e b, você 
poderá utilizar a fórmula do paralelogramo para obter 
a área do losango. 
Outra característica do losango é que as suas 
diagonais são perpendiculares. 
 
Observe na figura à direita, que a partir das diagonais 
podemos dividir o losango em quatro triângulos 
iguais. 
Consideremos a base b como a metade da diagonal 
d1 e a altura h como a metade da diagonal d2, para 
calcularmos a área de um destes quatro triângulos. 
Bastará então que a multipliquemos por 4, para 
obtermos a área do losango. Vejamos: 
 
Realizando as devidas simplificações chegaremos à 
fórmula: 
 
 
Exemplos 
As diagonais de um losango medem 10 cm e 15 
cm. Qual é a medida da sua superfície? 
Para o cálculo da superfície utilizaremos a fórmula 
que envolve as diagonais, cujos valores temos 
abaixo: 
 
Utilizando na fórmula temos: 
 
A medida da superfície deste losango é de 75 cm
2
 
Qual é a medida da área de um losango cuja base 
mede 12 cm e cuja altura seja de 9 cm? 
Neste caso, para o cálculo da área utilizaremos a 
fórmula do paralelogramo, onde utilizamos a base e a 
altura da figura geométrica, cujos valores temos 
abaixo: 
 
Segundo a fórmula temos: 
MATEMÁTICACentral de Atendimento: (91) 3278-5713 / 8163-1764 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 61 
 
A medida da área do losango é de 108 cm
2
. 
Cálculo da Área do Quadrado 
Todo quadrado é também um losango, mas nem 
todo losango vem a ser um quadrado, do mesmo 
modo que todo quadrado é um retângulo, mas nem 
todo retângulo é um quadrado. 
O quadrado é um losango, que além de possuir 
quatro lados iguais, com diagonais perpendiculares, 
ainda possui todos os seus ângulos internos iguais 
a 90°. Observe ainda que além de perpendiculares, 
as diagonais também são iguais. 
Por ser o quadrado um losango e por ser o losango 
um paralelogramo, podemos utilizar para o cálculo 
da área do quadrado, as mesmas fórmulas 
utilizadas para o cálculo da área tanto do losango, 
quanto do paralelogramo. 
 
Quando dispomos da medida do lado do quadrado, 
podemos utilizar a fórmula do paralelogramo: 
 
Como h e b possuem a mesma medida, podemos 
substituí-las por l, ficando a fórmula então como 
sendo: 
 
 
Quando dispomos da medida das diagonais do 
quadrado, podemos utilizar a fórmula do losango: 
 
Como ambas as diagonais são idênticas, podemos 
substituí-las por d, simplificando a fórmula para: 
 
 
Exemplos 
A lateral da tampa quadrada de uma caixa mede 
17 cm. Qual a superfície desta tampa? 
Do enunciado temos que a variável l é igual a 17: 
 
Substituindo na fórmula temos: 
 
Portanto a superfície da tampa desta caixa é de 
289 cm
2
. 
A medida do lado de um quadrado é de 20 cm. 
Qual é a sua área? 
Como o lado mede 20 cm, temos: 
 
Substituindo na fórmula temos: 
 
A área do quadrado é de 400 cm
2
. 
A área de um quadrado é igual a 196 cm
2
. Qual a 
medida do lado deste quadrado? 
Temos que S é igual a 196. 
 
Utilizando a fórmula temos: 
 
Como a medida do lado não pode ser negativa, 
temos que o lado do quadrado mede 14 cm. 
Cálculo da Área do Retângulo 
 
Por definição o retângulo é um quadrilátero 
equiângulo (todo os seus ângulos internos são 
iguais), cujos lados opostos são iguais. 
Se todos os seus quatro lados forem iguais, teremos 
um tipo especial de retângulo, chamado de quadrado. 
Por ser o retângulo um paralelogramo, o cálculo da 
sua área é realizado da mesma forma. 
Se denominarmos as medidas dos lados de um 
retângulo como na figura ao lado, teremos a seguinte 
fórmula: 
 
 
Exemplos 
Um terreno mede 5 metros de largura por 25 
metros de comprimento. Qual é a área deste terreno? 
Atribuindo 5 à variável h e 25 à variável b temos: 
 
Utilizando a fórmula: 
MATEMÁTICA 
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A área deste terreno é de 125 m
2
. 
A tampa de uma caixa de sapatos tem as 
dimensões 30 cm por 15 cm. Qual a área desta 
tampa? 
Podemos atribuir 15 à variável h e 30 à variável b: 
 
Ao substituirmos as variáveis na fórmula teremos: 
 
Portanto a área da tampa da caixa de sapatos é 
de 450 cm
2
. 
Cálculo da Área do Círculo 
 
A divisão do perímetro de uma circunferência, pelo 
seu diâmetro resultará sempre no mesmo valor, 
qualquer que seja circunferência. Este valor 
irracional constante é representado pela letra grega 
minúscula pi, grafada como: 
 
Por ser um número irracional, o número pi possui 
infinitas casas decimais. Para cálculos corriqueiros, 
podemos utilizar o valor 3,14159265. Para cálculos 
com menos precisão, podemos utilizar 3,1416, ou 
até mesmo 3,14. 
O perímetro de uma circunferência é obtido através 
da fórmula: 
 
O cálculo da área do círculo é realizado segundo a 
fórmula abaixo: 
 
Onde r representa o raio do círculo. 
 
Exemplos 
A lente de uma lupa tem 10 cm de diâmetro. Qual 
é a área da lente desta lupa? 
Como informado no enunciado, o diâmetro da 
circunferência da lupa é igual a 10 cm, o que nos 
leva a concluir que o seu raio é igual a 5 cm, que 
corresponde à metade deste valor: 
 
Substituindo-o na fórmula: 
 
A área da lente da lupa é de 78,54 cm
2
. 
Um círculo tem raio de 8,52 mm. Quantos 
milímetros quadrados ele possui de superfície? 
Do enunciado, temos que o valor do raio r é: 
 
Ao substituirmos valor de r na fórmula teremos: 
 
A superfície do círculo é de 228,05 mm
2
. 
Cálculo da Área de Setores Circulares 
 
O cálculo da área de um setor circular pode ser 
realizado calculando-se a área total do círculo e 
depois se montando uma regra de três, onde a área 
total do círculo estará para 360°, assim como a área 
do setor estará para o número de graus do setor. 
Sendo S a área total do círculo, Sα a área do setor 
circular e α o seu número de graus, temos: 
 
Em radianos temos: 
 
A partir destas sentenças podemos chegar a esta 
fórmula em graus: 
 
E a esta outra em radianos: 
 
Onde r representa o raio do círculo referente ao setor 
e α é o ângulo também referente ao setor. 
 
Exemplos 
Qual é a área de um setor circular com ângulo de 
30° e raio de 12 cm? 
Aplicando a fórmula em graus temos: 
 
A área do setor circular é de 37,6992 cm
2
. 
Qual é a superfície de um setor circular com ângulo 
de 0,5 rad e raio de 8 mm? 
Aplicando a fórmula em radianos temos: 
 
MATEMÁTICA 
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A superfície do setor circular é de 16 mm
2
. 
Cálculo da Área de Coroas Circulares 
 
O cálculo da área de uma coroa circular pode ser 
realizado calculando-se a área total do círculo e 
subtraindo-se desta, a área do círculo inscrito. 
Podemos também utilizar a seguinte fórmula: 
 
Onde R representa o raio do círculo e r representa 
o raio do círculo inscrito. 
 
Exemplos 
Qual é a área de uma coroa circular com raio de 
20 cm e largura de 5 cm? 
Se a largura é de 5 cm, significa que r = 20 - 5 = 15, 
substituindo na fórmula temos: 
 
A área da coroa circular é de 549,78 cm
2
. 
Qual é a superfície de uma coroa circular com r = 
17 e R = 34? 
Aplicando a fórmula em temos: 
 
A superfície desta coroa circular é 2723,7672. 
 
Resolução Detalhada do Problema no Começo 
da Página 
Para resolvermos tal problema, primeiramente 
vamos calcular a área da sala. 
Para podermos utilizar a fórmula do cálculo da área 
de um retângulo, vamos atribuir os 4 m da largura à 
letra h e os 5,5 m do comprimento à letra b: 
 
Resolvendo através da fórmula: 
 
Agora que sabemos que a sala tem uma área de 22 
m
2
, precisamos conhecer a área do ladrilho. 
Como o ladrilho é quadrado, precisamos calcular a 
área de um quadrado, só que devemos trabalhar 
em metros e não em centímetros, pois a área da 
sala foi calculada utilizando-se medidas em metros 
e não medidas em centímetros. Poderíamos ter 
convertido as medidas da sala em centímetros, para 
trabalharmos apenas com centímetros. O importante 
é que utilizemos sempre a mesma unidade 
(múltiplo/submúltiplo). 
A transformação de 25 cm em metros é realizada 
dividindo-se tal medida por 100: 
 
Então a medida dos lados dos ladrilhos é de 0,25 m. 
Se tiver dúvidas sobre como realizar tal conversão, 
por favor acesse a página que trata sobre as 
unidades de medidas, lá você encontrará várias 
informações sobre este assunto, incluindo vários 
exemplos e um link para uma calculadora sobre o 
tema. 
Voltando ao problema, como o ladrilho é quadrado, a 
área do ladrilho com lado l = 0,25 é igual a: 
 
Como dito no começo da página, a resolução do 
problema se resume ao cálculo da razão entre a área 
da sala e a área do ladrilho. 
Como a sala tem uma área de 22 m
2
 e o ladrilho de 
0,0625 m
2
, temos a seguinte razão: 
 
Ou seja, paraladrilhar o piso da sala inteira serão 
necessários ladrilhos 352. 
 
RELAÇÕES MÉTRICAS NO TRIÂNGULO 
RETÂNGULO 
Triângulo retângulo é todo triângulo que tem um 
ângulo reto. O triângulo ABC é retângulo em A e seus 
elementos são: 
 
a: hipotenusa 
b e c: catetos 
h: altura relativa a hipotenusa 
m e n: projeções ortogonais dos catetos sobre a 
hipotenusa. 
 
Relações métricas 
 
Para um triângulo retângulo ABC podemos 
estabelecer algumas relações entre as medidas de 
seus elementos: 
- O quadrado de um cateto é igual ao produto da 
hipotenusa pela projeção desse cateto sobre a 
hipotenusa. 
b² = a.n c² = a.m 
- O produto dos catetos é igual ao produto da 
http://www.matematicadidatica.com.br/SistemasMedida.aspx
http://www.matematicadidatica.com.br/CalculadoraConversaoUnidadesMedida.aspx
http://www.matematicadidatica.com.br/CalculadoraConversaoUnidadesMedida.aspx
http://www.matematicadidatica.com.br/Razao.aspx
http://matematica-online-clc.blogspot.com.br/2009/03/relacoes-metricas-no-triangulo.html
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hipotenusa pela altura relativa a hipotenusa. 
b.c = a.h 
 
- O quadrado da altura é igual ao produto das 
projeções dos catetos sobre a hipotenusa. 
h² = m.n 
 
- O quadrado da hipotenusa é igual a soma dos 
quadrados dos catetos. 
a² = b² + c² 
Essa relação é conhecida pelo nome de TEOREMA 
DE PITÁGORAS. 
Exemplo: 
Neste triângulo ABC, vamos calcular a, h, m e n: 
 
a² = b² + c² → a² = 6² + 8² → a² = 100 → a = 10 
 
b.c = a.h → 8.6 = 10.h → h = 48/10 = 4,8 
 
c² = a.m → 6² = 10.m → m = 36/10 = 3,6 
 
b² = a.n → 8² = 10.n → n = 64/10 = 6,4 
 
Determine os valores literais indicados nas figuras: 
 
a) 
 
13² = 12² + x² 5.12 = 13.y 
169 = 144 + x² y = 60/13 
x² = 25 
x = 5 
 
b) 
 
 
 
 
 
c) 
 
 
d) 
 
 
Determine a altura de um triângulo eqüilátero de lado 
l. 
 
 
 
 
Determine x nas figuras. 
 
a) 
 
 
 
O triângulo ABC é eqüilátero. 
 
 
 
 
http://3.bp.blogspot.com/_48xzWKwbkdU/SZToZ8rhhbI/AAAAAAAAAN8/hKMucF9WgQo/s1600-h/tri4.jpg
http://1.bp.blogspot.com/_48xzWKwbkdU/SZTo0Mw6moI/AAAAAAAAAOE/67jmdceolK4/s1600-h/tri6+4.jpg
http://2.bp.blogspot.com/_48xzWKwbkdU/SZTqFXm2xvI/AAAAAAAAAOU/VUlx7O_Vktw/s1600-h/tri75.jpg
http://3.bp.blogspot.com/_48xzWKwbkdU/SZTqiiG-IkI/AAAAAAAAAOc/Jyx8H6GQJgM/s1600-h/tri8.jpg
http://3.bp.blogspot.com/_48xzWKwbkdU/SZTrDu1GIJI/AAAAAAAAAOk/UEi38tRenV8/s1600-h/trig9.jpg
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b) 
 
 
 
c) 
 
 
 
Determine a diagonal de um quadrado de lado l. 
 
 
 
 
Razões trigonométricas 
 
Considere um triângulo retângulo ABC. Podemos 
definir: 
 
 
- Seno do ângulo agudo: razão entre o cateto 
oposto ao ângulo e a hipotenusa do triângulo. 
senÊ = e/a senÔ = o/a 
 
- Cosseno do ângulo agudo: razão entre o cateto 
adjacente ao ângulo e a hipotenusa do triângulo. 
cosÊ = o/a cosÔ = e/a 
 
- Tangente do ângulo agudo: razão entre o cateto 
oposto ao ângulo e o cateto adjacente. 
tgÊ = e/o tgÔ = o/e 
 
Observe: senÊ = cosÔ, senÔ = cosÊ e tgÊ = 1/tgÔ, 
sempre Ê + Ô = 90º 
 
Exemplo: 
 
senÔ = 3/5 = 0,6 senÊ = 4/5 = 0,8 
cosÔ = 4/5 = 0,8 cosÊ = 3/5 = 0,6 
tgÔ = 3/4 = 0,75 tgÊ = 4/3 = 1,333.... 
 
 
Ângulos notáveis 
 
Podemos determinar seno, cosseno e tangente de 
alguns ângulos. Esses ângulos chamados de 
notáveis, são: 30°, 45° e 60°. A partir das definições 
de seno, cosseno e tangente, vamos determinar 
esses valores para os ângulos notáveis. Considere 
um triângulo eqüilátero de lado l. Traçando a altura 
AM, obtemos o triângulo retângulo AMC de ângulos 
agudos iguais a 30° e 60°. Aplicando as razões 
trigonométricas ao triângulo AMC temos: 
 
 
 
Para obter as razões trigonométricas do ângulo de 
45°, considere um quadrado de lado l. A diagonal 
divide o quadrado em dois triângulos retângulos 
isósceles. 
 
http://3.bp.blogspot.com/_48xzWKwbkdU/SZTrjwblBGI/AAAAAAAAAO0/ET_5IMT57ZY/s1600-h/tri34.jpg
http://2.bp.blogspot.com/_48xzWKwbkdU/SZTrSSpytWI/AAAAAAAAAOs/Nc4G2C4RRBg/s1600-h/trij112.jpg
http://1.bp.blogspot.com/_48xzWKwbkdU/SZTtPvKIB5I/AAAAAAAAAPM/bMAoFRrLAJc/s1600-h/trir38.jpg
http://4.bp.blogspot.com/_48xzWKwbkdU/SZTtfzoW9yI/AAAAAAAAAPU/9luWkczYGZ8/s1600-h/tris40.jpg
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No triângulo ABD, temos: 
 
 
 
 
 
Observação: sen45° = cos45° 
 
 
PRISMA 
 
1. Prismas regulares 
 
Prisma: Figura espacial que possui duas 
faces poligonais opostas, paralelas e congruentes, 
denominadas bases, separadas por uma distância 
chamada altura. As demais faces possuem forma 
de paralelogramos, sendo os lados os segmentos 
que unem os vértices correspondentes das duas 
bases. O prisma é regular quando suas bases 
forem polígonos regulares. 
 
1.1 Prisma reto: O prisma é dito reto 
quando as arestas laterais forem perpendiculares 
às bases. Neste caso as faces laterais serão 
retângulos. 
 
 
Definições complementares 
 
Al → total da área lateral, que é a soma das áreas 
dos paralelogramos 
Ab → área do polígono da base (vide fórmulas no 
artigo Quadrilátero - Cálculo de áreas) 
h → altura do prisma (distância entre as duas bases 
e perpendicular a elas) 
 
Área total: 
AT = Al + 2. Ab 
 
Volume do prisma: 
V = Ab . h 
 
1.2 Prisma oblíquo: quando as arestas laterais não 
são perpendiculares às bases. 
 
 
 
As fórmulas para cálculo das áreas e do volume 
continuam as mesmas, pois a altura é sempre a 
distância entre as duas bases e perpendicular a elas 
ou ao plano que as contém. 
 
PIRÂMIDES REGULARES 
 
Pirâmide: Uma figura espacial que possui 
uma face poligonal denominada base, e faces 
laterais em forma de triângulos com um vértice em 
comum. A distância deste vértice até a base da 
pirâmide é sua altura. A pirâmide é regular quando 
sua base for um polígono regular. 
 
2.1 Pirâmide reta: A pirâmide é reta quando 
todos as faces laterais forem todas triângulos iguais. 
Neste caso a projeção do vértice da pirâmide sobre a 
base coincide com o centro geométrico da base. 
 
 
 
Definições complementares 
Al → total da área lateral que é a soma das 
áreas dos triângulos laterais 
 
Ab → área do polígono da base (vide 
fórmulas no artigo Quadrilátero - Cálculo de áreas) 
 
h → altura da pirâmide (distância entre a 
base, perpendicular a ela, e o vértice) 
 
Área total: AT = Al + Ab 
http://4.bp.blogspot.com/_48xzWKwbkdU/SZTt0wr6p5I/AAAAAAAAAPc/eFzcV9hROsU/s1600-h/triu41.jpg
http://educacao.uol.com.br/matematica/calculo-de-areas-2-quadrilateros.jhtm
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Volume da pirâmide: 
 
 
 
Pirâmide oblíqua: É aquela em que os 
triângulos que formam as faces laterais são 
diferentes ente si. Neste caso, a projeção do vértice 
da pirâmide sobre a base não coincide com o 
centro geométrico da mesma. 
 
 
As fórmulas para cálculo dasáreas e do 
volume continuam as mesmas, pois a altura é 
sempre a distância entre o vértice e a base, 
perpendicular a ela ou ao plano que a contém. 
 
 
O tronco de pirâmide é obtido ao se 
realizar uma secção transversal numa pirâmide, 
como mostra a figura: 
 
 
O tronco da pirâmide é a parte da figura 
que apresenta as arestas destacadas em vermelho. 
É interessante observar que no tronco de 
pirâmide as arestas laterais são congruentes entre 
si; as bases são polígonos regulares semelhantes; 
as faces laterais são trapézios isósceles, 
congruentes entre si; e a altura de qualquer face 
lateral denomina-se apótema do tronco. 
Cálculo das áreas do tronco de pirâmide. 
 
Num tronco de pirâmide temos duas bases, base 
maior e base menor, e a área da superfície lateral. 
De acordo com a base da pirâmide, teremos 
variações nessas áreas. Mas observe que na 
superfície lateral sempre teremos trapézios isósceles, 
independente do formato da base da pirâmide. Por 
exemplo, se a base da pirâmide for um hexágono 
regular, teremos seis trapézios isósceles na 
superfície lateral. 
A área total do tronco de pirâmide é dada 
por: 
St = Sl + SB + Sb 
 
Onde 
St → é a área total 
Sl → é a área da superfície lateral 
SB → é a área da base maior 
Sb → é a área da base menor 
Cálculo do volume do tronco de pirâmide. 
A fórmula para o cálculo do volume do tronco 
de pirâmide é obtida fazendo a diferença entre o 
volume de pirâmide maior e o volume da pirâmide 
obtida após a secção transversal que produziu o 
tronco. Colocando em função de sua altura e das 
áreas de suas bases, o modelo matemático para o 
volume do tronco é: 
 
 
 
Onde, 
 
V → é o volume do tronco 
 
h → é a altura do tronco 
 
SB → é a área da base maior 
 
Sb → é a área da base menor 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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ÁREA E VOLUME DE UM CILINDRO 
 
Num cilindro, consideramos as seguintes áreas: 
 
a) área lateral (AL) 
 
 Podemos observar a área lateral de um cilindro 
fazendo a sua planificação: 
 
 Assim, a área lateral do cilindro reto cuja altura 
é h e cujos raios dos círculos das bases são r é um 
retângulo de dimensões : 
 
 
 
b) área da base ( AB):área do círculo de raio r 
 
 
 
c) área total ( AT): soma da área lateral com as 
áreas das bases 
 
 
 
Volume 
 
 Para obter o volume do cilindro, vamos usar 
novamente o princípio de Cavalieri. 
 Dados dois sólidos com mesma altura e um 
plano , se todo plano , paralelo ao plano , 
intercepta os sólidos e determina secções de 
mesma área, os sólidos têm volumes iguais: 
 
 
 
 
 Se 1 é um paralelepípedo retângulo, então V2 = 
ABh. 
 Assim, o volume de todo paralelepípedo 
retângulo e de todo cilindro é o produto da área da 
base pela medida de sua altura: 
 
Vcilindro 
= ABh 
 
 No caso do cilindro circular reto, a área da base é a 
área do círculo de raio r ; 
portanto seu volume é: 
 
 
 
 
Cilindro eqüilátero 
 
 Todo cilindro cuja secção meridiana é um 
quadrado ( altura igual ao diâmetro da base) é 
chamado cilindro eqüilátero. 
 
 
: 
Cone circular 
 
 Dado um círculo C, contido num plano , e um 
ponto V ( vértice) fora de , chamamos de cone 
circular o conjunto de todos os segmentos 
. 
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Elementos do cone circular 
 
 Dado o cone a seguir, consideramos os 
seguintes elementos: 
 
 altura: distância h do vértice V ao plano 
 geratriz (g):segmento com uma 
extremidade no ponto V e outra num ponto 
da circunferência 
 raio da base: raio R do círculo 
 eixo de rotação:reta determinada pelo 
centro do círculo e pelo vértice do cone 
 
Cone reto 
 
 Todo cone cujo eixo de rotação é perpendicular 
à base é chamado cone reto, também denominado 
cone de revolução. Ele pode ser gerado pela 
rotação completa de um triângulo retângulo em 
torno de um de seus catetos. 
 
 Da figura, e pelo Teorema de Pitágoras, temos 
a seguinte relação: 
g2 = h2 
+ R2 
Secção meridiana 
 A secção determinada, num cone de revolução, 
por um plano que contém o eixo de rotação é 
chamada secção meridiana. 
 
 Se o triângulo AVB for eqüilátero, o cone também 
será eqüilátero: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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CONE 
 Desenvolvendo a superfície lateral de um cone 
circular reto, obtemos um setor circular de raio g e 
comprimento : 
 
 Assim, temos de considerar as seguintes 
áreas: 
a) área lateral (AL): área do setor circular 
 
b) área da base (AB):área do circulo do raio R 
 
c) área total (AT):soma da área lateral com a área 
da base 
 
Volume 
 Para determinar o volume do cone, vamos ver 
como calcular volumes de sólidos de revolução. 
Observe a figura: 
 
d = 
distância 
do centro 
de 
gravidade 
(CG) da 
sua 
superfície 
ao eixo e 
S=área 
da 
superfície 
 Sabemos, pelo Teorema de Pappus - Guldin, 
que, quando uma superfície gira em torno de um 
eixo e, gera um volume tal que: 
 
 Vamos, então, determinar o volume do cone 
de revolução gerado pela rotação de um triângulo 
retângulo em torno do cateto h: 
 
 O CG do triângulo está a uma distância 
do eixo de rotação. Logo: 
 
 
 
ÁREA DA SUPERFÍCIE ESFÉRICA 
Arquimedes estudou também a área da 
superfícia esférica, a fronteira da esfera sólida. 
Alguns livros de geometria diferencial atribuem-lhe o 
seguinte resultado 
Teorema 3 (Arquimedes) A projecção 
cilíndrica de sobre a superfície 
cilindríca é equiareal, ie. preserva as áreas. 
Recordemos que a projecção cilíndrica 
corresponde à projecção tomada na horizontal dos 
pontos de um paralelo na esfera sobre a respectiva 
circunferência no cilindro. Para vermos tal projecção 
em cartas ou mapas da esfera, utilizamos 
coordenadas, e então, para termos um aberto de 
, temos de retirar um semi-meridiano da esfera 
incluindo os pólos (como um corte). 
Denotam-se as esferas de dimensão e raio 
por . Temos então um ponto descrito 
por , um ângulo relativo ao desvio do semi-
meridiano retirado e uma altura correspondente ao 
paralelo. Calcula-se então o elemento de área: 
 
(
3) 
 
onde é o raio da esfera. De imediato 
obtemos um corolário pouco conhecido. 
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Corolário 1 Todos os anéis de com a 
mesma altura têm exactamente a mesma área. 
Com efeito, tal área será dada pelo integral 
 
(4
) 
 
 
Figura 5: Dois resultados com origem no 
teorema de Arquimedes. 
Em particular, área . E 
usando argumentos como os que vimos no início 
(fig. 2) pode-se descobrir de novo o volume da 
esfera. Sob a perspectiva do ângulo, temos que 
uma área lunar (a superfície entre dois semi-
meridianos fazendo um ângulo ) é . 
Vejam-se os dois resultados na figura 5. O último 
permite-nos provar: 
 
Proposição1 A área de um triângulo 
esférico (cf. figura 6) sobre a superfície esférica de 
raio 1 é . 
 
Seja a área que se procura. Repare-se 
que o triângulo dado tem um dual, antípoda, e cada 
um dos três ângulos admite duas correspondentes 
áreas iguais. Notêmo-las respectivamente por 
. Pelo resultado acima, temos 
 
 
 
 
 
Por outro lado, 
, pelo que 
agora o valor de se torna fácil de encontrar. 
 
Figura: Área do triângulo esférico é 
. 
Note-se que o triângulo considerado é 
geodésico, ie. as suas arestas são `rectas' da esfera, 
ou seja caminhos mais curtos entre quaisquer dois 
dos seus pontos. Sabe-se que estes caminhos são 
dados por arcos de circunferência máximos, ie. com 
raio igual ao da esfera. 
A projeção cilíndrica conserva as áreas - não 
as distâncias! Não é uma isometria. Para tal, basta 
ver a projeção de um paralelo, que aumenta. Ou a de 
um meridiano, que diminui. Mas a geodesia é uma 
matéria que merece um estudo próprio... 
Os trabalhos de Arquimedes são 
verdadeiramente assombrosos pela exiguidade de 
instrumentos matemáticos de que ele dispunha! O 
seu Método ainda hoje é estudado
1
, pois não só a 
Física que envolve é útil e verdadeira como a relação 
com a matemática está no âmago dos problemas 
actuais. Por isso ele é considerado um dos três 
maiores matemáticos de sempre. 
Não esqueçamos todo o trabalho teórico 
construído por Arquimedes ao longo de 75 anos. Ele 
encontra-se nas suas obras referenciadas por 
historiadores e cronistas gregos, romanos ou árabes, 
que o inglês Thomas L. Heath, reconhecido 
historiador e tradutor de Arquimedes, ordenou 
cronologicamente como segue: Do Equilíbrio de 
Planos I, A Quadratura da Parábola, Do Equilíbrio de 
Planos II, Da esfera e do Cilindro I, II, Das Espirais, 
Dos Conóides e Esferóides, Dos Corpos Flutuantes I, 
II, Da Medida do Círculo e O Arenário. Faltando-nos 
ainda descobrir onde se integram o Método dos 
Teoremas Mecânicos e Stomachion (obra 
seguramente tardia) e O livro dos Lemas 
 
VOLUME DA ESFERA 
Publicado por: Marcos Noé Pedro da Silva 
em Matemática 10 comentários 
A esfera surge da revolução de uma 
semicircunferência. Observe: 
 
http://home.uevora.pt/~rpa/ArquiGD/node2.html#fig2
http://home.uevora.pt/~rpa/ArquiGD/node4.html#fig5
http://home.uevora.pt/~rpa/ArquiGD/node4.html#fig6
http://home.uevora.pt/~rpa/ArquiGD/footnode.html#foot281
http://www.mundoeducacao.com.br/autor/marcos-noe-pedro-da-silva
http://www.mundoeducacao.com.br/matematica/
http://www.mundoeducacao.com.br/matematica/volume-esfera.htm#comentarios
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Esse corpo circular possui inúmeras 
aplicações cotidianas. Seu volume depende do 
tamanho do raio, que é à distância do centro da 
esfera a qualquer ponto da extremidade. A fórmula 
matemática utilizada para determinar o volume da 
esfera é a seguinte: 
 
 
 
Exemplo 1 
 
Uma esfera possui raio medindo 5 cm. Determine o 
volume dessa esfera. 
 
 
 
A esfera possui 523,33 cm³ de volume. 
 
Exemplo 2 
 
Duas esferas metálicas de raios r e 2r são fundidas 
e moldadas em forma de um cilindro de altura 3r. 
Qual é o raio R do cilindro? 
 
Volume da esfera metálica de raio r 
 
 
Volume da esfera metálica de raio 2r 
 
 
Somar os volumes das esferas 
 
 Volume do cilindro será igual ao volume das 
esferas. 
Volume do cilindro = π * r² * h, onde altura igual a 3r. 
Vamos determinar o raio R do cilindro. 
 
π * R² * 3r = 12 * π * r³ 
R² = 12 * r³ / 3r 
R² = 4r² 
R = 2r 
 
Temos que o raio do cilindro é 2r. 
 
Exemplo 3 
 
Vamos considerar que o raio do planeta Terra meça, 
aproximadamente, 6380 km. Determine o volume do 
planeta. 
 
 
Exemplo 4 
 
Uma fábrica de bombons deseja produzir 20 000 
unidades no formato de uma esfera de raio 1 cm. 
Determine o volume de cada bombom e a quantidade 
de chocolate necessária para produzir esse número 
de bombons. 
 
Volume de cada bombom 
 
A quantidade de chocolate necessária para a 
produção das 20 000 unidades é de: 
 
4,18 * 20 000 = 83 600 cm³ 
 
Sabemos que 1cm³ = 1 ml, então 83 600 cm³ 
corresponde a 83 600 ml de chocolate ou 83,6 quilos. 
 
A fábrica irá gastar 83,6 quilos de chocolate, e o 
volume de cada bombom será de 4,18 cm³. 
 
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PRODUTO CARTESIANO 
Quando estudamos o plano cartesiano 
vimos também o conceito de par ordenado. Agora 
com base nestes conceitos estudaremos o produto 
cartesiano. 
O produto cartesiano de dois conjuntos A 
e B são todos os pares ordenados (x, y), sendo 
que x pertence ao conjunto A e y pertence ao 
conjunto B. 
Vamos tomar como exemplo os seguintes 
conjuntos A e B: 
 
 
O produto cartesiano de A por B, 
representado por é igual a: 
 
Note que segundo a definição de produto 
cartesiano, todos os elementos de são 
pares ordenados em que o primeiro elemento 
pertence ao conjunto A e o segundo ao conjunto B. 
 
 
Representação em um Diagrama de 
Flechas 
 
Também podemos representar 
através de uma diagrama de flechas. 
Repare que de cada elemento de A parte 
uma seta para cada elemento de B: 
No total são 9 flechas, uma para cada par 
ordenado resultante do produto cartesiano de A 
por B. 
 
 
 
 
 
 
Representação no Plano Cartesiano 
 
Uma outra forma de representação é através 
do sistema de coordenadas cartesianas. 
Veja que graficamente localizamos no plano 
cartesiano todos os nove elementos de : 
Os elementos de A e B estão representados 
respectivamente nos eixos x e y. 
Finalmente também podemos representar 
por: 
 
A cartesiano B é o conjunto dos pares 
ordenados (x, y), tal que x pertence a A e y pertence 
a B. 
 
Par ordenado: são dois elementos em uma ordem 
fixa, (x,y) 
 
Produto Cartesiano: Dados dois conjuntos A e 
B, não vazios, chamamos de produto cartesiano de A por B 
o conjunto indicado por A X B, formado por todos os pares 
ordenados, nos quais o primeiro elemento pertence ao 
conjunto A e o segundo elemento pertence ao conjunto B: 
 
{ ( , ) | }A X B x y x A e y B   
 
Obs.: Para saber quantos elementos existem 
neste conjunto, basta multiplicar a quantidade de 
elementos do conjunto A pela quantidade de elementos 
do conjunto B. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
http://www.matematicadidatica.com.br/PlanoCartesiano.aspx
http://www.matematicadidatica.com.br/PlanoCartesiano.aspx
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Relação Binária 
 
Dados dois conjuntos, A e B, não vazios, 
chamamos de relação binária (R) de A em B 
qualquer subconjunto do produto cartesiano A X B, 
ou seja, R A X B . 
 
 O conjunto A é chamado de 
domínio, isto é, origem ou conjunto de partida 
de R. 
 O conjunto B é chamado de 
contradomínio, isto é, destino ou conjunto de 
chegada de R. 
 Os elementos de A são chamados 
de x e os elementos de B são chamados de y. 
 O conjunto formado por todos os y 
pertencentes à relação chamamos de imagem. 
 
Exemplo: 
 
Dados os conjuntos A = {1,2,3} e B = 
{4,5,6}, efetuando o produto cartesiano A X B, 
temos: 
 
A X B = {(1,4), (1,5), (1,6), (2,4), (2,5), (2,6), 
(3,4),(3,5), (3,6)} 
 
Vamos considerar uma relação binária do 
produto cartesiano A X B, em que, o y é o dobro de 
x. Na linguagem simbólica: 
{ ( , ) | 2 }xR y R x y A X B y x    . 
Ou seja, a relação pedida é: R = {(2,4), 
(3,6)} 
 
Esta relação pode ser representada por um 
diagrama de flechas e também por um gráfico 
cartesiano: 
 
Neste exemplo temos: 
 
Domínio: D = {1,2,3} 
Contradomínio: CD = (4,5,6} 
Imagem: Im = {4,6} 
 
 
Domínio e Imagem de uma Relação. 
Seja S uma relação não vazia de A em B, 
isto é: 
S = { (x, y) . 
A × B=. 
xSy } 
Definição 2.2. 
Domínio de uma relação. 
O “domínio da relação S ” é o conjunto dos 
elementos x . 
A para os quais existe um elemento y . 
B tal que (x, y) 2S. 
Isto é o domínio de S é o subconjunto de 
elementos de A formado pelas primeiras 
componentes dos pares ordenados que pertencem a 
relação. 
A notação para indicar o domínio da relação 
S é D(S) assim definido: 
D(S)= { x . 
A=. 
y . 
B;(x, y) 2S} 
Definição 2.3. 
Imagem de uma relação. 
A “imagem ou contradomínio da relação S” é 
o conjunto dos elementos y . 
B para os quais existe um elemento x . 
A tal que (x, y) . 
A × B. 
Isto é, a imagem de S é o subconjunto de B 
formado pelas segundas componentes dos pares 
ordenados que pertencem a relação . 
A notação para indicar a imagem da relação 
S é Im(S)= { y . 
B=. 
x . 
A;(x, y) 2S} 
Exemplo 2.3. 
O domínio e imagem da relação do Exemplo 
(2.2) é respectivamente: 
D(S)= f3, 4, 5, 6} Im(S)= f1, 2, 3, 4} 
 
 
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Domínio, contradomínio e imagem de uma 
função. 
Como nem toda relação é uma função, às vezes, 
alguns elementos poderão não ter correspondentes 
associados para todos os números reais e para 
evitar problemas como estes, costuma-se definir o 
Domínio de uma função f, denotado por Dom(f), 
como o conjunto onde esta relação f tem 
significado. 
Consideremos a função real que calcula a raiz 
quadrada de um número real. Deve estar claro que 
a raiz quadrada de -1 não é um número real, assim 
como não são reais as raízes quadradas de 
quaisquer números negativos, dessa forma o 
domínio desta função só poderá ser o intervalo 
[0, ), onde a raiz quadrada tem sentido sobre os 
reais. 
Como nem todos os elementos do contradomínio 
de uma função f estão relacionados, define-se a 
Imagem de f, denotada por Im(f), como o conjunto 
de todos os elementos do contradomínio que estão 
relacionados com elementos do domínio de f, isto é: 
Im(f) = { y em B: existe x em A tal que y=f(x) } 
Observe que, se uma relação R é uma função de A 
em B, então A é o domínio e B é o contradomínio 
da função e se x é um elemento do domínio de uma 
função f, então a imagem de x é denotada por f(x). 
 
Exemplos: Cada função abaixo, tem características 
distintas. 
1. f:R R definida por f(x)=x² 
Dom(f)=R, CoDom(f)=R e Im(f)=[0, ) 
2. 
3. f:[0,2] R definida por f(x)=x² 
Dom(f)=[0,2], CoDom(f)=R e Im(f)=[0,4] 
4. A função modular é definida por f:R R 
tal que f(x)=|x|, Dom(f)=R, CoDom(f)=R 
e Im(f)=[0, ) e seu gráfico é dado por: 
 
 
5. Uma semi-circunferência é dada pela 
função real f:R R, definida por 
 
Dom(f)=[-2,2], CoDom(f)=R, Im(f)=[0,2] e 
seu gráfico é dado por: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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 No círculo trigonométrico temos arcos que 
realizam mais de uma volta, considerando que o 
intervalo do círculo é [0, 2π], por exemplo, o arco 
dado pelo número real x = 5π/2, quando 
desmembrado temos: x = 5π/2 = 4π/2 + π/2 = 2π + 
π/2. Note que o arco dá uma volta completa (2π = 
2*180º = 360º), mais um percurso de 1/4 de volta 
(π/2 = 180º/2 = 90º). Podemos associar o número x 
= 5π/2 ao ponto P da figura, o qual é imagem 
também do número π/2. Existem outros infinitos 
números reais maiores que 2π e que possuem a 
mesma imagem. Observe: 
 
9π/2 = 2 voltas e 1/4 de volta 
13π/2 = 3 voltas e 1/4 de volta 
17π/2 = 4 voltas e 1/4 de volta 
 
Podemos generalizar e escrever todos os arcos 
com essa característica na seguinte forma: π/2 + 
2kπ, onde k Є Z. E de uma forma geral abrangendo 
todos os arcos com mais de uma volta, x + 2kπ. 
 
Estes arcos são representados no plano cartesiano 
através de funções circulares como: função seno, 
função cosseno e função tangente. 
 
Características da função seno 
 
É uma função f : R → R que associa a cada número 
real x o seu seno, então f(x) = senx. O sinal da 
função f(x) = senx é positivo no 1º e 2º quadrantes, 
e é negativo quando x pertence ao 3º e 4º 
quadrantes. Observe: 
 
 
Gráfico da função f(x) = senx 
 
 
Características da função cosseno 
 
É uma função f : R → R que associa a cada número 
real x o seu cosseno, então f(x) = cosx. O sinal da 
função f(x) = cosx é positivo no 1º e 4º quadrantes, e 
é negativo quando x pertence ao 2º e 3º quadrantes. 
Observe: 
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Gráfico da função f(x) = cosx 
 
Características da função tangente 
 
É uma função f : R → R que associa a cada número 
real x a sua tangente, então f(x) = tgx. 
Sinais da função tangente: 
 Valores positivos nos quadrantes 
ímpares. 
 Valores negativos nos quadrantes pares. 
Crescente em cada valor. 
 
 
 
Gráfico da função tangente 
 
 
 
Relações básicas 
 
 
sen
2
 α + cos
2
 α = 1 
tan α cot α = 1 
1 + tan
2
 α = 1 / cos
2
 α 
1 + cot
2
 α = 1 / sen
2
 α 
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Relações com quadrantes 
 
Obs: valores de ângulos em graus. Conversão para 
radianos: 
 
90 → π/2 180 → π 270 → 3π/2 360 
→ 2π 
 
 
sen (90 + α) = + cos α 
sen (90 − α) = + cos α 
sen (180 + α) = − sen α 
sen (180 − α) = + sen α 
cos (90 + α) = − sen α 
cos (90 − α) = + sen α 
cos (180 + α) = − cos α 
cos (180 − α) = − cos α 
tab (90 + α) = − cot α 
tan (90 − α) = + cot α 
tan (180 + α) = + tan α 
tan (180 − α) = − tan α 
cot (90 + α) = − tan α 
cot (90 − α) = + tan α 
cot (180 + α) = + cot α 
cot (180 − α) = − cot α 
sen (270 + α) = − cos α 
sen (270 − α) = − cos α 
sen (360 + α) = + sen α 
sen (360 − α) = − sen α 
cos (270 + α) = + sen α 
cos (270 − α) = − sen α 
cos (360 + α) = + cos α 
cos (360 − α) = + cos α 
tan (270 + α) = − cot α 
tan (270 − α) = + cot α 
tan (360 + α) = + tan α 
tan (360 − α) = − tan α 
cot (270 + α) = − tan α 
cot (270 − α) = + tan α 
cot (360 + α) = + cot α 
cot (360 − α) = − cot α 
sen (−α) = − sen α 
cos (−α) = + cos α 
tan (−α) = − tan α 
cot (−α) = − cot α 
sen (α ± k 360) = + sen α 
cos (α ± k 360) = + cos α 
tan (α ± k 180) = + tan α 
cot (α ± k 180) = + cot α 
 
O símbolo k significa um número inteiro e positivo. 
 
 
Relações com soma / diferença de 
ângulos 
 
 
sen (α β) = sen α cos β cos α sen β 
cos (α β) = cos α cos β sen α sen β 
tan (α β) = (tanα tan β) / (1 tan α tan β) 
cot (α β) = (cot α cot β 1) / (cot β cot α) 
 
 
 
Relações com soma / diferença / produto 
de funções 
 
 
sen α + sen β = 2 sen (α + β)/2 . cos (α − β)/2 
sen α − sen β = 2 cos (α + β)/2 . sen (α − β)/2 
cos α + cos β = 2 cos (α + β)/2 . cos (α − β)/2 
cos α − cos β = − 2 sen (α + β)/2 . sen (α − 
β)/2 
 
a sen x + b cos x = √ (a
2
 + b
2
) sen (x + φ) 
onde φ = arctan b/a se a ≥ 0 ou φ = arctan 
b/a ± π se a < 0 
 
tan α tan β = sen (α β) / (cos α cos β) 
cot α cot β = sen (β α) / (sen α sen β) 
sen α sen β = (1/2) cos (α − β) − (1/2) cos (α 
+ β) 
sen α cos β = (1/2) sen (α + β) + (1/2) sen (α 
− β) 
cos α cos β = (1/2) cos (α + β) + (1/2) cos (α 
− β) 
tan α tan β = (tan α + tan β) / (cot α + cot β) = 
− (tan α − tan β) / (cot α − cot β) 
cot α cot β = (cot α + cot β) / (tan α + tan β) = 
− (cot α − cot β) / (tan α − tan β) 
cot α tan β = (cot α + tan β) / (tan α + cot β) = 
− (cot α − tan β) / (tan α − cot β) 
 
 
 
 
 
 
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Relações diversas 
 
 
sen α = 2 sen α/2 . cos α/2 
cos α = cos
2
 α/2 − sen
2
 α/2 
tan α = sen α / cos α 
cot α = cos α / sen α 
sen α = tan α / √(1 + tan
2
 α) 
cos α = cot α / √(1 + cot
2
 α) 
tan α = sen α / √(1 − sen
2
 α) 
cot α = cos α / √(1 − cos
2
 α) 
sen α = √(cos
2
 α − cos 2α) 
cos α = 1 − 2 sen
2
 α/2 
tan α = √[ (1/cos
2
 α) − 1 ] 
cot α = √[ (1/sen
2
 α) − 1 ] 
sen α = √[ (1 − cos 2α) / 2 ] 
cos α = √[ (1 + cos 2α) / 2 ] 
tan α = [ √(1 − cos
2
 α) ] / cos α 
cot α = [ √(1 − sen
2
 α) ] / sen α 
sen α = 1 / √(1 + cot
2
 α) 
cos α = 1 / √(1 + tan
2
 α) 
sen 2α = 2 sen α cos α 
cos 2α = cos
2
 α − sen
2
 α 
cos 2α = 2 cos
2
 α − 1 
cos 2α = 1 − 2 sen
2
 α 
tan 2α = 2 tan α / (1 − tan
2
 α) 
tan 2α = 2 / (cot α − tan α) 
cot 2α = (cot
2
 α − 1) / (2 cot α) 
cot 2α = (1/2) cot α − (1/2) tan α 
sen α/2 = √[ (1 − cos α) / 2 ] 
cos α/2 = √[ (1 + cos α) / 2 ] 
tan α/2 = sen α / (1 + cos α) 
cot α/2 = sen α / (1 − cos α) 
tan α/2 = (1 − cos α) / sen α 
cot α/2 = (1 + cos α) / sen α 
tan α/2 = √[ (1 − cos α) / (1 + cos α) ] 
cot α/2 = √[ (1 + cos α) / (1 − cos α) ] 
 
 
 
Relações de funções inversas 
 
Relações básicas 
 
 
arccos x = π/2 − arcsen x 
arccot x = π/2 − arctan x 
 
Relações de soma / subtração 
 
 
arcsen a arcsen b = arcsen [ a √(1 − b
2
) b 
√(1 − a
2
) ] 
arccos a arccos b = arccos [ a b √(1 − a
2
) 
√(1 − b
2
) ] 
arctan a arctan b = arctan [ (a b) / (1 a 
b) ] 
arccot a arccot b = arccot [ (a b 1) / (b 
a) ] 
 
Relações entre funções (para x > 0) 
 
 
arcsen x = arccos √(1 − x
2
) = arctan [ x / √(1 − 
x
2
) ] = arccot [ √(1 − x
2
) / x ] 
arccso x = arcsen √(1 − x
2
) = arctan [ √(1 − 
x
2
) / x ] = arccot [ x / √(1 − x
2
) ] 
arctan x = arcsen [ x / √(1 + x
2
) ] = arccos [ 1 / 
√(1 + x
2
) ] = arccot [ 1 / x ] 
arccot x = arcsen [ 1 / √(1 + x
2
) ] = arccos [ x / 
√(1 + x
2
) ] = arctan [ 1 / x ] 
 
Para x < 0, valem as relações: 
 
 
arcsen (−x) = − arcsen x 
arccos (−x) = π − arccos x 
arctan (−x) = − arctan x 
arccot (−x) = π − arccot x 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Triângulo retângulo é todo triângulo que 
tem um ângulo reto. O triângulo ABC é retângulo 
em A e seus elementos são: 
 
a: hipotenusa 
b e c: catetos 
h: altura relativa a hipotenusa 
m e n: projeções ortogonais dos catetos sobre a 
hipotenusa. 
 
Relações métricas 
 
Para um triângulo retângulo ABC podemos 
estabelecer algumas relações entre as medidas de 
seus elementos: 
- O quadrado de um cateto é igual ao produto da 
hipotenusa pela projeção desse cateto sobre a 
hipotenusa. 
b² = a.n c² = a.m 
 
- O produto dos catetos é igual ao produto da 
hipotenusa pela altura relativa a hipotenusa. 
b.c = a.h 
 
- O quadrado da altura é igual ao produto das 
projeções dos catetos sobre a hipotenusa. 
h² = m.n 
 
- O quadrado da hipotenusa é igual a soma dos 
quadrados dos catetos. 
a² = b² + c² 
Essa relação é conhecida pelo nome de TEOREMA 
DE PITÁGORAS. 
Exemplo: 
Neste triângulo ABC, vamos calcular a, h, m e n: 
 
a² = b² + c² → a² = 6² + 8² → a² = 100 → a = 10 
 
b.c = a.h → 8.6 = 10.h → h = 48/10 = 4,8 
 
c² = a.m → 6² = 10.m → m = 36/10 = 3,6 
 
b² = a.n → 8² = 10.n → n = 64/10 = 6,4 
 
Determine os valores literais indicados nas figuras: 
 
a) 
 
13² = 12² + x² 5.12 = 13.y 
169 = 144 + x² y = 60/13 
x² = 25 
x = 5 
 
b) 
 
 
 
 
c) 
 
 
d) 
 
 
Determine a altura de um triângulo eqüilátero de lado 
l. 
 
 
http://4.bp.blogspot.com/_48xzWKwbkdU/SZTnaJUxL8I/AAAAAAAAANk/iE2Sgt_1fZ8/s1600-h/tri.jpg
http://3.bp.blogspot.com/_48xzWKwbkdU/SZTnxo2-3YI/AAAAAAAAANs/teEPmduXuug/s1600-h/tri1.jpg
http://3.bp.blogspot.com/_48xzWKwbkdU/SZToEwTFeOI/AAAAAAAAAN0/Wbm__LDAiPE/s1600-h/tria.jpg
http://3.bp.blogspot.com/_48xzWKwbkdU/SZToZ8rhhbI/AAAAAAAAAN8/hKMucF9WgQo/s1600-h/tri4.jpg
http://1.bp.blogspot.com/_48xzWKwbkdU/SZTo0Mw6moI/AAAAAAAAAOE/67jmdceolK4/s1600-h/tri6+4.jpg
http://2.bp.blogspot.com/_48xzWKwbkdU/SZTqFXm2xvI/AAAAAAAAAOU/VUlx7O_Vktw/s1600-h/tri75.jpg
http://3.bp.blogspot.com/_48xzWKwbkdU/SZTqiiG-IkI/AAAAAAAAAOc/Jyx8H6GQJgM/s1600-h/tri8.jpg
MATEMÁTICA 
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Determine x nas figuras. 
 
a) 
 
 
 
O triângulo ABC é eqüilátero. 
 
b) 
 
 
 
c) 
 
 
 
Determine a diagonal de um quadrado de lado l. 
 
 
 
 
Razões trigonométricas 
 
Considere um triângulo retângulo ABC. Podemos 
definir: 
 
 
- Seno do ângulo agudo: razão entre o cateto oposto 
ao ângulo e a hipotenusa do triângulo. 
senÊ = e/a senÔ = o/a 
 
- Cosseno do ângulo agudo: razão entre o cateto 
adjacente ao ângulo e a hipotenusa do triângulo. 
cosÊ = o/a cosÔ = e/a 
 
- Tangente do ângulo agudo: razão entre o cateto 
oposto ao ângulo e o cateto adjacente. 
tgÊ = e/o tgÔ = o/e 
 
Observe: senÊ = cosÔ, senÔ = cosÊ e tgÊ = 1/tgÔ, 
sempre Ê + Ô = 90º 
 
Exemplo: 
 
senÔ = 3/5 = 0,6 senÊ = 4/5 = 0,8 
cosÔ = 4/5 = 0,8 cosÊ = 3/5 = 0,6 
tgÔ = 3/4 = 0,75 tgÊ = 4/3 = 1,333.... 
 
Ângulos notáveis 
 
Podemos determinar seno, cosseno e tangente de 
alguns ângulos. Esses ângulos chamados de 
notáveis, são: 30°, 45° e 60°. A partir das definições 
de seno, cosseno e tangente, vamos determinar 
esses valores para os ângulos notáveis. Considere 
um triângulo eqüilátero de lado l. Traçando a altura 
AM, obtemos o triângulo retângulo AMC de ângulos 
agudos iguais a 30° e 60°. Aplicando as razões 
trigonométricas ao triângulo AMC temos: 
http://3.bp.blogspot.com/_48xzWKwbkdU/SZTrDu1GIJI/AAAAAAAAAOk/UEi38tRenV8/s1600-h/trig9.jpg
http://3.bp.blogspot.com/_48xzWKwbkdU/SZTrjwblBGI/AAAAAAAAAO0/ET_5IMT57ZY/s1600-h/tri34.jpg
http://2.bp.blogspot.com/_48xzWKwbkdU/SZTrSSpytWI/AAAAAAAAAOs/Nc4G2C4RRBg/s1600-h/trij112.jpg
http://3.bp.blogspot.com/_48xzWKwbkdU/SZTsj-cxL4I/AAAAAAAAAO8/FezR6gNkx2w/s1600-h/trin35.jpg
http://4.bp.blogspot.com/_48xzWKwbkdU/SZTs2ku_G0I/AAAAAAAAAPE/QRcSdeLW5wI/s1600-h/triq36.jpg
http://1.bp.blogspot.com/_48xzWKwbkdU/SZTtPvKIB5I/AAAAAAAAAPM/bMAoFRrLAJc/s1600-h/trir38.jpg
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Para obter as razões trigonométricas do ângulo de 
45°, considere um quadrado de lado l. A diagonal 
divide o quadrado em dois triângulos retângulos 
isósceles. 
 
No triângulo ABD, temos: 
 
 
 
Observação: sen45° = cos45° 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MEDIDA DE UM ARCO, O GRAU E O 
RADIANO, RELAÇÃO ENTRE ARCOS E 
ÂNGULO 
Circunferência 
Seja um ponto qualquer do plano e 
um número real. A circunferência de centro 
e raio é o lugar geométrico dos pontos desse 
plano tais que 
 
Arco de circunferência 
Consideremos uma circunferência de 
centro Sejam e dois pontos distintos de 
 
Um arco de circunferência de extremos e 
é cada uma das partes em que fica dividida 
uma circunferência por dois de seus pontos. 
Quando teremos dois arcos: o arco 
nulo (um ponto) e o arco de uma volta (uma 
circunferência). 
 
Arco de circunferência e ângulo central 
correspondente 
http://4.bp.blogspot.com/_48xzWKwbkdU/SZTtfzoW9yI/AAAAAAAAAPU/9luWkczYGZ8/s1600-h/tris40.jpg
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A medida de um arco é, por definição, a 
medida do ângulo central correspondente. Medir 
significa comparar com uma unidade padrão 
previamente adotada. Contudo, para evitar 
possíveis divergências na escolha da unidade para 
medir um mesmo arco, as unidades de medida 
restringem-se a três principais: o grau ( ), o radiano 
( ) e o grado, sendo este último não muito 
comum. 
O grau 
 
Um grau é um arco de circunferência cujo 
comprimento equivale a da circunferência que 
contém o arco a ser medido. Portanto, a medida, 
em graus, de um arco de uma volta completa (uma 
circunferência) é 
Submúltiplos do grau 
 O minuto ou 
seja, 
 O segundo 
ou seja, e 
 
O radiano 
Um radiano é um arco de circunferência 
cujo comprimento é igual ao raio da circunferência 
que contém o arco a ser medido. É a unidade do 
Sistema Internacional (SI). 
Conseqüentemente, para medir um ângulo 
em radianos, convém calcular a razão entre o 
comprimento do arco pelo raio ou seja, calcular 
quantos radianos mede o arco Portanto, como 
consequência da definição de radiano, podemos 
estabelecer a seguinte relação: 
onde e devem estar na mesma 
unidade de comprimento. 
O comprimento de uma circunferência de raio 
é Logo, a medida do arco de uma volta 
completa, em radianos, é 
Para converter 
unidades, podemos usar as correspondências 
ou e uma regra 
de três simples. 
O grau 
O grau foi introduzido junto com o Sistema 
métrico, durante a Revolução francesa mas, ao 
contrário do sucesso das outras medidas, não pegou. 
Atualmente, ele é apenas utilizado nos trabalhos 
topográficos e geodésicos feitos na França. 
É a medida de um arco cujo comprimento 
equivale a da circunferência que contém o arco 
a ser medido. É evidente que, para conversão de 
unidades, pode-se utilizar as relações 
ou 
e uma regra de três 
simples. 
O ciclo trigonométrico 
Consideremos no plano um sistema de eixos 
perpendiculares em que Seja 
uma circunferência de centro raio 
e o ponto 
 
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A cada número real associaremos um 
único ponto de 
 Se então tomamos 
 
 Se realizamos, a partir de 
um percurso de comprimento no sentido anti-
horário e marcamos o ponto como final desse 
percurso. 
 
 Se realizamos, a partir de 
um percurso de comprimento no sentido 
horário, e marcamos o ponto como final desse 
percurso. 
 
Assim, a circunferência sobre a qual foi 
fixado o ponto como orientação é 
chamada ciclo trigonométrico ou circunferência 
trigonométrica. 
 
O ponto é chamado imagem de no 
ciclo trigonométrico. 
O sistema de eixos perpendiculares 
divide o ciclo trigonométrico em quatro partes, 
cada uma das quais é chamada quadrante. 
 
Ângulos côngruos 
Os ângulos e em graus, são côngruos ou 
congruentes se, e somente se, 
para algum ou seja, 
se e têm a mesma imagem no ciclo 
trigonométrico. Para indicar que e são côngruos 
escrevemos 
Por exemplo, os ângulos e são 
congruentes, pois 
Expressão geral dos arcos que têm 
imagem em um ponto do ciclo trigonométrico.. 
Consideremos um sistema de eixos 
perpendiculares e uma circunferência de 
centro e raio Sendo um ponto qualquer 
pertencente à a imagem de um ângulo na 
circunferência, podemos estabelecer uma expressão 
geral dos arcos que têm imagem em um determinado 
ponto do ciclo trigonométrico. 
 
Por exemplo, a expressão geral dos arcos 
que têm imagem no ponto dar-se-á por 
ou 
sendo o número de 
voltas completas. Quando deve-se andar no 
sentido anti-horário; se deve-se andar no 
sentido horário. 
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Analogamente, temos: 
 Para 
ou 
 
 Para 
ou 
 
 Para 
ou 
 
 Para ou 
ou 
 
 Para ou 
ou 
 
 Para ou ou ou 
ou 
 
 
Considerando a figura acima, a expressão 
geral dos arcos que têm imagem em ou é: 
 em graus: 
 
 em radianos: 
 
Expressão geral dos arcos que têm imagem 
em 
 em graus: 
 
 em radianos: 
 
No caso da figura seguinte, a expressão 
geral dos arcos fica: 
 
 em graus: 
 
 em radianos: 
 
Primeira determinação positiva 
A primeira determinação positiva de um 
ângulo é o menor ângulo côngruo que seja positivo. 
Por exemplo, os ângulos (em graus) -15
o
, 
315
o
, 2115
o
, -2505
o
 são congruentes, sendo sua 
primeira determinação positiva o ângulo 315
o
. 
Analogamente, os ângulos (em radianos) 
, e são congruentes, sendo sua 
primeira determinação positiva o ângulo . 
Para se resolver o problema de determinar a 
primeira determinação positiva é preciso: 
1. dividir o ângulo pelo valor do círculo 
trigonométrico (360
o
 ou , conforme o problema 
seja apresentado em graus ou radianos) 
2. se este número não for inteiro, 
arredondar o valor para o valor inteiro imediatamente 
inferior 
3. tomar o número inteiro com sinal 
contrário (ou seja, se o passo anterior obteve n, obter 
agora -n) 
4. somar ao ângulo inicial este valor 
inteiro do passo acima multiplicado pelo círculo 
trigonométrico (360
o
 ou , conforme o problema 
seja apresentado em graus ou radianos) 
Exemplos: 
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Se o ângulo inicial é -580
o
 
Dividir -580 por 360 -> -1,(alguma coisa) 
(note que não é preciso fazer a divisão até 
o fim, já que estamos apenas interessados 
na parte inteira da divisão) 
Não sendo inteiro, tomar a parte inteira -> -
2 
Trocar o sinal -> 2 
Somar -580
o
 com 2 x 360
o
 -> 140
o
 
Se o ângulo inicial é 
Dividir por -> 4 
Sendo inteiro, manter -> 4 
Trocar o sinal -> -4 
Somar com -> 0 
Se o ângulo inicial é 
Dividir por -> ou, 
aproximadamente, 4,(alguma coisa) 
Não sendo inteiro, tomar a parte inteira -> 4 
Trocar o sinal -> -4 
Somar com -> 
Imagens de alguns arcosimportantes 
 Primeira volta no sentido anti-
horário: 
 
Ângulos correspondentes 
 Em graus: 
 
 Em radianos: 
 
 
 
 
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INEQUAÇÕES TRIGONOMÉTRICAS 
 
 Quando encontramos função trigonométrica 
da incógnita ou função trigonométrica de 
alguma função da incógnita em pelo menos um 
dos membros de uma inequação, dizemos que esta 
inequação é trigonométrica. 
Exemplos: 
1) sen x > e sen
2
 x + tg 2 são inequações 
trigonométricas. 
2) ( sen 30º) . (x
2
 - 1) > 0 
não são 
inequações trigonométricas. 
 Resolver uma inequação como f(x) < g(x), 
por exemplo, significa determinar o conjunto S dos 
números s, sendo s elemento do domínio de f e de 
g, tais que f(s) < g(s). 
 O conjunto S é chamado de conjunto 
solução da inequação e todo elemento de S é uma 
solução da inequação. 
 Assim, na inequação sen x > , os 
números são algumas de suas soluções e 
os números não o são. 
 
 RESOLUÇÃO DAS INEQUAÇÕES 
TRIGONOMÉTRICAS FUNDAMENTAIS 
 Quase todas as inequações 
trigonométricas, quando convenientemente tratadas 
e transformadas, podem ser reduzidas a pelo 
menos uma das inequações fundamentais. Vamos 
conhecê-las, a seguir, através de exemplos. 
1º caso : sen x < sen a (sen x sen a) 
 
 Por exemplo, ao resolvermos a inequação 
encontramos, 
inicialmente, 
, que é uma solução 
particular no intervalo . Acrescentando 
às extremidades dos intervalos 
encontrados, temos a solução geral em IR, que é: 
 
 
O conjunto solução é, portanto: 
 
Por outro lado, se a inequação fosse 
, então, bastaria incluir 
as extremidades de 
e o conjunto solução seria: 
 
2º caso: sen x> sen a (sen x sen a) 
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Por exemplo, ao resolvermos a inequação sen x > 
sen ou sen x > encontramos, inicialmente, 
, que é uma uma 
solução 
particular no intervalo . 
Acrescentando às extremidades dos 
intervalos encontrados, temos a solução geral em 
IR, que é: 
 
 O conjunto solução é , portanto: 
 
 
 
3º caso: cos x< cos a (cos x cos a) 
 
 Por exemplo, ao resolvermos a inequação 
encontramos, 
inicialmente, 
, que é uma solução particular no 
intervalo 
. 
Acrescentando às extremidades do 
intervalo encontrado, temos a solução geral em IR, 
que é: 
 
 
O conjunto solução é, portanto: 
 
 
Por outro lado, se a inequação fosse cos x cos 
ou cos x , então, bastaria incluir as 
extremidades de e o conjunto solução seria: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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As equações lineares assim como os 
sistemas de equações são muito utilizados no 
cotidiano das pessoas. 
Exemplo: Uma companhia de navegação 
tem três tipos de recipientes A, B e C, que carrega 
cargas em containers de três tipos I, II e III. As 
capacidades dos recipientes são dadas pela matriz: 
Tipo do Recipiente I II III 
A 4 3 2 
B 5 2 3 
C 2 2 3 
Quais são os números de recipientes x1, x2 
e x3 de cada categoria A, B e C, se a companhia 
deve transportar 42 containers do tipo I, 27 do tipo II 
e 33 do tipo III? 
Montagem do sistema linear 
4 x1 + 5 x2 + 2 x3 = 42 
3 x1 + 3 x2 + 2 x3 = 27 
2 x1 + 2 x2 + 2 x3 = 33 
Arthur Cayley (1821-1895): Matemático 
inglês nascido em Richmond, diplomou-se no Trinity 
College de Cambridge. Na sua vida, Cayley 
encontrou rivais em Euler e Cauchy sendo eles os 
três maiores produtores de materiais no campo da 
Matemática. Em 1858, Cayley apresentou 
representações por matrizes. Segundo ele, as 
matrizes são desenvolvidas a partir da noção de 
determinante, isto é, a partir do exame de sistemas 
de equações, que ele denominou: o sistema. 
Cayley desenvolveu uma Álgebra das matrizes 
quadradas em termos de transformações lineares 
homogêneas. 
Equação linear 
É uma equação da forma 
a11 x1 + a12 x2 + a13 x3 + ... + a1n xn = b1 
onde 
 x1, x2, ..., xn são as incógnitas; 
 a11, a12, ...,a1n são os coeficientes (reais 
ou complexos); 
 b1 é o termo independente (número real 
ou complexo). 
Exemplos de equações lineares 
1. 4 x + 3 y - 2 z = 0 
2. 2 x - 3 y + 0 z - w = -3 
3. x1 - 2 x2 + 5 x3 = 1 
4. 4i x + 3 y - 2 z = 2-5i 
Notação: Usamos R[x] para a raiz quadrada 
de x>0. 
Exemplos de equações não-lineares 
1. 3 x + 3y R[x] = -4 
2. x
2
 + y
2
 = 9 
3. x + 2 y - 3 z w = 0 
4. x
2
 + y
2
 = -9 
 
Solução de uma equação linear 
Uma sequência de números reais (r1,r2,r3,r4) é 
solução da equação linear 
a11 x1 + a12 x2 + a13 x3 + a14 x4 = b1 
se trocarmos cada xi por ri na equação e este fato 
implicar que o membro da esquerda é identicamente 
igual ao membro da direita, isto é: 
a11 r1 + a12 r2 + a13 r3 + a14 r4 = b1 
Exemplo: A sequência (5,6,7) é uma solução da 
equação 2x+3y-2z=14 pois, tomando x=5, y=6 e z=7 
na equação dada, teremos: 
2×5 + 3×6 - 2×7 = 14 
Sistemas de equações lineares 
Um sistema de equações lineares ou sistema 
linear é um conjunto formado por duas ou mais 
equações lineares. Um sistema linear pode ser 
representado na forma: 
a11 x1 + a12 x2 +...+ a1n xn = b1 
a21 x1 + a22 x2 +...+ a2n xn = b2 
... ... ... ... 
am1 x1 + am2 x2 +...+ amn xn = bn 
onde 
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 x1, x2, ..., xn são as incógnitas; 
 a11, a12, ..., amn são os coeficientes; 
 b1, b2, ..., bm são os termos 
independentes. 
 
Solução de um sistema de equações 
lineares 
Uma sequência de números (r1,r2,...,rn) é 
solução do sistema linear: 
a11 x1 + a12 x2 +...+ a1n xn = b1 
a21 x1 + a22 x2 +...+ a2n xn = b2 
... ... ... ... 
am1 x1 + am2 x2 +...+ amn xn = bn 
se satisfaz identicamente a todas as 
equações desse sistema linear. 
Exemplo: O par ordenado (2,0) é uma 
solução do sistema linear: 
2x + y = 4 
x + 3y = 2 
x + 5y = 2 
pois satisfaz identicamente a todas as 
equações do mesmo, isto é, se substituirmos x=2 e 
y=0, os dois membros de cada igualdade serão 
iguais em todas as equações. 
 
Consistência de Sistemas Lineares 
O número de soluções de um sistema 
linear determina a sua classificação de duas 
maneiras com relação à sua consistência: 
Sistema possível ou consistente: Quando 
tem pelo menos uma solução. 
a. Se tem uma única solução, o sistema é 
determinado. 
b. Se tem mais que uma solução, o 
sistema é indeterminado. 
Sistema impossível ou inconsistente: Se não 
admite qualquer solução. 
Exemplos de sistemas com respeito às 
suas soluções 
Sistema com uma única solução: As 
equações lineares abaixo representam duas retas 
no plano cartesiano que têm o ponto (3,-2) como 
interseção. 
x + 2y = -1 
2x - y = 8 
Sistema com infinitas soluções: As equaçõeslineares 
representam retas paralelas sobrepostas no plano 
cartesiano, logo existem infinitos pontos que 
satisfazem a ambas as equações (pertencem a 
ambas as retas). 
4x + 2y = 100 
8x + 4y = 200 
Sistema que não tem solução: As equações 
lineares representam retas paralelas no plano 
cartesiano, logo, não existem pontos que pertençam 
às duas retas. 
x + 3y = 4 
x + 3y = 5 
 
Sistemas equivalentes 
Dois sistemas são equivalentes se admitem a 
mesma solução. 
Exemplo: São equivalentes os sistemas S1 e 
S2 indicados abaixo: 
S1 
3x + 6y = 42 
2x - 4y = 12 
 
S2 
1x + 2y = 14 
1x - 2y = 6 
 
pois eles admitem a mesma solução x=10 e 
y=2. 
Notação: Quando dois sistemas S1 e S2 são 
equivalentes, usamos a notação S1~S2. 
 
Operações elementares sobre sistemas 
lineares 
Existem três tipos de operações elementares 
que podem ser realizadas sobre um sistema linear de 
equações de forma a transformá-lo em um outro 
sistema equivalente mais simples que o anterior. Na 
sequência trabalharemos com um exemplo para 
mostrar como funcionam essas operações 
elementares sobre linhas. O segundo sistema (o que 
aparece à direita) já mostra o resultado da ação da 
operação elementar. Nas linhas iniciais de cada 
tabela, você encontra a operação que foi realizada. 
1. Troca de posição de duas equações do 
sistema 
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Troca a Linha 1 com a Linha 3 
x + 2y - z = 2 
2x-3y+2z=0 
4x + y - 5z = 9 
~ 
4x + y - 5z = 9 
2x-3y+2z=0 
x + 2y - z = 2 
2. Multiplicação de uma equação por um 
número não nulo 
Multiplica a Linha 1 pelo número 3 
x + 2y - z = 2 
2x-3y+2z=0 
4x+y-5z=9 
~ 
3x + 6y - 3z = 6 
2x-3y+2z=0 
4x+y-5z=9 
A equação resultante fica na linha 1 
3. Adição de duas equações do sistema 
Adição da Linha 2 com a Linha 3 
x+2y-z=2 
2x -3y + 2z = 0 
4x + y - 5z = 9 
~ 
3x+6y-3z=6 
2x-3y+2z=0 
6x - 2y - 3z = 9 
A equação resultante fica na linha 3 
Resolução de sistemas lineares por 
escalonamento 
Com o auxílio das três Operações 
Elementares sobre linhas, podemos resolver 
sistemas lineares. Vamos mostrar como funciona 
este processo através de um exemplo. 
Exemplo: Consideremos o sistema com 3 equações 
e 3 incógnitas. 
3x + y + z = 20 
2x - y - z = -15 
-4x + y -5z = -41 
Observação: Usamos Li+Lj->Lj para indicar 
a soma da linha i com a linha j com o resultado na 
linha j. Usamos k Li->Li, para indicar que 
multiplicamos a linha i pela constante k e o 
resultado ficou na linha i. 
Passo 1: L1-L2->L1 
3x + 1y + 
1z = 20 
2x - 1y - 1z 
= -15 
-4x+1y-
5z=-41 
~ 
1x + 2y + 
2z = 35 
2x-1y-
1z=-15 
-4x+1y-
5z=-41 
Passo 2: L2-2.L1->L2 
1x + 2y + 
2z = 35 
2x - 1y - 
1z = -15 
-4x+1y-
5z=-41 
~ 
1x+2y+2z=35 
0x - 5y - 5z = 
-85 
-4x+1y-5z=-
41 
 
Passo 3: L3+4.L1->L3 
1x + 2y + 2z = 35 
0x-5y-5z=-85 
-4x + 1y - 5z = -41 
~ 
1x+2y+2z=35 
0x-5y-5z=-85 
0x + 9y + 3z = 99 
 
Passo 4:(-1/5)L2->L2,(1/3)L3->L3 
1x+2y+2z=35 
0x - 5y - 5z = -85 
0x + 9y + 3z = 99 
~ 
1x+2y+2z=35 
0x + 1y + 1z = 17 
0x + 3y + 1z = 33 
 
Passo 5: L3-3.L2->L3 
1x+2y+2z=35 
0x + 1y + 1z = 17 
0x + 3y + 1z = 33 
~ 
1x+2y+2z=35 
0x+1y+1z=17 
0x + 0y - 2z = -18 
 
Passo 6: (-1/2)L3->L3 
1x+2y+2z=35 
0x+1y+1z=17 
0x + 0y - 2z = -18 
~ 
1x+2y+2z=35 
0x+1y+1z=17 
0x + 0y + 1z = 9 
 
Passo 7: L2-L3->L2 
1x+2y+2z=35 
0x + 1y + 1z = 17 
0x + 0y + 1z = 9 
~ 
1x+2y+2z=35 
0x + 1y + 0z = 8 
0x+0y+1z=9 
 
Passo 8: L1-2.L2-2.L3->L1 
1x + 2y + 2z = 35 
0x + 1y + 0z = 8 
0x + 0y + 1z = 9 
~ 
1x + 0y + 0z = 1 
0x+1y+0z=8 
0x+0y+1z=9 
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Passo 9: Simplificar coeficientes 
1x + 0y + 0z = 1 
0x + 1y + 0z = 8 
0x + 0y + 1z = 9 
~ 
x = 
1 
y = 
8 
z = 
9 
Após o escalonamento, observamos que a 
solução obtida é exatamente fornecida pelo último 
sistema. 
Sistemas lineares homogêneos 
Um sistema linear é homogêneo quando os 
termos independentes de todas as equações são 
nulos. Todo sistema linear homogêneo admite pelo 
menos a solução trivial, que é a solução 
identicamente nula. Assim, todo sistema linear 
homogêneo é possível. Este tipo de sistema poderá 
ser determinado se admitir somente a solução trivial 
ou indeterminado se admitir outras soluções além 
da trivial. 
Exemplo: O sistema 
2x - y + 3z = 0 
4x + 2y - z = 0 
 x - y + 2z = 0 
é determinado, pois possui a solução x=0, 
y=0 e z=0. 
 
Regra de Cramer 
Esta regra depende basicamente sobre o 
uso de determinantes. Para indicar o determinante 
de uma matriz X, escreveremos det(X). 
Seja um sistema linear com n equações e n 
incógnitas: 
a11 x1 + a12 x2 +...+ a1j xj +...+ a1n xn = b1 
a21 x1 + a22 x2 +...+ a2j xj +...+ a2n xn = b2 
... ... ... ... 
an1 xn + an2 xn +...+ anj xj +...+ ann xn = bn 
A este sistema podemos associar algumas 
matrizes: 
 Matriz dos coeficientes: Formada pelos 
coeficientes das incógnitas do sistema, 
aqui indicada pela letra A. 
Matriz dos coeficientes 
a11 a12 ... a1j ... a1n 
a21 a22 ... a2j ... a2n 
... ... ... ... ... ... 
an1 an2 ... anj ... ann 
 Matriz Aumentada do sistema: Formada 
todos os coeficientes das incógnitas do 
sistema e também pelos termos 
independentes. 
Matriz Aumentada 
a11 a12 ... a1j ... a1n b1 
a21 a22 ... a2j ... a2n b2 
... ... ... ... ... ... 
an1 an2 ... anj ... ann bn 
 Matriz da incógnita xj: É a matriz Aj obtida 
ao substituirmos a coluna j (1<j<n) da 
matriz A, pelos termos independentes das 
equações do sistema. 
Matriz da incógnita xj 
a11 a12 ... b1 ... a1n 
a21 a22 ... b2 ... a2n 
... ... ... ... ... ... 
an1 an2 ... bn ... ann 
Quando as posições j=1,2,3 estão 
relacionadas com x1, x2 e x3 e substituídas pelas 
incógnitas x, y e z, é comum escrever Ax, Ay e Az. 
Se det(A) é diferente de zero, é possível 
obter cada solução xj (j=1,...,n), dividindo det(Aj) por 
det(A), isto é: 
xj = det(Aj) / det(A) 
Se det(A)=0, o sistema ainda poderá ser 
consistente, se todos os determinantes nxn da matriz 
aumentada do sistema forem iguais a zero. 
Um sistema impossível: Seja o sistema 
2x + 3y + 4z = 27 
1x - 2y + 3z = 15 
3x + 1y + 7z = 40 
A matriz A e a matriz aumentada Au do sistema estão 
mostradas abaixo. 
2 3 4 
1 -2 3 
3 1 7 
 
2 3 4 27 
1 -2 3 15 
3 1 7 40 
 
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Como det(A)=0, devemos verificar se todos 
os determinantes das sub-matrizes 3×3 da matriz 
aumentada são nulos. Se existir pelo menos um 
deles não nulo, o sistema será impossível e este é 
o caso pois é não nulo o determinante da sub-
matriz 3x3 formada pelas colunas 1, 2 e 4 da matriz 
aumentada: 
2 3 27 
1 -2 15 
3 1 40 
Um sistema indeterminado: Consideremos 
agora o sistema (Quase igual ao anterior: trocamos 
40 por 42 na última linha!) 
2x + 3y + 4z = 27 
1x - 2y + 3z = 15 
3x + 1y + 7z = 42 
A matriz A e a matriz aumentada Au do 
sistema, estão abaixo: 
2 3 4 
1 -2 3 
3 1 7 
 
2 3 4 27 
1 -2 3 15 
3 1 7 42 
 
Aqui, tanto det(A)=0 como todos os 
determinantes das sub-matrizes 3×3 da matriz 
aumentada são nulos, então o sistema é possível e 
indeterminado. Neste caso, observamos que a 
última linha é a soma das duas primeiras e como 
estas duas primeiras dependem de x, y e z, você 
poderáencontrar as soluções, por exemplo, de x e 
y em função de z. 
Um sistema com solução única: Seja o sistema 
2x + 3y + 4z = 27 
1x - 2y + 3z = 15 
3x + 1y + 6z = 40 
A matriz A e a matriz dos termos 
independentes do sistema estão indicados abaixo. 
2 3 4 
1 -2 3 
3 1 6 
 
27 
15 
40 
 
Como det(A)=7, o sistema admite uma 
única solução que depende dos determinantes das 
matrizes Ax, Ay e Az, e tais matrizes são obtidas pela 
substituição 1a., 2a. e 3a. colunas da matriz A pelos 
termos independentes das três equações, temos: 
Ax= 
27 3 4 
15 -2 3 
40 1 6 
 
Ay= 
2 27 4 
1 15 3 
3 40 6 
 
Az= 
2 3 27 
1 -2 15 
3 1 40 
 
Como det(Ax)=65, det(Ay)=1 e det(Az)=14, a 
solução do sistema é dada por: 
x = det(Ax)/det(A) = 65/7 
y = det(Ay)/det(A) = 1/7 
z = det(Az)/det(A) = 14/7 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Um polinômio qualquer pode ser 
representado pela expressão: 
 
a0 x
n
 + a1 x
n – 1
 + a2 x
n -2
 + ... + an – 1 x + an 
 
A função polinomial será definida por: 
 
P(x) = a0x
n
 + a1x
n – 1
 + a2x
n -2
 + ... + an – 1x + an 
Com: 
a0 , a1 , a2, … , an – 1 e an são números complexos 
e n N. 
• Valor numérico de um polinômio 
Se observarmos um polinômio qualquer 
P(x) = 5x
4
 – 3x
3
 + x
2
 – x + 2, para acharmos o seu 
valor numérico que é o valor de P(x), temos que ter 
um valor para a incógnita x. 
Então, se dissermos que x = 2 o valor que 
encontrarmos para P(2) quando substituirmos x por 
2 será o valor numérico do polinômio. 
P(2) = 5 . 2
4
 – 3 . 2
3
 + 2
2
 – 2 + 2 
P(2) = 5 . 16 – 3 . 8 + 4 – 2 + 2 
P(2) = 80 – 24 + 4 
P(2) = 56 + 4 
P(2) = 60 
Concluímos que o valor numérico do 
polinômio P(x) = 5x
4
 – 3x
3
 + x
2
 – x + 2, quando 
x = 2 será P(2) = 60. 
• Raiz ou zero do polinômio 
Se pegarmos um polinômio qualquer P(x) = 
- 2x
3
 + 5x
2
 – x + 1 = 0, a raiz dele será um número 
qualquer b se, somente se, o valor numérico do 
polinômio for zero quando 
x = b. 
Exemplo: 
P(x) = x
2
 - 1, para calcularmos o zero da 
função, devemos colocar P(x) = 0, então: 
x
2
 - 1 = 0 
x
2
 = 1 
x = + 1 ou – 1 
Concluímos que -1 e +1 é raiz do polinômio 
P(x) = x
2
 - 1. 
• Grau de um polinômio 
Um polinômio é formado por vários 
monômios separados por operações, então o grau de 
um polinômio corresponde ao monômio de maior 
grau. O único polinômio que não possui grau é o 
polinômio nulo P(x) = 0, por exemplo: 
• P(x) = x
3
 - x
2
 + 2x -3 → temos 3 
monômios que possuem grau, o que tem maior grau 
é x
3
, então o polinômio tem o mesmo grau que ele. 
P(x) = x
3
 - x
2
 + 2x -3 é do 3º grau. 
• P(x) = 5x
0
 = 5 → grau 
zero.
 
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TEOREMA DO RESTO 
 
O teorema de D‟Alembert é uma 
consequência imediata do teorema do resto, que são 
voltados para a divisão de polinômio por binômio do 
tipo x – a. O teorema do resto diz que um polinômio 
G(x) dividido por um binômio x – a terá resto R igual 
a P(a), para x = a. 
 
O matemático francês D‟Alembert provou, 
levando em consideração o teorema citado acima, 
que um polinômio qualquer Q(x) será divisível por x – 
a, ou seja, o resto da divisão será igual à zero (R = 0) 
se P(a) = 0. 
 
Esse teorema facilitou o cálculo da divisão de 
polinômio por binômio (x –a), dessa forma não sendo 
preciso resolver toda a divisão para saber se o resto 
é igual ou diferente de zero. 
 
Exemplo 1 
 
Calcule o resto da divisão (x
2
 + 3x – 10) : (x – 
3). 
 
Como diz o Teorema de D‟Alembert, o resto 
(R) dessa divisão será igual a: 
 
P(3) = R 
3
2
 + 3 * 3 – 10 = R 
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9 + 9 – 10 = R 
18 – 10 = R 
R = 8 
Portanto, o resto dessa divisão será 8. 
 
Exemplo 2 
 
Verifique se x
5
 – 2x
4
 + x
3
 + x – 2 é divisível 
por x – 1. 
 
Segundo D‟Alembert, um polinômio é 
divisível por um binômio se P(a) = 0. 
 
P(1) = (1)
5
 – 2*(1)
4
 + (1)
3
 + (1) – 2 
 
P(1) = 1 – 2 + 1 + 1 – 2 
 
P(1) = 3 – 4 
 
P(1) = – 1 
 
Como P(1) é diferente de zero, o polinômio 
não será divisível pelo binômio x – 1. 
 
Exemplo 3 
 
Calcule o valor de m de modo que o resto 
da divisão do polinômio 
P(x) = x
4
 – mx
3
 + 5x
2
 + x – 3 por x – 2 seja 6. 
 
Temos que, R = P(x) → R = P(2) → P(2) = 
6 
 
P(2) = 2
4
 – m*2
3
 + 5*2
2
 + 2 – 3 
 
2
4
 – m*2
3
 + 5*2
2
 + 2 – 3 = 6 
 
16 – 8m + 20 + 2 – 3 = 6 
 
– 8m = 6 – 38 + 3 
 
– 8m = 9 – 38 
 
– 8m = – 29 
 
m = 29/8 
 
Exemplo 4 
 
Calcule o resto da divisão do polinômio 3x
3
 
+ x
2
 – 6x + 7 por 2x + 1. 
 
R = P(x) → R = P(– 1/2) 
 
R = 3*(–1/2)
3
 + (–1/2)
2
 – 6*(–1/2) + 7 
 
R = 3*(–1/8) + 1/4 + 3 + 7 
 
R = –3/8 + 1/4 + 10 (mmc) 
 
R = –3/8 + 2/8 + 80/8 
 
R = 79/8 
TEOREMA FUNDAMENTAL DA ÁLGEBRA 
(T.F.A) 
Qualquer equação algébrica, de grau 
restritamente positivo, aceita no campo complexo 
pelo menos uma raiz. 
Em relação a este teorema vamos considerar 
apenas as observações e exemplos abaixo: 
O teorema fundamental da álgebra apenas 
garante a existência de pelo menos uma raiz, ele não 
demonstra qual o número de raízes de uma equação 
algébrica nem como resolver tais raízes. 
O T.F.A. somente tem valor para C, já para R 
este teorema não é válido. Isso quer dizer que em 
uma equação algébrica a condição de existência de 
raiz R é incerta, já em R é certeza que sempre terá 
pelo menos uma raiz. 
Exemplo: A equação x2 + 1 = 0 não possue 
raiz real, porém aceita no campo complexo os 
números i e – i como raízes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Potenciação de números complexos na 
forma trigonométrica 
 
Forma trigonométrica 
Todo número complexo escrito da forma z = 
a + bi pode ser escrito em função de seu módulo e 
de seu argumento. Essa outra forma de representar 
um número complexo é chamada de forma 
trigonométrica. A forma trigonométrica facilita as 
operações envolvendo números complexos, por 
isso a importância de se compreender bem essa 
representação. 
Veremos como realizar a potenciação de 
números complexos na forma trigonométrica. 
Potenciação 
 
Considere um número complexo qualquer escrito 
na forma trigonométrica: 
 
Queremos obter uma expressão para o 
cálculo de z
n
, onde n é um número natural. Segue 
que: 
 
Podemos reescrever essa expressão da 
seguinte forma: 
 
Que pode ser simplificada para: 
 
Que é chamada de Fórmula de Moivre para 
potenciação de números complexos. 
 
 
ou 
 
 
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OPERAÇÕES DE NÚMEROS 
COMPLEXOS NA FORMA TRIGONOMÉTRICA 
 
Considere dois números complexos 
quaisquer: 
 
1. Multiplicação 
O produto de z1 por z2 será dado por: 
 
Observe que o número complexo resultante é tal 
que: 
 
Seu módulo é igual ao produto dos módulos de z1 e 
z2 e seu argumento é igual à soma dos argumentos 
de z1 e z2. 
Importante: Esse procedimento pode ser 
generalizado para a multiplicação de n números 
complexos: 
 
 
2. Divisão 
O quociente entre z1 e z2 será dado por: 
 
 
 
Operações na forma algébrica 
A forma algébrica a + bi admite todas as 
operações, assim como em R, substituindo i
2
 por -
1, sempre que necessário. 
Adição 
(a + bi) + (c + di) = (a + c) + (b+ d) i 
Subtração 
(a + bi) – (c + di) = (a – c) + (b – d)i 
Multiplicação 
(a + bi) . (c + di) = ac + adi + bci + bdi
2
 = 
= ac + (ad + bc)i – bd 
Logo: 
(a + bi) x (c + di) = (ac – bd) + (ad + bc) i 
Divisão 
A Divisão entre a + bi e c + di ≠ 0 ocorre através 
da multiplicação entre o numerador e o 
denominador da fração pelo conjugado do 
denominador que é c – di. 
Portanto: 
 
Logo: 
 
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OPOSTO, CONJUGADO E IGUALDADE 
DE NÚMEROS COMPLEXOS. 
Para determinarmos o oposto, o conjugado e a 
igualdade de qualquer número complexo 
precisamos conhecer alguns fundamentos. 
 
Oposto 
 
O oposto de qualquer número real é o seu 
simétrico, o oposto de 10 é -10, o oposto de -5 é 
+5. O oposto de um número complexo respeita 
essa mesma condição, pois o oposto do número 
complexo z será – z. 
Por exemplo: Dado o número complexo z = 8 – 6i, o 
seu oposto será: 
- z = - 8 + 6i. 
 
Conjugado 
 
Para determinarmos o conjugado de um número 
complexo, basta representar o número complexo 
através do oposto da parte imaginária. O conjugado 
de z = a + bi será: 
 
 
 
Exemplo: 
z = 5 – 9i, o seu conjugado será: 
 
z = – 2 – 7i, o seu conjugado será 
 
Igualdade 
 
Dois números complexos serão iguais se, e 
somente se, respeitarem a seguinte condição: 
Partes imaginárias iguais 
Partes reais iguais 
Dado os números complexos z1 = a + bi e z2 = d + 
ei, z1 e z2, serão iguais se, somente se, a = d e bi = 
ei. 
 
 
Observações: 
 
A soma de números complexos opostos será 
sempre igual a zero. 
z + (-z) = 0. 
 
O conjugado do conjugado de um número 
complexo será o próprio número complexo. 
 
 
Não existe relação de ordem no conjunto dos 
números complexos, então não podemos 
estabelecer quem é maior ou menor. 
 
Exemplo 1 
 
Dado o número complexo z = - 2 + 6i, calcule o seu 
oposto, o seu conjugado e o oposto do conjugado. 
 
Oposto 
- z = 2 - 6i 
 
Conjugado 
 
 
 
Oposto do conjugado 
 
 
 
 
Exemplo 2 
Determine a e b de modo que . 
 
-2 + 9i = a – bi 
Precisamos estabelecer a propriedade da relação de 
igualdade entre eles. Então: 
a = - 2 
b = - 9 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Estabelecemos uma função através da 
relação entre duas grandezas (duas incógnitas), 
sendo que uma incógnita será dependente e essa 
terá que estar relacionada com apenas um valor 
que será a incógnita independente. 
 
Seguindo essa definição, será considerada 
função modular toda função onde essa incógnita 
dependente estiver dentro de módulos. Veja 
exemplos de funções modulares: 
 
f(x) = |x| ou y = |x|, onde y incógnita 
independente e x incógnita dependente. 
 
f(x) = |x -1| 
 
f(x) = |x – 3| + 2 
 
f(x) = x2 
 
|x| 
 
Considerando a definição de módulo de um número 
real, podemos definir função modular como sendo: 
 
Função modular é toda função dos reais 
para os reais, escrita pela lei f(x) = |x|, sendo 
caracterizada da seguinte forma: 
 
f(x) = x, se x ≥ 0 
-x, se x < 0 
 
Exemplo 1: 
 
 
Construa o gráfico de função modular f(x) = |2x2 – 
4x|. Aplicando a definição de módulo, teremos: 
 
 
f(x) = 2x2 – 4x se 2x2 – 4x ≥ 0 
-(2x2 – 4x) se -2x2 + 4x < 0 
 
2x2 – 4x ≥ 0 
2x2 – 4x = 0 
x‟ = 0 
x” = 2 
 
 
 
 
 
-2x2 + 4x < 0 
-2x2 + 4x =0 
x‟ = 0 
x” = 2 
 
 
 
 
A união dos dois gráficos, considerando a 
definição de módulo, formará o gráfico da função f(x) 
= |2x2 – 4x|. 
 
 
 
 
A função exponencial é uma das mais 
importantes funções da matemática. Descrita como 
e
x
 (onde e é a constante matemática neperiana, base 
do logarítmo neperiano), pode ser definida de duas 
maneiras equivalentes: a primeira, como uma série 
infinita; a segunda, como limite de uma seqüência: 
 
A curva e
x
 jamais toca o eixo x, embora apresente 
tendência a se aproximar deste. 
 
 
 
Aqui, n! corresponde ao fatorial de n e x é 
qualquer número real ou complexo. 
 
Se x é real, então e
x
 é sempre positivo e 
crescente. Conseqüentemente, sua função inversa, o 
http://1.bp.blogspot.com/_HoaPhQ9Vmy0/S0Ss83mTqEI/AAAAAAAABNs/P85jXYXgLFY/s1600-h/modular1(1).jpg
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logarítmo neperiano, ln(x), é definida para qualquer 
valor positivo de x. Usando o logarítmo neperiano, 
pode-se definir funções exponenciais mais 
genéricas, como abaixo: 
 
a
x
 = e
xlna
 
 
Para todo a > 0 e . 
 
A função exponencial também gera funções 
trigonométricas (como pode ser visto na equação 
de Euler para análises complexas), e as funções 
hiperbólicas. Então, tem-se que qualquer função 
elementar, exceto as polinomiais são criadas a 
partir da função exponencial. 
 
As funções exponenciais "transitam entre a 
adição e a multiplicação" como é expressado nas 
seguintes leis exponenciais: 
 
a
0
 = 1 
a
1
 = a 
a
x + y
 = a
x
a
y
 
 
 
a
x
b
x
 = (ab)
x
 
 
Estas são válidas para todos os números 
positivos reais a e b e todos os números reais x. 
Expressões envolvendo frações e raízes podem 
freqüentemente serem simplificadas usando-se a 
notação exponencial porque: 
 
 
 
Função exponencial e equações 
diferenciais 
A maior importância das funções 
exponenciais nos campos das ciências é o fato de 
que essas funções são múltiplas de suas próprias 
derivadas: 
 
 
 
Se a taxa de crescimento ou de decaimento 
de uma variável é proporcional ao seu tamanho, 
como é o caso de um crescimento populacional 
ilimitado, juros continuamente computados ou 
decaimento radiativo, então a variável pode ser 
escrita como uma função exponencial do tempo. 
 
A função exponencial então resolve a 
equação diferencial básica 
 
 
 
e é por essa razão comumente encontrada 
em equações diferenciais. Em particular a solução de 
equações diferenciais ordinárias pode 
freqüentemente ser escrita em termos de funções 
exponenciais. Essas equações incluem a equação de 
Schrödinger e a equação de Laplace assim como as 
equações para o movimento harmônico simples. 
 Função exponencial no plano complexo 
Quando considerada como uma função 
definida no plano complexo, a função exponencial 
retém as importantes propriedades: 
 
e
z + w
 = e
z
e
w
 
e
0
 = 1 
 
 
 
para todos z e w. A função exponencial no 
plano complexo é uma função holomórfica que é 
periódica com o período imaginário 2πi que pode serescrita como 
 
e
a + bi
 = e
a
(cosb + isinb) 
 
onde a e b são valores reais. Essa fórmula 
conecta a função exponencial com as funções 
trigonométricas, e essa é a razão que estendendo o 
logaritmo neperiano a argumentos complexos 
resultam na função multivalente ln(z). Nós podemos 
definir como uma exponenciação mais geral:: z
w
 = 
e
wlnz
 para todos os números complexos z e w. 
 
Isto é também uma função multivalente. As 
leis exponenciais mencionadas acima permanecem 
verdade se interpretadas propriamente como 
afirmações sobre funções multivalentes. 
 
É fácil ver, que a função exponencial 
descreve qualquer curva no plano complexo a uma 
espiral logarítmica no plano complexo com centro em 
0, nada como o caso de uma reta paralela com os 
eixos reais ou imaginários descrevem uma curva ou 
um círculo. 
 Função exponencial para matrizes e 
álgebras de Banach 
A definição de função exponencial exp dada 
acima pode ser usada palavra por palavra para cada 
álgebra de Banach, e em particular para matrizes 
quadradas. Neste caso temos 
 
e
x + y
 = e
x
e
y
 
 
se xy = yx (deveríamos adicionar a fórmula 
geral envolvendo comutadores aqui) 
 
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e
0
 = 1 
 
e
x
 é invertível com inverso e
-x
 
 
a derivada da exp no ponto x é 
aquela descrição linear que transforma u 
em u·e
x
. 
 
No contexto das álgebras de Banach não 
comutativas, como as álgebras de matrizes ou 
operadores no espaço de Banach ou de Hilbert, a 
função exponencial é freqüentemente considerada 
como uma função de um argumento real: 
 
f(t) = e
tA
 
 
onde A é um elemento fixo da álgebra e t é 
qualquer número real. Essa função tem importantes 
propriedades: 
 
f(s + t) = f(s)f(t) 
f(0) = 1 
f'(t) = Af(t) 
 Mapa exponencial nas álgebras de Lie 
O "mapa exponencial" que passa uma 
álgebra de Lie a um grupo de Lie compartilha as 
propriedades acima, o que explica a terminologia. 
De fato, desde que R é uma álgebra de Lie de um 
grupo de Lie de todos os números positivos reais 
com multiplicação, a função exponencial para 
argumentos reais é um caso especial da situação 
da álgebra de Lie. Similarmente, desde que a 
álgebra de Lie M (n, R) de todas as matrizes reais 
quadradas pertence ao grupo de Lie de todas as 
matrizes quadradas invertíveis, a função para 
matrizes quadradas é um caso especial do mapa 
exponencial da álgebra de Lie. 
 
Toda função definida pela lei de formação 
f(x) = logax, com a ≠ 1 e a > 0, é denominada 
função logarítmica de base a. Nesse tipo de função 
o domínio é representado pelo conjunto dos 
números reais maiores que zero e o contradomínio, 
o conjunto dos reais. 
 
Exemplos de funções logarítmicas: 
 
 
f(x) = log2x 
f(x) = log3x 
f(x) = log1/2x 
f(x) = log10x 
f(x) = log1/3x 
f(x) = log4x 
f(x) = log2(x – 1) 
f(x) = log0,5x 
 
 
 
Determinando o domínio da função logarítmica 
 
Dada a função f(x) = (x – 2)(4 – x), temos as seguintes 
restrições: 
 
1) 4 – x > 0 → – x > – 4 → x < 4 
2) x – 2 > 0 → x > 2 
3) x – 2 ≠ 1 → x ≠ 1+2 → x ≠ 3 
 
Realizando a intersecção das restrições 1, 2 
e 3, temos o seguinte resultado: 2 < x < 3 e 3 < x < 4. 
Dessa forma, D = {x Є R / 2 < x < 3 e 3 < x < 
4} 
 
Gráfico de uma função logarítmica 
 
Para a construção do gráfico da função 
logarítmica devemos estar atentos a duas situações: 
 
 a > 1 
 
 0 < a < 1 
 
Para a > 1, temos o gráfico da seguinte 
forma: 
 
Função crescente 
 
 
Para 0 < a < 1, temos o gráfico da seguinte 
forma: 
 
Função decrescente 
 
 
 
 
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Características do gráfico da função 
logarítmica, y = logax 
 
O gráfico está totalmente à direita do eixo y, pois 
ela é definida para x > 0. 
 
Intersecta o eixo das abscissas no ponto (1,0), 
então a raiz da função é x = 1. 
 
Note que y assume todos as soluções reais, por 
isso dizemos que a Im(imagem) = R. 
 
 
Através dos estudos das funções logarítmicas, 
chegamos à conclusão de que ela é uma função 
inversa da exponencial. Observe o gráfico 
comparativo a seguir: 
 
Podemos notar que (x,y) está no gráfico da 
função logarítmica se o seu inverso (y,x) está na 
função exponencial de mesma base. 
 
A função exponencial 
A função exponencial natural é a função exp:R
R+, definida como a inversa da função logarítmo 
natural, isto é: 
Ln[exp(x)]=x, exp[Ln(x)]=x 
O gráfico da função exponencial é obtido pela 
reflexão do gráfico da função Logaritmo natural em 
relação à identidade dada pela reta y=x. 
 
Como o domínio da função Logaritmo natural é o 
conjunto dos números reais positivos, então a 
imagem da função exp é o conjunto dos números 
reais positivos e como a imagem de Ln é o conjunto 
R de todos os números reais, então o domínio de exp 
também é o conjunto R de todos os números reais. 
 
 
Observação: Através do gráfico de f(x)=exp(x), 
observamos que: 
1. exp(x)>0 se x é real) 
2. 0<exp(x)<1 se x<0 
3. exp(x)=1 se x=0 
4. exp(x)>1 se x>0 
No Ensino Médio, a função exponencial é definida a 
partir da função logarítmica e ciclicamente define-se 
a função logarítmica em função da exponencial 
como: 
f(x)=exp(x), se e somente se, x=Ln(y) 
Para uma definição mais cuidadosa, veja Logaritmos. 
Exemplos: 
1. Ln[exp(5)]=5 
2. exp[ln(5)]=5 
3. Ln[exp(x+1)
1/2
]=(x+1)
1/2
 
4. exp[Ln((x+1)
1/2
]=(x+1)
1/2
 
5. exp[3.Ln(x)]=exp(Ln(x³)]=x³ 
6. exp[k.Ln(x)]=exp[Ln(x
k
)]=x
k
 
7. exp[(7(Ln(3)-
Ln(4)]=exp[7(Ln(3/4))]=exp[(Ln(3/4)]
7
)=(3/
4)
7
 
 
A Constante e de Euler 
Existe uma importantíssima constante matemática 
definida por 
e = exp(1) 
http://pessoal.sercomtel.com.br/matematica/medio/expolog/logaritm.htm
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O número e é um número irracional e positivo e em 
função da definição da função exponencial, temos 
que: 
Ln(e)=1 
Este número é denotado por e em homenagem ao 
matemático suíço Leonhard Euler (1707-1783), um 
dos primeiros a estudar as propriedades desse 
número. 
O valor deste número expresso com 40 dígitos 
decimais, é: 
e=2,71828182845904523536028747135266249775
7 
 
Conexão entre o número e e a função 
exponencial 
Se x é um número real, a função exponencial exp(.) 
pode ser escrita como a potência de base e com 
expoente x, isto é: 
e
x
 = exp(x) 
 
Significado geométrico de e 
Tomando um ponto v do eixo OX, com v>1 tal que a 
área da região do primeiro quadrante localizada sob 
a curva y=1/x e entre as retas x=1 e x=v seja 
unitária, então o valor de v será igual a e. 
 
 
Propriedades básicas da função exponencial 
Se x e y são números reais e k é um número 
racional, então: 
1. y=exp(x) se, e somente se, x=Ln(y). 
2. exp[Ln(y)]=y para todo y>0. 
3. Ln[exp(x)]=x para todo x real. 
4. exp(x+y)=exp(x) exp(y) 
5. exp(x-y)=exp(x)/exp(y) 
6. exp(x.k)=[exp(x)]
k
 
 
Simplificações matemáticas 
Podemos simplificar algumas expressões 
matemáticas com as propriedades das funções 
exponenciais e logaritmos: 
1. exp[Ln(3)]=3. 
2. Ln[exp(20x)]=20x. 
3. exp[5.Ln(2)]=exp[Ln(2
5
)]=2
5
=32. 
4. exp[2+5.ln(2)]=exp(2)exp(5.Ln(2))=32e². 
 
Outras funções exponenciais 
Podemos definir outras funções exponenciaiscomo 
g(x)=a
x
, onde a é um número real positivo diferente 
de 1 e de x. Primeiro, consideremos o caso onde o 
expoente é um número racional r. 
Tomando x=a
r
 na equação x=exp[Ln(x)], obtemos: 
a
r
=exp[Ln(a
r
)] 
Como Ln[a
r
]=r.Ln(a), a relação acima fica na forma: 
a
r
 = exp[r.Ln(a)] 
Esta última expressão, juntamente com a informação 
que todo número real pode ser escrito como limite de 
uma sequência de números racionais, justifica a 
definição para g(x)=a
x
, onde x é um número real: 
a
x
=exp[x.Ln(a)] 
 
Leis dos expoentes 
Se x e y são números reais, a e b são números reais 
positivos, então: 
1. a
x
a
y
=a
x+y
 
2. a
x
/a
y
=a
x-y
 
3. (a
x
) 
y
=a
x.y
 
4. (a b)
x
=a
x
b
x
 
5. (a/b)
x
=a
x
/b
x
 
6. a
-x
=1/a
x
 
 
Relação de Euler 
Se i é a unidade imaginária e x é um número real, 
então vale a relação: 
e
ix
 = exp(ix) = cos(x) + i sen(x) 
 
Algumas Aplicações 
Funções exponenciais desempenham papéis 
fundamentais na Matemática e nas ciências 
envolvidas com ela, como: Física, Química, 
Engenharia, Astronomia, Economia, Biologia, 
Psicologia e outras. Vamos apresentar alguns 
exemplos com aplicações destas funções. 
MATEMÁTICA 
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Lei do resfriamento dos corpos: Um indivíduo foi 
encontrado morto em uma sala com temperatura 
ambiente constante. O legista tomou a temperatura 
do corpo às 21:00 h e constatou que a mesma era 
de 32 graus Celsius. Uma hora depois voltou ao 
local e tomou novamente a temperatura do corpo e 
constatou que a mesma estava a 30 graus Celsius. 
Aproximadamente a que horas morreu o indivíduo, 
sabendo-se que a temperatura média de um corpo 
humano normal é de 37 graus Celsius? 
 
Partindo de estudos matemáticos pode-se construir 
uma função exponencial decrescente que passa 
pelos pontos (21,32) e (22,30) onde abscissas 
representam o tempo e as ordenadas a temperatura 
do corpo. 
A curva que descreve este fenômeno é uma função 
exponencial da forma: 
f(t) = C e
A t
 
então obtemos que: 
A = Ln(30)-Ln(32) 
C = 32/ (30/32)
21
 
A função exponencial que rege este fenômeno de 
resfriamento deste corpo é dada por: 
f(t) = 124,09468 e
-0,0645385t
 
e quando f(t) = 37 temos que: 
t = 18,7504... = 18 horas + 45 minutos 
que pode ser observado através do gráfico. 
Observação: Neste exemplo, usamos a construção 
de um gráfico e as propriedades operatórias das 
funções exponenciais e logarítmicas. 
Curvas de aprendizagem: Devido ao seu uso por 
psicólogos e educadores na descrição do processo 
de aprendizagem, as curvas exponenciais realizam 
um papel importante. 
 
A curva básica para este tipo de estudo é da forma: 
f(x) = c - a e
-k.x
 
onde c, a e k são constantes positivas. Considerando 
o caso especial em que c=a temos uma das 
equações básicas para descrever a relação entre a 
consolidação da aprendizagem y=f(x) e o número de 
reforços x. 
A função: 
f(x) = c - a e
-k.x
 
cresce rapidamente no começo, nivela-se e então 
aproxima-se de sua assíntota y=c. 
Estas curvas também são estudadas em Economia, 
na representação de várias funções de custo e 
produção. 
Crescimento populacional: Em 1798, Thomas 
Malthus, no trabalho "An Essay on the Principle of 
Population" formulou um modelo para descrever a 
população presente em um ambiente em função do 
tempo. Considerou N=N(t) o número de indivíduos 
em certa população no instante t. Tomou as 
hipóteses que os nascimentos e mortes naquele 
ambiente eram proporcionais à população presente e 
a variação do tempo conhecida entre os dois 
períodos. Chegou à seguinte equação para descrever 
a população presente em um instante t: 
N(t)=No e
rt
 
onde No é a população presente no instante inicial 
t=0 e r é uma constante que varia com a espécie de 
população. 
O gráfico correto desta função depende dos valores 
de No e de r. Mas sendo uma função exponencial, a 
forma do gráfico será semelhante ao da função 
y=Ke
x
. 
Este modelo supõe que o meio ambiente tenha 
pouca ou nenhuma influência sobre a população. 
 
Desse modo, ele é mais um indicador do potencial de 
sobrevivência e de crescimento de cada espécie de 
população do que um modelo que mostre o que 
realmente ocorre. 
Consideremos por exemplo uma população de 
bactérias em um certo ambiente. De acordo com esta 
equação se esta população duplicar a cada 20 
minutos, dentro de dois dias, estaria formando uma 
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camada em volta da terra de 30 cm de espessura. 
Assim, enquanto os efeitos do meio ambiente são 
nulos, a população obedece ao modelo N=Noe
rt
. Na 
realidade, se N=N(t) aumenta, o meio ambiente 
oferece resistência ao seu crescimento e tende a 
mantê-lo sobre controle. Exemplos destes fatores 
são, a quantidade disponível de alimentos, 
acidentes, guerras, epidemias,... 
Como aplicação numérica, consideremos uma 
colônia de bactérias se reproduzindo normalmente. 
Se num certo instante havia 200 bactérias na 
colônia, passadas 12 horas havia 600 bactérias. 
Quantas bactérias haverá na colônia após 36 horas 
da última contagem? 
No instante inicial havia 200 bactérias, então 
No=200, após 12 horas havia 600 bactérias, então 
N(12)=600=200 e
r12
 
logo 
e
12r
=600/200=3 
assim 
ln(e
12r
)=ln(3) 
Como Ln e exp são funções inversas uma da outra, 
segue que 12r=ln(3), assim: 
r=ln(3)/12=0,0915510 
Finalmente: 
N(48) = 200 e
48.(0,0915510)
 = 16200 bactérias 
Então, após 36 horas da útima contagem ou seja, 
48 horas do início da contagem, haverá 16200 
bactérias. 
Desintegração radioativa: Os fundamentos do 
estudo da radioatividade ocorrerram no início do 
século por Rutherford e outros. Alguns átomos são 
naturalmente instáveis, de tal modo que após algum 
tempo, sem qualquer influência externa sofrem 
transições para um átomo de um novo elemento 
químico e durante esta transição eles emitem 
radiações. Rutherford formulou um modelo para 
descrever o modo no qual a radioatividade decai. 
Se N=N(t) representa o número de átomos da 
substância radioativa no instante t, No o número de 
átomos no instante t=0 e k é uma constante positiva 
chamada de constante de decaimento, então: 
N(t) = No e
-k.t
 
esta constante de decaimento k, tem valores 
diferentes para substâncias diferentes, constantes 
que são obtidas experimentalmente. 
Na prática usamos uma outra constante T, 
denominada meia-vida do elemento químico, que é 
o tempo necessário para que a quantidade de 
átomos da substância decaia pela metade. 
Se N=No/2 para t=T, temos 
No/2 = No e
-k.T
 
assim 
T=Ln(2)/k 
Na tabela, apresentamos indicadores de meia-vida 
de alguns elementos químicos: 
Substância Meia-vida T 
Xenônio 133 5 dias 
Bário 140 13 dias 
Chumbo 210 22 anos 
Estrôncio 90 25 anos 
Carbono 14 5.568 anos 
Plutônio 23.103 anos 
Urânio 238 4.500.000.000 anos 
Para o Carbono 14, a constante de decaimento é: 
k = Ln(2)/T = Ln(2)/5568 = 12,3386 por ano 
 
 
 
FUNÇÃO LOGARÍTMICA 
O conceito de função logarítmica está implícito na 
definição de Napier e em toda a sua obra sobre 
logaritmos. 
Chama-se função logarítmica de base a à 
correspondência 
g: lR
+
 lR 
x loga x , com a > 0, a ≠ 1. 
Principais Características 
Função logarítmica 
0 < a < 1 
Função logarítmica 
a > 1 
g: lR
+
 lR 
x loga x 
 
● Domínio = lR
+
 
● Contradomínio = lR 
●
 
g é injectiva 
g: lR
+
 lR 
x loga x 
 
● Domínio = lR
+
 
● Contradomínio = lR 
●
 
g é injectiva 
http://www.educ.fc.ul.pt/icm/icm2002/icm103/logaritmos.htmMATEMÁTICA 
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●
 
g(x) = 0 <=> x = 1 
● g é continua e 
diferenciável em lR
+
 
●
 
A função é estritamente 
decrescente. 
●
 
limx→0
+
 loga x = + ∞ 
●
 
limx→+∞ loga x = - ∞ 
●
 
x = 0 é assimptota 
vertical 
●
 
g(x) = 0 <=> x = 1 
● g é continua e 
diferenciável em lR
+
 
●
 
A função é estritamente 
crescente. 
●
 
limx→0
+
 loga x = - ∞ 
●
 
limx→+∞ loga x = + ∞ 
●
 
x = 0 é assimptota 
vertical 
Deste tipo de funções as mais importantes são as 
de base e. 
 
Exemplos de aplicações da Função Logarítmica 
Exemplo 1: Cultura de Bacilos 
O número de bacilos existentes numa determinada 
cultura, no instante t, é dado por 
N = N0 . 2 
(t/k)
 
em que N0 e k são constantes. As variáveis t e N 
estão expressas em horas e milhões de unidades, 
respectivamente. 
a) Interpreta o significado das constantes N0 e k. 
b) Qual a função que exprime, o número de horas 
que esta função leva a passar de N0 para N, em 
função de N? 
 
Resolução: 
a) No instante t = 0 vem N = N0.2
0
 logo N = N0. 
Portanto, N0 é o número de bacilos existentes no 
início da contagem do tempo. 
Fazendo t = k vem N = N0.2 . Isto significa que k é o 
número de horas que decorrem até duplicar o 
número de bacilos. 
b) N / N0 = 2
(t/k)
 <=> t / k = log2 (N / N0) <=> t = k 
log2 (N / N0) 
Vemos que a expressão de t, em função de N, 
envolve um logaritmo da variável independente, 
logo é uma função logarítmica. 
Exemplo 2: Sismos 
Segundo Richter (Sismologia Elementar, 1958) a 
magnitude M dum tremor de terra, que ocorra a 100 
km de certo sismógrafo, é dada por 
M = log10 A +3 
onde A é a amplitude máxima em mm, do registo 
feito pelo aparelho. 
a) Qual é o significado da constante 3? 
b) Certo tremor de terra de magnitude M1 produz 
um registo de amplitude A1. Exprime, em função de 
M1, a magnitude M doutro sismo cujo registo tem de 
amplitude 100A1, nas mesmas condições. 
 
Resolução: 
a) Para A = 1, vem M = 3. Isto significa que o tremor 
de terra tem magnitude 3, se provoca um registo de 
amplitude máxima 1 mm, nas condições indicadas. 
b) Para uma amplitude 100A1 vem: 
M = log10 (100A1) + 3 = log10 100 + log10 A1 +3 
= 2 + (log10 A1 +3). 
Portanto M = 2 + M1. 
Assim temos uma função logarítmica. 
 
Derivada da função logarítmica 
● Derivada de f(x) = log x 
Calculando a derivada de f(x) = log x, pela definição 
de derivada de uma função, 
f(x) = limh→0 (f(x+h) - f(x)) / h , 
num ponto a Є lR
+
 , temos que f`(a) = 1/a. Como a é 
um ponto qualquer do domínio, temos que: 
(log(x))` = 1/x ⍱ x Є lR
+ 
(base e) 
Recorrendo à regra da derivação da função 
composta e sendo u = f(x), vem que: 
(log u)` = u`/ x (base e) 
em todo o ponto onde u seja positiva e derivável. 
● Derivada de f(x) = loga x 
Tomando agora para base, qualquer outro número 
positivo (diferente de 1 e de e) temos: 
(loga x)`= 1 / xln a 
e, sendo u função de x: 
(loga u)`= u`/ uln a. 
 
LOGARITMO 
Na matemática, o logaritmo (do grego: 
logos= razão e arithmos= número), de base b, maior 
que zero e diferente de 1, é uma função que faz 
corresponder aos objectos x a imagem y tal que 
Usualmente é escrito como logb x = y. Por 
exemplo: portanto Em 
termos simples o logaritmo é o expoente que uma 
dada base deve ter para produzir certa potência e 
o inverso da operação é identificada como 
Antilogaritmo, dessa forma teremos com símbolo 
Antilog 4 = 81 nessa operação matemática de 
base 3. No último exemplo o logaritmo de 81 na base 
3 é 4, pois 4 é o expoente que a base 3 deve usar 
para resultar 81.
1
 
2
 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Matem%C3%A1tica
http://pt.wikipedia.org/wiki/Fun%C3%A7%C3%A3o_(matem%C3%A1tica)
http://pt.wikipedia.org/wiki/Logaritmo#cite_note-COLWEB-1
http://pt.wikipedia.org/wiki/Logaritmo#cite_note-2
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O logaritmo é uma de três funções 
intimamente relacionadas. Com b
n
 = x, b pode ser 
determinado utilizando radicais, n com logaritmos, e 
x com exponenciais. 
Um logaritmo duplo é a inversa da 
exponencial dupla. Um superlogaritmo ou hiper-
logaritmo é a inversa da função superexponencial. 
O superlogaritmo de x cresce ainda mais 
lentamente que o logaritmo duplo para x grande. 
Um logaritmo discreto é uma noção 
relacionada na teoria finita de grupos. Para alguns 
grupos finitos, acredita-se que logaritmo discreto 
seja muito difícil de ser calculado, enquanto 
exponenciais discretas são bem fáceis. Esta 
assimetria tem aplicações em criptografia. 
Condições de Existência 
y = loga x 
a > 0 e a ≠ 1 (base) 
x > 0 (logaritmando) 
Logaritmos e exponenciais: inversas 
 
 
Logaritmos em várias bases: vermelho 
representa a base e, verde a base 10, e lilás a base 
1,7. Inverta a base some com o expoente x e 
multiplique as equações depois de somar as raízes 
das duas equações. Note como logaritmos de todas 
as bases passam pelo ponto (1, 0). 
Para cada base (b em b
n
), existe uma 
função logaritmo e uma função exponencial; elas 
são funções inversas.
3
 Com b
n
 = x: 
 Exponenciais determinam x 
quando dado n; para encontrar x, se 
multiplica b por b (n) vezes. 
 Logaritmos determinam n 
quando dado x; n é o número de vezes que 
x precisa ser dividido por b para se obter 1. 
Depois que seu logaritmo estiver dividido 
some novamente com o coeficiente e 
chegará a um resultado parcialmente 
correto. 
Usando logaritmos 
 
 
Três curvas para três bases diferentes: b = 2 
(curva amarela ), b = e (curva vermelha ) e b = 
0,5 (curva azul ). 
Uma função logb(x) é definida quando x é um 
número real positivo e b é um número real positivo 
diferente de 1. Veja identidades logarítmicas para 
várias leis que definem as funções logarítmicas. 
Logaritmos podem também ser definidos para 
argumentos complexos. Isso é explicado na página 
do logaritmo natural. 
Para inteiros b e x, o número logb(x) é 
irracional (i.e., não é um quociente de dois inteiros) 
se b ou x possui um fator primo que o outro não 
possui (e em particular se eles são co-primos e 
ambos maiores que 1). Em alguns casos este fato 
pode ser provado rapidamente: por exemplo, se log23 
fosse racional, ter-se-ia log= n/m para alguns inteiros 
positivos n e m, implicando que 2
n
. Mas essa última 
identidade é impossível, uma vez que 2
n
 é par e 3
m
 é 
ímpar. 
Bases não especificadasEngenheiros, 
biólogos e outros escrevem apenas "ln(x)" ou 
(ocasionalmente) "loge(x)" quando se trata do 
logaritmo natural de x, e tomam "log(x)" para log10(x) 
ou, no contexto da computação, log2(x). 
 Algumas vezes Log(x) (L 
maiúsculo) é usado significando log10(x), 
pelas pessoas que usam log(x) com l 
minúsculo significando loge(x). 
 A notação Log(x) também é 
usada pelos matemáticos para se referir ao 
ramo principal da função logaritmo natural. 
 Nas linguagens de 
programação mais usadas, incluindo C, C++, 
Pascal, Fortran e BASIC, "log" ou "LOG" 
significa o logaritmo natural. 
A maior parte das razões para se pensar em 
logaritmos na base 10 tornaram-se obsoletas logo 
após 1970 quando calculadoras de mão se tornaram 
populares (para mais sobre esse assunto, veja 
logaritmo comum). Não obstante, uma vez que 
calculadoras são feitas e normalmente usadas por 
engenheiros, as convenções usadas por eles foram 
incorporadas nas calculadoras, agora a maioria dos 
não-matemáticos tomam "log(x)" como o logaritmo na 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Radicia%C3%A7%C3%A3o
http://pt.wikipedia.org/wiki/Fun%C3%A7%C3%A3o_exponencialhttp://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Superexponencial&action=edit&redlink=1
http://pt.wikipedia.org/wiki/Logaritmo_discreto
http://pt.wikipedia.org/wiki/Teoria_de_grupos
http://pt.wikipedia.org/wiki/Grupo_(matem%C3%A1tica)
http://pt.wikipedia.org/wiki/Criptografia
http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Logarithms.png
http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Logarithms.png
http://pt.wikipedia.org/wiki/N%C3%BAmero_de_Euler
http://pt.wikipedia.org/wiki/Fun%C3%A7%C3%A3o_inversa
http://pt.wikipedia.org/wiki/Logaritmo#cite_note-PROJLIC-3
http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Log-graph.png
http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Log-graph.png
http://pt.wikipedia.org/wiki/N%C3%BAmero_real
http://pt.wikipedia.org/wiki/Identidades_logar%C3%ADtmicas
http://pt.wikipedia.org/wiki/N%C3%BAmeros_complexos
http://pt.wikipedia.org/wiki/Logaritmo_natural
http://pt.wikipedia.org/wiki/Inteiro
http://pt.wikipedia.org/wiki/N%C3%BAmero_irracional
http://pt.wikipedia.org/wiki/Fator_primo
http://pt.wikipedia.org/wiki/Co-primo
http://pt.wikipedia.org/wiki/Computa%C3%A7%C3%A3o
http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Logaritmo_bin%C3%A1rio&action=edit&redlink=1
http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Ramo_principal&action=edit&redlink=1
http://pt.wikipedia.org/wiki/Linguagens_de_programa%C3%A7%C3%A3o
http://pt.wikipedia.org/wiki/Linguagens_de_programa%C3%A7%C3%A3o
http://pt.wikipedia.org/wiki/Linguagem_de_programa%C3%A7%C3%A3o_C
http://pt.wikipedia.org/wiki/C%2B%2B
http://pt.wikipedia.org/wiki/Pascal_(linguagem_de_programa%C3%A7%C3%A3o)
http://pt.wikipedia.org/wiki/Fortran
http://pt.wikipedia.org/wiki/BASIC
http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Logaritmo_comum&action=edit&redlink=1
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base 10 de x e usam "ln(x)" para se referir ao 
logaritmo natural de x. A notação "ln" foi introduzida 
em 1893 por Irving Stringham, professor de 
matemática da Universidade de Berkeley. Até 2005, 
alguns matemáticos adotaram a notação "ln", mas a 
maioria usa "log". Em Ciência da Computação o 
logaritmo na base 2 é escrito como lg(x) para evitar 
confusão. Este uso foi sugerido por Edward 
Reingold e popularizado por Donald Knuth. 
Quando "log" é escrito sem uma base (b 
faltando em logb), o significado pode normalmente 
ser determinado através do contexto: 
 logaritmo natural (loge) em 
Análise; 
 logaritmo binário (log2) com 
intervalos musicais e em assuntos que 
lidam com bits; 
 logaritmo comum (log10) 
quando tabelas de logaritmos são usadas 
para simplificar cálculos manuais; 
 logaritmo indefinido quando 
a base é irrelevante. 
Usos dos logaritmos 
Logaritmos são úteis para se resolver 
equações cujos expoentes são desconhecidos. Eles 
possuem derivadas simples, por isso eles são 
comumente usados como soluções de integrais. 
Além disso, várias quantidades na ciência são 
expressas como logaritmos de outras quantidades; 
veja escala logarítmica para uma explicação e uma 
lista. 
Funções exponenciais 
Algumas vezes (especialmente em análise) 
é necessário calcular exponenciais arbitrárias 
usando-se apenas a exponencial 
natural 
 
 
Propriedades Algébricas 
Logaritmos trocam números por expoentes. 
Mantendo-se a mesma base, é possível tornar 
algumas poucas operações mais fáceis: 
Ope
ração com 
números 
Op
eração 
com 
expoentes 
Identidade 
logarítmica 
Ope
ração com 
Op
eração 
Identidade 
logarítmica 
números com 
expoentes 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Demonstração 
Sendo e 
 
 
 
 
 
Provando assim que 
 
Antes da calculadora eletrônica, isto fazia 
com que operações difíceis de dois números fossem 
muito mais fáceis. Simplesmente se achavam os 
logaritmos dos dois números (multiplique e divida) ou 
o primeiro número (potência ou raiz, onde um número 
já é um expoente) em uma tabela de logaritmos 
comuns, realizava-se uma operação mais simples 
neles, e se encontrava o resultado numa tabela. 
Réguas de cálculo realizavam as mesmas operações 
usando logaritmos, mas mais rapidamente e com 
menor precisão do que usando tabelas. Outras 
ferramentas para realizar multiplicações antes da 
invenção da calculadora incluem ossos de Napier e 
calculadoras mecânicas. 
Na álgebra abstrata, esta propriedade das 
funções logarítmicas pode ser resumida observando-
se que qualquer uma delas com uma base fixa é um 
isomorfismo do grupo de números reais estritamente 
positivos sobre a multiplicação para o grupo de todos 
os números reais sobre a adição. 
Mudança de base 
Apesar de existirem identidades muito úteis, 
a mais importante para o uso na calculadora é a que 
permite encontrar logaritmos com bases que não as 
que foram programadas na calculadora (normalmente 
loge e log10). Para encontrar um logaritmo com uma 
base b usando qualquer outra base a: 
 
Demonstração 
http://pt.wikipedia.org/wiki/University_of_California,_Berkeley
http://pt.wikipedia.org/wiki/2005
http://pt.wikipedia.org/wiki/Donald_Knuth
http://pt.wikipedia.org/wiki/Logaritmo_natural
http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=E_(mathematical_constant)&action=edit&redlink=1
http://pt.wikipedia.org/wiki/An%C3%A1lise_matem%C3%A1tica
http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Logaritmo_bin%C3%A1rio&action=edit&redlink=1
http://pt.wikipedia.org/wiki/Intervalo_(m%C3%BAsica)
http://pt.wikipedia.org/wiki/Bit
http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Logaritmo_comum&action=edit&redlink=1
http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Logaritmo_indefinido&action=edit&redlink=1
http://pt.wikipedia.org/wiki/Derivada
http://pt.wikipedia.org/wiki/Integral
http://pt.wikipedia.org/wiki/Escala_logar%C3%ADtmica
http://pt.wikipedia.org/wiki/Fun%C3%A7%C3%A3o_exponencial
http://pt.wikipedia.org/wiki/Fun%C3%A7%C3%A3o_exponencial
http://pt.wikipedia.org/wiki/Calculadora
http://pt.wikipedia.org/wiki/R%C3%A9gua_de_c%C3%A1lculo
http://pt.wikipedia.org/wiki/Ossos_de_Napier
http://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%81lgebra_abstrata
http://pt.wikipedia.org/wiki/Grupo_(matem%C3%A1tica)
http://pt.wikipedia.org/wiki/N%C3%BAmeros_reais
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tendo que 
 
aplicando um logaritmo de base k obtém-se 
 
Tudo isso implica que todas as funções 
logaritmo (qualquer que seja sua base) são 
similares umas às outras. 
Cálculo 
Para calcular a derivada de uma função 
logarítmica a seguinte fórmula é usada : 
onde ln é 
o logaritmo natural, i.e. com a base e. Fazendo b = 
e: 
 
A seguinte fórmula é para obter a integral 
da função logaritmo 
 
Operações relacionadas 
O cologaritmo de um número é o logaritmo 
do recíproco deste, sendo cologb(x) = logb(1/x) 
= −logb(x). 
O antilogaritmo é usado para mostrar o 
inverso de um logaritmo. Ele é escrito da seguinte 
maneira: antilogb(n) e significa o mesmo que b
n
.
4
 
História 
Joost Bürgi, um relojoeiro suíço a serviço 
do Duque de Hesse-Kassel, foi o primeiro a formar 
uma concepção sobre logaritmos. O método dos 
logaritmos naturais foi proposto pela primeira vez 
em 1614, em um livro intitulado Mirifici 
Logarithmorum Canonis Descriptio escrito por John 
Napier, Barão de Merchiston na Escócia, quatro 
anos após a publicação de sua memorável 
invenção.
5
 Este método contribuiu para o avanço da 
ciência, e especialmente a astronomia, fazendo 
com que cálculos muito difíceis se tornassem 
possíveis. Anterior à invenção de calculadoras e 
computadores, era uma ferramenta constantemente 
usada em observações, navegação e outros ramos 
da matemática prática. Além de sua imensa 
utilidade na realizaçãode cálculos práticos, os 
logaritmos também têm um papel muito importante 
em matemática teórica. De início, Napier chamou 
os logaritmos de "números artificiais" e os 
antilogaritmos de "números naturais". Mais tarde, 
Napier formou a palavra logaritmo, para significar 
um número que indica uma razão: λoγoς (logos) que 
significa razão, e αριθμoς (arithmos) significando 
número. Napier escolheu dessa forma porque a 
diferença entre dois logaritmos determina a razão 
entre os números dos quais eles são tomados, de 
forma que uma série aritmética de logaritmos 
corresponde a uma série geométrica de números. O 
termo antilogaritmo foi introduzido no final do século 
XVII e, apesar de nunca ter sido usado muito na 
matemática, persistiu em coleções de tabelas até não 
ser mais usado. Napier não usou uma base como a 
concebemos hoje, mas seus logaritmos eram na 
base Para facilitar interpolações e cálculos, é útil 
fazer a razão na série geométrica próximo de 1. 
Napier escolheu 
e Bürgi escolheu 
Os logaritmos 
originais de Napier não tinham log 1=0, ao invés 
disso tinham log = 0. Desse modo se é um 
número e é seu logaritmo tal qual calculado por 
Napier, Uma vez que 
é aproximadamente é 
aproximadamente 
Tabelas de logaritmos 
Antes do advento do computador e da 
calculadora, usar logaritmos significava usar tabelas 
de logaritmos, que tinham de ser criadas 
manualmente. Logaritmos de base-10 são úteis em 
cálculos quando meios eletrônicos não são 
disponíveis. Veja logaritmo comum para detalhes, 
incluindo o uso de características e mantissas de 
logaritmos comuns (i.e., base-10). Em 1617, Briggs 
publicou a primeira versão de sua própria lista de 
logaritmos comuns, contendo os logaritmos com oito 
dígitos de todos os inteiros inferiores a 1.000. Em 
1624 ele publicou ainda outra, "Aritmética 
Logarítmica", contendo os logaritmos de todos os 
inteiros de 1 a 20.000 e de 90.000 a 100.000, juntos 
com uma introdução que explicava a história, a teoria 
e o uso dos logaritmos. O intervalo de 20.000 a 
90.000 foi preenchido por Adrian Vlacq; mas em sua 
tabela, que apareceu em 1628, os logaritmos eram 
de somente 10 dígitos. Foram descobertos mais 
tarde 603 erros na tabela de Vlacq, mas "isso não 
pode ser considerado uma grande quantidade, 
quando se é considerado que a tabela foi um 
resultado de um cálculo original, e que é possível 
haver erros quando mais de 2.100.000 números são 
utilizados." (Athenaeum, 15 de Junho de 1872. Veja 
também as "Notícias Mensais da Sociedade Real de 
Astronomia" de Maio, 1872.) Uma edição do trabalho 
de Vlacq, contendo diversas correções, foi publicado 
em Leipzig, 1794, titulado de "Thesaurus 
Logarithmorum Completus" por Jurij Vegal. A tabela 
de 7 dígitos de Callet (Paris, 1795), ao invés de parar 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Similar
http://pt.wikipedia.org/wiki/Derivada
http://pt.wikipedia.org/wiki/Integral
http://pt.wikipedia.org/wiki/Logaritmo#cite_note-UOLEDU-4
http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Joost_B%C3%BCrgi&action=edit&redlink=1
http://pt.wikipedia.org/wiki/1614
http://pt.wikipedia.org/wiki/John_Napier
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http://pt.wikipedia.org/wiki/Calculadora
http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Logaritmo_comum&action=edit&redlink=1
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http://pt.wikipedia.org/wiki/1628
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http://pt.wikipedia.org/wiki/Paris
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em 100.000, dava os logaritmos de oito dígitos dos 
números entre 100.000 e 108.000, visando diminuir 
os erros de interpolação, que eram grandes no 
início da tabela; e essa adição era geralmente 
incluída em tabelas de 7 dígitos. A única extensão 
publicada importante da tabela de Vlacq foi feita por 
Mr. Sang, em 1871, cuja tabela tinha os logaritmos 
de 7 casas de todos os números abaixo de 
200.000. Briggs e Vlacq também publicaram tabelas 
originais de logaritmos de funções trigonométricas. 
Além das tabelas mencionadas acima, uma grande 
coleção, chamada Tables du Cadastre, foi feita sob 
a direção de Prony, por um cálculo original, sob a 
ajuda do governo republicano francês. Esse 
trabalho, que continha os logaritmos de 9 dígitos de 
todos os números até o 100.000, e de 24 dígitos 
dos números entre 100.000 e 200.000, existe 
apenas no manuscrito in seventeen enormous 
folios, no observatório de Paris. Esse trabalho foi 
iniciado em 1792, e para garantir uma grande 
precisão de todos os cálculos, o trabalho foi 
realizado de duas formas diferentes, e ambos os 
manuscritos foram subsequentemente e 
cuidadosamente unidos, tendo todo o trabalho sido 
realizado em um período de dois anos (English 
Cyclopaedia, Biography, Vol. IV., artigo "Prony"). 
Interpolação cúbica poderia ser utilizada para 
encontrar o valor dos logaritmos, com uma precisão 
similar. Para os estudantes de hoje, que contam 
com a ajuda de calculadoras, o trabalho a respeito 
das tabelas acima mencionada, é pequeno para o 
avanço dos logaritmos. 
Logaritmo 
Para calcular logb(x) se b e x são números 
racionais e x ≥ b > 1: 
Se n0 é o maior número natural tal que b
n
0 ≤ 
x ou, alternativamente, 
 
então 
 
Este algoritmo recursivamente produz a 
fração contínua 
 
Para usar um número irracional como 
entrada, basta aplicar o algoritmo a sucessivas 
aproximações racionais. O limite da Sucessão 
matemática resultante deve convergir para o 
resultado correto. 
 
Prova do algoritmo 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
identidade 
manipulação algébrica 
identidade logarítmica 
identidade logarítmica 
troca de base 
Trivia 
Notação alternativa 
Algumas pessoas usam a notação 
b
log(x) em 
vez de logb(x). 
Relações entre logaritmos comum, natural 
e binário 
Em particular, temos os seguintes resultados: 
log2(e) ≈ 1,44269504 
log2(10) ≈ 3,32192809 
loge(10) ≈ 2,30258509 
loge(2) ≈ 0,693147181 
log10(2) ≈ 0,301029996 
log10(e) ≈ 0,434294482 
Um relação curiosa é a aproximação log2(x) ≈ 
log10(x) + ln(x), com precisão de 99,4%, ou 2 dígitos 
significativos. Isso porque 
1
/ln(2) − 
1
/ln(10) ≈ 1 (na 
verdade vale 1,0084...). 
Outra relação interessante é a aproximação 
log10(2) ≈ 0,3 (na verdade vale 0,301029995). Com 
isso, com um erro de apenas de 2,4%, 2
10
 ≈ 10³,ou 
seja, 1024 é aproximadamente 1000. 
 
 
 
 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Interpola%C3%A7%C3%A3o
http://pt.wikipedia.org/wiki/1871
http://pt.wikipedia.org/wiki/Fun%C3%A7%C3%B5es_trigonom%C3%A9tricas
http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Prony&action=edit&redlink=1
http://pt.wikipedia.org/wiki/Fran%C3%A7a
http://pt.wikipedia.org/wiki/1792
http://pt.wikipedia.org/wiki/N%C3%BAmeros_racionais
http://pt.wikipedia.org/wiki/N%C3%BAmeros_racionais
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http://pt.wikipedia.org/wiki/Algoritmo
http://pt.wikipedia.org/wiki/Recurs%C3%A3o
http://pt.wikipedia.org/wiki/Fra%C3%A7%C3%A3o_cont%C3%ADnua
http://pt.wikipedia.org/wiki/N%C3%BAmero_irracional
http://pt.wikipedia.org/wiki/Sequ%C3%AAncia_(matem%C3%A1tica)http://pt.wikipedia.org/wiki/Sequ%C3%AAncia_(matem%C3%A1tica)
http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Identidade_logar%C3%ADtmica&action=edit&redlink=1
http://pt.wikipedia.org/wiki/Aproxima%C3%A7%C3%A3o
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Grandezas diretamente proporcionais 
 Um forno tem sua produção de ferro 
fundido de acordo com a tabela abaixo: 
Tempo 
(minutos) 
Produção 
(Kg) 
5 100 
10 200 
15 300 
20 400 
Observe que uma grandeza varia de acordo 
com a outra. Essas grandezas são variáveis 
dependentes. Observe que: 
Quando duplicamos o tempo, a produção 
também duplica. 
5 min ----> 100Kg 
10 min ----> 200Kg 
Quando triplicamos o tempo, a produção 
também triplica. 
5 min ----> 100Kg 
15 min ----> 300Kg 
Assim: 
Duas grandezas variáveis 
dependentes são diretamente 
proporcionais quando a razão entre os 
valores da 1ª grandeza é igual a razão entre 
os valores correspondentes da 2ª 
Verifique na tabela que a razão entre dois 
valores de uma grandeza é igual a razão entre os 
dois valores correspondentes da outra grandeza. 
 
 
 
PROPRIEDADES DA PROPORÇÃO 
O estudo da proporção é divido em duas 
propriedades: Propriedade fundamental das 
proporções e propriedade da soma dos termos em 
uma proporção. 
Propriedade fundamental da proporção 
Quando fazemos a proporção de duas razões 
iremos ter os termos dos meios e dos extremos. 
5 = 10 ou 5 : 8 = 10 : 16 
8 16 
Os números 5, 8, 10 e 16 são os termos 
dessa proporção sendo que 5 e 16 são os termos dos 
extremos e 8 e 10 são os termos dos meios. 
 
 
Essa propriedade diz: 
O produto dos meios é igual ao produto 
dos extremos 
Portanto, se pegarmos a proporção acima e 
aplicarmos essa propriedade iremos obter o seguinte 
resultado: 
 
Produto dos termos dos meios: 8 x 10 = 80 
Produto dos termos dos extremos: 5 x 16 = 80 
 
Assim, verificamos que a propriedade é verdadeira. 
 
Propriedades da soma dos termos em uma 
proporção 
 
Uma proporção é composta por duas razões, ou seja, 
por quatro termos, pois cada razão possui 2 termos, 
veja: 
 
 
 
Essa propriedade diz: 
Se somar os dois termos da primeira 
razão e dividir pelo primeiro ou pelo segundo 
termo irá obter uma razão igual à soma dos dois 
termos da segunda razão dividida pelo terceiro ou 
quarto termo. 
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Veja o exemplo abaixo: 
Dada a seguinte proporção: 
 
 
 
Formando duas outras proporções iguais 
entre si. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
REGRA DE TRÊS SIMPLES E COMPOSTA 
 
Elementos históricos sobre a Regra de 
três 
Embora os gregos e os romanos 
conhecessem as proporções, não chegaram a aplicá-
las na resolução de problemas. Na Idade Média, os 
árabes revelaram ao mundo a "Regra de Três". No 
século XIII, o italiano Leonardo de Pisa difundiu os 
princípios dessa regra em seu Liber Abaci (o livro do 
ábaco), com o nome de Regra dos três números 
conhecidos. 
 
 
REGRA DE TRÊS SIMPLES DIRETA 
Uma regra de três simples direta é uma 
forma de relacionar grandezas diretamente 
proporcionais. 
Para resolver problemas, tomaremos duas 
grandezas diretamente proporcionais X e Y e outras 
duas grandezas W e Z também diretamente 
proporcionais, de forma que tenham a mesma 
constante de proporcionalidade K. 
X 
 
Y 
= K e 
W 
 
Z 
= K 
assim 
X 
 
Y 
= 
W 
 
Z 
Exemplo: Na extremidade de uma mola 
(teórica!) colocada verticalmente, foi pendurado um 
corpo com a massa de 10Kg e verificamos que 
ocorreu um deslocamento no comprimento da mola 
de 54cm. Se colocarmos um corpo com 15Kg de 
massa na extremidade dessa mola, qual será o 
deslocamento no comprimento da mola? 
(Kg=quilograma e cm=centímetro). 
Representaremos pela letra X a medida 
procurada. De acordo com os dados do problema, 
temos: 
Massa do 
corpo (Kg) 
Deslocamento da 
mola (cm) 
10 54 
15 X 
As grandezas envolvidas: massa e 
deslocamento, são diretamente proporcionais. 
Conhecidos três dos valores no problema, podemos 
obter o quarto valor X, e, pelos dados da tabela, 
podemos montar a proporção: 
 
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10 
 
15 
= 
54 
 
X 
Observamos que os números 10 e 15 
aparecem na mesma ordem que apareceram na 
tabela e os números 54 e X também aparecem na 
mesma ordem direta que apareceram na tabela 
anterior e desse modo 10·X=15·54, logo 10X=810, 
assim X=81 e o deslocamento da mola será de 
81cm. 
 
 
Regra de três simples inversa 
Uma regra de três simples inversa é uma 
forma de relacionar grandezas inversamente 
proporcionais para obter uma proporção. 
Na resolução de problemas, consideremos 
duas grandezas inversamente proporcionais A e B 
e outras duas grandezas também inversamente 
proporcionais C e D de forma que tenham a mesma 
constante de proporcionalidade K. 
A · B = K e C · D = K 
segue que 
A · B = C · D 
logo 
A 
 
C 
= 
D
 
 
B 
Exemplo: Ao participar de um treino de 
Fórmula 1, um corredor imprimindo a velocidade 
média de 180 Km/h fez um certo percurso em 20s. 
Se a sua velocidade média fosse de 200 Km/h, qual 
seria o tempo gasto no mesmo percurso? 
(Km/h=quilômetro por hora, s=segundo). 
Representaremos o tempo procurado pela letra T. 
De acordo com os dados do problema, temos: 
Velocidade (Km/h) Tempo (s) 
180 20 
200 T 
Relacionamos grandezas inversamente 
proporcionais: velocidade e tempo em um mesmo 
espaço percorrido. Conhecidos três valores, 
podemos obter um quarto valor T. 
180 
 
200 
= 
T 
 
20 
Os números 180 e 200 aparecem na 
mesma ordem que apareceram na tabela, enquanto 
que os números 20 e T aparecem na ordem inversa 
da ordem que apareceram na tabela acima. 
Assim 180.20=200.X, donde segue que 
200X=3600 e assim X=3600/200=18. Se a 
velocidade do corredor for de 200 Km/h ele gastará 
18s para realizar o mesmo percurso. 
 
 
REGRA DE TRÊS COMPOSTA 
Regra de três composta é um processo de 
relacionamento de grandezas diretamente 
proporcionais, inversamente proporcionais ou uma 
mistura dessas situações. 
O método funcional para resolver um 
problema dessa ordem é montar uma tabela com 
duas linhas, sendo que a primeira linha indica as 
grandezas relativas à primeira situação enquanto que 
a segunda linha indica os valores conhecidos da 
segunda situação. 
Se A1, B1, C1, D1, E1, ... são os valores 
associados às grandezas para uma primeira situação 
e A2, B2, C2, D2, E2, ... são os valores associados 
às grandezas para uma segunda situação, montamos 
a tabela abaixo lembrando que estamos interessados 
em obter o valor numérico para uma das grandezas, 
digamos Z2 se conhecemos o correspondente valor 
numérico Z1 e todas as medidas das outras 
grandezas. 
Situação 
Grandeza 
1 
Grandeza 
2 
Grandeza 
3 
Grandeza 
4 
Grandeza 
5 
Grand... 
Grandeza 
? 
Situação 1 A1 B1 C1 D1 E1 … Z1 
Situação 2 A2 B2 C2 D2 E2 … Z2 
Quando todas as grandezas são diretamente 
proporcionais à grandeza Z, resolvemos a proporção: 
Z1 
 
Z2 
= 
A1 · B1 · C1 · D1 · E1 · F1 … 
 
A2 · B2 · C2 · D2 · E2 · F2 … 
Quando todas as grandezas são diretamente 
proporcionais à grandeza Z, exceto a segunda 
grandeza (com a letra B,por exemplo) que é 
inversamente proporcional à grandeza Z, resolvemos 
a proporção com B1 trocada de posição com B2: 
Z1 
 
Z2 
= 
A1 · B2 · C1 · D1 · E1 · F1 
… 
 
A2 · B1 · C2 · D2 · E2 · F2 
… 
As grandezas que forem diretamente 
proporcionais à grandeza Z são indicadas na mesma 
ordem (direta) que aparecem na tabela enquanto que 
as grandezas que forem inversamente proporcionais 
à grandeza Z aparecerão na ordem inversa daquela 
que apareceram na tabela. 
Por exemplo, se temos cinco grandezas 
envolvidas: A, B, C, D e Z, sendo a primeira A e a 
terceira C diretamente proporcionais à grandeza Z e 
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as outras duas B e D inversamente proporcionais à 
grandeza Z, deveremos resolver a proporção: 
Z1 
 
Z2 
= 
A1 · B2 · C1 ·D2 
 
A2 · B1 · C2 ·D1 
Observação: O problema difícil é analisar 
de um ponto de vista lógico quais grandezas são 
diretamente proporcionais ou inversamente 
proporcionais. Como é muito difícil realizar esta 
análise de um ponto de vista geral, apresentaremos 
alguns exemplos para entender o funcionamento da 
situação. 
Exemplos: 
1. Funcionando durante 6 dias, 5 
máquinas produziram 400 peças de uma 
mercadoria. Quantas peças dessa mesma 
mercadoria serão produzidas por 7 máquinas iguais 
às primeiras, se essas máquinas funcionarem 
durante 9 dias? 
Vamos representar o número de peças pela 
letra X. De acordo com os dados do problema, 
vamos organizar a tabela: 
No. de 
máquinas (A) 
No. de 
dias (B) 
No. de 
peças (C) 
5 6 400 
7 9 X 
A grandeza Número de peças (C) servirá de 
referência para as outras grandezas. Analisaremos 
se as grandezas Número de máquinas (A) e 
Número de dias (B) são diretamente proporcionais 
ou inversamente proporcionais à grandeza C que 
representa o Número de peças. Tal análise deve 
ser feita de uma forma independente para cada par 
de grandezas. 
Vamos considerar as grandezas Número de 
peças e Número de máquinas. Devemos fazer uso 
de lógica para constatar que se tivermos mais 
máquinas operando produziremos mais peças e se 
tivermos menos máquinas operando produziremos 
menos peças. Assim temos que estas duas 
grandezas são diretamente proporcionais. 
Vamos agora considerar as grandezas 
Número de peças e Número de dias. Novamente 
devemos usar a lógica para constatar que se 
tivermos maior número de dias produziremos maior 
número de peças e se tivermos menor número de 
dias produziremos menor número de peças. Assim 
temos que estas duas grandezas também são 
diretamente proporcionais. 
Concluímos que todas as grandezas 
envolvidas são diretamente proporcionais, logo, 
basta resolver a proporção: 
 
400 
 
x 
= 
5×6 
 
7×9 
que pode ser posta na forma 
400 
 
x 
= 
30 
 
63 
Resolvendo a proporção, obtemos X=840, 
assim, se as 7 máquinas funcionarem durante 9 dias 
serão produzidas 840 peças. 
2. Um motociclista, rodando 4h por dia, 
percorre em média 200 Km em 2 dias. Em quantos 
dias esse motociclista irá percorrer 500 Km, se rodar 
5 h por dia? (h=hora, Km=quilômetro). 
Vamos representar o número de dias 
procurado pela letra X. De acordo com os dados do 
problema, vamos organizar a tabela: 
Quilômetros (A) Horas por dia (B) No. de dias (C) 
200 4 2 
500 5 X 
A grandeza Número de dias (C) é a que 
servirá como referência para as outras grandezas. 
Analisaremos se as grandezas Quilômetros (A) e 
Horas por dia (B) são diretamente proporcionais ou 
inversamente proporcionais à grandeza C que 
representa o Número de dias. Tal análise deve ser 
feita de uma forma independente para cada par de 
grandezas. 
Consideremos as grandezas Número de dias 
e Quilômetros. Usaremos a lógica para constatar que 
se rodarmos maior número de dias, percorreremos 
maior quilometragem e se rodarmos menor número 
de dias percorreremos menor quilometragem. Assim 
temos que estas duas grandezas são diretamente 
proporcionais. 
Na outra análise, vamos agora considerar as 
grandezas Número de dias e Horas por dia. Verificar 
que para realizar o mesmo percurso, se tivermos 
maior número de dias utilizaremos menor número de 
horas por dia e se tivermos menor número de dias 
necessitaremos maior número de horas para p 
mesmo percurso. Logo, estas duas grandezas são 
inversamente proporcionais e desse modo: 
2 
 
X 
= 
200×
5 
 
500×
4 
que pode ser posta como 
2 
 
X 
= 
1000 
 
2000 
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Resolvendo esta proporção, obtemos X=4, 
significando que para percorrer 500 Km, rodando 5 
h por dia, o motociclista levará 4 dias. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
NOÇÕES DE PROBABILIDADE 
A história da teoria das probabilidades, teve 
início com os jogos de cartas, dados e de roleta. 
Esse é o motivo da grande existência de exemplos 
de jogos de azar no estudo da probabilidade. A teoria 
da probabilidade permite que se calcule a chance de 
ocorrência de um número em um experimento 
aleatório. 
Experimento Aleatório 
É aquele experimento que quando repetido 
em iguais condições, podem fornecer resultados 
diferentes, ou seja, são resultados explicados ao 
acaso. Quando se fala de tempo e possibilidades de 
ganho na loteria, a abordagem envolve cálculo de 
experimento aleatório. 
Espaço Amostral 
É o conjunto de todos os resultados possíveis 
de um experimento aleatório. A letra que representa 
o espaço amostral, é S. 
Exemplo: 
Lançando uma moeda e um dado, 
simultaneamente, sendo S o espaço amostral, 
constituído pelos 12 elementos: 
S = {K1, K2, K3, K4, K5, K6, R1, R2, R3, R4, 
R5, R6} 
 
1. Escreva explicitamente os seguintes 
eventos: A={caras e m número par aparece}, B={um 
número primo aparece}, C={coroas e um número 
ímpar aparecem}. 
 
2. Idem, o evento em que: 
a) A ou B ocorrem; 
b) B e C ocorrem; 
c) Somente B ocorre. 
 
3. Quais dos eventos A,B e C são 
mutuamente exclusivos 
Resolução: 
1. Para obter A, escolhemos os 
elementos de S constituídos de um K e um número 
par: A={K2, K4, K6}; 
Para obter B, escolhemos os pontos de S 
constituídos de números primos: 
B={K2,K3,K5,R2,R3,R5} 
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Para obter C, escolhemos os pontos de S 
constituídos de um R e um número ímpar: 
C={R1,R3,R5}. 
 
2. (a) A ou B = AUB = 
{K2,K4,K6,K3,K5,R2,R3,R5} 
(b) B e C = B  C = {R3,R5} 
(c) Escolhemos os elementos de B que não 
estão em A ou C; 
B  A
c 
 C
c 
= {K3,K5,R2} 
 
3. A e C são mutuamente exclusivos, 
porque A  C =  
 
Conceito de probabilidade 
Se em um fenômeno aleatório as 
possibilidades são igualmente prováveis, então a 
probabilidade de ocorrer um evento A é: 
 
Por, exemplo, no lançamento de um dado, 
um número par pode ocorrer de 3 maneiras 
diferentes dentre 6 igualmente prováveis, portanto, 
P = 3/6= 1/2 = 50% 
Dizemos que um espaço amostral S (finito) 
é equiprovável quando seus eventos elementares 
têm probabilidades iguais de ocorrência. 
Num espaço amostral equiprovável S 
(finito), a probabilidade de ocorrência de um evento 
A é sempre: 
 
 
Propriedades Importantes: 
1. Se A e A‟ são eventos complementares, 
então: 
P( A ) + P( A' ) = 1
 
2. A probabilidadede um evento é sempre 
um número entre  (probabilidade de evento 
impossível) e 1 (probabilidade do evento certo). 
 
 
Probabilidade Condicional 
Antes da realização de um experimento, é 
necessário que já tenha alguma informação sobre o 
evento que se deseja observar. Nesse caso, o 
espaço amostral se modifica e o evento tem a sua 
probabilidade de ocorrência alterada. 
Fórmula de Probabilidade Condicional 
P(E1 e E2 e E3 e ...e En-1 e En) é igual a 
P(E1).P(E2/E1).P(E3/E1 e E2)...P(En/E1 e E2 e ...En-1). 
Onde P(E2/E1) é a probabilidade de ocorrer 
E2, condicionada pelo fato de já ter ocorrido E1; 
P(E3/E1 e E2) é a probabilidade ocorrer E3, 
condicionada pelo fato de já terem ocorrido E1 e E2; 
P(Pn/E1 e E2 e ...En-1) é a probabilidade de 
ocorrer En, condicionada ao fato de já ter ocorrido E1 
e E2...En-1. 
Exemplo: 
Uma urna tem 30 bolas, sendo 10 vermelhas 
e 20 azuis. Se ocorrer um sorteio de 2 bolas, uma de 
cada vez e sem reposição, qual será a probabilidade 
de a primeira ser vermelha e a segunda ser azul? 
Resolução: 
Seja o espaço amostral S=30 bolas, e 
considerarmos os seguintes eventos: 
A: vermelha na primeira retirada e P(A) = 
10/30 
B: azul na segunda retirada e P(B) = 20/29 
Assim: 
P(A e B) = P(A).(B/A) = 10/30.20/29 = 20/87 
 
Eventos independentes 
Dizemos que E1 e E2 e ...En-1, En são eventos 
independentes quando a probabilidade de ocorrer um 
deles não depende do fato de os outros terem ou não 
terem ocorrido. 
Fórmula da probabilidade dos eventos 
independentes: 
P(E1 e E2 e E3 e ...e En-1 e En) = 
P(E1).P(E2).p(E3)...P(En) 
Exemplo: 
Uma urna tem 30 bolas, sendo 10 vermelhas 
e 20 azuis. Se sortearmos 2 bolas, 1 de cada vez e 
repondo a sorteada na urna, qual será a 
probabilidade de a primeira ser vermelha e a 
segunda ser azul? 
Resolução: 
Como os eventos são independentes, a 
probabilidade de sair vermelha na primeira retirada e 
azul na segunda retirada é igual ao produto das 
probabilidades de cada condição, ou seja, P(A e B) = 
P(A).P(B). Ora, a probabilidade de sair vermelha na 
primeira retirada é 10/30 e a de sair azul na segunda 
retirada 20/30. Daí, usando a regra do produto, 
temos: 10/30.20/30=2/9. 
Observe que na segunda retirada forma 
consideradas todas as bolas, pois houve reposição. 
Assim, P(B/A) =P(B), porque o fato de sair bola 
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vermelha na primeira retirada não influenciou a 
segunda retirada, já que ela foi reposta na urna. 
 
Probabilidade de ocorrer a união de 
eventos 
Fórmula da probabilidade de ocorrer a 
união de eventos: 
P(E1 ou E2) = P(E1) + P(E2) - P(E1 e E2) 
De fato, se existirem elementos comuns a 
E1 e E2, estes eventos estarão computados no 
cálculo de P(E1) e P(E2). Para que sejam 
considerados uma vez só, subtraímos P(E1 e E2). 
Fórmula de probabilidade de ocorrer a 
união de eventos mutuamente exclusivos: 
P(E1 ou E2 ou E3 ou ... ou En) = P(E1) + 
P(E2) + ... + P(En) 
Exemplo: Se dois dados, azul e branco, 
forem lançados, qual a probabilidade de sair 5 no 
azul e 3 no branco? 
Considerando os eventos: 
A: Tirar 5 no dado azul e P(A) = 1/6 
B: Tirar 3 no dado branco e P(B) = 1/6 
Sendo S o espaço amostral de todos os 
possíveis resultados, temos: 
n(S) = 6.6 = 36 possibilidades. Daí, 
temos:P(A ou B) = 1/6 + 1/6 – 1/36 = 11/36 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PORCENTAGEM 
Praticamente todos os dias, observamos nos 
meios de comunicação, expressões matemáticas 
relacionadas com porcentagem. O termo por cento é 
proveniente do Latim per centum e quer dizer por 
cem. Toda razão da forma a/b na qual o denominador 
b=100, é chamada taxa de porcentagem ou 
simplesmente porcentagem ou ainda percentagem. 
Historicamente, a expressão por cento 
aparece nas principais obras de aritmética de autores 
italianos do século XV. O símbolo %surgiu como uma 
abreviatura da palavra cento utilizada nas operações 
mercantis. 
Para indicar um índice de 10 por cento, 
escrevemos 10% e isto significa que em cada 100 
unidades de algo, tomaremos 10 unidades. 10% de 
80 pode ser obtido como o produto de 10% por 80, 
isto é: 
Produto = 10%.80 = 10/100.80 = 800 / 100 = 8 
Em geral, para indicar um índice de M por 
cento, escrevemos M% e para calcular M% de um 
número N, realizamos o produto: 
Produto = M%.N = M.N / 100 
Exemplos: 
1. Um fichário tem 25 fichas 
numeradas, sendo que 52% dessas fichas estão 
etiquetadas com um número par. Quantas fichas têm 
a etiqueta com número par? Quantas fichas têm a 
etiqueta com número ímpar? 
Par = 52% de 25 = 52%.25 = 52.25 / 100 = 13 
Nesse fichário há 13 fichas etiquetadas com 
número par e 12 fichas com número ímpar. 
2. Num torneio de basquete, uma 
determinada seleção disputou 4 partidas na primeira 
fase e venceu 3. Qual a porcentagem de vitórias 
obtida por essa seleção nessa fase? 
Vamos indicar por X% o número que 
representa essa porcentagem. Esse problema pode 
ser expresso da seguinte forma: 
X% de 4 = 3 
Assim: 
(X/100).4 = 3 
4X/100 = 3 
4X = 300 
X = 75 
Na primeira fase a porcentagem de vitórias 
foi de 75%. 
3. Numa indústria há 255 empregadas. 
Esse número corresponde a 42,5% do total de 
empregados da indústria. Quantas pessoas 
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trabalham nesse local? Quantos homens trabalham 
nessa indústria? 
Vamos indicar por X o número total de 
empregados dessa indústria. Esse problema pode 
ser representado por: 
42,5% de X = 255 
Assim: 
42,5%.X = 255 
42,5 / 100.X = 255 
42,5.X / 100 = 255 
42,5.X = 25500 
425.X = 255000 
X = 255000/425 = 600 
Nessa indústria trabalham 600 pessoas, 
sendo que há 345 homens. 
4. Ao comprar uma mercadoria, obtive 
um desconto de 8% sobre o preço marcado na 
etiqueta. Se paguei R$ 690,00 pela mercadoria, 
qual o preço original dessa mercadoria? 
Seja X o preço original da mercadoria. Se 
obtive 8% de desconto sobre o preço da etiqueta, o 
preço que paguei representa 100%-8%=92% do 
preço original e isto significa que 
92% de X = 690 
logo 
92%.X = 690 
92/100.X = 690 
92.X / 100 = 690 
92.X = 69000 
X = 69000 / 92 = 750 
O preço original da mercadoria era de R$ 
750,00. 
É frequente o uso de expressões que 
refletem acréscimos ou reduções em preços, 
números ou quantidades, sempre tomando por 
base 100 unidades. Alguns exemplos: 
 A gasolina teve um aumento de 
15% 
Significa que em cada R$100 houve um acréscimo 
de R$15,00 
 O cliente recebeu um desconto de 
10% em todas as mercadorias. 
Significa que em cada R$100 foi dado um desconto 
de R$10,00 
 Dos jogadores que jogam no 
Grêmio, 90% são craques. 
Significa que em cada 100 jogadores que jogam no 
Grêmio, 90 são craques. 
Razão centesimal 
Toda a razão que tem para consequente o 
número 100 denomina-se razão centesimal. Alguns 
exemplos: 
 
Podemos representar uma razão centesimal 
de outras formas: 
 
As expressões 7%, 16% e 125% são 
chamadas taxas centesimais ou taxas percentuais. 
Considere o seguinte problema: 
João vendeu 50% dos seus 50 cavalos. 
Quantos cavalos ele vendeu? 
Para solucionar esse problema devemos aplicar a 
taxa percentual (50%) sobre o total de cavalos. 
 
Logo, ele vendeu 25 cavalos, que representa 
a porcentagem procurada. 
Portanto, chegamos a seguinte definição: 
Porcentagem é o valor obtido ao 
aplicarmos uma taxa percentual a um 
determinado valor. 
Exemplos: 
 Calcular 10% de 300. 
 
 Calcular 25% de 200kg. 
 
 
Logo, 50kg é o valorcorrespondente à porcentagem 
procurada. 
EXERCÍCIOS: 
1) Um jogador de futebol, ao longo de um 
campeonato, cobrou 75 faltas, transformando em 
gols 8% dessas faltas. Quantos gols de falta esse 
jogador fez? 
 
Portanto o jogador fez 6 gols de falta. 
2) Se eu comprei uma ação de um clube por 
R$250,00 e a revendi por R$300,00, qual a taxa 
percentual de lucro obtida? 
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Montamos uma equação, onde somando os 
R$250,00 iniciais com a porcentagem que 
aumentou em relação a esses R$250,00, resulte 
nos R$300,00. 
 
Portanto, a taxa percentual de lucro foi de 
20%. 
 
Uma dica importante: o FATOR DE 
MULTIPLICAÇÃO. 
Se, por exemplo, há um acréscimo de 10% 
a um determinado valor, podemos calcular o novo 
valor apenas multiplicando esse valor por 1,10, que 
é o fator de multiplicação. Se o acréscimo for de 
20%, multiplicamos por 1,20, e assim por diante. 
Veja a tabela abaixo: 
Acréscimo 
ou Lucro 
Fator de 
Multiplicação 
10% 1,10 
15% 1,15 
20% 1,20 
47% 1,47 
67% 1,67 
Exemplo: Aumentando 10% no valor de 
R$10,00 temos: 10 * 1,10 = R$ 11,00 
No caso de haver um decréscimo, o fator 
de multiplicação será: 
Fator de Multiplicação = 1 - taxa de desconto (na 
forma decimal) 
Veja a tabela abaixo: 
Desconto 
Fator de 
Multiplicação 
10% 0,90 
25% 0,75 
34% 0,66 
60% 0,40 
90% 0,10 
Exemplo: Descontando 10% no valor de 
R$10,00 temos: 10 * 0,90 = R$ 9,00 
* Como calcular porcentagem 
 
Todo o cálculo de porcentagem, como 
informado, é baseado no número 100. 
 
O cálculo de tantos por cento de uma 
expressão matemática ou de um problema a ser 
resolvido é indicado pelo símbolo (%), e pode ser 
feito, na soma, por meio de uma proporção simples. 
 
Para que se possam fazer cálculos com 
porcentagem (%), temos que fixar o seguinte: 
 
1) A taxa está para porcentagem (acréscimo, 
desconto, etc), assim como o valor 100 está para a 
quantia a ser encontrada. 
 
Exemplificando: 
 
Um título tem desconto 10%, sobre o valor 
total de R$ 100,00. Qual o valor do título? 
 
30% : R$ 100,00 
 
100% : X 
 
X = R$ 30,00 
 
2) O número que se efetua o cálculo de 
porcentagem é representado por 100. 
 
Exemplificando: 
 
Efetue o cálculo 10% de 50 
 
100% : 50 
 
10% : X 
 
X = 5 
 
Obs. Nos dois exemplos dados foram usados 
o sistema de cálculo de regra de três, já ensinados 
em tutoriais anteriores. 
 
3) O capital informado tem sempre por 
igualdade ao 100. 
 
Exemplificando: 
 
Efetua-se o resgate de um cheque pré-
datado no valor de R$ 150,00 e obtem-se um 
desconto de 20% 
 
100% : R$ 150,00 
 
20% : X 
 
X = R$ 30,00 
 
* Exemplos para fixação de definição 
 
1) Um jogador de basquete, ao longo do 
campeonato, fez 250 pontos, deste total 10% foram 
de cestas de 02 pontos. Quantas cestas de 02 pontos 
o jogador fez do total de 250 pontos. 
 
 
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10% de 250 = 10 X 250 = 2500 = 25 
 100 100 
 
Portanto, do total de 250 pontos o jogador 
fez 25 pontos de 02 pontos. 
 
2) Um celular foi comprado por R$ 300,00 e 
revendido posteriormente por R$ 340,00, qual a 
taxa percentual de lucro ? 
 
Neste caso é procurado um valor de 
porcentagem no qual são somados os R$ 300,00 
iniciais com a porcentagem aumentada e que tenha 
como resultado o valor de R$ 340,00 
 
300 + 300.X/100 = 340 
 
3X = 340 – 300 
 
X = 40/3 
 
X = 13,333 (dízima periódica) 
 
Assim, a taxa de lucro obtida com esta 
operação de revenda foi de 13,33% 
 
* Fator Multiplicante 
 
Há uma dica importante a ser seguida, no 
caso de cálculo com porcentagem. No caso se 
houver acréscimo no valor, é possível fazer isto 
diretamente através de uma operação simples, 
multiplicando o valor do produto/serviço pelo fator 
de multiplicação. 
 
Veja: 
 
Tenho um produto X, e este terá um 
acréscimo de 30% sobre o preço normal, devido ao 
prazo de pagamento. Então basta multiplicar o valor 
do mesmo pelo número 1,30. Caso o mesmo 
produto ao invés de 30% tenha 20% de acréscimo 
então o fator multiplicante é 1,20. 
 
Observe esta pequena tabela: 
 
 
 
Exemplo: Aumente 17% sobre o valor de 
um produto de R$ 20,00, temos R$ 20,00 * 1,17 = 
R$ 23,40 
 
E assim sucessivamente, é possível montar 
uma tabela conforme o caso. 
 
Da mesma forma como é possível, ter um 
fator multiplicante quando se tem acréscimo a um 
certo valor, também no decréscimo ou desconto, 
pode-se ter este fator de multiplicação. 
 
Neste caso, faz-se a seguinte operação: 1 – 
taxa de desconto (isto na forma decimal) 
 
Veja: 
 
Tenho um produto Y, e este terá um 
desconto de 30% sobre o preço normal. Então basta 
multiplicar o valor do mesmo pelo número 0,70. Caso 
o mesmo produto ao invés de 30% tenha 20% de 
acréscimo então o fator multiplicante é 0,80. 
 
Observe esta pequena tabela: 
 
 
 
Exemplo: Desconto de 7% sobre o valor de 
um produto de R$ 58,00, temos R$ 58,00 * 0,93 = R$ 
53,94 
 
E assim sucessivamente, é possível montar 
uma tabela conforme o caso. 
 
* Exercícios resolvidos de porcentagem 
 
Os exercícios propostos estão resolvidos, em 
um passo-a-passo prático para que se possa 
acompanhar a solução de problemas envolvendo 
porcentagem e também para que se tenha uma 
melhor fixação sobre o conteúdo. 
 
1) Qual valor de uma mercadoria que custou 
R$ 555,00 e que pretende ter com esta um lucro de 
17%? 
 
Solução: 
 
100% : 555 
17 X 
 
X = 555x17 /100 = 9435/100 
 
X = 94,35 
 
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Temos o valor da mercadoria: R$ 555,00 + 
R$ 94,35 
 
Preço Final: R$ 649,35 
 
Obs. Este cálculo poderia ser resolvido 
também pelo fator multiplicador: R$ 555,00 * 1,17 = 
R$ 649,35 
 
2) Um aluno teve 30 aulas de uma 
determinada matéria. Qual o número máximo de 
faltas que este aluno pode ter sabendo que ele será 
reprovado, caso tenha faltado a 30% (por cento) 
das aulas ? 
 
Solução: 
 
100% : 30 
30% : X 
 
X = 30.30 / 100 = 900 / 100 = 9 
 
X = 9 
 
Assim, o total de faltas que o aluno poderá 
ter são 9 faltas. 
 
3) Um imposto foi criado com alíquota de 
2% sobre cada transação financeira efetuada pelos 
consumidores. Se uma pessoa for descontar um 
cheque no valor de R$ 15.250,00, receberá líquido 
quanto? 
 
100% : 15.250 
0,7% : X 
 
Neste caso, use diretamente o sistema de 
tabela com fator multiplicador. O capital principal 
que é o valor do cheque é : R$ 15.250,00 * 0,98 = 
R$ 14.945,00 
 
Assim, o valor líquido do cheque após 
descontado a alíquota será de R$ 14.945,00. Sendo 
que os 2% do valor total representam a quantia de 
R$ 305,00. 
 
Somando os valores: R$ 14.945,00 + R$ 
305,00 = R$ 15.250,00 
 
Obs. Os quadros dos cálculos foram 
colocados em cada operação repetidamente, de 
propósito, para que haja uma fixação, pois é 
fundamental conhecer “decoradamente” estas 
posições. 
 
 
 
 
 
 
JUROS 
Juros representam a remuneração do Capital 
empregado em alguma atividade produtiva. Os juros 
podem ser capitalizados segundo dois regimes:simples ou compostos. 
JUROS SIMPLES: o juro de cada 
intervalo de tempo sempre é calculado 
sobre o capital inicial emprestado ou 
aplicado. 
JUROS COMPOSTOS: o juro de 
cada intervalo de tempo é calculado a partir 
do saldo no início de correspondente 
intervalo. Ou seja: o juro de cada intervalo 
de tempo é incorporado ao capital inicial e 
passa a render juros também. 
 
O juro é a remuneração pelo empréstimo do 
dinheiro. Ele existe porque a maioria das pessoas 
prefere o consumo imediato, e está disposta a pagar 
um preço por isto. Por outro lado, quem for capaz de 
esperar até possuir a quantia suficiente para adquirir 
seu desejo, e neste ínterim estiver disposta a 
emprestar esta quantia a alguém, menos paciente, 
deve ser recompensado por esta abstinência na 
proporção do tempo e risco, que a operação 
envolver. O tempo, o risco e a quantidade de dinheiro 
disponível no mercado para empréstimos definem 
qual deverá ser a remuneração, mais conhecida 
como taxa de juros. 
Quando usamos juros simples e juros 
compostos? 
 
A maioria das operações envolvendo dinheiro utiliza 
juros compostos. Estão incluídas: compras a médio 
e longo prazo, compras com cartão de crédito, 
empréstimos bancários, as aplicações financeiras 
usuais como Caderneta de Poupança e aplicações 
em fundos de renda fixa, etc. Raramente 
encontramos uso para o regime de juros simples: é o 
caso das operações de curtíssimo prazo, e do 
processo de desconto simples de duplicatas. 
Taxa de juros 
A taxa de juros indica qual remuneração será 
paga ao dinheiro emprestado, para um determinado 
período. Ela vem normalmente expressa da forma 
percentual, em seguida da especificação do período 
de tempo a que se refere: 
8 % a.a. - (a.a. significa ao ano). 
10 % a.t. - (a.t. significa ao trimestre). 
Outra forma de apresentação da taxa de 
juros é a unitária, que é igual a taxa percentual 
dividida por 100, sem o símbolo %: 
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0,15 a.m. - (a.m. significa ao mês). 
0,10 a.q. - (a.q. significa ao quadrimestre) 
JUROS SIMPLES 
O regime de juros será simples quando o 
percentual de juros incidir apenas sobre o valor 
principal. Sobre os juros gerados a cada período 
não incidirão novos juros. Valor Principal ou 
simplesmente principal é o valor inicial emprestado 
ou aplicado, antes de somarmos os juros. 
Transformando em fórmula temos: 
J = P . 
i . n 
Onde: 
J = 
juros 
P = principal 
(capital) 
i = taxa de 
juros 
n = número 
de períodos 
Exemplo: Temos uma dívida de R$ 1000,00 
que deve ser paga com juros de 8% a.m. pelo 
regime de juros simples e devemos pagá-la em 2 
meses. Os juros que pagarei serão: 
J = 1000 x 0.08 x 2 = 160 
Ao somarmos os juros ao valor principal 
temos o montante. 
Montante = Principal + Juros 
Montante = Principal + ( Principal x Taxa de juros x 
Número de períodos ) 
M = P . ( 1 + ( i . n ) ) 
Exemplo: Calcule o montante resultante da 
aplicação de R$70.000,00 à taxa de 10,5% a.a. 
durante 145 dias. 
SOLUÇÃO: 
M = P . ( 1 + (i.n) ) 
M = 70000 [1 + (10,5/100).(145/360)] = 
R$72.960,42 
Observe que expressamos a taxa i e o 
período n, na mesma unidade de tempo, ou seja, 
anos. Daí ter dividido 145 dias por 360, para obter o 
valor equivalente em anos, já que um ano comercial 
possui 360 dias. 
 
Exercícios sobre juros simples: 
1) Calcular os juros simples de R$ 1200,00 
a 13 % a.t. por 4 meses e 15 dias. 
0.13 / 6 = 0.02167 
logo, 4m15d = 0.02167 x 9 = 0.195 
j = 1200 x 0.195 = 234 
2 - Calcular os juros simples produzidos 
por R$40.000,00, aplicados à taxa de 36% a.a., 
durante 125 dias. 
Temos: J = P.i.n 
A taxa de 36% a.a. equivale a 0,36/360 dias = 0,001 
a.d. 
Agora, como a taxa e o período estão referidos à 
mesma unidade de tempo, ou seja, dias, poderemos 
calcular diretamente: 
J = 40000.0,001.125 = R$5000,00 
3 - Qual o capital que aplicado a juros 
simples de 1,2% a.m. rende R$3.500,00 de juros 
em 75 dias? 
Temos imediatamente: J = P.i.n ou seja: 
3500 = P.(1,2/100).(75/30) 
Observe que expressamos a taxa i e o período n em 
relação à mesma unidade de tempo, ou seja, meses. 
Logo, 
3500 = P. 0,012 . 2,5 = P . 0,030; Daí, vem: 
P = 3500 / 0,030 = R$116.666,67 
4 - Se a taxa de uma aplicação é de 150% 
ao ano, quantos meses serão necessários para 
dobrar um capital aplicado através de 
capitalização simples? 
 
Objetivo: M = 2.P 
Dados: i = 150/100 = 1,5 
Fórmula: M = P (1 + i.n) 
Desenvolvimento: 
2P = P (1 + 1,5 n) 
2 = 1 + 1,5 n 
n = 2/3 ano = 8 meses 
 
JUROS COMPOSTOS 
O regime de juros compostos é o mais 
comum no sistema financeiro e portanto, o mais útil 
para cálculos de problemas do dia-a-dia. Os juros 
gerados a cada período são incorporados ao principal 
para o cálculo dos juros do período seguinte. 
Chamamos de capitalização o momento em 
que os juros são incorporados ao principal. 
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Após três meses de capitalização, temos: 
1º mês: M =P.(1 + i) 
2º mês: o principal é igual ao montante do mês 
anterior: M = P x (1 + i) x (1 + i) 
3º mês: o principal é igual ao montante do mês 
anterior: M = P x (1 + i) x (1 + i) x (1 + i) 
Simplificando, obtemos a fórmula: 
M = P . (1 + i)
n
 
Importante: a taxa i tem que ser expressa 
na mesma medida de tempo de n, ou seja, taxa de 
juros ao mês para n meses. 
Para calcularmos apenas os juros basta 
diminuir o principal do montante ao final do período: 
J = M - P 
Exemplo: 
Calcule o montante de um capital de 
R$6.000,00, aplicado a juros compostos, durante 1 
ano, à taxa de 3,5% ao mês. 
(use log 1,035=0,0149 e log 1,509=0,1788) 
Resolução: 
P = R$6.000,00 
t = 1 ano = 12 meses 
i = 3,5 % a.m. = 0,035 
M = ? 
Usando a fórmula M=P.(1+i)
n
, obtemos: 
M = 6000.(1+0,035)
12
 = 6000. (1,035)
12
 
Fazendo x = 1,035
12
 e aplicando logaritmos, 
encontramos: 
log x = log 1,035
12
 => log x = 12 log 1,035 
=> log x = 0,1788 => x = 1,509 
Então M = 6000.1,509 = 9054. 
Portanto o montante é R$9.054,00 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O QUE LEVAR EM ‘CONTA’ NO 
PROCESSO DE AVALIAÇÃO E PLANEJAMENTO 
EM MATEMÁTICA? 
 
Avaliar e planejar são ações precípuas do 
trabalho pedagógico. Contudo, muitas vezes a 
avaliação e o planejamento podem está dissociados, 
na medida em que a concepção de avaliação do 
professor não produz um planejamento coerente com 
os resultados identificados em termos de 
aprendizagem e, portanto, coerente com as 
necessidades de aprendizagens do aluno. Por outro 
lado, o planejamento nem sempre produz uma ação 
avaliativa coerentes com os objetivos de 
aprendizagem nele prescrito. Essa dissonância está 
associada a concepções de avaliação e de 
planejamento que não levam em consideração, 
respectivamente, decisão e subsídio, ou seja, 
“enquanto o planejamento é o ato pelo qual 
decidimos o que construir, a avaliação é o ato crítico 
que nos subsidia na verificação de como estamos 
construindo o nosso projeto” (LUCKESI, 1999, p. 
118) a complexidade do que é ensinar e aprender, 
uma vez que estes envolvem aspectos de ordem 
didática que passam desapercebidos ou até mesmo 
são desconhecidos pelo professor. 
Além disso, a concepção que se tinha de 
uma didática capaz de abranger todas as 
especificidades das diferentes áreas de 
conhecimento levou a um grau de generalização da 
avaliação que muito pouco contribuiu para um 
planejamento que, de fato, respondesse às 
particularidades e problemas que são própios ao 
processo de apropriação/contruçãodo conhecimento 
matemático. Com isso, queremos dizer que os 
estudos sobre avaliação, na sua quase totalidade, 
não contemplam a especificidade do saber. Não se 
quer negar aqui a importância que tais estudos 
representam ou representaram para a melhoria da 
qualidade do ensino e da aprendizagem. Como 
exemplos, poder-se-ia destacar os trabalhos de 
Perrenoud (2000; 1999a; 1999b); Paro (2001); Souza 
(1997); Lüdke & Mediano (1992); Luckesi (1999); 
Saul (1988); Hoffman (1991; 1993; 2000). A 
propósito, são nesses autores que as escolas e seus 
professores têm encontrado o apoio teórico para o 
desenvolvimento do trabalho pedagógico. 
Contudo, a avaliação deve, levar em conta a 
especificidade do conhecimento tratado. De fato, se o 
conhecimento matemático tem uma forma própria de 
produção e expressão, então ele requer uma 
abordagem que considere as características desse 
conhecimento. Se isso é verdade, a avaliação da 
aprendizagem não é independente do conteúdo, da 
mesma forma que uma didática geral não dá conta 
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de uma “transposição didática” que um determinado 
conhecimento requer (CHEVALLARD, 1991). 
Nesse sentido, para melhor investigar o 
processo de avaliação é preciso considerar os 
resultados das pesquisas em didática da 
matemática, uma vez que esta 
é uma das tendências da grande área de 
educação matemática, cujo objeto de estudo é a 
elaboração de conceitos e teorias que sejam 
compatíveis com a especificidade educacional do 
saber escolar matemático, procurando manter 
fortes vínculos com a formação de conceitos 
matemáticos, tanto em nível experimental da prática 
pedagógica, como no território básico da pesquisa 
acadêmica (PAIS, 2001). 
De modo mais específico, é no âmbito do 
que se ficou conhecido como sistema didático, onde 
tais pesquisas se configuram. É na estrutura do 
sistema didático onde se pode estudar a interação 
de três elementos que, dentre outros, lhe são 
constitutivos: o professor, o aluno e o saber. E é 
essa tríade de relações que vai dar sentido aos 
estudos relacionados ao contrato didático. 
Contudo, no âmbito da educação 
matemática, o número de pesquisas voltadas para 
a avaliação da aprendizagem ainda é pequeno. 
Quanto a isso, Maciel (2003) afirma que 
São poucas as pesquisas no Brasil que 
enfocam o tema avaliação na área de Educação 
Matemática. No período entre os anos 1970 e 1992 
só foram realizadas 6 (seis) pesquisas enfocando o 
tema avaliação da aprendizagem (FIORENTINI, 
1993); no período subseqüente até os dias de hoje 
pudemos contabilizar mais 8 (oito) trabalhos, a 
partir do banco de dados de teses do Centro de 
Estudos, Memória e Pesquisa em Educação 
Matemática (CEMPEM-FE/UNICAMP). 
Pensar, entretanto, a avaliação da 
aprendizagem em matemática significa levantar 
mais questões que possíveis respostas, pois a 
maior parte das pesquisas que tratam da 
avaliação em matemática relaciona-se à avaliação 
de Rede, como, por exemplo, à análise dos 
resultados do SAEB e do ENEM – Exame 
Nacional do Ensino Médio - ou ainda pesquisas 
voltadas para a investigação do significado do erro 
na aprendizagem de matemática. Mesmo 
reconhecendo a importância dessas pesquisas 
para a melhoria do ensino e da aprendizagem em 
matemática, elas não contemplam uma 
abordagem do processo de avaliação da 
aprendizagem de matemática em si. Isto é, de que 
modo o conhecimento matemático entra no “jogo 
didático” influenciando nas decisões do professor, 
considerando que este se relaciona de uma 
determinada forma com o conhecimento 
matemático. Relação que se constitui também a 
partir de suas concepções sobre ensino e 
aprendizagem de matemática, conforme já 
dissemos anteriormente. 
Nesse sentido, conforme Nascimento (2003, 
p. 54): 
É preciso dizer que ensinar não produz 
necessariamente aprendizagem. E, portanto, que a 
avaliação cumpriu o seu papel, pelo menos numa 
certa concepção. Mais que isso, é possível existir 
aprendizagem sem ensino. Ou ainda que, em 
algumas situações, os alunos aprendem apesar do 
“ensino”. De fato, aprendizagem é algo do sujeito e a 
avaliação pode nos dar indícios, informações em 
relação a sua aprendizagem e ao ensino ministrado, 
para que se possa corrigir rumos, aprofundar 
aspectos, rever posições, enfim tomar decisões que 
possibilitem o avanço das aprendizagens e 
fortaleçam o projeto educativo. 
Essa complexidade do ensinar e aprender 
também faz parte do ato de avaliar. Nascimento 
(2003, p. 54) vai afirmar que: 
Hoje, mais que ontem, sabemos que a 
aprendizagem não depende exclusivamente da 
transmissão de conhecimentos, pelo menos por dois 
motivos: primeiro porque a transmissão em si está 
mais relacionada à memorização e a reprodução 
daquilo que foi “ensinado” e menos à construção do 
conhecimento; segundo porque a transmissão não é 
o processo mais adequado para que o sujeito 
construa sua autonomia intelectual e, portanto, para 
se apropriar do seu processo de aprendizagem e ser 
seja capaz de aprender a aprender. Assim, ensinar, 
aprender e avaliar têm atributos epistemológicos 
diferentes, ainda que fazendo parte de um mesmo 
processo. 
DANTE (1999, p. 4), por sua vez, ao procurar 
desmistificar o processo de avaliação vai indicar 
alguns aspectos em relação aos quais o professore 
deve dar mais ênfase ou menos ênfase: 
Maior ênfase 
• Avaliar o que os alunos sabem, como 
sabem e como pensam matematicamente. 
• Avaliar se o aluno compreendeu os 
conceitos, os procedimentos e se desenvolveu 
atitudes positivas em relação à Matemática. 
• Avaliar o processo e o grau de criatividade 
das soluções dadas pelo aluno. 
• Encarar a avaliação como parte integrante 
do processo de ensino. 
• Focalizar uma grande variedade de 
tarefas matemáticas e adotar uma visão global da 
Matemática. 
• Propor situações-problema que 
envolvam aplicações de conjunto de idéias 
matemáticas. 
• Propor situações abertas que tenham mais 
que uma solução. 
• Propor que o aluno invente, formule 
problemas e resolva-os. 
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• Usar várias formas de avaliação, 
incluindo as escritas (provas, testes, trabalhos, 
auto-avaliação), as orais (exposições, 
entrevistas, conversas informais) e as de 
demonstração (materiais pedagógicos). 
• Utilizar materiais manipuláveis, 
calculadoras e computadores na avaliação. 
 
Menor ênfase 
• Avaliar o que os alunos não sabem. 
• Avaliar a memorização de definições, 
regras e esquemas. 
• Avaliar apenas o produto, contando o 
número de respostas certas nos testes e provas. 
• Avaliar contando o número de respostas 
certas nas provas, com o único objetivo de 
classificar. 
• Focalizar um grande número de 
capacidades específicas e isoladas. 
• Propor exercícios e problemas que 
requeiram apenas uma capacidade. 
• Propor problemas rotineiros que 
apresentam uma única solução. 
• Propor que o aluno resolva uma série de 
problemas já formulados. 
• Utilizar apenas provas e testes escritos. 
• Excluir materiais manipuláveis, 
calculadoras e computadores na avaliação. 
Como atividades centrais do minicurso, 
serão abordadas, inicialmente, atividades que se 
refriram a experiências vividas pelos participantes 
do minicurso em relação à avaliação em 
matemática, quando alunos da educação básica. 
Posteriormente os professores-cursistas serão 
solicitados a resolver alguns questões envovlvendo 
conhecimentos de diferentes áres de conhecimento 
para quea partir daí se possa iniciar a discussão do 
que é « aprender », “ensinar”, “planejar” e “avaliar”. 
Aí supomos que estarão presentes elementos ainda 
predominantes do ideário pedagógico no que se 
refere especialmente à avaliação da aprendizagem 
escolar. Em seguida os professores cursistas serão 
solicitados a analisar alguns „protocolo‟s de alunos 
referentes a questões de “provas” e “testes” de 
matemática que foram aplicados por professores 
dessa disciplina em diferentes séries do ensino 
fundamental, nível de ensino para o qual o 
minicurso se destina. 
 
 
 
 
FORMAS DE AVALIAR O ALUNO 
EM MATEMÁTICA 
A educação, ao longo da história, passou por 
diversas mudanças visando à melhoria do ambiente 
escolar, a reformulação das grades curriculares, a 
criação de escolas voltadas para a inclusão social e 
educação especial. Mas nessas mudanças, debates 
e discussões envolvendo pessoas do meio 
educacional e membros representantes da sociedade 
abordaram incessantemente a forma de avaliar o 
conhecimento adquirido pelo aluno. 
Atualmente a avaliação se tornou algo mais 
aberto e menos mecanizado, diferente de tempos 
atrás, quando as escolas avaliavam seus alunos 
através de provas extensas confeccionadas com 
exercícios estáticos. Nessas provas os estudantes 
não dispunham do pleno direito de resolver os 
problemas utilizando suas próprias habilidades. Eram 
obrigados a desempenhar resoluções de acordo com 
a metodologia imposta pelo professor tradicional. 
As avaliações presentes não deixaram 
totalmente a característica tradicional, mas são 
mescladas com questões de múltipla escolha, além 
disso, os jovens possuem a liberdade de buscar 
métodos auxiliares na resolução das questões, desde 
que apresente fundamentos matemáticos plausíveis. 
A avaliação contínua é responsável, em 
algumas instituições escolares, por 50% da 
composição total da nota. Essa avaliação presa o 
trabalho diário realizado pelo aluno, participação nas 
aulas, responsabilidade com as atividades diárias, 
comprometimento com os estudos, responsabilidade, 
dinamismo e comportamento exemplar de acordo 
com o ambiente escolar. Esse modelo de avaliação 
tornou-se uma forma de envolver o aluno no 
cotidiano da escola, visto que uma avaliação 
contínua de baixo rendimento compromete 
diretamente o conceito bimestral. 
As questões deixaram de ser estáticas, 
abordando situações cotidianas e interdisciplinares, 
isto é, criando relações entre as ciências. As 
questões de múltipla escolha despertam no 
estudante uma visão crítica, pois na escolha da 
alternativa correta ele utiliza parâmetros de 
comparação entre o conhecimento adquirido e o 
exposto na avaliação. 
Outra forma de avaliação é a aplicação 
semanal ou quinzenal de testes abordando 
conteúdos específicos. Esses testes podem ser 
aplicados no fechamento de algum capítulo do livro 
didático. Essa metodologia tem o objetivo de verificar 
sobre o entendimento do estudante sobre o conteúdo 
recente. Os trabalhos também constituem uma 
importante ferramenta de avaliação, visto que exige 
por parte dos alunos uma organização na sua 
confecção, promovendo um senso de organização e 
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de responsabilidade, o qual deverá ser aproveitado 
futuramente. 
Portanto, vimos que existem inúmeras 
formas de avaliar um aluno, de acordo com o 
ambiente escolar, em relação ao comportamento, 
utilizando provas discursivas e de múltipla escolha, 
trabalhos escolares, tarefas de casa, 
comprometimento escolar, participação nas aulas e 
nos eventos escolares. Todos esses meios são 
utilizáveis na constituição de uma nota bimestral. 
 
INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO 
Os instrumentos de avaliação de 
aprendizagem devem ser largamente utilizados ao 
longo do período letivo. Esses instrumentos de 
avaliação devem permitir ao professor colher 
informações sobre a capacidade de aprendizado 
dos alunos, medida, em especial, pela competência 
dos mesmos para resolver problemas e 
instrumentalizar o conhecimento para a tomada de 
decisões. 
Cabe ao professor da disciplina, definir os 
instrumentos que serão utilizados para melhor 
acompanhar o processo de aprendizado de seus 
alunos. 
Não existem instrumentos específicos de 
avaliação capazes de detectar a totalidade do 
desenvolvimento e aprendizagem dos alunos. É 
diante da limitação que cada instrumento de 
avaliação comporta que se faz necessário pensar 
em instrumentos diversos e mais adequados com 
suas finalidades, para que dêem conta, juntos, da 
complexibilidade do processo de aprender. 
 
Alguns exemplos de instrumentos de 
avaliação. 
1. OBSERVAÇÃO 
O ato de observar é uma característica 
própria e é através dele que informamos sobre o 
contexto em que estamos, para nele nos situarmos 
de forma satisfatória de acordo com normas e 
valores dominantes. 
Aspectos Negativos: 
É um instrumento de pouca utilização de 
registro e de falta de sistematização, os dados 
colhidos, muitas vezes, se perdem ou não são 
utilizados de forma produtiva para refletirem sobre a 
prática pedagógica e o desenvolvimento dos 
alunos. 
Aspectos Positivos 
Através da observação, os educadores 
podem conhecer melhor os alunos, analisar seu 
desempenho nas atividades em sala de aula e 
compreender seus avanços e dificuldades. Ao 
mesmo tempo, os alunos poderão tomar consciência 
dos processos vividos pelo grupo. 
A observação exige do professor: 
Eleger o objeto de investigação ( um aluno, 
uma dupla, um grupo etc); 
Elaborar objetivos claros (descobrir dúvidas, 
avanços etc); 
Identificar contextos e momentos específicos 
(durante a aula, no recreio etc); 
Estabelecer formas de registros apropriados ( 
vídeos, anotações etc). 
Indicações 
Observações em atividades livres, no recreio, 
individuais, etc. 
 
2. REGISTRO / FICHAS 
Tem como função acompanhar o processo 
educativo vivido por alunos e professores, é através 
dele que se torna possível realizar uma análise crítica 
e reflexiva do processo de avaliação. 
Aspectos Positivos: 
Contribui para que os dados significativos da 
prática de trabalho não se percam. Alguns recursos 
podem ser utilizados, são eles: 
1. Caderno de campo do professor: registro 
de aulas expositivas, anotações em sala de aula, 
projetos, relatos, debates, etc. 
2. Caderno de Anotações para cada grupo de 
alunos: anotações periódicas sobre acontecimentos 
significativos do cotidiano escolar. 
3. Diário do aluno: registro de caráter 
subjetivo ou objetivo que aluno e professores fazem 
espontaneamente. 
4. Arquivo de atividades: coleta de exercícios 
e produções dos alunos, datadas e com algumas 
observações rápidas do professor. Esse arquivo 
serve como referência histórica do desenvolvimento 
do grupo. 
Indicações: 
Permite aos educadores perceberem e 
analisarem ações e acontecimentos, muitas vezes 
despercebidos no cotidiano escolar. 
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3. DEBATE 
O debate nos permite nas situações de 
interação, trocar idéias com as pessoas, 
compreender as idéias do outro, relacioná – las e 
ampliar conhecimentos sobre o tema ou assunto 
discutido. 
Aspectos positivos 
Favorável para que alunos e professores 
incorporem conhecimentos, exige que se 
expressem com suas próprias palavras, 
exemplifiquem e estabeleçam relações com outros 
conhecimentos, pois o aluno expõe à turma sua 
forma de compreender o tema em questão. 
 
4. AUTO - AVALIAÇÃO 
Aspectos Positivos 
É uma atividadede reflexão fundamental na 
aprendizagem, que visa levantar: 
- o caminho percorrido pelo aluno para às 
sua respostas e resultados; 
- as evidências de que conseguiu aprender; 
- as evidências das dificuldades que ainda 
enfrenta e, a partir delas, o reconhecimento das 
superações que precisam ser conquistadas. 
Indicações 
Incentivar a consciência crítica dos alunos, 
em relação aos modos de agir que utilizam frente 
às tarefas que lhes são propostas. 
 
5. TRABALHO EM GRUPO 
É todo tipo de produção realizada em 
parceria pelos alunos, sempre orientadas pelo 
professor. 
Aspectos positivos: 
Estimula os alunos à cooperação e 
realização de ações conjuntas, propiciam um 
espaço para compartilhar, confrontar e negociar 
idéias. É necessário que haja uma dinâmica interna 
das relações sociais, mediada pelo conhecimento, 
potencializado por uma situação problematizadora, 
que leve o grupo a colher informações, explicar 
suas idéias, saber expressar seus argumentos. 
Permite um conhecimento maior sobre as 
possibilidades de verbalização e ação dos alunos 
em relação às atividades propostas. 
É necessário considerar as condições de 
produção em que se derão: o tempo de realização, o 
nível de envolvimento e de compromisso dos alunos, 
os tipos de orientações dadas, as fontes de 
informação e recursos materiais utilizados. 
6. PARTICIPAÇÃO EM SALA DE AULA 
Trata – se de analisar o desempenho do 
aluno em fatos do cotidiano da sala de aula ou em 
situações planejadas. 
Aspectos Positivos: 
Permite que o professor perceba como o 
aluno constrói o conhecimento, já que é possível 
acompanhar de perto todos os passos desse 
processo. É necessário que o professor faça 
anotações no momento em que os fatos a serem 
considerados ocorrem, ou logo em seguida, para que 
sejam evitadas as generalizações e os julgamentos 
com critérios subjetivos. Habilita o professor a 
elaborar intervenções específicas para cada caso e 
sempre que julgar necessário. 
 
7. SEMINÁRIO 
É a exposição oral que permite a 
comunicação das informações pesquisadas de forma 
eficaz, utilizando material de apoio adequado. 
Aspectos Positivos: 
Contribui para a aprendizagem tanto do 
ouvinte como do expositor, pois exige desta 
pesquisa, planejamento e organização das 
informações, além de desenvolver a capacidade de 
expressão em público. 
Aspectos Negativos: 
Às vezes, alguns professores utilizam de 
comparações nas apresentações entre o inibido e o 
desinibido. 
 
7. PORTFÓLIO 
Volume que reúne todos os trabalhos 
produzidos pelo aluno durante o período letivo. 
Presta – se tanto para a avaliação final como para a 
avaliação do processo de aprendizagem do aluno. 
Aspecto positivo: 
Evidencia as qualidades do estudante, 
registra seus esforços, seus progressos, o nível de 
raciocínio lógico atingido e, portanto, seu 
desempenho na disciplina. Também ensina ao aluno 
a organização. 
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Tem finalidade de auxiliar o educando 
desenvolver a capacidade de refletir e avaliar seu 
próprio trabalho. 
 
8. PROVA DISSERTATIVA 
Caracteriza – se por apresentar uma série 
de perguntas (ou problemas, ou temas, no caso da 
redação), que exijam capacidade de estabelecer 
relações, de resumir, analisar e julgar. 
Aspectos Positivos 
Avalia a capacidade de analisar um 
problema central, abstrair fatos, formular idéias e 
redigi – las: permite que o aluno exponha seus 
pensamentos, mostrando habilidades organização, 
interpretação e expressão. 
 
9. PROVA COM CONSULTA 
Apresenta características semelhantes às 
provas dissertativas, diferenciando – se pelo fato de 
o aluno pode consultar livros ou apontamentos para 
responder. 
Aspectos Positivos: 
Se bem elaborada, pode permitir que o 
aluno demonstre não apenas o seu conhecimento 
sobre o conteúdo objeto da avaliação, mas ainda, a 
sua capacidade de pesquisa, de buscar a resposta 
correta e relevante. 
 
10. PROVA OBJETIVA 
Caracteriza –se uma série de perguntas 
diretas para respostas curtas, com apenas uma 
solução possível ou em que o aluno tenha que 
avaliar proposições, julgando –as verdadeiras ou 
falsas. 
Aspectos Negativos 
Favorece a memorização e sua análise não 
permite constatar, com boa margem de acerto, 
quanto o aluno adquiriu em termos de 
conhecimento. 
 
11. PROVA ORAL 
Situação em que os alunos, expõem 
individualmente seus pontos de vista sobre pontos 
do conteúdo ou resolvem problemas em contato 
direto com o professor. Bastante útil para 
desenvolver a oralidade e a habilidade de 
argumentação. 
MATERIAIS CONCRETOS 
 
As dificuldades encontradas por alunos e 
professores no processo ensino-aprendizagem da 
matemática são muitas e conhecidas. Por um lado, o 
aluno não consegue entender a matemática que a 
escola lhe ensina, muitas vezes é reprovado nesta 
disciplina, ou então, mesmo que aprovado, sente 
dificuldades em utilizar o conhecimento "adquirido", 
em síntese, não consegue efetivamente ter acesso a 
esse saber de fundamental importÂncia. 
O professor, por outro lado, consciente de 
que não consegue alcançar resultados satisfatórios 
junto a seus alunos e tendo dificuldades de, por si só, 
repensar satisfatoriamente seu fazer pedagógico 
procura novos elementos - muitas vezes, meras 
receitas de como ensinar determinados conteúdos - 
que, acredita, possam melhorar este quadro. Uma 
evidência disso é, positivamente, a participação cada 
vez mais crescente de professores nos encontros, 
conferências ou cursos. 
São nestes eventos que percebemos o 
grande interesse dos professores pelos materiais 
didáticos e pelos jogos. As atividades programadas 
que discutem questões relativas a esse tema são as 
mais procuradas. As salas ficam repletas e os 
professores ficam maravilhados diante de um novo 
material ou de um jogo desconhecido. Parecem 
encontrar nos materiais a solução - a fórmula mágica- 
para os problemas que enfrentam no dia-a-dia da 
sala de aula. 
O professor nem sempre tem clareza das 
razões fundamentais pelas quais os materiais ou 
jogos são importantes para o ensino-aprendizagem 
da matemática e, normalmente são necessários, e 
em que momento devem ser usados. 
Geralmente costuma-se justificar a 
importÂncia desses elementos apenas pelo caráter 
"motivador" ou pelo fato de se ter "ouvido falar" que o 
ensino da matemática tem de partir do concreto ou, 
ainda, porque através deles as aulas ficam mais 
alegres e os alunos passam a gostar da matemática. 
Entretanto, será que podemos afirmar que o 
material concreto ou jogos pedagógicos são 
realmente indispensáveis para que ocorra uma 
efetiva aprendizagem da matemática? 
Pode parecer, a primeira vista, que todos 
concordem e respondam sim a pergunta. Mas isto 
não é verdade. Um exemplo de uma posição 
divergente é colocada por Carraher & Schilemann 
(1988), ao afirmarem, com base em suas pesquisas, 
que "não precisamos de objetos na sala de aula, mas 
de objetivos na sala de aula, mas de situações em 
que a resolução de um problema implique a utilização 
dos princípios lógico-matemáticos a serem 
ensinados" (p. 179). Isto porque o material "apesar 
MATEMÁTICA 
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de ser formado por objetivos, pode ser considerado 
como um conjunto de objetos 'abstratos' porque 
esses objetos existem apenas na escola, para a 
finalidade de ensino, e não tem qualquer conexão 
com o mundo da criança" (p. 180). Ou seja, para 
estes pesquisadores, o concreto para a criançanão 
significa necessariamente os materiais 
manipulativos, mas as situações que a criança tem 
que enfrentar socialmente. 
As colocações de Carraher & Schilemann 
nos servem de alerta: não podemos responder sim 
aquelas questões sem antes fazer uma reflexão 
mais profunda sobre o assunto. 
Com efeito, sabemos que existem 
diferentes propostas de trabalho que possuem 
materiais com características muito próprias, e que 
os utilizam também de forma distinta e em 
momentos diferentes no processo ensino-
aprendizagem. 
Qual seria a razão para a existência desta 
diversidade? 
Na verdade, por trás de cada material, se 
esconde uma visão de educação, de matemática, 
do homem e de mundo; ou seja, existe, subjacente 
ao material, uma proposta pedagógica que o 
justifica. 
O avanço das discussões sobre o papel e a 
natureza da educação e o desenvolvimento da 
psicologia, ocorrida no seio das transformações 
sociais e políticas contribuíram historicamente para 
as teorias pedagógicas que justificam o uso na sala 
de aula de materiais "concretos" ou jogos fossem, 
ao longo dos anos, sofrendo modificações e 
tomando feições diversas. 
Até o séc. XVI, por exemplo, acreditava-se 
que a capacidade de assimilação da criança era 
idêntica ã do adulto, apenas menos desenvolvida. A 
criança era considerada um adulto em miniatura. 
Por esta razão, o ensino deveria acontecer de 
forma a corrigir as deficiências ou defeitos da 
criança. Isto era feito através da transmissão do 
conhecimento. A aprendizagem do aluno era 
considerada passiva, consistindo basicamente em 
memorização de regras, formulas, procedimentos 
ou verdades localmente organizadas. Para o 
professor desta escola - cujo o papel era o de 
transmissor e expositor de um conteúdo pronto e 
acabado - o uso de materiais ou objetos era 
considerado pura perda de tempo, uma atividade 
que perturbava o silêncio ou a disciplina da classe. 
Os poucos que os aceitavam e utilizavam o faziam 
de maneira puramente demonstrativa, servindo 
apenas de auxiliar a exposição, a visualização e 
memorização do aluno. Exemplos disso são: o 
flanelógrafo, as réplicas grandes em madeira de 
figuras geométricas, desenhos ou cartazes fixados 
nas paredes... Em síntese, estas constituem as 
bases do chamado "Ensino Tradicional" que existe 
até hoje em muitas de nossas escolas. 
Já no séc. XVII, este tipo de ensino era 
questionado. Comenius (1592-1671) considerado o 
pai da Didática, dizia em sua obra "Didática Magna" 
(1657) que "...ao invés de livros mortos, por que não 
podemos abrir o livro vivo da natureza? Devemos 
apresentar a juventude as próprias coisas, ao invés 
das suas sombras" (Ponce, p.127). 
No séc. XVIII, Rousseau (1727 - 1778), ao 
considerar a Educação como um processo natural do 
desenvolvimento da criança, ao valorizar o jogo, o 
trabalho manual, a experiência direta das coisas, 
seria o percursor de uma nova concepção de escola. 
Uma escola que passa a valorizar os aspectos 
biológicos e psicológicos do aluno em 
desenvolvimento: o sentimento, o interesse, a 
espontaneidade, a criatividade e o processo de 
aprendizagem, as vezes priorizando estes aspectos 
em detrimento da aprendizagem dos conteúdos. 
Ë no bojo dessa nova concepção de 
educação e de homem que surgem, primeiramente, 
as propostas de Pestalozzi (1746 - 1827) e de seu 
seguidor Froebel (1782 - 1852). Estes foram os 
pioneiros na configuração da "escola ativa". 
Pestalozzi acreditava que uma educação seria 
verdadeiramente educativa se proviesse da atividade 
dos jovens. Fundou um internato onde o currículo 
adotado dava ênfase à atividades dos alunos como 
canto, desenho, modelagem, jogos, excursões ao ar 
livre, manipulação de objetos onde as descrições 
deveriam preceder as definições; o conceito 
nascendo da experiência direta e das operações 
sobre as coisas [ 4, pp. 17 - 18]. 
Posteriormente, Montessori (1870 - 1952) e 
Decroly (1871 - 1932), inspirados em Pestalozzi iriam 
desenvolver uma didática especial (ativa) para a 
matemática. 
A médica e educadora italiana, Maria 
Montessori, após experiências com crianças 
excepcionais, desenvolveria, no início deste século, 
vários materiais manipulativos destinados a 
aprendizagem da matemática. Estes materiais, com 
forte apelo a "percepção visual e tátil", foram 
posteriormente estendidos para o ensino de classes 
normais. Acreditava não haver aprendizado sem 
ação: "Nada deve ser dado a criança, no campo da 
matemática, sem primeiro apresentar-se a ela uma 
situação concreta que a leve a agir, a pensar, a 
experimentar, a descobrir, e daí, a mergulhar na 
abstração" (Azevedo, p. 27) 
Entre seus materiais mais conhecidos 
destacamos: "material dourado", os "triÂngulos 
construtores" e os "cubos para composição e 
decomposição de binômios, trinômios". 
Decroly, no entanto, não põe nada na mão da 
criança materiais para que ela construa mas sugere 
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como ponto de partida fenômenos naturais (como o 
crescimento de uma planta ou a quantidade de 
chuva recolhida num determinado tempo, para por 
exemplo, introduzir medições e contagem). Ou seja, 
parte da observação global do fenômeno para, por 
análise, decompô-lo. 
Castelnuovo (1970) denomina o método 
Decroly de "ativo - analítico" enquanto que o de 
Montessori de "ativo - sintético" (sintético porque 
construtivo). Em ambos os métodos falta, segundo 
Castelnuovo, uma "certa coisa" que conduz a 
criança à indução própria do matemático. é com 
base na teoria piageteana que aponta para outra 
direção: A idéia fundamental da ação é que ela seja 
reflexiva..."que o interesse da criança não seja 
atraído pelo objeto material em si ou pelo ente 
matemático, senão pelas operações sobre o objeto 
e seus entes. Operações que, naturalmente, serão 
primeiro de caráter manipulativo para depois 
interiorizar-se e posteriormente passar do concreto 
ao abstrato. Recorrer a ação, diz Piaget, não 
conduz de todo a um simples empirismo, ao 
contrário, prepara a dedução formal ulterior, desde 
que tenha presente que a ação, bem conduzida, 
pode ser operatória, e que a formalização mais 
adiantada o é também" [4, pp. 23-28]. 
 
Assim interpreta Castelnuovo, o 'concreto' 
deve ter uma dupla finalidade : "exercitar as 
faculdades sintéticas e analíticas da criança" ; 
sintética no sentido de permitir ao aluno construir o 
conceito a partir do concreto; analítica por que, 
nesse processo, a criança deve discernir no objeto 
aqueles elementos que constituem a globalização. 
Para isso o objeto tem de ser móvel, que possa 
sofrer uma transformação para que a criança possa 
identificar a operação - que é subjacente [4, pp. 82 - 
91] 
Resumindo, Castelnuovo defende que "o 
material deverá ser artificial e também ser 
transformável por continuidade" (p. 92). Isto porque 
recorrermos aos fenômenos naturais, como sugere 
Decroly, nele há sempre continuidade, porém, são 
limitados pela própria natureza e não nos levam a 
extrapolar, isto é, a idealizar o fenômeno por outro 
lado, podem conduzir ã idéia de infinito, porem lhes 
faltam o caráter de continuidade e do movimento (p. 
92). 
Para contrapor ao que acabamos de ver, 
gostaríamos de dizer algumas palavras sobre outra 
corrente psicológica: o behaviorismo, que também 
apresenta sua concepção de material, e 
principalmente, de jogo pedagógico. Segundo 
Skinner (1904), a aprendizagem é uma mudança de 
comportamento (desenvolvimento de habilidades ou 
mudanças de atitudes) que decorre como resposta 
a estímulos esternos, controlados por meio de 
reforços. A matemática, nesta perspectiva, é vista, 
muitas vezes, como um conjunto de técnicas, 
regras, fórmulas e algoritmos que os alunos tem de 
dominar para resolver os problemas que o mundotecnológico apresenta. 
Os Métodos de ensino enfatizam, além de 
técnicas de ensino como instrução programada 
(estudo através de fichas ou módulos instrucionais) o 
emprego de tecnologias modernas audiovisuais 
(retroprojetor, filmes, slides ...) ou mesmo 
computadores. 
Os jogos pedagógicos, nesta tendência, 
seriam mais valorizados que os materiais concretos. 
Eles podem vir no início de um novo conteúdo com a 
finalidade de despertar o interesse da criança ou no 
final com o intuito de fixar a aprendizagem e reforçar 
o desenvolvimento de atitudes e habilidades. 
Para Irene Albuquerque (1954) o jogo 
didático "..,serve para fixação ou treino da 
aprendizagem. é uma variedade de exercício que 
apresenta motivação em si mesma, pelo seu objetivo 
lúdico... Ao fim do jogo, a criança deve ter treinado 
algumas noções, tendo melhorado sua 
aprendizagem" (p. 33) 
Veja também a importÂncia dada ao jogo na 
'formação educativa' do aluno "... através do jogo ele 
deve treinar honestidade, companheirismo, atitude de 
simpatia ao vencedor ou ao vencido, respeito as 
regras estabelecidas, disciplina consciente, acato às 
decisões do juiz..." (Idem, p. 34) 
Esta diversidade de concepções acerca dos 
materiais e jogos aponta para a necessidade de 
ampliar nossa reflexão. 
Queremos dizer que, antes de optar por um 
material ou um jogo, devemos refletir sobre a nossa 
proposta político-pedagógica; sobre o papel histórico 
da escola, sobre o tipo de aluno que queremos 
formar, sobre qual matemática acreditamos ser 
importante para esse aluno. 
O professor não pode subjugar sua 
metodologia de ensino a algum tipo de material 
porque ele é atraente ou lúdico. Nenhum material é 
válido por si só. Os materiais e seu emprego sempre 
devem, estar em segundo plano. A simples 
introdução de jogos ou atividades no ensino da 
matemática não garante uma melhor aprendizagem 
desta disciplina. 
Ë freqüente vermos em alguns professores 
uma mistificação dos jogos ou materiais concretos. 
Até mesmo na Revista "Nova Escola" esta 
mistificação, pode ser percebida como mostra o 
seguinte fragmento: "Antes a matemática era o terror 
dos alunos. Hoje ... as crianças adoram porque se 
divertem brincando, ao mesmo tempo que aprendem 
sem decoreba e sem traumas..." Mariana Manzela (8 
anos) confirma isto : "é a matéria que eu mais gosto 
porque tem muitos jogos" [ No.39, p. 16]. 
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Ora, que outra função tem o ensino de 
matemática senão o ensino da matemática? Ë para 
cumprir esta tarefa fundamental que lançamos mão 
de todos os recursos que dispomos. 
Ao aluno deve ser dado o direito de 
aprender. Não um 'aprender' mecÂnico, repetitivo, 
de fazer sem saber o que faz e por que faz. Muito 
menos um 'aprender' que se esvazia em 
brincadeiras. Mas um aprender significativo do qual 
o aluno participe raciocinando, compreendendo, 
reelaborando o saber historicamente produzido e 
superando, assim, sua visão ingênua, fragmentada 
e parcial da realidade. 
O material ou o jogo pode ser fundamental 
para que isto ocorra. Neste sentido, o material mais 
adequado, nem sempre, será o visualmente mais 
bonito e nem o já construído. Muitas vezes, durante 
a construção de um material o aluno tem a 
oportunidade de aprender matemática de forma 
mais efetiva. 
Em outro momentos, o mais importante não 
será o material, mas sim, a discussão e resolução 
de uma situação problema ligada ao contexto do 
aluno, ou ainda, à discussão e utilização de um 
raciocínio mais abstrato. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SOFTWARES EDUCACIONAIS 
 
Uma Pletora de Poliedros 
 geometria espacial, poliedros, a fórmula de Euler, 
dualidade, seções planas, planificação, truncamento 
e estrelamento, JavaView. Nível: ensino médio. 
 
Projeções em Perspectiva 
 geometria espacial, projeções em perspectiva, 
objetos impossíveis, JavaView. Nível: ensino médio. 
 
Projeções Ortogonais 
 geometria espacial, projeções ortogonais, curvas no 
espaço, nós, poliedros equiprojetivos, JavaView. 
Nível: ensino médio. 
 
Trip-Lets 
 geometria espacial, projeções ortogonais, 
permutações, vocabulário, JavaView. Nível: ensino 
médio. 
 
Os Sólidos Platônicos 
 geometria espacial, sólidos platônicos, JavaView. 
Nível: ensino médio. 
 
Mysterium Cosmographicum 
 geometria espacial, sólidos platônicos, esferas 
inscritas e circunscritas, modelo de Kepler para o 
universo, JavaView. Nível: ensino médio. 
 
Jogo da Tomografia 
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superfícies poliédricas, seções planas, JavaView. 
Nível: ensino médio. 
 
Superfícies e Sólidos de Revolução 
 geometria espacial, superfícies e sólidos de 
revolução, simetria, volumes, método da exaustão, 
funções, funções definidas por partes, JavaView. 
Nível: ensino médio. 
 
Jogo da Classificação dos Triângulos 
 geometria do triângulo, coordenadas no plano, 
geometria analítica, geometria discreta, GeoGebra. 
Nível: ensino médio. 
 
 
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Jogo da Classificação dos Quadriláteros 
 geometria dos quadriláteros, coordenadas no 
plano, geometria analítica, geometria discreta, 
lógica matemática, GeoGebra. Nível: ensino médio. 
 
O Número de Ouro 
 o número de ouro, razão áurea, razão e proporção, 
sequência de Fibonacci, matemática e artes, 
matemática e biologia, GeoGebra. Nível: ensino 
médio. 
 
Pavimentação com Polígonos Regulares 
 polígonos regulares, ângulos internos, ângulos 
centrais, círculo circunscrito, círculo inscrito, 
pavimentação, mosaicos, contagem, sistemática, 
GeoGebra. Nível: ensino médio. 
 
Demonstrações Sem Palavras 
 geometria, álgebra, visualização, argumentação, 
GeoGebra. Nível: ensino médio. 
 
Anatomia de Uma Função Quadrática 
 função quadrática, raízes, parábola, foco, diretriz, 
vértice, forma padrão, GeoGebra. Nível: ensino 
médio. Nível: ensino médio. 
 
A Expansão Decimal de Um Número 
reta numérica, expansão decimal, frações 
irredutíveis, dízimas periódicas, GeoGebra. Nível: 
ensino médio. 
 
Como b depende de a? 
funções reais, relação entre álgebra e geometria, 
reta numérica, GeoGebra. Nível: ensino médio. 
 
Funções Trigonométricas 
 função de Euler, medidas de ângulos, funções 
trigonométricas, GeoGebra. Nível: ensino médio. 
 
Epiciclos e Interpolação Trigonométrica 
 funções trigonométricas, movimentos circulares, 
epiciclos, astronomia, interpolação, DFT, séries de 
Fourier, números racionais e irracionais, GeoGebra. 
Nível: ensino médio. 
 
Matrizes e Imgens Digitais 
 matrizes, operações com índices, simetrias. Nível: 
ensino médio. 
Estatística das Letras, Palavras e Períodos 
 distribuições de frequências, variáveis qualitativas, 
variáveis quantitativas, histogramas, média, mediana, 
moda, variância, desvio padrão, mineração de textos, 
linguística computacional. Nível: ensino médio. 
 
Rodas da Fortuna 
 simulação, distribuições de frequências, 
histogramas, probabilidade, método de Monte Carlo, 
números aleatórios, números pseudoaleatórios, 
congruência de números inteiros, a agulha de Buffon. 
Nível: ensino médio. 
 
Projeto Ótimo 
 funções reais, modelagem, problemas de 
otimização. Nível: ensino médio. 
 
O Triângulo de Pascal 
coeficientes binomiais, triângulo de Pascal, triângulo 
de Sierpinski. Nível: ensino médio. 
 
Distribuições de Frequências e Seus Gráfico 
 distribuições de frequências,variáveis qualitativas, 
variáveis quantitativas discretas e contínuas, 
histogramas. Nível: ensino médio. 
 
Pesquisas Estatísticas no Dia a Dia 
 pesquisas estatísticas, pesquisas por amostragem, 
censos. Nível: ensino médio. 
 
Medidas de Posição 
 média, mediana, moda, assimetria, valores atípicos. 
Nível: ensino médio. 
 
Medidas de Dispersão 
 desvio médio absoluto, variância, desvio padrão, 
coeficiente de variação. Nível: ensino médio. 
 
Probabilidade: Dois Dados 
 experimento aleatório, eventos equiprováveis, 
operações com eventos, probabilidade. Nível: ensino 
médio. 
 
Probabilidade: Eventos Equiprováveis 
 experimento aleatório, eventos equiprováveis, 
operações com eventos, probabilidade. Nível: ensino 
médio. 
 
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Taxas e Índices 
 combinação, permutação, jogo de dados. Nível: 
ensino médio. 
 
Razão e Porcentagem 
 razão, porcentagem, frações equivalentes, taxas, 
índices. Nível: ensino médio. 
 
Matemática Financeira: Juros 
 juros copostos, taxas, índices. Nível: ensino médio. 
 
Matemática Financeira: Aplicações 
 juro composto, rendimento da poupança, inflação. 
Nível: ensino médio. 
 
Gráficos e Suas Escalas 
 histograma, gráficos de colunas e de linhas, 
escalas. Nível: ensino médio. 
 
Probabilidade: diagramas de árvore 
 teorema da probabildidade total, probabilidade 
condicional, diagrama de árvore. Nível: ensino 
médio. 
 
Conhecendo o Boxplot 
 quartis, resumo dos cinco números, boxplot. Nível: 
ensino médio. 
 
Construindo Boxplots 
 quartis, resumo dos cinco números, boxplot. Nível: 
ensino médio. 
 
Probabilidade: Lançamento de Dados 
 quartis, resumo dos cinco números, boxplot. Nível: 
ensino médio. 
 
Faça Sua Pesquisa 
 pesquisa estatística; levantamento de dados. Nível: 
ensino médio. 
 
A Geometria das Médias 
 médias aritmética, geométrica, harmônica, 
quadrática. Nível: ensino médio. 
 
 
Tangrans Pitagóricos 
 áreas e semelhanças de figuras, Teorema de 
Pitágoras, polígonos quaisquer, semicírculos. Nível: 
ensino médio. 
 
Jogos Artísticos Geométricos 
 regularidade, congruência e posicionamento de 
figuras planas, polígonos equivalentes. Nível: ensino 
médio. 
 
Variação da Função Afim 
 função afim, variação, sequências, polinômios, 
progressão aritmética, GeoGebra. Nível: ensino 
médio. 
 
Variação da Função Quadrática 
 função quadrática, variação, sequências, polinômios, 
progressão aritmética, GeoGebra. Nível: ensino 
médio. 
 
Variação da Função Exponencial 
 função exponencial, variação, sequências, 
progressão geométrica, GeoGebra. Nível: ensino 
médio. 
 
EXPERIMENTOS EDUCACIONAIS 
 
A Pipa Tetraédrica de Alexander Graham Bell 
contagem, razão e proporção, semelhanças de 
figuras geométricas espaciais, áreas e volumes, 
princípio da similitude. Nível: ensino médio. 
 
 
Tangrans Pitagóricos Concretos e Virtuais 
 áreas e semelhanças de figuras, Teorema de 
Pitágoras, polígonos quaisquer, semicírculos. Nível: 
ensino médio. 
 
Tangrans Geométricos Especiais Concretos e 
Virtuais 
 regularidades, semelhanças, figuras equivalentes. 
Nível: ensino médio. 
Jogos Artísticos Geométricos Concretos e Virtuais 
 regularidade, congruência e posicionamento de 
figuras planas, polígonos equivalentes. Nível: ensino 
médio. 
 
 
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Polígonos Equivalentes Modelando 
 regularidade, congruência e posicionamento de 
figuras planas, áreas e polígonos equivalentes. 
Nível: ensino médio. 
 
Cônicas 
 lugares geométricos muito especiais, curvas 
envolventes, parábolas, elipses, hipérboles. Nível: 
ensino médio. 
 
Cônicas como Curvas Luminosas 
 superfícies de revolução, seções planas do cone e 
do cilindro, cônicas. Nível: ensino médio. 
 
Sólidos e Superfícies de Revolução 
 congruências, semelhanças; sólidos e superfícies 
de revolução, volumes. 
 
Poliedros de Platão e Seus Duais 
 poliedros de Platão, poliedros duais, cálculo e 
planificações de arestas. Nível: ensino médio. 
 
Função Simetria Axial Plana 
 involução, simetria axial, interações com a biologia 
e física. Nível: ensino médio. 
 
Elementos Básicos de Trigonometria 
 razões trigonométricas, teodolitos, aplicações. 
Nível: ensino médio. 
 
Visualizando e Modelando Poliedros de Mesmo 
Volume 
 arestas de poliedros, móbiles, volumes de 
poliedros, desenho. Nível: ensino médio. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ATIVIDADES DE ÁUDIO 
 
Matemática e Natureza 
 sequência de Fibonacci, filotaxia, espiral logarítmica, 
princípio da similitude, proporções, volumes, áreas, 
máximos e mínimos, modelagem, operações, 
psicologia, biologia matemática. Nível: ensino médio. 
 
 
Grandes Temas e Problemas da Matemática 
 caos, sistemas dinâmicos, iterações de funções, 
combinatória, teoria dos grafos, teoria dos números. 
Nível: ensino médio. 
 
Curiosidades Matemáticas 
Gauss, progressões aritméticas, progressões 
geométricas, números primos, criptografia, 
sequências, infinito. Nível: ensino médio.