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1 SEG – SM/RS TECNOLOGIA EM SEGURANÇA E MEDICINA DO TRABALHO H.M.T. II Seminário Agente Químico Vapor TST02P Porto Alegre, 09 de março de 2015 2 Índice Conteúdo 1. Entenda o Formaldeído ......................................................................................................... 3 1.1 Sua concentração nos alisantes ......................................................................................... 3 1.2 Limite de Tolerância ...................................................................................................... 3 2. Condições do ambiente:.................................................................................................... 5 3. Doenças Ocupacionais .......................................................................................................... 5 3.1 Câncer de pulmão: ............................................................................................................. 5 3.2 Diagnóstico: ........................................................................................................................ 5 3.3 Exames: ............................................................................................................................... 5 3.4 Sintomas: ............................................................................................................................. 6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................................................. 7 ANEXO I ..................................................................................................................................... 8 3 1. Entenda o Formaldeído No Brasil, é utilizado como conservante, desinfetante, antisséptico, para embalsamar peças de cadáveres, na confecção de seda artificial, celulose, tintas, corantes, soluções de ureia, resinas, vidros, espelhos e explosivos. O formol também pode ser utilizado para dar firmeza aos tecidos, na confecção de germicidas, fungicidas agrícolas, na confecção de borracha sintética e na coagulação da borracha natural. É empregado no endurecimento de gelatinas, albuminas e caseínas. Também é usado na fabricação de drogas e pesticidas. (Resolução 162 de 2001 da ANVISA). 1.1 Sua concentração nos alisantes Os profissionais cabeleireiros estão cronicamente expostos a um grande número de produtos químicos, como o formaldeído, presente em grande parte dos produtos utilizados para o processo de alisamento capilar. O seu uso como matéria-prima de conservantes de cosméticos é liberada com o limite máximo de 0,2% e como endurecedor de unhas com o limite de 5%. No entanto, para atuar como alisante, a sua concentração aumenta para 37%; uma concentração realmente muito elevada, já que em contato com o calor do secador, este aldeído libera vapores com odor penetrante e irritante. A gravidade e extensão da resposta fisiológica ao formaldeído inalado dependem da sua concentração no ar inspirado e da susceptibilidade do indivíduo. 1.2 Limite de Tolerância NR 15 - ATIVIDADES E OPERAÇÕES INSALUBRES ANEXO N.º 11 AGENTES QUÍMICOS CUJA INSALUBRIDADE É CARACTERIZADA POR LIMITE DE TOLERÂNCIA E INSPEÇÃO NO LOCAL DE TRABALHO 1. Nas atividades ou operações nas quais os trabalhadores ficam expostos a agentes químicos, a caracterização de insalubridade ocorrerá quando forem ultrapassados os limites de tolerância constantes do Quadro n.o 1 deste Anexo. 2. Todos os valores fixados no Quadro n.o 1 - Tabela de Limites de Tolerância são válidos para absorção apenas por via respiratória. 4 3. Todos os valores fixados no Quadro n.o 1 como "Asfixiantes Simples" determinam que nos ambientes de trabalho, em presença destas substâncias, a concentração mínima de oxigênio deverá ser 18 (dezoito) por cento em volume. As situações nas quais a concentração de oxigênio estiver abaixo deste valor serão consideradas de risco grave e iminente. 4. Na coluna "VALOR TETO" estão assinalados os agentes químicos cujos limites de tolerância não podem ser ultrapassados em momento algum da jornada de trabalho. 5. Na coluna "ABSORÇÃO TAMBÉM PELA PELE" estão assinalados os agentes químicos que podem ser absorvidos, por via cutânea, e portanto exigindo na sua manipulação o uso da luvas adequadas, além do EPI necessário à proteção de outras partes do corpo. 6. A avaliação das concentrações dos agentes químicos através de métodos de amostragem instantânea, de leitura direta ou não, deverá ser feita pelo menos em 10 (dez) amostragens, para cada ponto - ao nível respiratório do trabalhador. Entre cada uma das amostragens deverá haver um intervalo de, no mínimo, 20 (vinte) minutos. 7. Cada uma das concentrações obtidas nas referidas amostragens não deverá ultrapassar os valores obtidos na equação que segue, sob pena de ser considerada situação de risco grave e iminente. Valor máximo = L.T. x F. D. Onde: L.T. = limite de tolerância para o agente químico, segundo o Quadro n.º 1. F.D. = fator de desvio, segundo definido no Quadro n.º 2. Q QUADRO N.º 1 TABELA DE LIMITES DE TOLERÂNCIA Agente Químico Valor Teto Absorção pela pele Até 48 horas/semana Grau de Insalubridade a ser considerado no caso de sua caracterização Ppm Mg/m³ Formaldeído (formol) + 1,6 2,3 Máximo 5 2. Condições do ambiente: Calor; Falta de exaustão Vapores; Umidade; Falta de ergonomia; Risco de acidente; 3. Doenças Ocupacionais 3.1 Câncer de pulmão: Devido a exposição do cabeleireiro ao formaldeído presentes nos alisantes de cabelo, que por sua vez liberam vapores irritantes quando em contato com o calor dos secadores e chapinha (conf. Anexo I). 3.2 Diagnóstico: Dificilmente o câncer de pulmão é diagnosticado em fase inicial, justamente pela ausência de sintomas. Dessa forma, o câncer de pulmão geralmente é diagnosticado em estágio avançado ou alocado em outros lugares. Quanto ao diagnóstico precoce, exames de imagem periódicos podem auxiliar na detecção da doença no momento em que ainda pode ser possível tratamento com intenção curativa. A radiografia simples do tórax pode auxiliar na avaliação inicial. Qualquer suspeita de anormalidade no exame de raios-x levará à necessidade de se fazer uma tomografia computadorizada do tórax. 3.3 Exames: Há diversos exames importantes a serem avaliados para o câncer de pulmão, tanto no momento do diagnóstico quanto no acompanhamento, os principais são: Broncoscopia; Cintilografia óssea; Tomografia computadorizada do tórax; Radiografia torácica; Estudos citológicos de fluido pleural ou saliva; Biópsia pulmonar com agulha; Biópsia pulmonar cirúrgica; 6 3.4 Sintomas: Couro cabeludo, rosto e dorso: irritação na pele, vermelhidão, dor e queimaduras. Olhos: irritação, vermelhidão, lacrimação, visão embasada, lesão irreversível nas córneas. Vias respiratórias: dor de garganta, irritação do nariz, tosse, diminuição da frequência respiratória, edema pulmonar e pneumonia. Em altas concentrações, por períodos prolongados de tempo, poide causar câncer de pulmão. Boca: ardência, irritação da mucosa. 7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS https://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/28100/000767484.pdf?se quence=1 http://www.minhavida.com.br/saude/temas/cancer-de-pulmao http://www.brasilescola.com/quimica/escova-progressiva-com-uso-formol.htm http://pt.slideshare.net/JERIQUINHA/26881399- manualdoencasprofissionaiscabeleireiro http://portal.mte.gov.br/data/files/8A7C812D3F9B201201407CE4F9BC105D/A nexo%20n.%C2%BA%2011_%20Agentes%20Qu%C3%ADmicos%20- %20Toler%C3%A2ncia.pdf 8 ANEXO I Demonstração de Processo de Alisamento