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MATEMÁTICA Central de Atendimento: (91) 3278-5713 / 8163-1764 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 1 REPRESENTAÇÂO DOS CONJUNTOS Os conjuntos são representados por letras maiúsculas e os elementos do mesmo são representados entre chaves. Assim, teríamos: O conjunto das letras do nosso alfabeto; L= {a, b, c, d,..., z}. O conjunto dos dias da semana: S= {segunda, terça,... domingo}. A representação de conjuntos pode ser feita de três maneiras: 1º - Por extensão Um conjunto pode ser descrito por extensão: quando o número dos seus elementos for finito e suficientemente pequeno enumerando explicitamente todos os seus elementos colocados entre chaves e separados por vírgulas. Exemplos: A = {Janeiro, Fevereiro, Março, Abril,..., Novembro, Dezembro} - Conjunto dos meses do ano. V = {a, e, i, o, u} - Conjunto das vogais. P = {2, 4, 6, 8, 10, 12,…} Conjunto dos números pares positivos. 2º - Por compreensão: Um conjunto é representado por compreensão quando: é enunciada uma propriedade característica dos seus elementos. Isto é, uma propriedade que os seus e só os seus elementos possuam. Exemplos: B(meses do ano) C= {letras do alfabeto} D= {os meus CDs de música} P = {p ∊ N: p = 2q para algum q ∊ N} Q = {x ∊ N: x é primo} R = {x: x é um número natural par e positivo} 3º - Por diagramas (diagramas de Venn) Conjunto unitário É o conjunto que possui um único elemento. Assim, teríamos: A= {fevereiro}, B = {Número primo que é par}. Conjunto vazio É o conjunto que não possui elementos. É representado por: {} ou Ø Assim teríamos: A= {} ou A = Ø RELAÇÃO DE INCLUSÃO – SUBCONJUNTOS Seja por exemplo, o conjunto das letras do nosso alfabeto: B = {a, b, c, d, e, f, g, h, i, j,..., z} Vemos que B é formado por um conjunto de vogais (V) e um conjunto de consoantes (C). Logo poderíamos dizer que o conjunto das vogais faz parte do conjunto das letras do nosso alfabeto, e indica-se por: V ⊂ B ou B ⊃ V Assim se lê cada um dos dois símbolos: ⊂ ..... “Está contido em” ⊃ ..... “Contém” Em caso contrário indicaríamos por: ⊄ ..... “Não está contido em” ⊅ ..... “Não contém” A ⊂ B ⇔ (∀ x) (x ∊ A⇒ X ∊ B) MATEMÁTICA Central de Atendimento: (91) 3278-5713 / 8163-1764 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 2 Observação importante: O conjunto vazio é o único conjunto que é subconjunto de qualquer conjunto RELAÇÃO DE IGUALDADE Dois conjuntos, M e N, dizem-se iguais quando todo elemento de M pertence a N, e todo elemento de N pertence a M, ou seja, M é subconjunto de N e N é subconjunto de M. Logo: Se M ⊂ N e M ⊃ N → M=N Exemplificando teríamos: M = {Márcia, Maria, Fábio} N = {Fábio, Maria, Márcia} Podemos ver que os elementos de M estão em N e que o mesmo acontece com os elementos de N, então podemos dizer que M=N. CONJUNTO UNIVERSO REPRESENTAÇÃO DE VENN Seja por exemplo, o conjunto dos dias da semana que começam com S. Logo: S={ segunda-feira, sexta-feira, sábado} Podemos verificar que esse conjunto é um subconjunto do conjunto D dos dias da semana. D={Terça-feira, quarta-feira, Quinta-feira, Domingo} Um modo prático e fácil de ilustrar este conjunto é representando-o através de REPRESENTAÇÃO DE VENN. Consiste em representar os elementos de um conjunto internamente a um retângulo (geralmente) e os elementos dos subconjuntos, limitados por uma linha fechada e não entrelaçada. Assim teríamos: OPERAÇÕES ENTRE CONJUNTOS 1) INTERSECÇÃO DE CONJUNTOS: ∩ É a operação que permite determinar conjunto dos elementos comuns a dois ou mais conjuntos. Indicação: ∩ Sejam dados: A={ 1, 2, 3, 4} e B={0, 1, 3 , 5} Temos: A ∩ B = { 1, 2, 3, 4} ∩ {0, 1, 3 , 5} = {1, 3 } A ∩ B = {x/ x ∊ A e x ∊ B} 2) UNIÃO DE CONJUNTOS: U É a operação que permite determinar o conjunto de todos os elementos pertencentes a dois ou mais conjuntos. Sejam dados: A = { 1, 2, 3, 4} e B = { 0, 1, 3, 5} temos: A U B = { 1, 2, 3, 4} U { 0, 1, 3, 5} = { 0, 1, 2, 3, 4, 5} Esquemáticamente teríamos: MATEMÁTICA Central de Atendimento: (91) 3278-5713 / 8163-1764 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 3 A U B = {x/ x ∊ A ou x ∊ B} RELAÇÕES DE PERTINÊNCIA E INCLUSÃO Quando um elemento está em um conjunto, dizemos que ele pertence a esse conjunto. Exemplos: F = {0, 2, 4, 6, 8, ...} - lê-se: 2 pertence a F. - lê-se: 3 não pertence a F. Já entre conjuntos, é errado usar a relação de pertinência. Assim, utilizamos as relações de inclusão. G = {0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, ...} - lê-se: F está contido em G. - lê-se: G não está contido em F. - lê-se: G contém F. As principais operações com conjuntos são: União Exemplo: dados A = {0, 1, 2, 3} e B = {2, 3, 4, 5}, a união é o conjunto formado pela reunião dos elementos de A e de B. Representação: A B = {0, 1, 2, 3, 4, 5}. Exemplo: dados A = {0, 1, 2, 3} e B = {2, 3, 4, 5}, a diferença entre A e B é o conjunto formado pelos elementos exclusivos de A, isto é, retira-se de A o que for comum com B. Representação: A - B = {0, 1}. CUIDADO: há um engano muito comum nessa operação, que é pensar em todos os elementos que aparecem, menos os repetidos, ou seja, achar que a diferença seria dada, nesse exemplo, por {0, 1, 4, 5}. Intersecção Exemplo: dados A = {0, 1, 2, 3} e B = {2, 3, 4, 5}, a intersecção é o conjunto formado pelos elementos comuns de A e B, isto é, pelos elementos "repetidos". Representação: A B = { 2, 3}. Produto Cartesiano Exemplo: dados os conjuntos A = {1, 2, 3, 4} e B = {3, 4, 5}, o produto cartesiano de A por B é o conjunto formado por todos os pares possíveis formados com os elementos de A e de B. Esses pares são chamados de ordenados, pois cada um é formado por um elemento de A e um elemento de B, nessa ordem. Representação: ou ou ainda no Plano Cartesiano: MATEMÁTICA Central de Atendimento: (91) 3278-5713 / 8163-1764 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 4 Complementar É uma modalidade de diferença de conjuntos, que ocorre quando um conjunto está contido em outro. Exemplo: dados A = {0, 1, 2, 3} e B = {2, 3}, o complementar de B em A é a diferença A - B. Representação: CAB = A - B = {0, 1}. Já o complementar de A em B é a diferença B - A. Representação: CBA = B - A= { }. Cardinalidade Cardinalidade é o número de elementos do conjunto. Representação: n(A) = 3 - (o número de elementos do conjunto A = {0, 1, 3} é 3) Cardinalidade da união: n(A B) = n(A) + n(B) - n(A " B) O número de elementos da união de dois conjuntos é igual à soma do número de elementos de cada conjunto, menos a quantidade de elementos repetidos. NÚMEROS REAIS O conjunto dos números reais, por definição, é formado pela união dos números racionais com os irracionais. Vejamos, a seguir, cada um destes conjuntos numéricos. 1. CONJUNTO DOS NÚMEROS NATURAIS (N) N = {0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7,...} 2. CONJUNTO DOSNÚMEROS INTEIROS (Z) O conjunto dos números naturais reunidos com os números inteiros negativos forma o Conjunto dos Números Inteiros Relativos. Z = {... –4, –3, –2, –1, 0, 1, 2, 3, 4...} OBS: O uso do asterisco (*) junto ao símbolo de um conjunto numérico qualquer que compreenda originalmente o elemento zero, indica que este elemento foi retirado do conjunto. Ex: N* = {1, 2, 3, 4, 5, 6, 7,...} Z* = {... –4, –3, –2, –1, 1, 2, 3, 4...} 3. CONJUNTO DOS NÚMEROS RACIONAIS (Q) É o conjunto dos números que podem ser escritos em forma de fração. A letra “Q” que representa o conjunto dos números racionais vem da palavra quociente, isto é, um número racional é o resultado do quociente (divisão) entre dois números inteiros. Q = {x x = a , sendo a Є Z e b Є Z*} b Na divisão entre dois números inteiros, podem ocorrer três resultados: número inteiro, número decimal com casas decimais finitas, ou dízimas periódicas. 3.1. Números Inteiros O número inteiro é racional, uma vez que pode ser o resultado de uma divisão de dois números inteiros e, portanto, pela definição, faz parte do conjunto dos racionais. Ex: 15 = 3, 8 = 4, –16 = –4, 21 = –7 5 2 4 –3 3.2. Números Decimais Finitos Todos os números em sua forma decimal, que contenham uma quantidade finita de algarismos após a vírgula, também são resultado de uma fração entre dois números inteiros. Ex: 3 = 1,5 5 = 0,5 326 = 0,326 1 = 0,125 2 10 1000 8 3.3. Dízimas Periódicas São números decimais com uma infinidade de números após a vírgula, os quais se repetem. A parte que se repete é chamada de período. Estes números também resultam de uma fração entre dois inteiros. Ex: 2/9 = 0,222..., 1/3 = 0,3333..., 2/3= 0,6666... 4. CONJUNTO DOS NÚMEROS IRRACIONAIS (I) I = {x x não é quociente de números inteiros} MATEMÁTICA Central de Atendimento: (91) 3278-5713 / 8163-1764 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 5 Q Z I N São os números decimais que possuem infinitos algarismos após a vírgula sem formar um período. Ex: √2 = 1,41421356... = 3,1415926535... 5. CONJUNTO DOS NÚMEROS REAIS (R) É a união dos conjuntos dos números Racionais (Q) com o conjunto dos números Irracionais (I). R = Q I N Z Q R I R Q R Podemos dizer que existe uma correspondência biunívoca entre os números reais e os pontos de uma reta. Temos assim a reta real, na qual colocamos apenas alguns números reais: OPERAÇÕES COM NÚMEROS REAIS Operações com Números Racionais A adição (soma) A adição é uma das quatro operações básicas da álgebra. Consiste em combinar dois números (chamados de termos, somandos ou parcelas) em um único número, a soma. Para se adicionar mais números, basta repetir a operação. Em termos mais simples, podemos pensar na operação de adição quando nosso desejo é juntar coisas que estão separadas. ADIÇÃO DE NÚMEROS INTEIROS Em um colégio, existem 3 turmas. A primeira turma tem 14 alunos, a segunda tem 19 alunos e a terceira tem 15 alunos. Quantos alunos o colégio possui? Para determinarmos a quantidade de alunos que o colégio possui, basta juntarmos os alunos de todas as turmas. Isto é: somar a quantidade de alunos de cada turma. 14 + 19 + 15 = 48 Portanto, existem 48 alunos neste colégio. ADIÇÃO DE NÚMEROS DECIMAIS Em seu aniversário de 7 anos, Leonardo recebeu presentes em dinheiro. Seu pai lhe deu R$ 15,50, sua mãe R$ 7,65 e seu irmão R$ 8,28. Qual o valor total recebido por Leonardo? Para calcularmos o valor total recebido por Leonardo, basta somarmos todos os valores recebidos. Para realizar a adição de números decimais, as parcelas são dispostas de modo que se tenha vírgula sobre vírgula. A soma é feita por colunas, da direita para a esquerda. Caso a soma da coluna ultrapasse o valor 9 (nove), somente preencheremos o campo de resultado com o dígito direito do resultado obtido. Os dígitos restantes ficarão acima da coluna imediatamente à esquerda da coluna somada. No caso da coluna somada ser a última, todos os dígitos poderão ser incluídos no campo de resultado. Neste exemplo, a primeira coluna a ser somada tem os seguintes valores: 0, 5 e 8. Portanto, 0 + 5 + 8 = 13. Como o resultado ultrapassou o valor 9, preencheremos o campo de resultado somente com o o dígito direito do resultado obtido (neste caso, o número 3). O dígito 1 será incluído acima da coluna imediatamente à esquerda da coluna calculada. Na segunda coluna, os valores a serem somados incluem o número 1 colocado acima desta coluna. Portanto, 1 + 5 + 6 + 2 = 14. O mesmo procedimento é utilizado até calcularmos todas as colunas, obtendo-se assim a soma desejada. Com este resultado, sabemos que o valor total recebido por Leonardo é R$ 31,43. ADIÇÃO DE NÚMEROS FRACIONÁRIOS Podemos definir as frações como partes de um todo. Por exemplo, teremos de uma pizza se dividirmos esta pizza em 8 pedaços iguais e MATEMÁTICA Central de Atendimento: (91) 3278-5713 / 8163-1764 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 6 tomarmos 3 destas partes. Também definimos a fração como o resultado da divisão de dois números. Por exemplo, a fração é o resultado da divisão de 3 por 8. Para somar frações que tenham o mesmo denominador, basta somar seus numeradores, como no exemplo abaixo: No caso de frações com denominadores diferentes, devemos seguir alguns passos. Para entendermos este processo, calcularemos a seguinte soma de frações: 1.º Passo: Encontrar um número que seja múltiplo de todos os denominadores (para isto, podemos utilizar o M.M.C., que será detalhado em outro tópico). Este número será o novo denominador. Podemos utilizar, neste exemplo, o número 30 como múltiplo de todos os denominadores. 2.º Passo: Representar todas as frações da adição com este mesmo denominador. Para representar cada fração com este novo denominador, basta dividirmos este novo denominador pelo numerador da fração, e então multiplicar o resultado obtido pelo numerador desta mesma fração, obtendo assim o novo numerador desta fração. Nas frações de nosso exemplo as contas são: 30 ÷ 3 × 7 = 70, 30 ÷ 2 × 4 = 60 e 30 ÷ 5 × 4 = 24. Portanto, temos: Apenas simplificando, temos: Propriedades Importantes da Adição Comutatividade: A ordem das parcelas não altera o resultado final da operação. Assim, se x + y = z, logo y + x = z. Associatividade: O agrupamento das parcelas não altera o resultado. Assim, se (x + y) + z = w, logo x + (y + z) = w. Elemento Neutro: A parcela 0 (zero) não altera o resultado das demais parcelas. O zero é chamado "elemento neutro" da adição. Assim, se x + y = z, logo x + y + 0 = z. Fechamento: A soma de dois números naturais será sempre um número natural. Anulação: A soma de qualquer número e o seu oposto é zero. Exemplo: 2 + (-2) = 0. A SUBTRAÇÃO A subtração pode ser considerada como o oposto da adição. Pensamos em subtração quando queremos tirar um valor de outro, para saber quanto restará. Por exemplo, temos: a - b = c Nesta subtração, temos que: a é o minuendo, b é o subtraendo e c é a diferença (ou resto). Subtração de Números Inteiros Um carteiro, de nome Francisco, deve entregar 100 correspondênciaspor dia. Se em determinado dia, até seu almoço, Francisco entregar 63 correspondências, quantas ele deverá entregar após o almoço para atingir sua meta? Para determinarmos a quantidade de correspondências que devem ser entregues após o almoço, devemos subtrair o número de correspondências já entregues. Ou seja, subtrair 63 de 100: 100 - 63 = 37 Portanto, Francisco deverá entregar 37 correspondências após o almoço. Subtração de Números Decimais Marta foi à feira e levou R$ 43,50. Durante suas compras, Marta gastou 31,23. Com quanto dinheiro Marta voltou para casa? Para calcularmos o valor restante, basta subtrairmos o valor gasto do valor inicial. Para realizar a subtração de números decimais, as parcelas são dispostas de modo que se tenha vírgula sobre vírgula. A subtração é feita por colunas, da direita para a esquerda, onde devemos retirar do dígito do minuendo o dígito do subtraendo. Caso o dígito do minuendo seja menor do que o dígito do subtraendo, devemos retirar uma unidade do dígito do minuendo imediatamente à esquerda do dígito que está sendo calculado, e somar 10 (dez) ao dígito do minuendo do cálculo atual. Neste exemplo, a primeira coluna a ser subtraída apresenta os seguintes valores: 0 (dígito do minuendo) e 3 (dígito do subtraendo). Como o dígito do minuendo é menor que o dígito do subtraendo, precisamos retirar 1 (um) do dígito do minuendo à esquerda (neste caso, o dígito 5). Após isto, devemos somar 10 (dez) ao dígito do minuendo do cálculo atual. Portanto, o dígito 5 passa a valer 4, e o dígito 0 MATEMÁTICA Central de Atendimento: (91) 3278-5713 / 8163-1764 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 7 passa a valer 10. Veja abaixo como ficou a subtração após o cálculo da primeira coluna: O mesmo procedimento é utilizado até calcularmos todas as colunas, obtendo-se assim a subtração desejada. Com este resultado, sabemos que Marta voltou para casa com R$ 12,27. SUBTRAÇÃO DE NÚMEROS FRACIONÁRIOS Para subtrair frações que tenham o mesmo denominador, basta subtrair seus numeradores, como no exemplo abaixo: No caso de frações com denominadores diferentes, devemos seguir alguns passos. Para entendermos este processo, calcularemos a seguinte subtração de frações: 1.º Passo: Encontrar um número que seja múltiplo de todos os denominadores (para isto, podemos utilizar o M.M.C., que será detalhado em outro tópico). Este número será o novo denominador. Podemos utilizar, neste exemplo, o número 30 como múltiplo de todos os denominadores. 2.º Passo: Representar todas as frações da subtração com este mesmo denominador. Para representar cada fração com este novo denominador, basta dividirmos este novo denominador pelo numerador da fração, e então multiplicar o resultado obtido pelo numerador desta mesma fração, obtendo assim o novo numerador desta fração. Nas frações de nosso exemplo as contas são: 30 ÷ 15 × 13 = 26 e 30 ÷ 2 × 1 = 15. Portanto, temos: Propriedades Importantes da Subtração 3) Elemento Neutro: A parcela 0 (zero) não altera o resultado das demais parcelas. O zero é chamado "elemento neutro" da adição. Assim, x - 0 = x, y - 0 = y e x - 0 - y = x - y. 4) Fechamento: A diferença de dois números naturais será sempre um número natural. 5) Anulação: Quando o minuendo é igual ao subtraendo, a diferença será 0 (zero). Exemplo: 2 - 2 = 0. A MULTIPLICAÇÃO Em sua forma mais simples, a multiplicação nada mais é do que uma simples forma de se somar uma quantidade finita de números iguais. Na multiplicação cada número é chamado de fator, e o resultado da multiplicação é chamado de produto. A multiplicação pode ser escrita de diversas formas, todas elas equivalentes: 3 × 4 = 3 . 4 = 3 * 4. Multiplicação de Números Inteiros A multiplicação de números inteiros pode ser considerada como uma soma de parcelas iguais. Por exemplo: 4 × 3 = 3 + 3 + 3 + 3 = 12 O número 3 apareceu 4 vezes. Portanto, 4 vezes 3 é igual a 12. Da mesma forma temos: 3 × 4 = 4 + 4 + 4 = 12 Neste caso, o número 4 apareceu 3 vezes. Então, 3 vezes 4 é igual a 12. Problema: Sabemos que Patrícia treina natação durante 45 horas a cada mês. Quantas horas Patrícia treina durante um ano? Para determinarmos quantas horas de treinamento Patrícia realiza em um ano, devemos multiplicar a quantidade de horas de treinamento em um mês (15) pela quantidade de meses em um ano (12). Temos, portanto, a seguinte multiplicação a ser realizada: 15 × 12. Para realizarmos a multiplicação, montamos a conta da seguinte maneira: Da direita para esquerda, devemos multiplicar cada dígito do segundo fator por todos os dígitos do primeiro fator. A disposição do resultado se dará da direita para a esquerda, iniciando-se abaixo do dígito do segundo fator que está sendo calculado. Caso a multiplicação de dois dígitos ultrapasse o valor 9 (nove), somente preencheremos o campo de resultado com o dígito direito do resultado obtido. Os dígitos restantes ficarão acima MATEMÁTICA Central de Atendimento: (91) 3278-5713 / 8163-1764 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 8 do dígito do primeiro fator, imediatamente à esquerda do dígito calculado. No caso do dígito da esquerda do primeiro fator, todos os dígitos poderão ser incluídos no campo de resultado. Neste exemplo, temos a seguinte multiplicação: 2 × 5 = 10. Portanto, o 0 (zero) fica abaixo do 2, e o 1 fica acima do dígito 1 do primeiro fator. Quando o dígito do primeiro fator estiver sendo multiplicado e tiver herdado um número acima, será feita a multiplicação normalmente, e após isto será somado o valor que estiver acima deste dígito, conforme mostra o exemplo abaixo, onde 2 × 1 + 1 = 3 Decomposição em fatores primos Todo número natural, maior que 1, pode ser decomposto num produto de dois ou mais fatores. Decomposição do número 24 num produto: 24 = 4 x 6 24 = 2 x 2 x 6 24 = 2 x 2 x 2 x 3 = 2 3 x 3 No produto 2 x 2 x 2 x 3 todos os fatores são primos. Chamamos de fatoração de 24 a decomposição de 24 num produto de fatores primos. Então a fatoração de 24 é 2 3 x 3. De um modo geral, chamamos de fatoração de um número natural, maior que 1, a sua decomposição num produto de fatores primos. Regra prática para a fatoração Existe um dispositivo prático para fatorar um número. Acompanhe, no exemplo, os passos para montar esse dispositivo: 1º) Dividimos o número pelo seu menor divisor primo; 2º) a seguir, dividimos o quociente obtido pelo menor divisor primo desse quociente e assim sucessivamente até obter o quociente 1. A figura ao lado mostra a fatoração do número 630. Então 630 = 2 x 3 x 3 x 5 x 7. 630 = 2 x 3 2 x 5 x 7. MÍNIMO MÚLTIPLO COMUM Diz-se que um número m é múltiplo comum dos número a e b se m é múltiplo de a e também é múltiplo de b, ou seja. m = k × a e m = w × b onde k e w números naturais. Exemplos: Múltiplos comuns (a) 24 é múltiplo comum de 6 e 8. (b) 15 é múltiplo comum de 3 e 5. Determinaremos agora todos os números que tem 18 como múltiplo comum, o que é o mesmo que obter todos os divisores naturais de 18. 18 é múltiplo comum de 1 e 18 pois 18=1x18 18 é múltiplo comum de 2 e 9 pois 18=2x9 18 é múltiplo comum de 3 e 6 pois 18=3x6 O número 18 é múltiplo comum de todos os seus divisores, logo: D(18) = { 1, 2, 3, 6, 9,18 } Agora obteremos os múltiplos comuns dos números a e b. Para isso denotaremospor M(a) o conjunto dos múltiplos de a, por M(b) o conjunto dos múltiplos de b e tomaremos a interseção entre os conjuntos M(a) e M(b). Exemplo: Múltiplos comuns de 3 e 5. M(3)={0,3,6,9,12,15,18,21,24,27,30,33,36,39, 42,45,...} M(5)={0,5,10,15,20,25,30,35,40,45,50,55,...} M(3) M(5)={0,15,30,45,...} Como estamos considerando 0 (zero) como número natural, ele irá fazer parte dos conjuntos de todos os múltiplos de números naturais e será sempre o menor múltiplo comum, mas por definição, o Mínimo Múltiplo Comum (MMC) de dois ou mais números naturais é o menor múltiplo comum a esses números que é diferente de zero. Logo, no conjunto: M(3) M(5)={0, 15, 30, 45, ...} MATEMÁTICA Central de Atendimento: (91) 3278-5713 / 8163-1764 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 9 o Mínimo Múltiplo Comum entre 3 e 5 é igual a 15. Ao trabalhar com dois números a e b, utilizamos a notação MMC(a,b) para representar o Mínimo Múltiplo Comum entre os números naturais a e b, lembrando sempre que o menor múltiplo comum deve ser diferente de zero. Por exemplo: M(4)={0,4,8,12,16,20,24,...} M(6)={ 0, 6, 12, 18, 24, ...} MMC(4,6)=min {12,24,36,...}=12 O conjunto dos múltiplos do MMC(a,b) é igual ao conjunto dos múltiplos comuns de a e b. Por exemplo, se a=3 e b=5: M(3)={0,3,6,9,12,15,18,21,24,27,30,...} M(5)={0,5,10,15,20,25,30,35,40,45,...} M(3) M(5)={0,15,30,45,...} M(15)={0,15,30,45,60,...} Observe que M(15)=M(3) M(5) Método prático para obter o MMC Do ponto de vista didático, o processo acima é excelente para mostrar o significado do MMC mas existe um método prático para realizar tal tarefa sem trabalhar com conjuntos. 1. Em um papel faça um traço vertical, de forma que sobre espaço livre tanto à direita como à esquerda do traço. | | | 2. À esquerda do traço escreva os números naturais como uma lista, separados por vírgulas, para obter o MMC(a,b,c,...). Por exemplo, tomaremos 12, 22 e 28 do lado esquerdo do traço vertical e do lado direito do traço poremos o menor número primo que divide algum dos números da lista que está à esquerda. Aqui usamos o 2. 1 2 2 2 2 8 | 2 | | 3. Dividimos todos os números da lista da esquerda, que são múltiplos do número primo que está à direita do traço, criando uma nova lista debaixo da lista anterior com os valores resultantes das divisões (possíveis) e com os números que não foram divididos. 1 2 2 2 2 8 | 2 6 1 1 1 4 | | | 4. Repetimos a partir do passo 3 até que os valores da lista que está do lado esquerdo do traço se tornem todos iguais a um. 1 2 2 2 2 8 | 2 6 1 1 1 4 | 2 3 1 1 7 | 3 1 1 1 7 | 7 1 1 1 1 | 1 1 1 1 1 | 9 24 5. O MMC é o produto dos números primos que colocamos do lado direito do traço e neste caso: MMC(12,22,28)=924. Exemplo: Obtemos o MMC dos números 12 e 15, com a tabela: MATEMÁTICA Central de Atendimento: (91) 3278-5713 / 8163-1764 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 10 1 2 1 5 | | e depois dividimos todos os números da lista da esquerda pelos números primos (quando a divisão for possível), criando novas listas sob as listas anteriores. O MMC(12,15)=60 é o produto de todos os números primos que colocamos do lado direito do traço. 1 2 1 5 2 6 1 5 2 3 1 5 3 1 5 5 1 1 6 0 MÁXIMO DIVISOR COMUM Para obter o Máximo Divisor Comum devemos introduzir o conceito de divisor comum a vários números naturais. Um número d é divisor comum de outros dois números naturais a e b se, d divide a e d divide b simultaneamente. Isto significa que devem existir k1 e k2 naturais tal que: a = k1 × d e b = k2 × d Exemplos: Divisores comuns. (a) 8 divide 24 e 56, pois 24=3x8 e 56=7x8. (b) 3 divide 15 e 36, pois 15=5x3 e 36=12x3. Observação: Um número d é divisor de todos os seus múltiplos. O conjunto dos divisores comuns de dois números é finito, pois o conjunto dos divisores de um número é finito. O conjunto dos divisores de um número natural y, será denotado por D(y). Obteremos agora os divisores comuns aos números 16 e 24, isto é, obteremos a interseção entre os conjunto D(16) e D(24). D(16)={ 1, 2, 4, 8, 16 } D(24)={ 1, 2, 3, 4, 6, 8, 12, 24 } D(16) D(24)={1, 2, 4, 8} Ocorre que o menor divisor comum entre os números 16 e 24, é 1, assim não interessa o menor divisor comum mas sim o maior divisor que pertence simultaneamente aos dois conjuntos de divisores. Denotaremos por MDC(a,b), o Máximo Divisor Comum entre os números naturais a e b. Por exemplo, tomemos os conjuntos de divisores D(16)={1,2,4,8,16} e D(24)={1,2,3,4,6,8,12,24}, então: MDC(16,24)=max( D(16) D(24))=8 Método prático para obter o MDC De forma similar ao cálculo do MMC(a,b), temos também um procedimento prático para determinar o MDC(a,b) entre dois números naturais, pois encontrar conjuntos de divisores para cada número pode ser trabalhoso. Para introduzir este método, determinaremos o MDC entre os números 30 e 72, a título de exemplo. 1. Construímos uma grade com 3 linhas e algumas colunas, pondo os números dados na linha do meio. Na primeira coluna coloque o maior deles e na segunda coluna o menor. 7 2 3 0 2. Realizamos a divisão do maior pelo menor colocando o quociente no espaço sobre o número menor na primeira linha e o resto da divisão no espaço logo abaixo do maior número na terceira linha. 2 7 2 3 0 1 2 3. Passamos o resto da divisão para o espaço localizado à direita do menor número na linha central. MATEMÁTICA Central de Atendimento: (91) 3278-5713 / 8163-1764 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 11 2 7 2 3 0 1 2 1 2 4. Realizamos agora a divisão do número 30, pelo resto obtido anteriormente que é 12. Novamente, o quociente será colocado sobre o número 12 e o resto da divisão ficará localizado abaixo do número 30. 2 2 7 2 3 0 1 2 1 2 6 5. Realizamos agora a (última!) divisão do número 12, pelo resto obtido anteriormente que é 6. De novo, o quociente será posto sobre o número 6 e o resto da divisão ficará localizado abaixo do número 12. 2 2 2 7 2 3 0 1 2 6 1 2 6 0 6. Como o resto da última divisão é 0 (zero), o último quociente obtido representa o MDC entre 30 e 72, logo denotamos tal fato por: MDC(30,72) = 6 RELAÇÃO ENTRE O MMC E MDC Uma relação importante e bastante útil entre o MMC e o MDC é o fato que o MDC(a,b) multiplicado pelo MMC(a,b) é igual ao produto de a por b, isto é: MDC(a,b) × MMC(a,b) = a × b MDC(12,15) × MMC(12,15)=12 × 15 Esta relação é útil quando precisamos obter o MMC e o MDC de dois números, basta encontrar um deles e usar a relação acima. Exemplo: Para obter o MMC(15,20) e o MDC(15,20), o primeiro passo é obter o que for possível. Se MDC(15,20)=5 e 15 x 20=300, basta lembrar que MDC(15,20)×MMC(15,20)=15×20 e fazer: 5 × MMC(15,20) = 300 de onde se obtém que MMC(15,20)=60. O CONJUNTO DOS NÚMEROS INTEIROS números inteiros Na época do Renascimento, os matemáticos sentiram cada vez mais a necessidade de um novo tipo de número, que pudesse ser a solução de equações tão simples como: x + 2 = 0, 2x + 10 = 0, 4y + 4 = 0As Ciências precisavam de símbolos para representar temperaturas acima e abaixo de 0º C, por exemplo. Astrônomos e físicos procuravam uma linguagem matemática para expressar a atração entre dois corpos. Quando um corpo age com uma força sobre outro corpo, este reage com uma força de mesma intensidade e sentido contrário. Mas a tarefa não ficava somente em criar um novo número, era preciso encontrar um símbolo que permitisse operar com esse número criado, de modo prático e eficiente. Sobre a origem dos sinais A idéia sobre os sinais vem dos comerciantes da época. Os matemáticos encontraram a melhor notação para expressar esse novo tipo de número. Veja como faziam tais comerciantes: Suponha que um deles tivesse em seu armazém duas sacas de feijão com 10 kg cada. Se esse comerciante vendesse num dia 8 Kg de feijão, MATEMÁTICA Central de Atendimento: (91) 3278-5713 / 8163-1764 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 12 ele escrevia o número 8 com um traço (semelhante ao atual sinal de menos) na frente para não se esquecer de que no saco faltava 8 Kg de feijão. Mas se ele resolvesse despejar no outro saco os 2 Kg que restaram, escrevia o número 2 com dois traços cruzados (semelhante ao atual sinal de mais) na frente, para se lembrar de que no saco havia 2 Kg de feijão a mais que a quantidade inicial. Com essa nova notação,os matemáticos poderiam, não somente indicar as quantidades, mas também representar o ganho ou a perda dessas quantidades, através de números, com sinal positivo ou negativo. O conjunto Z dos Números Inteiros Definimos o conjunto dos números inteiros como a reunião do conjunto dos números naturais, o conjunto dos opostos dos números naturais e o zero. Este conjunto é denotado pela letra Z (Zahlen=número em alemão). Este conjunto pode ser escrito por: Z = {..., -4, -3, -2, -1, 0, 1, 2, 3, 4,...} Exemplos de subconjuntos do conjunto Z (a) Conjunto dos números inteiros excluído o número zero: Z* = {..., -4, -3, -2, -1, 1, 2, 3, 4,...} (b) Conjunto dos números inteiros não negativos: Z+ = {0, 1, 2, 3, 4,...} (c) Conjunto dos números inteiros não positivos: Z- = {..., -4, -3, -2, -1, 0} Observação: Não existe padronização para estas notações. Reta Numerada Uma forma de representar geometricamente o conjunto Z é construir uma reta numerada, considerar o número 0 como a origem e o número 1 em algum lugar, tomar a unidade de medida como a distância entre 0 e 1 e por os números inteiros da seguinte maneira: Ao observar a reta numerada notamos que a ordem que os números inteiros obedecem é crescente da esquerda para a direita, razão pela qual indicamos com uma seta para a direita. Esta consideração é adotada por convenção, o que nos permite pensar que se fosse adotada outra forma, não haveria qualquer problema. Baseando-se ainda na reta numerada podemos afirmar que todos os números inteiros possuem um e somente um antecessor e também um e somente um sucessor. Ordem e simetria no conjunto Z O sucessor de um número inteiro é o número que está imediatamente à sua direita na reta (em Z) e o antecessor de um número inteiro é o número que está imediatamente à sua esquerda na reta (em Z). Exemplos: (a) 3 é sucessor de 2 (b) 2 é antecessor de 3 (c) -5 é antecessor de -4 (d) -4 é sucessor de -5 (e) 0 é antecessor de 1 (f) 1 é sucessor de 0 (g) -1 é sucessor de -2 (h) -2 é antecessor de -1 Todo número inteiro exceto o zero, possui um elemento denominado simétrico ou oposto -z e ele é caracterizado pelo fato geométrico que tanto z como - z estão à mesma distância da origem do conjunto Z que é 0. Exemplos: (a) O oposto de ganhar é perder, logo o oposto de +3 é -3. (b) O oposto de perder é ganhar, logo o oposto de -5 é +5. Módulo de um número Inteiro O módulo ou valor absoluto de um número Inteiro é definido como sendo o maior valor (máximo) entre um número e seu elemento oposto e pode ser denotado pelo uso de duas barras verticais | |. Assim: |x| = max{-x,x} Exemplos: (a) |0| = 0 (b) |8| = 8 (c) |-6| = 6 Observação: Do ponto de vista geométrico, o módulo de um número inteiro corresponde à distância deste número até a origem (zero) na reta numérica inteira. Soma (adição) de números inteiros MATEMÁTICA Central de Atendimento: (91) 3278-5713 / 8163-1764 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 13 Para melhor entendimento desta operação, associaremos aos números inteiros positivos a idéia de ganhar e aos números inteiros negativos a idéia de perder. ganhar 3 + ganhar 4 = ganhar 7 (+3) + (+4) = (+7) perder 3 + perder 4 = perder 7 (-3) + (-4) = (-7) ganhar 8 + perder 5 = ganhar 3 (+8) + (-5) = (+3) perder 8 + ganhar 5 = perder 3 (-8) + (+5) = (-3) Atenção: O sinal (+) antes do número positivo pode ser dispensado, mas o sinal (-) antes do número negativo nunca pode ser dispensado. Exemplos: (a) -3 + 3 = 0 (b) +6 + 3 = 9 (c) +5 - 1 = 4 Propriedades da adição de números inteiros Fecho: O conjunto Z é fechado para a adição, isto é, a soma de dois números inteiros ainda é um número inteiro. Associativa: Para todos a,b,c em Z: a + ( b + c ) = ( a + b ) + c 2 + ( 3 + 7 ) = ( 2 + 3 ) + 7 Comutativa: Para todos a,b em Z: a + b = b + a 3 + 7 = 7 + 3 Elemento neutro: Existe 0 em Z, que adicionado a cada z em Z, proporciona o próprio z, isto é: z + 0 = z 7 + 0 = 7 Elemento oposto: Para todo z em Z, existe (-z) em Z, tal que z + (-z) = 0 9 + (-9) = 0 Multiplicação (produto) de números inteiros A multiplicação funciona como uma forma simplificada de uma adição quando os números são repetidos. Poderiamos analisar tal situação como o fato de estarmos ganhando repetidamente alguma quantidade, como por exemplo, ganhar 1 objeto por 30 vezes consectivas, significa ganhar 30 objetos e esta repetição pode ser indicada por um x, isto é: 1 + 1 + 1 + ... + 1 + 1 = 30 x 1 = 30 Se trocarmos o número 1 pelo número 2, obteremos: 2 + 2 + 2 + ... + 2 + 2 = 30 x 2 = 60 Se trocarmos o número 2 pelo número -2, obteremos: (-2) + (-2) + ... + (-2) = 30 x (-2) = -60 Observamos que a multiplicação é um caso particular da adição onde os valores são repetidos. Na multiplicação o produto dos números a e b, pode ser indicado por axb, a.b ou ainda ab sem nenhum sinal entre as letras. Para realizar a multiplicação de números inteiros, devemos obedecer à seguinte regra de sinais: (+1) × (+1) = (+1) (+1) × (-1) = (-1) (-1) × (+1) = (-1) (-1) × (-1) = (+1) Com o uso das regras acima, podemos concluir que: Sinais dos números Resultado do produto iguais positivo diferentes negativo Propriedades da multiplicação de números inteiros Fecho: O conjunto Z é fechado para a multiplicação, isto é, a multiplicação de dois números inteiros ainda é um número inteiro. Associativa: Para todos a,b,c em Z: a x ( b x c ) = ( a x b ) x c 2 x ( 3 x 7 ) = ( 2 x 3 ) x 7 Comutativa: Para todos a,b em Z: a x b = b x a 3 x 7 = 7 x 3 Elemento neutro: Existe 1 em Z, que multiplicado por todo z em Z, proporciona o próprio z, isto é: z x 1 = z 7 x 1 = 7 Elemento inverso: Para todo inteiro z diferente de zero, existe um inverso z -1 =1/z em Z, tal que z x z -1 = z x (1/z) = 1 9 x 9 -1 = 9 x (1/9) = 1 Propriedade mista (distributiva) Distributiva: Para todos a,b,c em Z: a x ( b + c ) = ( a x b ) + ( a x c ) 3 x ( 4 + 5 ) = ( 3 x 4 ) + ( 3 x 5 ) MATEMÁTICACentral de Atendimento: (91) 3278-5713 / 8163-1764 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 14 Potenciação de números inteiros A potência a n do número inteiro a, é definida como um produto de n fatores iguais. O número a é denominado a base e o número n é o expoente. a n = a × a × a × a × ... × a a é multiplicado por a n vezes Exemplos: a. 2 5 = 2 x 2 x 2 x 2 x 2 = 32 b. (-2)³ = (-2) x (-2) x (-2) = -8 c. (-5)² = (-5) x (-5) = 25 d. (+5)² = (+5) x (+5) = 25 com os exemplos acima, podemos observar que a potência de todo número inteiro elevado a um expoente par é um número positivo e a potência de todo número inteiro elevado a um expoente ímpar é um número que conserva o seu sinal. Observação: Quando o expoente é n=2, a potência a² pode ser lida como: "a elevado ao quadrado" e quando o expoente é n=3, a potência a³ pode ser lida como: "a elevado ao cubo". Tais leituras são provenientes do fato que área do quadrado pode ser obtida por A=a² onde a é é a medida do lado e o volume do cubo pode ser obtido por V=a³ onde a é a medida do lado do cubo. Radiciação de números inteiros A raiz n-ésima (de ordem n) de um número inteiro a é a operação que resulta em um outro número inteiro não negativo b que elevado à potência n fornece o número a. O número n é o índice da raiz enquanto que o número a é o radicando (que fica sob o sinal do radical). Leia a observação seguinte para entender as razões pelas quais não uso o símbolo de radical neste trabalho. Observação: Por deficiência da linguagem HTML, que até hoje não implementou o sinal de raiz n-ésima, usarei R n [a] para indicar a raiz n-ésima de a. Quando n=2, simplesmente indicarei a raiz de ordem 2 de um número inteiro a como R[a]. Assim, b é a raiz n-ésima de a se, e somente se, a=b n , isto é: b=R n [a] se, e somente se, a=b n A raiz quadrada (de ordem 2) de um número inteiro a é a operação que resulta em um outro número inteiro não negativo que elevado ao quadrado coincide com o número a. Observação: Não existe a raiz quadrada de um número inteiro negativo no conjunto dos números inteiros. A existência de um número cujo quadrado é igual a um número negativo só será estudada mais tarde no contexto dos números complexos. Erro comum: Frequentemente lemos em materiais didáticos e até mesmo ocorre em algumas aulas aparecimento de: R[9] = ±3 mas isto está errado. O certo é: R[9] = +3 Observamos que não existe um número inteiro não negativo que multiplicado por ele mesmo resulte em um número negativo. A raiz cúbica (de ordem 3) de um número inteiro a é a operação que resulta em um outro número inteiro que elevado ao cubo seja igual ao número a. Aqui não restringimos os nossos cálculos somente aos números não negativos. Exemplos: (a) R³[8] = 2, pois 2³ = 8. (b) R³[-8] = -2, pois (-2)³ = -8. (c) R³[27] = 3, pois 3³ = 27. (d) R³[-27] = -3, pois (-3)³ = -27. Observação: Ao obedecer a regra dos sinais para o produto de números inteiros, concluímos que: (a) Se o índice da raiz for par, não existe raiz de número inteiro negativo. (b) Se o índice da raiz for ímpar, é possível extrair a raiz de qualquer número inteiro. O CONJUNTO DOS NÚMEROS RACIONAIS Um número racional é o que pode ser escrito na forma m n onde m e n são números inteiros, sendo que n deve ser não nulo, isto é, n deve ser diferente de zero. Frequentemente usamos m/n para significar a divisão de m por n. Quando não existe possibilidade de divisão, simplesmente usamos uma letra como q para entender que este número é um número racional. Como podemos observar, números racionais podem ser obtidos através da razão (em Latim: ratio=razão=divisão=quociente) entre dois números inteiros, razão pela qual, o conjunto de todos os números racionais é denotado por Q. Assim, é comum encontrarmos na literatura a notação: Q = {m/n : m e n em Z, n diferente de zero} MATEMÁTICA Central de Atendimento: (91) 3278-5713 / 8163-1764 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 15 Quando há interesse, indicamos Q+ para entender o conjunto dos números racionais positivos e Q_ o conjunto dos números racionais negativos. O número zero é também um número racional. No nosso link Frações já detalhamos o estudo de frações e como todo número racional pode ser posto na forma de uma fração, então todas as propriedades válidas para frações são também válidas para números racionais. Para simplificar a escrita, muitas vezes usaremos a palavra racionais para nos referirmos aos números racionais. Dízima periódica Uma dízima periódica é um número real da forma: m,npppp... onde m, n e p são números inteiros, sendo que o número p se repete indefinidamente, razão pela qual usamos os três pontos: ... após o mesmo. A parte que se repete é denominada período. Em alguns livros é comum o uso de uma barra sobre o período ou uma barra debaixo do período ou o período dentro de parênteses, mas, para nossa facilidade de escrita na montagem desta Página, usaremos o período sublinhado. Exemplos: Dízimas periódicas 1. 0,3333333... = 0,3 2. 1,6666666... = 1,6 3. 12,121212... = 12,12 4. 0,9999999... = 0,9 5. 7,1333333... = 7,13 Uma dízima periódica é simples se a parte decimal é formada apenas pelo período. Alguns exemplos são: 1. 0,333333... = 0,(3) = 0,3 2. 3,636363... = 3,(63) = 3,63 Uma dízima periódica é composta se possui uma parte que não se repete entre a parte inteira e o período. Por exemplo: 1. 0,83333333... = 0,83 2. 0,72535353... = 0,7253 Uma dízima periódica é uma soma infinita de números decimais. Alguns exemplos: 1. 0,3333...= 0,3 + 0,03 + 0,003 + 0,0003 +... 2. 0,8333...= 0,8 + 0,03 + 0,003 + 0,0003 + ... 3. 4,7855...= 4,78 + 0,005 + 0,0005 + ... A conexão entre números racionais e números reais Um fato importante que relaciona os números racionais com os números reais é que todo número real que pode ser escrito como uma dízima periódica é um número racional. Isto significa que podemos transformar uma dízima periódica em uma fração. O processo para realizar esta tarefa será mostrado na sequência com alguns exemplos numéricos. Para pessoas interessadas num estudo mais aprofundado sobre a justificativa para o que fazemos na sequência, deve-se aprofundar o estudo de séries geométricas no âmbito do Ensino Médio ou mesmo estudar números racionais do ponto de vista do Cálculo Diferencial e Integral ou da Análise na Reta no âmbito do Ensino Superior. A geratriz de uma dízima periódica Dada uma dízima periódica, qual será a fração que dá origem a esta dízima? Esta fração é de fato um número racional denominado a geratriz da dízima periódica. Para obter a geratriz de uma dízima periódica devemos trabalhar com o número dado pensado como uma soma infinita de números decimais. Para mostrar como funciona o método, utilizaremos diversos exemplos numéricos. 1. Seja S a dízima periódica 0,3333333..., isto é, S=0,3. Observe que o período tem apenas 1 algarismo. Iremos escrever este número como uma soma de infinitos números decimais da forma: S = 0,3 + 0,03 + 0,003 + 0,0003 + 0,00003 +... Multiplicando esta soma "infinita" por 10 1 =10 (o período tem 1 algarismo), obteremos: 10 S = 3 + 0,3 + 0,03 + 0,003 + 0,0003 +... Observe que são iguais as duas últimas expressões que aparecem em cor vermelha! Subtraindo membro a membro a penúltima expressão da última, obtemos: 10 S - S = 3 donde segue que 9 S = 3 Simplificando, obtemos: S = 1 3 = 0,33333... = 0,3 http://pessoal.sercomtel.com.br/matematica/fundam/fracoes/fracoes.htm MATEMÁTICACentral de Atendimento: (91) 3278-5713 / 8163-1764 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 16 Exercício: Usando o mesmo argumento que antes, você saberia mostrar que: 0,99999... = 0,9 = 1 2. Vamos tomar agora a dízima periódica T=0,313131..., isto é, T=0,31. Observe que o período tem agora 2 algarismos. Iremos escrever este número como uma soma de infinitos números decimais da forma: T =0,31 + 0,0031 + 0,000031 +... Multiplicando esta soma "infinita" por 10²=100 (o período tem 2 algarismos), obteremos: 100 T = 31 + 0,31 + 0,0031 + 0,000031 +... Observe que são iguais as duas últimas expressões que aparecem em cor vermelha, assim: 100 T = 31 + T de onde segue que 99 T = 31 e simplificando, temos que T = 31 99 = 0,31313131... = 0,31 3. Um terceiro tipo de dízima periódica é T=7,1888..., isto é, T=7,18. Observe que existe um número com 1 algarismo após a vírgula enquanto que o período tem também 1 algarismo. Escreveremos este número como uma soma de infinitos números decimais da forma: R = 7,1 + 0,08 + 0,008 + 0,0008 +... Manipule a soma "infinita" como se fosse um número comum e passe a parte que não se repete para o primeiro membro para obter: R-7,1 = 0,08 + 0,008 + 0,0008 +... Multiplique agora a soma "infinita" por 10 1 =10 (o período tem 1 algarismo), para obter: 10(R-7,1) = 0,8 + 0,08 + 0,008 + 0,0008 +... Observe que são iguais as duas últimas expressões que aparecem em cor vermelha! Subtraia membro a membro a penúltima expressão da última para obter: 10(R-7,1) - (R-7,1) = 0,8 Assim: 10R - 71 - R + 7,1 = 0,8 Para evitar os números decimais, multiplicamos toda a expressão por 10 e simplificamos para obter: 90 R = 647 Obtemos então: T = 647 90 = 7,1888... = 7,18 4. Um quarto tipo de dízima periódica é T=7,004004004..., isto é, U=7,004. Observe que o período tem 3 algarismos, sendo que os dois primeiros são iguais a zero e apenas o terceiro é não nulo. Decomporemos este número como uma soma de infinitos números decimais da forma: U = 7 + 0,004 + 0,004004 + 0,004004004 +... Manipule a soma "infinita" como se fosse um número comum e passe a parte que não se repete para o primeiro membro para obter: U-7 = 0,004 + 0,004004 + 0,004004004 +... Multiplique agora a soma "infinita" por 10³=1000 (o período tem 3 algarismos), para obter: 1000(U-7) = 4 + 0,004 + 0,004004 + 0,004004004 +... Observe que são iguais as duas últimas expressões que aparecem em cor vermelha! Subtraia membro a membro a penúltima expressão da última para obter: 1000(U-7) - (U-7) = 4 Assim: 1000U - 7000 - U + 7 = 4 Obtemos então 999 U = 6997 que pode ser escrita na forma: T = 6997 999 = 7,004004... = 7,004 Números irracionais Um número real é dito um número irracional se ele não pode ser escrito na forma de uma fração ou nem mesmo pode ser escrito na forma de uma dízima periódica. Exemplo: O número real abaixo é um número irracional, embora pareça uma dízima periódica: x=0,10100100010000100000... Observe que o número de zeros após o algarismo 1 aumenta a cada passo. Existem infinitos números reais que não são dízimas periódicas e dois números irracionais muito importantes, são: e = 2,718281828459045..., Pi = 3,141592653589793238462643... que são utilizados nas mais diversas aplicações práticas como: cálculos de áreas, volumes, centros de gravidade, previsão populacional, etc... MATEMÁTICA Central de Atendimento: (91) 3278-5713 / 8163-1764 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 17 Exercício: Determinar a medida da diagonal de um quadrado cujo lado mede 1 metro. O resultado numérico é um número irracional e pode ser obtido através da relação de Pitágoras. O resultado é a raiz quadrada de 2, denotada aqui por R[2] para simplificar as notações estranhas. Representação, ordem e simetria dos racionais Podemos representar geometricamente o conjunto Q dos números racionais através de uma reta numerada. Consideramos o número 0 como a origem e o número 1 em algum lugar e tomamos a unidade de medida como a distância entre 0 e 1 e por os números racionais da seguinte maneira: Ao observar a reta numerada notamos que a ordem que os números racionais obedecem é crescente da esquerda para a direita, razão pela qual indicamos com uma seta para a direita. Esta consideração é adotada por convenção, o que nos permite pensar em outras possibilidades. Dizemos que um número racional r é menor do que outro número racional s se a diferença r-s é positiva. Quando esta diferença r-s é negativa, dizemos que o número r é maior do que s. Para indicar que r é menor do que s, escrevemos: r < s Do ponto de vista geométrico, um número que está à esquerda é menor do que um número que está à direita na reta numerada. Todo número racional q exceto o zero, possui um elemento denominado simétrico ou oposto -q e ele é caracterizado pelo fato geométrico que tanto q como -q estão à mesma distância da origem do conjunto Q que é 0. Como exemplo, temos que: (a) O oposto de 3/4 é -3/4. (b) O oposto de 5 é -5. Do ponto de vista geométrico, o simétrico funciona como a imagem virtual de algo colocado na frente de um espelho que está localizado na origem. A distância do ponto real q ao espelho é a mesma que a distância do ponto virtual -q ao espelho. Módulo de um número racional O módulo ou valor absoluto de um número racional q é maior valor entre o número q e seu elemento oposto -q, que é denotado pelo uso de duas barras verticais | |, por: |q| = max{-q,q} Exemplos: |0|=0, |2/7|=2/7 e |-6/7|=6/7. Do ponto de vista geométrico, o módulo de um número racional q é a distância comum do ponto q até a origem (zero) que é a mesma distância do ponto -q à origem, na reta numérica racional. A soma (adição) de números racionais Como todo número racional é uma fração ou pode ser escrito na forma de uma fração, definimos a adição entre os números racionais a/b e c/d, da mesma forma que a soma de frações, através de: a b + c d = ad+bc bd Propriedades da adição de números racionais Fecho: O conjunto Q é fechado para a operação de adição, isto é, a soma de dois números racionais ainda é um número racional. Associativa: Para todos a, b, c em Q: a + ( b + c ) = ( a + b ) + c Comutativa: Para todos a, b em Q: a + b = b + a Elemento neutro: Existe 0 em Q, que adicionado a todo q em Q, proporciona o próprio q, isto é: q + 0 = q Elemento oposto: Para todo q em Q, existe -q em Q, tal que q + (-q) = 0 Subtração de números racionais:A subtração de dois números racionais p e q é a própria operação de adição do número p com o oposto de q, isto é: p - q = p + (-q) Na verdade, esta é uma operação desnecessária no conjunto dos números racionais. A Multiplicação (produto) de números racionais Como todo número racional é uma fração ou pode ser escrito na forma de uma fração, definimos o produto de dois números racionais a/b e c/d, da mesma forma que o produto de frações, através de: a × c = ac MATEMÁTICA Central de Atendimento: (91) 3278-5713 / 8163-1764 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 18 b d bd O produto dos números racionais a e b também pode ser indicado por a × b, axb, a.b ou ainda ab sem nenhum sinal entre as letras. Para realizar a multiplicação de números racionais, devemos obedecer à mesma regra de sinais que vale em toda a Matemática: (+1) × (+1) = (+1) (+1) × (-1) = (-1) (-1) × (+1) = (-1) (-1)× (-1) = (+1) Podemos assim concluir que o produto de dois números com o mesmo sinal é positivo, mas o produto de dois números com sinais diferentes é negativo. Propriedades da multiplicação de números racionais Fecho: O conjunto Q é fechado para a multiplicação, isto é, o produto de dois números racionais ainda é um número racional. Associativa: Para todos a, b, c em Q: a × ( b × c ) = ( a × b ) × c Comutativa: Para todos a, b em Q: a × b = b × a Elemento neutro: Existe 1 em Q, que multiplicado por todo q em Q, proporciona o próprio q, isto é: q × 1 = q Elemento inverso: Para todo q=a/b em Q, q diferente de zero, existe q -1 =b/a em Q, tal que q × q -1 = 1 Esta última propriedade pode ser escrita como: a b × b a = 1 Divisão de números racionais: A divisão de dois números racionais p e q é a própria operação de multiplicação do número p pelo inverso de q, isto é: p ÷ q = p × q -1 Provavelmente você já deve ter sido questionado: Porque a divisão de uma fração da forma a/b por outra da forma c/d é realizada como o produto da primeira pelo inverso da segunda? A divisão de números racionais esclarece a questão: a b ÷ c d = a b × d c = ad bc Na verdade, a divisão é um produto de um número racional pelo inverso do outro, assim esta operação é também desnecessária no conjunto dos números racionais. Propriedade distributiva (mista) Distributiva: Para todos a, b, c em Q: a × ( b + c ) = ( a × b ) + ( a × c ) Potenciação de números racionais A potência q n do número racional q é um produto de n fatores iguais. O número q é denominado a base e o número n é o expoente. q n = q × q × q × q × ... × q, (q aparece n vezes) Exemplos: (a) (2/5)³ =(2/5) (2/5)×(2/5) = 8/125 (b) (-1/2)³=(-1/2)×(-1/2)×(-1/2) = -1/8 (c) (-5)² =(-5)×(-5) = 25 (d) (+5)² =(+5)×(+5) = 25 Observação: Se o expoente é n=2, a potência q² pode ser lida como: q elevado ao quadrado e se o expoente é n=3, a potência q³ pode ser lida como: q elevado ao cubo. Isto é proveniente do fato que área do quadrado pode ser obtida por A=q² onde q é a medida do lado do quadrado e o volume do cubo pode ser obtido por V=q³ onde q é a medida da aresta do cubo. Raízes de números racionais A raiz n-ésima (raiz de ordem n) de um número racional q é a operação que resulta em um outro número racional r que elevado à potência n fornece o número q. O número n é o índice da raiz enquanto que o número q é o radicando (que fica sob o estranho sinal de radical). Leia a observação seguinte para entender as razões pelas quais evito usar o símbolo de radical neste trabalho. Assim: MATEMÁTICA Central de Atendimento: (91) 3278-5713 / 8163-1764 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 19 r = R n [q] equivale a q = r n Por deficiência da linguagem HTML, que ainda não implementou sinais matemáticos, denotarei aqui a raiz n-ésima de q por R n [q]. Quando n=2, simplesmente indicarei a raiz quadrada (de ordem 2) de um número racional q por R[q]. A raiz quadrada (raiz de ordem 2) de um número racional q é a operação que resulta em um outro número racional r não negativo que elevado ao quadrado seja igual ao número q, isto é, r²=q. Não tem sentido R[-1] no conjunto dos números racionais. Exemplos: (a) R³[125] = 5 pois 5³=125. (b) R³[-125] = -5 pois (-5)³=-125. (c) R[144] = 12 pois 12²=144. (d) R[144] não é igual a -12 embora (- 12)²=144. Observação: Não existe a raiz quadrada de um número racional negativo no conjunto dos números racionais. A existência de um número cujo quadrado seja igual a um número negativo só será estudada mais tarde no contexto dos Números Complexos. Erro comum: Frequentemente lemos em materiais didáticos e até mesmo ocorre em algumas aulas o aparecimento de: R[9] = ±3 mas isto está errado. O certo é: R[9] = +3 Não existe um número racional não negativo que multiplicado por ele mesmo resulte em um número negativo. A raiz cúbica (de ordem 3) de um número racional q é a operação que resulta na obtenção de um um outro número racional que elevado ao cubo seja igual ao número q. Aqui não restringimos os nossos cálculos são válidos para números positivos, negativos ou o próprio zero. Exemplos: (a) R³[8] = 2, pois 2³ = 8. (b) R³[-8] = -2, pois (-2)³ = -8. (c) R³[27] = 3, pois 3³ = 27. (d) R³[-27]= -3, pois (-3)³ = -27. Observação: Obedecendo à regra dos sinais para a multiplicação de números racionais, concluímos que: (1) Se o índice n da raiz for par, não existe raiz de número racional negativo. (2) Se o índice n da raiz for ímpar, é possível extrair a raiz de qualquer número racional. Média aritmética e média ponderada Média aritmética: Seja uma coleção formada por n números racionais: x1, x2, x3, ..., xn. A média aritmética entre esses n números é a soma dos mesmos dividida por n, isto é: A= x1 + x2 + x3 +...+ xn n Exemplo: Se um grupo de 9 pessoas tem as idades: 12, 54, 67, 15, 84, 24, 38, 25, 33 então a idade média do grupo pode ser calculada pela média aritmética: A = 12 + 54 + 67 + 15 + 84 + 24 + 38 + 25 + 33 9 = 352 9 = 39,11 o que significa que a idade média está próxima de 39 anos. Média aritmética ponderada:Consideremos uma coleção formada por n números racionais: x1, x2, x3, ..., xn, de forma que cada um esteja sujeito a um peso, respectivamente, indicado por: p1, p2, p3, ..., pn. A média aritmética ponderada desses n números é a soma dos produtos de cada um por seu peso, dividida por n, isto é: P= x1 p1 + x2 p2 + x3 p3 +...+ xn pn p1 + p2 + p3 +...+ pn Exemplo: Um grupo de 64 pessoas, que trabalha (com salário por dia), em uma empresa é formado por sub-grupos com as seguintes características: 12 ganham R$ 50,00 10 ganham R$ 60,00 20 ganham R$ 25,00 MATEMÁTICA Central de Atendimento: (91) 3278-5713 / 8163-1764 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 20 15 ganham R$ 90,00 7 ganham R$ 120,00 Para calcular a média salarial (por dia) de todo o grupo devemos usar a média aritmética ponderada: P= 50×12 + 60×10 + 25×20 + 90×15 + 120×7 12 + 10 + 20 + 15 + 7 = 389 0 64 =60,7 8 Médias geométrica e harmônica Média geométrica: Consideremos umacoleção formada por n números racionais não negativos: x1, x2, x3, ..., xn. A média geométrica entre esses n números é a raiz n-ésima do produto entre esses números, isto é: G = R n [x1 x2 x3 ... xn] Exemplo: A a média geométrica entre os números 12, 64, 126 e 345, é dada por: G = R 4 [12 ×64×126×345] = 76,013 Aplicação prática: Dentre todos os retângulos com a área igual a 64 cm², qual é o retângulo cujo perímetro é o menor possível, isto é, o mais econômico? A resposta a este tipo de questão é dada pela média geométrica entre as medidas do comprimento a e da largura b, uma vez que a.b=64. A média geométrica G entre a e b fornece a medida desejada. G = R[a × b] = R[64] = 8 Resposta: É o retângulo cujo comprimento mede 8 cm e é lógico que a altura também mede 8 cm, logo só pode ser um quadrado! O perímetro neste caso é p=32 cm. Em qualquer outra situação em que as medidas dos comprimentos forem diferentes das alturas, teremos perímetros maiores do que 32 cm. Interpretação gráfica: A média geométrica entre dois segmentos de reta pode ser obtida geometricamente de uma forma bastante simples. Sejam AB e BC segmentos de reta. Trace um segmento de reta que contenha a junção dos segmentosAB e BC, de forma que eles formem segmentos consecutivos sobre a mesma reta. Dessa junção aparecerá um novo segmento AC. Obtenha o ponto médio O deste segmento e com um compasso centrado em O e raio OA, trace uma semi-circunferencia começando em A e terminando em C. O segmento vertical traçado para cima a partir de B encontrará o ponto D na semi-circunferência. A medida do segmento BD corresponde à média geométrica das medidas dos segmentos AB e BC. Média harmônica: Seja uma coleção formada por n números racionais positivos: x1, x2, x3, ..., xn. A média harmônica H entre esses n números é a divisão de n pela soma dos inversos desses n números, isto é: CONJUNTO DOS NÚMEROS REAIS O conjunto dos números reais surge para designar a união do conjunto dos números racionais e o conjunto dos números irracionais. É importante lembrar que o conjunto dos números racionais é formado pelos seguintes conjuntos: Números Naturais e Números Inteiros. Vamos exemplificar os conjuntos que unidos formam os números reais. Veja: Números Naturais (N): 0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 11, 12, 13, 14, 15, 16, 17, .... Números Inteiros (Z): ..., –8, –7, –6, –5, –4, – 3, – 2, –1, 0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, ..... Números Racionais (Q): 1/2, 3/4, 0,25, –5/4, Números Irracionais (I): √2, √3, –√5, 1,32365498...., 3,141592.... Podemos concluir que o conjunto dos números reais é a união dos seguintes conjuntos: N U Z U Q U I = R ou Q U I = R Os números reais podem ser representados por qualquer número pertencente aos conjuntos da união acima. Essas designações de conjuntos numéricos existem no intuito de criar condições de resolução de equações e funções. As soluções devem ser dadas obedecendo padrões matemáticos e de acordo com a condição de existência da incógnita na expressão. MATEMÁTICA Central de Atendimento: (91) 3278-5713 / 8163-1764 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 21 Todo número decimal é um número irracional? Para as pessoas que têm dúvida quanto a isso, veremos, neste artigo, como definir o conjunto dos números irracionais e observaremos alguns exemplos de números importantes na matemática, que são “constantes irracionais”. Os números irracionais são aqueles que não podem ser representados por meio de uma fração. O surgimento desses números veio de um antigo problema que Pitágoras se recusava a aceitar, que era o cálculo da diagonal de um quadrado, cujo lado mede 1 unidade, diagonal esta que mede √2. Este número deu início ao estudo de um novo conjunto, representado pelos números irracionais. Encontrando a diagonal do quadrado Hoje em dia, pensamos: “Nossa, mas encontrar o valor de √2 é tão fácil, basta usarmos a calculadora”. Entretanto, na época em que começaram estes estudos, o único mecanismo para encontrar os valores das raízes quadradas envolvia os números quadrados (√2²,√3²,√4², …). Com o estudo contínuo dos elementos da matemática, os matemáticos se depararam com a necessidade de calcular o comprimento de uma circunferência; e com cálculos contínuos, notaram que um número se repetia para qualquer que fosse a circunferência, número este que outrora foi denominado de número pi (π). Esse número é encontrado através da razão do comprimento pelo diâmetro da circunferência. Razão para o valor do número pi Esse é um dos números que foi citado no início do texto: a constante π é de fundamental importância para a área de geometria e trigonometria. Veremos alguns exemplos de números irracionais e notaremos que a sua parte decimal não possui nenhuma estrutura que possa ser fundamentada em forma de fração, assim como ocorre em frações periódicas. Constantes irracionais ou números transcendentais: Números irracionais Números irracionais obtidos pela raiz quadrada de um número: Números irracionais obtidos pela radiciação Estes são os números irracionais, cujo valor da última casa decimal nunca saberemos. Com isso, podemos falar que números irracionais são aqueles que em sua forma decimal são números decimais infinitos e não periódicos. Em outras palavras, são aqueles números que possuem infinitas casas decimais e em nenhuma delas obteremos um período de repetição. O conjunto dos números irracionais é representado pela letra I ( i maiúscula) . O conjunto dos números reais é formado a partir da união dos seguintes conjuntos: Números Naturais: (0,1,2,3,4,5,6,7,8,9,....) Números Inteiros: (....,-3,-2,-1,0,1,2,3,.....) Números Racionais: (números na forma de a/b, com b≠0 e decimais periódicos. Ex: 1/2; 3/5; 0,25; 0,33333.....) Números Irracionais: (números decimais não periódicos. Ex. 0,2354658752485879.....) Intervalo Real Intervalo aberto em a e aberto em b, ]a,b[ , {xЄR/a < x < b} Aberto à esquerda e aberto à direita Intervalo aberto em a e fechado em b, ]a,b], {xЄR/a < x ≤ b} Aberto à esquerda e fechado à direita Intervalo fechado em a e aberto em b, [a,b[, {xЄR/a ≤ x < b} Fechado à esquerda e aberto à direita Intervalo fechado em a e fechado em b, [a,b], {xЄR/a ≤ x ≤ b} Fechado à esquerda e fechado à direita Intervalos infinitos MATEMÁTICA Central de Atendimento: (91) 3278-5713 / 8163-1764 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 22 {xЄR/x > a} {xЄR/x<a} {xЄR/x≥a} {xЄR/≤a} FATORIAL Ao produto dos números naturais começando em n e decrescendo até 1 denominamos de fatorial de n e representamos por n!. Segundo tal definição, o fatorial de 5 é representado por 5! e lê-se 5 fatorial. 5! é igual a 5 . 4 . 3 . 2 . 1 que é igual a 120, assim como 4! é igual a 4 . 3 . 2 . 1 que é igual a 24, como 3! é igual a 3 . 2 . 1 que é igual a 6 e que 2! é igual a 2 . 1 que é igual a 2. Por definição tanto 0!, quanto 1! são iguais a 1. Abaixo, no final da página, temos uma tabela com os 28 primeiros fatoriais. Repare que apesar do número 27 ser relativamente baixo, o seu fatorial possui 29 dígitos! Escrevendo um fatorial a partir de um outro fatorial menor Vimos que 5! é equivalente a 5 . 4 . 3 . 2 . 1, mas note que também podemos escrevê-lo de outras formas, em função de fatoriais menores, tais como 4!, 3! e 2!: 1. 5! = 5 . 4! 2. 5! = 5 . 4 . 3! 3. 5! = 5 . 4 . 3 . 2! Para um fatorial genérico temos: n! = n . (n - 1)! = n . (n - 1) . (n - 2)! = n . (n - 1) . (n - 2) . (n - 3) . ... . 1! Observe atentamente os exemplos seguintes: 1. (n + 3)! = (n + 3) . (n + 2)! 2. (n + 3)! = (n + 3) . (n + 2) . (n + 1)! 3. (n + 1)! = (n + 1) . n! Vamos atribuir a n o valor numérico 6, para termos uma visão mais clara destas sentenças: 1. 9! = 9 . 8! 2. 9! = 9 . 8 . 7! 3. 7! = 7 . 6! MATEMÁTICA Central de Atendimento: (91) 3278-5713 / 8163-1764 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 23 Estes conceitos são utilizados em muitos dos problemas envolvendo fatoriais. 1.1 Simplificação envolvendo fatoriais Observe a fração abaixo: Vimos que 5! é equivalente a 5! = 5 . 4 . 3!. Então podemos escrever a fração da seguinte forma: Agora podemos simplificar o 3! do numerador com o 3! do denominador. Temos então: Veja outros exemplos: Gerando uma sequência de números compostos consecutivos a partir de um fatorial Na páginaonde falamos sobre múltiplos de um número natural foi explicado que se a um número que é múltiplo de n, somarmos n ou qualquer um dos seus múltiplos, iremos obter como resultado um número que também é múltiplo de n. 3! + 2 = 3 . 2 . 1 + 2 = 6 + 2 = 8 3! + 3 = 3 . 2 . 1 + 3 = 6 + 3 = 9 Repare que 8, resultado da soma de 6 com 2, é divisível por 2, assim como 6. O mesmo ocorrendo com 9, resultado da soma de 6 com 3, que também é divisível por 3. Como 8 e 9 são múltiplos de algum fator de 3!, temos que eles formam uma sequência de dois números compostos (não primos) consecutivos a partir do fatorial de três. 3! possui três fatores, mas só podemos considerar os fatores maiores que 1, por isto só pudemos somar dois e três. Note neste exemplo, que se somássemos 3! + 1, iríamos obter 7, que não é um número composto. Sete é um número primo. Exemplos de problemas envolvendo fatoriais Qual deve ser o valor numérico de n para que a equação (n + 2)! = 20 . n! seja verdadeira? O primeiro passo na resolução deste problema consiste em escrevermos (n + 2)! em função de n!, em busca de uma equação que não mais contenha fatoriais: Conforme explicado na página onde tratamos sobre o cálculo rápido das raízes de equações do segundo grau, podemos resolver rapidamente esta equação respondendo à seguinte pergunta: Quais são os dois números cuja soma é igual a -3 e cujo produto é igual -18? Rapidamente concluímos que as raízes procuradas são -6 e 3, mas como não existe fatorial de números negativos, já que eles não pertencem ao conjunto dos números naturais, ficamos apenas com a raiz igual a 3. Portanto: O valor numérico de n para que a equação seja verdadeira é igual a 3. A partir de fatoriais, obtenha uma sequência com sete números compostos consecutivos. Como eu devo obter 7 números compostos consecutivos na sequência, eu preciso partir ao menos de 8!: 8! = 8 . 7 . 6. 5 . 4 . 3 . 2 . 1 = 40320 Como 8! é igual a 40320, o primeiro número da sequência será 40320 + 2 = 40322 e o último será 40320 + 8 = 40328. Logo: A sequência 40322, 40323, 40324, 40325, 40326, 40327 e 40328 satisfaz as condições do enunciado. Tabela com os fatorais de 0 a 27 n n! 0 1 1 1 2 2 3 6 4 24 5 120 6 720 7 5040 8 40320 9 362880 10 3628800 11 39916800 MATEMÁTICA Central de Atendimento: (91) 3278-5713 / 8163-1764 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 24 12 479001600 13 6227020800 14 87178291200 15 1307674368000 16 20922789888000 17 355687428096000 18 6402373705728000 19 121645100408832000 20 2432902008176640000 21 51090942171709440000 22 1124000727777607680000 23 25852016738884976640000 24 620448401733239439360000 25 15511210043330985984000000 26 403291461126605635584000000 27 10888869450418352160768000000 PRINCÍPIO DA CONTAGEM Em uma carteira escolar temos quatro livros de diferentes matérias, empilhados de cima para baixo nesta exata ordem: Português, matemática, história e geografia. Incluindo a ordem atual, de quantas maneiras no total podemos empilhar tais livros nesta carteira? Vamos pensar sobre o problema. Na escolha do primeiro livro a ser colocado na carteira temos 4 possibilidades, pois ainda não colocamos nenhum livro nela, temos então quatro livros a escolher: Português, matemática, história e geografia. MATEMÁTICA Central de Atendimento: (91) 3278-5713 / 8163-1764 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 25 Se começarmos a pilha com o livro de português, na escolha do próximo livro a ser colocado sobre ele, temos 3 possibilidades: matemática, história e geografia. Se escolhermos o livro de história como o segundo livro da pilha, para o terceiro livro temos 2 possibilidades apenas: matemática e geografia. Se colocarmos na pilha o livro de geografia, para o último livro temos obviamente 1 possibilidade: matemática. Veja pela figura ao lado que as 4 possibilidades do primeiro livro podem ser combinadas com cada uma das 3 possibilidades do segundo livro, que podem ser combinadas com cada uma das 2 possibilidades do terceiro livro, que podem finalmente ser combinadas com 1 possibilidade do quarto livro. Matematicamente o número total de possibilidades seria: 4 . 3 . 2 . 1 = 24 Neste cálculo utilizamos o princípio fundamental da contagem. Princípio Fundamental da Contagem O princípio fundamental da contagem diz que um evento que ocorre em n situações independentes e sucessivas, tendo a primeira situação ocorrendo de m1 maneiras, a segunda situação ocorrendo de m2 maneiras e assim sucessivamente até a n-ésima situação ocorrendo de mn maneiras, temos que o número total de ocorrências será dado pelo produto: Exemplos Quantos são os números naturais de dois algarismos que são múltiplos de 5? Como o zero à esquerda de um número não é significativo, para que tenhamos um número natural com dois algarismos ele deve começar com um dígito de 1 a 9, temos portanto 9 possibilidades. Para que o número seja um múltiplo de 5, o mesmo deve terminar em 0 ou 5, portanto temos apenas 2 possibilidades. A multiplicação de 9 por 2 nos dará o resultado desejado. Logo: São 18 os números naturais de dois algarismos que são múltiplos de 5. Eu possuo 4 pares de sapatos e 10 pares de meias. De quantas maneiras poderei me calçar utilizando um par de meias e um de sapatos? Pelo princípio fundamental da contagem temos que multiplicar 4, que é o número de elementos do primeiro conjunto, por 10 que corresponde ao número de elementos do segundo conjunto. Portanto: Poderei me calçar de 40 maneiras diferentes. De quantas formas podemos dispor as letras da palavra FLUOR de sorte que a última letra seja sempre a letra R? Para a última letra, segundo o enunciado temos apenas uma possibilidade que é a letra R. Para a primeira, segunda, terceira e quarta letras temos respectivamente 4, 3, 2 e 1 possibilidades. Assim temos: Note que este exemplo é semelhante ao caso dos livros, explicado no início da página, só que neste caso teríamos mais um livro, digamos de ciências, que sempre seria colocado na pilha por último. Podemos dispor as letras da palavra FLUOR de 24 formas diferentes, tal que a última letra seja sempre a letra R. Quantos números naturais com 3 algarismos podemos formar que não comecem com 16, nem com 17? Neste exemplo iremos fazer o cálculo em duas partes. Primeiro iremos calcular quantos são os números com três algarismos. Como neste caso na primeira posição não podemos ter o dígito zero, o número de possibilidades para cada posição é respectivamente: 9, 10 e 10. Portanto temos 900 números naturais com três dígitos. Agora vamos calcular quantos deles começam com 16 ou 17. Para a primeira posição temos apenas uma possibilidade, o dígito 1. Para a segunda temos 2, pois servem tanto o dígito 6, quanto o 7. Para a terceira e última posição temos todos os dígitos possíveis, ou seja, 10 possibilidades. Multiplicando tudo temos 20. Logo, subtraindo 20 de 900 obtemos 880. MATEMÁTICA Central de Atendimento: (91) 3278-5713 / 8163-1764 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 26 Existem 880 números naturais nestas condições. São quantos os números ímpares com três algarismos, que não possuemdígitos repetidos e que de trás para frente também são ímpares? Os números devem ser ímpares, temos então 5 possibilidades para o último algarismo. A história do "de trás para frente", em outras palavras quer dizer que o primeiro algarismo também é ímpar. Como um dígito ímpar já foi utilizado na última posição, temos então apenas 4 disponíveis para a primeira posição. Para o dígito central temos apenas 8 possibilidades, pois dois dígitos ímpares já foram utilizados. Multiplicando 4 por 8 e por 5 obtemos 160. Assim sendo: São 160 os números ímpares que satisfazem a todas estas condições. ARRANJO SIMPLES No campeonato mundial de Fórmula 1 de 2009, participaram 25 pilotos, dos quais se destacaram o inglês Jenson Button, que foi o campeão, o alemão Sebastian Vettel, que foi o vice- campeão e o brasileiro Rubens Barrichello, que ficou com a terceira colocação. Obviamente o agrupamento ( Jenson Button, Sebastian Vettel, Rubens Barrichello ) difere do agrupamento ( Sebastian Vettel, Jenson Button, Rubens Barrichello ), pois neste caso a ordem no grupo é um fator que o diferencia. Se ao invés do brasileiro Rubens Barrichello, o terceiro colocado tivesse sido o australiano Mark Webber, o agrupamento ( Jenson Button, Sebastian Vettel, Mark Webber ) seria distinto do agrupamento ( Jenson Button, Sebastian Vettel, Rubens Barrichello ), pois teríamos participantes diferentes nestes agrupamentos. Arranjo Simples Em casos como este, com elementos distintos, onde tanto a ordem de posicionamento no grupo, quanto a natureza dos elementos, os elementos em si, causam diferenciação entre os agrupamentos, estamos diante de um caso de arranjos simples. Considerando-se os 25 pilotos participantes, qual o número total de possibilidades para os três primeiros colocados? Para o campeão teríamos 25 possibilidades. Para o vice-campeão e para o terceiro colocado, teríamos respectivamente 24 e 23 possibilidades. Pelo princípio fundamental da contagem teríamos: 25 . 24 . 23 = 13800 Isto é, 13800 possibilidades. Fórmula do Arranjo Simples Ao trabalharmos com arranjos simples, com n elementos distintos, agrupados p a p, com p ≤ n, podemos recorrer à seguinte fórmula: Neste mesmo exemplo, utilizando a fórmula temos: Exemplos Qual o número de anagramas que podemos formar com as letras da palavra PADRINHO? Neste exemplo temos um arranjo simples com 8 elementos agrupados 8 a 8. Calculemos então A8, 8: Portanto: MATEMÁTICA Central de Atendimento: (91) 3278-5713 / 8163-1764 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 27 Podemos formar 40320 anagramas com as letras da palavra PADRINHO. Em uma escola está sendo realizado um torneio de futebol de salão, no qual dez times estão participando. Quantos jogos podem ser realizados entre os times participantes em turno e returno? Como o campeonato possui dois turnos, os jogos Equipe A x Equipe B e Equipe B x Equipe A tratam-se de partidas distintas, então estamos trabalhando com arranjos simples onde importa a ordem dos elementos. Devemos calcular A10, 2: Então: Podem ser realizados 90 jogos entre os times participantes. Otávio, João, Mário, Luís, Pedro, Roberto e Fábio estão apostando corrida. Quantos são os agrupamentos possíveis para os três primeiros colocados? Obviamente, como em qualquer corrida, a ordem de chegada é um fator diferenciador dos agrupamentos. Como temos 7 corredores e queremos saber o número de possibilidades de chegada até a terceira posição, devemos calcular A7, 3: Logo: 210 são os agrupamentos possíveis para os três primeiros colocados. COMBINAÇÃO SIMPLES Uma conceituada escola de idiomas está realizando uma promoção onde você escolhe três cursos, dos cinco disponíveis, e paga apenas 2 /3 do valor da mensalidade de cada um dos cursos escolhidos. Podemos facilmente perceber que alguém que tenha escolhido os cursos de inglês, espanhol e alemão, fez as mesmas escolhas que outro alguém que tenha escolhido alemão, inglês e espanhol, por exemplo, pois a ordem dos cursos de idioma em si, não gera distinção entre uma escolha e outra. Se alguém escolheu inglês, espanhol e alemão e outra pessoa escolheu inglês, espanhol e francês, também claramente podemos perceber que se tratam de escolhas distintas, pois nem todos os cursos que uma pessoa escolheu, são os mesmos escolhidos pela outra pessoa. Considerando-se os 5 idiomas disponíveis, qual o número total de possibilidades se escolhermos três idiomas de cada vez? Neste caso do curso de idiomas, podemos obter o número total de possibilidades, calculando inicialmente o arranjo simples A5, 3: Só que fazendo assim, estamos considerando distintos, os agrupamentos ( inglês, espanhol, alemão ) de ( espanhol, inglês, alemão ), por exemplo, e de todas as suas permutações. Como sabemos, a permutação de 3 elementos, P3 é igual a 3!, que é igual a 6, portanto se dividirmos 60 por 6, estaremos eliminando as ocorrências duplicadas em função da mera mudança de ordem dos elementos. Assim sendo, 60 : 6 = 10. Portanto o número de opções possíveis é igual a 10. Combinação Simples Este exemplo é o típico caso, onde agrupamentos com elementos distintos, não se alteram mudando-se apenas a ordem de posicionamento dos elementos no grupo. A diferenciação ocorre apenas, quanto à natureza dos elementos, quando há mudança de elementos. Neste caso estamos tratando de combinação simples. Fórmula da Combinação Simples Ao trabalharmos com combinações simples, com n elementos distintos, agrupados p a p, com p ≤ n, podemos recorrer à seguinte fórmula: Ao utilizarmos a fórmula neste nosso exemplo, temos: Exemplos Com 12 bolas de cores distintas, posso separá-las de quantos modos diferentes em MATEMÁTICA Central de Atendimento: (91) 3278-5713 / 8163-1764 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 28 saquinhos, se o fizer colocando 4 bolas em cada saco? Como a ordem das bolas não causa distinção entre os agrupamentos, este é um caso de combinação simples. Vamos então calcular C12, 4: Portanto: Posso separá-las de 495 modos diferentes. Um fabricante de sorvetes possui a disposição 7 variedades de frutas tropicais do nordeste brasileiro e pretende misturá-las duas a duas na fabricação de sorvetes. Quantos serão os tipos de sorvete disponíveis? Os sorvetes de umbu com siriguela e de siriguela com umbu, na verdade tratam-se de um mesmo tipo de sorvete, não havendo distinção apenas pela ordem da escolha das frutas utilizadas. Temos um caso de combinação simples que será resolvido através do cálculo de C7, 2: Logo: Serão disponíveis 21 sabores diferentes. As 14 crianças de uma família serão separadas em grupos de 5, para que elas arrecadem prendas para a quermesse da fazenda onde vivem. De quantas maneiras as crianças poderão ser agrupadas? Identificamos neste exemplo um caso de combinação simples, pois a ordem das crianças é irrelevante, não causando distinção entre os agrupamentos com elementos distintos. Vamos calcular C14, 5: Então: As crianças poderão ser agrupadas de 2002 maneiras diferentes. PERMUTAÇÃO SIMPLES Quando estudamos o princípio fundamental da contagem tínhamos quatro livros (português, matemática, história e geografia) e calculamos o número total de formas que poderíamos empilhá-los em uma carteira escolar. Em outras palavras,fazíamos uma permutação no posicionamento destes livros na pilha sobre a carteira. Permutação Simples A cada um dos agrupamentos que podemos formar com certo número de elementos distintos, tal que a diferença entre um agrupamento e outro se dê apenas pela mudança de posição entre seus elementos, damos o nome de permutação simples. Neste caso o agrupamento de livros ( português, matemática, história, geografia ), difere do agrupamento ( matemática, história, português, geografia ), pois embora os elementos de ambos os grupos sejam os mesmos, há mudança no posicionamento de ao menos um dos seus elementos. Fórmula da Permutação Simples Segundo o princípio fundamental da contagem vimos que o número de agrupamentos possíveis deste exemplo era dado por: 4 . 3 . 2 . 1 = 24 Na página sobre fatoriais vimos que 4 . 3 . 2 . 1 é igual a 4!, então se chamarmos de Pn a permutação simples de n elementos distintos, podemos calculá-la através da seguinte fórmula: Pn = n! Resolvendo o exemplo com o uso da fórmula temos: Exemplos Quantos anagramas podemos formar a partir da palavra ORDEM? Um anagrama é uma palavra ou frase formada com todas as letras de uma outra palavra ou frase. Normalmente as palavras ou frases resultantes são sem significado, como já era de se esperar. Como a palavra ORDEM possui 5 letras distintas, devemos calcular o número de permutações calculando P5. Temos então: P5 = 5! = 5 . 4 . 3 . 2 . 1 = 120 Portanto: O número de anagramas que podemos formar a partir da palavra ORDEM é igual 120. Na fila do caixa de uma padaria estão três pessoas. De quantas maneiras elas podem estar posicionadas nesta fila? Temos que calcular P3, então: MATEMÁTICA Central de Atendimento: (91) 3278-5713 / 8163-1764 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 29 P3 = 3! = 3 . 2 . 1 = 6 Logo: As três pessoas podem estar posicionas de seis maneiras diferentes na fila. Quantos são os anagramas que podemos formar a partir das letras da palavra ERVILHAS, sendo que eles comecem com a letra E e terminem com vogal? Como na primeira posição sempre teremos a letra E, o número de possibilidades nesta posição é igual a 1, podemos até dizer que é igual a P1. Para a última posição temos disponíveis as letras I e A, pois a letra E já está sendo utilizada no começo, então para a oitava letra temos que calcular P2: P2 = 2! = 2 . 1 = 2 Como para as demais posições temos 6 letras disponíveis, calculemos então P6: P6 = 6! = 6 . 5 . 4 . 3 . 2 . 1 = 720 Multiplicando tudo: 1 . 720 . 2 = 1440 Então: A partir da palavra ERVILHAS podemos formar 1440 anagramas que comecem com a letra E e terminem em vogal. Como já vimos, a permutação simples de n elementos distintos é dada por Pn, então como na palavra CURIÓ temos 5 letras distintas, o número de anagramas seria igual a P5, ou seja, será igual a 5! que é igual a 120. Quantos anagramas podemos formar a partir das letras da palavra ARARA? Note que embora esta palavra também tenha cinco letras, agora temos apenas duas letras distintas. A letra A que ocorre 3 vezes e a letra R que ocorre 2 vezes. Como devemos proceder nesta situação? Vimos no caso da palavra CURIÓ, que a permutação de cinco letras distintas resulta em 120 possibilidades. Como na palavra ARARA a letra A ocorre três vezes, a permutação destas três letras A é P3 = 3! = 6, ou seja, se dividirmos 120 por 6 iremos obter 20 que é o número de permutações, já desconsiderando-se as permutações entre as três letras A. O mesmo iremos fazer em relação à letra R, só que neste caso o número de permutações desta letra é P2 = 2! = 2, isto é, dividindo-se 20 por 2 temos como resultado 10, que é o número total de permutações das letras da palavra ARARA, sem considerarmos as permutações das letras A entre si, e das letras R também entre elas mesmas. Permutação com Elementos Repetidos A cada um dos agrupamentos que podemos formar com certo número de elementos, onde ao menos um deles ocorre mais de uma vez, tal que a diferença entre um agrupamento e outro se dê pela mudança de posição entre seus elementos, damos o nome de permutação com elementos repetidos. Fórmula da Permutação com Elementos Repetidos Se em um dado conjunto um elemento é repetido a vezes, outro elemento é repetido b vezes e assim sucessivamente, o número total de permutações que podemos obter é dada por: A resolução do exemplo com o uso da fórmula é: Exemplos Quantos anagramas podemos obter a partir das letras da palavra PARAR? Como a palavra PARAR possui 5 letras, mas duas delas são repetidas duas vezes cada, na solução do exemplo vamos calcular P5 (2, 2) : Portanto: O número de anagramas que podemos formar a partir das letras da palavra PARAR é igual 30. Possuo 4 bolas amarelas, 3 bolas vermelhas, 2 bolas azuis e 1 bola verde. Pretendo colocá-las em um tubo acrílico translúcido e incolor, onde elas ficarão umas sobre as outras na vertical. De quantas maneiras distintas eu poderei formar esta coluna de bolas? Neste caso de permutação com elementos repetidos temos um total de 10 bolas de quatro cores diferentes. Segundo a repetição das cores, devemos calcular P10 (4, 3, 2) : Então: Eu poderei formar esta coluna de bolas de 12600 maneiras diferentes. Dos números distintos que são formados com todos os algarismos do número 333669, quantos desses são ímpares? Neste exemplo, número ímpares serão aqueles terminados em 3 ou 9. No caso dos números terminados em 3 devemos calcular P5 (2, 2) , pois um dos dígitos três será utilizado na última posição e dos 5 dígitos restantes, teremos 2 ocorrências do próprio algarismo 3 e 2 ocorrências do 6: MATEMÁTICA Central de Atendimento: (91) 3278-5713 / 8163-1764 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 30 Agora no caso dos números terminados em 9 devemos calcular P5 (3, 2) , pois o dígito 9 será utilizado na última posição e dos 5 dígitos que sobram, teremos 3 ocorrências do 3 e 2 ocorrências do dígito 6: Como temos 30 números terminados em 3 e mais 10 terminados em 9, então no total temos 40 números ímpares. Logo: Dos números formados, 40 deles são ímpares. FATORAÇÃO Definição de Fatoração A fatoração é a transformação da soma e/ou subtração de vários termos em um produto de diversos fatores. Vejamos alguns exemplos onde temos alguns dos principais tipos de fatoração: Na sequência vemos como tratar cada um destes tipos de fatoração em particular. A fatoração é um recurso que utilizamos na simplificação de sentenças matemáticas. Quando for o caso, podemos utilizá-la na simplificação de uma fração ou de uma equação, por exemplo. Fator Comum: ax + bx = x(a + b) A forma mais básica de fatoração é a colocação de fatores comuns em evidência. No exemplo abaixo o fator 5 é comum a todos os termos e por isto é possível colocá-lo em evidência: Colocamos o fator 5 em evidência o destacando e o multiplicando pela a expressão quociente da divisão da sentença original por tal fator, inserida entre parênteses: Exemplos MATEMÁTICA Central de Atendimento: (91) 3278-5713 / 8163-1764 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 31 Agrupamento:ax + bx + ay + by = (a + b)(x + y) No tipo de fatoração por agrupamento não temos um fator que é comum a todos os termos, no entanto temos fatores que são comuns a alguns termos e outros fatores que são comuns a outros termos. Vejamos o exemplo abaixo: Note que o fator x é comum aos dois primeiros termos, assim como o fator y é comum aos dois últimos termos, então podemos colocá-los em evidência: Veja que ainda temos o fator (4 + 6) em comum e que também pode ser colocado em evidência: Assim sendo: Obviamente, como mostrado abaixo, podemos continuar os cálculos somando 4 com 6, mas o foco aqui é a fatoração em si: No lugar dos fatores x e y, poderíamos evidenciar os fatores 4 e 6, visto que ambos são comuns ao fatores 4x e 4y, no caso do 4 e 6x e 6y, no caso do 6: E ao colocarmos o fator (x + y) em evidência, chegamos ao mesmo resultado obtido anteriormente, apenas com uma mudança na ordem dos fatores, que como sabemos não altera o produto: Exemplos Diferença de Dois Quadrados: a 2 - b 2 = (a + b)(a - b) Este os próximos quatro tipos de fatoração que veremos estão relacionados aos produtos notáveis. Aos estudá-los vimos que o produto da soma pela diferença de dois termos nos leva à diferença de dois quadrados, então podemos utilizar de forma inversa este conhecimento na fatoração da diferença de dois quadrados. Vejamos este exemplo na sequência: Visto que a 2 - b 2 = (a + b)(a - b), podemos realizar a fatoração como a seguir: Tal fatoração foi realizada se encontrando o valor de a e b, que são respectivamente a raiz quadrada do primeiro e do segundo termo e então os substituindo em (a + b)(a - b). Logo: Exemplos Trinômio Quadrado Perfeito - Soma: a 2 + 2ab + b 2 = (a + b) 2 Quando desenvolvemos o quadrado da soma de dois termos chegamos a um trinômio quadrado perfeito, que é o que demonstra a sentença acima, só que temos os membros em ordem inversa. Então o quadrado da soma de dois termos é a forma fatorada de um trinômio quadrado perfeito. Como fatorar o trinômio abaixo? Se o pudermos escrever como a 2 + 2ab + b 2 estaremos diante de um trinômio quadrado perfeito, que fatorado é igual a (a + b) 2 . Obtemos o valor de a extraindo a raiz quadrada de x 2 no primeiro termo e o valor de b extraindo a raiz quadrada de 49 no terceiro termo, portanto a = x e b = 7. Ao substituirmos a por x e b por 7 nos termos do trinômio a 2 + 2ab + b 2 devemos chegar a uma variação do trinômio original: MATEMÁTICA Central de Atendimento: (91) 3278-5713 / 8163-1764 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 32 Realizando a substituição de a e b, vamos então analisar a 2 + 2ab + b 2 termo a termo para verificar se o polinômio obtido é igual ao polinômio original. Quando substituímos a por x em a 2 chegamos ao x 2 original. Ao substituirmos a por x e b por 7 em 2ab obtivemos 2 . x . 7, equivalente ao 14x original. E finalmente substituindo b por 7 em b 2 chegamos a 7 2 , equivalente ao 49 do terceiro termo do polinômio original. Como foi possível escrever x 2 + 14x + 49 na forma a 2 + 2ab + b 2 , então estamos mesmo diante de um trinômio quadrado perfeito que pode ser fatorado assim: Portanto: Se o polinômio em questão não fosse um trinômio quadrado perfeito, não poderíamos realizar a fatoração desta forma, visto que a conversão de x 2 + 14x + 49 em a 2 + 2ab + b 2 levaria a um polinômio diferente do original. Por exemplo, se o trinômio fosse x 2 + 15x + 49, o segundo termo 15x iria diferir do segundo termo obtido via substituição de a e b que é 14x, portanto não teríamos um trinômio quadrado perfeito. Note que realizamos uma verificação termo a termo para verificar se realmente tínhamos um trinômio quadrado perfeito, mas você não precisará fazer tal verificação quando no enunciado da questão estiver explícito que os polinômios realmente são trinômios quadrados perfeitos. Exemplos Trinômio Quadrado Perfeito - Diferença: a 2 - 2ab + b 2 = (a - b) 2 Assim como o caso da soma visto acima, de forma análoga temos o caso da diferença. Vejamos este outro trinômio: Como 2x é a raiz quadrada de 4x 2 , do primeiro termo, e 5 é a raiz quadrada de 25 do terceiro termo, podemos reescrevê-lo como a seguir, substituindo a por 2x e b por 5 temos: Como os respectivos termos do polinômio original e do polinômio acima são iguais, temos um trinômio quadrado perfeito: Portanto, temos realmente um trinômio quadrado perfeito que pode ser escrito na forma a 2 - 2ab + b 2 = (a - b) 2 : Logo: Exemplos Cubo Perfeito - Soma: a 3 + 3a 2 b + 3ab 2 + b 3 = (a + b) 3 Na sentença acima temos um polinômio e a sua forma fatorada, que nada mais é que o cubo da soma de dois termos. Se temos um polinômio a 3 + 3a 2 b + 3ab 2 + b 3 podemos fatorá-lo como (a + b) 3 . Vamos analisar o polinômio abaixo: Nosso objetivo é escrevê-lo na forma a 3 + 3a 2 b + 3ab 2 + b 3 , substituindo a por 7 que é a raiz cúbica de 343 e substituindo b por 3y que é a raiz cúbica de 27y 3 : Como visto nos dois tipos anteriores, também neste tipo e no próximo, se não estiver claro no MATEMÁTICA Central de Atendimento: (91) 3278-5713 / 8163-1764 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 33 enunciado da questão que realmente se trata de um cubo perfeito, precisamos verificar se todos os membros do polinômio original são iguais aos termos do polinômio obtido via substituição de a e b em a 3 + 3a 2 b + 3ab 2 + b 3 . Como os respectivos termos do polinômio original e do polinômio acima são iguais, temos de fato um cubo perfeito: Então temos um cubo perfeito que é fatorado como: Cubo Perfeito - Diferença: a 3 - 3a 2 b + 3ab 2 - b 3 = (a - b) 3 A forma fatorada do polinômio no primeiro membro da sentença acima é o cubo da diferença de dois termos. O polinômio a 3 - 3a 2 b + 3ab 2 - b 3 é fatorado como (a - b) 3 . Vamos fatorar a sentença abaixo de forma análoga a que fizemos no tipo de fatoração anterior: Extraímos a raiz cúbica de 8a 3 que é 2a e de 343b 3 que é 7b e então substituímos a e b respectivamente por 2a e 7b em a 3 - 3a 2 b + 3ab 2 - b 3 : Como os respectivos termos do polinômio original e do polinômio acima são iguais, temos um cubo perfeito: Então: OPERAÇÕES COM POLINÔMIOS A adição ou subtração algébrica de monômios é denominada polinômio. Vejamos alguns exemplos de polinômios: No primeiro exemplo temos um polinômio de apenas um monômio. Os demais possuem vários monômios, estes monômios são denominados termos do polinômio. O segundo exemplo é um polinômio de dois termos: 3x 3 y e 2xy 2 . Grau de um Polinômio O grau de um polinômio reduzido, não nulo, é o grau do seu termo de maior grau. O polinômio -5x 4 + 14x 5 y 2 - 7x 3 y 2 é do grau 7, pois o seu termo de maior grau é o segundo, que é do grau 7. O polinômio 4a 2 b 3 + 5a 5 é do grau 5, pois ambos os termos do polinômio são deste grau. Grau de um Polinômio em Relação a uma Certa Incógnita Em relação à variável x o polinômio - 5x 4 + 14x 5 y 2 - 7x 3 y 2 é do grau 5, pois o termo de maior grau nesta variável é do grau 5, que é o segundo termo. Analisando o mesmo polinômio em relação à variável y, ele é do grau 2, já que tanto no segundo, quantono terceiro termo o grau nesta variável é dois. O polinômio 4a 2 b 3 + 5a 5 é do grau 5 na variável a e do grau 3 em relação à variável b. Redução de Termos Semelhantes Assim como fizemos no caso dos monômios, também podemos fazer a redução de polinômios através da adição algébrica dos seus termos semelhantes. No exemplo abaixo realizamos a soma algébrica do primeiro com o terceiro termo, e do segundo com o quarto termo, reduzindo um MATEMÁTICA Central de Atendimento: (91) 3278-5713 / 8163-1764 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 34 polinômio de quatro termos a um outro de apenas dois. Polinômios reduzidos de dois termos também são denominados binômios. Polinômios reduzidos de três termos, também são denominados trinômios. Veja abaixo alguns exemplos de redução de polinômios através da soma ou subtração de termos semelhantes: Multiplicação de Polinômios Temos tanto o caso da multiplicação de um monômio por um polinômio, quanto o caso da multiplicação de um polinômio por um polinômio. Multiplicação de um Polinômio por um Monômio No primeiro caso a multiplicação é realizada multiplicando-se o monômio por cada um dos termos do polinômio. Vejamos a multiplicação abaixo: Repare que multiplicamos 7xy 2 por ambos os termos do polinômio, aplicamos a propriedade distributiva da multiplicação. Caso você ainda tenha dúvidas sobre como realizar a multiplicação de monômios, faça um revisão antes de prosseguir neste tema. Veja mais alguns exemplos: Multiplicação de um Polinômio por um Polinômio No caso da multiplicação de polinômio por polinômio efetuamos a multiplicação de cada um dos termos do primeiro polinômio, por cada um dos termos do segundo polinômio e depois realizamos a redução do polinômio resultante. Vamos analisar a multiplicação abaixo a qual separamos em três linhas para podermos observá-la mais facilmente: Na primeira linha temos os dois polinômios a serem multiplicados. Os dois primeiros produtos na segunda linha foram obtidos da multiplicação de 3a 2 b por cada um dos dois termos do segundo polinômio, 2a e 7a 2 b 3 . Os dois últimos produtos na segunda linha foram obtidos multiplicando-se agora o segundo termo do primeiro polinômio, também por cada um dos dois termos do segundo. A terceira linha que é o resultado final, já que não há termos semelhantes a reduzir, é o resultado após a multiplicação dos monômios entre parênteses na linha anterior. Para multiplicar mais de dois polinômios, comece multiplicando os dois primeiros, depois multiplique o polinômio obtido pelo terceiro e assim por diante até multiplicar por todos. Para a multiplicar , por exemplo, primeiro multiplique , que como vimos acima é igual a , então multiplique por . Divisão de Polinômios Como no caso da multiplicação, temos tanto a divisão de um polinômio por um monômio, quanto a divisão de um polinômio por um polinômio. Vamos tratar cada um dos casos individualmente. Divisão de um Polinômio por um Monômio Este é o caso mais simples, pois podemos fazê-lo dividindo cada um dos monômios que formam o polinômio, pelo monômio em questão. Vamos analisar a divisão do polinômio abaixo: Note que desmembramos o polinômio em duas partes, dividindo tanto 14x 3 y 2 por 7xy 2 , quanto 7xy 3 . Em caso de dúvida consulte a divisão de monômios, que foi explicada em detalhes na página sobre este tema. Observe mais estes exemplos: MATEMÁTICA Central de Atendimento: (91) 3278-5713 / 8163-1764 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 35 Divisão de um Polinômio por um Polinômio Para realizarmos a divisão de polinômios é preciso que eles estejam reduzidos e ordenados. O conceito da redução de termos semelhantes foi visto acima, quanto à ordenação de polinômios, dizemos que um polinômio está ordenado em relação à determinada variável, quando o grau de todos os monômios que os compõe, em relação a esta variável, estão ordenados de forma crescente ou decrescente. O polinômio -5x 4 + 6x 5 - 7x 3 , não está ordenado em relação a variável x, já o polinômio 6x 5 - 5x 4 - 7x 3 está ordenado de forma decrescente em relação a esta variável. Observe que os expoentes desta incógnita decrescem de 5 a 3. Para explicar o procedimento da divisão de polinômios pelo método das chaves, vamos dividir 8a 2 - 2ab -15b 2 por 2a - 3b. A primeira coisa a verificar é se o grau do dividendo é maior ou igual ao grau do divisor. Se for menor o quociente será zero e o resto será o próprio dividendo. Repare que ambos os polinômios estão ordenados de forma decrescente em relação à incógnita a: A divisão de polinômios é muito semelhante à divisão de números naturais. Vamos começar dividindo o monômio 8a 2 pelo monômio 2a e colocar o quociente 4a abaixo da chave: Agora vamos multiplicar por -4a, o valor oposto do quociente, cada um dos monômios do divisor 2a - 3b e colocar o resultado embaixo do dividendo: Executamos então a soma dos monômios: Continuamos a divisão baixando o terceiro monômio do dividendo: Agora dividimos 10ab por 2a, que vai dar 5b e também o colocamos abaixo da chave: Multiplicamos por -5b, o valor oposto de 5b, cada um dos monômios do divisor 2a - 3b e colocamos o resultado embaixo do primeiro resto parcial: Por fim executamos a soma que resultará em zero, indicando uma divisão exata: Como pudemos ver o procedimento da divisão de polinômios e bastante simples e semelhante à divisão de números naturais. Para fechar o tema vamos a um outro exemplo, só que desta vez veremos uma divisão com um resto diferente de zero. Vamos dividir 2x 4 - 7x 3 + 3x 2 por x - 2: Dividimos o monômio 2x 4 pelo monômio x, que resulta em 2x 3 e o colocamos abaixo da chave: Agora vamos multiplicar por -2x 3 , o valor oposto do quociente, cada um dos monômios do divisor x - 2 e colocar o resultado embaixo do dividendo: Executamos a soma dos monômios: Continuamos a divisão baixando o último monômio do dividendo: Dividimos então -3x 3 por x, que vai dar -3x 2 e o colocamos também abaixo da chave: Então Multiplicamos por 3x 2 , que é o valor oposto de -3x 2 , cada um dos monômios do divisor x - 2 e colocamos o resultado embaixo do primeiro resto parcial: Como anteriormente, efetuamos a soma dos monômios: MATEMÁTICA Central de Atendimento: (91) 3278-5713 / 8163-1764 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 36 Note que o resto -3x 2 é um polinômio de grau 2, que não é de grau inferior ao grau do divisor, que é um polinômio de grau 1, então devemos continuar a divisão. Dividimos -3x 2 por x e colocamos o resultado -3x abaixo da chave: Multiplicamos por 3x, que é o simétrico de - 3x, cada um dos monômios do divisor x - 2 e botamos o resultado embaixo do segundo resto parcial: Somamos então os monômios: Como tanto -6x, quanto x - 2 são de grau 1, devemos continuar a divisão: Dividimos então -6x por x, que vai dar -6 e também o inserimos abaixo da chave: Multiplicamos por 6, que é o simétrico de -6, novamente cada um dos monômios do divisor x - 2 e botamos o resultado embaixo do terceiro resto parcial: Somamos mais uma vez os monômios: Agora o grau do resto -12 é igual a 0 e, portanto, inferior aograu do divisor que é 1, então terminamos a divisão por aqui. Se você realizar a multiplicação do quociente 2x 3 - 3x 2 - 3x - 6 por x - 2 irá obter 2x 4 - 7x 3 + 3x 2 + 12 que somado a -12 resultará em 2x 4 - 7x 3 + 3x 2 , exatamente o dividendo original. EQUAÇÃO DO SEGUNDO GRAU Denomina-se equação do 2° grau, qualquer sentença matemática que possa ser reduzida à forma ax 2 + bx + c = 0, onde x é a incógnita e a, b e c são números reais, com a ≠ 0. a, b e c são coeficientes da equação. Observe que o maior índice da incógnita na equação é igual a dois e é isto que a define como sendo uma equação do segundo grau. Equação do 2° grau completa e equação do 2° grau incompleta Da definição acima temos obrigatoriamente que a ≠ 0, no entanto podemos ter b = 0 e/ou c = 0. Caso b ≠ 0 e c ≠ 0, temos uma equação do 2° grau completa. A sentença matemática -2x 2 + 3x - 5 = 0 é um exemplo de equação do 2° grau completa, pois temos b = 3 e c = -5, que são diferentes de zero. -x 2 + 7 = 0 é um exemplo de equação do 2° grau incompleta, pois b = 0. Neste outro exemplo, 3x 2 - 4x = 0 a equação é incompleta, pois c = 0. Veja este último exemplo de equação do 2° grau incompleta, 8x 2 = 0, onde tanto b, quanto c são iguais a zero. Resolução de equações do 2° grau A resolução de uma equação do segundo grau consiste em obtermos os possíveis valores reais para a incógnita, que torne a sentença matemática uma equação verdadeira. Tais valores são a raiz da equação. Fórmula Geral de Resolução Para a resolução de uma equação do segundo grau completa ou incompleta, podemos recorrer à fórmula geral de resolução: Esta fórmula também é conhecida como fórmula de Bhaskara. O valor b 2 -4ac é conhecido como discriminante da equação e é representado pela letra grega Δ. Temos então que Δ = b 2 -4ac, o que nos permitir escrever a fórmula geral de resolução como: MATEMÁTICA Central de Atendimento: (91) 3278-5713 / 8163-1764 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 37 Resolução de equações do 2° grau incompletas Para a resolução de equações incompletas podemos recorrer a certos artifícios. Vejamos: Para o caso de apenas b = 0 temos: Portanto para equações do tipo ax 2 + c = 0, onde b = 0, podemos utilizar a fórmula simplificada para calcularmos as suas raízes. Observe no entanto que a equação só possuirá raízes no conjunto dos números reais se . Para o caso de apenas c = 0 temos: Portanto para equações do tipo ax 2 + bx = 0, onde c = 0, uma das raízes sempre será igual a zero e a outra será dada pela fórmula . Para o caso de b = 0 e c = 0 temos: Podemos notar que ao contrário dos dois casos anteriores, neste caso temos apenas uma única raiz real, que será sempre igual a zero. Discriminante da equação do 2° grau O cálculo do valor do discriminante é muito importante, pois através deste valor podemos determinar o número de raízes de uma equação do segundo grau. Como visto acima, o discriminante é representado pela letra grega Δ e equivale à expressão b 2 - 4ac, isto é: Δ = b 2 - 4ac. Discriminante menor que zero Caso Δ < 0, a equação não tem raízes reais, pois : Discriminante igual a zero Caso Δ = 0, a equação tem duas raízes reais e iguais, pois : Discriminante maior que zero Caso Δ > 0, a equação tem duas raízes reais e diferentes, pois : Conjunto Verdade de equações do 2° grau A partir do estudado acima, podemos esquematizar o conjunto verdade das equações do segundo grau completas e incompletas como a seguir: Para o caso das equações completas temos: Para o caso das equações incompletas onde somente b = 0 temos: Para o caso das equações incompletas onde somente c = 0 temos: E no caso das equações incompletas onde tanto b = 0, quanto c = 0 temos: Exemplo de resolução de uma equação do segundo grau Encontre as raízes da equação: 2x 2 - 6x - 56 = 0 Aplicando a fórmula geral de resolução à equação temos: Observe que temos duas raízes reais distintas, o que já era de se esperar, pois apuramos para Δ o valor 484, que é maior que zero. Logo: As raízes da equação 2x 2 - 6x - 56 = 0 são: -4 e 7. Inequação de 2º Grau As inequações são expressões matemáticas que utilizam, na sua formatação, os seguintes sinais de desigualdades: >: maior que <: menor que ≥: maior ou igual ≤: menor ou igual ≠: diferente As inequações do 2º grau são resolvidas utilizando o teorema de Bháskara. O resultado deve ser comparado ao sinal da inequação, com o objetivo de formular o conjunto solução. Exemplo 1 Vamos resolver a inequação 3x² + 10x + 7 < 0. MATEMÁTICA Central de Atendimento: (91) 3278-5713 / 8163-1764 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 38 S = {x ? R / –7/3 < x < –1} Exemplo 2 Determine a solução da inequação –2x² – x + 1 ≤ 0. S = {x ? R / x ≤ –1 ou x ≥ 1/2} Exemplo 3 Determine a solução da inequação x² – 4x ≥ 0. S = {x ? R / x ≤ 0 ou x ≥ 4} Exemplo 4 Calcule a solução da inequação x² – 6x + 9 > 0. S = {x ? R / x < 3 e x > 3} SISTEMA DE EQUAÇÕES DO 2º GRAU Os sistemas a seguir envolverão equações do 1º e do 2º grau, lembrando de que suas representações gráficas constituem uma reta e uma parábola, respectivamente. Resolver um sistema envolvendo equações desse modelo requer conhecimentos do método da substituição de termos. Observe as resoluções comentadas a seguir: Exemplo 1 Isolando x ou y na 2ª equação do sistema: x + y = 6 x = 6 – y MATEMÁTICA Central de Atendimento: (91) 3278-5713 / 8163-1764 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 39 Substituindo o valor de x na 1ª equação: x² + y² = 20 (6 – y)² + y² = 20 (6)² – 2 * 6 * y + (y)² + y² = 20 36 – 12y + y² + y² – 20 = 0 16 – 12y + 2y² = 0 2y² – 12y + 16 = 0 (dividir todos os membros da equação por 2) y² – 6y + 8 = 0 ∆ = b² – 4ac ∆ = (–6)² – 4 * 1 * 8 ∆ = 36 – 32 ∆ = 4 a = 1, b = –6 e c = 8 Determinando os valores de x em relação aos valores de y obtidos: Para y = 4, temos: x = 6 – y x = 6 – 4 x = 2 Par ordenado (2; 4) Para y = 2, temos: x = 6 – y x = 6 – 2 x = 4 Par ordenado (4; 2) S = {(2: 4) e (4; 2)} Exemplo 2 Isolando x ou y na 2ª equação: x – y = –3 x = y – 3 Substituindo o valor de x na 1ª equação: x² + 2y² = 18 (y – 3)² + 2y² = 18 y² – 6y + 9 + 2y² – 18 = 0 3y² – 6y – 9 = 0 (dividir todos os membros da equação por 3) y² – 2y – 3 = 0 ∆ = b² – 4ac ∆ = (–2)² – 4 * 1 * (–3) ∆ = 4 + 12 ∆ = 16 a = 1, b = –2 e c = –3 Determinando os valores de x em relação aos valores de y obtidos: Para y = 3, temos: x = y – 3 x = 3 – 3 x = 0 Par ordenado (0; 3) Para y = –1, temos: x = y – 3 x = –1 –3 x = –4 Par ordenado (–4; –1) S = {(0; 3) e (–4; –1)} MATEMÁTICA Central de Atendimento: (91) 3278-5713 / 8163-1764 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 40 Geralmente quando queremos determinar certos elementos de um conjunto,ordenamos esses elementos seguindo um determinado padrão. Dizemos que esse conjunto corresponde a uma sequencia ou sucessão. Elementos de uma sequencia podem ser de vários tipos. Veremos alguns exemplos propostos a seguir: A escalacão de um time de futebol escritos em ordem alfabética: (Deola, Marcio, Marcos, Kleber, Valdivia,...,Victor). Anos em que aconteceram os jogos panamericanos no período de 1991 a 2007: (1991, 1995, 1999, 2003, 2007) Sequência dos números primos: (2, 3, 5, 7, 11, 13, ...) Cada um desses elementos dos conjuntos que chamamos de sequência ou sucessões é denominado termo. Na sequência que anteriormente dizemos ser uma escalação de um time de futebol, Deola é o primeiro termo, Marcio o segundo termo, e assim por diante. De um modo geral , a representação dos termos de uma sequência é dada por uma letra e um índice que indica a posição do termo na sequência. O primeiro termo da sequência, por exemplo, pode aparecer indicado como A1, O segundo termo por A2, o terceiro termo por A3 e assim sucessivamente. Além dessas definições de sequências indicamos também o n-ésimo termo conhecido também pela notação definida An. O elemento An (termo geral) pode representar qualquer termo da sequência assim quando formos nos referir por exemplo ao 15° termo da sequência, basta indicarmos por An=A15. Indicamos também por An qualquer elemento que queremos tomar, pois An é conhecido principalmente por ser um termo de ordem n. A representação de uma sequência dada por definição é : (A1, A2, A3, A4, ..., An). Se uma sequência qualquer possui o último termo dizemos que ela é uma sequência finita. Se essa sequência não possui o último termo, dizemos que é infinita. Veja os exemplos a seguir: Sequência finitas Números primos entre 2 e 29 (2, 3, 5, 7, 11, 13, 17, 19, 23, 29); Posição relativa de times de futebol da primeira divisão do futebol brasileiro (1°, 2°, 3°, 4°, 5°, ..., 20°). Sequências infinitas Números naturais (0, 1, 2, 3, 4, 5, ...); O conjunto entre todos os números primos (2, 3, 5, 11, 13, 17, 19, 23, 29, 31, 37, ...); O conjunto de todos os números pares (2, 4, 6, 8, 10, 12, 14, 16, ...). As sequências são os pré requisitos essenciais para compreendermos o estudo das progressões geométricas e progressões aritméticas, conhecidas usualmente com PA e PG. As progressões são sequências numéricas com algumas propriedades específicas e com alguns tratamentos particulares, a identificação e o conhecimento sobre o assunto de sequências e sucessões é uma ferramenta de grande auxílio no estudo de progressões. Para definirmos o que é uma sequência dizemos que é todo conjunto de elementos numéricos ou não que são colocados em uma certa ordem. LEI DE FORMAÇÃO DAS SEQUÊNCIAS Termo em função da posição Expressa an em função de n. Exemplo: MATEMÁTICA Central de Atendimento: (91) 3278-5713 / 8163-1764 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 41 PROGRESSÃO ARITMÉTICA Chamamos de progressão aritmética, ou simplesmente de PA, a toda sequência em que cada número, somado a um número fixo, resulta no próximo número da sequência. O número fixo é chamado de razão da progressão e os números da sequência são chamados de termos da progressão. Observe os exemplos: 50, 60, 70, 80 é uma PA de 4 termos, com razão 10. 3, 5, 7, 9, 11, 13 é uma PA de 6 termos, com razão 2. -8, -5, -2, 1, 4 é uma PA de 5 termos, com razão 3. 156, 152, 148 é uma PA de 3 termos, com razão -4. 100, 80, 60, 40 é uma PA de 4 termos, com razão -20. 6, 6, 6, 6,..... é uma PA de infinitos termos, com razão 0. Numa PA de 7 termos, o primeiro deles é 6, o segundo é 10. Escreva todos os termos dessa PA. 6, 10, 14, 18, 22, 26, 30 Numa PA de 5 termos, o último deles é 201 e o penúltimo é 187. Escreva todos os termos dessa PA. 145, 159, 173, 187, 201 Numa PA de 8 termos, o 3º termo é 26 e a razão é -3. Escreva todos os termos dessa PA. 32, 29, 26, 23, 20, 17, 14, 11 Símbolos usados nas progressões Em qualquer seqüência, costumamos indicar o primeiro termo por a1, o segundo termo por a2, o terceiro termo por a3, e assim por diante. Generalizando, o termo da seqüência que está na posição n é indicado por an. Veja alguns exemplos Na PA 2, 12, 22, 32 temos: a1 = 2, a2 = 12, a3 = 22 e a4 = 32 Quando escrevemos que, numa seqüência, tem-se a5 = 7, por exemplo, observe que o índice 5 indica a posição que o termo ocupa na seqüência. No MATEMÁTICA Central de Atendimento: (91) 3278-5713 / 8163-1764 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 42 caso, trata-se do 5º termo da seqüência. Já o símbolo a5 indica o valor do termo que está na 5º posição. No caso o valor do quinto termo é 7. A razão de uma PA é indicada por r, pois ela representa a diferença entre qualquer termo da PA e o termo anterior. Observe os exemplos: Na PA 1856, 1863, 1870, 1877, 1884 a razão é r = 7, pois: a2 – a1 = 1863 - 1856 = 7 a3 – a2 = 1870 – 1863 = 7 a4 – a3 = 1877 – 1870 = 7 a5 – a4 = 1884 – 1877 = 7 Na PA 20, 15, 10, 5 a razão é r = -5, pois: a2 – a1 = 15 – 20 = -5 a3 – a2 = 10 – 15 = -5 a4 – a3 = 5 – 10 = -5 Classificação das progressões aritméticas Uma PA é crescente quando cada termo, a partir do segundo, é maior que o termo que o antecede. Para que isso aconteça é necessário e suficiente que a sua razão seja positiva. Exemplo: (7, 11, 15, 19,...) é uma PA crescente. Note que sua razão é positiva, r = 4 Uma PA é decrescente quando cada termo, a partir do segundo, é menor que o termo que o antecede. Para que isso aconteça é necessário e suficiente que a sua razão seja negativa. Exemplo: (50, 40, 30, 20,...) é uma PA decrescente. Note que sua razão é negativa, r = -10 Uma PA é constante quando todos os seus termos são iguais. Para que isso aconteça é necessário e suficiente que sua razão seja igual a zero. Exemplo: Determine x para que a seqüência (3+ x, 5x, 2x + 11) seja PA. 5x – ( 3 + x ) = 2x + 11 – 5x 5x – 3 – x = 2x +11 – 5x 5x – x – 2x + 5x = 11 + 3 7x = 14 x = 14/7 = 2 Fórmula do termo geral da PA an = a1 + (n – 1).r Determinar o 61º termo da PA (9, 13, 17, 21,...) r = 4 a1 = 9 n = 61 a61 = ? a61 = 9 + (61 – 1).4 a61 = 9 + 60.4 = 9 + 240 = 249 Determinar a razão da PA (a1, a2, a3,...) em que a1 = 2 e a8 = 3 an = a1 + ( n – 1 ).r a8 = a1 + (8 – 1 ).r a8 = a1 + 7r 3 = 2 + 7r 7r = 3 – 2 7r = 1 r = 1/7 Determinar o número de termos da PA (4,7,10,...,136) a1 = 4 an = 136 r = 7 – 4 = 3 an = a1 + (n – 1).r 136 = 4 + (n – 1).3 136 = 4 + 3n – 3 3n = 136 – 4 + 3 3n = 135 n = 135/3 = 45 termos Determinar a razão da PA tal que: a1 + a4 = 12 e a3 + a5 = 18 a4 = a1 + (4 – 1).r a3 = a1 + (3 – 1).r a5 = a1 + 4r a4 = a1 + 3r a3 = a1 + 2r MATEMÁTICA Central de Atendimento: (91) 3278-5713 / 8163-1764 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 43 a1 + a1 + 3r = 12 a1 + 2r + a1 + 4r = 18 2a1 + 3r = 12 2a1 + 6r = 18 3r = 6 r = 6/3 = 2 Interpolar (inserir) cinco meios aritméticos entre 1 e 25, nessa ordem . Interpolar (ou inserir) cinco meios aritméticos entre 1 e 25, nessa ordem, significa determinar a PA de primeirotermo igual a 1 e último termo igual a 25. (1,_,_,_,_,_,25) a7 = a1 + 6r 25 = 1 + 6r 6r = 24 r = 24/6 r = 4 (1, 5, 9, 13, 17, 21, 25) Representação genérica de uma PA PA de três termos: (x, x + r, x + 2r) ou (x – r, x , x + r), em que a razão é r PA de quatro termos: (x, x + r, x + 2r, x + 3r) ou (x – 3r, x – r, x + r, x + 3r), em que a razão é 2r Cálculo da soma dos n primeiros termos de uma PA Em uma pequena escola do principado de Braunschweig, Alemanha, em 1785, o professor Buttner propôs a seus alunos que somassem os números naturais de 1 a 100. Apenas três minutos depois, um gurizote de oito anos de idade aproximou-se da mesa do senhor Buttner e, mostrando-lhe sua prancheta, proclamou: “ taí “. O professor, assombrado, constatou que o resultado estava correto. Aquele gurizote viria a ser um dos maiores matemáticos de todos os tempos: Karl Friedrich Gauss (1777-1855). O cálculo efetuado por ele foi simples e elegante: o menino percebeu que a soma do primeiro número, 1, com o último, 100, é igual a 101; a soma do segundo número, 2 , com o penúltimo, 99 , é igual a 101; também a soma do terceiro número, 3 , com o antepenúltimo, 98 , é igual a 101; e assim por diante, a soma de dois termos equidistantes dos extremos é igual a soma dos extremos. 1 2 3 4..................................97 98 99 100 4 + 97 = 101 3 + 98 = 101 2 + 99 = 101 1 + 100 = 101 Como são possíveis cinquenta somas iguais a 101, Gauss concluiu que: 1 + 2 + 3 + 4 + .......................... + 97 + 98 + 99 + 100 = 50.101 = 5050 Esse raciocínio pode ser estendido para o cálculo da soma dos n primeiros termos de uma progressão aritmética qualquer: Calcular a soma dos trinta primeiros termos da PA (4, 9, 14, 19,...). a30 = a1 + (30 – 1).r a30 = a1 + 29r a30 = 4 + 29.5 = 149 Calcular a soma dos n primeiros termos da PA (2, 10, 18, 26,...). an = 2 + (n – 1).8 an = 2 + 8n – 8 an = 8n – 6 MATEMÁTICA Central de Atendimento: (91) 3278-5713 / 8163-1764 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 44 Determine a soma dos termos da PA (6, 10, 14,..., 134). Calcule a soma dos múltiplos de 7 compreendidos entre 100 e 300. Múltiplos de 7 (0, 7, 14, 21, 28,...). O primeiro múltiplo de 7 compreendido entre 100 e 300 é o 105. O último múltiplo de 7 compreendido entre 100 e 300 é o 294. 294 = 105 + (n – 1).7 294 = 105 + 7n – 7 7n = 294 – 105 + 7 7n = 196 n = 196/7 = 28 PROGRESSÃO GEOMÉTRICA Denominamos de progressão geométrica, ou simplesmente PG, a toda seqüência de números não nulos em que cada um deles, multiplicado por um número fixo, resulta no próximo número da seqüência. Esse número fixo é chamado de razão da progressão e os números da seqüência recebem o nome de termos da progressão. Observe estes exemplos: 8, 16, 32, 64, 128, 256, 512, 1024 é uma PG de 8 termos, com razão 2. 5, 15, 45,135 é uma PG de 4 termos, com razão 3. 3000, 300, 30, 3 é uma PG de 4 termos, com razão 1/10 Numa PG de 5 termos o 1º termo é 2 e o 2º termo é 12. Escreva os termos dessa PG. 2, 12, 72, 432, 2592 Numa PG de 4 termos, o último termo é 500 e o penúltimo é 100. Escreva os termos dessa PG. 4,20,100,500 Numa PG de 6 termos, o 1º termo é 3 e a razão é 10. Qual o 6º termo dessa PG. 3,30,300,3000,30000,300000 a6 = 300000 Numa PG de 5 termos, o 3º termo é -810 e a razão é -3. Escreva os termos dessa PG. -90,270,-810,2430,-7290 Numa PG, o 9º termo é 180 e o 10º termo é 30. Qual a razão dessa PG. q = 30/180 = 3/18 = 1/6 A razão é 1/6 MATEMÁTICA Central de Atendimento: (91) 3278-5713 / 8163-1764 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 45 Fórmula do termo geral de uma progressão geométrica. Determinar o 15º termo da progressão geométrica (256, 128, 64,...). Determinar a razão da PG tal que: Determinar o número de termos da PG (128, 64, 32,......, 1/256). Determinar a razão da PG tal que: MATEMÁTICA Central de Atendimento: (91) 3278-5713 / 8163-1764 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 46 Representação genérica de uma PG: a) PG de três termos, (x, xq, xq²) em que a razão é q; (x/q, x, xq), com razão q, se q ≠ 0. b) PG de quatro termos, (x, xq, xq², xq³), com razão q; (x/q³, x/q, xq, xq³), com razão q², se q ≠ 0. Determinar a PG de três termos, sabendo que o produto desses termos é 8 e que a soma do segundo com o terceiro termo é 10. Soma dos n primeiros termos de uma PG: Sendo Sn a soma dos n primeiros termos da PG (a1,a2, a3,...an,...) de razão q, temos: Se q = 1, então Sn = n.a1 Calcular a soma dos dez primeiros termos da PG (3, 6, 12,....). MATEMÁTICA Central de Atendimento: (91) 3278-5713 / 8163-1764 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 47 Na Matemática, o conceito de função é inteiramente ligado às questões de dependência entre duas grandezas variáveis. Toda função possui uma lei de formação algébrica que relaciona dois ou mais conjuntos através de cálculos matemáticos. Dizemos que para toda função temos um conjunto denominado domínio e sua respectiva imagem. Por exemplo, podemos estabelecer uma relação de dependência entre o preço do litro do combustível e a quantidade de litros usados no abastecimento de um carro. Suponhamos que o preço do litro de gasolina seja R$ 2,50, dessa forma, podemos determinar a seguinte função y = 2,5 * x, que determina o preço a pagar y em decorrência da quantidade de litros abastecidos x. A partir dessa função podemos construir a seguinte tabela de valores: Toda situação problema envolvendo relações entre grandezas, é determinada por uma lei de formação algébrica. Observe mais um problema relacionado a uma situação cotidiana. Numa viagem, um automóvel mantém uma velocidade constante de 60 km/h. Com o passar do tempo, esse veículo irá percorrer uma determinada distância. De tal modo, podemos determinar a distância percorrida pelo veículo relacionando a velocidade média e o tempo do movimento utilizando a seguinte expressão matemática, D = V * t, onde D: distância, V: velocidade média e t: tempo. Observe a tabela de valores para essa função: Observe que nesse caso a variável dependente é a velocidade e a variável independente é o tempo. As funções possuem grande aplicabilidade nas situações em geral relacionadas ao ensino da Matemática. Utilizamos funções na Administração, na Economia, na Física, na Química, na Engenharia, nas Finanças, entre outras áreas do conhecimento. Observe o exemplo: Uma indústria de brinquedos possui um custo mensal de produção equivalente a R$ 5.000,00 mais R$ 3,00 reais por brinquedo produzido. Determine a lei de formação dessa função e o valor do custo na produção de 2.000 peças. A lei de formação será formada por uma parte fixa e outra variável. Observe: C = 5000 + 3 * p, onde C: custo da produção e p: o número de brinquedos produzidos. Como serão produzidos2.000 brinquedos temos: C = 5000 + 3 * 2000 C = 5000 + 6000 C = 11.000 O custo na produção de 2.000 brinquedos será de R$ 11.000,00. MATEMÁTICA Central de Atendimento: (91) 3278-5713 / 8163-1764 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 48 FUNÇÃO DE 1º GRAU Definição Chama-se função polinomial do 1º grau, ou função afim, a qualquer função f de IR em IR dada por uma lei da forma f(x) = ax + b, onde a e b são números reais dados e a 0. Na função f(x) = ax + b, o número a é chamado de coeficiente de x e o número b é chamado termo constante. Veja alguns exemplos de funções polinomiais do 1º grau: f(x) = 5x - 3, onde a = 5 e b = - 3 f(x) = -2x - 7, onde a = -2 e b = - 7 f(x) = 11x, onde a = 11 e b = 0 Gráfico O gráfico de uma função polinomial do 1º grau, y = ax + b, com a 0, é uma reta oblíqua aos eixos Ox e Oy. Exemplo: Vamos construir o gráfico da função y = 3x - 1: Como o gráfico é uma reta, basta obter dois de seus pontos e ligá-los com o auxílio de uma régua: a) Para x = 0, temos y = 3 · 0 - 1 = -1; portanto, um ponto é (0, -1). b) Para y = 0, temos 0 = 3x - 1; portanto, e outro ponto é . Marcamos os pontos (0, -1) e no plano cartesiano e ligamos os dois com uma reta. x y 0 - 1 0 Já vimos que o gráfico da função afim y = ax + b é uma reta. O coeficiente de x, a, é chamado coeficiente angular da reta e, como veremos adiante, a está ligado à inclinação da reta em relação ao eixo Ox. O termo constante, b, é chamado coeficiente linear da reta. Para x = 0, temos y = a · 0 + b = b. Assim, o coeficiente linear é a ordenada do ponto em que a reta corta o eixo Oy. Para a confecção de apostilas uma gráfica cobra um valor de R$ 5,00 referentes ao custo da capa, contra-capa e da encadernação, mais um valor de R$ 0,50 para cada página da apostila. Repare que há uma relação de dependência entre duas grandezas, o número de páginas da apostila e o seu custo total. Para cada número de páginas existe um valor único para a apostila. Estamos então diante de uma função que pode ser definida como: Ou, se trabalharmos com números fracionários, por: Graficamente temos a seguinte representação da função no plano cartesiano: Toda função na forma , com ( e ) é denominada função afim, ou função polinomial do 1° grau. Como sabemos, o polinômio ax + b é um polinômio do primeiro grau na variável x. Como podemos observar o gráfico desta função é formado por uma reta. Toda função afim é representada no plano cartesiano por uma reta não paralela ao eixo x, ou eixo das abscissas. Normalmente f(x) é representado pela letra y, como no caso deste gráfico. Então a função também pode ser definida por: Representação Gráfica de uma Função Afim Para montarmos o gráfico de uma função polinomial do 1° grau basta conhecermos dois pares ordenados cujo primeiro elemento pertence http://www.matematicadidatica.com.br/Funcao.aspx http://www.matematicadidatica.com.br/PlanoCartesiano.aspx http://www.matematicadidatica.com.br/Polinomios.aspx http://www.matematicadidatica.com.br/PlanoCartesiano.aspx MATEMÁTICA Central de Atendimento: (91) 3278-5713 / 8163-1764 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 49 ao domínio da função e o segundo pertence à sua imagem. Para o primeiro par ordenado vamos escolher aquele onde x = 0. Substituindo x por 0 na regra de associação ou lei de formação da função, temos: Então o nosso par ordenado será (0, 5) representado no gráfico ao lado pelo ponto A: Voltando ao problema da apostila, o ponto (0, 5) do gráfico da função nos indica que caso a apostila não tenha nenhuma página, o seu custo será de R$ 5,00 referentes ao custo da capa, contra-capa e da encadernação apenas. Para o outro par ordenado, arbitrariamente podemos escolher o ponto com abscissa igual a 4 e realizarmos os cálculos como no caso do primeiro ponto, agora trocando x por 4: Tal ponto pode ser observado neste outro gráfico, representado pelo ponto B: O ponto (4, 7) do gráfico da função nos aponta que o custo de uma apostila com 4 páginas é de R$ 7,00. Como sabemos que o gráfico de uma função polinomial do 1° grau é uma reta, basta traçarmos uma reta unindo tais pontos, como podemos ver no gráfico abaixo: Observe que obtivemos o mesmo gráfico do início das explicações deste tópico. Neste exemplo partimos da lei de formação da função, escolhemos arbitrariamente dois pontos conhecidos e a partir deles montamos o gráfico da função. Agora vamos obter a regra de associação da função a partir de quaisquer dois pontos conhecidos pertencentes à função. RAIZ DA FUNÇÃO AFIM Observe no gráfico acima que a reta da função intercepta o eixo das abscissas no ponto (- 10, 0). Este valor de x = -10 que leva a y = 0 é denominado raiz da função ou zero da função. Sendo a função, para encontramos a sua raiz basta substituirmos y por 0 e solucionarmos a equação do primeiro grau obtida: Obtendo a Lei de Formação de uma Função Afim a partir de Dois Pontos da Reta No gráfico acima vemos que o ponto (0, 5) pertence à função, então na sentença podemos trocar x por 0 e y por 5, quando então iremos obter que b = 5: Novamente segundo o gráfico o ponto (-10, 0) também pertence à função e já que b = 5 temos: Observe que substituímos y, x e b por 0, -10 e 5 respectivamente, obtendo a = 1 /2. Visto que a = 1 /2 e b = 5, temos: Portanto a função cujo gráfico passa pelos pontos (-10, 0) e (0, 5) é definida por: http://www.matematicadidatica.com.br/PlanoCartesiano.aspx MATEMÁTICA Central de Atendimento: (91) 3278-5713 / 8163-1764 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 50 Exatamente como havíamos visto no começo da matéria. Vale ressaltar que chegaríamos à mesma definição da função, quaisquer que fossem os dois pontos distintos pertencentes a reta exemplo, que utilizássemos na realização dos cálculos. FUNÇÃO DE 2.º GRAU Ao estudarmos a função afim vimos que sua lei de formação é baseada em um polinômio do primeiro grau na variável x. Analogamente a lei de formação de uma função quadrática é baseada num polinômio do segundo grau na variável x. Toda função na forma , com ( , e ) é denominada função quadrática, ou função polinomial do 2° grau. Lembre-se que o polinômio ax 2 + bx + c é um polinômio do segundo grau na variável x. Representação Gráfica de uma Função Quadrática Devido ao fato de o gráfico de uma função polinomial do 2° grau ser uma parábola e não uma reta, como no caso de uma função afim, para montarmos o seu gráfico não nos basta conhecer apenas dois pares ordenados pertencentes à curva da função, no caso da função quadrática precisamos de mais alguns pontos para termos uma boa ideia de como ficará a curva no gráfico. Vamos analisar o gráfico ao lado e a tabela abaixo que contém alguns pontos deste gráfico: x y = -x 2 + 10x - 14 2 y = -2 2 + 10 . 2 - 14 = 2 3 y = -3 2 + 10 . 3 - 14 = 7 4 y = -4 2 + 10 . 4 - 14 = 10 5 y = -5 2 + 10 . 5 - 14 = 11 6 y = -6 2 + 10 . 6 - 14 = 10 7 y = -7 2 + 10 . 7 - 14 = 7 8 y = -8 2 + 10 . 8 - 14 = 2 Na tabela temos cada um dos sete pontos destacados no gráfico. Para traçá-lo primeiro identificamos no plano cartesiano cada um dos pontos setepontos da tabela e depois fazemos as interligações, traçando linhas curvas de um ponto a outro seguindo a curvatura própria de uma parábola. Normalmente é mais fácil traçarmos a parábola se a começarmos pelo seu vértice, que neste caso é o ponto (5, 11), visualmente o ponto máximo do gráfico desta parábola. Ponto de Intersecção da Parábola com o Eixo das Ordenadas De uma forma geral a parábola sempre intercepta o eixo y no ponto (0, c). Na função y = -x 2 + 10x - 14, vista acima, o coeficiente c é igual a -14, portanto a intersecção da parábola do gráfico da função com o eixo das ordenadas ocorre no ponto (0, -14). Raiz da Função Quadrática Observe no gráfico anterior que a parábola da função intercepta o eixo das abscissas em dois pontos. Estes pontos são denominados raiz da função ou zero da função. Uma função quadrática possui de zero a duas raízes reais distintas. Sendo a função, para encontramos as suas raízes basta igualarmos y a 0 e solucionarmos a equação do segundo grau obtida: http://www.matematicadidatica.com.br/FuncaoAfim.aspx http://www.matematicadidatica.com.br/Polinomios.aspx http://www.matematicadidatica.com.br/Polinomios.aspx http://www.matematicadidatica.com.br/Polinomios.aspx http://www.matematicadidatica.com.br/Polinomios.aspx http://www.matematicadidatica.com.br/Polinomios.aspx http://www.matematicadidatica.com.br/Funcao.aspx http://www.matematicadidatica.com.br/PlanoCartesiano.aspx http://www.matematicadidatica.com.br/PlanoCartesiano.aspx http://www.matematicadidatica.com.br/PlanoCartesiano.aspx MATEMÁTICA Central de Atendimento: (91) 3278-5713 / 8163-1764 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 51 Estes são os valores de x que levam a y = 0, estes valores são portanto as raízes desta função. Vértice e Concavidade da Parábola Podemos observar que no gráfico da função y = -x 2 + 10x - 14 o seu vértice é o ponto máximo e que a sua concavidade é para baixo. Agora vamos observar o gráfico da função y = x 2 + 3x + 1: Como podemos perceber, esta outra parábola é côncava para cima e o seu vértice é o seu ponto mínimo. Observando apenas a lei de formação das duas funções, qual o seu palpite para esta divergência entre os dois gráficos? Vamos identificar os coeficientes destas funções. Para a função y = -x 2 + 10x - 14 temos: Já para a função y = x 2 + 3x + 1 temos: Já tem algum palpite? Observe que na primeira função o coeficiente a é negativo, ao passo que na segunda função este mesmo coeficiente é positivo. O gráfico da função é côncavo para baixo quando a < 0: Por outro lado quando a > 0 o gráfico da função tem a sua concavidade voltada para cima: 1.2 Coordenadas do Vértice da Parábola A abscissa do vértice xv é dada pela fórmula: Já ordenada do vértice yv pode ser obtida calculando-se yv = f(xv), ou ainda através da fórmula: Vamos tomar como exemplo novamente a função y = -x 2 + 10x - 14 e calcularmos as coordenadas do seu vértice para conferirmos com o ponto indicado na tabela inicial. Seus coeficientes são: Então para a abscissa do vértice xv temos: A ordenada do vértice yv vamos obter pelas duas formas indicadas. Primeiro utilizando a fórmula, mas para isto antes precisamos calcular o discriminante da equação -x 2 + 10x - 14 = 0: Visto que o discriminante é igual a 44, a ordenada do vértice é: Da outra maneira o cálculo seria: http://www.matematicadidatica.com.br/EquacaoSegundoGrau.aspx MATEMÁTICA Central de Atendimento: (91) 3278-5713 / 8163-1764 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 52 Portanto o vértice da parábola é o ponto (5, 11) como apontado inicialmente pela tabela. 1.3 Valor Mínimo ou Máximo da Função Quadrática Acima aprendemos a identificar pela lei de formação de uma função se a parábola do seu gráfico tem concavidade para cima ou para baixo e também aprendemos como calcular as coordenadas do vértice desta parábola. Ficamos sabendo também que as funções polinomiais do 2° grau com coeficiente a < 0 possuem um valor máximo, ao ponto que quando o coeficiente a > 0 possuem um valor mínimo. Com base nestes conhecimentos podemos calcular qual é o valor máximo ou mínimo de uma função quadrática. 1.3.1 Valor Mínimo e Ponto de Mínimo da Função Quadrática Vamos analisar o gráfico da função f(x) = x 2 - 4x + 5: Os seus coeficientes são: Esta função é côncava para cima, pois o seu coeficiente a > 0. O ponto (2, 1) é o vértice da parábola. 2 é a abscissa do vértice, isto é xv, assim calculado: 1 é a ordenada do vértice, ou seja yv, que obtemos iniciando pelo cálculo do discriminante: Conhecendo o discriminante podemos calcular yv: Observe que para valores de x menores que a abscissa do vértice, o valor de y vai diminuindo até atingir um valor mínimo que é a ordenada do vértice ou f(xv). Como xv = 2, então f(2) = 1 é o valor mínimo da função f e 2 é o ponto de mínimo da função f. Para a > 0 o conjunto imagem da função polinomial do 2° grau é: 1.3.2 Valor Máximo e Ponto de Máximo da Função Quadrática Vamos analisar agora este outro gráfico da função f(x) = -x 2 + 4x + 2: Os coeficientes da regra de associação desta função são: Esta função é côncava para baixo já que o seu coeficiente a < 0. O ponto (2, 6) é o vértice da parábola. 2 é a abscissa do vértice, ou seja xv, que calculamos assim: MATEMÁTICA Central de Atendimento: (91) 3278-5713 / 8163-1764 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 53 6 é a ordenada do vértice, isto é yv, que agora vamos obter calculando f(xv) diretamente, em vez calcularmos primeiro o discriminante e a partir dele calcularmos yv, como fizemos no caso do valor mínimo: Neste caso veja que para valores de x menores que a abscissa do vértice, o valor de y vai aumentando até atingir um valor máximo que é a ordenada do vértice, que como sabemos é f(xv). Visto que xv = 2, então f(2) = 6 é o valor máximo da função f e 2 é o ponto de máximo da função f. Para a < 0 o conjunto imagem da função quadrática é: GRÁFICOS DE FUNÇÕES Por gráfico entendemos uma figura com o objetivo de transmitir uma informação qualquer. Os meios de comunicação (revistas, jornais, televisão) utilizam frequentemente este recurso para veicular de maneira clara, simples e compacta vários tipos de informação, tais como: resultados de pesquisa de opinião, dados estatísticos, variação de indicadores financeiros, etc. O termo gráfico em matemática, geralmente é usado quando estamos a descrever uma figura por meio de uma condição que é satisfeita pelos pontos da figura e por nenhum outro ponto. Uma das representações gráficas mais comuns e importantes em matemática é o gráfico de uma função. Podemos representar graficamente uma função usando vários tipos de gráficos: gráficos de barras, correspondência ou relação entre conjuntos, gráfico cartesiano. O gráfico cartesiano de uma função é o conjunto de todos os pontos (x, y) do plano que satisfazem a condição y = f(x), ou seja, o gráfico de uma função é o conjunto de todos os pontos do plano da forma (x, f(x)), com x variando no domínio de f. Os gráficos cartesianos permitem visualizar "a forma" geométrica de uma função e as suas principais características.Qualquer curva plana representa o gráfico de alguma função? (Resolva o exercício abaixo. Ele poderá ajudá-lo a obter uma resposta para esta pergunta) Verifique quais dos gráficos abaixo, são gráficos de funções: ( a ) ( b ) ( c ) MATEMÁTICA Central de Atendimento: (91) 3278-5713 / 8163-1764 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 54 ( d ) ( e ) ( f ) Dos exemplos estudados, podemos concluir que o gráfico de uma função é uma curva plana com a característica especial que qualquer recta vertical só a intercepta num único ponto. Porque é esta condição necessária? O gráfico de uma função pode ser simétrico em relação ao eixo x ? E em relação ao eixo y ? O que representam os pontos onde o gráfico de uma função corta o eixo x ? Dizemos que duas funções y = f(x) e y = g(x) são iguais se elas têm o mesmo domínio e se f(x) = g(x) , para todos os valores de x do seu domínio comum. e y = x + 1 não são iguais porque têm domínios diferentes. O ponto x = 1 pertence ao domínio de y = x +1, mas não pertence ao domínio de . O que acontece com os valores de f(x) quando x se aproxima de 1 ? Para responder observe a animação abaixo: MATEMÁTICA Central de Atendimento: (91) 3278-5713 / 8163-1764 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 55 Dizemos, então, que o limite da função quando x tende para 1 é 2, ou em notação matemática, . Estudemos agora, a função . É claro que esta função não está definida para x= 0. Além disso, lembrando que , concluímos, imediatamente, que esta função é constante e igual a 1 para valores positivos de x , e é constante e igual a -1 para os valores negativos de x . Traçamos abaixo o gráfico dessa função. O que acontece com os valores dessa função, quando x se aproxima de zero pela direita? E quando x se aproxima de zero pela esquerda ? Notamos, neste caso, que o comportamento de f(x) difere daquele do exemplo anterior, pois a função assume valores diferentes, quando x se aproxima de zero pela direita e, pela esquerda. Neste caso, dizemos que a função não tem limite no ponto x = 0 . Considere a função y = (1 / x).. Pode-se concluir, imediatamente, que y assumirá valores positivos, quando x for positivo y será negativo quando x for negativo e que y não está definido quando x = 0. Mas, o que acontece com os valores da função, quando x se aproxima de zero? Neste caso, notamos que à medida que x se aproxima de zero, quer pela direita, quer pela esquerda, os valores correspondentes de f(x) crescem sem limite, em valor absoluto. Dizemos, então, que quando x tende para zero pela esquerda, a função f(x) tende para - ∞ e quando x tende para zero pela direita, a função tende para + ∞. Em notação matemática, escrevemos e , respectivamente. Observe ainda, como este comportamento "aparece" no gráfico da função. Podemos perceber que, à medida em que x cresce em valor absoluto, o gráfico da função aproxima-se cada vez mais da recta y = 0 e, quando x se aproxima de zero, o gráfico da função aproxima- se da recta x = 0. A recta x = 0 é chamada assimptota vertical e a recta y = 0 é chamada assimptota horizontal ao gráfico da função. Em resumo, dizemos que uma recta é uma assimptota ao gráfico de uma função quando, à medida que um ponto se move ao longo da curva, a distância desse ponto à recta aproxima-se de zero indefinidamente, sem nunca chegar a zero. MATEMÁTICA Central de Atendimento: (91) 3278-5713 / 8163-1764 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 56 TEOREMA DE PITÁGORAS O Teorema de Pitágoras é considerado uma das principais descobertas da Matemática, ele descreve uma relação existente no triângulo retângulo. Vale lembrar que o triângulo retângulo pode ser identificado pela existência de um ângulo reto, isto é, medindo 90º. O triângulo retângulo é formado por dois catetos e a hipotenusa, que constitui o maior segmento do triângulo e é localizada oposta ao ângulo reto. Observe: Catetos: a e b Hipotenusa: c O Teorema diz que: “a soma dos quadrados dos catetos é igual ao quadrado da hipotenusa.” a² + b² = c² Exemplo 1 Calcule o valor do segmento desconhecido no triângulo retângulo a seguir. x² = 9² + 12² x² = 81 + 144 x² = 225 √x² = √225 x = 15 Foi através do Teorema de Pitágoras que os conceitos e as definições de números irracionais começaram a ser introduzidos na Matemática. O primeiro irracional a surgir foi √2, que apareceu ao ser calculada a hipotenusa de um triângulo retângulo com catetos medindo 1. Veja: x² = 1² + 1² x² = 1 + 1 x² = 2 √x² = √2 x = √2 √2 = 1,414213562373.... Exemplo 2 Calcule o valor do cateto no triângulo retângulo abaixo: x² + 20² = 25² x² + 400 = 625 x² = 625 – 400 x² = 225 √x² = √225 x = 15 Exemplo 3 Um ciclista acrobático vai atravessar de um prédio a outro com uma bicicleta especial, percorrendo a distância sobre um cabo de aço, como demonstra o esquema a seguir: MATEMÁTICA Central de Atendimento: (91) 3278-5713 / 8163-1764 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 57 Qual é a medida mínima do comprimento do cabo de aço? Pelo Teorema de Pitágoras temos: x² = 10² + 40² x² = 100 + 1600 x² = 1700 x = 41,23 (aproximadamente) TEOREMA DE TALES A história da Geometria Descritiva ganha vida nas descobertas do grande matemático grego Tales de Mileto. Sábio do século VI a.C., Tales tornara-se conhecido como pai da geometria descritiva após grande contribuição não somente nesse campo, mas em muitas outras extensões da matemática. Além da matemática, Tales contribuiu, com seus estudos, para o desenvolvimento da Astronomia e da Filosofia. Ainda sobre ele, supõe-se que passara um tempo vivendo no Egito, onde foi convocado para calcular a altura de uma pirâmide, realizando o cálculo com êxito e ficando muito famoso. Para realizar tamanha façanha, visto que à época pouquíssimos (ou nenhum) recursos foram-lhe disponibilizados, Tales utilizou o que hoje conhecemos como o Teorema de Tales. Algumas considerações preliminares O enunciado do Teorema de Tales será compreensível a partir da consideração, nesse primeiro momento, de alguns elementos básicos: um feixe de retas paralelas r, s e t que cortam as retas transversais u e v. Neste exemplo, o feixe de retas é formado por apenas três retas paralelas e duas transversais, mas outros feixes podem ser formados com maior número de retas paralelas contidas num mesmo plano. No feixe acima, destacam-se os seguintes elementos: Pontos correspondentes: A e D, B e E, C e F; Segmentos correspondentes: AB e DE, BC e EF, AC e DF. O teorema de Tales Se duas retas transversais são cortadas por um feixe de retas paralelas, então a razão entre quaisquer dois segmentos determinados em uma das transversais é igual à razão entre os segmentos correspondentes da outra transversal.MATEMÁTICA Central de Atendimento: (91) 3278-5713 / 8163-1764 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 58 No feixe de retas exemplificado anteriormente, podemos destacar, de acordo com o Teorema de Tales, as seguintes razões: Aplicação do teorema Aprenda a calcular área e perímetro de um quadrado. A área é a quantidade de espaço na superfície. Calcular área é um dos exercícios mais pedidos em Matemática. Na Olimpíada de Matemática, Enem e vestibulares é comum encontrar questões que envolvam como calcular área. Para calcular a área de um quadrado, basta elevar ao quadrado a medida de um lado. Exemplo: O lado de um quadrado mede 8 cm. A = L x L A= 8×8 A= 64 cm Perímetro Perímetro é a soma dos lados de uma figura. Ainda usando as medidas do exemplo acima, vamos calcular qual é o perímetro de um quadrado. P= L + L + L + L = 4xL P= 4×8 P= 32 Portanto, o perímetro do quadrado do exemplo é 32 cm e área é 64 cm. Aprenda como calcular área e perímetro de um triângulo. Área é a quantidade de espaço de uma superfície. Perímetro pode ser definido como o comprimento da http://aprovadonovestibular.com/como-calcular-area-e-perimetro-de-um-quadrado-matematica.html http://aprovadonovestibular.com/como-calcular-area-e-perimetro-de-um-quadrado-matematica.html http://aprovadonovestibular.com/como-calcular-area-e-perimetro-de-triangulo-%E2%80%93-matematica.html MATEMÁTICA Central de Atendimento: (91) 3278-5713 / 8163-1764 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 59 curva em torno de uma figura fechada e limitada. Calcular área e perímetro é muito comum em exercícios de vestibulares. Para calcular a área de um triângulo há várias formas e depende do tipo de triângulo. A = área b = base h = altura Triângulo equilátero l = lado Caso deseje calcular a altura de um triângulo equilátero. Como calcular perímetro de um triângulo Para calcular o perímetro de um triângulo basta somar o valor dos lados dele. P = L + L + L Imagine a seguinte situação: Aproveitando uma promoção de uma loja de materiais para construção, uma família resolve trocar o piso da sala de sua residência. Sabem que a sala mede 4 metros de largura e possui um comprimento de 5,5 metros. Sabem também que o ladrilho desejado é quadrado, com 25 cm de lado. Quantos ladrilhos serão necessários para ladrilhar o piso da sala inteira? Área é a denominação dada à medida de uma superfície. Na situação acima estamos nos referindo às áreas da sala e do ladrilho. Partindo-se deste princípio, o nosso problema se resume ao cálculo da razão entre as áreas da sala e do ladrilho. Para que você saiba solucionar, dentre outros, o problema acima, vamos então nos atentar ao método de cálculo da área das figuras geométricas planas mais comuns. De qualquer forma, no final da página você encontra a resolução detalhada do problema acima. Cálculo da Área do Triângulo Denominamos de triângulo a um polígono de três lados. Observe a figura ao lado. A letra h representa a medida da altura do triângulo, assim como letra b representa a medida da sua base. A área do triângulo será metade do produto do valor da medida da base, pelo valor da medida da altura, tal como na fórmula abaixo: A letra S representa a área ou superfície do triângulo. No caso do triângulo equilátero, que possui os três ângulos internos iguais, assim como os seus três lados, podemos utilizar a seguinte fórmula: Onde l representa a medida dos lados do triângulo. Exemplos A medida da base de um triângulo é de 7 cm, visto que a medida da sua altura é de 3,5 cm, qual é a área deste triângulo? Do enunciado temos: Utilizando a fórmula: A área deste triângulo é 12,25 cm 2 . Os lados de um triângulo equilátero medem 5 mm. Qual é a área deste triângulo equilátero? Segundo o enunciado temos: Substituindo na fórmula: http://aprovadonovestibular.com/como-calcular-area-e-perimetro-de-triangulo-%E2%80%93-matematica.html http://www.matematicadidatica.com.br/GeometriaCalculoAreaFigurasPlanas.aspx#anchor_prob1 http://www.matematicadidatica.com.br/GeometriaCalculoAreaFigurasPlanas.aspx#anchor_prob1 http://www.matematicadidatica.com.br/GeometriaCalculoAreaFigurasPlanas.aspx#anchor_prob1 http://www.matematicadidatica.com.br/GeometriaCalculoAreaFigurasPlanas.aspx#anchor_prob1 http://www.matematicadidatica.com.br/GeometriaCalculoAreaFigurasPlanas.aspx#anchor_prob1 http://www.matematicadidatica.com.br/GeometriaCalculoAreaFigurasPlanas.aspx#anchor_prob1 http://www.matematicadidatica.com.br/GeometriaCalculoAreaFigurasPlanas.aspx#anchor_prob1 http://www.matematicadidatica.com.br/GeometriaCalculoAreaFigurasPlanas.aspx#anchor_prob1 http://www.matematicadidatica.com.br/Razao.aspx http://www.matematicadidatica.com.br/GeometriaCalculoAreaFigurasPlanas.aspx#anchor_prob1 http://www.matematicadidatica.com.br/GeometriaCalculoAreaFigurasPlanas.aspx#anchor_prob1 MATEMÁTICA Central de Atendimento: (91) 3278-5713 / 8163-1764 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 60 A área deste triângulo equilátero é de aproximadamente 10,8 mm 2 . Cálculo da Área do Paralelogramo Um quadrilátero cujos lados opostos são iguais e paralelos é denominado paralelogramo. Com h representando a medida da sua altura e com b representando a medida da sua base, a área do paralelogramo pode ser obtida multiplicando-se b por h, tal como na fórmula abaixo: Exemplos A medida da base de um paralelogramo é de 5,2 dm, sendo que a medida da altura é de 1,5 dm. Qual é a área deste polígono? Segundo o enunciado temos: Substituindo na fórmula: A área deste polígono é 7,8 dm 2 . Qual é a medida da área de um paralelogramo cujas medidas da altura e da base são respectivamente 10 cm e 2 dm? Sabemos que 2 dm equivalem a 20 cm, temos: Substituindo na fórmula: A medida da área deste paralelogramo é 200 cm 2 ou 2 dm 2 . Cálculo da Área do Losango O losango é um tipo particular de paralelogramo. Neste caso além dos lados opostos serem paralelos, todos os quatro lados são iguais. Se você dispuser do valor das medidas h e b, você poderá utilizar a fórmula do paralelogramo para obter a área do losango. Outra característica do losango é que as suas diagonais são perpendiculares. Observe na figura à direita, que a partir das diagonais podemos dividir o losango em quatro triângulos iguais. Consideremos a base b como a metade da diagonal d1 e a altura h como a metade da diagonal d2, para calcularmos a área de um destes quatro triângulos. Bastará então que a multipliquemos por 4, para obtermos a área do losango. Vejamos: Realizando as devidas simplificações chegaremos à fórmula: Exemplos As diagonais de um losango medem 10 cm e 15 cm. Qual é a medida da sua superfície? Para o cálculo da superfície utilizaremos a fórmula que envolve as diagonais, cujos valores temos abaixo: Utilizando na fórmula temos: A medida da superfície deste losango é de 75 cm 2 Qual é a medida da área de um losango cuja base mede 12 cm e cuja altura seja de 9 cm? Neste caso, para o cálculo da área utilizaremos a fórmula do paralelogramo, onde utilizamos a base e a altura da figura geométrica, cujos valores temos abaixo: Segundo a fórmula temos: MATEMÁTICACentral de Atendimento: (91) 3278-5713 / 8163-1764 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 61 A medida da área do losango é de 108 cm 2 . Cálculo da Área do Quadrado Todo quadrado é também um losango, mas nem todo losango vem a ser um quadrado, do mesmo modo que todo quadrado é um retângulo, mas nem todo retângulo é um quadrado. O quadrado é um losango, que além de possuir quatro lados iguais, com diagonais perpendiculares, ainda possui todos os seus ângulos internos iguais a 90°. Observe ainda que além de perpendiculares, as diagonais também são iguais. Por ser o quadrado um losango e por ser o losango um paralelogramo, podemos utilizar para o cálculo da área do quadrado, as mesmas fórmulas utilizadas para o cálculo da área tanto do losango, quanto do paralelogramo. Quando dispomos da medida do lado do quadrado, podemos utilizar a fórmula do paralelogramo: Como h e b possuem a mesma medida, podemos substituí-las por l, ficando a fórmula então como sendo: Quando dispomos da medida das diagonais do quadrado, podemos utilizar a fórmula do losango: Como ambas as diagonais são idênticas, podemos substituí-las por d, simplificando a fórmula para: Exemplos A lateral da tampa quadrada de uma caixa mede 17 cm. Qual a superfície desta tampa? Do enunciado temos que a variável l é igual a 17: Substituindo na fórmula temos: Portanto a superfície da tampa desta caixa é de 289 cm 2 . A medida do lado de um quadrado é de 20 cm. Qual é a sua área? Como o lado mede 20 cm, temos: Substituindo na fórmula temos: A área do quadrado é de 400 cm 2 . A área de um quadrado é igual a 196 cm 2 . Qual a medida do lado deste quadrado? Temos que S é igual a 196. Utilizando a fórmula temos: Como a medida do lado não pode ser negativa, temos que o lado do quadrado mede 14 cm. Cálculo da Área do Retângulo Por definição o retângulo é um quadrilátero equiângulo (todo os seus ângulos internos são iguais), cujos lados opostos são iguais. Se todos os seus quatro lados forem iguais, teremos um tipo especial de retângulo, chamado de quadrado. Por ser o retângulo um paralelogramo, o cálculo da sua área é realizado da mesma forma. Se denominarmos as medidas dos lados de um retângulo como na figura ao lado, teremos a seguinte fórmula: Exemplos Um terreno mede 5 metros de largura por 25 metros de comprimento. Qual é a área deste terreno? Atribuindo 5 à variável h e 25 à variável b temos: Utilizando a fórmula: MATEMÁTICA Central de Atendimento: (91) 3278-5713 / 8163-1764 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 62 A área deste terreno é de 125 m 2 . A tampa de uma caixa de sapatos tem as dimensões 30 cm por 15 cm. Qual a área desta tampa? Podemos atribuir 15 à variável h e 30 à variável b: Ao substituirmos as variáveis na fórmula teremos: Portanto a área da tampa da caixa de sapatos é de 450 cm 2 . Cálculo da Área do Círculo A divisão do perímetro de uma circunferência, pelo seu diâmetro resultará sempre no mesmo valor, qualquer que seja circunferência. Este valor irracional constante é representado pela letra grega minúscula pi, grafada como: Por ser um número irracional, o número pi possui infinitas casas decimais. Para cálculos corriqueiros, podemos utilizar o valor 3,14159265. Para cálculos com menos precisão, podemos utilizar 3,1416, ou até mesmo 3,14. O perímetro de uma circunferência é obtido através da fórmula: O cálculo da área do círculo é realizado segundo a fórmula abaixo: Onde r representa o raio do círculo. Exemplos A lente de uma lupa tem 10 cm de diâmetro. Qual é a área da lente desta lupa? Como informado no enunciado, o diâmetro da circunferência da lupa é igual a 10 cm, o que nos leva a concluir que o seu raio é igual a 5 cm, que corresponde à metade deste valor: Substituindo-o na fórmula: A área da lente da lupa é de 78,54 cm 2 . Um círculo tem raio de 8,52 mm. Quantos milímetros quadrados ele possui de superfície? Do enunciado, temos que o valor do raio r é: Ao substituirmos valor de r na fórmula teremos: A superfície do círculo é de 228,05 mm 2 . Cálculo da Área de Setores Circulares O cálculo da área de um setor circular pode ser realizado calculando-se a área total do círculo e depois se montando uma regra de três, onde a área total do círculo estará para 360°, assim como a área do setor estará para o número de graus do setor. Sendo S a área total do círculo, Sα a área do setor circular e α o seu número de graus, temos: Em radianos temos: A partir destas sentenças podemos chegar a esta fórmula em graus: E a esta outra em radianos: Onde r representa o raio do círculo referente ao setor e α é o ângulo também referente ao setor. Exemplos Qual é a área de um setor circular com ângulo de 30° e raio de 12 cm? Aplicando a fórmula em graus temos: A área do setor circular é de 37,6992 cm 2 . Qual é a superfície de um setor circular com ângulo de 0,5 rad e raio de 8 mm? Aplicando a fórmula em radianos temos: MATEMÁTICA Central de Atendimento: (91) 3278-5713 / 8163-1764 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 63 A superfície do setor circular é de 16 mm 2 . Cálculo da Área de Coroas Circulares O cálculo da área de uma coroa circular pode ser realizado calculando-se a área total do círculo e subtraindo-se desta, a área do círculo inscrito. Podemos também utilizar a seguinte fórmula: Onde R representa o raio do círculo e r representa o raio do círculo inscrito. Exemplos Qual é a área de uma coroa circular com raio de 20 cm e largura de 5 cm? Se a largura é de 5 cm, significa que r = 20 - 5 = 15, substituindo na fórmula temos: A área da coroa circular é de 549,78 cm 2 . Qual é a superfície de uma coroa circular com r = 17 e R = 34? Aplicando a fórmula em temos: A superfície desta coroa circular é 2723,7672. Resolução Detalhada do Problema no Começo da Página Para resolvermos tal problema, primeiramente vamos calcular a área da sala. Para podermos utilizar a fórmula do cálculo da área de um retângulo, vamos atribuir os 4 m da largura à letra h e os 5,5 m do comprimento à letra b: Resolvendo através da fórmula: Agora que sabemos que a sala tem uma área de 22 m 2 , precisamos conhecer a área do ladrilho. Como o ladrilho é quadrado, precisamos calcular a área de um quadrado, só que devemos trabalhar em metros e não em centímetros, pois a área da sala foi calculada utilizando-se medidas em metros e não medidas em centímetros. Poderíamos ter convertido as medidas da sala em centímetros, para trabalharmos apenas com centímetros. O importante é que utilizemos sempre a mesma unidade (múltiplo/submúltiplo). A transformação de 25 cm em metros é realizada dividindo-se tal medida por 100: Então a medida dos lados dos ladrilhos é de 0,25 m. Se tiver dúvidas sobre como realizar tal conversão, por favor acesse a página que trata sobre as unidades de medidas, lá você encontrará várias informações sobre este assunto, incluindo vários exemplos e um link para uma calculadora sobre o tema. Voltando ao problema, como o ladrilho é quadrado, a área do ladrilho com lado l = 0,25 é igual a: Como dito no começo da página, a resolução do problema se resume ao cálculo da razão entre a área da sala e a área do ladrilho. Como a sala tem uma área de 22 m 2 e o ladrilho de 0,0625 m 2 , temos a seguinte razão: Ou seja, paraladrilhar o piso da sala inteira serão necessários ladrilhos 352. RELAÇÕES MÉTRICAS NO TRIÂNGULO RETÂNGULO Triângulo retângulo é todo triângulo que tem um ângulo reto. O triângulo ABC é retângulo em A e seus elementos são: a: hipotenusa b e c: catetos h: altura relativa a hipotenusa m e n: projeções ortogonais dos catetos sobre a hipotenusa. Relações métricas Para um triângulo retângulo ABC podemos estabelecer algumas relações entre as medidas de seus elementos: - O quadrado de um cateto é igual ao produto da hipotenusa pela projeção desse cateto sobre a hipotenusa. b² = a.n c² = a.m - O produto dos catetos é igual ao produto da http://www.matematicadidatica.com.br/SistemasMedida.aspx http://www.matematicadidatica.com.br/CalculadoraConversaoUnidadesMedida.aspx http://www.matematicadidatica.com.br/CalculadoraConversaoUnidadesMedida.aspx http://www.matematicadidatica.com.br/Razao.aspx http://matematica-online-clc.blogspot.com.br/2009/03/relacoes-metricas-no-triangulo.html http://matematica-online-clc.blogspot.com.br/2009/03/relacoes-metricas-no-triangulo.html MATEMÁTICA Central de Atendimento: (91) 3278-5713 / 8163-1764 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 64 hipotenusa pela altura relativa a hipotenusa. b.c = a.h - O quadrado da altura é igual ao produto das projeções dos catetos sobre a hipotenusa. h² = m.n - O quadrado da hipotenusa é igual a soma dos quadrados dos catetos. a² = b² + c² Essa relação é conhecida pelo nome de TEOREMA DE PITÁGORAS. Exemplo: Neste triângulo ABC, vamos calcular a, h, m e n: a² = b² + c² → a² = 6² + 8² → a² = 100 → a = 10 b.c = a.h → 8.6 = 10.h → h = 48/10 = 4,8 c² = a.m → 6² = 10.m → m = 36/10 = 3,6 b² = a.n → 8² = 10.n → n = 64/10 = 6,4 Determine os valores literais indicados nas figuras: a) 13² = 12² + x² 5.12 = 13.y 169 = 144 + x² y = 60/13 x² = 25 x = 5 b) c) d) Determine a altura de um triângulo eqüilátero de lado l. Determine x nas figuras. a) O triângulo ABC é eqüilátero. http://3.bp.blogspot.com/_48xzWKwbkdU/SZToZ8rhhbI/AAAAAAAAAN8/hKMucF9WgQo/s1600-h/tri4.jpg http://1.bp.blogspot.com/_48xzWKwbkdU/SZTo0Mw6moI/AAAAAAAAAOE/67jmdceolK4/s1600-h/tri6+4.jpg http://2.bp.blogspot.com/_48xzWKwbkdU/SZTqFXm2xvI/AAAAAAAAAOU/VUlx7O_Vktw/s1600-h/tri75.jpg http://3.bp.blogspot.com/_48xzWKwbkdU/SZTqiiG-IkI/AAAAAAAAAOc/Jyx8H6GQJgM/s1600-h/tri8.jpg http://3.bp.blogspot.com/_48xzWKwbkdU/SZTrDu1GIJI/AAAAAAAAAOk/UEi38tRenV8/s1600-h/trig9.jpg MATEMÁTICA Central de Atendimento: (91) 3278-5713 / 8163-1764 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 65 b) c) Determine a diagonal de um quadrado de lado l. Razões trigonométricas Considere um triângulo retângulo ABC. Podemos definir: - Seno do ângulo agudo: razão entre o cateto oposto ao ângulo e a hipotenusa do triângulo. senÊ = e/a senÔ = o/a - Cosseno do ângulo agudo: razão entre o cateto adjacente ao ângulo e a hipotenusa do triângulo. cosÊ = o/a cosÔ = e/a - Tangente do ângulo agudo: razão entre o cateto oposto ao ângulo e o cateto adjacente. tgÊ = e/o tgÔ = o/e Observe: senÊ = cosÔ, senÔ = cosÊ e tgÊ = 1/tgÔ, sempre Ê + Ô = 90º Exemplo: senÔ = 3/5 = 0,6 senÊ = 4/5 = 0,8 cosÔ = 4/5 = 0,8 cosÊ = 3/5 = 0,6 tgÔ = 3/4 = 0,75 tgÊ = 4/3 = 1,333.... Ângulos notáveis Podemos determinar seno, cosseno e tangente de alguns ângulos. Esses ângulos chamados de notáveis, são: 30°, 45° e 60°. A partir das definições de seno, cosseno e tangente, vamos determinar esses valores para os ângulos notáveis. Considere um triângulo eqüilátero de lado l. Traçando a altura AM, obtemos o triângulo retângulo AMC de ângulos agudos iguais a 30° e 60°. Aplicando as razões trigonométricas ao triângulo AMC temos: Para obter as razões trigonométricas do ângulo de 45°, considere um quadrado de lado l. A diagonal divide o quadrado em dois triângulos retângulos isósceles. http://3.bp.blogspot.com/_48xzWKwbkdU/SZTrjwblBGI/AAAAAAAAAO0/ET_5IMT57ZY/s1600-h/tri34.jpg http://2.bp.blogspot.com/_48xzWKwbkdU/SZTrSSpytWI/AAAAAAAAAOs/Nc4G2C4RRBg/s1600-h/trij112.jpg http://1.bp.blogspot.com/_48xzWKwbkdU/SZTtPvKIB5I/AAAAAAAAAPM/bMAoFRrLAJc/s1600-h/trir38.jpg http://4.bp.blogspot.com/_48xzWKwbkdU/SZTtfzoW9yI/AAAAAAAAAPU/9luWkczYGZ8/s1600-h/tris40.jpg MATEMÁTICA Central de Atendimento: (91) 3278-5713 / 8163-1764 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 66 No triângulo ABD, temos: Observação: sen45° = cos45° PRISMA 1. Prismas regulares Prisma: Figura espacial que possui duas faces poligonais opostas, paralelas e congruentes, denominadas bases, separadas por uma distância chamada altura. As demais faces possuem forma de paralelogramos, sendo os lados os segmentos que unem os vértices correspondentes das duas bases. O prisma é regular quando suas bases forem polígonos regulares. 1.1 Prisma reto: O prisma é dito reto quando as arestas laterais forem perpendiculares às bases. Neste caso as faces laterais serão retângulos. Definições complementares Al → total da área lateral, que é a soma das áreas dos paralelogramos Ab → área do polígono da base (vide fórmulas no artigo Quadrilátero - Cálculo de áreas) h → altura do prisma (distância entre as duas bases e perpendicular a elas) Área total: AT = Al + 2. Ab Volume do prisma: V = Ab . h 1.2 Prisma oblíquo: quando as arestas laterais não são perpendiculares às bases. As fórmulas para cálculo das áreas e do volume continuam as mesmas, pois a altura é sempre a distância entre as duas bases e perpendicular a elas ou ao plano que as contém. PIRÂMIDES REGULARES Pirâmide: Uma figura espacial que possui uma face poligonal denominada base, e faces laterais em forma de triângulos com um vértice em comum. A distância deste vértice até a base da pirâmide é sua altura. A pirâmide é regular quando sua base for um polígono regular. 2.1 Pirâmide reta: A pirâmide é reta quando todos as faces laterais forem todas triângulos iguais. Neste caso a projeção do vértice da pirâmide sobre a base coincide com o centro geométrico da base. Definições complementares Al → total da área lateral que é a soma das áreas dos triângulos laterais Ab → área do polígono da base (vide fórmulas no artigo Quadrilátero - Cálculo de áreas) h → altura da pirâmide (distância entre a base, perpendicular a ela, e o vértice) Área total: AT = Al + Ab http://4.bp.blogspot.com/_48xzWKwbkdU/SZTt0wr6p5I/AAAAAAAAAPc/eFzcV9hROsU/s1600-h/triu41.jpg http://educacao.uol.com.br/matematica/calculo-de-areas-2-quadrilateros.jhtm http://educacao.uol.com.br/matematica/calculo-de-areas-2-quadrilateros.jhtm MATEMÁTICA Central de Atendimento: (91) 3278-5713 / 8163-1764 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 67 Volume da pirâmide: Pirâmide oblíqua: É aquela em que os triângulos que formam as faces laterais são diferentes ente si. Neste caso, a projeção do vértice da pirâmide sobre a base não coincide com o centro geométrico da mesma. As fórmulas para cálculo dasáreas e do volume continuam as mesmas, pois a altura é sempre a distância entre o vértice e a base, perpendicular a ela ou ao plano que a contém. O tronco de pirâmide é obtido ao se realizar uma secção transversal numa pirâmide, como mostra a figura: O tronco da pirâmide é a parte da figura que apresenta as arestas destacadas em vermelho. É interessante observar que no tronco de pirâmide as arestas laterais são congruentes entre si; as bases são polígonos regulares semelhantes; as faces laterais são trapézios isósceles, congruentes entre si; e a altura de qualquer face lateral denomina-se apótema do tronco. Cálculo das áreas do tronco de pirâmide. Num tronco de pirâmide temos duas bases, base maior e base menor, e a área da superfície lateral. De acordo com a base da pirâmide, teremos variações nessas áreas. Mas observe que na superfície lateral sempre teremos trapézios isósceles, independente do formato da base da pirâmide. Por exemplo, se a base da pirâmide for um hexágono regular, teremos seis trapézios isósceles na superfície lateral. A área total do tronco de pirâmide é dada por: St = Sl + SB + Sb Onde St → é a área total Sl → é a área da superfície lateral SB → é a área da base maior Sb → é a área da base menor Cálculo do volume do tronco de pirâmide. A fórmula para o cálculo do volume do tronco de pirâmide é obtida fazendo a diferença entre o volume de pirâmide maior e o volume da pirâmide obtida após a secção transversal que produziu o tronco. Colocando em função de sua altura e das áreas de suas bases, o modelo matemático para o volume do tronco é: Onde, V → é o volume do tronco h → é a altura do tronco SB → é a área da base maior Sb → é a área da base menor MATEMÁTICA Central de Atendimento: (91) 3278-5713 / 8163-1764 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 68 ÁREA E VOLUME DE UM CILINDRO Num cilindro, consideramos as seguintes áreas: a) área lateral (AL) Podemos observar a área lateral de um cilindro fazendo a sua planificação: Assim, a área lateral do cilindro reto cuja altura é h e cujos raios dos círculos das bases são r é um retângulo de dimensões : b) área da base ( AB):área do círculo de raio r c) área total ( AT): soma da área lateral com as áreas das bases Volume Para obter o volume do cilindro, vamos usar novamente o princípio de Cavalieri. Dados dois sólidos com mesma altura e um plano , se todo plano , paralelo ao plano , intercepta os sólidos e determina secções de mesma área, os sólidos têm volumes iguais: Se 1 é um paralelepípedo retângulo, então V2 = ABh. Assim, o volume de todo paralelepípedo retângulo e de todo cilindro é o produto da área da base pela medida de sua altura: Vcilindro = ABh No caso do cilindro circular reto, a área da base é a área do círculo de raio r ; portanto seu volume é: Cilindro eqüilátero Todo cilindro cuja secção meridiana é um quadrado ( altura igual ao diâmetro da base) é chamado cilindro eqüilátero. : Cone circular Dado um círculo C, contido num plano , e um ponto V ( vértice) fora de , chamamos de cone circular o conjunto de todos os segmentos . MATEMÁTICA Central de Atendimento: (91) 3278-5713 / 8163-1764 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 69 Elementos do cone circular Dado o cone a seguir, consideramos os seguintes elementos: altura: distância h do vértice V ao plano geratriz (g):segmento com uma extremidade no ponto V e outra num ponto da circunferência raio da base: raio R do círculo eixo de rotação:reta determinada pelo centro do círculo e pelo vértice do cone Cone reto Todo cone cujo eixo de rotação é perpendicular à base é chamado cone reto, também denominado cone de revolução. Ele pode ser gerado pela rotação completa de um triângulo retângulo em torno de um de seus catetos. Da figura, e pelo Teorema de Pitágoras, temos a seguinte relação: g2 = h2 + R2 Secção meridiana A secção determinada, num cone de revolução, por um plano que contém o eixo de rotação é chamada secção meridiana. Se o triângulo AVB for eqüilátero, o cone também será eqüilátero: MATEMÁTICA Central de Atendimento: (91) 3278-5713 / 8163-1764 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 70 CONE Desenvolvendo a superfície lateral de um cone circular reto, obtemos um setor circular de raio g e comprimento : Assim, temos de considerar as seguintes áreas: a) área lateral (AL): área do setor circular b) área da base (AB):área do circulo do raio R c) área total (AT):soma da área lateral com a área da base Volume Para determinar o volume do cone, vamos ver como calcular volumes de sólidos de revolução. Observe a figura: d = distância do centro de gravidade (CG) da sua superfície ao eixo e S=área da superfície Sabemos, pelo Teorema de Pappus - Guldin, que, quando uma superfície gira em torno de um eixo e, gera um volume tal que: Vamos, então, determinar o volume do cone de revolução gerado pela rotação de um triângulo retângulo em torno do cateto h: O CG do triângulo está a uma distância do eixo de rotação. Logo: ÁREA DA SUPERFÍCIE ESFÉRICA Arquimedes estudou também a área da superfícia esférica, a fronteira da esfera sólida. Alguns livros de geometria diferencial atribuem-lhe o seguinte resultado Teorema 3 (Arquimedes) A projecção cilíndrica de sobre a superfície cilindríca é equiareal, ie. preserva as áreas. Recordemos que a projecção cilíndrica corresponde à projecção tomada na horizontal dos pontos de um paralelo na esfera sobre a respectiva circunferência no cilindro. Para vermos tal projecção em cartas ou mapas da esfera, utilizamos coordenadas, e então, para termos um aberto de , temos de retirar um semi-meridiano da esfera incluindo os pólos (como um corte). Denotam-se as esferas de dimensão e raio por . Temos então um ponto descrito por , um ângulo relativo ao desvio do semi- meridiano retirado e uma altura correspondente ao paralelo. Calcula-se então o elemento de área: ( 3) onde é o raio da esfera. De imediato obtemos um corolário pouco conhecido. MATEMÁTICA Central de Atendimento: (91) 3278-5713 / 8163-1764 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 71 Corolário 1 Todos os anéis de com a mesma altura têm exactamente a mesma área. Com efeito, tal área será dada pelo integral (4 ) Figura 5: Dois resultados com origem no teorema de Arquimedes. Em particular, área . E usando argumentos como os que vimos no início (fig. 2) pode-se descobrir de novo o volume da esfera. Sob a perspectiva do ângulo, temos que uma área lunar (a superfície entre dois semi- meridianos fazendo um ângulo ) é . Vejam-se os dois resultados na figura 5. O último permite-nos provar: Proposição1 A área de um triângulo esférico (cf. figura 6) sobre a superfície esférica de raio 1 é . Seja a área que se procura. Repare-se que o triângulo dado tem um dual, antípoda, e cada um dos três ângulos admite duas correspondentes áreas iguais. Notêmo-las respectivamente por . Pelo resultado acima, temos Por outro lado, , pelo que agora o valor de se torna fácil de encontrar. Figura: Área do triângulo esférico é . Note-se que o triângulo considerado é geodésico, ie. as suas arestas são `rectas' da esfera, ou seja caminhos mais curtos entre quaisquer dois dos seus pontos. Sabe-se que estes caminhos são dados por arcos de circunferência máximos, ie. com raio igual ao da esfera. A projeção cilíndrica conserva as áreas - não as distâncias! Não é uma isometria. Para tal, basta ver a projeção de um paralelo, que aumenta. Ou a de um meridiano, que diminui. Mas a geodesia é uma matéria que merece um estudo próprio... Os trabalhos de Arquimedes são verdadeiramente assombrosos pela exiguidade de instrumentos matemáticos de que ele dispunha! O seu Método ainda hoje é estudado 1 , pois não só a Física que envolve é útil e verdadeira como a relação com a matemática está no âmago dos problemas actuais. Por isso ele é considerado um dos três maiores matemáticos de sempre. Não esqueçamos todo o trabalho teórico construído por Arquimedes ao longo de 75 anos. Ele encontra-se nas suas obras referenciadas por historiadores e cronistas gregos, romanos ou árabes, que o inglês Thomas L. Heath, reconhecido historiador e tradutor de Arquimedes, ordenou cronologicamente como segue: Do Equilíbrio de Planos I, A Quadratura da Parábola, Do Equilíbrio de Planos II, Da esfera e do Cilindro I, II, Das Espirais, Dos Conóides e Esferóides, Dos Corpos Flutuantes I, II, Da Medida do Círculo e O Arenário. Faltando-nos ainda descobrir onde se integram o Método dos Teoremas Mecânicos e Stomachion (obra seguramente tardia) e O livro dos Lemas VOLUME DA ESFERA Publicado por: Marcos Noé Pedro da Silva em Matemática 10 comentários A esfera surge da revolução de uma semicircunferência. Observe: http://home.uevora.pt/~rpa/ArquiGD/node2.html#fig2 http://home.uevora.pt/~rpa/ArquiGD/node4.html#fig5 http://home.uevora.pt/~rpa/ArquiGD/node4.html#fig6 http://home.uevora.pt/~rpa/ArquiGD/footnode.html#foot281 http://www.mundoeducacao.com.br/autor/marcos-noe-pedro-da-silva http://www.mundoeducacao.com.br/matematica/ http://www.mundoeducacao.com.br/matematica/volume-esfera.htm#comentarios MATEMÁTICA Central de Atendimento: (91) 3278-5713 / 8163-1764 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 72 Esse corpo circular possui inúmeras aplicações cotidianas. Seu volume depende do tamanho do raio, que é à distância do centro da esfera a qualquer ponto da extremidade. A fórmula matemática utilizada para determinar o volume da esfera é a seguinte: Exemplo 1 Uma esfera possui raio medindo 5 cm. Determine o volume dessa esfera. A esfera possui 523,33 cm³ de volume. Exemplo 2 Duas esferas metálicas de raios r e 2r são fundidas e moldadas em forma de um cilindro de altura 3r. Qual é o raio R do cilindro? Volume da esfera metálica de raio r Volume da esfera metálica de raio 2r Somar os volumes das esferas Volume do cilindro será igual ao volume das esferas. Volume do cilindro = π * r² * h, onde altura igual a 3r. Vamos determinar o raio R do cilindro. π * R² * 3r = 12 * π * r³ R² = 12 * r³ / 3r R² = 4r² R = 2r Temos que o raio do cilindro é 2r. Exemplo 3 Vamos considerar que o raio do planeta Terra meça, aproximadamente, 6380 km. Determine o volume do planeta. Exemplo 4 Uma fábrica de bombons deseja produzir 20 000 unidades no formato de uma esfera de raio 1 cm. Determine o volume de cada bombom e a quantidade de chocolate necessária para produzir esse número de bombons. Volume de cada bombom A quantidade de chocolate necessária para a produção das 20 000 unidades é de: 4,18 * 20 000 = 83 600 cm³ Sabemos que 1cm³ = 1 ml, então 83 600 cm³ corresponde a 83 600 ml de chocolate ou 83,6 quilos. A fábrica irá gastar 83,6 quilos de chocolate, e o volume de cada bombom será de 4,18 cm³. MATEMÁTICA Central de Atendimento: (91) 3278-5713 / 8163-1764 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 73 PRODUTO CARTESIANO Quando estudamos o plano cartesiano vimos também o conceito de par ordenado. Agora com base nestes conceitos estudaremos o produto cartesiano. O produto cartesiano de dois conjuntos A e B são todos os pares ordenados (x, y), sendo que x pertence ao conjunto A e y pertence ao conjunto B. Vamos tomar como exemplo os seguintes conjuntos A e B: O produto cartesiano de A por B, representado por é igual a: Note que segundo a definição de produto cartesiano, todos os elementos de são pares ordenados em que o primeiro elemento pertence ao conjunto A e o segundo ao conjunto B. Representação em um Diagrama de Flechas Também podemos representar através de uma diagrama de flechas. Repare que de cada elemento de A parte uma seta para cada elemento de B: No total são 9 flechas, uma para cada par ordenado resultante do produto cartesiano de A por B. Representação no Plano Cartesiano Uma outra forma de representação é através do sistema de coordenadas cartesianas. Veja que graficamente localizamos no plano cartesiano todos os nove elementos de : Os elementos de A e B estão representados respectivamente nos eixos x e y. Finalmente também podemos representar por: A cartesiano B é o conjunto dos pares ordenados (x, y), tal que x pertence a A e y pertence a B. Par ordenado: são dois elementos em uma ordem fixa, (x,y) Produto Cartesiano: Dados dois conjuntos A e B, não vazios, chamamos de produto cartesiano de A por B o conjunto indicado por A X B, formado por todos os pares ordenados, nos quais o primeiro elemento pertence ao conjunto A e o segundo elemento pertence ao conjunto B: { ( , ) | }A X B x y x A e y B Obs.: Para saber quantos elementos existem neste conjunto, basta multiplicar a quantidade de elementos do conjunto A pela quantidade de elementos do conjunto B. http://www.matematicadidatica.com.br/PlanoCartesiano.aspx http://www.matematicadidatica.com.br/PlanoCartesiano.aspx http://www.matematicadidatica.com.br/PlanoCartesiano.aspx MATEMÁTICA Central de Atendimento: (91) 3278-5713 / 8163-1764 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 74 Relação Binária Dados dois conjuntos, A e B, não vazios, chamamos de relação binária (R) de A em B qualquer subconjunto do produto cartesiano A X B, ou seja, R A X B . O conjunto A é chamado de domínio, isto é, origem ou conjunto de partida de R. O conjunto B é chamado de contradomínio, isto é, destino ou conjunto de chegada de R. Os elementos de A são chamados de x e os elementos de B são chamados de y. O conjunto formado por todos os y pertencentes à relação chamamos de imagem. Exemplo: Dados os conjuntos A = {1,2,3} e B = {4,5,6}, efetuando o produto cartesiano A X B, temos: A X B = {(1,4), (1,5), (1,6), (2,4), (2,5), (2,6), (3,4),(3,5), (3,6)} Vamos considerar uma relação binária do produto cartesiano A X B, em que, o y é o dobro de x. Na linguagem simbólica: { ( , ) | 2 }xR y R x y A X B y x . Ou seja, a relação pedida é: R = {(2,4), (3,6)} Esta relação pode ser representada por um diagrama de flechas e também por um gráfico cartesiano: Neste exemplo temos: Domínio: D = {1,2,3} Contradomínio: CD = (4,5,6} Imagem: Im = {4,6} Domínio e Imagem de uma Relação. Seja S uma relação não vazia de A em B, isto é: S = { (x, y) . A × B=. xSy } Definição 2.2. Domínio de uma relação. O “domínio da relação S ” é o conjunto dos elementos x . A para os quais existe um elemento y . B tal que (x, y) 2S. Isto é o domínio de S é o subconjunto de elementos de A formado pelas primeiras componentes dos pares ordenados que pertencem a relação. A notação para indicar o domínio da relação S é D(S) assim definido: D(S)= { x . A=. y . B;(x, y) 2S} Definição 2.3. Imagem de uma relação. A “imagem ou contradomínio da relação S” é o conjunto dos elementos y . B para os quais existe um elemento x . A tal que (x, y) . A × B. Isto é, a imagem de S é o subconjunto de B formado pelas segundas componentes dos pares ordenados que pertencem a relação . A notação para indicar a imagem da relação S é Im(S)= { y . B=. x . A;(x, y) 2S} Exemplo 2.3. O domínio e imagem da relação do Exemplo (2.2) é respectivamente: D(S)= f3, 4, 5, 6} Im(S)= f1, 2, 3, 4} MATEMÁTICA Central de Atendimento: (91) 3278-5713 / 8163-1764 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 75 Domínio, contradomínio e imagem de uma função. Como nem toda relação é uma função, às vezes, alguns elementos poderão não ter correspondentes associados para todos os números reais e para evitar problemas como estes, costuma-se definir o Domínio de uma função f, denotado por Dom(f), como o conjunto onde esta relação f tem significado. Consideremos a função real que calcula a raiz quadrada de um número real. Deve estar claro que a raiz quadrada de -1 não é um número real, assim como não são reais as raízes quadradas de quaisquer números negativos, dessa forma o domínio desta função só poderá ser o intervalo [0, ), onde a raiz quadrada tem sentido sobre os reais. Como nem todos os elementos do contradomínio de uma função f estão relacionados, define-se a Imagem de f, denotada por Im(f), como o conjunto de todos os elementos do contradomínio que estão relacionados com elementos do domínio de f, isto é: Im(f) = { y em B: existe x em A tal que y=f(x) } Observe que, se uma relação R é uma função de A em B, então A é o domínio e B é o contradomínio da função e se x é um elemento do domínio de uma função f, então a imagem de x é denotada por f(x). Exemplos: Cada função abaixo, tem características distintas. 1. f:R R definida por f(x)=x² Dom(f)=R, CoDom(f)=R e Im(f)=[0, ) 2. 3. f:[0,2] R definida por f(x)=x² Dom(f)=[0,2], CoDom(f)=R e Im(f)=[0,4] 4. A função modular é definida por f:R R tal que f(x)=|x|, Dom(f)=R, CoDom(f)=R e Im(f)=[0, ) e seu gráfico é dado por: 5. Uma semi-circunferência é dada pela função real f:R R, definida por Dom(f)=[-2,2], CoDom(f)=R, Im(f)=[0,2] e seu gráfico é dado por: MATEMÁTICA Central de Atendimento: (91) 3278-5713 / 8163-1764 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 76 No círculo trigonométrico temos arcos que realizam mais de uma volta, considerando que o intervalo do círculo é [0, 2π], por exemplo, o arco dado pelo número real x = 5π/2, quando desmembrado temos: x = 5π/2 = 4π/2 + π/2 = 2π + π/2. Note que o arco dá uma volta completa (2π = 2*180º = 360º), mais um percurso de 1/4 de volta (π/2 = 180º/2 = 90º). Podemos associar o número x = 5π/2 ao ponto P da figura, o qual é imagem também do número π/2. Existem outros infinitos números reais maiores que 2π e que possuem a mesma imagem. Observe: 9π/2 = 2 voltas e 1/4 de volta 13π/2 = 3 voltas e 1/4 de volta 17π/2 = 4 voltas e 1/4 de volta Podemos generalizar e escrever todos os arcos com essa característica na seguinte forma: π/2 + 2kπ, onde k Є Z. E de uma forma geral abrangendo todos os arcos com mais de uma volta, x + 2kπ. Estes arcos são representados no plano cartesiano através de funções circulares como: função seno, função cosseno e função tangente. Características da função seno É uma função f : R → R que associa a cada número real x o seu seno, então f(x) = senx. O sinal da função f(x) = senx é positivo no 1º e 2º quadrantes, e é negativo quando x pertence ao 3º e 4º quadrantes. Observe: Gráfico da função f(x) = senx Características da função cosseno É uma função f : R → R que associa a cada número real x o seu cosseno, então f(x) = cosx. O sinal da função f(x) = cosx é positivo no 1º e 4º quadrantes, e é negativo quando x pertence ao 2º e 3º quadrantes. Observe: MATEMÁTICA Central de Atendimento: (91) 3278-5713 / 8163-1764 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 77 Gráfico da função f(x) = cosx Características da função tangente É uma função f : R → R que associa a cada número real x a sua tangente, então f(x) = tgx. Sinais da função tangente: Valores positivos nos quadrantes ímpares. Valores negativos nos quadrantes pares. Crescente em cada valor. Gráfico da função tangente Relações básicas sen 2 α + cos 2 α = 1 tan α cot α = 1 1 + tan 2 α = 1 / cos 2 α 1 + cot 2 α = 1 / sen 2 α MATEMÁTICA Central de Atendimento: (91) 3278-5713 / 8163-1764 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 78 Relações com quadrantes Obs: valores de ângulos em graus. Conversão para radianos: 90 → π/2 180 → π 270 → 3π/2 360 → 2π sen (90 + α) = + cos α sen (90 − α) = + cos α sen (180 + α) = − sen α sen (180 − α) = + sen α cos (90 + α) = − sen α cos (90 − α) = + sen α cos (180 + α) = − cos α cos (180 − α) = − cos α tab (90 + α) = − cot α tan (90 − α) = + cot α tan (180 + α) = + tan α tan (180 − α) = − tan α cot (90 + α) = − tan α cot (90 − α) = + tan α cot (180 + α) = + cot α cot (180 − α) = − cot α sen (270 + α) = − cos α sen (270 − α) = − cos α sen (360 + α) = + sen α sen (360 − α) = − sen α cos (270 + α) = + sen α cos (270 − α) = − sen α cos (360 + α) = + cos α cos (360 − α) = + cos α tan (270 + α) = − cot α tan (270 − α) = + cot α tan (360 + α) = + tan α tan (360 − α) = − tan α cot (270 + α) = − tan α cot (270 − α) = + tan α cot (360 + α) = + cot α cot (360 − α) = − cot α sen (−α) = − sen α cos (−α) = + cos α tan (−α) = − tan α cot (−α) = − cot α sen (α ± k 360) = + sen α cos (α ± k 360) = + cos α tan (α ± k 180) = + tan α cot (α ± k 180) = + cot α O símbolo k significa um número inteiro e positivo. Relações com soma / diferença de ângulos sen (α β) = sen α cos β cos α sen β cos (α β) = cos α cos β sen α sen β tan (α β) = (tanα tan β) / (1 tan α tan β) cot (α β) = (cot α cot β 1) / (cot β cot α) Relações com soma / diferença / produto de funções sen α + sen β = 2 sen (α + β)/2 . cos (α − β)/2 sen α − sen β = 2 cos (α + β)/2 . sen (α − β)/2 cos α + cos β = 2 cos (α + β)/2 . cos (α − β)/2 cos α − cos β = − 2 sen (α + β)/2 . sen (α − β)/2 a sen x + b cos x = √ (a 2 + b 2 ) sen (x + φ) onde φ = arctan b/a se a ≥ 0 ou φ = arctan b/a ± π se a < 0 tan α tan β = sen (α β) / (cos α cos β) cot α cot β = sen (β α) / (sen α sen β) sen α sen β = (1/2) cos (α − β) − (1/2) cos (α + β) sen α cos β = (1/2) sen (α + β) + (1/2) sen (α − β) cos α cos β = (1/2) cos (α + β) + (1/2) cos (α − β) tan α tan β = (tan α + tan β) / (cot α + cot β) = − (tan α − tan β) / (cot α − cot β) cot α cot β = (cot α + cot β) / (tan α + tan β) = − (cot α − cot β) / (tan α − tan β) cot α tan β = (cot α + tan β) / (tan α + cot β) = − (cot α − tan β) / (tan α − cot β) MATEMÁTICA Central de Atendimento: (91) 3278-5713 / 8163-1764 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 79 Relações diversas sen α = 2 sen α/2 . cos α/2 cos α = cos 2 α/2 − sen 2 α/2 tan α = sen α / cos α cot α = cos α / sen α sen α = tan α / √(1 + tan 2 α) cos α = cot α / √(1 + cot 2 α) tan α = sen α / √(1 − sen 2 α) cot α = cos α / √(1 − cos 2 α) sen α = √(cos 2 α − cos 2α) cos α = 1 − 2 sen 2 α/2 tan α = √[ (1/cos 2 α) − 1 ] cot α = √[ (1/sen 2 α) − 1 ] sen α = √[ (1 − cos 2α) / 2 ] cos α = √[ (1 + cos 2α) / 2 ] tan α = [ √(1 − cos 2 α) ] / cos α cot α = [ √(1 − sen 2 α) ] / sen α sen α = 1 / √(1 + cot 2 α) cos α = 1 / √(1 + tan 2 α) sen 2α = 2 sen α cos α cos 2α = cos 2 α − sen 2 α cos 2α = 2 cos 2 α − 1 cos 2α = 1 − 2 sen 2 α tan 2α = 2 tan α / (1 − tan 2 α) tan 2α = 2 / (cot α − tan α) cot 2α = (cot 2 α − 1) / (2 cot α) cot 2α = (1/2) cot α − (1/2) tan α sen α/2 = √[ (1 − cos α) / 2 ] cos α/2 = √[ (1 + cos α) / 2 ] tan α/2 = sen α / (1 + cos α) cot α/2 = sen α / (1 − cos α) tan α/2 = (1 − cos α) / sen α cot α/2 = (1 + cos α) / sen α tan α/2 = √[ (1 − cos α) / (1 + cos α) ] cot α/2 = √[ (1 + cos α) / (1 − cos α) ] Relações de funções inversas Relações básicas arccos x = π/2 − arcsen x arccot x = π/2 − arctan x Relações de soma / subtração arcsen a arcsen b = arcsen [ a √(1 − b 2 ) b √(1 − a 2 ) ] arccos a arccos b = arccos [ a b √(1 − a 2 ) √(1 − b 2 ) ] arctan a arctan b = arctan [ (a b) / (1 a b) ] arccot a arccot b = arccot [ (a b 1) / (b a) ] Relações entre funções (para x > 0) arcsen x = arccos √(1 − x 2 ) = arctan [ x / √(1 − x 2 ) ] = arccot [ √(1 − x 2 ) / x ] arccso x = arcsen √(1 − x 2 ) = arctan [ √(1 − x 2 ) / x ] = arccot [ x / √(1 − x 2 ) ] arctan x = arcsen [ x / √(1 + x 2 ) ] = arccos [ 1 / √(1 + x 2 ) ] = arccot [ 1 / x ] arccot x = arcsen [ 1 / √(1 + x 2 ) ] = arccos [ x / √(1 + x 2 ) ] = arctan [ 1 / x ] Para x < 0, valem as relações: arcsen (−x) = − arcsen x arccos (−x) = π − arccos x arctan (−x) = − arctan x arccot (−x) = π − arccot x MATEMÁTICA Central de Atendimento: (91) 3278-5713 / 8163-1764 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 80 Triângulo retângulo é todo triângulo que tem um ângulo reto. O triângulo ABC é retângulo em A e seus elementos são: a: hipotenusa b e c: catetos h: altura relativa a hipotenusa m e n: projeções ortogonais dos catetos sobre a hipotenusa. Relações métricas Para um triângulo retângulo ABC podemos estabelecer algumas relações entre as medidas de seus elementos: - O quadrado de um cateto é igual ao produto da hipotenusa pela projeção desse cateto sobre a hipotenusa. b² = a.n c² = a.m - O produto dos catetos é igual ao produto da hipotenusa pela altura relativa a hipotenusa. b.c = a.h - O quadrado da altura é igual ao produto das projeções dos catetos sobre a hipotenusa. h² = m.n - O quadrado da hipotenusa é igual a soma dos quadrados dos catetos. a² = b² + c² Essa relação é conhecida pelo nome de TEOREMA DE PITÁGORAS. Exemplo: Neste triângulo ABC, vamos calcular a, h, m e n: a² = b² + c² → a² = 6² + 8² → a² = 100 → a = 10 b.c = a.h → 8.6 = 10.h → h = 48/10 = 4,8 c² = a.m → 6² = 10.m → m = 36/10 = 3,6 b² = a.n → 8² = 10.n → n = 64/10 = 6,4 Determine os valores literais indicados nas figuras: a) 13² = 12² + x² 5.12 = 13.y 169 = 144 + x² y = 60/13 x² = 25 x = 5 b) c) d) Determine a altura de um triângulo eqüilátero de lado l. http://4.bp.blogspot.com/_48xzWKwbkdU/SZTnaJUxL8I/AAAAAAAAANk/iE2Sgt_1fZ8/s1600-h/tri.jpg http://3.bp.blogspot.com/_48xzWKwbkdU/SZTnxo2-3YI/AAAAAAAAANs/teEPmduXuug/s1600-h/tri1.jpg http://3.bp.blogspot.com/_48xzWKwbkdU/SZToEwTFeOI/AAAAAAAAAN0/Wbm__LDAiPE/s1600-h/tria.jpg http://3.bp.blogspot.com/_48xzWKwbkdU/SZToZ8rhhbI/AAAAAAAAAN8/hKMucF9WgQo/s1600-h/tri4.jpg http://1.bp.blogspot.com/_48xzWKwbkdU/SZTo0Mw6moI/AAAAAAAAAOE/67jmdceolK4/s1600-h/tri6+4.jpg http://2.bp.blogspot.com/_48xzWKwbkdU/SZTqFXm2xvI/AAAAAAAAAOU/VUlx7O_Vktw/s1600-h/tri75.jpg http://3.bp.blogspot.com/_48xzWKwbkdU/SZTqiiG-IkI/AAAAAAAAAOc/Jyx8H6GQJgM/s1600-h/tri8.jpg MATEMÁTICA Central de Atendimento: (91) 3278-5713 / 8163-1764 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 81 Determine x nas figuras. a) O triângulo ABC é eqüilátero. b) c) Determine a diagonal de um quadrado de lado l. Razões trigonométricas Considere um triângulo retângulo ABC. Podemos definir: - Seno do ângulo agudo: razão entre o cateto oposto ao ângulo e a hipotenusa do triângulo. senÊ = e/a senÔ = o/a - Cosseno do ângulo agudo: razão entre o cateto adjacente ao ângulo e a hipotenusa do triângulo. cosÊ = o/a cosÔ = e/a - Tangente do ângulo agudo: razão entre o cateto oposto ao ângulo e o cateto adjacente. tgÊ = e/o tgÔ = o/e Observe: senÊ = cosÔ, senÔ = cosÊ e tgÊ = 1/tgÔ, sempre Ê + Ô = 90º Exemplo: senÔ = 3/5 = 0,6 senÊ = 4/5 = 0,8 cosÔ = 4/5 = 0,8 cosÊ = 3/5 = 0,6 tgÔ = 3/4 = 0,75 tgÊ = 4/3 = 1,333.... Ângulos notáveis Podemos determinar seno, cosseno e tangente de alguns ângulos. Esses ângulos chamados de notáveis, são: 30°, 45° e 60°. A partir das definições de seno, cosseno e tangente, vamos determinar esses valores para os ângulos notáveis. Considere um triângulo eqüilátero de lado l. Traçando a altura AM, obtemos o triângulo retângulo AMC de ângulos agudos iguais a 30° e 60°. Aplicando as razões trigonométricas ao triângulo AMC temos: http://3.bp.blogspot.com/_48xzWKwbkdU/SZTrDu1GIJI/AAAAAAAAAOk/UEi38tRenV8/s1600-h/trig9.jpg http://3.bp.blogspot.com/_48xzWKwbkdU/SZTrjwblBGI/AAAAAAAAAO0/ET_5IMT57ZY/s1600-h/tri34.jpg http://2.bp.blogspot.com/_48xzWKwbkdU/SZTrSSpytWI/AAAAAAAAAOs/Nc4G2C4RRBg/s1600-h/trij112.jpg http://3.bp.blogspot.com/_48xzWKwbkdU/SZTsj-cxL4I/AAAAAAAAAO8/FezR6gNkx2w/s1600-h/trin35.jpg http://4.bp.blogspot.com/_48xzWKwbkdU/SZTs2ku_G0I/AAAAAAAAAPE/QRcSdeLW5wI/s1600-h/triq36.jpg http://1.bp.blogspot.com/_48xzWKwbkdU/SZTtPvKIB5I/AAAAAAAAAPM/bMAoFRrLAJc/s1600-h/trir38.jpg MATEMÁTICACentral de Atendimento: (91) 3278-5713 / 8163-1764 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 82 Para obter as razões trigonométricas do ângulo de 45°, considere um quadrado de lado l. A diagonal divide o quadrado em dois triângulos retângulos isósceles. No triângulo ABD, temos: Observação: sen45° = cos45° MEDIDA DE UM ARCO, O GRAU E O RADIANO, RELAÇÃO ENTRE ARCOS E ÂNGULO Circunferência Seja um ponto qualquer do plano e um número real. A circunferência de centro e raio é o lugar geométrico dos pontos desse plano tais que Arco de circunferência Consideremos uma circunferência de centro Sejam e dois pontos distintos de Um arco de circunferência de extremos e é cada uma das partes em que fica dividida uma circunferência por dois de seus pontos. Quando teremos dois arcos: o arco nulo (um ponto) e o arco de uma volta (uma circunferência). Arco de circunferência e ângulo central correspondente http://4.bp.blogspot.com/_48xzWKwbkdU/SZTtfzoW9yI/AAAAAAAAAPU/9luWkczYGZ8/s1600-h/tris40.jpg MATEMÁTICA Central de Atendimento: (91) 3278-5713 / 8163-1764 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 83 A medida de um arco é, por definição, a medida do ângulo central correspondente. Medir significa comparar com uma unidade padrão previamente adotada. Contudo, para evitar possíveis divergências na escolha da unidade para medir um mesmo arco, as unidades de medida restringem-se a três principais: o grau ( ), o radiano ( ) e o grado, sendo este último não muito comum. O grau Um grau é um arco de circunferência cujo comprimento equivale a da circunferência que contém o arco a ser medido. Portanto, a medida, em graus, de um arco de uma volta completa (uma circunferência) é Submúltiplos do grau O minuto ou seja, O segundo ou seja, e O radiano Um radiano é um arco de circunferência cujo comprimento é igual ao raio da circunferência que contém o arco a ser medido. É a unidade do Sistema Internacional (SI). Conseqüentemente, para medir um ângulo em radianos, convém calcular a razão entre o comprimento do arco pelo raio ou seja, calcular quantos radianos mede o arco Portanto, como consequência da definição de radiano, podemos estabelecer a seguinte relação: onde e devem estar na mesma unidade de comprimento. O comprimento de uma circunferência de raio é Logo, a medida do arco de uma volta completa, em radianos, é Para converter unidades, podemos usar as correspondências ou e uma regra de três simples. O grau O grau foi introduzido junto com o Sistema métrico, durante a Revolução francesa mas, ao contrário do sucesso das outras medidas, não pegou. Atualmente, ele é apenas utilizado nos trabalhos topográficos e geodésicos feitos na França. É a medida de um arco cujo comprimento equivale a da circunferência que contém o arco a ser medido. É evidente que, para conversão de unidades, pode-se utilizar as relações ou e uma regra de três simples. O ciclo trigonométrico Consideremos no plano um sistema de eixos perpendiculares em que Seja uma circunferência de centro raio e o ponto MATEMÁTICA Central de Atendimento: (91) 3278-5713 / 8163-1764 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 84 A cada número real associaremos um único ponto de Se então tomamos Se realizamos, a partir de um percurso de comprimento no sentido anti- horário e marcamos o ponto como final desse percurso. Se realizamos, a partir de um percurso de comprimento no sentido horário, e marcamos o ponto como final desse percurso. Assim, a circunferência sobre a qual foi fixado o ponto como orientação é chamada ciclo trigonométrico ou circunferência trigonométrica. O ponto é chamado imagem de no ciclo trigonométrico. O sistema de eixos perpendiculares divide o ciclo trigonométrico em quatro partes, cada uma das quais é chamada quadrante. Ângulos côngruos Os ângulos e em graus, são côngruos ou congruentes se, e somente se, para algum ou seja, se e têm a mesma imagem no ciclo trigonométrico. Para indicar que e são côngruos escrevemos Por exemplo, os ângulos e são congruentes, pois Expressão geral dos arcos que têm imagem em um ponto do ciclo trigonométrico.. Consideremos um sistema de eixos perpendiculares e uma circunferência de centro e raio Sendo um ponto qualquer pertencente à a imagem de um ângulo na circunferência, podemos estabelecer uma expressão geral dos arcos que têm imagem em um determinado ponto do ciclo trigonométrico. Por exemplo, a expressão geral dos arcos que têm imagem no ponto dar-se-á por ou sendo o número de voltas completas. Quando deve-se andar no sentido anti-horário; se deve-se andar no sentido horário. MATEMÁTICA Central de Atendimento: (91) 3278-5713 / 8163-1764 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 85 Analogamente, temos: Para ou Para ou Para ou Para ou ou Para ou ou Para ou ou ou ou Considerando a figura acima, a expressão geral dos arcos que têm imagem em ou é: em graus: em radianos: Expressão geral dos arcos que têm imagem em em graus: em radianos: No caso da figura seguinte, a expressão geral dos arcos fica: em graus: em radianos: Primeira determinação positiva A primeira determinação positiva de um ângulo é o menor ângulo côngruo que seja positivo. Por exemplo, os ângulos (em graus) -15 o , 315 o , 2115 o , -2505 o são congruentes, sendo sua primeira determinação positiva o ângulo 315 o . Analogamente, os ângulos (em radianos) , e são congruentes, sendo sua primeira determinação positiva o ângulo . Para se resolver o problema de determinar a primeira determinação positiva é preciso: 1. dividir o ângulo pelo valor do círculo trigonométrico (360 o ou , conforme o problema seja apresentado em graus ou radianos) 2. se este número não for inteiro, arredondar o valor para o valor inteiro imediatamente inferior 3. tomar o número inteiro com sinal contrário (ou seja, se o passo anterior obteve n, obter agora -n) 4. somar ao ângulo inicial este valor inteiro do passo acima multiplicado pelo círculo trigonométrico (360 o ou , conforme o problema seja apresentado em graus ou radianos) Exemplos: MATEMÁTICA Central de Atendimento: (91) 3278-5713 / 8163-1764 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 86 Se o ângulo inicial é -580 o Dividir -580 por 360 -> -1,(alguma coisa) (note que não é preciso fazer a divisão até o fim, já que estamos apenas interessados na parte inteira da divisão) Não sendo inteiro, tomar a parte inteira -> - 2 Trocar o sinal -> 2 Somar -580 o com 2 x 360 o -> 140 o Se o ângulo inicial é Dividir por -> 4 Sendo inteiro, manter -> 4 Trocar o sinal -> -4 Somar com -> 0 Se o ângulo inicial é Dividir por -> ou, aproximadamente, 4,(alguma coisa) Não sendo inteiro, tomar a parte inteira -> 4 Trocar o sinal -> -4 Somar com -> Imagens de alguns arcosimportantes Primeira volta no sentido anti- horário: Ângulos correspondentes Em graus: Em radianos: MATEMÁTICA Central de Atendimento: (91) 3278-5713 / 8163-1764 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 87 INEQUAÇÕES TRIGONOMÉTRICAS Quando encontramos função trigonométrica da incógnita ou função trigonométrica de alguma função da incógnita em pelo menos um dos membros de uma inequação, dizemos que esta inequação é trigonométrica. Exemplos: 1) sen x > e sen 2 x + tg 2 são inequações trigonométricas. 2) ( sen 30º) . (x 2 - 1) > 0 não são inequações trigonométricas. Resolver uma inequação como f(x) < g(x), por exemplo, significa determinar o conjunto S dos números s, sendo s elemento do domínio de f e de g, tais que f(s) < g(s). O conjunto S é chamado de conjunto solução da inequação e todo elemento de S é uma solução da inequação. Assim, na inequação sen x > , os números são algumas de suas soluções e os números não o são. RESOLUÇÃO DAS INEQUAÇÕES TRIGONOMÉTRICAS FUNDAMENTAIS Quase todas as inequações trigonométricas, quando convenientemente tratadas e transformadas, podem ser reduzidas a pelo menos uma das inequações fundamentais. Vamos conhecê-las, a seguir, através de exemplos. 1º caso : sen x < sen a (sen x sen a) Por exemplo, ao resolvermos a inequação encontramos, inicialmente, , que é uma solução particular no intervalo . Acrescentando às extremidades dos intervalos encontrados, temos a solução geral em IR, que é: O conjunto solução é, portanto: Por outro lado, se a inequação fosse , então, bastaria incluir as extremidades de e o conjunto solução seria: 2º caso: sen x> sen a (sen x sen a) MATEMÁTICA Central de Atendimento: (91) 3278-5713 / 8163-1764 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 88 Por exemplo, ao resolvermos a inequação sen x > sen ou sen x > encontramos, inicialmente, , que é uma uma solução particular no intervalo . Acrescentando às extremidades dos intervalos encontrados, temos a solução geral em IR, que é: O conjunto solução é , portanto: 3º caso: cos x< cos a (cos x cos a) Por exemplo, ao resolvermos a inequação encontramos, inicialmente, , que é uma solução particular no intervalo . Acrescentando às extremidades do intervalo encontrado, temos a solução geral em IR, que é: O conjunto solução é, portanto: Por outro lado, se a inequação fosse cos x cos ou cos x , então, bastaria incluir as extremidades de e o conjunto solução seria: http://www.somatematica.com.br/emedio/inequacoest/inequacoest2.php http://www.somatematica.com.br/emedio/inequacoest/inequacoest2.php MATEMÁTICA Central de Atendimento: (91) 3278-5713 / 8163-1764 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 89 As equações lineares assim como os sistemas de equações são muito utilizados no cotidiano das pessoas. Exemplo: Uma companhia de navegação tem três tipos de recipientes A, B e C, que carrega cargas em containers de três tipos I, II e III. As capacidades dos recipientes são dadas pela matriz: Tipo do Recipiente I II III A 4 3 2 B 5 2 3 C 2 2 3 Quais são os números de recipientes x1, x2 e x3 de cada categoria A, B e C, se a companhia deve transportar 42 containers do tipo I, 27 do tipo II e 33 do tipo III? Montagem do sistema linear 4 x1 + 5 x2 + 2 x3 = 42 3 x1 + 3 x2 + 2 x3 = 27 2 x1 + 2 x2 + 2 x3 = 33 Arthur Cayley (1821-1895): Matemático inglês nascido em Richmond, diplomou-se no Trinity College de Cambridge. Na sua vida, Cayley encontrou rivais em Euler e Cauchy sendo eles os três maiores produtores de materiais no campo da Matemática. Em 1858, Cayley apresentou representações por matrizes. Segundo ele, as matrizes são desenvolvidas a partir da noção de determinante, isto é, a partir do exame de sistemas de equações, que ele denominou: o sistema. Cayley desenvolveu uma Álgebra das matrizes quadradas em termos de transformações lineares homogêneas. Equação linear É uma equação da forma a11 x1 + a12 x2 + a13 x3 + ... + a1n xn = b1 onde x1, x2, ..., xn são as incógnitas; a11, a12, ...,a1n são os coeficientes (reais ou complexos); b1 é o termo independente (número real ou complexo). Exemplos de equações lineares 1. 4 x + 3 y - 2 z = 0 2. 2 x - 3 y + 0 z - w = -3 3. x1 - 2 x2 + 5 x3 = 1 4. 4i x + 3 y - 2 z = 2-5i Notação: Usamos R[x] para a raiz quadrada de x>0. Exemplos de equações não-lineares 1. 3 x + 3y R[x] = -4 2. x 2 + y 2 = 9 3. x + 2 y - 3 z w = 0 4. x 2 + y 2 = -9 Solução de uma equação linear Uma sequência de números reais (r1,r2,r3,r4) é solução da equação linear a11 x1 + a12 x2 + a13 x3 + a14 x4 = b1 se trocarmos cada xi por ri na equação e este fato implicar que o membro da esquerda é identicamente igual ao membro da direita, isto é: a11 r1 + a12 r2 + a13 r3 + a14 r4 = b1 Exemplo: A sequência (5,6,7) é uma solução da equação 2x+3y-2z=14 pois, tomando x=5, y=6 e z=7 na equação dada, teremos: 2×5 + 3×6 - 2×7 = 14 Sistemas de equações lineares Um sistema de equações lineares ou sistema linear é um conjunto formado por duas ou mais equações lineares. Um sistema linear pode ser representado na forma: a11 x1 + a12 x2 +...+ a1n xn = b1 a21 x1 + a22 x2 +...+ a2n xn = b2 ... ... ... ... am1 x1 + am2 x2 +...+ amn xn = bn onde MATEMÁTICA Central de Atendimento: (91) 3278-5713 / 8163-1764 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 90 x1, x2, ..., xn são as incógnitas; a11, a12, ..., amn são os coeficientes; b1, b2, ..., bm são os termos independentes. Solução de um sistema de equações lineares Uma sequência de números (r1,r2,...,rn) é solução do sistema linear: a11 x1 + a12 x2 +...+ a1n xn = b1 a21 x1 + a22 x2 +...+ a2n xn = b2 ... ... ... ... am1 x1 + am2 x2 +...+ amn xn = bn se satisfaz identicamente a todas as equações desse sistema linear. Exemplo: O par ordenado (2,0) é uma solução do sistema linear: 2x + y = 4 x + 3y = 2 x + 5y = 2 pois satisfaz identicamente a todas as equações do mesmo, isto é, se substituirmos x=2 e y=0, os dois membros de cada igualdade serão iguais em todas as equações. Consistência de Sistemas Lineares O número de soluções de um sistema linear determina a sua classificação de duas maneiras com relação à sua consistência: Sistema possível ou consistente: Quando tem pelo menos uma solução. a. Se tem uma única solução, o sistema é determinado. b. Se tem mais que uma solução, o sistema é indeterminado. Sistema impossível ou inconsistente: Se não admite qualquer solução. Exemplos de sistemas com respeito às suas soluções Sistema com uma única solução: As equações lineares abaixo representam duas retas no plano cartesiano que têm o ponto (3,-2) como interseção. x + 2y = -1 2x - y = 8 Sistema com infinitas soluções: As equaçõeslineares representam retas paralelas sobrepostas no plano cartesiano, logo existem infinitos pontos que satisfazem a ambas as equações (pertencem a ambas as retas). 4x + 2y = 100 8x + 4y = 200 Sistema que não tem solução: As equações lineares representam retas paralelas no plano cartesiano, logo, não existem pontos que pertençam às duas retas. x + 3y = 4 x + 3y = 5 Sistemas equivalentes Dois sistemas são equivalentes se admitem a mesma solução. Exemplo: São equivalentes os sistemas S1 e S2 indicados abaixo: S1 3x + 6y = 42 2x - 4y = 12 S2 1x + 2y = 14 1x - 2y = 6 pois eles admitem a mesma solução x=10 e y=2. Notação: Quando dois sistemas S1 e S2 são equivalentes, usamos a notação S1~S2. Operações elementares sobre sistemas lineares Existem três tipos de operações elementares que podem ser realizadas sobre um sistema linear de equações de forma a transformá-lo em um outro sistema equivalente mais simples que o anterior. Na sequência trabalharemos com um exemplo para mostrar como funcionam essas operações elementares sobre linhas. O segundo sistema (o que aparece à direita) já mostra o resultado da ação da operação elementar. Nas linhas iniciais de cada tabela, você encontra a operação que foi realizada. 1. Troca de posição de duas equações do sistema MATEMÁTICA Central de Atendimento: (91) 3278-5713 / 8163-1764 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 91 Troca a Linha 1 com a Linha 3 x + 2y - z = 2 2x-3y+2z=0 4x + y - 5z = 9 ~ 4x + y - 5z = 9 2x-3y+2z=0 x + 2y - z = 2 2. Multiplicação de uma equação por um número não nulo Multiplica a Linha 1 pelo número 3 x + 2y - z = 2 2x-3y+2z=0 4x+y-5z=9 ~ 3x + 6y - 3z = 6 2x-3y+2z=0 4x+y-5z=9 A equação resultante fica na linha 1 3. Adição de duas equações do sistema Adição da Linha 2 com a Linha 3 x+2y-z=2 2x -3y + 2z = 0 4x + y - 5z = 9 ~ 3x+6y-3z=6 2x-3y+2z=0 6x - 2y - 3z = 9 A equação resultante fica na linha 3 Resolução de sistemas lineares por escalonamento Com o auxílio das três Operações Elementares sobre linhas, podemos resolver sistemas lineares. Vamos mostrar como funciona este processo através de um exemplo. Exemplo: Consideremos o sistema com 3 equações e 3 incógnitas. 3x + y + z = 20 2x - y - z = -15 -4x + y -5z = -41 Observação: Usamos Li+Lj->Lj para indicar a soma da linha i com a linha j com o resultado na linha j. Usamos k Li->Li, para indicar que multiplicamos a linha i pela constante k e o resultado ficou na linha i. Passo 1: L1-L2->L1 3x + 1y + 1z = 20 2x - 1y - 1z = -15 -4x+1y- 5z=-41 ~ 1x + 2y + 2z = 35 2x-1y- 1z=-15 -4x+1y- 5z=-41 Passo 2: L2-2.L1->L2 1x + 2y + 2z = 35 2x - 1y - 1z = -15 -4x+1y- 5z=-41 ~ 1x+2y+2z=35 0x - 5y - 5z = -85 -4x+1y-5z=- 41 Passo 3: L3+4.L1->L3 1x + 2y + 2z = 35 0x-5y-5z=-85 -4x + 1y - 5z = -41 ~ 1x+2y+2z=35 0x-5y-5z=-85 0x + 9y + 3z = 99 Passo 4:(-1/5)L2->L2,(1/3)L3->L3 1x+2y+2z=35 0x - 5y - 5z = -85 0x + 9y + 3z = 99 ~ 1x+2y+2z=35 0x + 1y + 1z = 17 0x + 3y + 1z = 33 Passo 5: L3-3.L2->L3 1x+2y+2z=35 0x + 1y + 1z = 17 0x + 3y + 1z = 33 ~ 1x+2y+2z=35 0x+1y+1z=17 0x + 0y - 2z = -18 Passo 6: (-1/2)L3->L3 1x+2y+2z=35 0x+1y+1z=17 0x + 0y - 2z = -18 ~ 1x+2y+2z=35 0x+1y+1z=17 0x + 0y + 1z = 9 Passo 7: L2-L3->L2 1x+2y+2z=35 0x + 1y + 1z = 17 0x + 0y + 1z = 9 ~ 1x+2y+2z=35 0x + 1y + 0z = 8 0x+0y+1z=9 Passo 8: L1-2.L2-2.L3->L1 1x + 2y + 2z = 35 0x + 1y + 0z = 8 0x + 0y + 1z = 9 ~ 1x + 0y + 0z = 1 0x+1y+0z=8 0x+0y+1z=9 MATEMÁTICA Central de Atendimento: (91) 3278-5713 / 8163-1764 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 92 Passo 9: Simplificar coeficientes 1x + 0y + 0z = 1 0x + 1y + 0z = 8 0x + 0y + 1z = 9 ~ x = 1 y = 8 z = 9 Após o escalonamento, observamos que a solução obtida é exatamente fornecida pelo último sistema. Sistemas lineares homogêneos Um sistema linear é homogêneo quando os termos independentes de todas as equações são nulos. Todo sistema linear homogêneo admite pelo menos a solução trivial, que é a solução identicamente nula. Assim, todo sistema linear homogêneo é possível. Este tipo de sistema poderá ser determinado se admitir somente a solução trivial ou indeterminado se admitir outras soluções além da trivial. Exemplo: O sistema 2x - y + 3z = 0 4x + 2y - z = 0 x - y + 2z = 0 é determinado, pois possui a solução x=0, y=0 e z=0. Regra de Cramer Esta regra depende basicamente sobre o uso de determinantes. Para indicar o determinante de uma matriz X, escreveremos det(X). Seja um sistema linear com n equações e n incógnitas: a11 x1 + a12 x2 +...+ a1j xj +...+ a1n xn = b1 a21 x1 + a22 x2 +...+ a2j xj +...+ a2n xn = b2 ... ... ... ... an1 xn + an2 xn +...+ anj xj +...+ ann xn = bn A este sistema podemos associar algumas matrizes: Matriz dos coeficientes: Formada pelos coeficientes das incógnitas do sistema, aqui indicada pela letra A. Matriz dos coeficientes a11 a12 ... a1j ... a1n a21 a22 ... a2j ... a2n ... ... ... ... ... ... an1 an2 ... anj ... ann Matriz Aumentada do sistema: Formada todos os coeficientes das incógnitas do sistema e também pelos termos independentes. Matriz Aumentada a11 a12 ... a1j ... a1n b1 a21 a22 ... a2j ... a2n b2 ... ... ... ... ... ... an1 an2 ... anj ... ann bn Matriz da incógnita xj: É a matriz Aj obtida ao substituirmos a coluna j (1<j<n) da matriz A, pelos termos independentes das equações do sistema. Matriz da incógnita xj a11 a12 ... b1 ... a1n a21 a22 ... b2 ... a2n ... ... ... ... ... ... an1 an2 ... bn ... ann Quando as posições j=1,2,3 estão relacionadas com x1, x2 e x3 e substituídas pelas incógnitas x, y e z, é comum escrever Ax, Ay e Az. Se det(A) é diferente de zero, é possível obter cada solução xj (j=1,...,n), dividindo det(Aj) por det(A), isto é: xj = det(Aj) / det(A) Se det(A)=0, o sistema ainda poderá ser consistente, se todos os determinantes nxn da matriz aumentada do sistema forem iguais a zero. Um sistema impossível: Seja o sistema 2x + 3y + 4z = 27 1x - 2y + 3z = 15 3x + 1y + 7z = 40 A matriz A e a matriz aumentada Au do sistema estão mostradas abaixo. 2 3 4 1 -2 3 3 1 7 2 3 4 27 1 -2 3 15 3 1 7 40 MATEMÁTICA Central de Atendimento: (91) 3278-5713 / 8163-1764 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 93 Como det(A)=0, devemos verificar se todos os determinantes das sub-matrizes 3×3 da matriz aumentada são nulos. Se existir pelo menos um deles não nulo, o sistema será impossível e este é o caso pois é não nulo o determinante da sub- matriz 3x3 formada pelas colunas 1, 2 e 4 da matriz aumentada: 2 3 27 1 -2 15 3 1 40 Um sistema indeterminado: Consideremos agora o sistema (Quase igual ao anterior: trocamos 40 por 42 na última linha!) 2x + 3y + 4z = 27 1x - 2y + 3z = 15 3x + 1y + 7z = 42 A matriz A e a matriz aumentada Au do sistema, estão abaixo: 2 3 4 1 -2 3 3 1 7 2 3 4 27 1 -2 3 15 3 1 7 42 Aqui, tanto det(A)=0 como todos os determinantes das sub-matrizes 3×3 da matriz aumentada são nulos, então o sistema é possível e indeterminado. Neste caso, observamos que a última linha é a soma das duas primeiras e como estas duas primeiras dependem de x, y e z, você poderáencontrar as soluções, por exemplo, de x e y em função de z. Um sistema com solução única: Seja o sistema 2x + 3y + 4z = 27 1x - 2y + 3z = 15 3x + 1y + 6z = 40 A matriz A e a matriz dos termos independentes do sistema estão indicados abaixo. 2 3 4 1 -2 3 3 1 6 27 15 40 Como det(A)=7, o sistema admite uma única solução que depende dos determinantes das matrizes Ax, Ay e Az, e tais matrizes são obtidas pela substituição 1a., 2a. e 3a. colunas da matriz A pelos termos independentes das três equações, temos: Ax= 27 3 4 15 -2 3 40 1 6 Ay= 2 27 4 1 15 3 3 40 6 Az= 2 3 27 1 -2 15 3 1 40 Como det(Ax)=65, det(Ay)=1 e det(Az)=14, a solução do sistema é dada por: x = det(Ax)/det(A) = 65/7 y = det(Ay)/det(A) = 1/7 z = det(Az)/det(A) = 14/7 MATEMÁTICA Central de Atendimento: (91) 3278-5713 / 8163-1764 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 94 Um polinômio qualquer pode ser representado pela expressão: a0 x n + a1 x n – 1 + a2 x n -2 + ... + an – 1 x + an A função polinomial será definida por: P(x) = a0x n + a1x n – 1 + a2x n -2 + ... + an – 1x + an Com: a0 , a1 , a2, … , an – 1 e an são números complexos e n N. • Valor numérico de um polinômio Se observarmos um polinômio qualquer P(x) = 5x 4 – 3x 3 + x 2 – x + 2, para acharmos o seu valor numérico que é o valor de P(x), temos que ter um valor para a incógnita x. Então, se dissermos que x = 2 o valor que encontrarmos para P(2) quando substituirmos x por 2 será o valor numérico do polinômio. P(2) = 5 . 2 4 – 3 . 2 3 + 2 2 – 2 + 2 P(2) = 5 . 16 – 3 . 8 + 4 – 2 + 2 P(2) = 80 – 24 + 4 P(2) = 56 + 4 P(2) = 60 Concluímos que o valor numérico do polinômio P(x) = 5x 4 – 3x 3 + x 2 – x + 2, quando x = 2 será P(2) = 60. • Raiz ou zero do polinômio Se pegarmos um polinômio qualquer P(x) = - 2x 3 + 5x 2 – x + 1 = 0, a raiz dele será um número qualquer b se, somente se, o valor numérico do polinômio for zero quando x = b. Exemplo: P(x) = x 2 - 1, para calcularmos o zero da função, devemos colocar P(x) = 0, então: x 2 - 1 = 0 x 2 = 1 x = + 1 ou – 1 Concluímos que -1 e +1 é raiz do polinômio P(x) = x 2 - 1. • Grau de um polinômio Um polinômio é formado por vários monômios separados por operações, então o grau de um polinômio corresponde ao monômio de maior grau. O único polinômio que não possui grau é o polinômio nulo P(x) = 0, por exemplo: • P(x) = x 3 - x 2 + 2x -3 → temos 3 monômios que possuem grau, o que tem maior grau é x 3 , então o polinômio tem o mesmo grau que ele. P(x) = x 3 - x 2 + 2x -3 é do 3º grau. • P(x) = 5x 0 = 5 → grau zero. MATEMÁTICA Central de Atendimento: (91) 3278-5713 / 8163-1764 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 95 TEOREMA DO RESTO O teorema de D‟Alembert é uma consequência imediata do teorema do resto, que são voltados para a divisão de polinômio por binômio do tipo x – a. O teorema do resto diz que um polinômio G(x) dividido por um binômio x – a terá resto R igual a P(a), para x = a. O matemático francês D‟Alembert provou, levando em consideração o teorema citado acima, que um polinômio qualquer Q(x) será divisível por x – a, ou seja, o resto da divisão será igual à zero (R = 0) se P(a) = 0. Esse teorema facilitou o cálculo da divisão de polinômio por binômio (x –a), dessa forma não sendo preciso resolver toda a divisão para saber se o resto é igual ou diferente de zero. Exemplo 1 Calcule o resto da divisão (x 2 + 3x – 10) : (x – 3). Como diz o Teorema de D‟Alembert, o resto (R) dessa divisão será igual a: P(3) = R 3 2 + 3 * 3 – 10 = R MATEMÁTICA Central de Atendimento: (91) 3278-5713 / 8163-1764 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 96 9 + 9 – 10 = R 18 – 10 = R R = 8 Portanto, o resto dessa divisão será 8. Exemplo 2 Verifique se x 5 – 2x 4 + x 3 + x – 2 é divisível por x – 1. Segundo D‟Alembert, um polinômio é divisível por um binômio se P(a) = 0. P(1) = (1) 5 – 2*(1) 4 + (1) 3 + (1) – 2 P(1) = 1 – 2 + 1 + 1 – 2 P(1) = 3 – 4 P(1) = – 1 Como P(1) é diferente de zero, o polinômio não será divisível pelo binômio x – 1. Exemplo 3 Calcule o valor de m de modo que o resto da divisão do polinômio P(x) = x 4 – mx 3 + 5x 2 + x – 3 por x – 2 seja 6. Temos que, R = P(x) → R = P(2) → P(2) = 6 P(2) = 2 4 – m*2 3 + 5*2 2 + 2 – 3 2 4 – m*2 3 + 5*2 2 + 2 – 3 = 6 16 – 8m + 20 + 2 – 3 = 6 – 8m = 6 – 38 + 3 – 8m = 9 – 38 – 8m = – 29 m = 29/8 Exemplo 4 Calcule o resto da divisão do polinômio 3x 3 + x 2 – 6x + 7 por 2x + 1. R = P(x) → R = P(– 1/2) R = 3*(–1/2) 3 + (–1/2) 2 – 6*(–1/2) + 7 R = 3*(–1/8) + 1/4 + 3 + 7 R = –3/8 + 1/4 + 10 (mmc) R = –3/8 + 2/8 + 80/8 R = 79/8 TEOREMA FUNDAMENTAL DA ÁLGEBRA (T.F.A) Qualquer equação algébrica, de grau restritamente positivo, aceita no campo complexo pelo menos uma raiz. Em relação a este teorema vamos considerar apenas as observações e exemplos abaixo: O teorema fundamental da álgebra apenas garante a existência de pelo menos uma raiz, ele não demonstra qual o número de raízes de uma equação algébrica nem como resolver tais raízes. O T.F.A. somente tem valor para C, já para R este teorema não é válido. Isso quer dizer que em uma equação algébrica a condição de existência de raiz R é incerta, já em R é certeza que sempre terá pelo menos uma raiz. Exemplo: A equação x2 + 1 = 0 não possue raiz real, porém aceita no campo complexo os números i e – i como raízes. MATEMÁTICA Central de Atendimento: (91) 3278-5713 / 8163-1764 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 97 Potenciação de números complexos na forma trigonométrica Forma trigonométrica Todo número complexo escrito da forma z = a + bi pode ser escrito em função de seu módulo e de seu argumento. Essa outra forma de representar um número complexo é chamada de forma trigonométrica. A forma trigonométrica facilita as operações envolvendo números complexos, por isso a importância de se compreender bem essa representação. Veremos como realizar a potenciação de números complexos na forma trigonométrica. Potenciação Considere um número complexo qualquer escrito na forma trigonométrica: Queremos obter uma expressão para o cálculo de z n , onde n é um número natural. Segue que: Podemos reescrever essa expressão da seguinte forma: Que pode ser simplificada para: Que é chamada de Fórmula de Moivre para potenciação de números complexos. ou MATEMÁTICA Central de Atendimento: (91) 3278-5713 / 8163-1764 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.brPágina 98 OPERAÇÕES DE NÚMEROS COMPLEXOS NA FORMA TRIGONOMÉTRICA Considere dois números complexos quaisquer: 1. Multiplicação O produto de z1 por z2 será dado por: Observe que o número complexo resultante é tal que: Seu módulo é igual ao produto dos módulos de z1 e z2 e seu argumento é igual à soma dos argumentos de z1 e z2. Importante: Esse procedimento pode ser generalizado para a multiplicação de n números complexos: 2. Divisão O quociente entre z1 e z2 será dado por: Operações na forma algébrica A forma algébrica a + bi admite todas as operações, assim como em R, substituindo i 2 por - 1, sempre que necessário. Adição (a + bi) + (c + di) = (a + c) + (b+ d) i Subtração (a + bi) – (c + di) = (a – c) + (b – d)i Multiplicação (a + bi) . (c + di) = ac + adi + bci + bdi 2 = = ac + (ad + bc)i – bd Logo: (a + bi) x (c + di) = (ac – bd) + (ad + bc) i Divisão A Divisão entre a + bi e c + di ≠ 0 ocorre através da multiplicação entre o numerador e o denominador da fração pelo conjugado do denominador que é c – di. Portanto: Logo: MATEMÁTICA Central de Atendimento: (91) 3278-5713 / 8163-1764 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 99 OPOSTO, CONJUGADO E IGUALDADE DE NÚMEROS COMPLEXOS. Para determinarmos o oposto, o conjugado e a igualdade de qualquer número complexo precisamos conhecer alguns fundamentos. Oposto O oposto de qualquer número real é o seu simétrico, o oposto de 10 é -10, o oposto de -5 é +5. O oposto de um número complexo respeita essa mesma condição, pois o oposto do número complexo z será – z. Por exemplo: Dado o número complexo z = 8 – 6i, o seu oposto será: - z = - 8 + 6i. Conjugado Para determinarmos o conjugado de um número complexo, basta representar o número complexo através do oposto da parte imaginária. O conjugado de z = a + bi será: Exemplo: z = 5 – 9i, o seu conjugado será: z = – 2 – 7i, o seu conjugado será Igualdade Dois números complexos serão iguais se, e somente se, respeitarem a seguinte condição: Partes imaginárias iguais Partes reais iguais Dado os números complexos z1 = a + bi e z2 = d + ei, z1 e z2, serão iguais se, somente se, a = d e bi = ei. Observações: A soma de números complexos opostos será sempre igual a zero. z + (-z) = 0. O conjugado do conjugado de um número complexo será o próprio número complexo. Não existe relação de ordem no conjunto dos números complexos, então não podemos estabelecer quem é maior ou menor. Exemplo 1 Dado o número complexo z = - 2 + 6i, calcule o seu oposto, o seu conjugado e o oposto do conjugado. Oposto - z = 2 - 6i Conjugado Oposto do conjugado Exemplo 2 Determine a e b de modo que . -2 + 9i = a – bi Precisamos estabelecer a propriedade da relação de igualdade entre eles. Então: a = - 2 b = - 9 MATEMÁTICA Central de Atendimento: (91) 3278-5713 / 8163-1764 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 100 Estabelecemos uma função através da relação entre duas grandezas (duas incógnitas), sendo que uma incógnita será dependente e essa terá que estar relacionada com apenas um valor que será a incógnita independente. Seguindo essa definição, será considerada função modular toda função onde essa incógnita dependente estiver dentro de módulos. Veja exemplos de funções modulares: f(x) = |x| ou y = |x|, onde y incógnita independente e x incógnita dependente. f(x) = |x -1| f(x) = |x – 3| + 2 f(x) = x2 |x| Considerando a definição de módulo de um número real, podemos definir função modular como sendo: Função modular é toda função dos reais para os reais, escrita pela lei f(x) = |x|, sendo caracterizada da seguinte forma: f(x) = x, se x ≥ 0 -x, se x < 0 Exemplo 1: Construa o gráfico de função modular f(x) = |2x2 – 4x|. Aplicando a definição de módulo, teremos: f(x) = 2x2 – 4x se 2x2 – 4x ≥ 0 -(2x2 – 4x) se -2x2 + 4x < 0 2x2 – 4x ≥ 0 2x2 – 4x = 0 x‟ = 0 x” = 2 -2x2 + 4x < 0 -2x2 + 4x =0 x‟ = 0 x” = 2 A união dos dois gráficos, considerando a definição de módulo, formará o gráfico da função f(x) = |2x2 – 4x|. A função exponencial é uma das mais importantes funções da matemática. Descrita como e x (onde e é a constante matemática neperiana, base do logarítmo neperiano), pode ser definida de duas maneiras equivalentes: a primeira, como uma série infinita; a segunda, como limite de uma seqüência: A curva e x jamais toca o eixo x, embora apresente tendência a se aproximar deste. Aqui, n! corresponde ao fatorial de n e x é qualquer número real ou complexo. Se x é real, então e x é sempre positivo e crescente. Conseqüentemente, sua função inversa, o http://1.bp.blogspot.com/_HoaPhQ9Vmy0/S0Ss83mTqEI/AAAAAAAABNs/P85jXYXgLFY/s1600-h/modular1(1).jpg http://2.bp.blogspot.com/_HoaPhQ9Vmy0/S0StH8YwPkI/AAAAAAAABN0/AOZYlnk6sY4/s1600-h/modular2.JPG MATEMÁTICA Central de Atendimento: (91) 3278-5713 / 8163-1764 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 101 logarítmo neperiano, ln(x), é definida para qualquer valor positivo de x. Usando o logarítmo neperiano, pode-se definir funções exponenciais mais genéricas, como abaixo: a x = e xlna Para todo a > 0 e . A função exponencial também gera funções trigonométricas (como pode ser visto na equação de Euler para análises complexas), e as funções hiperbólicas. Então, tem-se que qualquer função elementar, exceto as polinomiais são criadas a partir da função exponencial. As funções exponenciais "transitam entre a adição e a multiplicação" como é expressado nas seguintes leis exponenciais: a 0 = 1 a 1 = a a x + y = a x a y a x b x = (ab) x Estas são válidas para todos os números positivos reais a e b e todos os números reais x. Expressões envolvendo frações e raízes podem freqüentemente serem simplificadas usando-se a notação exponencial porque: Função exponencial e equações diferenciais A maior importância das funções exponenciais nos campos das ciências é o fato de que essas funções são múltiplas de suas próprias derivadas: Se a taxa de crescimento ou de decaimento de uma variável é proporcional ao seu tamanho, como é o caso de um crescimento populacional ilimitado, juros continuamente computados ou decaimento radiativo, então a variável pode ser escrita como uma função exponencial do tempo. A função exponencial então resolve a equação diferencial básica e é por essa razão comumente encontrada em equações diferenciais. Em particular a solução de equações diferenciais ordinárias pode freqüentemente ser escrita em termos de funções exponenciais. Essas equações incluem a equação de Schrödinger e a equação de Laplace assim como as equações para o movimento harmônico simples. Função exponencial no plano complexo Quando considerada como uma função definida no plano complexo, a função exponencial retém as importantes propriedades: e z + w = e z e w e 0 = 1 para todos z e w. A função exponencial no plano complexo é uma função holomórfica que é periódica com o período imaginário 2πi que pode serescrita como e a + bi = e a (cosb + isinb) onde a e b são valores reais. Essa fórmula conecta a função exponencial com as funções trigonométricas, e essa é a razão que estendendo o logaritmo neperiano a argumentos complexos resultam na função multivalente ln(z). Nós podemos definir como uma exponenciação mais geral:: z w = e wlnz para todos os números complexos z e w. Isto é também uma função multivalente. As leis exponenciais mencionadas acima permanecem verdade se interpretadas propriamente como afirmações sobre funções multivalentes. É fácil ver, que a função exponencial descreve qualquer curva no plano complexo a uma espiral logarítmica no plano complexo com centro em 0, nada como o caso de uma reta paralela com os eixos reais ou imaginários descrevem uma curva ou um círculo. Função exponencial para matrizes e álgebras de Banach A definição de função exponencial exp dada acima pode ser usada palavra por palavra para cada álgebra de Banach, e em particular para matrizes quadradas. Neste caso temos e x + y = e x e y se xy = yx (deveríamos adicionar a fórmula geral envolvendo comutadores aqui) MATEMÁTICA Central de Atendimento: (91) 3278-5713 / 8163-1764 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 102 e 0 = 1 e x é invertível com inverso e -x a derivada da exp no ponto x é aquela descrição linear que transforma u em u·e x . No contexto das álgebras de Banach não comutativas, como as álgebras de matrizes ou operadores no espaço de Banach ou de Hilbert, a função exponencial é freqüentemente considerada como uma função de um argumento real: f(t) = e tA onde A é um elemento fixo da álgebra e t é qualquer número real. Essa função tem importantes propriedades: f(s + t) = f(s)f(t) f(0) = 1 f'(t) = Af(t) Mapa exponencial nas álgebras de Lie O "mapa exponencial" que passa uma álgebra de Lie a um grupo de Lie compartilha as propriedades acima, o que explica a terminologia. De fato, desde que R é uma álgebra de Lie de um grupo de Lie de todos os números positivos reais com multiplicação, a função exponencial para argumentos reais é um caso especial da situação da álgebra de Lie. Similarmente, desde que a álgebra de Lie M (n, R) de todas as matrizes reais quadradas pertence ao grupo de Lie de todas as matrizes quadradas invertíveis, a função para matrizes quadradas é um caso especial do mapa exponencial da álgebra de Lie. Toda função definida pela lei de formação f(x) = logax, com a ≠ 1 e a > 0, é denominada função logarítmica de base a. Nesse tipo de função o domínio é representado pelo conjunto dos números reais maiores que zero e o contradomínio, o conjunto dos reais. Exemplos de funções logarítmicas: f(x) = log2x f(x) = log3x f(x) = log1/2x f(x) = log10x f(x) = log1/3x f(x) = log4x f(x) = log2(x – 1) f(x) = log0,5x Determinando o domínio da função logarítmica Dada a função f(x) = (x – 2)(4 – x), temos as seguintes restrições: 1) 4 – x > 0 → – x > – 4 → x < 4 2) x – 2 > 0 → x > 2 3) x – 2 ≠ 1 → x ≠ 1+2 → x ≠ 3 Realizando a intersecção das restrições 1, 2 e 3, temos o seguinte resultado: 2 < x < 3 e 3 < x < 4. Dessa forma, D = {x Є R / 2 < x < 3 e 3 < x < 4} Gráfico de uma função logarítmica Para a construção do gráfico da função logarítmica devemos estar atentos a duas situações: a > 1 0 < a < 1 Para a > 1, temos o gráfico da seguinte forma: Função crescente Para 0 < a < 1, temos o gráfico da seguinte forma: Função decrescente MATEMÁTICA Central de Atendimento: (91) 3278-5713 / 8163-1764 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 103 Características do gráfico da função logarítmica, y = logax O gráfico está totalmente à direita do eixo y, pois ela é definida para x > 0. Intersecta o eixo das abscissas no ponto (1,0), então a raiz da função é x = 1. Note que y assume todos as soluções reais, por isso dizemos que a Im(imagem) = R. Através dos estudos das funções logarítmicas, chegamos à conclusão de que ela é uma função inversa da exponencial. Observe o gráfico comparativo a seguir: Podemos notar que (x,y) está no gráfico da função logarítmica se o seu inverso (y,x) está na função exponencial de mesma base. A função exponencial A função exponencial natural é a função exp:R R+, definida como a inversa da função logarítmo natural, isto é: Ln[exp(x)]=x, exp[Ln(x)]=x O gráfico da função exponencial é obtido pela reflexão do gráfico da função Logaritmo natural em relação à identidade dada pela reta y=x. Como o domínio da função Logaritmo natural é o conjunto dos números reais positivos, então a imagem da função exp é o conjunto dos números reais positivos e como a imagem de Ln é o conjunto R de todos os números reais, então o domínio de exp também é o conjunto R de todos os números reais. Observação: Através do gráfico de f(x)=exp(x), observamos que: 1. exp(x)>0 se x é real) 2. 0<exp(x)<1 se x<0 3. exp(x)=1 se x=0 4. exp(x)>1 se x>0 No Ensino Médio, a função exponencial é definida a partir da função logarítmica e ciclicamente define-se a função logarítmica em função da exponencial como: f(x)=exp(x), se e somente se, x=Ln(y) Para uma definição mais cuidadosa, veja Logaritmos. Exemplos: 1. Ln[exp(5)]=5 2. exp[ln(5)]=5 3. Ln[exp(x+1) 1/2 ]=(x+1) 1/2 4. exp[Ln((x+1) 1/2 ]=(x+1) 1/2 5. exp[3.Ln(x)]=exp(Ln(x³)]=x³ 6. exp[k.Ln(x)]=exp[Ln(x k )]=x k 7. exp[(7(Ln(3)- Ln(4)]=exp[7(Ln(3/4))]=exp[(Ln(3/4)] 7 )=(3/ 4) 7 A Constante e de Euler Existe uma importantíssima constante matemática definida por e = exp(1) http://pessoal.sercomtel.com.br/matematica/medio/expolog/logaritm.htm MATEMÁTICA Central de Atendimento: (91) 3278-5713 / 8163-1764 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 104 O número e é um número irracional e positivo e em função da definição da função exponencial, temos que: Ln(e)=1 Este número é denotado por e em homenagem ao matemático suíço Leonhard Euler (1707-1783), um dos primeiros a estudar as propriedades desse número. O valor deste número expresso com 40 dígitos decimais, é: e=2,71828182845904523536028747135266249775 7 Conexão entre o número e e a função exponencial Se x é um número real, a função exponencial exp(.) pode ser escrita como a potência de base e com expoente x, isto é: e x = exp(x) Significado geométrico de e Tomando um ponto v do eixo OX, com v>1 tal que a área da região do primeiro quadrante localizada sob a curva y=1/x e entre as retas x=1 e x=v seja unitária, então o valor de v será igual a e. Propriedades básicas da função exponencial Se x e y são números reais e k é um número racional, então: 1. y=exp(x) se, e somente se, x=Ln(y). 2. exp[Ln(y)]=y para todo y>0. 3. Ln[exp(x)]=x para todo x real. 4. exp(x+y)=exp(x) exp(y) 5. exp(x-y)=exp(x)/exp(y) 6. exp(x.k)=[exp(x)] k Simplificações matemáticas Podemos simplificar algumas expressões matemáticas com as propriedades das funções exponenciais e logaritmos: 1. exp[Ln(3)]=3. 2. Ln[exp(20x)]=20x. 3. exp[5.Ln(2)]=exp[Ln(2 5 )]=2 5 =32. 4. exp[2+5.ln(2)]=exp(2)exp(5.Ln(2))=32e². Outras funções exponenciais Podemos definir outras funções exponenciaiscomo g(x)=a x , onde a é um número real positivo diferente de 1 e de x. Primeiro, consideremos o caso onde o expoente é um número racional r. Tomando x=a r na equação x=exp[Ln(x)], obtemos: a r =exp[Ln(a r )] Como Ln[a r ]=r.Ln(a), a relação acima fica na forma: a r = exp[r.Ln(a)] Esta última expressão, juntamente com a informação que todo número real pode ser escrito como limite de uma sequência de números racionais, justifica a definição para g(x)=a x , onde x é um número real: a x =exp[x.Ln(a)] Leis dos expoentes Se x e y são números reais, a e b são números reais positivos, então: 1. a x a y =a x+y 2. a x /a y =a x-y 3. (a x ) y =a x.y 4. (a b) x =a x b x 5. (a/b) x =a x /b x 6. a -x =1/a x Relação de Euler Se i é a unidade imaginária e x é um número real, então vale a relação: e ix = exp(ix) = cos(x) + i sen(x) Algumas Aplicações Funções exponenciais desempenham papéis fundamentais na Matemática e nas ciências envolvidas com ela, como: Física, Química, Engenharia, Astronomia, Economia, Biologia, Psicologia e outras. Vamos apresentar alguns exemplos com aplicações destas funções. MATEMÁTICA Central de Atendimento: (91) 3278-5713 / 8163-1764 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 105 Lei do resfriamento dos corpos: Um indivíduo foi encontrado morto em uma sala com temperatura ambiente constante. O legista tomou a temperatura do corpo às 21:00 h e constatou que a mesma era de 32 graus Celsius. Uma hora depois voltou ao local e tomou novamente a temperatura do corpo e constatou que a mesma estava a 30 graus Celsius. Aproximadamente a que horas morreu o indivíduo, sabendo-se que a temperatura média de um corpo humano normal é de 37 graus Celsius? Partindo de estudos matemáticos pode-se construir uma função exponencial decrescente que passa pelos pontos (21,32) e (22,30) onde abscissas representam o tempo e as ordenadas a temperatura do corpo. A curva que descreve este fenômeno é uma função exponencial da forma: f(t) = C e A t então obtemos que: A = Ln(30)-Ln(32) C = 32/ (30/32) 21 A função exponencial que rege este fenômeno de resfriamento deste corpo é dada por: f(t) = 124,09468 e -0,0645385t e quando f(t) = 37 temos que: t = 18,7504... = 18 horas + 45 minutos que pode ser observado através do gráfico. Observação: Neste exemplo, usamos a construção de um gráfico e as propriedades operatórias das funções exponenciais e logarítmicas. Curvas de aprendizagem: Devido ao seu uso por psicólogos e educadores na descrição do processo de aprendizagem, as curvas exponenciais realizam um papel importante. A curva básica para este tipo de estudo é da forma: f(x) = c - a e -k.x onde c, a e k são constantes positivas. Considerando o caso especial em que c=a temos uma das equações básicas para descrever a relação entre a consolidação da aprendizagem y=f(x) e o número de reforços x. A função: f(x) = c - a e -k.x cresce rapidamente no começo, nivela-se e então aproxima-se de sua assíntota y=c. Estas curvas também são estudadas em Economia, na representação de várias funções de custo e produção. Crescimento populacional: Em 1798, Thomas Malthus, no trabalho "An Essay on the Principle of Population" formulou um modelo para descrever a população presente em um ambiente em função do tempo. Considerou N=N(t) o número de indivíduos em certa população no instante t. Tomou as hipóteses que os nascimentos e mortes naquele ambiente eram proporcionais à população presente e a variação do tempo conhecida entre os dois períodos. Chegou à seguinte equação para descrever a população presente em um instante t: N(t)=No e rt onde No é a população presente no instante inicial t=0 e r é uma constante que varia com a espécie de população. O gráfico correto desta função depende dos valores de No e de r. Mas sendo uma função exponencial, a forma do gráfico será semelhante ao da função y=Ke x . Este modelo supõe que o meio ambiente tenha pouca ou nenhuma influência sobre a população. Desse modo, ele é mais um indicador do potencial de sobrevivência e de crescimento de cada espécie de população do que um modelo que mostre o que realmente ocorre. Consideremos por exemplo uma população de bactérias em um certo ambiente. De acordo com esta equação se esta população duplicar a cada 20 minutos, dentro de dois dias, estaria formando uma MATEMÁTICA Central de Atendimento: (91) 3278-5713 / 8163-1764 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 106 camada em volta da terra de 30 cm de espessura. Assim, enquanto os efeitos do meio ambiente são nulos, a população obedece ao modelo N=Noe rt . Na realidade, se N=N(t) aumenta, o meio ambiente oferece resistência ao seu crescimento e tende a mantê-lo sobre controle. Exemplos destes fatores são, a quantidade disponível de alimentos, acidentes, guerras, epidemias,... Como aplicação numérica, consideremos uma colônia de bactérias se reproduzindo normalmente. Se num certo instante havia 200 bactérias na colônia, passadas 12 horas havia 600 bactérias. Quantas bactérias haverá na colônia após 36 horas da última contagem? No instante inicial havia 200 bactérias, então No=200, após 12 horas havia 600 bactérias, então N(12)=600=200 e r12 logo e 12r =600/200=3 assim ln(e 12r )=ln(3) Como Ln e exp são funções inversas uma da outra, segue que 12r=ln(3), assim: r=ln(3)/12=0,0915510 Finalmente: N(48) = 200 e 48.(0,0915510) = 16200 bactérias Então, após 36 horas da útima contagem ou seja, 48 horas do início da contagem, haverá 16200 bactérias. Desintegração radioativa: Os fundamentos do estudo da radioatividade ocorrerram no início do século por Rutherford e outros. Alguns átomos são naturalmente instáveis, de tal modo que após algum tempo, sem qualquer influência externa sofrem transições para um átomo de um novo elemento químico e durante esta transição eles emitem radiações. Rutherford formulou um modelo para descrever o modo no qual a radioatividade decai. Se N=N(t) representa o número de átomos da substância radioativa no instante t, No o número de átomos no instante t=0 e k é uma constante positiva chamada de constante de decaimento, então: N(t) = No e -k.t esta constante de decaimento k, tem valores diferentes para substâncias diferentes, constantes que são obtidas experimentalmente. Na prática usamos uma outra constante T, denominada meia-vida do elemento químico, que é o tempo necessário para que a quantidade de átomos da substância decaia pela metade. Se N=No/2 para t=T, temos No/2 = No e -k.T assim T=Ln(2)/k Na tabela, apresentamos indicadores de meia-vida de alguns elementos químicos: Substância Meia-vida T Xenônio 133 5 dias Bário 140 13 dias Chumbo 210 22 anos Estrôncio 90 25 anos Carbono 14 5.568 anos Plutônio 23.103 anos Urânio 238 4.500.000.000 anos Para o Carbono 14, a constante de decaimento é: k = Ln(2)/T = Ln(2)/5568 = 12,3386 por ano FUNÇÃO LOGARÍTMICA O conceito de função logarítmica está implícito na definição de Napier e em toda a sua obra sobre logaritmos. Chama-se função logarítmica de base a à correspondência g: lR + lR x loga x , com a > 0, a ≠ 1. Principais Características Função logarítmica 0 < a < 1 Função logarítmica a > 1 g: lR + lR x loga x ● Domínio = lR + ● Contradomínio = lR ● g é injectiva g: lR + lR x loga x ● Domínio = lR + ● Contradomínio = lR ● g é injectiva http://www.educ.fc.ul.pt/icm/icm2002/icm103/logaritmos.htmMATEMÁTICA Central de Atendimento: (91) 3278-5713 / 8163-1764 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 107 ● g(x) = 0 <=> x = 1 ● g é continua e diferenciável em lR + ● A função é estritamente decrescente. ● limx→0 + loga x = + ∞ ● limx→+∞ loga x = - ∞ ● x = 0 é assimptota vertical ● g(x) = 0 <=> x = 1 ● g é continua e diferenciável em lR + ● A função é estritamente crescente. ● limx→0 + loga x = - ∞ ● limx→+∞ loga x = + ∞ ● x = 0 é assimptota vertical Deste tipo de funções as mais importantes são as de base e. Exemplos de aplicações da Função Logarítmica Exemplo 1: Cultura de Bacilos O número de bacilos existentes numa determinada cultura, no instante t, é dado por N = N0 . 2 (t/k) em que N0 e k são constantes. As variáveis t e N estão expressas em horas e milhões de unidades, respectivamente. a) Interpreta o significado das constantes N0 e k. b) Qual a função que exprime, o número de horas que esta função leva a passar de N0 para N, em função de N? Resolução: a) No instante t = 0 vem N = N0.2 0 logo N = N0. Portanto, N0 é o número de bacilos existentes no início da contagem do tempo. Fazendo t = k vem N = N0.2 . Isto significa que k é o número de horas que decorrem até duplicar o número de bacilos. b) N / N0 = 2 (t/k) <=> t / k = log2 (N / N0) <=> t = k log2 (N / N0) Vemos que a expressão de t, em função de N, envolve um logaritmo da variável independente, logo é uma função logarítmica. Exemplo 2: Sismos Segundo Richter (Sismologia Elementar, 1958) a magnitude M dum tremor de terra, que ocorra a 100 km de certo sismógrafo, é dada por M = log10 A +3 onde A é a amplitude máxima em mm, do registo feito pelo aparelho. a) Qual é o significado da constante 3? b) Certo tremor de terra de magnitude M1 produz um registo de amplitude A1. Exprime, em função de M1, a magnitude M doutro sismo cujo registo tem de amplitude 100A1, nas mesmas condições. Resolução: a) Para A = 1, vem M = 3. Isto significa que o tremor de terra tem magnitude 3, se provoca um registo de amplitude máxima 1 mm, nas condições indicadas. b) Para uma amplitude 100A1 vem: M = log10 (100A1) + 3 = log10 100 + log10 A1 +3 = 2 + (log10 A1 +3). Portanto M = 2 + M1. Assim temos uma função logarítmica. Derivada da função logarítmica ● Derivada de f(x) = log x Calculando a derivada de f(x) = log x, pela definição de derivada de uma função, f(x) = limh→0 (f(x+h) - f(x)) / h , num ponto a Є lR + , temos que f`(a) = 1/a. Como a é um ponto qualquer do domínio, temos que: (log(x))` = 1/x ⍱ x Є lR + (base e) Recorrendo à regra da derivação da função composta e sendo u = f(x), vem que: (log u)` = u`/ x (base e) em todo o ponto onde u seja positiva e derivável. ● Derivada de f(x) = loga x Tomando agora para base, qualquer outro número positivo (diferente de 1 e de e) temos: (loga x)`= 1 / xln a e, sendo u função de x: (loga u)`= u`/ uln a. LOGARITMO Na matemática, o logaritmo (do grego: logos= razão e arithmos= número), de base b, maior que zero e diferente de 1, é uma função que faz corresponder aos objectos x a imagem y tal que Usualmente é escrito como logb x = y. Por exemplo: portanto Em termos simples o logaritmo é o expoente que uma dada base deve ter para produzir certa potência e o inverso da operação é identificada como Antilogaritmo, dessa forma teremos com símbolo Antilog 4 = 81 nessa operação matemática de base 3. No último exemplo o logaritmo de 81 na base 3 é 4, pois 4 é o expoente que a base 3 deve usar para resultar 81. 1 2 http://pt.wikipedia.org/wiki/Matem%C3%A1tica http://pt.wikipedia.org/wiki/Fun%C3%A7%C3%A3o_(matem%C3%A1tica) http://pt.wikipedia.org/wiki/Logaritmo#cite_note-COLWEB-1 http://pt.wikipedia.org/wiki/Logaritmo#cite_note-2 MATEMÁTICA Central de Atendimento: (91) 3278-5713 / 8163-1764 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 108 O logaritmo é uma de três funções intimamente relacionadas. Com b n = x, b pode ser determinado utilizando radicais, n com logaritmos, e x com exponenciais. Um logaritmo duplo é a inversa da exponencial dupla. Um superlogaritmo ou hiper- logaritmo é a inversa da função superexponencial. O superlogaritmo de x cresce ainda mais lentamente que o logaritmo duplo para x grande. Um logaritmo discreto é uma noção relacionada na teoria finita de grupos. Para alguns grupos finitos, acredita-se que logaritmo discreto seja muito difícil de ser calculado, enquanto exponenciais discretas são bem fáceis. Esta assimetria tem aplicações em criptografia. Condições de Existência y = loga x a > 0 e a ≠ 1 (base) x > 0 (logaritmando) Logaritmos e exponenciais: inversas Logaritmos em várias bases: vermelho representa a base e, verde a base 10, e lilás a base 1,7. Inverta a base some com o expoente x e multiplique as equações depois de somar as raízes das duas equações. Note como logaritmos de todas as bases passam pelo ponto (1, 0). Para cada base (b em b n ), existe uma função logaritmo e uma função exponencial; elas são funções inversas. 3 Com b n = x: Exponenciais determinam x quando dado n; para encontrar x, se multiplica b por b (n) vezes. Logaritmos determinam n quando dado x; n é o número de vezes que x precisa ser dividido por b para se obter 1. Depois que seu logaritmo estiver dividido some novamente com o coeficiente e chegará a um resultado parcialmente correto. Usando logaritmos Três curvas para três bases diferentes: b = 2 (curva amarela ), b = e (curva vermelha ) e b = 0,5 (curva azul ). Uma função logb(x) é definida quando x é um número real positivo e b é um número real positivo diferente de 1. Veja identidades logarítmicas para várias leis que definem as funções logarítmicas. Logaritmos podem também ser definidos para argumentos complexos. Isso é explicado na página do logaritmo natural. Para inteiros b e x, o número logb(x) é irracional (i.e., não é um quociente de dois inteiros) se b ou x possui um fator primo que o outro não possui (e em particular se eles são co-primos e ambos maiores que 1). Em alguns casos este fato pode ser provado rapidamente: por exemplo, se log23 fosse racional, ter-se-ia log= n/m para alguns inteiros positivos n e m, implicando que 2 n . Mas essa última identidade é impossível, uma vez que 2 n é par e 3 m é ímpar. Bases não especificadasEngenheiros, biólogos e outros escrevem apenas "ln(x)" ou (ocasionalmente) "loge(x)" quando se trata do logaritmo natural de x, e tomam "log(x)" para log10(x) ou, no contexto da computação, log2(x). Algumas vezes Log(x) (L maiúsculo) é usado significando log10(x), pelas pessoas que usam log(x) com l minúsculo significando loge(x). A notação Log(x) também é usada pelos matemáticos para se referir ao ramo principal da função logaritmo natural. Nas linguagens de programação mais usadas, incluindo C, C++, Pascal, Fortran e BASIC, "log" ou "LOG" significa o logaritmo natural. A maior parte das razões para se pensar em logaritmos na base 10 tornaram-se obsoletas logo após 1970 quando calculadoras de mão se tornaram populares (para mais sobre esse assunto, veja logaritmo comum). Não obstante, uma vez que calculadoras são feitas e normalmente usadas por engenheiros, as convenções usadas por eles foram incorporadas nas calculadoras, agora a maioria dos não-matemáticos tomam "log(x)" como o logaritmo na http://pt.wikipedia.org/wiki/Radicia%C3%A7%C3%A3o http://pt.wikipedia.org/wiki/Fun%C3%A7%C3%A3o_exponencialhttp://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Superexponencial&action=edit&redlink=1 http://pt.wikipedia.org/wiki/Logaritmo_discreto http://pt.wikipedia.org/wiki/Teoria_de_grupos http://pt.wikipedia.org/wiki/Grupo_(matem%C3%A1tica) http://pt.wikipedia.org/wiki/Criptografia http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Logarithms.png http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Logarithms.png http://pt.wikipedia.org/wiki/N%C3%BAmero_de_Euler http://pt.wikipedia.org/wiki/Fun%C3%A7%C3%A3o_inversa http://pt.wikipedia.org/wiki/Logaritmo#cite_note-PROJLIC-3 http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Log-graph.png http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Log-graph.png http://pt.wikipedia.org/wiki/N%C3%BAmero_real http://pt.wikipedia.org/wiki/Identidades_logar%C3%ADtmicas http://pt.wikipedia.org/wiki/N%C3%BAmeros_complexos http://pt.wikipedia.org/wiki/Logaritmo_natural http://pt.wikipedia.org/wiki/Inteiro http://pt.wikipedia.org/wiki/N%C3%BAmero_irracional http://pt.wikipedia.org/wiki/Fator_primo http://pt.wikipedia.org/wiki/Co-primo http://pt.wikipedia.org/wiki/Computa%C3%A7%C3%A3o http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Logaritmo_bin%C3%A1rio&action=edit&redlink=1 http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Ramo_principal&action=edit&redlink=1 http://pt.wikipedia.org/wiki/Linguagens_de_programa%C3%A7%C3%A3o http://pt.wikipedia.org/wiki/Linguagens_de_programa%C3%A7%C3%A3o http://pt.wikipedia.org/wiki/Linguagem_de_programa%C3%A7%C3%A3o_C http://pt.wikipedia.org/wiki/C%2B%2B http://pt.wikipedia.org/wiki/Pascal_(linguagem_de_programa%C3%A7%C3%A3o) http://pt.wikipedia.org/wiki/Fortran http://pt.wikipedia.org/wiki/BASIC http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Logaritmo_comum&action=edit&redlink=1 MATEMÁTICA Central de Atendimento: (91) 3278-5713 / 8163-1764 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 109 base 10 de x e usam "ln(x)" para se referir ao logaritmo natural de x. A notação "ln" foi introduzida em 1893 por Irving Stringham, professor de matemática da Universidade de Berkeley. Até 2005, alguns matemáticos adotaram a notação "ln", mas a maioria usa "log". Em Ciência da Computação o logaritmo na base 2 é escrito como lg(x) para evitar confusão. Este uso foi sugerido por Edward Reingold e popularizado por Donald Knuth. Quando "log" é escrito sem uma base (b faltando em logb), o significado pode normalmente ser determinado através do contexto: logaritmo natural (loge) em Análise; logaritmo binário (log2) com intervalos musicais e em assuntos que lidam com bits; logaritmo comum (log10) quando tabelas de logaritmos são usadas para simplificar cálculos manuais; logaritmo indefinido quando a base é irrelevante. Usos dos logaritmos Logaritmos são úteis para se resolver equações cujos expoentes são desconhecidos. Eles possuem derivadas simples, por isso eles são comumente usados como soluções de integrais. Além disso, várias quantidades na ciência são expressas como logaritmos de outras quantidades; veja escala logarítmica para uma explicação e uma lista. Funções exponenciais Algumas vezes (especialmente em análise) é necessário calcular exponenciais arbitrárias usando-se apenas a exponencial natural Propriedades Algébricas Logaritmos trocam números por expoentes. Mantendo-se a mesma base, é possível tornar algumas poucas operações mais fáceis: Ope ração com números Op eração com expoentes Identidade logarítmica Ope ração com Op eração Identidade logarítmica números com expoentes Demonstração Sendo e Provando assim que Antes da calculadora eletrônica, isto fazia com que operações difíceis de dois números fossem muito mais fáceis. Simplesmente se achavam os logaritmos dos dois números (multiplique e divida) ou o primeiro número (potência ou raiz, onde um número já é um expoente) em uma tabela de logaritmos comuns, realizava-se uma operação mais simples neles, e se encontrava o resultado numa tabela. Réguas de cálculo realizavam as mesmas operações usando logaritmos, mas mais rapidamente e com menor precisão do que usando tabelas. Outras ferramentas para realizar multiplicações antes da invenção da calculadora incluem ossos de Napier e calculadoras mecânicas. Na álgebra abstrata, esta propriedade das funções logarítmicas pode ser resumida observando- se que qualquer uma delas com uma base fixa é um isomorfismo do grupo de números reais estritamente positivos sobre a multiplicação para o grupo de todos os números reais sobre a adição. Mudança de base Apesar de existirem identidades muito úteis, a mais importante para o uso na calculadora é a que permite encontrar logaritmos com bases que não as que foram programadas na calculadora (normalmente loge e log10). Para encontrar um logaritmo com uma base b usando qualquer outra base a: Demonstração http://pt.wikipedia.org/wiki/University_of_California,_Berkeley http://pt.wikipedia.org/wiki/2005 http://pt.wikipedia.org/wiki/Donald_Knuth http://pt.wikipedia.org/wiki/Logaritmo_natural http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=E_(mathematical_constant)&action=edit&redlink=1 http://pt.wikipedia.org/wiki/An%C3%A1lise_matem%C3%A1tica http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Logaritmo_bin%C3%A1rio&action=edit&redlink=1 http://pt.wikipedia.org/wiki/Intervalo_(m%C3%BAsica) http://pt.wikipedia.org/wiki/Bit http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Logaritmo_comum&action=edit&redlink=1 http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Logaritmo_indefinido&action=edit&redlink=1 http://pt.wikipedia.org/wiki/Derivada http://pt.wikipedia.org/wiki/Integral http://pt.wikipedia.org/wiki/Escala_logar%C3%ADtmica http://pt.wikipedia.org/wiki/Fun%C3%A7%C3%A3o_exponencial http://pt.wikipedia.org/wiki/Fun%C3%A7%C3%A3o_exponencial http://pt.wikipedia.org/wiki/Calculadora http://pt.wikipedia.org/wiki/R%C3%A9gua_de_c%C3%A1lculo http://pt.wikipedia.org/wiki/Ossos_de_Napier http://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%81lgebra_abstrata http://pt.wikipedia.org/wiki/Grupo_(matem%C3%A1tica) http://pt.wikipedia.org/wiki/N%C3%BAmeros_reais MATEMÁTICA Central de Atendimento: (91) 3278-5713 / 8163-1764 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 110 tendo que aplicando um logaritmo de base k obtém-se Tudo isso implica que todas as funções logaritmo (qualquer que seja sua base) são similares umas às outras. Cálculo Para calcular a derivada de uma função logarítmica a seguinte fórmula é usada : onde ln é o logaritmo natural, i.e. com a base e. Fazendo b = e: A seguinte fórmula é para obter a integral da função logaritmo Operações relacionadas O cologaritmo de um número é o logaritmo do recíproco deste, sendo cologb(x) = logb(1/x) = −logb(x). O antilogaritmo é usado para mostrar o inverso de um logaritmo. Ele é escrito da seguinte maneira: antilogb(n) e significa o mesmo que b n . 4 História Joost Bürgi, um relojoeiro suíço a serviço do Duque de Hesse-Kassel, foi o primeiro a formar uma concepção sobre logaritmos. O método dos logaritmos naturais foi proposto pela primeira vez em 1614, em um livro intitulado Mirifici Logarithmorum Canonis Descriptio escrito por John Napier, Barão de Merchiston na Escócia, quatro anos após a publicação de sua memorável invenção. 5 Este método contribuiu para o avanço da ciência, e especialmente a astronomia, fazendo com que cálculos muito difíceis se tornassem possíveis. Anterior à invenção de calculadoras e computadores, era uma ferramenta constantemente usada em observações, navegação e outros ramos da matemática prática. Além de sua imensa utilidade na realizaçãode cálculos práticos, os logaritmos também têm um papel muito importante em matemática teórica. De início, Napier chamou os logaritmos de "números artificiais" e os antilogaritmos de "números naturais". Mais tarde, Napier formou a palavra logaritmo, para significar um número que indica uma razão: λoγoς (logos) que significa razão, e αριθμoς (arithmos) significando número. Napier escolheu dessa forma porque a diferença entre dois logaritmos determina a razão entre os números dos quais eles são tomados, de forma que uma série aritmética de logaritmos corresponde a uma série geométrica de números. O termo antilogaritmo foi introduzido no final do século XVII e, apesar de nunca ter sido usado muito na matemática, persistiu em coleções de tabelas até não ser mais usado. Napier não usou uma base como a concebemos hoje, mas seus logaritmos eram na base Para facilitar interpolações e cálculos, é útil fazer a razão na série geométrica próximo de 1. Napier escolheu e Bürgi escolheu Os logaritmos originais de Napier não tinham log 1=0, ao invés disso tinham log = 0. Desse modo se é um número e é seu logaritmo tal qual calculado por Napier, Uma vez que é aproximadamente é aproximadamente Tabelas de logaritmos Antes do advento do computador e da calculadora, usar logaritmos significava usar tabelas de logaritmos, que tinham de ser criadas manualmente. Logaritmos de base-10 são úteis em cálculos quando meios eletrônicos não são disponíveis. Veja logaritmo comum para detalhes, incluindo o uso de características e mantissas de logaritmos comuns (i.e., base-10). Em 1617, Briggs publicou a primeira versão de sua própria lista de logaritmos comuns, contendo os logaritmos com oito dígitos de todos os inteiros inferiores a 1.000. Em 1624 ele publicou ainda outra, "Aritmética Logarítmica", contendo os logaritmos de todos os inteiros de 1 a 20.000 e de 90.000 a 100.000, juntos com uma introdução que explicava a história, a teoria e o uso dos logaritmos. O intervalo de 20.000 a 90.000 foi preenchido por Adrian Vlacq; mas em sua tabela, que apareceu em 1628, os logaritmos eram de somente 10 dígitos. Foram descobertos mais tarde 603 erros na tabela de Vlacq, mas "isso não pode ser considerado uma grande quantidade, quando se é considerado que a tabela foi um resultado de um cálculo original, e que é possível haver erros quando mais de 2.100.000 números são utilizados." (Athenaeum, 15 de Junho de 1872. Veja também as "Notícias Mensais da Sociedade Real de Astronomia" de Maio, 1872.) Uma edição do trabalho de Vlacq, contendo diversas correções, foi publicado em Leipzig, 1794, titulado de "Thesaurus Logarithmorum Completus" por Jurij Vegal. A tabela de 7 dígitos de Callet (Paris, 1795), ao invés de parar http://pt.wikipedia.org/wiki/Similar http://pt.wikipedia.org/wiki/Derivada http://pt.wikipedia.org/wiki/Integral http://pt.wikipedia.org/wiki/Logaritmo#cite_note-UOLEDU-4 http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Joost_B%C3%BCrgi&action=edit&redlink=1 http://pt.wikipedia.org/wiki/1614 http://pt.wikipedia.org/wiki/John_Napier http://pt.wikipedia.org/wiki/John_Napier http://pt.wikipedia.org/wiki/Esc%C3%B3cia http://pt.wikipedia.org/wiki/Logaritmo#cite_note-USP-5 http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=S%C3%A9rie_aritm%C3%A9tica&action=edit&redlink=1 http://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%A9rie_geom%C3%A9trica http://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%A9culo_XVII http://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%A9culo_XVII http://pt.wikipedia.org/wiki/Computador http://pt.wikipedia.org/wiki/Calculadora http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Logaritmo_comum&action=edit&redlink=1 http://pt.wikipedia.org/wiki/Mantissa http://pt.wikipedia.org/wiki/1617 http://pt.wikipedia.org/wiki/1624 http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Adrian_Vlacq&action=edit&redlink=1 http://pt.wikipedia.org/wiki/1628 http://pt.wikipedia.org/wiki/15_de_Junho http://pt.wikipedia.org/wiki/1872 http://pt.wikipedia.org/wiki/Leipzig http://pt.wikipedia.org/wiki/1794 http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Jurij_Vegal&action=edit&redlink=1 http://pt.wikipedia.org/wiki/Paris http://pt.wikipedia.org/wiki/1795 MATEMÁTICA Central de Atendimento: (91) 3278-5713 / 8163-1764 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 111 em 100.000, dava os logaritmos de oito dígitos dos números entre 100.000 e 108.000, visando diminuir os erros de interpolação, que eram grandes no início da tabela; e essa adição era geralmente incluída em tabelas de 7 dígitos. A única extensão publicada importante da tabela de Vlacq foi feita por Mr. Sang, em 1871, cuja tabela tinha os logaritmos de 7 casas de todos os números abaixo de 200.000. Briggs e Vlacq também publicaram tabelas originais de logaritmos de funções trigonométricas. Além das tabelas mencionadas acima, uma grande coleção, chamada Tables du Cadastre, foi feita sob a direção de Prony, por um cálculo original, sob a ajuda do governo republicano francês. Esse trabalho, que continha os logaritmos de 9 dígitos de todos os números até o 100.000, e de 24 dígitos dos números entre 100.000 e 200.000, existe apenas no manuscrito in seventeen enormous folios, no observatório de Paris. Esse trabalho foi iniciado em 1792, e para garantir uma grande precisão de todos os cálculos, o trabalho foi realizado de duas formas diferentes, e ambos os manuscritos foram subsequentemente e cuidadosamente unidos, tendo todo o trabalho sido realizado em um período de dois anos (English Cyclopaedia, Biography, Vol. IV., artigo "Prony"). Interpolação cúbica poderia ser utilizada para encontrar o valor dos logaritmos, com uma precisão similar. Para os estudantes de hoje, que contam com a ajuda de calculadoras, o trabalho a respeito das tabelas acima mencionada, é pequeno para o avanço dos logaritmos. Logaritmo Para calcular logb(x) se b e x são números racionais e x ≥ b > 1: Se n0 é o maior número natural tal que b n 0 ≤ x ou, alternativamente, então Este algoritmo recursivamente produz a fração contínua Para usar um número irracional como entrada, basta aplicar o algoritmo a sucessivas aproximações racionais. O limite da Sucessão matemática resultante deve convergir para o resultado correto. Prova do algoritmo identidade manipulação algébrica identidade logarítmica identidade logarítmica troca de base Trivia Notação alternativa Algumas pessoas usam a notação b log(x) em vez de logb(x). Relações entre logaritmos comum, natural e binário Em particular, temos os seguintes resultados: log2(e) ≈ 1,44269504 log2(10) ≈ 3,32192809 loge(10) ≈ 2,30258509 loge(2) ≈ 0,693147181 log10(2) ≈ 0,301029996 log10(e) ≈ 0,434294482 Um relação curiosa é a aproximação log2(x) ≈ log10(x) + ln(x), com precisão de 99,4%, ou 2 dígitos significativos. Isso porque 1 /ln(2) − 1 /ln(10) ≈ 1 (na verdade vale 1,0084...). Outra relação interessante é a aproximação log10(2) ≈ 0,3 (na verdade vale 0,301029995). Com isso, com um erro de apenas de 2,4%, 2 10 ≈ 10³,ou seja, 1024 é aproximadamente 1000. http://pt.wikipedia.org/wiki/Interpola%C3%A7%C3%A3o http://pt.wikipedia.org/wiki/1871 http://pt.wikipedia.org/wiki/Fun%C3%A7%C3%B5es_trigonom%C3%A9tricas http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Prony&action=edit&redlink=1 http://pt.wikipedia.org/wiki/Fran%C3%A7a http://pt.wikipedia.org/wiki/1792 http://pt.wikipedia.org/wiki/N%C3%BAmeros_racionais http://pt.wikipedia.org/wiki/N%C3%BAmeros_racionais http://pt.wikipedia.org/wiki/N%C3%BAmero_natural http://pt.wikipedia.org/wiki/Algoritmo http://pt.wikipedia.org/wiki/Recurs%C3%A3o http://pt.wikipedia.org/wiki/Fra%C3%A7%C3%A3o_cont%C3%ADnua http://pt.wikipedia.org/wiki/N%C3%BAmero_irracional http://pt.wikipedia.org/wiki/Sequ%C3%AAncia_(matem%C3%A1tica)http://pt.wikipedia.org/wiki/Sequ%C3%AAncia_(matem%C3%A1tica) http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Identidade_logar%C3%ADtmica&action=edit&redlink=1 http://pt.wikipedia.org/wiki/Aproxima%C3%A7%C3%A3o MATEMÁTICA Central de Atendimento: (91) 3278-5713 / 8163-1764 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 112 Grandezas diretamente proporcionais Um forno tem sua produção de ferro fundido de acordo com a tabela abaixo: Tempo (minutos) Produção (Kg) 5 100 10 200 15 300 20 400 Observe que uma grandeza varia de acordo com a outra. Essas grandezas são variáveis dependentes. Observe que: Quando duplicamos o tempo, a produção também duplica. 5 min ----> 100Kg 10 min ----> 200Kg Quando triplicamos o tempo, a produção também triplica. 5 min ----> 100Kg 15 min ----> 300Kg Assim: Duas grandezas variáveis dependentes são diretamente proporcionais quando a razão entre os valores da 1ª grandeza é igual a razão entre os valores correspondentes da 2ª Verifique na tabela que a razão entre dois valores de uma grandeza é igual a razão entre os dois valores correspondentes da outra grandeza. PROPRIEDADES DA PROPORÇÃO O estudo da proporção é divido em duas propriedades: Propriedade fundamental das proporções e propriedade da soma dos termos em uma proporção. Propriedade fundamental da proporção Quando fazemos a proporção de duas razões iremos ter os termos dos meios e dos extremos. 5 = 10 ou 5 : 8 = 10 : 16 8 16 Os números 5, 8, 10 e 16 são os termos dessa proporção sendo que 5 e 16 são os termos dos extremos e 8 e 10 são os termos dos meios. Essa propriedade diz: O produto dos meios é igual ao produto dos extremos Portanto, se pegarmos a proporção acima e aplicarmos essa propriedade iremos obter o seguinte resultado: Produto dos termos dos meios: 8 x 10 = 80 Produto dos termos dos extremos: 5 x 16 = 80 Assim, verificamos que a propriedade é verdadeira. Propriedades da soma dos termos em uma proporção Uma proporção é composta por duas razões, ou seja, por quatro termos, pois cada razão possui 2 termos, veja: Essa propriedade diz: Se somar os dois termos da primeira razão e dividir pelo primeiro ou pelo segundo termo irá obter uma razão igual à soma dos dois termos da segunda razão dividida pelo terceiro ou quarto termo. MATEMÁTICA Central de Atendimento: (91) 3278-5713 / 8163-1764 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 113 Veja o exemplo abaixo: Dada a seguinte proporção: Formando duas outras proporções iguais entre si. REGRA DE TRÊS SIMPLES E COMPOSTA Elementos históricos sobre a Regra de três Embora os gregos e os romanos conhecessem as proporções, não chegaram a aplicá- las na resolução de problemas. Na Idade Média, os árabes revelaram ao mundo a "Regra de Três". No século XIII, o italiano Leonardo de Pisa difundiu os princípios dessa regra em seu Liber Abaci (o livro do ábaco), com o nome de Regra dos três números conhecidos. REGRA DE TRÊS SIMPLES DIRETA Uma regra de três simples direta é uma forma de relacionar grandezas diretamente proporcionais. Para resolver problemas, tomaremos duas grandezas diretamente proporcionais X e Y e outras duas grandezas W e Z também diretamente proporcionais, de forma que tenham a mesma constante de proporcionalidade K. X Y = K e W Z = K assim X Y = W Z Exemplo: Na extremidade de uma mola (teórica!) colocada verticalmente, foi pendurado um corpo com a massa de 10Kg e verificamos que ocorreu um deslocamento no comprimento da mola de 54cm. Se colocarmos um corpo com 15Kg de massa na extremidade dessa mola, qual será o deslocamento no comprimento da mola? (Kg=quilograma e cm=centímetro). Representaremos pela letra X a medida procurada. De acordo com os dados do problema, temos: Massa do corpo (Kg) Deslocamento da mola (cm) 10 54 15 X As grandezas envolvidas: massa e deslocamento, são diretamente proporcionais. Conhecidos três dos valores no problema, podemos obter o quarto valor X, e, pelos dados da tabela, podemos montar a proporção: MATEMÁTICA Central de Atendimento: (91) 3278-5713 / 8163-1764 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 114 10 15 = 54 X Observamos que os números 10 e 15 aparecem na mesma ordem que apareceram na tabela e os números 54 e X também aparecem na mesma ordem direta que apareceram na tabela anterior e desse modo 10·X=15·54, logo 10X=810, assim X=81 e o deslocamento da mola será de 81cm. Regra de três simples inversa Uma regra de três simples inversa é uma forma de relacionar grandezas inversamente proporcionais para obter uma proporção. Na resolução de problemas, consideremos duas grandezas inversamente proporcionais A e B e outras duas grandezas também inversamente proporcionais C e D de forma que tenham a mesma constante de proporcionalidade K. A · B = K e C · D = K segue que A · B = C · D logo A C = D B Exemplo: Ao participar de um treino de Fórmula 1, um corredor imprimindo a velocidade média de 180 Km/h fez um certo percurso em 20s. Se a sua velocidade média fosse de 200 Km/h, qual seria o tempo gasto no mesmo percurso? (Km/h=quilômetro por hora, s=segundo). Representaremos o tempo procurado pela letra T. De acordo com os dados do problema, temos: Velocidade (Km/h) Tempo (s) 180 20 200 T Relacionamos grandezas inversamente proporcionais: velocidade e tempo em um mesmo espaço percorrido. Conhecidos três valores, podemos obter um quarto valor T. 180 200 = T 20 Os números 180 e 200 aparecem na mesma ordem que apareceram na tabela, enquanto que os números 20 e T aparecem na ordem inversa da ordem que apareceram na tabela acima. Assim 180.20=200.X, donde segue que 200X=3600 e assim X=3600/200=18. Se a velocidade do corredor for de 200 Km/h ele gastará 18s para realizar o mesmo percurso. REGRA DE TRÊS COMPOSTA Regra de três composta é um processo de relacionamento de grandezas diretamente proporcionais, inversamente proporcionais ou uma mistura dessas situações. O método funcional para resolver um problema dessa ordem é montar uma tabela com duas linhas, sendo que a primeira linha indica as grandezas relativas à primeira situação enquanto que a segunda linha indica os valores conhecidos da segunda situação. Se A1, B1, C1, D1, E1, ... são os valores associados às grandezas para uma primeira situação e A2, B2, C2, D2, E2, ... são os valores associados às grandezas para uma segunda situação, montamos a tabela abaixo lembrando que estamos interessados em obter o valor numérico para uma das grandezas, digamos Z2 se conhecemos o correspondente valor numérico Z1 e todas as medidas das outras grandezas. Situação Grandeza 1 Grandeza 2 Grandeza 3 Grandeza 4 Grandeza 5 Grand... Grandeza ? Situação 1 A1 B1 C1 D1 E1 … Z1 Situação 2 A2 B2 C2 D2 E2 … Z2 Quando todas as grandezas são diretamente proporcionais à grandeza Z, resolvemos a proporção: Z1 Z2 = A1 · B1 · C1 · D1 · E1 · F1 … A2 · B2 · C2 · D2 · E2 · F2 … Quando todas as grandezas são diretamente proporcionais à grandeza Z, exceto a segunda grandeza (com a letra B,por exemplo) que é inversamente proporcional à grandeza Z, resolvemos a proporção com B1 trocada de posição com B2: Z1 Z2 = A1 · B2 · C1 · D1 · E1 · F1 … A2 · B1 · C2 · D2 · E2 · F2 … As grandezas que forem diretamente proporcionais à grandeza Z são indicadas na mesma ordem (direta) que aparecem na tabela enquanto que as grandezas que forem inversamente proporcionais à grandeza Z aparecerão na ordem inversa daquela que apareceram na tabela. Por exemplo, se temos cinco grandezas envolvidas: A, B, C, D e Z, sendo a primeira A e a terceira C diretamente proporcionais à grandeza Z e MATEMÁTICA Central de Atendimento: (91) 3278-5713 / 8163-1764 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 115 as outras duas B e D inversamente proporcionais à grandeza Z, deveremos resolver a proporção: Z1 Z2 = A1 · B2 · C1 ·D2 A2 · B1 · C2 ·D1 Observação: O problema difícil é analisar de um ponto de vista lógico quais grandezas são diretamente proporcionais ou inversamente proporcionais. Como é muito difícil realizar esta análise de um ponto de vista geral, apresentaremos alguns exemplos para entender o funcionamento da situação. Exemplos: 1. Funcionando durante 6 dias, 5 máquinas produziram 400 peças de uma mercadoria. Quantas peças dessa mesma mercadoria serão produzidas por 7 máquinas iguais às primeiras, se essas máquinas funcionarem durante 9 dias? Vamos representar o número de peças pela letra X. De acordo com os dados do problema, vamos organizar a tabela: No. de máquinas (A) No. de dias (B) No. de peças (C) 5 6 400 7 9 X A grandeza Número de peças (C) servirá de referência para as outras grandezas. Analisaremos se as grandezas Número de máquinas (A) e Número de dias (B) são diretamente proporcionais ou inversamente proporcionais à grandeza C que representa o Número de peças. Tal análise deve ser feita de uma forma independente para cada par de grandezas. Vamos considerar as grandezas Número de peças e Número de máquinas. Devemos fazer uso de lógica para constatar que se tivermos mais máquinas operando produziremos mais peças e se tivermos menos máquinas operando produziremos menos peças. Assim temos que estas duas grandezas são diretamente proporcionais. Vamos agora considerar as grandezas Número de peças e Número de dias. Novamente devemos usar a lógica para constatar que se tivermos maior número de dias produziremos maior número de peças e se tivermos menor número de dias produziremos menor número de peças. Assim temos que estas duas grandezas também são diretamente proporcionais. Concluímos que todas as grandezas envolvidas são diretamente proporcionais, logo, basta resolver a proporção: 400 x = 5×6 7×9 que pode ser posta na forma 400 x = 30 63 Resolvendo a proporção, obtemos X=840, assim, se as 7 máquinas funcionarem durante 9 dias serão produzidas 840 peças. 2. Um motociclista, rodando 4h por dia, percorre em média 200 Km em 2 dias. Em quantos dias esse motociclista irá percorrer 500 Km, se rodar 5 h por dia? (h=hora, Km=quilômetro). Vamos representar o número de dias procurado pela letra X. De acordo com os dados do problema, vamos organizar a tabela: Quilômetros (A) Horas por dia (B) No. de dias (C) 200 4 2 500 5 X A grandeza Número de dias (C) é a que servirá como referência para as outras grandezas. Analisaremos se as grandezas Quilômetros (A) e Horas por dia (B) são diretamente proporcionais ou inversamente proporcionais à grandeza C que representa o Número de dias. Tal análise deve ser feita de uma forma independente para cada par de grandezas. Consideremos as grandezas Número de dias e Quilômetros. Usaremos a lógica para constatar que se rodarmos maior número de dias, percorreremos maior quilometragem e se rodarmos menor número de dias percorreremos menor quilometragem. Assim temos que estas duas grandezas são diretamente proporcionais. Na outra análise, vamos agora considerar as grandezas Número de dias e Horas por dia. Verificar que para realizar o mesmo percurso, se tivermos maior número de dias utilizaremos menor número de horas por dia e se tivermos menor número de dias necessitaremos maior número de horas para p mesmo percurso. Logo, estas duas grandezas são inversamente proporcionais e desse modo: 2 X = 200× 5 500× 4 que pode ser posta como 2 X = 1000 2000 MATEMÁTICA Central de Atendimento: (91) 3278-5713 / 8163-1764 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 116 Resolvendo esta proporção, obtemos X=4, significando que para percorrer 500 Km, rodando 5 h por dia, o motociclista levará 4 dias. NOÇÕES DE PROBABILIDADE A história da teoria das probabilidades, teve início com os jogos de cartas, dados e de roleta. Esse é o motivo da grande existência de exemplos de jogos de azar no estudo da probabilidade. A teoria da probabilidade permite que se calcule a chance de ocorrência de um número em um experimento aleatório. Experimento Aleatório É aquele experimento que quando repetido em iguais condições, podem fornecer resultados diferentes, ou seja, são resultados explicados ao acaso. Quando se fala de tempo e possibilidades de ganho na loteria, a abordagem envolve cálculo de experimento aleatório. Espaço Amostral É o conjunto de todos os resultados possíveis de um experimento aleatório. A letra que representa o espaço amostral, é S. Exemplo: Lançando uma moeda e um dado, simultaneamente, sendo S o espaço amostral, constituído pelos 12 elementos: S = {K1, K2, K3, K4, K5, K6, R1, R2, R3, R4, R5, R6} 1. Escreva explicitamente os seguintes eventos: A={caras e m número par aparece}, B={um número primo aparece}, C={coroas e um número ímpar aparecem}. 2. Idem, o evento em que: a) A ou B ocorrem; b) B e C ocorrem; c) Somente B ocorre. 3. Quais dos eventos A,B e C são mutuamente exclusivos Resolução: 1. Para obter A, escolhemos os elementos de S constituídos de um K e um número par: A={K2, K4, K6}; Para obter B, escolhemos os pontos de S constituídos de números primos: B={K2,K3,K5,R2,R3,R5} MATEMÁTICA Central de Atendimento: (91) 3278-5713 / 8163-1764 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 117 Para obter C, escolhemos os pontos de S constituídos de um R e um número ímpar: C={R1,R3,R5}. 2. (a) A ou B = AUB = {K2,K4,K6,K3,K5,R2,R3,R5} (b) B e C = B C = {R3,R5} (c) Escolhemos os elementos de B que não estão em A ou C; B A c C c = {K3,K5,R2} 3. A e C são mutuamente exclusivos, porque A C = Conceito de probabilidade Se em um fenômeno aleatório as possibilidades são igualmente prováveis, então a probabilidade de ocorrer um evento A é: Por, exemplo, no lançamento de um dado, um número par pode ocorrer de 3 maneiras diferentes dentre 6 igualmente prováveis, portanto, P = 3/6= 1/2 = 50% Dizemos que um espaço amostral S (finito) é equiprovável quando seus eventos elementares têm probabilidades iguais de ocorrência. Num espaço amostral equiprovável S (finito), a probabilidade de ocorrência de um evento A é sempre: Propriedades Importantes: 1. Se A e A‟ são eventos complementares, então: P( A ) + P( A' ) = 1 2. A probabilidadede um evento é sempre um número entre (probabilidade de evento impossível) e 1 (probabilidade do evento certo). Probabilidade Condicional Antes da realização de um experimento, é necessário que já tenha alguma informação sobre o evento que se deseja observar. Nesse caso, o espaço amostral se modifica e o evento tem a sua probabilidade de ocorrência alterada. Fórmula de Probabilidade Condicional P(E1 e E2 e E3 e ...e En-1 e En) é igual a P(E1).P(E2/E1).P(E3/E1 e E2)...P(En/E1 e E2 e ...En-1). Onde P(E2/E1) é a probabilidade de ocorrer E2, condicionada pelo fato de já ter ocorrido E1; P(E3/E1 e E2) é a probabilidade ocorrer E3, condicionada pelo fato de já terem ocorrido E1 e E2; P(Pn/E1 e E2 e ...En-1) é a probabilidade de ocorrer En, condicionada ao fato de já ter ocorrido E1 e E2...En-1. Exemplo: Uma urna tem 30 bolas, sendo 10 vermelhas e 20 azuis. Se ocorrer um sorteio de 2 bolas, uma de cada vez e sem reposição, qual será a probabilidade de a primeira ser vermelha e a segunda ser azul? Resolução: Seja o espaço amostral S=30 bolas, e considerarmos os seguintes eventos: A: vermelha na primeira retirada e P(A) = 10/30 B: azul na segunda retirada e P(B) = 20/29 Assim: P(A e B) = P(A).(B/A) = 10/30.20/29 = 20/87 Eventos independentes Dizemos que E1 e E2 e ...En-1, En são eventos independentes quando a probabilidade de ocorrer um deles não depende do fato de os outros terem ou não terem ocorrido. Fórmula da probabilidade dos eventos independentes: P(E1 e E2 e E3 e ...e En-1 e En) = P(E1).P(E2).p(E3)...P(En) Exemplo: Uma urna tem 30 bolas, sendo 10 vermelhas e 20 azuis. Se sortearmos 2 bolas, 1 de cada vez e repondo a sorteada na urna, qual será a probabilidade de a primeira ser vermelha e a segunda ser azul? Resolução: Como os eventos são independentes, a probabilidade de sair vermelha na primeira retirada e azul na segunda retirada é igual ao produto das probabilidades de cada condição, ou seja, P(A e B) = P(A).P(B). Ora, a probabilidade de sair vermelha na primeira retirada é 10/30 e a de sair azul na segunda retirada 20/30. Daí, usando a regra do produto, temos: 10/30.20/30=2/9. Observe que na segunda retirada forma consideradas todas as bolas, pois houve reposição. Assim, P(B/A) =P(B), porque o fato de sair bola MATEMÁTICA Central de Atendimento: (91) 3278-5713 / 8163-1764 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 118 vermelha na primeira retirada não influenciou a segunda retirada, já que ela foi reposta na urna. Probabilidade de ocorrer a união de eventos Fórmula da probabilidade de ocorrer a união de eventos: P(E1 ou E2) = P(E1) + P(E2) - P(E1 e E2) De fato, se existirem elementos comuns a E1 e E2, estes eventos estarão computados no cálculo de P(E1) e P(E2). Para que sejam considerados uma vez só, subtraímos P(E1 e E2). Fórmula de probabilidade de ocorrer a união de eventos mutuamente exclusivos: P(E1 ou E2 ou E3 ou ... ou En) = P(E1) + P(E2) + ... + P(En) Exemplo: Se dois dados, azul e branco, forem lançados, qual a probabilidade de sair 5 no azul e 3 no branco? Considerando os eventos: A: Tirar 5 no dado azul e P(A) = 1/6 B: Tirar 3 no dado branco e P(B) = 1/6 Sendo S o espaço amostral de todos os possíveis resultados, temos: n(S) = 6.6 = 36 possibilidades. Daí, temos:P(A ou B) = 1/6 + 1/6 – 1/36 = 11/36 PORCENTAGEM Praticamente todos os dias, observamos nos meios de comunicação, expressões matemáticas relacionadas com porcentagem. O termo por cento é proveniente do Latim per centum e quer dizer por cem. Toda razão da forma a/b na qual o denominador b=100, é chamada taxa de porcentagem ou simplesmente porcentagem ou ainda percentagem. Historicamente, a expressão por cento aparece nas principais obras de aritmética de autores italianos do século XV. O símbolo %surgiu como uma abreviatura da palavra cento utilizada nas operações mercantis. Para indicar um índice de 10 por cento, escrevemos 10% e isto significa que em cada 100 unidades de algo, tomaremos 10 unidades. 10% de 80 pode ser obtido como o produto de 10% por 80, isto é: Produto = 10%.80 = 10/100.80 = 800 / 100 = 8 Em geral, para indicar um índice de M por cento, escrevemos M% e para calcular M% de um número N, realizamos o produto: Produto = M%.N = M.N / 100 Exemplos: 1. Um fichário tem 25 fichas numeradas, sendo que 52% dessas fichas estão etiquetadas com um número par. Quantas fichas têm a etiqueta com número par? Quantas fichas têm a etiqueta com número ímpar? Par = 52% de 25 = 52%.25 = 52.25 / 100 = 13 Nesse fichário há 13 fichas etiquetadas com número par e 12 fichas com número ímpar. 2. Num torneio de basquete, uma determinada seleção disputou 4 partidas na primeira fase e venceu 3. Qual a porcentagem de vitórias obtida por essa seleção nessa fase? Vamos indicar por X% o número que representa essa porcentagem. Esse problema pode ser expresso da seguinte forma: X% de 4 = 3 Assim: (X/100).4 = 3 4X/100 = 3 4X = 300 X = 75 Na primeira fase a porcentagem de vitórias foi de 75%. 3. Numa indústria há 255 empregadas. Esse número corresponde a 42,5% do total de empregados da indústria. Quantas pessoas MATEMÁTICA Central de Atendimento: (91) 3278-5713 / 8163-1764 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 119 trabalham nesse local? Quantos homens trabalham nessa indústria? Vamos indicar por X o número total de empregados dessa indústria. Esse problema pode ser representado por: 42,5% de X = 255 Assim: 42,5%.X = 255 42,5 / 100.X = 255 42,5.X / 100 = 255 42,5.X = 25500 425.X = 255000 X = 255000/425 = 600 Nessa indústria trabalham 600 pessoas, sendo que há 345 homens. 4. Ao comprar uma mercadoria, obtive um desconto de 8% sobre o preço marcado na etiqueta. Se paguei R$ 690,00 pela mercadoria, qual o preço original dessa mercadoria? Seja X o preço original da mercadoria. Se obtive 8% de desconto sobre o preço da etiqueta, o preço que paguei representa 100%-8%=92% do preço original e isto significa que 92% de X = 690 logo 92%.X = 690 92/100.X = 690 92.X / 100 = 690 92.X = 69000 X = 69000 / 92 = 750 O preço original da mercadoria era de R$ 750,00. É frequente o uso de expressões que refletem acréscimos ou reduções em preços, números ou quantidades, sempre tomando por base 100 unidades. Alguns exemplos: A gasolina teve um aumento de 15% Significa que em cada R$100 houve um acréscimo de R$15,00 O cliente recebeu um desconto de 10% em todas as mercadorias. Significa que em cada R$100 foi dado um desconto de R$10,00 Dos jogadores que jogam no Grêmio, 90% são craques. Significa que em cada 100 jogadores que jogam no Grêmio, 90 são craques. Razão centesimal Toda a razão que tem para consequente o número 100 denomina-se razão centesimal. Alguns exemplos: Podemos representar uma razão centesimal de outras formas: As expressões 7%, 16% e 125% são chamadas taxas centesimais ou taxas percentuais. Considere o seguinte problema: João vendeu 50% dos seus 50 cavalos. Quantos cavalos ele vendeu? Para solucionar esse problema devemos aplicar a taxa percentual (50%) sobre o total de cavalos. Logo, ele vendeu 25 cavalos, que representa a porcentagem procurada. Portanto, chegamos a seguinte definição: Porcentagem é o valor obtido ao aplicarmos uma taxa percentual a um determinado valor. Exemplos: Calcular 10% de 300. Calcular 25% de 200kg. Logo, 50kg é o valorcorrespondente à porcentagem procurada. EXERCÍCIOS: 1) Um jogador de futebol, ao longo de um campeonato, cobrou 75 faltas, transformando em gols 8% dessas faltas. Quantos gols de falta esse jogador fez? Portanto o jogador fez 6 gols de falta. 2) Se eu comprei uma ação de um clube por R$250,00 e a revendi por R$300,00, qual a taxa percentual de lucro obtida? MATEMÁTICA Central de Atendimento: (91) 3278-5713 / 8163-1764 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 120 Montamos uma equação, onde somando os R$250,00 iniciais com a porcentagem que aumentou em relação a esses R$250,00, resulte nos R$300,00. Portanto, a taxa percentual de lucro foi de 20%. Uma dica importante: o FATOR DE MULTIPLICAÇÃO. Se, por exemplo, há um acréscimo de 10% a um determinado valor, podemos calcular o novo valor apenas multiplicando esse valor por 1,10, que é o fator de multiplicação. Se o acréscimo for de 20%, multiplicamos por 1,20, e assim por diante. Veja a tabela abaixo: Acréscimo ou Lucro Fator de Multiplicação 10% 1,10 15% 1,15 20% 1,20 47% 1,47 67% 1,67 Exemplo: Aumentando 10% no valor de R$10,00 temos: 10 * 1,10 = R$ 11,00 No caso de haver um decréscimo, o fator de multiplicação será: Fator de Multiplicação = 1 - taxa de desconto (na forma decimal) Veja a tabela abaixo: Desconto Fator de Multiplicação 10% 0,90 25% 0,75 34% 0,66 60% 0,40 90% 0,10 Exemplo: Descontando 10% no valor de R$10,00 temos: 10 * 0,90 = R$ 9,00 * Como calcular porcentagem Todo o cálculo de porcentagem, como informado, é baseado no número 100. O cálculo de tantos por cento de uma expressão matemática ou de um problema a ser resolvido é indicado pelo símbolo (%), e pode ser feito, na soma, por meio de uma proporção simples. Para que se possam fazer cálculos com porcentagem (%), temos que fixar o seguinte: 1) A taxa está para porcentagem (acréscimo, desconto, etc), assim como o valor 100 está para a quantia a ser encontrada. Exemplificando: Um título tem desconto 10%, sobre o valor total de R$ 100,00. Qual o valor do título? 30% : R$ 100,00 100% : X X = R$ 30,00 2) O número que se efetua o cálculo de porcentagem é representado por 100. Exemplificando: Efetue o cálculo 10% de 50 100% : 50 10% : X X = 5 Obs. Nos dois exemplos dados foram usados o sistema de cálculo de regra de três, já ensinados em tutoriais anteriores. 3) O capital informado tem sempre por igualdade ao 100. Exemplificando: Efetua-se o resgate de um cheque pré- datado no valor de R$ 150,00 e obtem-se um desconto de 20% 100% : R$ 150,00 20% : X X = R$ 30,00 * Exemplos para fixação de definição 1) Um jogador de basquete, ao longo do campeonato, fez 250 pontos, deste total 10% foram de cestas de 02 pontos. Quantas cestas de 02 pontos o jogador fez do total de 250 pontos. MATEMÁTICA Central de Atendimento: (91) 3278-5713 / 8163-1764 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 121 10% de 250 = 10 X 250 = 2500 = 25 100 100 Portanto, do total de 250 pontos o jogador fez 25 pontos de 02 pontos. 2) Um celular foi comprado por R$ 300,00 e revendido posteriormente por R$ 340,00, qual a taxa percentual de lucro ? Neste caso é procurado um valor de porcentagem no qual são somados os R$ 300,00 iniciais com a porcentagem aumentada e que tenha como resultado o valor de R$ 340,00 300 + 300.X/100 = 340 3X = 340 – 300 X = 40/3 X = 13,333 (dízima periódica) Assim, a taxa de lucro obtida com esta operação de revenda foi de 13,33% * Fator Multiplicante Há uma dica importante a ser seguida, no caso de cálculo com porcentagem. No caso se houver acréscimo no valor, é possível fazer isto diretamente através de uma operação simples, multiplicando o valor do produto/serviço pelo fator de multiplicação. Veja: Tenho um produto X, e este terá um acréscimo de 30% sobre o preço normal, devido ao prazo de pagamento. Então basta multiplicar o valor do mesmo pelo número 1,30. Caso o mesmo produto ao invés de 30% tenha 20% de acréscimo então o fator multiplicante é 1,20. Observe esta pequena tabela: Exemplo: Aumente 17% sobre o valor de um produto de R$ 20,00, temos R$ 20,00 * 1,17 = R$ 23,40 E assim sucessivamente, é possível montar uma tabela conforme o caso. Da mesma forma como é possível, ter um fator multiplicante quando se tem acréscimo a um certo valor, também no decréscimo ou desconto, pode-se ter este fator de multiplicação. Neste caso, faz-se a seguinte operação: 1 – taxa de desconto (isto na forma decimal) Veja: Tenho um produto Y, e este terá um desconto de 30% sobre o preço normal. Então basta multiplicar o valor do mesmo pelo número 0,70. Caso o mesmo produto ao invés de 30% tenha 20% de acréscimo então o fator multiplicante é 0,80. Observe esta pequena tabela: Exemplo: Desconto de 7% sobre o valor de um produto de R$ 58,00, temos R$ 58,00 * 0,93 = R$ 53,94 E assim sucessivamente, é possível montar uma tabela conforme o caso. * Exercícios resolvidos de porcentagem Os exercícios propostos estão resolvidos, em um passo-a-passo prático para que se possa acompanhar a solução de problemas envolvendo porcentagem e também para que se tenha uma melhor fixação sobre o conteúdo. 1) Qual valor de uma mercadoria que custou R$ 555,00 e que pretende ter com esta um lucro de 17%? Solução: 100% : 555 17 X X = 555x17 /100 = 9435/100 X = 94,35 MATEMÁTICA Central de Atendimento: (91) 3278-5713 / 8163-1764 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 122 Temos o valor da mercadoria: R$ 555,00 + R$ 94,35 Preço Final: R$ 649,35 Obs. Este cálculo poderia ser resolvido também pelo fator multiplicador: R$ 555,00 * 1,17 = R$ 649,35 2) Um aluno teve 30 aulas de uma determinada matéria. Qual o número máximo de faltas que este aluno pode ter sabendo que ele será reprovado, caso tenha faltado a 30% (por cento) das aulas ? Solução: 100% : 30 30% : X X = 30.30 / 100 = 900 / 100 = 9 X = 9 Assim, o total de faltas que o aluno poderá ter são 9 faltas. 3) Um imposto foi criado com alíquota de 2% sobre cada transação financeira efetuada pelos consumidores. Se uma pessoa for descontar um cheque no valor de R$ 15.250,00, receberá líquido quanto? 100% : 15.250 0,7% : X Neste caso, use diretamente o sistema de tabela com fator multiplicador. O capital principal que é o valor do cheque é : R$ 15.250,00 * 0,98 = R$ 14.945,00 Assim, o valor líquido do cheque após descontado a alíquota será de R$ 14.945,00. Sendo que os 2% do valor total representam a quantia de R$ 305,00. Somando os valores: R$ 14.945,00 + R$ 305,00 = R$ 15.250,00 Obs. Os quadros dos cálculos foram colocados em cada operação repetidamente, de propósito, para que haja uma fixação, pois é fundamental conhecer “decoradamente” estas posições. JUROS Juros representam a remuneração do Capital empregado em alguma atividade produtiva. Os juros podem ser capitalizados segundo dois regimes:simples ou compostos. JUROS SIMPLES: o juro de cada intervalo de tempo sempre é calculado sobre o capital inicial emprestado ou aplicado. JUROS COMPOSTOS: o juro de cada intervalo de tempo é calculado a partir do saldo no início de correspondente intervalo. Ou seja: o juro de cada intervalo de tempo é incorporado ao capital inicial e passa a render juros também. O juro é a remuneração pelo empréstimo do dinheiro. Ele existe porque a maioria das pessoas prefere o consumo imediato, e está disposta a pagar um preço por isto. Por outro lado, quem for capaz de esperar até possuir a quantia suficiente para adquirir seu desejo, e neste ínterim estiver disposta a emprestar esta quantia a alguém, menos paciente, deve ser recompensado por esta abstinência na proporção do tempo e risco, que a operação envolver. O tempo, o risco e a quantidade de dinheiro disponível no mercado para empréstimos definem qual deverá ser a remuneração, mais conhecida como taxa de juros. Quando usamos juros simples e juros compostos? A maioria das operações envolvendo dinheiro utiliza juros compostos. Estão incluídas: compras a médio e longo prazo, compras com cartão de crédito, empréstimos bancários, as aplicações financeiras usuais como Caderneta de Poupança e aplicações em fundos de renda fixa, etc. Raramente encontramos uso para o regime de juros simples: é o caso das operações de curtíssimo prazo, e do processo de desconto simples de duplicatas. Taxa de juros A taxa de juros indica qual remuneração será paga ao dinheiro emprestado, para um determinado período. Ela vem normalmente expressa da forma percentual, em seguida da especificação do período de tempo a que se refere: 8 % a.a. - (a.a. significa ao ano). 10 % a.t. - (a.t. significa ao trimestre). Outra forma de apresentação da taxa de juros é a unitária, que é igual a taxa percentual dividida por 100, sem o símbolo %: MATEMÁTICA Central de Atendimento: (91) 3278-5713 / 8163-1764 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 123 0,15 a.m. - (a.m. significa ao mês). 0,10 a.q. - (a.q. significa ao quadrimestre) JUROS SIMPLES O regime de juros será simples quando o percentual de juros incidir apenas sobre o valor principal. Sobre os juros gerados a cada período não incidirão novos juros. Valor Principal ou simplesmente principal é o valor inicial emprestado ou aplicado, antes de somarmos os juros. Transformando em fórmula temos: J = P . i . n Onde: J = juros P = principal (capital) i = taxa de juros n = número de períodos Exemplo: Temos uma dívida de R$ 1000,00 que deve ser paga com juros de 8% a.m. pelo regime de juros simples e devemos pagá-la em 2 meses. Os juros que pagarei serão: J = 1000 x 0.08 x 2 = 160 Ao somarmos os juros ao valor principal temos o montante. Montante = Principal + Juros Montante = Principal + ( Principal x Taxa de juros x Número de períodos ) M = P . ( 1 + ( i . n ) ) Exemplo: Calcule o montante resultante da aplicação de R$70.000,00 à taxa de 10,5% a.a. durante 145 dias. SOLUÇÃO: M = P . ( 1 + (i.n) ) M = 70000 [1 + (10,5/100).(145/360)] = R$72.960,42 Observe que expressamos a taxa i e o período n, na mesma unidade de tempo, ou seja, anos. Daí ter dividido 145 dias por 360, para obter o valor equivalente em anos, já que um ano comercial possui 360 dias. Exercícios sobre juros simples: 1) Calcular os juros simples de R$ 1200,00 a 13 % a.t. por 4 meses e 15 dias. 0.13 / 6 = 0.02167 logo, 4m15d = 0.02167 x 9 = 0.195 j = 1200 x 0.195 = 234 2 - Calcular os juros simples produzidos por R$40.000,00, aplicados à taxa de 36% a.a., durante 125 dias. Temos: J = P.i.n A taxa de 36% a.a. equivale a 0,36/360 dias = 0,001 a.d. Agora, como a taxa e o período estão referidos à mesma unidade de tempo, ou seja, dias, poderemos calcular diretamente: J = 40000.0,001.125 = R$5000,00 3 - Qual o capital que aplicado a juros simples de 1,2% a.m. rende R$3.500,00 de juros em 75 dias? Temos imediatamente: J = P.i.n ou seja: 3500 = P.(1,2/100).(75/30) Observe que expressamos a taxa i e o período n em relação à mesma unidade de tempo, ou seja, meses. Logo, 3500 = P. 0,012 . 2,5 = P . 0,030; Daí, vem: P = 3500 / 0,030 = R$116.666,67 4 - Se a taxa de uma aplicação é de 150% ao ano, quantos meses serão necessários para dobrar um capital aplicado através de capitalização simples? Objetivo: M = 2.P Dados: i = 150/100 = 1,5 Fórmula: M = P (1 + i.n) Desenvolvimento: 2P = P (1 + 1,5 n) 2 = 1 + 1,5 n n = 2/3 ano = 8 meses JUROS COMPOSTOS O regime de juros compostos é o mais comum no sistema financeiro e portanto, o mais útil para cálculos de problemas do dia-a-dia. Os juros gerados a cada período são incorporados ao principal para o cálculo dos juros do período seguinte. Chamamos de capitalização o momento em que os juros são incorporados ao principal. MATEMÁTICA Central de Atendimento: (91) 3278-5713 / 8163-1764 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 124 Após três meses de capitalização, temos: 1º mês: M =P.(1 + i) 2º mês: o principal é igual ao montante do mês anterior: M = P x (1 + i) x (1 + i) 3º mês: o principal é igual ao montante do mês anterior: M = P x (1 + i) x (1 + i) x (1 + i) Simplificando, obtemos a fórmula: M = P . (1 + i) n Importante: a taxa i tem que ser expressa na mesma medida de tempo de n, ou seja, taxa de juros ao mês para n meses. Para calcularmos apenas os juros basta diminuir o principal do montante ao final do período: J = M - P Exemplo: Calcule o montante de um capital de R$6.000,00, aplicado a juros compostos, durante 1 ano, à taxa de 3,5% ao mês. (use log 1,035=0,0149 e log 1,509=0,1788) Resolução: P = R$6.000,00 t = 1 ano = 12 meses i = 3,5 % a.m. = 0,035 M = ? Usando a fórmula M=P.(1+i) n , obtemos: M = 6000.(1+0,035) 12 = 6000. (1,035) 12 Fazendo x = 1,035 12 e aplicando logaritmos, encontramos: log x = log 1,035 12 => log x = 12 log 1,035 => log x = 0,1788 => x = 1,509 Então M = 6000.1,509 = 9054. Portanto o montante é R$9.054,00 O QUE LEVAR EM ‘CONTA’ NO PROCESSO DE AVALIAÇÃO E PLANEJAMENTO EM MATEMÁTICA? Avaliar e planejar são ações precípuas do trabalho pedagógico. Contudo, muitas vezes a avaliação e o planejamento podem está dissociados, na medida em que a concepção de avaliação do professor não produz um planejamento coerente com os resultados identificados em termos de aprendizagem e, portanto, coerente com as necessidades de aprendizagens do aluno. Por outro lado, o planejamento nem sempre produz uma ação avaliativa coerentes com os objetivos de aprendizagem nele prescrito. Essa dissonância está associada a concepções de avaliação e de planejamento que não levam em consideração, respectivamente, decisão e subsídio, ou seja, “enquanto o planejamento é o ato pelo qual decidimos o que construir, a avaliação é o ato crítico que nos subsidia na verificação de como estamos construindo o nosso projeto” (LUCKESI, 1999, p. 118) a complexidade do que é ensinar e aprender, uma vez que estes envolvem aspectos de ordem didática que passam desapercebidos ou até mesmo são desconhecidos pelo professor. Além disso, a concepção que se tinha de uma didática capaz de abranger todas as especificidades das diferentes áreas de conhecimento levou a um grau de generalização da avaliação que muito pouco contribuiu para um planejamento que, de fato, respondesse às particularidades e problemas que são própios ao processo de apropriação/contruçãodo conhecimento matemático. Com isso, queremos dizer que os estudos sobre avaliação, na sua quase totalidade, não contemplam a especificidade do saber. Não se quer negar aqui a importância que tais estudos representam ou representaram para a melhoria da qualidade do ensino e da aprendizagem. Como exemplos, poder-se-ia destacar os trabalhos de Perrenoud (2000; 1999a; 1999b); Paro (2001); Souza (1997); Lüdke & Mediano (1992); Luckesi (1999); Saul (1988); Hoffman (1991; 1993; 2000). A propósito, são nesses autores que as escolas e seus professores têm encontrado o apoio teórico para o desenvolvimento do trabalho pedagógico. Contudo, a avaliação deve, levar em conta a especificidade do conhecimento tratado. De fato, se o conhecimento matemático tem uma forma própria de produção e expressão, então ele requer uma abordagem que considere as características desse conhecimento. Se isso é verdade, a avaliação da aprendizagem não é independente do conteúdo, da mesma forma que uma didática geral não dá conta MATEMÁTICA Central de Atendimento: (91) 3278-5713 / 8163-1764 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 125 de uma “transposição didática” que um determinado conhecimento requer (CHEVALLARD, 1991). Nesse sentido, para melhor investigar o processo de avaliação é preciso considerar os resultados das pesquisas em didática da matemática, uma vez que esta é uma das tendências da grande área de educação matemática, cujo objeto de estudo é a elaboração de conceitos e teorias que sejam compatíveis com a especificidade educacional do saber escolar matemático, procurando manter fortes vínculos com a formação de conceitos matemáticos, tanto em nível experimental da prática pedagógica, como no território básico da pesquisa acadêmica (PAIS, 2001). De modo mais específico, é no âmbito do que se ficou conhecido como sistema didático, onde tais pesquisas se configuram. É na estrutura do sistema didático onde se pode estudar a interação de três elementos que, dentre outros, lhe são constitutivos: o professor, o aluno e o saber. E é essa tríade de relações que vai dar sentido aos estudos relacionados ao contrato didático. Contudo, no âmbito da educação matemática, o número de pesquisas voltadas para a avaliação da aprendizagem ainda é pequeno. Quanto a isso, Maciel (2003) afirma que São poucas as pesquisas no Brasil que enfocam o tema avaliação na área de Educação Matemática. No período entre os anos 1970 e 1992 só foram realizadas 6 (seis) pesquisas enfocando o tema avaliação da aprendizagem (FIORENTINI, 1993); no período subseqüente até os dias de hoje pudemos contabilizar mais 8 (oito) trabalhos, a partir do banco de dados de teses do Centro de Estudos, Memória e Pesquisa em Educação Matemática (CEMPEM-FE/UNICAMP). Pensar, entretanto, a avaliação da aprendizagem em matemática significa levantar mais questões que possíveis respostas, pois a maior parte das pesquisas que tratam da avaliação em matemática relaciona-se à avaliação de Rede, como, por exemplo, à análise dos resultados do SAEB e do ENEM – Exame Nacional do Ensino Médio - ou ainda pesquisas voltadas para a investigação do significado do erro na aprendizagem de matemática. Mesmo reconhecendo a importância dessas pesquisas para a melhoria do ensino e da aprendizagem em matemática, elas não contemplam uma abordagem do processo de avaliação da aprendizagem de matemática em si. Isto é, de que modo o conhecimento matemático entra no “jogo didático” influenciando nas decisões do professor, considerando que este se relaciona de uma determinada forma com o conhecimento matemático. Relação que se constitui também a partir de suas concepções sobre ensino e aprendizagem de matemática, conforme já dissemos anteriormente. Nesse sentido, conforme Nascimento (2003, p. 54): É preciso dizer que ensinar não produz necessariamente aprendizagem. E, portanto, que a avaliação cumpriu o seu papel, pelo menos numa certa concepção. Mais que isso, é possível existir aprendizagem sem ensino. Ou ainda que, em algumas situações, os alunos aprendem apesar do “ensino”. De fato, aprendizagem é algo do sujeito e a avaliação pode nos dar indícios, informações em relação a sua aprendizagem e ao ensino ministrado, para que se possa corrigir rumos, aprofundar aspectos, rever posições, enfim tomar decisões que possibilitem o avanço das aprendizagens e fortaleçam o projeto educativo. Essa complexidade do ensinar e aprender também faz parte do ato de avaliar. Nascimento (2003, p. 54) vai afirmar que: Hoje, mais que ontem, sabemos que a aprendizagem não depende exclusivamente da transmissão de conhecimentos, pelo menos por dois motivos: primeiro porque a transmissão em si está mais relacionada à memorização e a reprodução daquilo que foi “ensinado” e menos à construção do conhecimento; segundo porque a transmissão não é o processo mais adequado para que o sujeito construa sua autonomia intelectual e, portanto, para se apropriar do seu processo de aprendizagem e ser seja capaz de aprender a aprender. Assim, ensinar, aprender e avaliar têm atributos epistemológicos diferentes, ainda que fazendo parte de um mesmo processo. DANTE (1999, p. 4), por sua vez, ao procurar desmistificar o processo de avaliação vai indicar alguns aspectos em relação aos quais o professore deve dar mais ênfase ou menos ênfase: Maior ênfase • Avaliar o que os alunos sabem, como sabem e como pensam matematicamente. • Avaliar se o aluno compreendeu os conceitos, os procedimentos e se desenvolveu atitudes positivas em relação à Matemática. • Avaliar o processo e o grau de criatividade das soluções dadas pelo aluno. • Encarar a avaliação como parte integrante do processo de ensino. • Focalizar uma grande variedade de tarefas matemáticas e adotar uma visão global da Matemática. • Propor situações-problema que envolvam aplicações de conjunto de idéias matemáticas. • Propor situações abertas que tenham mais que uma solução. • Propor que o aluno invente, formule problemas e resolva-os. MATEMÁTICA Central de Atendimento: (91) 3278-5713 / 8163-1764 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 126 • Usar várias formas de avaliação, incluindo as escritas (provas, testes, trabalhos, auto-avaliação), as orais (exposições, entrevistas, conversas informais) e as de demonstração (materiais pedagógicos). • Utilizar materiais manipuláveis, calculadoras e computadores na avaliação. Menor ênfase • Avaliar o que os alunos não sabem. • Avaliar a memorização de definições, regras e esquemas. • Avaliar apenas o produto, contando o número de respostas certas nos testes e provas. • Avaliar contando o número de respostas certas nas provas, com o único objetivo de classificar. • Focalizar um grande número de capacidades específicas e isoladas. • Propor exercícios e problemas que requeiram apenas uma capacidade. • Propor problemas rotineiros que apresentam uma única solução. • Propor que o aluno resolva uma série de problemas já formulados. • Utilizar apenas provas e testes escritos. • Excluir materiais manipuláveis, calculadoras e computadores na avaliação. Como atividades centrais do minicurso, serão abordadas, inicialmente, atividades que se refriram a experiências vividas pelos participantes do minicurso em relação à avaliação em matemática, quando alunos da educação básica. Posteriormente os professores-cursistas serão solicitados a resolver alguns questões envovlvendo conhecimentos de diferentes áres de conhecimento para quea partir daí se possa iniciar a discussão do que é « aprender », “ensinar”, “planejar” e “avaliar”. Aí supomos que estarão presentes elementos ainda predominantes do ideário pedagógico no que se refere especialmente à avaliação da aprendizagem escolar. Em seguida os professores cursistas serão solicitados a analisar alguns „protocolo‟s de alunos referentes a questões de “provas” e “testes” de matemática que foram aplicados por professores dessa disciplina em diferentes séries do ensino fundamental, nível de ensino para o qual o minicurso se destina. FORMAS DE AVALIAR O ALUNO EM MATEMÁTICA A educação, ao longo da história, passou por diversas mudanças visando à melhoria do ambiente escolar, a reformulação das grades curriculares, a criação de escolas voltadas para a inclusão social e educação especial. Mas nessas mudanças, debates e discussões envolvendo pessoas do meio educacional e membros representantes da sociedade abordaram incessantemente a forma de avaliar o conhecimento adquirido pelo aluno. Atualmente a avaliação se tornou algo mais aberto e menos mecanizado, diferente de tempos atrás, quando as escolas avaliavam seus alunos através de provas extensas confeccionadas com exercícios estáticos. Nessas provas os estudantes não dispunham do pleno direito de resolver os problemas utilizando suas próprias habilidades. Eram obrigados a desempenhar resoluções de acordo com a metodologia imposta pelo professor tradicional. As avaliações presentes não deixaram totalmente a característica tradicional, mas são mescladas com questões de múltipla escolha, além disso, os jovens possuem a liberdade de buscar métodos auxiliares na resolução das questões, desde que apresente fundamentos matemáticos plausíveis. A avaliação contínua é responsável, em algumas instituições escolares, por 50% da composição total da nota. Essa avaliação presa o trabalho diário realizado pelo aluno, participação nas aulas, responsabilidade com as atividades diárias, comprometimento com os estudos, responsabilidade, dinamismo e comportamento exemplar de acordo com o ambiente escolar. Esse modelo de avaliação tornou-se uma forma de envolver o aluno no cotidiano da escola, visto que uma avaliação contínua de baixo rendimento compromete diretamente o conceito bimestral. As questões deixaram de ser estáticas, abordando situações cotidianas e interdisciplinares, isto é, criando relações entre as ciências. As questões de múltipla escolha despertam no estudante uma visão crítica, pois na escolha da alternativa correta ele utiliza parâmetros de comparação entre o conhecimento adquirido e o exposto na avaliação. Outra forma de avaliação é a aplicação semanal ou quinzenal de testes abordando conteúdos específicos. Esses testes podem ser aplicados no fechamento de algum capítulo do livro didático. Essa metodologia tem o objetivo de verificar sobre o entendimento do estudante sobre o conteúdo recente. Os trabalhos também constituem uma importante ferramenta de avaliação, visto que exige por parte dos alunos uma organização na sua confecção, promovendo um senso de organização e MATEMÁTICA Central de Atendimento: (91) 3278-5713 / 8163-1764 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 127 de responsabilidade, o qual deverá ser aproveitado futuramente. Portanto, vimos que existem inúmeras formas de avaliar um aluno, de acordo com o ambiente escolar, em relação ao comportamento, utilizando provas discursivas e de múltipla escolha, trabalhos escolares, tarefas de casa, comprometimento escolar, participação nas aulas e nos eventos escolares. Todos esses meios são utilizáveis na constituição de uma nota bimestral. INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO Os instrumentos de avaliação de aprendizagem devem ser largamente utilizados ao longo do período letivo. Esses instrumentos de avaliação devem permitir ao professor colher informações sobre a capacidade de aprendizado dos alunos, medida, em especial, pela competência dos mesmos para resolver problemas e instrumentalizar o conhecimento para a tomada de decisões. Cabe ao professor da disciplina, definir os instrumentos que serão utilizados para melhor acompanhar o processo de aprendizado de seus alunos. Não existem instrumentos específicos de avaliação capazes de detectar a totalidade do desenvolvimento e aprendizagem dos alunos. É diante da limitação que cada instrumento de avaliação comporta que se faz necessário pensar em instrumentos diversos e mais adequados com suas finalidades, para que dêem conta, juntos, da complexibilidade do processo de aprender. Alguns exemplos de instrumentos de avaliação. 1. OBSERVAÇÃO O ato de observar é uma característica própria e é através dele que informamos sobre o contexto em que estamos, para nele nos situarmos de forma satisfatória de acordo com normas e valores dominantes. Aspectos Negativos: É um instrumento de pouca utilização de registro e de falta de sistematização, os dados colhidos, muitas vezes, se perdem ou não são utilizados de forma produtiva para refletirem sobre a prática pedagógica e o desenvolvimento dos alunos. Aspectos Positivos Através da observação, os educadores podem conhecer melhor os alunos, analisar seu desempenho nas atividades em sala de aula e compreender seus avanços e dificuldades. Ao mesmo tempo, os alunos poderão tomar consciência dos processos vividos pelo grupo. A observação exige do professor: Eleger o objeto de investigação ( um aluno, uma dupla, um grupo etc); Elaborar objetivos claros (descobrir dúvidas, avanços etc); Identificar contextos e momentos específicos (durante a aula, no recreio etc); Estabelecer formas de registros apropriados ( vídeos, anotações etc). Indicações Observações em atividades livres, no recreio, individuais, etc. 2. REGISTRO / FICHAS Tem como função acompanhar o processo educativo vivido por alunos e professores, é através dele que se torna possível realizar uma análise crítica e reflexiva do processo de avaliação. Aspectos Positivos: Contribui para que os dados significativos da prática de trabalho não se percam. Alguns recursos podem ser utilizados, são eles: 1. Caderno de campo do professor: registro de aulas expositivas, anotações em sala de aula, projetos, relatos, debates, etc. 2. Caderno de Anotações para cada grupo de alunos: anotações periódicas sobre acontecimentos significativos do cotidiano escolar. 3. Diário do aluno: registro de caráter subjetivo ou objetivo que aluno e professores fazem espontaneamente. 4. Arquivo de atividades: coleta de exercícios e produções dos alunos, datadas e com algumas observações rápidas do professor. Esse arquivo serve como referência histórica do desenvolvimento do grupo. Indicações: Permite aos educadores perceberem e analisarem ações e acontecimentos, muitas vezes despercebidos no cotidiano escolar. MATEMÁTICA Central de Atendimento: (91) 3278-5713 / 8163-1764 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 128 3. DEBATE O debate nos permite nas situações de interação, trocar idéias com as pessoas, compreender as idéias do outro, relacioná – las e ampliar conhecimentos sobre o tema ou assunto discutido. Aspectos positivos Favorável para que alunos e professores incorporem conhecimentos, exige que se expressem com suas próprias palavras, exemplifiquem e estabeleçam relações com outros conhecimentos, pois o aluno expõe à turma sua forma de compreender o tema em questão. 4. AUTO - AVALIAÇÃO Aspectos Positivos É uma atividadede reflexão fundamental na aprendizagem, que visa levantar: - o caminho percorrido pelo aluno para às sua respostas e resultados; - as evidências de que conseguiu aprender; - as evidências das dificuldades que ainda enfrenta e, a partir delas, o reconhecimento das superações que precisam ser conquistadas. Indicações Incentivar a consciência crítica dos alunos, em relação aos modos de agir que utilizam frente às tarefas que lhes são propostas. 5. TRABALHO EM GRUPO É todo tipo de produção realizada em parceria pelos alunos, sempre orientadas pelo professor. Aspectos positivos: Estimula os alunos à cooperação e realização de ações conjuntas, propiciam um espaço para compartilhar, confrontar e negociar idéias. É necessário que haja uma dinâmica interna das relações sociais, mediada pelo conhecimento, potencializado por uma situação problematizadora, que leve o grupo a colher informações, explicar suas idéias, saber expressar seus argumentos. Permite um conhecimento maior sobre as possibilidades de verbalização e ação dos alunos em relação às atividades propostas. É necessário considerar as condições de produção em que se derão: o tempo de realização, o nível de envolvimento e de compromisso dos alunos, os tipos de orientações dadas, as fontes de informação e recursos materiais utilizados. 6. PARTICIPAÇÃO EM SALA DE AULA Trata – se de analisar o desempenho do aluno em fatos do cotidiano da sala de aula ou em situações planejadas. Aspectos Positivos: Permite que o professor perceba como o aluno constrói o conhecimento, já que é possível acompanhar de perto todos os passos desse processo. É necessário que o professor faça anotações no momento em que os fatos a serem considerados ocorrem, ou logo em seguida, para que sejam evitadas as generalizações e os julgamentos com critérios subjetivos. Habilita o professor a elaborar intervenções específicas para cada caso e sempre que julgar necessário. 7. SEMINÁRIO É a exposição oral que permite a comunicação das informações pesquisadas de forma eficaz, utilizando material de apoio adequado. Aspectos Positivos: Contribui para a aprendizagem tanto do ouvinte como do expositor, pois exige desta pesquisa, planejamento e organização das informações, além de desenvolver a capacidade de expressão em público. Aspectos Negativos: Às vezes, alguns professores utilizam de comparações nas apresentações entre o inibido e o desinibido. 7. PORTFÓLIO Volume que reúne todos os trabalhos produzidos pelo aluno durante o período letivo. Presta – se tanto para a avaliação final como para a avaliação do processo de aprendizagem do aluno. Aspecto positivo: Evidencia as qualidades do estudante, registra seus esforços, seus progressos, o nível de raciocínio lógico atingido e, portanto, seu desempenho na disciplina. Também ensina ao aluno a organização. MATEMÁTICA Central de Atendimento: (91) 3278-5713 / 8163-1764 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 129 Tem finalidade de auxiliar o educando desenvolver a capacidade de refletir e avaliar seu próprio trabalho. 8. PROVA DISSERTATIVA Caracteriza – se por apresentar uma série de perguntas (ou problemas, ou temas, no caso da redação), que exijam capacidade de estabelecer relações, de resumir, analisar e julgar. Aspectos Positivos Avalia a capacidade de analisar um problema central, abstrair fatos, formular idéias e redigi – las: permite que o aluno exponha seus pensamentos, mostrando habilidades organização, interpretação e expressão. 9. PROVA COM CONSULTA Apresenta características semelhantes às provas dissertativas, diferenciando – se pelo fato de o aluno pode consultar livros ou apontamentos para responder. Aspectos Positivos: Se bem elaborada, pode permitir que o aluno demonstre não apenas o seu conhecimento sobre o conteúdo objeto da avaliação, mas ainda, a sua capacidade de pesquisa, de buscar a resposta correta e relevante. 10. PROVA OBJETIVA Caracteriza –se uma série de perguntas diretas para respostas curtas, com apenas uma solução possível ou em que o aluno tenha que avaliar proposições, julgando –as verdadeiras ou falsas. Aspectos Negativos Favorece a memorização e sua análise não permite constatar, com boa margem de acerto, quanto o aluno adquiriu em termos de conhecimento. 11. PROVA ORAL Situação em que os alunos, expõem individualmente seus pontos de vista sobre pontos do conteúdo ou resolvem problemas em contato direto com o professor. Bastante útil para desenvolver a oralidade e a habilidade de argumentação. MATERIAIS CONCRETOS As dificuldades encontradas por alunos e professores no processo ensino-aprendizagem da matemática são muitas e conhecidas. Por um lado, o aluno não consegue entender a matemática que a escola lhe ensina, muitas vezes é reprovado nesta disciplina, ou então, mesmo que aprovado, sente dificuldades em utilizar o conhecimento "adquirido", em síntese, não consegue efetivamente ter acesso a esse saber de fundamental importÂncia. O professor, por outro lado, consciente de que não consegue alcançar resultados satisfatórios junto a seus alunos e tendo dificuldades de, por si só, repensar satisfatoriamente seu fazer pedagógico procura novos elementos - muitas vezes, meras receitas de como ensinar determinados conteúdos - que, acredita, possam melhorar este quadro. Uma evidência disso é, positivamente, a participação cada vez mais crescente de professores nos encontros, conferências ou cursos. São nestes eventos que percebemos o grande interesse dos professores pelos materiais didáticos e pelos jogos. As atividades programadas que discutem questões relativas a esse tema são as mais procuradas. As salas ficam repletas e os professores ficam maravilhados diante de um novo material ou de um jogo desconhecido. Parecem encontrar nos materiais a solução - a fórmula mágica- para os problemas que enfrentam no dia-a-dia da sala de aula. O professor nem sempre tem clareza das razões fundamentais pelas quais os materiais ou jogos são importantes para o ensino-aprendizagem da matemática e, normalmente são necessários, e em que momento devem ser usados. Geralmente costuma-se justificar a importÂncia desses elementos apenas pelo caráter "motivador" ou pelo fato de se ter "ouvido falar" que o ensino da matemática tem de partir do concreto ou, ainda, porque através deles as aulas ficam mais alegres e os alunos passam a gostar da matemática. Entretanto, será que podemos afirmar que o material concreto ou jogos pedagógicos são realmente indispensáveis para que ocorra uma efetiva aprendizagem da matemática? Pode parecer, a primeira vista, que todos concordem e respondam sim a pergunta. Mas isto não é verdade. Um exemplo de uma posição divergente é colocada por Carraher & Schilemann (1988), ao afirmarem, com base em suas pesquisas, que "não precisamos de objetos na sala de aula, mas de objetivos na sala de aula, mas de situações em que a resolução de um problema implique a utilização dos princípios lógico-matemáticos a serem ensinados" (p. 179). Isto porque o material "apesar MATEMÁTICA Central de Atendimento: (91) 3278-5713 / 8163-1764 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 130 de ser formado por objetivos, pode ser considerado como um conjunto de objetos 'abstratos' porque esses objetos existem apenas na escola, para a finalidade de ensino, e não tem qualquer conexão com o mundo da criança" (p. 180). Ou seja, para estes pesquisadores, o concreto para a criançanão significa necessariamente os materiais manipulativos, mas as situações que a criança tem que enfrentar socialmente. As colocações de Carraher & Schilemann nos servem de alerta: não podemos responder sim aquelas questões sem antes fazer uma reflexão mais profunda sobre o assunto. Com efeito, sabemos que existem diferentes propostas de trabalho que possuem materiais com características muito próprias, e que os utilizam também de forma distinta e em momentos diferentes no processo ensino- aprendizagem. Qual seria a razão para a existência desta diversidade? Na verdade, por trás de cada material, se esconde uma visão de educação, de matemática, do homem e de mundo; ou seja, existe, subjacente ao material, uma proposta pedagógica que o justifica. O avanço das discussões sobre o papel e a natureza da educação e o desenvolvimento da psicologia, ocorrida no seio das transformações sociais e políticas contribuíram historicamente para as teorias pedagógicas que justificam o uso na sala de aula de materiais "concretos" ou jogos fossem, ao longo dos anos, sofrendo modificações e tomando feições diversas. Até o séc. XVI, por exemplo, acreditava-se que a capacidade de assimilação da criança era idêntica ã do adulto, apenas menos desenvolvida. A criança era considerada um adulto em miniatura. Por esta razão, o ensino deveria acontecer de forma a corrigir as deficiências ou defeitos da criança. Isto era feito através da transmissão do conhecimento. A aprendizagem do aluno era considerada passiva, consistindo basicamente em memorização de regras, formulas, procedimentos ou verdades localmente organizadas. Para o professor desta escola - cujo o papel era o de transmissor e expositor de um conteúdo pronto e acabado - o uso de materiais ou objetos era considerado pura perda de tempo, uma atividade que perturbava o silêncio ou a disciplina da classe. Os poucos que os aceitavam e utilizavam o faziam de maneira puramente demonstrativa, servindo apenas de auxiliar a exposição, a visualização e memorização do aluno. Exemplos disso são: o flanelógrafo, as réplicas grandes em madeira de figuras geométricas, desenhos ou cartazes fixados nas paredes... Em síntese, estas constituem as bases do chamado "Ensino Tradicional" que existe até hoje em muitas de nossas escolas. Já no séc. XVII, este tipo de ensino era questionado. Comenius (1592-1671) considerado o pai da Didática, dizia em sua obra "Didática Magna" (1657) que "...ao invés de livros mortos, por que não podemos abrir o livro vivo da natureza? Devemos apresentar a juventude as próprias coisas, ao invés das suas sombras" (Ponce, p.127). No séc. XVIII, Rousseau (1727 - 1778), ao considerar a Educação como um processo natural do desenvolvimento da criança, ao valorizar o jogo, o trabalho manual, a experiência direta das coisas, seria o percursor de uma nova concepção de escola. Uma escola que passa a valorizar os aspectos biológicos e psicológicos do aluno em desenvolvimento: o sentimento, o interesse, a espontaneidade, a criatividade e o processo de aprendizagem, as vezes priorizando estes aspectos em detrimento da aprendizagem dos conteúdos. Ë no bojo dessa nova concepção de educação e de homem que surgem, primeiramente, as propostas de Pestalozzi (1746 - 1827) e de seu seguidor Froebel (1782 - 1852). Estes foram os pioneiros na configuração da "escola ativa". Pestalozzi acreditava que uma educação seria verdadeiramente educativa se proviesse da atividade dos jovens. Fundou um internato onde o currículo adotado dava ênfase à atividades dos alunos como canto, desenho, modelagem, jogos, excursões ao ar livre, manipulação de objetos onde as descrições deveriam preceder as definições; o conceito nascendo da experiência direta e das operações sobre as coisas [ 4, pp. 17 - 18]. Posteriormente, Montessori (1870 - 1952) e Decroly (1871 - 1932), inspirados em Pestalozzi iriam desenvolver uma didática especial (ativa) para a matemática. A médica e educadora italiana, Maria Montessori, após experiências com crianças excepcionais, desenvolveria, no início deste século, vários materiais manipulativos destinados a aprendizagem da matemática. Estes materiais, com forte apelo a "percepção visual e tátil", foram posteriormente estendidos para o ensino de classes normais. Acreditava não haver aprendizado sem ação: "Nada deve ser dado a criança, no campo da matemática, sem primeiro apresentar-se a ela uma situação concreta que a leve a agir, a pensar, a experimentar, a descobrir, e daí, a mergulhar na abstração" (Azevedo, p. 27) Entre seus materiais mais conhecidos destacamos: "material dourado", os "triÂngulos construtores" e os "cubos para composição e decomposição de binômios, trinômios". Decroly, no entanto, não põe nada na mão da criança materiais para que ela construa mas sugere MATEMÁTICA Central de Atendimento: (91) 3278-5713 / 8163-1764 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 131 como ponto de partida fenômenos naturais (como o crescimento de uma planta ou a quantidade de chuva recolhida num determinado tempo, para por exemplo, introduzir medições e contagem). Ou seja, parte da observação global do fenômeno para, por análise, decompô-lo. Castelnuovo (1970) denomina o método Decroly de "ativo - analítico" enquanto que o de Montessori de "ativo - sintético" (sintético porque construtivo). Em ambos os métodos falta, segundo Castelnuovo, uma "certa coisa" que conduz a criança à indução própria do matemático. é com base na teoria piageteana que aponta para outra direção: A idéia fundamental da ação é que ela seja reflexiva..."que o interesse da criança não seja atraído pelo objeto material em si ou pelo ente matemático, senão pelas operações sobre o objeto e seus entes. Operações que, naturalmente, serão primeiro de caráter manipulativo para depois interiorizar-se e posteriormente passar do concreto ao abstrato. Recorrer a ação, diz Piaget, não conduz de todo a um simples empirismo, ao contrário, prepara a dedução formal ulterior, desde que tenha presente que a ação, bem conduzida, pode ser operatória, e que a formalização mais adiantada o é também" [4, pp. 23-28]. Assim interpreta Castelnuovo, o 'concreto' deve ter uma dupla finalidade : "exercitar as faculdades sintéticas e analíticas da criança" ; sintética no sentido de permitir ao aluno construir o conceito a partir do concreto; analítica por que, nesse processo, a criança deve discernir no objeto aqueles elementos que constituem a globalização. Para isso o objeto tem de ser móvel, que possa sofrer uma transformação para que a criança possa identificar a operação - que é subjacente [4, pp. 82 - 91] Resumindo, Castelnuovo defende que "o material deverá ser artificial e também ser transformável por continuidade" (p. 92). Isto porque recorrermos aos fenômenos naturais, como sugere Decroly, nele há sempre continuidade, porém, são limitados pela própria natureza e não nos levam a extrapolar, isto é, a idealizar o fenômeno por outro lado, podem conduzir ã idéia de infinito, porem lhes faltam o caráter de continuidade e do movimento (p. 92). Para contrapor ao que acabamos de ver, gostaríamos de dizer algumas palavras sobre outra corrente psicológica: o behaviorismo, que também apresenta sua concepção de material, e principalmente, de jogo pedagógico. Segundo Skinner (1904), a aprendizagem é uma mudança de comportamento (desenvolvimento de habilidades ou mudanças de atitudes) que decorre como resposta a estímulos esternos, controlados por meio de reforços. A matemática, nesta perspectiva, é vista, muitas vezes, como um conjunto de técnicas, regras, fórmulas e algoritmos que os alunos tem de dominar para resolver os problemas que o mundotecnológico apresenta. Os Métodos de ensino enfatizam, além de técnicas de ensino como instrução programada (estudo através de fichas ou módulos instrucionais) o emprego de tecnologias modernas audiovisuais (retroprojetor, filmes, slides ...) ou mesmo computadores. Os jogos pedagógicos, nesta tendência, seriam mais valorizados que os materiais concretos. Eles podem vir no início de um novo conteúdo com a finalidade de despertar o interesse da criança ou no final com o intuito de fixar a aprendizagem e reforçar o desenvolvimento de atitudes e habilidades. Para Irene Albuquerque (1954) o jogo didático "..,serve para fixação ou treino da aprendizagem. é uma variedade de exercício que apresenta motivação em si mesma, pelo seu objetivo lúdico... Ao fim do jogo, a criança deve ter treinado algumas noções, tendo melhorado sua aprendizagem" (p. 33) Veja também a importÂncia dada ao jogo na 'formação educativa' do aluno "... através do jogo ele deve treinar honestidade, companheirismo, atitude de simpatia ao vencedor ou ao vencido, respeito as regras estabelecidas, disciplina consciente, acato às decisões do juiz..." (Idem, p. 34) Esta diversidade de concepções acerca dos materiais e jogos aponta para a necessidade de ampliar nossa reflexão. Queremos dizer que, antes de optar por um material ou um jogo, devemos refletir sobre a nossa proposta político-pedagógica; sobre o papel histórico da escola, sobre o tipo de aluno que queremos formar, sobre qual matemática acreditamos ser importante para esse aluno. O professor não pode subjugar sua metodologia de ensino a algum tipo de material porque ele é atraente ou lúdico. Nenhum material é válido por si só. Os materiais e seu emprego sempre devem, estar em segundo plano. A simples introdução de jogos ou atividades no ensino da matemática não garante uma melhor aprendizagem desta disciplina. Ë freqüente vermos em alguns professores uma mistificação dos jogos ou materiais concretos. Até mesmo na Revista "Nova Escola" esta mistificação, pode ser percebida como mostra o seguinte fragmento: "Antes a matemática era o terror dos alunos. Hoje ... as crianças adoram porque se divertem brincando, ao mesmo tempo que aprendem sem decoreba e sem traumas..." Mariana Manzela (8 anos) confirma isto : "é a matéria que eu mais gosto porque tem muitos jogos" [ No.39, p. 16]. MATEMÁTICA Central de Atendimento: (91) 3278-5713 / 8163-1764 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 132 Ora, que outra função tem o ensino de matemática senão o ensino da matemática? Ë para cumprir esta tarefa fundamental que lançamos mão de todos os recursos que dispomos. Ao aluno deve ser dado o direito de aprender. Não um 'aprender' mecÂnico, repetitivo, de fazer sem saber o que faz e por que faz. Muito menos um 'aprender' que se esvazia em brincadeiras. Mas um aprender significativo do qual o aluno participe raciocinando, compreendendo, reelaborando o saber historicamente produzido e superando, assim, sua visão ingênua, fragmentada e parcial da realidade. O material ou o jogo pode ser fundamental para que isto ocorra. Neste sentido, o material mais adequado, nem sempre, será o visualmente mais bonito e nem o já construído. Muitas vezes, durante a construção de um material o aluno tem a oportunidade de aprender matemática de forma mais efetiva. Em outro momentos, o mais importante não será o material, mas sim, a discussão e resolução de uma situação problema ligada ao contexto do aluno, ou ainda, à discussão e utilização de um raciocínio mais abstrato. SOFTWARES EDUCACIONAIS Uma Pletora de Poliedros geometria espacial, poliedros, a fórmula de Euler, dualidade, seções planas, planificação, truncamento e estrelamento, JavaView. Nível: ensino médio. Projeções em Perspectiva geometria espacial, projeções em perspectiva, objetos impossíveis, JavaView. Nível: ensino médio. Projeções Ortogonais geometria espacial, projeções ortogonais, curvas no espaço, nós, poliedros equiprojetivos, JavaView. Nível: ensino médio. Trip-Lets geometria espacial, projeções ortogonais, permutações, vocabulário, JavaView. Nível: ensino médio. Os Sólidos Platônicos geometria espacial, sólidos platônicos, JavaView. Nível: ensino médio. Mysterium Cosmographicum geometria espacial, sólidos platônicos, esferas inscritas e circunscritas, modelo de Kepler para o universo, JavaView. Nível: ensino médio. Jogo da Tomografia geometria espacial, poliedros, corpos redondos, toro, superfícies poliédricas, seções planas, JavaView. Nível: ensino médio. Superfícies e Sólidos de Revolução geometria espacial, superfícies e sólidos de revolução, simetria, volumes, método da exaustão, funções, funções definidas por partes, JavaView. Nível: ensino médio. Jogo da Classificação dos Triângulos geometria do triângulo, coordenadas no plano, geometria analítica, geometria discreta, GeoGebra. Nível: ensino médio. MATEMÁTICA Central de Atendimento: (91) 3278-5713 / 8163-1764 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 133 Jogo da Classificação dos Quadriláteros geometria dos quadriláteros, coordenadas no plano, geometria analítica, geometria discreta, lógica matemática, GeoGebra. Nível: ensino médio. O Número de Ouro o número de ouro, razão áurea, razão e proporção, sequência de Fibonacci, matemática e artes, matemática e biologia, GeoGebra. Nível: ensino médio. Pavimentação com Polígonos Regulares polígonos regulares, ângulos internos, ângulos centrais, círculo circunscrito, círculo inscrito, pavimentação, mosaicos, contagem, sistemática, GeoGebra. Nível: ensino médio. Demonstrações Sem Palavras geometria, álgebra, visualização, argumentação, GeoGebra. Nível: ensino médio. Anatomia de Uma Função Quadrática função quadrática, raízes, parábola, foco, diretriz, vértice, forma padrão, GeoGebra. Nível: ensino médio. Nível: ensino médio. A Expansão Decimal de Um Número reta numérica, expansão decimal, frações irredutíveis, dízimas periódicas, GeoGebra. Nível: ensino médio. Como b depende de a? funções reais, relação entre álgebra e geometria, reta numérica, GeoGebra. Nível: ensino médio. Funções Trigonométricas função de Euler, medidas de ângulos, funções trigonométricas, GeoGebra. Nível: ensino médio. Epiciclos e Interpolação Trigonométrica funções trigonométricas, movimentos circulares, epiciclos, astronomia, interpolação, DFT, séries de Fourier, números racionais e irracionais, GeoGebra. Nível: ensino médio. Matrizes e Imgens Digitais matrizes, operações com índices, simetrias. Nível: ensino médio. Estatística das Letras, Palavras e Períodos distribuições de frequências, variáveis qualitativas, variáveis quantitativas, histogramas, média, mediana, moda, variância, desvio padrão, mineração de textos, linguística computacional. Nível: ensino médio. Rodas da Fortuna simulação, distribuições de frequências, histogramas, probabilidade, método de Monte Carlo, números aleatórios, números pseudoaleatórios, congruência de números inteiros, a agulha de Buffon. Nível: ensino médio. Projeto Ótimo funções reais, modelagem, problemas de otimização. Nível: ensino médio. O Triângulo de Pascal coeficientes binomiais, triângulo de Pascal, triângulo de Sierpinski. Nível: ensino médio. Distribuições de Frequências e Seus Gráfico distribuições de frequências,variáveis qualitativas, variáveis quantitativas discretas e contínuas, histogramas. Nível: ensino médio. Pesquisas Estatísticas no Dia a Dia pesquisas estatísticas, pesquisas por amostragem, censos. Nível: ensino médio. Medidas de Posição média, mediana, moda, assimetria, valores atípicos. Nível: ensino médio. Medidas de Dispersão desvio médio absoluto, variância, desvio padrão, coeficiente de variação. Nível: ensino médio. Probabilidade: Dois Dados experimento aleatório, eventos equiprováveis, operações com eventos, probabilidade. Nível: ensino médio. Probabilidade: Eventos Equiprováveis experimento aleatório, eventos equiprováveis, operações com eventos, probabilidade. Nível: ensino médio. MATEMÁTICA Central de Atendimento: (91) 3278-5713 / 8163-1764 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 134 Taxas e Índices combinação, permutação, jogo de dados. Nível: ensino médio. Razão e Porcentagem razão, porcentagem, frações equivalentes, taxas, índices. Nível: ensino médio. Matemática Financeira: Juros juros copostos, taxas, índices. Nível: ensino médio. Matemática Financeira: Aplicações juro composto, rendimento da poupança, inflação. Nível: ensino médio. Gráficos e Suas Escalas histograma, gráficos de colunas e de linhas, escalas. Nível: ensino médio. Probabilidade: diagramas de árvore teorema da probabildidade total, probabilidade condicional, diagrama de árvore. Nível: ensino médio. Conhecendo o Boxplot quartis, resumo dos cinco números, boxplot. Nível: ensino médio. Construindo Boxplots quartis, resumo dos cinco números, boxplot. Nível: ensino médio. Probabilidade: Lançamento de Dados quartis, resumo dos cinco números, boxplot. Nível: ensino médio. Faça Sua Pesquisa pesquisa estatística; levantamento de dados. Nível: ensino médio. A Geometria das Médias médias aritmética, geométrica, harmônica, quadrática. Nível: ensino médio. Tangrans Pitagóricos áreas e semelhanças de figuras, Teorema de Pitágoras, polígonos quaisquer, semicírculos. Nível: ensino médio. Jogos Artísticos Geométricos regularidade, congruência e posicionamento de figuras planas, polígonos equivalentes. Nível: ensino médio. Variação da Função Afim função afim, variação, sequências, polinômios, progressão aritmética, GeoGebra. Nível: ensino médio. Variação da Função Quadrática função quadrática, variação, sequências, polinômios, progressão aritmética, GeoGebra. Nível: ensino médio. Variação da Função Exponencial função exponencial, variação, sequências, progressão geométrica, GeoGebra. Nível: ensino médio. EXPERIMENTOS EDUCACIONAIS A Pipa Tetraédrica de Alexander Graham Bell contagem, razão e proporção, semelhanças de figuras geométricas espaciais, áreas e volumes, princípio da similitude. Nível: ensino médio. Tangrans Pitagóricos Concretos e Virtuais áreas e semelhanças de figuras, Teorema de Pitágoras, polígonos quaisquer, semicírculos. Nível: ensino médio. Tangrans Geométricos Especiais Concretos e Virtuais regularidades, semelhanças, figuras equivalentes. Nível: ensino médio. Jogos Artísticos Geométricos Concretos e Virtuais regularidade, congruência e posicionamento de figuras planas, polígonos equivalentes. Nível: ensino médio. MATEMÁTICA Central de Atendimento: (91) 3278-5713 / 8163-1764 ou pelo site: www.apostilasautodidata.com.br Página 135 Polígonos Equivalentes Modelando regularidade, congruência e posicionamento de figuras planas, áreas e polígonos equivalentes. Nível: ensino médio. Cônicas lugares geométricos muito especiais, curvas envolventes, parábolas, elipses, hipérboles. Nível: ensino médio. Cônicas como Curvas Luminosas superfícies de revolução, seções planas do cone e do cilindro, cônicas. Nível: ensino médio. Sólidos e Superfícies de Revolução congruências, semelhanças; sólidos e superfícies de revolução, volumes. Poliedros de Platão e Seus Duais poliedros de Platão, poliedros duais, cálculo e planificações de arestas. Nível: ensino médio. Função Simetria Axial Plana involução, simetria axial, interações com a biologia e física. Nível: ensino médio. Elementos Básicos de Trigonometria razões trigonométricas, teodolitos, aplicações. Nível: ensino médio. Visualizando e Modelando Poliedros de Mesmo Volume arestas de poliedros, móbiles, volumes de poliedros, desenho. Nível: ensino médio. ATIVIDADES DE ÁUDIO Matemática e Natureza sequência de Fibonacci, filotaxia, espiral logarítmica, princípio da similitude, proporções, volumes, áreas, máximos e mínimos, modelagem, operações, psicologia, biologia matemática. Nível: ensino médio. Grandes Temas e Problemas da Matemática caos, sistemas dinâmicos, iterações de funções, combinatória, teoria dos grafos, teoria dos números. Nível: ensino médio. Curiosidades Matemáticas Gauss, progressões aritméticas, progressões geométricas, números primos, criptografia, sequências, infinito. Nível: ensino médio.