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eTec | Brasil MATEMÁTICA Elizabete Alves de Freitas C U R S O T É C N I C O E M S E G U R A N Ç A D O T R A B A L H O 01 Elizabete Alves de Freitas C U R S O T É C N I C O E M S E G U R A N Ç A D O T R A B A L H O Razão, proporção e grandezas proporcionais MATEMÁTICA Coordenadora da Produção dos Materias Marta Maria Castanho Almeida Pernambuco Coordenador de Edição Ary Sergio Braga Olinisky Coordenadora de Revisão Giovana Paiva de Oliveira Design Gráfico Ivana Lima Diagramação Ivana Lima José Antônio Bezerra Júnior Mariana Araújo de Brito Vitor Gomes Pimentel Arte e ilustração Adauto Harley Carolina Costa Heinkel Huguenin Revisão Tipográfica Adriana Rodrigues Gomes Design Instrucional Janio Gustavo Barbosa Luciane Almeida Mascarenhas de Andrade Jeremias Alves A. Silva Margareth Pereira Dias Revisão de Linguagem Maria Aparecida da S. Fernandes Trindade Revisão das Normas da ABNT Verônica Pinheiro da Silva Adaptação para o Módulo Matemático Joacy Guilherme de Almeida Ferreira Filho Revisão Técnica Rosilene Alves de Paiva equipe sedis | universidade do rio grande do norte – ufrn Projeto Gráfico Secretaria de Educação a Distância – SEDIS Governo Federal Ministério da Educação Você ve rá por aqu i... 1 Matemática A01 Olá! Estamos iniciando os nossos estudos em Matemática. Em nosso material impresso, você verá alguns tópicos que lhe darão uma visão panorâmica de várias partes da Matemática, como a Geometria, a Álgebra e a Matemática Financeira, envolvidas em situações comuns da Segurança do Trabalho. Esse conteúdo será apresentado em 12 aulas. Em nossa primeira aula, vamos abordar os conceitos de razão, proporção e de grandezas proporcionais que aqui se apresentam traduzidos na linguagem matemática para que possamos ampliá-los (inclusive estudando suas propriedades) e utilizá-los na resolução de algumas situações escritas nessa linguagem. Os conceitos de razão e proporção são utilizados em vários aspectos de nosso cotidiano. Os exemplos aqui desenvolvidos abordarão alguns desses aspectos, porém você poderá enriquecer o seu estudo, pesquisando sobre outras situações, quer sejam na Matemática, quer sejam em outras áreas nas quais esses conhecimentos podem ser aplicados, a exemplo de áreas profissionais como a de Construção Civil. O estudo das grandezas proporcionais é utilizado quando observamos duas grandezas relacionadas entre si, de modo que, quando uma sofre alguma alteração a outra também varia. De acordo com a lei que define a relação entre essas duas grandezas é que podemos descrevê-las como grandezas diretamente proporcionais ou grandezas inversamente proporcionais. Na aula 2, você estudará sobre regra de três simples e regra de três composta. Nas aulas 3 e 4, as diversas unidades de medidas. Já na aula 5, você terá a oportunidade de estudar sobre o cálculo de áreas de algumas figuras geométricas e, na aula 6, sobre cálculo de volume de alguns sólidos geométricos. Nas aulas 6 e 7, você verá alguns tópicos de Matemática Financeira, como fazer conversões monetárias, o cálculo de porcentagens, lucro ou prejuízo, acréscimos e descontos sucessivos, como também o cálculo de juros simples e juros compostos. E nas aulas 11 e 12, estudará um pouco sobre funções. Para exercitar o seu raciocínio, disponibilizamos algumas atividades, ao longo do conteúdo, que servem para você aplicar imediatamente o conhecimento adquirido em cada bloco do assunto estudado. Também disponibilizamos para você uma série de exercícios ao final de todo o conteúdo, envolvendo questões de todo o estudo realizado até aqui, em um só bloco. Se, após resolver todas essas questões, você perceber que há necessidade de rever alguns dos itens estudados, refaça os exercícios nos quais sentiu mais dificuldade e, se for o caso, entre em contato com o tutor em seu pólo de apoio presencial. Ele lhe encaminhará para o atendimento pelo tutor a distância ou pelo professor da disciplina. � Matemática A01 Objetivo Entender o que é razão e proporção, aprendendo a identificar seus elementos. Saber estimar um valor desconhecido de uma proporção, utilizando- se adequadamente de uma ou mais propriedades das proporções. Entender de que maneira são conceituadas grandezas em diretamente proporcionais ou inversamente proporcionais. Aplicar as propriedades das grandezas proporcionais (sejam direta ou inversamente proporcionais) para a resolução de problemas. É uma questão de proporção? Quando observamos uma imagem e dizemos que uma de suas partes é muito pequena em relação às outras, estamos dizendo que suas medidas não são proporcionais. Observe a desproporcionalidade entre as partes do corpo no quadro Abaporu, de Tarsila do Amaral, apresentada na Figura 1. Essa desproporcionalidade (intencional ou não) é percebida quando, instintivamente, comparamos as medidas dessa imagem com as de outra que tomamos como padrão ou, ainda, quando comparamos as medidas de uma das partes com as de outras partes dessa mesma imagem. Na maioria dos desenhos de corpo humano, quando proporcionais, pode ser observado que a altura de um corpo adulto é, aproximadamente, sete vezes a altura da cabeça. Já em desenhos de corpos de crianças, a relação entre essas medidas pode variar. A altura total pode ser a de cinco cabeças ou menos, como vemos em alguns desenhos como o “Dexter” e “As Meninas Superpoderosas”, em que observamos que a altura total do corpo corresponde, aproximadamente, à altura de duas cabeças, em cada personagem. Figura 1 – Abaporu, de Tarsila do Amaral Fo nt e: < ht tp :/ /w w w .c ap iv ar i.s p. go v. br /i m ag es /c ul tu ra /o br as _t ar si la /a ba po ru .jp g> . A ce ss o em : 2 0 ju n. 2 0 0 8 . � Matemática A01 Conhecendo razão e proporção Com as informações apresentadas no texto anterior, observarmos que, no desenho proporcional de um corpo humano, podemos estabelecer uma comparação entre as alturas da cabeça e do corpo. Razão Razão entre dois números Nesse caso, para um corpo humano adulto, temos que a razão entre a altura da cabeça e a altura total do corpo é de 1 para 7, que será escrita como 1 7 ou 1:7 De uma forma geral, podemos dizer que A razão do número a para o número b (diferente de zero) é o quociente de a por b. A razão entre a e b, escrita através de notação matemática, é a b ou a :b, onde b = 0. A leitura dessa razão entre a e b é: ‘a para b’ ou ‘a está para b’. Os números a e b são os termos da razão, na qual a é o antecedente, e b o conseqüente (sendo b ≠ 0). Na razão 1 : 7, o antecedente é 1 e o conseqüente é 7. 1 7 → antecedente → conseqüente Legal! Uma razão também pode ser simplificada. Olhe os exemplos 2 e 3. � Matemática A01 Vejamos alguns exemplos: Exemplo 1 A razão de 2 para 5 é 2 5 ou 2:5. Exemplo � A razão de 4 para 20 é 4 20 = 4÷ 4 20÷ 4 = 1 5 ou 1:5. Exemplo � A razão de 12 para 4 é 12 4 = 12÷ 4 4÷ 4 = 3 1 = 3 . Exemplo � A razão entre 1 2 e 9 é 1 2 9 = 1 2 · 1 9 = 1 18 ou 1:18. Exemplo 5 A razão entre 5 e 2 1 3 é 5 2 1 3 = 5 7 3 = 5 · 3 7 = 5 1 · 3 7 = 15 7 ou 15:7. 5 Matemática A01 Razão entre duas grandezas A razão entre duas grandezas, dadas em certa ordem, é razão entre a medida da primeira grandeza e a medida da segunda (sendo esta última diferente de zero). Se as grandezas que formam a razão são de uma mesma espécie, devemos apresentá-las em uma mesma unidade. Nesse caso, a razão é um número que não apresenta unidade de medida. Observe os exemplos: Exemplo 6 A razão entre 12 m e 15 m é 12m 15m = 12÷ 3 15÷ 3 = 4 5 , ou seja, é 4 para 5. Exemplo 7 A razão entre 20 cm e 3 m é 20 cm 3m = 20 cm 300 cm = 20÷ 10 300÷ 10 = 2÷ 2 30÷ 2 = 1 15 , ou seja, é 1 para 15. Exemplo 8 A razão entre 15 minutos e 1 hora é 15min 1 h = 15min 60min = 15 60 = 15÷ 3 60÷ 3 = 5÷ 5 20÷ 5 = 1 4 , ou seja, é 1 para 4. Se as grandezas que formam uma razão não são de uma mesma espécie, a unidade dessa razão vai depender das unidades das grandezas do antecedente e do conseqüente. Que tal ver mais alguns exemplos? Exemplo 9 Um torno de madeira, em 5 minutos, produz 3 000 rotações. A razão entre o número de rotações e o tempo gasto para produzi-las é 3 000 rotacoes 5 min = 600 rotacoes/min. A velocidade média desse torno, nesse período, é de 600 rotações/min. Responda aqui Praticando... Escala é uma das razões entre grandezas de mesma natureza. Velocidade média é uma das razões entre grandezas de naturezas diferentes. 1 6 Matemática A01 Exemplo 10 O deslocamento diário de 140 quilômetros de casa para a fábrica onde trabalha, é percorrido por um operário em 2 horas. A razão entre a distância percorrida e o tempo gasto em percorrê-la é . 140 km 2 h = 140 2 km/h = 70 km/h. Podemos dizer que a velocidade média de seu meio de transporte nesse deslocamento é de 70 km/h. 1. Calcule a razão entre os números: a) 12 e 21 b) 15 e 105 c) 1,2 e 3 d) 3 e 18 5 2. Calcule a razão entre as seguintes grandezas: a) 30 km e 3 l de álcool b) 120 mm e 4 dm c) 12 g e 4 cm3 d) 4 200 g e 60 kg e) 25 d e 1 me 10 d 25 d = 25 dias 1 m = 1 mês 10 d = 10 dias LEGENDA 7 Matemática A01 Proporção Em duas filiais de uma mesma empresa, nos serviços de escritório, foi diagnosticada a seguinte situação: Filial Têm curso de informática completo Total de funcionários A 6 8 B 9 12 A razão entre os funcionários que apresentam curso completo de informática e o número total de funcionários do escritório de cada filial é: Filial A: 6 8 = 6÷ 2 8÷ 2 = 3 4 Filial B: 9 12 = 9÷ 3 12÷ 3 = 3 4 Quando simplificamos cada uma das razões, encontramos um mesmo número, logo podemos afirmar que 6 8 = 9 12 (ou 6 : 8 :: 9 : 12) . A leitura de cada uma dessas expressões é a mesma: “6 está para 8 assim como 9 está para 12”. ∈ pertence ℜ* conjunto dos números reais diferentes de zero Assim: a, b, c e d são números reais diferentes de zero. ∈ ℜ * Praticando... � 8 Matemática A01 Assim, dados os números 6, 8, 9 e 12, nesta ordem, podemos afirmar que a razão entre os dois primeiros é igual à razão entre os dois últimos. A igualdade entre duas razões recebe um nome especial. Dizemos que, nessa mesma ordem, os números 6, 8, 9 e 12 formam uma proporção. De uma forma geral, dados quatro números reais e diferentes de zero (a, b, c e d), em certa ordem, se a razão entre os dois primeiros for igual à razão entre os dois últimos, ou seja, se a b = c d , dizemos que os números a, b, c e d, nesta ordem, formam uma proporção. Termos de uma proporção Se a, b, c e d ∈ ℜ * e a b = c d , dizemos que: a, b, c e d são os termos da proporção; a e c são os antecedentes; b e d são os conseqüentes; a e d são os extremos da proporção; b e c são os meios da proporção. 1. Indique o antecedente e o conseqüente em cada uma das razões a seguir: a) 12 para 7 b) 3:20 c) 5 1 3 : 12 5 d) 18 25 2. Destaque os extremos com e os meios com em cada proporção a seguir: a) 10 27 = 30 81 b) 1 8 = 15 120 c) 3 11 = 15 55 9 Matemática A01 Propriedade fundamental das proporções Para verificar essa propriedade, devemos realizar algumas operações. Na proporção a b = c d , podemos multiplicar os dois lados da igualdade pelo produto dos conseqüentes das razões que a formam (b · d ou bd). Assim: a b · bd = c d · bd. Simplificando, temos: a · d = c · b ou a · d = b · c. Diante desse resultado, podemos afirmar o seguinte: Em uma proporção, o produto dos meios é igual ao produto dos extremos. Aplicando a propriedade fundamental, podemos verificar se duas razões formam uma proporção ou não. É o que faremos nos exemplos a seguir. Exemplo 11 A expressão 2 7 = 18 63 é uma proporção? O produto dos extremos é: 2 . 63 = 126 . O produto dos meios é: 7 . 18 = 126. Podemos observar que 2 . 63 = 7 . 18 Resposta: A expressão 2 7 = 18 63 é uma proporção. 10 Matemática A01 Exemplo 1� A expressão 2 3 = 18 24 é uma proporção? O produto dos extremos é: 2 . 24 = 48. O produto dos meios é: 3 . 18 = 54. Observe que 2 . 24 ≠ 3 . 18, logo dizemos que 2 3 = 18 24 . Resposta: A expressão 2 3 = 18 24 não é uma proporção. Exemplo 1� Verifique se os números 11, 15, 22 e 30, não obrigatoriamente nessa ordem, formam uma proporção. Fazendo o produto entre o menor e o maior desses números, temos: 11 . 30 = 330 Fazendo o produto entre os outros dois números, temos: 15 . 22 = 330 Assim: 11 . 30 = 15 . 22. Comparando a igualdade anterior (11 . 30 = 15 . 22) e o que nos diz a propriedade fundamental das proporções (o produto dos extremos é igual ao produto dos meios), podemos considerar 11 e 30 como sendo os extremos e os outros dois números como os meios dessa proporção. Dessa forma, a proporção 11 15 = 15 30 é uma das proporções que podem ser formadas por esses números. Resposta: Uma das proporções que podemos formar com esses quatro números, nessa ordem, é 11 15 = 15 30 . Para descobrir se quatro números, em uma dada ordem, formam uma proporção, observe o que vem a seguir: 11 Matemática A01 Recíproca da propriedade fundamental das proporções Sejam a, b, c e d números reais e diferentes de zero, tais que o produto de dois deles seja igual ao produto dos outros dois, isto é: a · d = b · c. Dividindo cada membro da igualdade pelo produto b · d, temos que: ad bd = bc bd Após a simplificação, temos: a b = c d Assim transformamos a igualdade entre dois produtos em uma proporção, como você também verá no exemplo a seguir. Exemplo 1� Escreva a igualdade 3 . 35 = 7 . 15 em forma de proporção. Dividindo ambos os membros da igualdade 3 . 35 = 7 . 15 pelo produto 3 . 35 . 15, temos: 3 · 35 35 · 15 = 7 · 15 35 · 15 . Ao simplificarmos essa expressão, obtemos a proporção 3 15 = 7 35 . Cálculo de um termo desconhecido Em uma proporção, é sempre possível determinar o valor de um dos termos, sendo os outros três conhecidos. Basta aplicar a propriedade fundamental das proporções. Vejamos alguns exemplos: Exemplo 15 Quando aplicamos a propriedade fundamental na proporção 3 4 = 60 x , temos: 3x = 4 . 60 ⇒ 3x = 240 ⇒ x = 240 ÷ 3 ⇒ x = 80. 1� Matemática A01 Exemplo 16 Na proporção 2 x = 15 120 , quando aplicamos a propriedade fundamental das proporções, temos: 15x = 120 . 2 ⇒ 15x = 240 ⇒ x = 240 ÷ 15 ⇒ x = 16. Transformações Transformar uma proporção é escrevê-la com os mesmos termos em outra ordem, ou seja, é encontrar proporções equivalentes à proporção dada, mudando apenas a ordem dos termos. Considere a proporção 3 5 = 12 20 . Observe que a igualdade entre as razões se mantém quando: alternamos os extremos: 20 5 = 12 3 ⇒ 20 · 3 = 5 · 12 = 60; alternamos os meios: 3 12 = 5 20 ⇒ 3 · 20 = 12 · 5 = 60; invertemos os termos: 5 3 = 20 12 ⇒ 5 · 12 = 3 · 20; transpomos as razões: 12 20 = 3 5 ⇒ 12 · 5 = 20 · 3; Proporções Múltiplas Observe as razões 6 14 e 15 35 . Vemos, após a simplificação, que todas são iguais a 3 7 . Logo, podemos escrever 6 14 = 15 35 = 3 7 , que é uma proporção múltipla. 1� Matemática A01 Chamamos de proporção múltipla a toda proporção que envolve uma igualdade entre três razões ou mais. Uma proporção múltipla também pode ser chamada de série de razões iguais. De forma geral: a b = c d = . . . = m n (onde a, b, c,..., n ∈ ℜ*) é uma proporção múltipla. Propriedade fundamental das proporções múltiplas Seja a proporção a b = c d = . . . = m n . Considerando que cada uma dessas razões é igual a um mesmo número k. Esse valor k é chamado de coeficiente de proporcionalidade dessa proporção. Assim, temos: a b = k, c d = k, . . . m n = k Quando isolamos o valor de cada antecedente, encontramos: a = bk, c = dk, ..., m = nk Somando essas igualdades, membro a membro, temos: a+ c+ . . .+m = bk + dk + . . .+ nk a+ c+ . . .+m = k · (b+ d+ . . .+ n) Dividindo ambos os membros por (b +d + ... + n), temos: a+ c+ . . .+m b+ d+ . . .+ n = k, ou seja, a+ c+ . . .+m b+ d+ . . .+ n = a b = c d = . . . = m n = k 1� Matemática A01 Assim, em uma proporção múltipla, a soma dos antecedentes está para a soma dos conseqüentes assim como qualquer antecedente está para seu respectivo conseqüente. Observe o exemplo a seguir: Exemplo 17 1 5 = 3 15 = 5 25 = 6 30 ⇒ ⇒ 1 + 3 + 5 + 6 5 + 15 + 25 + 30 = 1 5 ou 3 15 ou 5 25 ou 6 30 . Observe que 1 5 é o coeficiente de proporcionalidade dessa proporção, pois todas as razões são iguais a 1 5 . Mais algumas propriedades das proporções Considerando a proporção a b = c d , podemos observar as seguintes propriedades: I) Razão entre a soma dos antecedentes e a soma dos conseqüentes de uma proporção. A soma dos antecedentes de uma proporção está para a soma dos seus conseqüentes, assim como cada antecedente está para o seu respectivo conseqüente. a+ c b+ d = a c ou a+ c b+ d = c d II) Razão entre a diferença dos antecedentes e a diferença dos conseqüentes de uma proporção. A diferença entre os antecedentes está para a diferença de seus conseqüentes, assim como cada antecedente está para seu respectivo conseqüente. a− c b− d = a b ou a− c b− d = c d 15 Matemática A01 III) Razão entre a soma (ou diferença) dos termos de uma razão e o respectivo antecedente. A soma dos termos da primeira razão está para seu antecedente, assim como a soma dos termos da segunda razão está para seu respectivo antecedente. a+ b a = c+ d c A diferença dos termos da primeira razão está para seu antecedente, assim como a diferença dos termos da segunda razão está para seu respectivo antecedente. a− b a = c− d c IV) Razão entre a soma (ou diferença) dos termos de uma proporção e seu respectivo conseqüente. A soma entre os termos da primeira razão está para seu conseqüente, assim como a soma entre os termos da segunda razão está para seu respectivo conseqüente. a+ b a = c+ d c A diferença entre os termos da primeira razão está para seu conseqüente, assim como a diferença entre os termos da segunda razão está para seu respectivo conseqüente. a− b b = c− d d Veja a utilização dessas propriedades na resolução dos exemplos a seguir: Exemplo 18 Determine dois números, sabendo que a sua soma é 54 e que a razão entre eles é 1:2. Número menor: x Número maior: y Dados do problema: x+ y = 54 e x y = 1 2 Aplicando a Propriedade III na proporção x y = 1 2 , temos: x+ y x = 1 + 2 1 16 Matemática A01 Como x + y = 54 , temos: 54 x = 3 1 Aplicando a propriedade fundamental das proporções e resolvendo a equação resultante, temos: 3 · x = 54 · 1⇒ 3x = 54⇒ x = 54÷ 3⇒ x = 18 Para encontrar o valor de y basta substituir o valor de x em qualquer das equações. Substituindo x = 18 na equação x + y = 54, temos: 18 + y = 54⇒ y = 54− 18⇒ y = 36 Resposta: Os números procurados são 18 e 36. Exemplo 19 Determine dois números sabendo que a diferença entre eles é igual a 12 e que o maior está para o menor assim como seis está para cinco. Número maior: m Número menor: n Dados do problema: m – n = 12 e m n = 6 5 Aplicando a propriedade IV na proporção m n = 6 5 , temos: m− n m = 6− 5 6 Substituindo o valor de m – n e resolvendo 6 – 5, temos: 12 m = 1 6 Aplicando a propriedade fundamental das proporções, temos: m . 1 = 12 . 6 Responda aqui Praticando... � 17 Matemática A01 Ou seja, m = 72 . Para calcular o valor de n, basta substituir o valor de m na equação m – n = 12. Assim: 72− n = 12⇒ −n = 12− 72⇒ −n = −60 Multiplicando por (-1) toda a equação, encontramos: n = 60 Resposta: os números procurados são 72 e 60. 1. Verifique se é uma proporção a expressão 2 13 = 10 65 . �. Calcule o valor de x na proporção x 5 = x− 3 2 . �. Aplicando as transformações, reescreva de 4 maneiras diferentes a proporção 2 15 = 8 60 . �. Determine os valores de x, y e z, sabendo que x + y + z = 80 e x 2 = y 4 = z 14 . 5. Se x – y = 18 e x y = 25 19 . 18 Matemática A01 Grandezas proporcionais Quando a variação de uma grandeza provoca uma variação em outra grandeza, dizemos que essas grandezas se relacionam. Como por exemplo, distância percorrida por um automóvel e a quantidade de combustível gasto ou a velocidade média e o tempo gasto para se fazer um determinado percurso. A variação em uma grandeza causa a variação na outra. De acordo com a relação entre essas duas grandezas, elas podem ser classificadas em grandezas diretamente proporcionais ou grandezas inversamente proporcionais. Grandezas diretamente proporcionais Segundo a NR 24, norma do Ministério do Trabalho e do Emprego que regula as condições sanitárias e de conforto nos locais de trabalho, cada empresa deve providenciar, por trabalhador, a quantidade de 60 litros de água para o consumo nas instalações sanitárias. 19 Matemática A01 Em uma empresa que obedece a essas normas foi construída a seguinte tabela: Tabela 1 – Representação da NR 24 implementada em uma empresa Filial Filial A Filial B Filial C Filial D Matriz Número de funcionários 12 18 20 30 50 Quantidade mínima necessária de água (em litros) 720 1 080 1 200 1 800 3 000 Note que: enquanto uma grandeza aumenta, a outra também aumenta; cada uma das razões entre a quantidade de água mínima necessária (litros) e o número de funcionários de cada unidade da empresa é sempre igual a 60, pois 720 12 = 1 080 18 = 1 200 20 = 1 800 30 = 3 000 50 = 60. Dizemos, então, que as seqüências de números (720, 1 080, 1 200, 1 800, 3 000) e (12, 18, 20, 30, 50) são diretamente proporcionais e que o coeficiente de proporcionalidade é 60. Chamando dois valores quaisquer da primeira grandeza a’ e a”, e os valores correspondentes na segunda grandeza de b’ e b” , podemos apresentar a seguinte proporção: a b = a b Alternando os extremos, obtemos: b b = a a Ou seja, se duas grandezas são diretamente proporcionais, a razão entre dois valores de uma delas é igual à razão entre os dois valores correspondentes da outra. As seqüências de números (reais e diferentes de zero) que representam essas grandezas são ditas diretamente proporcionais. �0 Matemática A01 Exemplo �0 As seqüências (5, 6, 7) e (25, 30, 35) são diretamente proporcionais? Para responder a essa pergunta, temos que formar as razões entre os números correspondentes e compará-las. As razões são: 5 25 , 6 30 e 7 35 . Todas iguais a 1 5 . Como todas as razões entre os termos correspondentes das seqüências são iguais, podemos afirmar que as seqüências acima são diretamente proporcionais. Exemplo �1 Qual é o coeficiente de proporcionalidade entre as seqüências diretamente proporcionais (5, 8, 12) e (40, 64, 96)? As razões formadas pelos elementos correspondentes de seqüências diretamente proporcionais são todas iguais a um mesmo número, e esse número é chamado de coeficiente de proporcionalidade. Como 5 40 = 8 64 = 12 96 = 1 8 , temos que o coeficiente de proporcionalidade é 1 8 . Grandezas inversamente proporcionais Em um serviço de entregas, um veículo de uma transportadora percorre certa distância em 6 horas, a uma velocidade média de 40 km/h. Se sua velocidade média aumentasse para 80 km/h, o tempo que se levaria para percorrer a mesma distância seria reduzido para 3 horas. Ou seja: Velocidade média (km/h) 40 80 Tempo de percurso (h) 6 3 aumenta diminui �1 Matemática A01 Aumentando em duas vezes a velocidade média, o tempo gasto para fazer o mesmo percurso diminui, é reduzido à metade. Enquanto uma grandeza aumenta, a outra diminui, ou seja, as grandezas variam em sentido contrário. As grandezas velocidade e tempo são grandezas inversamente proporcionais. As seqüências (40, 80) e (6, 3) são inversamente proporcionais. Nesse caso, a primeira seqüência é diretamente proporcional aos inversos dos elementos correspondentes na segunda seqüência. Ou seja, as seqüências (40, 80) e ( 1 6 , 1 3 ) são diretamente proporcionais. Assim: 40 1 6 = 80 1 3 Aplicando a propriedade fundamental das proporções, temos: 40 · 1 3 = 80 · 1 6 . A proporção formada (já simplificada) é 40 3 = 80 6 . Que tal ver mais alguns exemplos? Exemplo �� Qual o coeficiente de proporcionalidade entre as seqüências de números inversamente proporcionais (1, 2, 5) e (20, 10, 4)? Como as seqüências são inversamente proporcionais, temos que: 1 1 20 = 2 2 10 = 5 1 4 = 20 . Logo, o coeficiente de proporcionalidade é 20. �� Matemática A01 Exemplo �� Sabendo que as seqüências (m, -4, 1) e (2, n, 4) são inversamente proporcionais, determine os valores de m e n. Considerando as seqüências inversamente proporcionais, temos: m 1 2 = −4 1 n = 1 1 4 . A última razão dessa proporção múltipla é 1 1 4 = 1 · 4 1 = 4 , que é também o coeficiente de proporcionalidade. Igualando cada proporção ao coeficiente de proporcionalidade, temos: m 1 2 = 4 ⇒ m · 2 1 = 4 ⇒ 2m = 4 ⇒ m = 2 −4 1 n = 4⇒ −4 · n 1 = 4⇒ −4n = 4 Multiplicando por (-1), temos: 4n = – 4 ⇒ n = –1 Assim, temos: m = 2 e n = –1. Praticando... � Responda aqui �� Matemática A01 Indique se são diretamente proporcionais ou inversamente proporcionais as seqüências de números: a) ( 3, 5, 9) e ( 1 15 , 1 9 , 1 5 ) b) (40, 80, 16) e (2, 1, 5) Agora que concluiu todas as atividades, você pode testar seus conhecimentos na série de exercícios a seguir, em que são apresentadas questões envolvendo todo o conteúdo da presente aula. Ex er cí ci os �� Matemática A01 1.Determine a razão entre os números a) 12 e 36 b) 60 e 15 c) 3 e 2,25 d) 1,05 e 3,5 e) 5 1 2 e 2 f) 4 e 3 1 5 �. Verifi que se a razão 10 25 é igual à razão 2 10 . �. Calcule a razão entre as seguintes grandezas: a) 15 m e 12 cm b) 20 dam e 3 km c) 1 g e 5 kg d) 2 km e 0,5 m3 �. Calcule o valor de x na proporção x 5 = 2− x 3 . �5 Matemática A01 5. Escreva a razão igual a 4 para 21, cujo antecedente seja igual a 12. 6. Escreva a proporção cujas razões são iguais a 5 para 7 e cujos conseqüentes sejam 3 e 16. 7. Calcule x e y, sabendo que x + y = 300 e x y = 9 11 . 8. Complete a série B no quadro abaixo sabendo que as séries A e B são diretamente proporcionais e o coefi ciente de proporcionalidade entre os seus elementos é 1 4 . A B 4 6 12 Auto-avaliação �6 Matemática A01 Leitura complementar SÓ MATEMÁTICA. Disponível em: <www.somatematica.com.br>. Acesso em: 20 jun. 2008. Na internet, você encontra alguns sites interessantes com conteúdo matemático de qualidade. Um deles é o Só Matemática, que apresenta o conteúdo por tópicos e também por nível de ensino (fundamental, médio e superior). Para acessar livremente todo o conteúdo, você precisa se cadastrar gratuitamente. Nesta aula, você revisou os conceitos de razões, proporções e de grandezas proporcionais, como seus elementos e propriedades. Também viu alguns exemplos nos quais foram resolvidas algumas aplicações práticas utilizando esses conhecimentos. Atenção! Se você sentiu dificuldade na resolução de alguma atividade ou exercício, releia esse fascículo e procure refazer seus cálculos. Se você não tem mais dúvida, responda agora a esta auto-avaliação: Escreva o conceito de razão. Dê um exemplo de razão e indique o antecedente e o conseqüente. Const rua uma proporção que tenha coef ic iente de proporcionalidade 0,5. Como você classifica as grandezas número de dias gastos e o número de operários empregados para a construção de uma casa: diretamente proporcionais ou inversamente proporcionais? Por quê? Dê um exemplo de grandezas diretamente proporcionais e um exemplo de grandezas inversamente proporcionais. 1. �. �. �. 5. Para Consulta �7 Matemática A01 Razão: a:b ou a b (lê-se: a está para b), onde a ∈ ℜ e b ∈ ℜ*. Termos da Razão: Considerando a razão a b , a é o antecedente e b é o conseqüente. Proporção: É a igualdade entre duas razões. Por exemplo: a b = c d , onde a, b, c e d são números reais diferentes de zero. Propriedade fundamental das proporções: Considerando a proporção a b = c d , temos que a · d = b · c, ou seja, que ‘em uma proporção o produto dos extremos é igual ao produto dos meios’. Recíproca da Propriedade Fundamental das Proporções Considere a, b, c e d, números reais diferentes de zero. Se a . d = b . c, temos que ad bd = bc bd , ou seja, que a b = c d . Proporção múltipla: a b = c d = . . . = m n = k ⇒ ⇒ a+ c+ . . .+m b+ d+ . . .+ n = a b = c d = . . . = m n = k Outras propriedades das proporções: I) Razão entre a soma dos antecedentes e a soma dos conseqüentes de uma proporção a+ c b+ d = a c ou a+ c b+ d = c d II) Razão entre a diferença dos antecedentes e a diferença dos conseqüentes de uma proporção a− c b− d = a b ou a− c b− d = c d �8 Matemática A01 III) Razão entre a soma (ou diferença) dos termos de uma razão e o respectivo antecedente a+ c b+ d = a c ou a+ c b+ d = c d V) Razão entre a soma (ou diferença) dos termos de uma proporção e seu respectivo conseqüente a+ b b = c+ d d ou a− b b = c− d d Referências CRESPO, Antônio Arnot. Matemática comercial e financeira fácil. 11. ed. São Paulo: Saraiva, 1996. MERCHEDE, Alberto. Matemática financeira para concursos: mais de 1.500 aplicações. São Paulo: Atlas, 2003. SOUZA, Maria Helena de; SPINELLI, Walter. Razões e proporções. In: ______. Matemática. São Paulo: Ática, 2000. p. 257-274. (Série, 6). 02 Elizabete Alves de Freitas C U R S O T É C N I C O E M S E G U R A N Ç A D O T R A B A L H O Regra de três matemática Você ve rá por aqu i... coordenadora da Produção dos materias Marta Maria Castanho Almeida Pernambuco coordenador de edição Ary Sergio Braga Olinisky coordenadora de Revisão Giovana Paiva de Oliveira Design Gráfico Ivana Lima Diagramação Ivana Lima José Antônio Bezerra Júnior Mariana Araújo de Brito Vitor Gomes Pimentel arte e ilustração Adauto Harley Carolina Costa Heinkel Huguenin Revisão tipográfica Adriana Rodrigues Gomes Design instrucional Janio Gustavo Barbosa Luciane Almeida Mascarenhas de Andrade Jeremias Alves A. Silva Margareth Pereira Dias Revisão de Linguagem Maria Aparecida da S. Fernandes Trindade Revisão das Normas da aBNt Verônica Pinheiro da Silva adaptação para o módulo matemático Joacy Guilherme de Almeida Ferreira Filho Revisão técnica Rosilene Alves de Paiva equipe sedis | universidade do rio grande do norte – ufrn Projeto Gráfico Secretaria de Educação a Distância – SEDIS Governo Federal ministério da educação Você ve rá por aqu i... � Matemática a02 Objetivo ...um processo de resolução de problemas, muito utilizado na Matemática, que pode ser aplicado em situações que envolvem o cálculo de um termo desconhecido e a relação de proporcionalidade entre duas ou mais grandezas. Esse processo de resolução, chamado de regra de três, pode ser classificado em regra de três simples ou regra de três composta, de acordo com o número de grandezas envolvidas. Esse processo também pode ser utilizado como um segundo método para calcular porcentagens. Em nossa aula, disponibilizamos para você algumas atividades após cada bloco de conteúdos para que seja possível a aplicação imediata dos conhecimentos recém estudados e, ao final da aula, uma lista de exercícios com questões objetivas, envolvendo todos os assuntos desenvolvidos na aula. Leia atenciosamente cada conteúdo e responda às questões correspondentes. Caso surja alguma dúvida, procure refazer seus cálculos com calma e, se necessário, entre em contato com o seu tutor. Perceber regra de três como um problema que envolve duas ou mais grandezas. Classificar em diretamente proporcionais ou inversamente proporcionais duas grandezas envolvidas em um problema. Identificar uma regra de três simples. Classificar uma regra de três que envolve duas grandezas como regra de três simples direta ou regra de três simples inversa. Identificar uma regra de três composta. Resolver problemas pelo processo de regra de três. 2 Matemática a02 Para começo de conversa... Sara e Rita são duas crianças que vivem fazendo apostas para ver quem sabe mais. Certo dia, quando voltavam da escola, Sara, a mais velha, disse: – Duvido que você consiga medir a altura daquele poste. Rita, a mais nova, nem tremeu e falou: – Essa é fácil... Vou lhe responder em alguns minutos... Puxando uma régua da bolsa da escola, Rita mediu um palito de picolé que encontrou no chão. Colocou o palito de picolé na vertical e também mediu a sombra que ele projetava no chão. Anotou essas medidas e foi medir a sombra do poste com uma fita métrica que sua mãe lhe emprestou para usar nas aulas de Matemática. Voltou para o caderno e fez algumas continhas. Logo, gritou: – O poste mede três metros e meio. – Como foi que você fez isso? – perguntou Sara. – Foi um jeitinho que minha tia me ensinou. Ela tem um livro que tem muitos problemas que são resolvidos dessa forma – respondeu Rita. – Me diz como é... Eu também quero saber – exigiu Sara. E saíram falando de outras situações que podem ser resolvidas por um processo muito utilizado na Matemática, chamado de regra de três. � Matemática a02 Pensando a regra de três Nesta aula, veremos um processo de resolução de problemas, muito utilizado na Matemática, que aplica a relação de proporcionalidade entre grandezas. Esse processo de resolução de problemas recebe o nome de regra de três. Quando um problema apresenta exatamente duas grandezas, o processo de resolução recebe o nome de regra de três simples. Quando envolve três grandezas ou mais recebe o nome de regra de três composta. Regra de três simples Uma regra de três simples pode ser classificada em direta ou inversa, de acordo com a relação de proporcionalidade existente entre as grandezas envolvidas. � Matemática a02 exemplo � Se 30 metros de tecido custam R$ 318,00, quanto custará uma peça com 5 metros desse mesmo tecido? Vamos adotar alguns passos para a resolução: Solução: �º. passo: Organizar os dados em um quadro de comparação das grandezas. 2º. passo: Devemos analisar a variação das grandezas, indicando o sentido dessa variação. Se o comprimento diminui, o que ocorre com o preço? Para uma quantidade menor de tecido, temos um preço também menor, ou seja, quando uma grandeza varia, a outra também varia no mesmo sentido. Regra de três simples direta Em uma regra de três direta, as grandezas são diretamente proporcionais entre si. Lembre-se de que podemos classificar duas grandezas em diretamente proporcionais se as duas variam no mesmo sentido, ou seja, quando uma aumenta, a outra também aumenta ou quando uma diminui, a outra também diminui. Por exemplo, distância percorrida e tempo são grandezas diretamente proporcionais, pois quanto maior uma distância, maior o tempo gasto ao percorrê-la. Vejamos alguns exemplos desse tipo de regra de três: comprimento (m) Preço (R$) 30 318 5 x Representamos o valor que se quer determinar por uma variável. Nesse caso x. comprimento (m) Preço (R$) 30 318 5 x (+) (–) (+) (–) � Matemática a02 Estamos usando setas indicativas para observar a variação de uma grandeza em relação à outra. As setas podem partir do menor para o maior valor ou, ao contrário, do maior valor para o menor. Não há obrigatoriedade para essa indicação, porém você deve estabelecer um padrão para todos os pares de grandezas. Em nossas aulas, vamos utilizar a direção do menor para o maior. �º. passo: Escrever e resolver uma proporção com os dados. Quando a regra de três simples envolve grandezas diretamente proporcionais, escrevemos a proporção diretamente do quadro de comparação. A proporção formada, para o nosso exemplo, é: Utilizando a propriedade fundamental das proporções, temos: 30 ⋅ x = 318 ⋅ 5 ⇒ 30 x = 1 590 ⇒ x = 1 590 ÷ 30 ⇒ x = 53 �º. passo: Elaborar uma resposta, de acordo com o que se pede no problema. Resposta: Cinco metros desse mesmo tecido custariam R$ 53,00. 30 5 = 318 x (Eq. 01) Observe que, nos problemas de regra de três, as quantidades correspondentes a uma mesma grandeza devem ser expressas em uma mesma unidade de medida. geralmente, consideramos condições idênticas. Em um problema que envolva operários e número de peças produzidas, por exemplo, consideramos que os operários produzam igualmente e que as condições de trabalho também sejam iguais para todos eles. exemplo 2 Se 18 operários produzem 378 peças por dia de determinado produto, quantas peças seriam produzidas se essa linha de produção contasse com 25 operários? ⋅ Operários Nº de Peças (Unidades) 18 378 25 x � Matemática a02 Solução: �º. passo: Organize os dados por grandeza. Assim, teremos um quadro de comparação das grandezas. 2º. passo: Analise a variação das grandezas, indicando o sentido dessa variação. Operários Nº de Peças (Unidades) 18 378 25 x (–) (+) (–) (+) Se o número de operários aumenta, o que ocorre com o número de peças a serem produzidas? Para um número maior de operários, temos um número de peças que também será maior, ou seja, quando uma grandeza varia a outra também varia no mesmo sentido. Lembre-se: estamos utilizando as setas de indicação do valor menor para o valor maior de cada grandeza. �º. passo: Escreva e resolva uma proporção com os dados. Nesse caso, a proporção formada será Aplicando a propriedade fundamental das proporções, temos: 18 ⋅ x = 318 ⋅ 25 ⇒ 18 x = 9 450 ⇒ x = 9 450 ÷ 18 ⇒ x = 525 �º. passo: Elabore uma resposta, de acordo com o que se pede no enunciado do problema. Resposta: Vinte e cinco operários produziriam 525 peças desse produto por dia. (Eq. 02) 18 25 = 378 x � Responda aqui Praticando... � Matemática a02 �. Um operário recebe R$ 920,00 por sua produção em 20 dias de trabalho. Sob as mesmas condições, quanto receberá pelo que produzir em 45 dias? 2. Em uma fazenda, em 30 dias, são utilizadas 1,2 toneladas de ração para alimentar os animais. Qual é a quantidade necessária para alimentar os mesmos animais em 7 dias? �. Em uma empresa, 20 funcionários produzem 5 000 peças por semana. Quantas peças seriam produzidas semanalmente, se para essa produção contassem com 36 funcionários? a) b) c) Regra de três simples inversa Em uma regra de três simples inversa, uma das grandezas é inversamente proporcional à outra. Lembre-se de que podemos classificar duas grandezas em inversamente proporcionais se as duas variam em sentido contrário, ou seja, quando uma aumenta, a outra diminui. Por exemplo, velocidade média e tempo são grandezas inversamente proporcionais, pois quanto maior for a velocidade média ao percorrer certa distância, menor será o tempo gasto nesse percurso. � Matemática a02 exemplo � Se 3 operários fazem uma obra em 20 dias, em quantos dias 12 operários fariam a mesma obra? �º. passo: Organizar os dados em um quadro de comparação das grandezas. 2º. passo: Analisar a variação das grandezas, indicando o sentido dessa variação. Se o número de operários aumenta, o número de dias para realizar o mesmo trabalho diminui. Logo, as grandezas são inversamente proporcionais. �º. passo: Escrever e resolver uma proporção com os dados. Nesse caso, com duas grandezas inversamente proporcionais, precisamos escrever as razões de forma que as setas indicativas estejam apontando no mesmo sentido. Podemos inverter a primeira ou a segunda razão. Aqui, vamos inverter a segunda razão. Assim, a proporção formada será Aplicando a propriedade fundamental das proporções, temos: 12 ⋅ x = 3 ⋅ 20 ⇒ 12 x = 60 ⇒ x = 60 ÷ 12 ⇒ x = 5 �º. passo: Elabore uma resposta, de acordo com o que se pede no problema. Resposta: Doze operários fariam a mesma obra em 5 dias. Operários tempo (dias) 3 20 12 x (Eq. 03) 3 12 = x 20 � Matemática a02 exemplo � Em uma pequena empresa, 18 funcionários trabalham durante 5 dias para produzir um lote de peças. Quantos dias serão necessários para produzir o outro lote de peças (idêntico ao primeiro) se para isso só tiverem disponíveis 15 funcionários? Solução �º. passo: Organizar os dados em um quadro de comparação das grandezas. 2º. passo: Analisar a variação das grandezas, indicando o sentido dessa variação. Se o número de funcionários diminui, o número de dias para produzir um lote idêntico ao anterior aumenta. Logo, as grandezas são inversamente proporcionais. �º. passo: Escreva e resolva uma proporção com os dados. Invertendo a segunda razão, para que as setas indicativas apontem no mesmo sentido, a proporção formada será Aplicando a propriedade fundamental das proporções, temos: 15 ⋅ x = 18 ⋅ 5 ⇒ 15x = 90 ⇒ x = 90 ÷ 15 ⇒ x = 6 �º. passo: Elabore uma resposta, de acordo com o que se pede no enunciado do problema. Resposta: Quinze operários produziriam um lote de peças (idêntico ao anterior) em 6 dias. Funcionários tempo (dias) 18 5 15 x Funcionários tempo (dias) 18 5 15 x(–) (+) (+) (–) (Eq. 04) 18 15 = x 5 tempo (dias) Operários 35 20 x 14 tempo (dias) Operários 35 20 x 14(–) (+) (+) (–) �0 Matemática a02 exemplo � Um empreiteiro prevê que determinada obra poderá ser realizada em 35 dias, empregando 20 operários, porém só conseguiu contratar 14 homens para esse serviço. Com esse grupo reduzido de trabalhadores, qual será a nova previsão de dias necessários para a realização dessa mesma obra? Solução �º. passo: Organizar em um quadro de comparação das grandezas. 2º. passo: Analisar a variação das grandezas, indicando o sentido dessa variação. Se o número de operários diminui, o número de dias para realizar a mesma obra aumenta. Logo, as grandezas são inversamente proporcionais. �º. passo: Escrever e resolver uma proporção com os dados. Invertendo a segunda razão, a proporção formada será (Eq. 05) 35 x = 14 20 Aplicando a propriedade fundamental das proporções, temos: 14 ⋅ x = 20 ⋅ 35 ⇒ 14x = 700 ⇒ x = 700 ÷ 14 ⇒ x = 500 �º. passo: Elaborar uma resposta para o que se pede no problema. Resposta: Catorze operários fariam a mesma obra em 50 dias. �� Matemática a02 exemplo � No refeitório de uma empresa, foi previsto um estoque de alimentos para durar 30 dias para as refeições de seus 40 funcionários. Após quantos dias terão que fazer reposição de estoque se, em um determinado mês, foram contratados mais 8 novos funcionários? Solução Veja que a quantidade de funcionários passa de 40 para 48. �º. passo: Organizar em um quadro de comparação das grandezas. 2º. passo: Analisar a variação das grandezas, indicando o sentido dessa variação. Se o número de operários aumenta, o número de dias de duração do estoque diminui. Logo as grandezas são inversamente proporcionais. �º. passo: Escrever e resolver uma proporção com os dados. Invertendo a segunda razão, a proporção formada será (Eq. 06) 30 x = 48 40 Aplicando a propriedade fundamental das proporções, temos: 48 ⋅ x = 30 ⋅ 40 ⇒ 48x = 1 200 ⇒ x = 1 200 ÷ 48 ⇒ x = 25 �º. passo: Elaborar uma resposta para o que se pede no problema. Resposta: Com a contratação de 8 novos operários, o estoque de alimentos do refeitório só durará 25 dias. tempo (dias) Funcionários 30 40 x 48 tempo (dias) Funcionários 30 40 x 48(–) (+) (+) (–) 2Praticando... Responda aqui �2 Matemática a02 �. A uma velocidade média de 64 km/h, um automóvel fez, em 5 horas, o percurso entra as cidades A e B. Qual seria o tempo gasto se a velocidade média do veículo nesse percurso fosse igual a 80 km/h? 2. O estoque de ração de uma avicultura é sempre abastecido com a mesma quantidade de ração a cada 15 dias. Essa quantidade de alimento é suficiente para alimentar, por todo período, suas 600 aves. Se fossem adquiridas mais 300 aves, essa mesma quantidade de alimento duraria quantos dias? �. Uma empreiteira contratou 24 homens para realizar uma obra que, segundo previsão da própria empresa, seria concluída em 15 dias. Antes do início da obra, 4 homens desistiram. A previsão do novo prazo de realização da obra passa a ser de quantos dias? Horas/dia Dias Operários Produção (unidades) 8 12 30 1 000 6 x 48 1 200 �� Matemática a02 E nos problemas com três ou mais grandezas, como é feita essa classificação? Nesse caso, comparamos essas grandezas duas a duas, e esse é o assunto que veremos a seguir. Regra de três composta Como já foi dito antes, na regra de três composta ocorrem três ou mais grandezas relacionadas entre si. Nesse caso, em apenas uma grandeza é dado um valor conhecido e para as demais grandezas são dados dois valores. Na resolução desse tipo de situação-problema, vamos utilizar um método semelhante ao utilizado na resolução de regras de três simples. exemplo � Trabalhando 8 horas por dia, durante 12 dias, 30 operários produzem 1 000 unidades de determinado eletrodoméstico. Quantos dias serão necessários para que 48 operários, trabalhando 6 horas por dia, produzam 1 200 unidades desse mesmo produto? Solução �º. passo: Organizar os pares de valores de cada grandeza 2º. passo: Identificar as grandezas em inversamente ou diretamente proporcionais. A indicação das setas será feita comparando-se cada uma das grandezas com a que apresenta o termo desconhecido. Observamos a variação de cada par de grandezas, considerando que as demais grandezas permanecem inalteradas. � horas/dia � horas/dia �2 dias x Diminui Aumenta �� Matemática a02 a) comparando horas por dia e dias: Se o número de horas por dia de trabalho diminui, devemos trabalhar um número maior de dias para realizar o mesmo trabalho. Ou seja, essas grandezas são inversamente proporcionais. Assim, as setas apontam para direções opostas. b) comparando operários e dias: Se o número de operários aumenta, podemos diminuir o número de dias para realizar um trabalho. Ou seja, essas duas grandezas são inversamente proporcionais. Assim, as setas apontam em direções opostas. c) comparando produção e dias: Quando o número de unidades a serem produzidas aumenta, precisamos de mais dias para essa produção. Por isso, as grandezas produção e dias são diretamente proporcionais. Assim, as setas apontam para a mesma direção. �º. passo: Construir a esquematização geral dos dados e realizar a inversão dos pares identificados como inversamente proporcionais. A partir da seta da grandeza que tem o valor desconhecido (neste caso, dias), colocaremos as setas das demais grandezas. Quando as grandezas comparadas são diretamente proporcionais, as setas indicam a mesma direção ou, caso as grandezas envolvidas sejam inversamente proporcionais, as setas apresentadas indicam direções opostas. Lembre-se de que, nesse exemplo, somente as grandezas ‘operários’ e ‘produção’ são grandezas diretamente proporcionais. �0 operários �� operários �2 dias x Aumenta Diminui � 000 unid. � 200 unid. �2 dias x Aumenta Aumenta �� Matemática a02 Invertendo as razões das grandezas inversamente proporcionais à grandeza ‘dias’, que são as grandezas ‘horas/dia’ e ‘operários’, obtemos: �º. passo: Montar a proporção e calcular o valor desconhecido A solução por esse processo é a proporção obtida da igualdade entre a razão que apresenta o valor desconhecido e o produto das demais razões (após a inversão das que apresentam grandezas inversamente proporcionais a que apresenta o x). Observe: 12 x = 6 8 · 48 30 · 1 000 1 200 (Eq. 07) ou 12 x = 6 · 48 · 1 000 8 · 30 · 1 200 Invertendo as razões, temos: x 12 = 8 · 30 · 1 200 6 · 48 · 1 000 Isolando o valor de x, temos: x = 12 · 8 · 30 · 1 200 6 · 48 · 1 000 Resolvendo os produtos e simplificando-os por 1 000, obtemos: x = 3 456 000 288 000 ⇒ x = 3 456 288 ⇒ x = 12 Resposta: Seriam necessários 12 dias, nessas condições, para realizar o mesmo trabalho. Horas/dia Dias Operários Produção (unidades) 8 12 30 1 000 6 x 48 1 200 Diminui Aumenta Diminui Aumenta Horas/dia Dias Operários Produção (unidades) 6 12 48 1 000 8 x 30 1 200 �� Matemática a02 Observe a aplicação desse processo de resolução, nos exemplos a seguir: exemplo � Na alimentação de 2 bois, durante 8 dias, são consumidos 2 420 kg de ração. Qual a quantidade de ração que seria necessária para alimentar 5 bois, durante 12 dias? Solução �º. passo: exemplo � Se 20 homens, trabalhando durante 15 dias, constroem 500 m de uma estrada, quantos homens seriam necessários para construir 900 metros dessa estrada em 30 dias? Solução �º. passo: 2º. passo: Homens/dia Dias metros de uma estrada 20 15 500 x 30 900 Homens/dia Dias metros de uma estrada 20 15 500 x 30 900 �º. passo: �º. passo: 20 30 500 x 15 900 (Eq. 08)20 x = 30 15 · 500 900 20 x = 30 · 500 15 · 900 ⇒ 20 x = 15 000 13 500 ⇒ x 20 = 13 500 15 000 ⇒ x · (15 000) = 20 · (13 500) ⇒ 15 000x = 270 000 ⇒ x = 270 000 15 000 ⇒ x = 18 Resposta: São necessários 18 homens para fazer esse trabalho. Bois Dias kg de ração 2 8 2420 5 12 x �� Matemática a02 2º. passo: �º. passo: �º. passo: Efetuando o produto entre as razões: Bois Dias kg de ração 2 8 2 420 5 12 x 2 8 2 420 5 12 x (Eq. 09) 2 420 x = 8 12 · 2 5 2 420 x = 16 60 2 420 x = 8 12 · 2 5 2 420 x = 16 60 Aplicando a propriedade fundamental das proporções, temos: Resposta: São necessários 9 075 kg de ração. 16 · x = 60 · (2 420) ⇒ 16x = 145 200 ⇒ x = 145 200 16 ⇒ x = 9 075 � Responda aqui Praticando... �. Na perfuração de um poço de 160 m de profundidade, 40 operários de uma construtora levaram 21 dias. Para a perfuração de um poço de 200 metros, a construtora contratou 30 operários. Em quantos dias essa segunda equipe terá concluído esse outro poço? 2. Quinze pedreiros realizam uma obra em 10 dias, trabalhando 8 horas por dia. Quantos dias 20 pedreiros, trabalhando 4 horas por dia, levariam para realizar a mesma obra? �. Em 6 dias de trabalho, 12 confeiteiros fazem 90 tortas. Para fazer 40 tortas, 4 confeiteiros levariam quantos dias? �. Um trabalhador autônomo fabrica 50 objetos em 3 dias, trabalhando 2 horas por dia. Quantas horas por dia deve trabalhar para fabricar 100 objetos do mesmo tipo em 4 dias? �� Matemática a02 Responda aqui aplicações do estudo de regra de três Porcentagem Muitas vezes, ouvimos expressões como: “o índice de reajuste da categoria é de 12,5%”, “desconto de até 50% na semana do Natal”, “a inflação de junho foi de 0,25%” e “os preços subiram em média 0,32%”. �� Matemática a02 Todas essas expressões envolvem um conceito denominado porcentagem (ou percentagem). Utilizar o conceito de porcentagem é comparar duas razões em uma proporção direta, em que uma das razões tem conseqüente igual a 100 e, entre os outros três termos, um é desconhecido. Na verdade, resolver um problema de porcentagem é partir da seguinte regra de três: Sendo A e B valores absolutos de uma parte e do todo, respectivamente, a ser estudado, e C, o valor percentual correspondente à parte A. Como já foi dito anteriormente, a proporção é direta, ou seja, podemos formar diretamente a proporção A B = C 100 , que podemos descrever como ‘a parte A está para o todo B assim como a porcentagem C está para 100%’. Que tal alguns exemplos? Valor absoluto Valor percentual A C B 100 exemplo �0 a) Calcular 20% de 130. Calcular 20% de 130 equivale a determinar o valor x que está para 130, assim como 20 está para 100. Ou seja, Assim, podemos formar a proporção: Aplicando a propriedade fundamental das proporções, temos: Resposta: O valor procurado é 26. Valor absoluto Valor percentual x 20 130 100 (Eq. 10) x 130 = 20 100 100 · x = 130 · 20 ⇒ 100x = 2 600 ⇒ x = 2 600 100 ⇒ x = 26 20 Matemática a02 exemplo �� O valor 28 representa qual porcentagem de 200? Podemos formar a seguinte proporção: Com a aplicação da propriedade fundamental das proporções, teremos: Resposta: O valor procurado é 14. 28 200 = x 100 (Eq. 11) 200 · x = 100 · 28 ⇒ 200x = 2 800 ⇒ x = 2 800 200 ⇒ x = 14 exemplo �2 De qual quantia R$ 15,00 representa 8%? Resposta: R$ 15,00 equivale a 8% de R$ 187,50. 15 x = 8 100 (Eq. 12) 8 · x = 15 · 100 ⇒ 8x = 1 500 ⇒ x = 1 500 8 ⇒ x = 187, 50 Lembre que o cálculo percentual não é resolvido apenas pelo processo da regra de três. Se você já resolveu todas as atividades e já conferiu seus cálculos, resolva a lista de exercícios a seguir: 20 Matemática a02 Valor absoluto Valor percentual 28 x 200 100 exercícios 2� Matemática a02 �) Um trem percorre 120 km em 3h. Para percorrer 200 km, mantendo a mesma velocidade média, esse trem levará: a) 4 horas. b) 4 horas e 30 minutos. c) 5 horas. d) 5 horas e meia. 2) Se um automóvel faz 60 km com 5 litros de gasolina, a quantidade de litros de gasolina que esse automóvel gastaria para percorrer 180 km, nas mesmas condições, é de: a) 9 litros. b) 12 litros. c) 14 litros. d) 15 litros. �) Um ônibus com velocidade média de 60 km/h percorre a distância entre duas cidades em 4h. O tempo que esse veículo levará para percorrer a mesma distância, se aumentar a velocidade média para 80 km/h, será: a) 1 hora e 30 minutos. b) 2 horas. c) 2 horas e 20 minutos. d) 3 horas. �) Num livro de 270 páginas, há 40 linhas em cada página. O número de páginas que o livro teria, se houvesse 45 linhas por páginas, seria igual a: a) 280. b) 240. c) 230. d) 210. �) Se 10 pedreiros levam 60 dias para construir uma casa, o tempo que 6 pedreiros levariam para construir uma casa idêntica seria de: a) 100 dias. c) 120 dias. d) 150 dias. e) 180 dias. �) Trinta operários construíram 600 m de uma ponte, trabalhando 8 horas por dia, durante 20 dias. O tempo com que, nas mesmas condições, 50 operários, trabalhando 6 horas por dia, construiriam 1 200 m de ponte, é de: a) 32 dias. b) 31 dias. c) 29 dias. d) 27 dias. �) Em uma locadora de automóveis, oito carros iguais consomem 100 litros de gasolina, em cinco dias. Quantos carros, idênticos aos primeiros, consomem 500 litros, em 10 dias? a) 19. b) 20. c) 22. d) 23. �) Que quantia corresponde a 30% de R$ 180,00? a) R$ 27,00. b) R$ 48,40. c) R$ 54,00. d) R$ 64,40. 22 Matemática a02 auto-avaliação 2� Matemática a02 Leitura complementar SÓ MATEMÁTICA. Disponível em: <www.somatematica.com.br>. Acesso em: 20 jun. 2008. Entre os vários tópicos encontrados no site Só Matemática, você encontrará um resumo sobre regra de três simples e regra de três composta. Basta se cadastrar para ter livre acesso ao conteúdo. Nesta aula, perpassamos pelos conceitos de regra de três (simples e composta); identificamos regra de três simples; percebemos a diferença entre direta e inversa, bem como resolvemos cada um dos tipos, com estas envolvidas. Também verificamos possibilidades envolvendo regra de três composta, com três ou quatro grandezas. E introduzimos um breve estudo sobre porcentagem, aplicando àquilo que estudamos em regra de três. �. Relacione os itens da primeira coluna com os da segunda: a) Processo de resolução de problemas onde se tem pares de valores para cada uma das grandezas envolvidas e apenas um desses valores é desconhecido. b) Apenas duas grandezas estão envolvidas e uma é inversamente proporcional a outra. c) Processo de resolução de problemas onde se têm três ou mais grandezas envolvidas. d) Apenas duas grandezas estão envolvidas e uma é diretamente proporcional a que apresenta o valor desconhecido. ( ) é chamado de regra de três composta. ( ) é chamado de regra de três simples direta. ( ) é chamado de regra de três. ( ) é chamado de regra de três simples inversa. 2� Matemática a02 2. Assinale verdadeiro (V) ou falso (F), nas afirmativas a seguir: a. 20% de 1 900 é 38 . ( ) b. Se dois operários pintam uma sala em três dias, três operários fariam o mesmo serviço em quatro dias e meio. ( ) c. Três cavalos bebem 40 litros de água em dois dias. Nessas condições, em três dias, cinco cavalos beberiam 100 litros de água. ( ) Para consulta Regra de três simples Processo prático de resolução de problemas que envolvem três valores conhecidos e um desconhecido. Dois desses valores se referem a uma mesma grandeza. Através desse processo, determina-se um valor a partir dos outros três. etapas desse processo de resolução: �º. passo: organização dos dados e construção de um quadro de comparação das grandezas; 2º. passo: análise da variação de uma grandeza em relação à outra, indicando o sentido dessa variação; �º. passo: escrever e resolver uma proporção com os dados; �º. passo: elaborar uma resposta, a partir do que se pede no problema. Regra de três simples direta Envolve duas grandezas diretamente proporcionais. As setas indicativas apontam para a mesma direção. A resolução é a partir da proporção formada diretamente das razões que formamos em cada grandeza, no quadro de comparação de grandezas. Regra de três simples inversa Envolve duas grandezas inversamente proporcionais. As setas indicativas apontam para direções opostas. A resolução é a partir da proporção formada após a inversão de uma das razões que formamos em cada grandeza, no quadro de comparação de grandezas. 2� Matemática a02 Regra de três composta Envolve três grandezas ou mais. Comparada àquela que apresenta o valor desconhecido, as demais grandezas podem ser diretamente ou inversamente proporcionais. etapas desse processo de resolução: �º. passo: construir um quadro com os dados do problema, apresentando os valores de cada grandeza em colunas e, em cada linha, os elementos de grandezas diferentes que se correspondem; 2º. passo: identificar os tipos de variação de uma grandeza em relação à outra, comparando sempre a grandeza que apresenta o valor desconhecido com uma outra. Repetir essa comparação até que todas as grandezas sejam identificadas como diretamente ou inversamente proporcionais em relação à grandeza que apresenta o valor desconhecido; �º. passo: inverter as razões das grandezas inversamente proporcionais àquela que apresenta o valor desconhecido. Construir e resolver a proporção formada pela igualdade entre a razão que contém o valor desconhecido e a formada pelo produto das outras razões; �º. passo: elaborar uma resposta, de acordo com o que se pede no problema. Porcentagem: A B = C 100 , onde A, B e C são números diferentes de zero e um desses valores é desconhecido. Respostas das atividades: atividade �: �. Por 45 dias de trabalho, o operário receberá R$ 2 070,00. Valor absoluto Valor percentual A C B 100 2� Matemática a02 2. São necessários 280 kg. �. Nessas condições, seriam produzidas 9 000 peças. atividade 2: �. O mesmo percurso seria feito em 4h. 2. Durariam 30 dias. �. O novo prazo seria de 18 dias. atividade �: �. A segunda equipe terá concluído em 35 dias. 2. Levariam 15 dias. �. Levariam 8 dias. �. Deve trabalhar 3 horas por dia. Respostas dos exercícios �) 5 horas. 2) 5 litros. �) 3 horas. �) 240. �) 100 dias. �) 32 dias. �) 20. �) R$ 54,00. Respostas da auto-avaliação �. A ordem da segunda coluna é c, d, a, b. 2. F, F, V Observe que: (a) 20% de 1 900 é 380. (É uma regra de três simples direta) (b) A resposta correta seria 2 dias. (É uma regra de três simples inversa) (c) Todas as grandezas são diretamente proporcionais entre si. Referências CRESPO, Antônio Arnot. matemática comercial e financeira fácil. 11. ed. São Paulo: Saraiva, 1996. MERCHEDE, Alberto. matemática financeira para concursos: mais de 1.500 aplicações. São Paulo: Atlas, 2003. 2� Matemática a02 anotações 2� Matemática a02 anotações 03 Elizabete Alves de Freitas C U R S O T É C N I C O E M S E G U R A N Ç A D O T R A B A L H O Conhecendo as unidades de medidas (parte I) MATEMÁTICA Coordenadora da Produção dos Materias Marta Maria Castanho Almeida Pernambuco Coordenador de Edição Ary Sergio Braga Olinisky Coordenadora de Revisão Giovana Paiva de Oliveira Design Gráfico Ivana Lima Diagramação Ivana Lima José Antônio Bezerra Júnior Mariana Araújo de Brito Vitor Gomes Pimentel Arte e ilustração Adauto Harley Carolina Costa Heinkel Huguenin Revisão Tipográfica Adriana Rodrigues Gomes Design Instrucional Janio Gustavo Barbosa Luciane Almeida Mascarenhas de Andrade Jeremias Alves A. Silva Margareth Pereira Dias Revisão de Linguagem Maria Aparecida da S. Fernandes Trindade Revisão das Normas da ABNT Verônica Pinheiro da Silva Adaptação para o Módulo Matemático Joacy Guilherme de Almeida Ferreira Filho Revisão Técnica Rosilene Alves de Paiva equipe sedis | universidade do rio grande do norte – ufrn Projeto Gráfico Secretaria de Educação a Distância – SEDIS Governo Federal Ministério da Educação Você ve rá por aqu i... Objetivo � Matemática A03 ...um breve estudo sobre a leitura, a correta representação e como efetuar algumas operações com as unidades de medidas de tempo, de comprimento e medidas de área. Esses conteúdos foram desenvolvidos através de uma teoria básica, ilustrada através de diversos exemplos, intercalada também com algumas atividades. Essas atividades que se encontram em três blocos, ao longo desta aula, apresentam-se após cada parte do conteúdo, ou seja, temos uma atividade apenas sobre as unidades de tempo, uma segunda atividade somente sobre as unidades de medidas de comprimento e uma terceira e última atividade sobre as unidades de medidas de superfície. Para fixar mais o conteúdo temos, ao final da aula, uma lista de exercícios envolvendo todo o conteúdo estudado nesta aula e, ocasionalmente, algum conteúdo de aulas anteriores. Reserve um tempo para seus estudos e boa aula. Conhecer as medidas de tempo mais usuais e identificar os respectivos símbolos dessas medidas. Utilizar corretamente o símbolo de determinada unidade de medida. Saber identificar as unidades de medidas de tempo, de comprimento ou de superfície mais utilizadas. Resolver, sempre que se fizer necessário, situações práticas que envolvam a conversão de uma dada medida expressa em certa unidade em uma medida equivalente, expressa em outra unidade de mesma espécie. � Matemática A03 Para começo de conversa... A necessidade de medir é muito antiga e surgiu com a origem das civilizações. Antigamente, quando se tratava de medir alguma coisa (a extensão de um terreno ou o comprimento de um pedaço de tecido), cada um usava o que estava mais próximo, fosse o tamanho do próprio pé ou a extensão do seu braço ou de seus passos etc., ou seja, não existiam as medidas padronizadas que temos hoje. E como essas medidas mudam de pessoa para pessoa, isso sempre causava confusão. Com o passar do tempo, foram sendo criados padrões para essas medidas. Em cada comunidade, em cada região, foi sendo estabelecido um sistema de medidas próprio, tendo como base medidas de pouca ou nenhuma precisão, como as que têm como referência alguma parte do corpo humano, como, por exemplo, polegada, palmo, pé, braça e côvado. Não precisamos dizer que isso gerava uma grande confusão no comércio, pois as pessoas de uma comunidade ou região nem sempre conheciam o sistema de medidas de outras comunidades, ou não havia equivalência entre diferentes unidades de medidas. Havia a necessidade de se ter um sistema de medidas que reduzisse as confusões geradas pelas diferenças de padrões sobre uma mesma medida e, em 1789, surgiu o Sistema Métrico Decimal, a pedido do Governo Republicano Francês à Academia de Ciências Francesa. O governo francês solicitou que fosse criado um sistema de medidas que tivesse uma “constante natural” como base. Assim, surgiu o Sistema Métrico Decimal, que foi adotado também por outros países posteriormente, inclusive pelo Brasil. Esse sistema adotou inicialmente três unidades básicas de medida: o metro, o litro e o quilograma. Com o desenvolvimento científico e tecnológico que veio a seguir, era necessário criar as mais diversas medidas e estabelecer medidas cada vez mais precisas. Com esse propósito, em 1960, o Sistema Métrico Decimal foi substituído pelo Sistema Internacional de Unidades (SI), mais amplo, complexo e sofisticado. Esse sistema, o SI, foi adotado pelo Brasil em 1962 e, a partir de 1988, passou a ser obrigatório em todo o país. 3 Matemática A03 Estudando as unidades de medidas Unidades de tempo O sol, por muito tempo, foi usado como referencial para medidas de tempo. O intervalo de tempo entre duas passagens sucessivas do sol por um mesmo meridiano é chamado de dia solar. A unidade de tempo adotada como unidade padrão pelo Sistema Internacional (SI) é o segundo (s ), que é equivalente a 1 86 400 de um dia solar médio. Algumas situações apresentam medidas maiores que o segundo. Nelas podemos observar alguns múltiplos do segundo. Eis alguns: o minuto (min), que é igual a 60 s; a hora (h), que é igual a 60 min, ou ainda, a 60 . 60 s = 3 600 s; o dia (d ), que é igual a 24 h, ou seja, 24 . 3 600 s = 86 400 s. Algumas situações apresentam medidas menores que o segundo. São os submúltiplos do segundo. Entre eles, temos: o décimo de segundo, que é igual a 0,1 s; o centésimo de segundo, que é igual a 0,01 s; o milésimo de segundo, que é igual a 0,001 s. � Matemática A03 Uso correto das medidas de tempo Ao escrevermos uma medida de tempo como 1,3 h, por exemplo, não devemos substituir por 1 h 30 min, pois o sistema de medidas de tempo não é decimal. Observe: 1, 3h = 1h+ 3 10 h = 1h+ 3 10 · 60min = 1h+ 180 10 min = 1h+ 18min Ou seja, 1,3 h = 1 h 18 min. Ao escrever as medidas de tempo, observe o uso correto dos símbolos para hora, minuto e segundo. Ao representar medidas de tempo, também observe a escrita correta dos símbolos correspondentes de cada unidade de medida. Correto 10 h 32 min 10 h 32 min 12s Errado 10:32 h 10 hrs 32 mins 10 h 32’ 12” 10 h 32 m 12 seg Existem duas unidades de medidas angulares, a unidade minuto, representada pelo símbolo (‘), e a unidade segundo, representada pelo símbolo (“), medidas homônimas às unidades de tempo que vimos a pouco, porém somente devem ser utilizadas para medidas angulares e não para medidas de tempo. Operações com medidas de tempo Em algumas situações precisamos realizar operações com medidas de tempo. Vejamos algumas dessas situações: Exemplo � As duas músicas preferidas de Carol têm 5 min 32 s e 4 min 26 s. Qual é o tempo que ela leva para ouvir as duas músicas, uma após a outra, sem pausa entre elas? 5min 32 s + 4min 26 s 9min 58 s Para resolver essa questão basta somarmos as medidas, colocando os termos de mesma unidade um abaixo do outro. Assim, o tempo total que Carol leva para ouvir as duas músicas, sem pausa entre elas, é de 9 min 58 s. � Matemática A03 Exemplo � Qual é a soma das medidas 3 h 05 min 20 s, 2 h 03 min e 1 h 25 s? 3h 05min 20 s 2h 03min 00 s + 1h 00min 25 s 6h 08min 45 s A soma das medidas é 6 h 08 min 45 s. Nas duas situações acima, efetuamos uma adição de medidas de tempo. Como você pôde observar, nos dois exemplos anteriores, quando realizamos uma adição com esse tipo de medida, devemos somar as partes que têm as mesmas unidades entre si. Vejamos outros exemplos: Exemplo 3 Em um CD-R podem ser gravados até 80 min de músicas. Se um CD-R já contém 50 min 12 s de música, quanto tempo de gravação tem disponível em seu espaço livre? Para resolver essa questão, devemos “retirar” do tempo total de gravação do CD-R o tempo de gravação que já está ocupado. Assim, temos: 80min 00 s − 50min 12 s ? s Para poder realizar essa operação, devemos “pedir emprestado” 1 min e transformá-lo em 60 s, ou seja, substituímos 80 min por 79 min 60 s. Assim: 79min 60 s − 50min 12 s 29min 48 s O tempo de gravação disponível no CD-R é de 29 min 48 s. � Matemática A03 Exemplo � Em um treino de Fórmula 1, os tempos obtidos por dois pilotos foram (a) 1 min 15 s 306 e (b) 1 min 15 s 978. Qual a diferença entre esses dois tempos? Para resolver essa operação tomamos o tempo maior (b) e subtraímos o tempo menor (a). Assim, temos: 1min 15 s 978 − 1min 15 s 306 0min 00 s 672 A diferença entre os dois tempos é de 672 milésimos de segundos. Nas duas situações anteriores, efetuamos a subtração de medidas de tempo. Também aqui efetuamos a operação entre termos que têm a mesma unidade. Sempre que necessário precisamos “pedir emprestado” de um termo que apresenta uma unidade maior. Exemplo � Calcule 12 h 15 min 25 s – 5 h 23 min 45 s. Temos: 12h 15min 25 s − 05h 23min 45 s ? s ? s Emprestando 1min e convertendo-o em 60s, que são adicionados aos segundos já existentes, temos: 12 h 14 min 85 s – 5 h 23 min 45 s. Ou: 12h 14min 85 s − 05h 23min 45 s ? s 40 s Entretanto, para efetuar a subtração entre os minutos, temos que pedir emprestado 1 h e convertê-la em 60 minutos, adicionando-os aos minutos já existentes. Assim: 11h 74min 85 s − 05h 23min 45 s 06h 51min 40 s A diferença entre os tempos é de 6 h 51 min 40 s. � Matemática A03 Às vezes, a operação a ser realizada com unidades de medidas é a multiplicação por um número real. Vejamos, agora, essa operação no exemplo a seguir: Exemplo � Se, em um determinado circuito, um ciclista consegue percorrer cada volta em 12 minutos, quanto tempo levaria para percorrer seis voltas, nesse mesmo circuito, se mantivesse essa velocidade média? Nesse caso, basta multiplicarmos por 6 o tempo de percurso, ou seja, o tempo total para as 6 voltas, com a mesma velocidade média, é de 6 . 12 min = 72 min. Lembrando que 72 min = 60 min + 12 min = 1 h 12 min, podemos afirmar que o ciclista levaria 1 h 12 min para percorrer seis voltas. No exemplo anterior, efetuamos uma multiplicação com medidas de tempo. Após a multiplicação, em algumas situações, devemos “arrumar” a medida que apresentar “excessos”. Algumas vezes, em determinadas situações, precisamos dividir uma medida de tempo por um número. Vejamos uma dessas situações: Exemplo � Quando um medicamento é receitado pelo médico para ser tomado três vezes ao dia, fazemos a divisão de um dia (24 h) por três para saber com qual freqüência ele deverá ser tomado. Assim, fazemos: 1 d ÷ 3 = 24 h ÷ 3 = 8 h. Ou seja, esse medicamento deve ser administrado a cada 8 horas. Às vezes, a divisão pede um pouco mais de cuidado. Vejamos um exemplo para essa situação. �Praticando... � Matemática A03 Exemplo � Efetuando a divisão 12 h ÷ 5, temos: 12 5 -10 2,4 020 -20 00 2, 4h = 2h+ 0, 4h = 2h+ 4 10 · 60min = 2h+ 240 10 min 2h+ 24min = 2h 24min �. Leia as seguintes medidas de tempo e coloque-as em ordem crescente: a. 11 h 03 s b. 1 min 55 s 387 c. 5 h 03 min 37 s �. Em um torneio de bicicleta de certo bairro, um ciclista percorreu o circuito com os seguintes tempos: (1ª. volta) 12 min 05 s; (2ª. volta) 11 min 55 s e (3ª. volta) 12 min 01 s. As três voltas foram feitas por esse atleta completando que tempo total? 3. Um piloto de Fórmula 1 fez com seu carro uma volta em 1 min 35 s 896, no primeiro treino livre de certo grande prêmio. Após alguns ajustes no motor, nesse mesmo treino, esse piloto conseguiu reduzir seu tempo para 1 min 28 s 325. Em quanto tempo foi reduzido, por esse piloto, o tempo de percurso de uma volta? �. Considerando que o ponteiro de minutos de um relógio defeituoso dê uma volta completa em 1 min 08 s, quanto tempo levará para que esse ponteiro dê 60 voltas completas? �. Um torno produz, a cada minuto, um total de 600 rotações. Quantas rotações ele produz por segundo? Nessas condições, quanto tempo dura cada uma de suas rotações? � Matemática A03 Unidades de comprimento O SI adota o metro (m) como medida fundamental de comprimento, cujo nome vem do grego métron e significa “medida”. Inicialmente, foi instituído que a medida do metro seria 1 10 000 000 da distância do Pólo Norte ao Equador, no meridiano que passa pela cidade de Paris (França). No Brasil, essa medida (o metro) foi adotada oficialmente em 1928. Existem outras unidades, além do metro, que utilizamos para representar uma medida de comprimento. Algumas unidades são consideradas múltiplos do metro e outras, seus submúltiplos. As que fazem parte desses dois grupos têm como radical a palavra metro e um prefixo que indica sua relação de multiplicidade como metro. São elas: Múltiplos Unidade Fundamental Submúltiplos quilômetro hectômetro Decâmetro metro decímetro centímetro milímetro km hm dam m dm cm mm 1.000 m 100 m 10 m 1 m 0,1 m 0,01 m 0,001 m Quando escrevemos grandes medidas, utilizamos os múltiplos do metro. Quando escrevemos pequenas medidas, utilizamos seus submúltiplos. Para medidas extremamente pequenas, que exige uma maior precisão, utilizamos: mícron (µ) = 10−6 m nanômetro (nm) = 10−9 m angströn (Å) = 10−10 m Para distâncias muito grandes, utilizamos a unidade Ano-luz (distância percorrida pela luz em um ano) que é o mesmo que 9,5 . 1012 km. Algumas unidades como o pé (ft), a polegada (in), a milha (mi) e a jarda (yd) são unidades não pertencentes ao sistema métrico decimal e que são mais utilizadas em países de língua inglesa. Observe as igualdades abaixo: 1 polegada = 2,54 cm 1 pé = 30,48 cm 1 jarda = 91,44 cm 1 milha terrestre = 1 609 m 1 milha marítima = 1 852 m �0 Matemática A03 Exemplo � Para fazer a leitura da medida 8,14 dm, devemos seguir alguns passos: �º. passo: Construir o quadro de unidades. km hm dam m dm cm mm �º. passo: Escrever a medida no quadro de unidades, inserindo primeiramente o último algarismo da parte inteira acompanhado da vírgula, logo abaixo da unidade correspondente, e os demais algarismos, um a um, abaixo de suas respectivas unidades. km hm dam m dm cm mm 8, 1 4 3º. passo: A parte inteira deve ser lida acompanhada da unidade de medida onde se encontra a vírgula e a parte decimal acompanhada da unidade de medida do último algarismo da mesma. Ou seja, a leitura dessa medida é oito decímetros e catorze milímetros. Leitura das medidas de comprimento A leitura de uma medida de comprimento deve ser feita em algumas etapas. Primeiramente, devemos lembrar a ordem das unidades de comprimento. Para isso, podemos construir um quadro de unidades. Em seguida, localizamos o algarismo que deve ser colocado no quadro sob a unidade que acompanha a medida. Esse algarismo é o algarismo da parte inteira que se encontra mais próximo da vírgula. Ele e a vírgula são inseridos nessa casa. Os demais algarismos são inseridos no quadro, ocupando a mesma ordem que ocupavam no valor numérico da medida a ser lida. Por último, fazemos a leitura da parte inteira seguida da unidade onde a vírgula se encontra e da parte decimal seguida da unidade onde se localiza seu último algarismo. km hm dam m dm cm mm �10 �10 �10 �10 �10 �10 �10 �10 �10 �10 �10 �10 �� Matemática A03 Vejamos outro exemplo: Exemplo �0 Fazendo a leitura da medida 13, 258 hm, temos: �º. passo: km hm dam m dm cm mm �º. passo: km hm dam m dm cm mm 1 3, 2 5 8 3º. passo: A leitura da medida é treze hectômetros e duzentos e cinqüenta e oito decímetros. Conversão de medidas Converter medidas de comprimento é realizar a transformação de uma medida em outra equivalente, escrita com outra unidade. Para realizar essa conversão, precisamos lembrar-nos da relação de multiplicidade entre essas unidades. No sistema métrico, cada unidade é 10 vezes maior que a unidade a sua direita. Quando convertemos uma medida para uma unidade menor que a unidade dada, devemos multiplicar o valor numérico que representa a medida por 10, sucessivamente, quantas vezes forem necessárias. Ou ainda, quando convertemos uma medida para uma unidade menor que a unidade dada é preciso dividir o valor numérico que a representa por 10, sucessivamente, quantas vezes forem necessárias. �� Matemática A03 Exemplo �� Escreva a medida 72,146 hm em metros (m). Para transformar a unidade de medida de hectômetros (hm) para metros (m) (duas unidades à direita), devemos multiplicar o valor numérico dessa medida por 10 . 10, ou seja, por 100. Veja a figura: km hm dam m dm cm mm �10 �10 Então, temos: 72, 146 x 100 = 7 214,6. Assim: 72, 146 hm = 7 214,6 m Exemplo �� Transforme 17,185 dam em centímetros (cm). Observe a figura: km hm dam m dm cm mm �10 �10 �10 Para transformar a unidade de medida de decâmetro (dam) para cm (três unidades à direita), devemos multiplicar seu valor numérico por 10 . 10 . 10, ou seja, devemos multiplicá-lo por 1 000. Então, temos: 17, 185 . 1.000 = 17 185. Assim: 17, 185 dam = 17 185 cm. Exemplo �3 Transforme 58,3 m em decâmetros (dam). Veja a figura: km hm dam m dm cm mm �10 Para transformar m em dam (uma unidade à esquerda) devemos dividir por 10. Então, temos: 58,3 ÷ 10 = 5,83. Assim: 58,3 m = 5,83 dam. Perímetro Perímetro de um polígono é o nome dado à soma das medidas dos lados desse polígono. �3 Matemática A03 Exemplo �� Transforme 1 233 m em quilômetros (km). Observe a figura a seguir: km hm dam m dm cm mm �10 �10 �10 Para transformar m em km (três unidades à esquerda) devemos dividir seu valor numérico por 10 três vezes consecutivas, ou seja, devemos dividi-lo por 1.000. Então, temos: 1 233 ÷ 1 000 = 1, 233. Assim: 1 233 m = 1, 233 km. Atenção! Quando encontramos uma expressão que envolve a adição ou subtração de medidas de comprimento com diferentes unidades, devemos inicialmente transformá-las para que todos esses termos apresentem uma mesma unidade a fim de podermos efetuar essas operações. Operações com medidas de comprimento Em alguns momentos, é necessário efetuar algumas operações com medidas de comprimento. Aqui você verá a adição e a subtração de medidas de comprimento, a multiplicação de medidas de comprimento por um número e a divisão de medidas de comprimento por um número, através de algumas situações em que essas operações podem ser utilizadas. Perímetro e semiperímetro de um polígono Considere um retângulo cujas medidas de seus lados chamaremos de a e b. O perímetro desse retângulo é dado pela expressão: Perímetro = a + b + a + b Perímetro = 2 . a + 2 . b, ou ainda, Perímetro = 2 . (a + b). Na Geometria, o perímetro de um polígono recebe o símbolo 2p, pois se representa o semiperímetro (medida muito utilizada) pela letra p. �� Matemática A03 Exemplo �� Considere um retângulo que tem altura igual a 5 cm e 12 cm de comprimento. Calcule o perímetro desse polígono. O perímetro desse retângulo é igual a 5 cm + 12 cm + 5 cm + 12 cm, ou seja, é igual a 34 cm. Assim, o perímetro desse retângulo pode ser representado pela expressão 2p = 2 . (a + b) e seu semiperímetro pela expressão p = a + b. Em um polígono regular, as medidas dos lados são todas iguais, então o perímetro de um polígono regular é o produto do número de lados pela medida do lado. Assim, se um polígono tem n lados de mesma medida (aqui representada por a), dizemos que o perímetro e o semiperímetro do polígono são representados pelas expressões: Perímetro: 2p = n . a Semiperímetro: p = n · a 2 O quadro abaixo apresenta as expressões para os perímetros de alguns polígonos regulares: Polígono Perímetro Semiperímetro Triângulo eqüilátero 2p = 3 . a p = 3 · a 2 Quadrado 2p = 4 . a p = 4 · a 2 ⇒ p = 2 · a Pentágono regular 2p = 5 . a p = 5 · a 2 Hexágono regular 2p = 6 . a p = 6 · a 2 ⇒ p = 3 · a Octógono regular 2p = 8 . a p = 8 · a 2 ⇒ p = 4 · a Decágono regular 2p = 10 . a p = 10 · a 2 ⇒ p = 5 · a Em situações que envolvem o cálculo do perímetro ou do semiperímetro de algumas figuras geométricas, efetuamos, possivelmente, a adição de medidas de comprimento, a multiplicação de medidas de comprimento por um número e a divisão de uma medida de comprimento por um número. P Posição inicial Posição final P P P P C P P P P �� Matemática A03 Aqui efetuamos a adição de medidas de comprimento, porém quando essas figuras geométricas são polígonos regulares, as operações efetuadas são a multiplicação e a divisão. Exemplo �� Calcule o perímetro de um quadrado, sabendo que cada um de seus lados mede 8,5 cm. Um quadrado é um polígono regular (todos os seus lados têm a mesma medida), logo seu perímetro mede 4 . (8,5 cm), ou seja, mede 34 cm. Exemplo �� Sabendo-se que o perímetro de um hexágono mede 42 cm, calcule a medida de cada lado desse polígono. Como o hexágono é um polígono regular de seis lados, seu perímetro pode ser representado pela expressão 6 . a. Quando igualamos essa expressão a 42 cm, podemos encontrar o valor de a, ou seja: 6 . a = 42 cm ⇒ a = 42 cm ÷ 6 ⇒ a = 7 cm A medida de cada lado do hexágono é igual a 7 cm. Comprimento da Circunferência Em uma bicicleta, cada um dos pneus tem raio r igual a 26 cm. Cada volta desses pneus equivale, na horizontal, a quantos centímetros? Marque um ponto em um dos pneus (pode ser na parte que encosta no chão) e desloque a bicicleta até que o ponto esteja na mesma posição. Marque o início e o fim dessa volta com a ajuda de um barbante. �Praticando... �� Matemática A03 Medindo o comprimento C correspondente ao deslocamento do pneu nessa volta, você terá aproximadamente 163,28 cm, que é um valor um pouco mais que o triplo do diâmetro (D ) de cada pneu. Lembre-se: Diâmetro (D ) é o dobro da medida do raio de uma circunferência. Observe que, se dividirmos o comprimento C pelo diâmetro (D ), teremos um valor próximo de 3,14. Ou seja: C D ∼= 3, 14 A esse valor 3, 1415... que é encontrado na divisão de C por D, na Matemática, é associada a letra grega π (lê-se: “PI”). Assim: C D = π ⇒ C = D · π ⇒ C = 2rπ ⇒ C = 2πr Podemos aplicar a fórmula C=2π para determinar o comprimento de qualquer circunferência. �. Faça a leitura de cada medida a seguir e escreva-as abaixo, em ordem crescente: a. 12,6 dam b. 105,38 m c. 2,306 hm d. 125,8 dm Exemplo �� Quanto mede o comprimento da circunferência de raio igual a 10 cm? Aplicando a fórmula do comprimento da circunferência, temos: C = 2⋅π⋅r ⇒ C = 2 . 3,14 . 10 ⇒ C = 62,8 cm A circunferência tem comprimento igual a 62,8 cm. Responda aqui �� Matemática A03 �. Complete as igualdades a seguir, apresentando uma medida equivalente à medida dada: a. 12,6 dam = ........... cm b. 105,38 m = ........... hm c. 2,306 hm = ........... dm d. 125,8 dm = ........... dam 3. O perímetro de um octógono é igual a 12 cm. Quanto mede cada lado desse polígono? �. O semiperímetro de um terreno retangular é igual a 32 m. Sabendo que a largura desse terreno está para a sua profundidade, assim como três está para cinco, quais são as dimensões desse retângulo? �� Matemática A03 Unidades de área Quando, em nosso cotidiano, deparamos com questões como “qual é a área desse cômodo?”, “quantos metros quadrados de cerâmica são necessários para revestir esse piso?” ou “preciso calcular a área das paredes desse apartamento” estamos nos preocupando com a área de uma superfície. Algumas pessoas confundem área e superfície, mas devemos lembrar que superfície é uma grandeza com duas dimensões, enquanto área é um número que representa a medida dessa grandeza. A unidade fundamental para medidas de superfície é o metro quadrado (m2), que corresponde à medida da superfície de um quadrado com 1 metro de lado. Múltiplos Unidade Fundamental Submúltiplos quilômetro quadrado hectômetro quadrado decâmetro quadrado metro quadrado decímetro quadrado centímetro quadrado milímetro quadrado km2 hm2 dam2 m2 dm2 cm2 mm2 1.000.000 m2 10.000 m2 100 m2 1 m2 0,01 m2 0,0001 m2 0,000001 m2 Para medir pequenas superfícies recorremos ao dm2, o cm2 e o mm2, enquanto o dam2, o hm2 e km2 são utilizados para medir grandes superfícies. �� Matemática A03 Vejamos como podemos fazer a leitura de medidas com essas unidades nos exemplos a seguir. Leitura das medidas de comprimento Para fazer a leitura de medidas de superfície, vamos construir um quadro de unidades, inserir o valor numérico dessa medida e, finalmente, fazer a leitura da medida dada. Vejamos como podemos fazer a leitura das medidas de superfície nos exemplos a seguir: Exemplo �� Leia a seguinte medida: 75,18 m2. Devemos estabelecer algumas etapas para fazer a leitura de uma medida de superfície: �º. Passo – Primeiramente devemos construir o quadro de unidades. km2 hm2 dam2 m2 dm2 cm2 mm2 �º. Passo – Inserir os dois últimos números da parte inteira (juntamente com a vírgula) sob a unidade indicada ao lado da medida, neste caso o metro quadrado (m2). Os demais algarismos serão inseridos dois a dois sob as unidades das casas vizinhas, de acordo com suas posições no valor numérico da medida dada. km2 hm2 dam2 m2 dm2 cm2 mm2 75, 18 3º. Passo – Fazemos a leitura: setenta e cinco metros quadrados de dezoito decímetros quadrados. Exemplo �0 Leia a seguinte medida: 931,8 m2. Construindo o quadro de unidades (�º. passo) e inserindo os algarismos nos devidos espaços (�º. passo), obtemos: km2 hm2 dam2 m2 dm2 cm2 mm2 9 31, 80 A medida 931,8 m2 tem a seguinte leitura: novecentos e trinta e um metros quadrados e oitenta decímetros quadrados. km2 hm2 dam2 m2 dm2 cm2 mm2 �100 �100 �100 �100 �100 �100 �100 �100 �100 �100 �100 �100 �0 Matemática A03 Exemplo �� Leia a seguinte medida: 0, 425 dam2 . Construindo o quadro de unidades (�º. passo) e inserindo os algarismos nos devidos espaços (�º. passo), obtemos: km2 hm2 dam2 m2 dm2 cm2 mm2 0, 42 50 A leitura da medida 0,425dam2 é: quatro mil duzentos e cinqüenta decímetros quadrados. Medidas Agrárias Nas regiões agrícolas, as medidas mais utilizadas para medição de superfícies de plantio ou de propriedades são as medidas agrárias. A principal unidade das medidas agrárias é o are (a), que possui um múltiplo, o hectare (ha) e um submúltiplo, o centiare (ca). Múltiplo Principal unidade Submúltiplo hectare (ha) are (a) centiare (ca) 100 a 1 a 0,01a 1 hm2 1 dam2 1 m2 Outras medidas como o alqueire, por exemplo, também são utilizados nessas regiões, porém têm padrões variáveis de uma região para outra. Esse tipo de medida é utilizado onde você mora? Que tal pesquisar na Internet sobre esse assunto? Conversão de medidas de superfície No sistema métrico decimal, devemos lembrar que, na transformação de unidades de superfície, cada unidade de superfície é 100 vezes maior que a unidade imediatamente inferior. Na conversão de medidas, se a unidade na qual a medida vai ser expressa está à direita da unidade da medida original, devemos multiplicar seu valor numérico por 100, tantas vezes quantas forem as posições entre as unidades. Para a conversão para uma unidade à esquerda da unidade da medida original, devemos dividir seu valor numérico por 100, tantas vezes quantas forem as posições entre as unidades. �� Matemática A03 Observe as transformações realizadas nos exemplos a seguir: Exemplo �� Escreva a medida 5,41 m2 em mm2. Observe a figura: km hm dam m dm cm mm �10 �10 Para transformar m2 em mm2 (três posições à direita) devemos multiplicar o valor numérico da medida por 100 . 100 . 100, portanto o multiplicaremos por 1 000 000. Ou seja, 5,41 . 1 000 000 = 5 410 000. Assim: 5,41 m2 = 5 410 000 mm2. Exemplo �3 Converta a medida 108,6 dam2 para outra medida equivalente em km2. km2 hm2 dam2 m2 dm2 cm2 mm2 �100 �100 Para transformar dam2 em km2 (duas posições à esquerda) devemos dividir o valor numérico da medida por 100 . 100, ou seja, devemos multiplicá-lo por 10 000. Logo, faremos 108,6 ÷ 10 000 = 0, 01086 km2. Assim: 108,6 dam2 = 0,01086 km2. Responda aqui 3Praticando... �� Matemática A03 �) Leia as seguintes medidas de área abaixo e escreva-as em ordem crescente: a. 11,8 m2 b. 819,34 dam2 c. 0,215 km2 d. 2,5 dm2 �) Transforme cada uma das medidas a seguir em outra equivalente com a unidade apresentada: a. 11,8 m2 = .......... mm2. b. 819,34 dam2 = ........ m2. c. 0,215 km2 = ............dm2. d. 2,5 dm2 = ........ m2. 3) A medida 125 ha é o mesmo que a. 1,25 km2. b. 12,5 hm2. c. 125 dam2. d. 1 250 m2. �3 Matemática A03 Se você sentiu alguma dificuldade na resolução de alguma atividade anterior, não se preocupe. Releia a seção do conteúdo correspondente, inclusive com mais atenção aos detalhes apresentados nos exemplos e tente resolver novamente as atividades. Se você fez todas as atividades e não sentiu dificuldades, parabéns! Agora, que tal passar para a resolução dos exercícios a seguir? Ex er cí ci os �� Matemática A03 �. A leitura “doze hectômetros e quinhentos e vinte e seis decímetros” corresponde à medida: a. 12 h 526 dm b. 12, 526 dm c. 12, 526 hm d. 12, 0526 hm �. Podemos ler a medida 72, 098 dam como sendo a. setenta e dois decímetros e noventa e oito décimos de milímetros. b. setenta e dois decâmetros e noventa e oito milímetros. c. setenta e dois decâmetros e noventa e oito centímetros. d. setenta e dois decâmetros e noventa e dois decímetros. 3. O quádruplo de 325,1 mm é o mesmo que a. 13, 004 dm. b. 130, 04 dm. c. 1 300,4 dm. d. 13 004 dm. �. A quinta parte da medida 12,5 km é a. 2 500 hm b. 250 hm c. 25 hm d. 2,5 hm �� Matemática A03 �. Se convertermos a medida 103,58 dam2, encontramos: a. 10 358 metros quadrados. b. 10 358 decímetros quadrados. c. 10 358 centímetros quadrados. d. 10 358 milímetros quadrados. �. A leitura da medida da área do quadrado cujo lado mede 12,5 m é a. cento e cinqüenta e seis metros quadrados e vinte e cinco decímetros quadrados. b. cento e vinte e cinco metros quadrados e vinte e cinco centímetros quadrados. c. cem metros quadrados e oitenta e cinco centímetros quadrados. d. quarenta e oito metros quadrados e cinqüenta decímetros. �. Considere um terreno cujas medidas são as seguintes: 4,25 m, 625 cm, 0,5 dam e 4 800 mm. Qual é o comprimento mínimo de arame necessário para cercar esse terreno, utilizando uma cerca de cinco fi os? Exemplo de cerca de 5 fios Auto-avaliação �� Matemática A03 Você viu, nesta aula, como representar medidas adequadamente, como fazer a leitura e uma correta conversão de medidas de tempo, de comprimento e de superfície, observando, também, como efetuar operações dessas medidas, quando necessário ou solicitado. �. Quais são as unidades de medidas de tempo mais utilizadas no seu dia-a-dia? �. Procure um artigo ou notícia em seu jornal local ou em revistas que apresente ao menos uma medida de tempo. Verifique se a representação dessa medida está correta. 3. Com a ajuda de uma régua, descubra as dimensões dos seguintes objetos pessoais: a. celular b. agenda c. calculadora d. caneta e. lápis f. borracha �. Determine as dimensões de seu quarto e calcule a. o perímetro desse cômodo. b. o semiperímetro desse cômodo. c. a área do piso desse cômodo. �. A medida 3,2 min é o mesmo que a. 3 minutos e 22 segundos. b. 3 minutos e 20 segundos. c. 3 minutos e 12 segundos d. 3 minutos e 2 segundos. Para Consulta �� Matemática A03 �. A medida 12, 625 dam é o mesmo que a. 12 625 cm. b. 12 625 dm. c. 12 625 m. d. 12 625 km. �. A medida 62 400 mm2 é o mesmo que a. 00, 624 km2. b. 0, 624 m2. c. 6,24 dm2. d. 62,4 cm2. Unidades de medidas de tempo: Segundo (s) = Unidade fundamental 1 minuto (1 min) = 60 s; 1 hora (1 h) = 60 min = 3 600 s; 1 dia (1 d) = 86 400 s Submúltiplos do segundo: décimo de segundo (= 0,1 s); centésimo de segundo (= 0,01 s); milésimo de segundo (= 0,001 s). Unidades de medidas de comprimento Múltiplos Unidade Fundamental Submúltiplos quilômetro hectômetro Decâmetro metro decímetro centímetro milímetro km hm dam m dm cm mm 1.000 m 100 m 10 m 1 m 0,1 m 0,01 m 0,001 m Outras medidas: mícron (µ) = 10-6 m nanômetro (nm) = 109 m angströn (Å) = 10-10 m 1 polegada = 2,54 cm 1 pé = 30,48 cm 1 jarda = 91,44 cm 1 milha terrestre = 1 609 m 1 milha marítima = 1 852 m �� Matemática A03 Leitura das medidas de comprimento Leia a parte inteira do número seguida da unidade onde a vírgula se encontra e, logo depois, a parte decimal seguida da unidade onde se localiza seu último algarismo no quadro de unidades. km hm dam m dm cm mm Conversão de medidas de comprimento km hm dam m dm cm mm �10 �10 �10 �10 �10 �10 �10 �10 �10 �10 �10 �10 Aplicações de operações com medidas de comprimento: Perímetro de um retângulo: 2 . (a + b), a e b são as medidas dos lados. Perímetro e semiperímetro de alguns polígonos regulares: Polígono regulares Perímetro Semiperímetro Triângulo eqüilátero 2p = 3 . a p = 3 · a 2 Quadrado 2p = 4 . a p = 4 · a 2 ⇒ p = 2 · a Pentágono regular 2p = 5 . a p = 5 · a 2 Hexágono regular 2p = 6 . a p = 6 · a 2 ⇒ p = 3 · a Octógono regular 2p = 8 . a p = 8 · a 2 ⇒ p = 4 · a Decágono regular 2p = 10 . a p = 10 · a 2 ⇒ p = 5 · a Comprimento da Circunferência: C 2r = π ⇒ C = 2πr Unidades de medidas de superfície: Múltiplos Unidade Fundamental Submúltiplos quilômetro quadrado hectômetro quadrado decâmetro quadrado metro quadrado decímetro quadrado centímetro quadrado milímetro quadrado km2 hm2 dam2 m2 dm2 cm2 mm2 1.000.000 m2 10.000 m2 100 m2 1 m2 0,01 m2 0,0001 m2 0,000001m2 Leitura de medidas de superfície: Leia a parte inteira seguida da unidade de medida onde a vírgula está localizada e, logo depois, leia a parte decimal seguida da unidade onde se encontra o último algarismo à direita no quadro de unidades. km� hm� dam� m� dm� cm� mm� Medidas Agrárias: Múltiplo Principal unidade Submúltiplo hectare (ha) are (a) centiare (ca) 100 a 1 a 0,01 a 1 hm2 1 dam2 1 m2 Conversão de unidades de medidas de superfície km2 hm2 dam2 m2 dm2 cm2 mm2 �100 �100 �100 �100 �100 �100 �100 �100 �100 �100 �100 �100 �� Matemática A03 Leitura de medidas de superfície: Leia a parte inteira seguida da unidade de medida onde a vírgula está localizada e, logo depois, leia a parte decimal seguida da unidade onde se encontra o último algarismo à direita no quadro de unidades. km� hm� dam� m� dm� cm� mm� Medidas Agrárias: Múltiplo Principal unidade Submúltiplo hectare (ha) are (a) centiare (ca) 100 a 1 a 0,01 a 1 hm2 1 dam2 1 m2 Conversão de unidades de medidas de superfície km2 hm2 dam2 m2 dm2 cm2 mm2 �100 �100 �100 �100 �100 �100 �100 �100 �100 �100 �100 �100 REFERÊNCIAS INMETRO. Unidades legais de medidas. Disponível em: <http://www.inmetro.gov.br/ consumidor/unidLegaisMed.asp#n_letra>. Acesso em: 28 jun. 2008. SÓ MATEMÁTICA. Medidas de comprimento. Disponível em: <http://www.somatematica. com.br/fundam/comprimento/comprimento.php>. Acesso em: 21 jun. 2008a. ______. Medidas de superfície. Disponível em: <http://www.somatematica.com.br/ fundam/medsup.php>. Acesso em: 21 jun. 2008b. SOUZA, Maria Helena; SPINELLI, Walter. Matemática: 5ª a 8ª séries. São Paulo: Ática, 2003. Anotações 30 Matemática A03 04 Elizabete Alves de Freitas C U R S O T É C N I C O E M S E G U R A N Ç A D O T R A B A L H O Conhecendo as unidades de medidas (parte II) Matemática Coordenadora da Produção dos Materias Marta Maria Castanho Almeida Pernambuco Coordenador de Edição Ary Sergio Braga Olinisky Coordenadora de Revisão Giovana Paiva de Oliveira Design Gráfico Ivana Lima Diagramação Ivana Lima José Antônio Bezerra Júnior Mariana Araújo de Brito Vitor Gomes Pimentel Arte e ilustração Adauto Harley Carolina Costa Heinkel Huguenin Revisão Tipográfica Adriana Rodrigues Gomes Design Instrucional Janio Gustavo Barbosa Luciane Almeida Mascarenhas de Andrade Jeremias Alves A. Silva Margareth Pereira Dias Revisão de Linguagem Maria Aparecida da S. Fernandes Trindade Revisão das Normas da ABNT Verônica Pinheiro da Silva Adaptação para o Módulo Matemático Joacy Guilherme de Almeida Ferreira Filho Revisão Técnica Rosilene Alves de Paiva equipe sedis | universidade do rio grande do norte – ufrn Projeto Gráfico Secretaria de Educação a Distância – SEDIS Governo Federal Ministério da Educação � Matemática A04 Você ve rá por aqu i... Objetivo Em nossa aula, concluiremos o nosso estudo sobre as unidades de medida. Veremos, então, as unidades de medida de volume, as unidades de medida de capacidade e as unidades de medida de massa, observando a escrita correta de todas elas. Você verá também como converter uma medida em outra equivalente, observando a relação de multiplicidade entre elas e observando algumas relações de equivalência entre essas unidades. Ao longo de toda a aula, você encontrará diversas atividades para verificar os conhecimentos recém adquiridos. Para complementar seu estudo, ao final da aula, você encontrará uma lista de exercícios que contém questões envolvendo todo o conteúdo estudado nesta aula. Escrever corretamente uma unidade de medida de volume, de capacidade ou de massa. Executar corretamente uma conversão de medidas. Resolver situações do cotidiano nas quais seja necessário efetuar operações com medidas de volume, capacidade ou de massa. � Matemática A04 Para começo de conversa... A produção diária nacional de gás natural somou 53,3 milhões de metros cúbicos, segundo informações disponibilizadas pelo artigo de Cirilo Júnior, em 03 de julho de 2008, publicado pelo UOL. Essa informação apresenta uma medida 53,3 milhões de metros cúbicos, que é uma medida de volume. “[...] Seu tanque tem capacidade para pouco mais de 26 mil litros de combustível”. Essas informações, publicadas no dia 30 de setembro de 2006, referem-se à aeronave Boeing, modelo 737-800, também disponibilizadas pelo UOL. Encontrar informações com medidas de volume, medidas de capacidade e medidas de massa, em várias situações, faz parte do nosso dia-a-dia. É necessário, então, que saibamos ler, escrever e efetuar operações de forma correta com essas medidas, para que não sejam cometidos equívocos. Vamos aos estudos? 1m 1m 1m 3 Matemática A04 Conhecendo mais algumas unidades de medidas UNIDADES DE MEDIDAS DE VOLUME Para se determinar a medida de um volume é necessário ter em mãos três informações sobre o corpo para o qual se quer determinar essa medida. Essas informações são as três dimensões – comprimento, largura e altura – do objeto envolvido. Somente com essas informações é que podemos calcular medidas de volume. Metro cúbico - a unidade fundamental de volume Figura 1 – Cubo de volume igual a 1 m3 O Sistema Internacional de Unidades (SI) estabelece o metro cúbico como a unidade fundamental de volume. O metro cúbico (m3) corresponde à medida do espaço ocupado por um cubo com 1 m de aresta. Múltiplos e submúltiplos do metro cúbico Para medir volume de objetos pequenos temos as unidades: decímetro cúbico, centímetro cúbico e milímetro cúbico. Essas unidades são os submúltiplos do metro cúbico. � Matemática A04 Para medir o volume de objetos grandes, usamos as unidades metros cúbico, decâmetro cúbico, hectômetro cúbico e quilômetro cúbico. Essas três últimas são os múltiplos do metro cúbico. Observe o quadro a seguir: Múltiplos Unidade Fundamental Submúltiplos quilômetro cúbico hectômetro cúbico decâmetro cúbico metro cúbico decímetro cúbico centímetro cúbico milímetro cúbico km3 hm3 dam3 m3 dm3 cm3 mm3 109 m3 106 m3 103 m3 1 m3 10 − 3 m3 10 − 6 m3 10 − 9 m3 No quadro anterior, podemos ver que cada uma das unidades de medidas de volume é 1 000 vezes maior que a unidade imediatamente à sua direita. Conseqüentemente, cada unidade é igual a 0,001 (um milésimo) do valor da unidade imediatamente à sua esquerda. Leitura das medidas de volume Para ler uma medida de volume vamos usar o mesmo método utilizado para a leitura de medidas de comprimento e das medidas de superfície, porém com a seguinte diferença: para cada unidade do quadro de unidades associamos três algarismos do valor numérico da medida. EXEMPLO 1: Leia a medida 12,5 cm3. Para fazer a leitura da medida, temos que (a) construir o quadro de unidades e (b) inserir, primeiramente, os três algarismos à esquerda da vírgula na unidade de medida indicada acima (ou seja, m3). Nesse caso, vamos escrever o 12 (doze) com a vírgula sob a unidade cm3. Os demais algarismos são escritos “três a três” nas unidades vizinhas. Assim, escrevemos o algarismo 5 sob a unidade mm3, completando a casa com 00 (dois zeros). � Matemática A04 EXEMPLO 2: Leia a seguinte medida: 0,425 m3. Para fazer a leitura da medida, temos que (a) construir o quadro de unidades e (b) inserir primeiramente os três algarismos à esquerda da vírgula na unidade de medida indicada acima (ou seja, m3). Nesse caso, vamos escrever o 0 (zero) com a vírgula sob a unidade m3. Os demais algarismos são escritos “três a três” nas unidades vizinhas. Assim, escrevemos 425 sob a unidade dm3. Logo, temos: km3 hm3 dam3 m3 dm3 cm3 mm3 0, 425 A leitura dessa medida é ‘quatrocentos e vinte e cinco decímetros cúbicos”. Logo, temos: km3 hm3 dam3 m3 dm3 cm3 mm3 12, 500 A leitura dessa medida é “doze centímetros cúbicos e quinhentos milímetros cúbicos”. EXEMPLO 3: Como pode ser lida a medida 0,183 dam3? Primeiro, construímos o quadro de unidades e inserimos os algarismos três a três, obtendo a seguinte situação: km3 hm3 dam3 m3 dm3 cm3 mm3 0, 183 A leitura dessa medida é “cento e oitenta e três metros cúbicos”. km3 hm3 dam3 m3 dm3 cm3 mm3 �1000 km3 hm3 dam3 m3 dm3 cm3 mm3 �1000 �1000 �1000 �1000 �1000 �1000 �1000 �1000 �1000 �1000 �1000 �1000 � Matemática A04 EXEMPLO 4: Transformar 8,425 m3 para dm3. Observe o diagrama: Conversão de medidas de volume Converter uma medida de volume em outra é realizar a transformação de uma medida em outra equivalente. Para isso, devemos lembrar que toda unidade vale 1 000 vezes a unidade imediatamente à sua direita. Conseqüentemente, cada unidade é um milésimo do valor da unidade imediatamente à sua esquerda. Que tal vermos outro exemplo? Veja que para transformar m3 em dm3 (uma posição à direita) devemos multiplicar por 1 000 o valor numérico da medida. Assim, temos 8,425. 1 000 = 8 425. A medida 8,425 m3 é igual a 8 425 dm3. Vamos realizar a transformação pelo mesmo método utilizado na transformação de medidas de comprimento e das medidas de superfície, como você verá nos exemplos a seguir. km3 hm3 dam3 m3 dm3 cm3 mm3 �1000 �1000 km3 hm3 dam3 m3 dm3 cm3 mm3 �1000 �1000 � Matemática A04 EXEMPLO 5: Transformar a medida 5,19 dm3 em mm3. Observe o diagrama a seguir: Para transformar uma medida apresentada em dm3 em outra apresentada em mm3 (duas unidades à direita) é necessário multiplicar seu valor numérico duas vezes consecutivas por 1 000. Assim: 5,19 . 1 000 . 1 000 = 5 190 000. Logo: 5,19 dm3 é igual a 5 190 000 mm3. Os dois exemplos anteriores apresentaram uma transformação de uma medida para outra de unidade menor. Agora, que tal vermos uma transformação de uma medida em outra de unidade maior? Vejamos mais um exemplo. EXEMPLO 6: Converta 15 000 000 m3 em hm3. Observando o diagrama, podemos perceber que essa transformação pede que façamos a divisão do valor numérico por 1 000 duas vezes consecutivas, que é o mesmo que dividi-lo por 1 000 . 1 000 (=1 000 000). Assim: 15 000 000 ÷ 1 000 000 = 15. Logo, a medida 15 000 000 m3 é igual a 15 hm3. Responda aqui Praticando... 1 � Matemática A04 1. Qual é a leitura da medida 34,52 hm3. 2. Faça a transformação da medida 41,5 cm3 para mm3. 3. A medida 0,321 dam3 é o mesmo que a) 3,21 m3. b) 32,1 m3. c) 321 m3. d) 3210 m3. 4. Em uma pequena cidade foram construídas 15 cisternas de 18 m3. Com esse empreendimento, o volume de águas que pode ser acumulado aumentou em quantos metros cúbicos? Responda aqui � Matemática A04 �0 Matemática A04 Unidades de medidas de capacidade Quando nos deparamos nas reportagens, rótulos e panfletos informativos com situações como “o tanque de combustível desse carro tem capacidade para 50 litros de combustível”, “capacidade do vasilhame: 900 ml” ou “caixa d’água com capacidade de 2 000 l”, vemos em comum um mesmo tipo de informação: uma medida de capacidade. Determinar a capacidade de um recipiente é saber com qual volume o seu interior pode ser preenchido; em outras palavras, é determinar o seu volume interno. Para determinar a capacidade de um recipiente, podemos preenchê-lo completamente com um líquido qualquer e, depois, medir o volume de líquido utilizado para esse preenchimento. Independente da forma que escolhermos para determinar a capacidade de um corpo, devemos, primeiramente, conhecer um pouco sobre o assunto. Unidade fundamental de capacidade A unidade fundamental de medida de capacidade é o litro. Uma caixa cúbica com aresta igual a 1 dm (ou 10 cm). Assim, 1l = 1 dm3 = 1 000 cm3. �� Matemática A04 Múltiplos e submúltiplos do litro O quadro a seguir apresenta o litro e seus múltiplos e submúltiplos. Múltiplos Unidade Fundamental Submúltiplos quilolitro hectolitro decalitro litro decilitro centilitro mililitro kl hl dal l dl cl ml 1000 l 100 l 10 l 1 l 0,1 l 0,01 l 0,001 l Observe que cada unidade é 10 vezes maior que a unidade imediatamente inferior. Conseqüentemente, cada unidade é um décimo do valor da unidade imediatamente à sua esquerda. Relação do litro com as unidades de medida de volume Podemos estabelecer relações de equivalência entre algumas unidades de medidas de capacidade com algumas unidades de medida de volume. 1 l = 1 dm3 1 ml = 1 cm3 1 kl = 1 m3 Leitura das medidas de capacidade EXEMPLO 7: Leia a seguinte medida: 7,923 dal. Após construir o quadro de unidades e inserir os algarismos do valor numérico da medida “um a um” – começando do primeiro algarismo à esquerda da vírgula e a própria vírgula – sob a unidade indicada na medida, temos: kl hl dal l dl cl ml 7, 9 2 3 Uma das leituras dessa medida é “sete decalitros e novecentos e vinte e três centilitros”. Outra leitura seria “setenta e nove litros e vinte e três centilitros”. kl hl dal l dl cl ml �10 �10 kl hl dal l dl cl ml �10 �10 �10 �10 �10 �10 �10 �10 �10 �10 �10 �10 �� Matemática A04 EXEMPLO 8: Leia a medida 0,056 kl. Após construir o quadro de unidades, devemos inserir os algarismos “um a um”, a partir do algarismo imediatamente à esquerda da vírgula. Esse algarismo e a vírgula são inseridos sob a unidade indicada na medida (nesse caso, sob a unidade kl). kl hl dal l dl cl ml 0, 0 5 6 Uma das leituras que podemos fazer dessa medida é “cinqüenta e seis litros”. Conversão de medidas de capacidade Conversão de medidas é a transformação de medidas em outras de unidades diferentes. Para converter medidas de capacidade, no sistema métrico decimal, observe que cada unidade de capacidade é 10 vezes maior que a unidade imediatamente à sua direita, ou, ainda, que cada unidade de capacidade é 0,1 (um décimo) da medida imediatamente a sua esquerda, como você pode observar no diagrama a seguir: Vejamos alguns exemplos de transformação de medidas de capacidade: EXEMPLO 9: Transformar 8,53 dl para ml. Em primeiro lugar, observe o diagrama: Para transformar dl para ml (duas unidades à direita) devemos multiplicar o valor numérico da medida por 10, duas vezes consecutivas, ou seja, devemos multiplicá-lo por 10 . 10 = 100. Ou seja: 8,53 . 100 = 853. Assim: 8,53 dl = 853 ml. �3 Matemática A04 Operações com medidas de capacidade Podemos efetuar algumas operações com as medidas de capacidade. Veja os exemplos a seguir: EXEMPLO 10: Em uma festa, o consumo total de refrigerante foi o seguinte: 10 unidades de 2 l, 8 unidades de 1,5 l, 6 unidades de 600 ml e 24 unidades de 350 ml. Qual a quantidade total de refrigerante consumido nessa festa? Para responder a essa pergunta, teremos que efetuar multiplicações e adições. Vejamos a quantidade de refrigerante por tipo de vasilhame: 10 ⋅ 2 l = 20 l 08 ⋅ 1,5 l = 12 l 6 ⋅ 600 ml = 3 600 ml = 3,6 l 24 ⋅ 350 ml = 8 400 ml = 8,4 l Agora, podemos calcular a quantidade total de refrigerante consumido no evento: 20 l + 12 l + 3,6 l + 8,4 l = 44 l. Na festa, foram consumidos 44 litros de refrigerante. EXEMPLO 11: Um reservatório com capacidade de 100 000 l, quando completamente cheio, pode acumular um volume correspondente a quantas caixas d’água de 1 250l? Para resolver essa questão, basta efetuarmos a divisão: 100 000l ÷ 1 250 l. Assim, teremos: 10 000 l ÷ 1 250 l = 80. O reservatório com capacidade de 100 000l é capaz de acumular um volume d’água suficiente para abastecer 80 caixas d’água de 1 250 l. Praticando... 2 �� Matemática A04 1. A capacidade de um tanque de água é de 10 000 litros. Sabendo-se que esse reservatório está apenas com 80% de sua capacidade ocupada, falta completá-lo com quantos litros d’água? 2. Duas caixas de suco de 900 ml de capacidade é capaz de abastecer inteiramente quantos copos de 150 ml? 3. Em um vasilhame foram adicionadas 3 colheres de sopa de água sanitária a 3 litros de água. Considerando que cada colher de sopa de água sanitária contenha 15 ml do produto, qual é a quantidade final de líquido nessa mistura? EXEMPLO 12: Em um balde graduado, há 2,99 l de água e acrescentamos a esse líquido já existente 10 ml de desinfetante. Considere que a capacidade desse vasilhame é de 12 litros e responda: (a) Qual é a quantidade total de líquido existente no balde? (b) Qual é a razão entre o volume ocupado pelo líquido existente no balde e a capacidade total desse vasilhame? Para responder a essas questões, devemos somar as duas medidas citadas; para isso, precisamos converter todas as medidas para uma mesma unidade. Vamos converter todas as medidas para ml. Para transformar a medida 2,99 l para ml, devemos multiplicar seu valor numérico por 1 000. Assim: 2,99 ⋅ 1 000 = 2 990. Logo 2,99 l = 2 990 ml. O volume total de líquido no balde é 2 990 ml + 10 ml = 3 000 ml. A capacidade do balde é 12 l = 12 . 1 000 ml = 12 000 ml, e a razão entre o volume ocupado pelo líquido e a capacidade do vasilhame é: 3 000 ml 12 000 ml = 3 12 = 1 4 . Responda aqui �� Matemática A04 Peso bruto e Peso líquido Peso bruto: é o nome comum dado à soma da massa total do produto, ou seja, massa do conteúdo mais a massa da embalagem. Peso líquido: massa apenas do conteúdo de um produto, sem contar com a da embalagem. �� Matemática A04 Unidades de medida de massa Existe muita confusão entre os conceitos de peso e massa, inclusive nas embalagens de produtos industrializados é comum vermos os termos peso bruto e peso líquido. É um equívoco comum. Massa é o nome que damos à quantidade de matéria que um corpo possui e peso é o nome que damos à força com que esse corpo é atraído ao centro da terra. A massa é constante, independente do local onde o corpo se encontre. O peso varia de acordo com o local onde o corpo se localiza. Unidade fundamental de massa O quilograma é a unidade fundamental de massa, porém o grama é citado como a unidade principal desse tipo de unidade. Observe que a palavra grama (unidade de medida de massa de um corpo) é um substantivo masculino, portanto a medida 500 g é lida como: “quinhentos gramas”. Como padrão, o quilograma (kg) é igual à massa de 1 dm3 de água destilada à temperatura de 4ºC. Múltiplos e submúltiplos do grama O quadro a seguir apresenta os múltiplos e submúltiplos do grama. Múltiplos Unidade principal Submúltiplos quilograma hectograma decagrama grama decigrama centigrama miligrama kg hg dag g dg cg mg 1 000 g 100 g 10 g 1 g 0,1 g 0,01 g 0,001 g Nas unidades de medida de massa, cada unidade de volume é 10 vezes maior que a unidade imediatamente à direita. Por isso, cada unidade é 0,1 da unidade imediatamente à esquerda. kg hg dag g dg cg mg �10 �10 �10 �10 �10 �10 �10 �10 �10 �10 �10 �10 �� Matemática A04 Assim, temos: Observe no diagrama que 1 g = 10 dg ou que 1 kg = 10 hg. Relações Importantes das medidas de massa com as medidas de volume e de capacidade Existem algumas relações entre as medidas de massa com as medidas de volume e de capacidade. Assim, para a água pura (destilada) a uma temperatura de 4ºC, são válidas as seguintes equivalências: 1 kg ⇔ 1 dm3 ⇔ 1 l 1 m3 ⇔ 1 kl ⇔ 1 t 1 cm3 ⇔ 1 ml ⇔ 1 g Observe que, quando medimos grandes massas, as seguintes unidades especiais podem ser utilizadas: 1 arroba = 15 kg 1 tonelada (t) = 1.000 kg 1 megaton = 1.000 t ou 1.000.000 kg Leitura das medidas de massa Para realizar a leitura das medidas de massa, vamos seguir o mesmo procedimento aplica- do às medidas estudadas anteriormente. Primeiro passo: construir o quadro de unidades. Segundo passo: inserir os algarismos do valor numérico no quadro de unidades. Nesse caso, vamos inserir os algarismos um a um, começando do que está imediatamente à esquerda da vírgula, que será inserido juntamente com a vírgula sob a unidade que está indicada na medida. kg hg dag g dg cg mg �10 �10 �10 �10 �10 �10 �10 �10 �10 �10 �10 �10 �� Matemática A04 EXEMPLO 13: Leia a seguinte medida: 53,412 hg. Devemos inserir o algarismo 3 e a vírgula sob a unidade hectograma (hg) e os demais nas casas vizinhas, de acordo com a posição que se encontram no valor numérico. kg hg dag g dg cg mg 5 3, 4 1 2 A medida é lida como “cinqüenta e três hectogramas e quatrocentos e doze decigramas”. EXEMPLO 14: Leia a medida: 0,015 g. Construindo o quadro de unidades e inserindo os algarismos “um a um”, temos: kg hg dag g dg cg mg 0, 0 1 5 A medida é lida como “quinze miligramas”. Conversão de medidas de massa Observe o diagrama a seguir: Cada unidade de massa é 10 vezes maior que a unidade imediatamente à sua direita e cada unidade de massa é 0,1 (um décimo) da unidade imediatamente à sua esquerda. kg hg dag g dg cg mg �10 �10 kg hg dag g dg cg mg �10 �� Matemática A04 Para realizar a conversão de medidas de massa, temos que observar essa relação de multiplicidade entre as unidades de medidas. Observe como são realizadas essas transformações, nos exemplos a seguir: EXEMPLO 15: Converta 1,325 kg em dag. Veja o diagrama: Para transformar kg em dag (duas unidades à direita) devemos multiplicar por 10 duas vezes consecutivas. Assim, temos: 1,325 ⋅ 10 ⋅ 10 = 1,325 ⋅ 100 =132,5 Ou seja: 1,325 kg = 132,5 dag EXEMPLO 16: Converta 82,5 hg em kg. Para realizar essa transformação, devemos dividir 82,5 por 10. Assim: 82,5 ÷10 = 8,25. A medida 82,5 hg é igual a 8,25 kg. kg hg dag g dg cg mg �10 �10 kg hg dag g dg cg mg �10 �10 �10 �10 �0 Matemática A04 EXEMPLO 17: Converta a medida 0,05 dag em dg. Para realizar essa conversão, temos que efetuar a seguinte multiplicação: 0,05 ⋅ 10 ⋅ 10 = 0,05 ⋅ 100 = 5 A medida 0,05 dag é igual a 5 dg. EXEMPLO 18: Converta a medida 12 300 cg em hg. Para realizar essa conversão de medidas, devemos efetuar a seguinte divisão: 12 300 ÷ 10 ÷ 10 ÷ 10 ÷ 10 = 12 300 ÷ 10 000 = 1,23. A medida 12 300 cg é igual a 1,23 hg. Responda aqui Praticando... 3 �� Matemática A04 1. A embalagem de um produto apresenta as seguintes informações: peso bruto 5,35 hg, peso líquido 52,86 dag. Quanto pesa a embalagem de uma unidade desse produto? 2. Considere o produto descrito na questão anterior. Qual é a massa total de 10 unidades desse produto acondicionadas em uma caixa de papelão que pesa 98 g? ������ Ex er cí ci os Matemática A01 Se você já resolveu todas as atividades encontradas ao longo da aula e não resta nenhuma dúvida, aproveite para ampliar seus conhecimentos resolvendo a lista de exercícios a seguir que con- templa todos os assuntos vistos nesta aula. 1. Converta a. 7,135 km3 em hm3. b. 328 cm3 em dm3. c. 185 hm3 em dam3. d. 8,35 kl em dl. e. 7,15 dal em hl. f. 99,9 ml em cl. g. 90,36 cl em dl. h. 88 kl em dl. i. 502 ml em l. j. 595 cl em dal. 2. A expressão 3 540 dm3 + 5 000 000 mm3 é igual a a. 3 545 m3. b. 3,545 m3. c. 35,45 m3. d. 354,5 m3. 3. A soma 0,802 m3 + 10 dal + 1 hl, é igual a a. 1 002 l. b. 100,2 l. c. 10,02 l. d. 1,002 l. 4. A expressão 37 l + 33 750 l − 14.185 l é igual a a. 19 602 kl. b. 1 960,2 kl. c. 196,02 kl. d. 19,602 kl. Auto-avaliação �3 Matemática A04 Em nossa aula, vimos um breve estudo sobre as unidades de medidas de volume, as unidades de medidas de capacidade e as unidades de medida de massa. Vimos, também, como efetuar operações com essas medidas, inclusive o que fazer para converter medidas. 1. A medida 1,752 hm3 pode ser lida como sendo dezessete hectômetros cúbicos e quinhentos e vinte decâmetros cúbicos. cento e setenta e cinco quilômetros cúbicos e dois hectômetros cúbicos. um hectômetro cúbico e setecentos e cinqüenta e dois milímetros cúbicos. mil setecentos e cinqüenta e dois decâmetros cúbicos. a) b) c) d) 2. Convertendo a medida 1,85 cm3 para mm3, temos: 1,85 mm3. 18,5 mm3. 185,0 mm3. 1 850 mm3. a) b) c) d) 3. A medida 0,874 dam3 é o mesmo que 8,74 m3. 87,4 m3. 874 m3. 8 740 m3. a) b) c) d) 4. O volume de água que pode ser acumulado em 25 reservatórios idênticos de 36 m3 é 900 000 dm3. 90 000 m3. 9 000 dm3. 900 m3. a) b) c) d) 5. Cada unidade de certo produto tem as seguintes características: conteúdo pesando 238 g; embalagem de metal pesando 1,2 dag. Dez unidades desse produto juntas pesam 25 kg. 2,5 kg. 0,25 kg. 0,025 kg. a) b) c) d) Responda aqui �� Matemática A04 km3 hm3 dam3 m3 dm3 cm3 mm3 �1000 �1000 �1000 �1000 �1000 �1000 �1000 �1000 �1000 �1000 �1000 �1000 Para Consulta �� Matemática A04 Unidades de Medidas de Volume Múltiplos Unidade Fundamental Submúltiplos quilômetro cúbico hectômetro cúbico decâmetro cúbico metro cúbico decímetro cúbico centímetro cúbico milímetro cúbico km3 hm3 dam3 m3 dm3 cm3 mm3 109 m3 106 m3 103 m3 1 m3 10−3 m3 10−6 m3 10−9 m3 Conversão de medidas de volume Cada uma das unidades de medidas de volume é 1 000 vezes maior que a unidade imediatamente à sua direita. Conseqüentemente, cada unidade é igual a 0,001 (um milésimo) do valor da unidade imediatamente à sua esquerda. Leitura de medidas de volume Para fazer a leitura da medida, temos que (a) construir o quadro de unidades e (b) inserir primeiramente os três algarismos à esquerda da vírgula na unidade de medida indicada. Os demais algarismos serão inseridos “três a três” no quadro de unidades de acordo com a posição no valor numérico da medida. Leia a parte inteira da medida de volume, seguida da unidade onde se localiza a vírgula e, logo depois, a parte decimal, seguida da unidade onde se localiza seu último algarismo no quadro de unidades. Quadro de unidades de medidas de volume: km3 hm3 dam3 m3 dm3 cm3 mm3 kl hl dal l dl cl ml �10 �10 �10 �10 �10 �10 �10 �10 �10 �10 �10 �10 �� Matemática A04 Unidades de medidas de capacidade Múltiplos Unidade Fundamental Submúltiplos quilolitro hectolitro decalitro litro decilitro centilitro mililitro kl hl dal l dl cl ml 1.000 l 100 l 10 l 1 l 0,1 l 0,01 l 0,001 l Conversão de medidas de volume Observe que cada unidade é 10 vezes maior que a unidade imediatamente inferior. Conseqüentemente, cada unidade é um décimo do valor da unidade imediatamente à sua esquerda. Relação do litro com as unidades de medidas de volume 1 l = 1 dm3 1 ml = 1 cm3 1 kl = 1 m3 Leitura das medidas de capacidade Após construir o quadro de unidades e inserir os algarismos do valor numérico da medida “um a um” – começando do primeiro algarismo à esquerda da vírgula e a própria vírgula, inseridos sob a unidade indicada na medida, leia a parte inteira da medida, seguida da unidade onde se localiza a vírgula e, logo depois, leia a parte decimal seguida da unidade onde se localiza seu último algarismo. Quadro de unidades de medidas de capacidade: kl hl dal l dl cl ml kg hg dag g dg cg mg �10 �10 �10 �10 �10 �10 �10 �10 �10 �10 �10 �10 �� Matemática A04 Unidades de medida de massa Múltiplos Unidade principal Submúltiplos quilograma hectograma decagrama grama decigrama centigrama miligrama kg hg dag g dg cg mg 1.000 g 100 g 10 g 1 g 0,1 g 0,01 g 0,001 g Conversão de medidas de massa: Nas unidades de medida de massa, cada unidade de volume é 10 vezes maior que a unidade imediatamente à direita. Por isso, cada unidade é 0,1 da unidade imediatamente à esquerda. Relações Importantes das medidas de massa com as medidas de volume e de capacidade 1 kg ⇔ 1dm3 ⇔ 1 l 1 m3 ⇔ 1 kl ⇔ 1 t 1 cm3 ⇔ 1 ml ⇔ 1 g Outras unidades de medidas de massa: 1 arroba = 15 kg 1 tonelada (t) = 1 000 kg 1 megaton = 1 000 t ou 1.000.000 kg Leitura das medidas de massa Para realizar a leitura das medidas de massa, construa o quadro de unidades. Segundo passo: insira os algarismos do valor numérico no quadro de unidades “um a um”, começando do que está imediatamente à esquerda da vírgula, que será inserido juntamente com a vírgula sob a unidade que está indicada na medida. Quadro de unidades de medidas de massa: kg hg dag g dg cg mg Anotações �� Matemática A04 Referências BOEING �3� é o jato comercial mais vendido do mundo. Folha Online, 30 set. �00�. Disponível em: <http://www�.folha.uol.com.br/folha/cotidiano/ult��u������.shtml>. Acesso em: �3 jul. �00�. CIRILO JÚNIOR. Petrobras bate recorde de produção de petróleo em junho no Brasil. Folha Online, Rio de Janeiro, 3 jul. �00�. Disponível em: <http://www�.folha.uol.com. br/folha/dinheiro/ult��u������.shtml>. Acesso em: �3 jul. �00�. SOUZA, Maria Helena; SPINELLI, Walter. Matemática: �ª a �ª séries. São Paulo: Ática, �003. INMETRO. Unidades legais de medidas. Disponível em: <http://www.inmetro. gov. br/consumidor/unidLegaisMed.asp#n_letra>. Acesso em: �� jun. �00�. 05 Elizabete Alves de Freitas C U R S O T É C N I C O E M S E G U R A N Ç A D O T R A B A L H O Calculando áreas de figuras geométricas planas matemática coordenadora da Produção dos materias Marta Maria Castanho Almeida Pernambuco coordenador de edição Ary Sergio Braga Olinisky coordenadora de Revisão Giovana Paiva de Oliveira Design Gráfico Ivana Lima Diagramação Ivana Lima José Antônio Bezerra Júnior Mariana Araújo de Brito Vitor Gomes Pimentel arte e ilustração Adauto Harley Carolina Costa Heinkel Huguenin Revisão tipográfica Adriana Rodrigues Gomes Design instrucional Janio Gustavo Barbosa Luciane Almeida Mascarenhas de Andrade Jeremias Alves A. Silva Margareth Pereira Dias Revisão de Linguagem Maria Aparecida da S. Fernandes Trindade Revisão das Normas da aBNt Verônica Pinheiro da Silva adaptação para o módulo matemático Joacy Guilherme de Almeida Ferreira Filho Revisão técnica Rosilene Alves de Paiva equipe sedis | universidade do rio grande do norte – ufrn Projeto Gráfico Secretaria de Educação a Distância – SEDIS Governo Federal ministério da educação Você ve rá por aqu i... � Matemática a05 Objetivo ... como realizar o cálculo de áreas de quadriláteros, de áreas de triângulos e de áreas de círculos, ou seja, como calcular a área de figuras geométricas que estão ao nosso redor, em objetos que estão em contato contínuo conosco. Dentro do estudo de área dos quadriláteros, você verá como calcular a área das seguintes figuras geométricas: quadrados, retângulos, paralelogramos, trapézios e losangos. No estudo de áreas dos triângulos, você verá como determinar esse cálculo de diversas maneiras: (I) com as medidas da base e altura do triângulo; (II) com as medidas dos catetos de um triângulo retângulo; (III) com as medidas dos lados de um triângulo equilátero e (IV) com as medidas dos lados de um triângulo qualquer. No estudo de área do círculo, você verá uma demonstração da fórmula da área dessa figura e como calcular a área dessa figura a partir da medida do seu raio. Conhecer medidas necessárias para realização de cálculos geométricos. Calcular área de figuras geométricas planas, quando necessário ou solicitado. � Matemática a05 Para começo de conversa... Deserto pode afetar 16% da área do país A terra vermelha e quase sem cobertura vegetal de Gilbués, no sul do Piauí, parece se desmanchar ao abrir crateras e ondulações que avançam a cada dia sobre a cidade. É o efeito mais visível de um processo de desertificação, que consome a área e amplia a miséria da população mais carente. [...] Esse é um problema que preocupa o mundo inteiro e que, no Brasil, pode afetar 1.300.000 km2 (16% do total) e 31,6 milhões de pessoas, o que representa 18% da população no país, caso nada seja feito. Folha de São Paulo, 12 dez. 2004. Fonte: <http://www.esquel.org.br/modules.php?name=News&file=article&sid=50> acesso em: 22 jul. 2008. Em decorrência de uma gestão descontrolada dos recursos naturais, áreas cada vez maiores são envolvidas em desastres ecológicos. Até em temas de atualidade como os problemas ambientais vemos a Matemática envolvida. Nesse caso, falamos de áreas cada vez maiores que estão sendo desertificadas. Mas como podemos calcular uma área? Se a área de 1.300.000 quilômetros quadrados fosse correspondente à área de um triângulo equilátero qual seria a medida dos lados desse triângulo? E se essa área fosse de um quadrado, qual seria a medida de seus lados? Vamos aos estudos e, certamente, você poderá responder a essas perguntas ao final desta aula. 1 1 � Matemática a05 estudando áreas O que é medir a área de uma superfície? Medir a área da superfície de uma figura plana é comparar a área da superfície dessa figura plana com a área da superfície de uma figura tomada como medida padrão. Calcular a área da superfície de uma figura plana é descobrir o quanto ela ocupa no plano, contando quantas unidades padrão de área “cabem” na figura. Unidade padrão de área Figura � Comumente, um quadrado com lados de medida igual a 1 (veja a Figura 1) é utilizado como unidade de área padrão. A área de um quadrado é obtida pela expressão A = a2; a é a medida de seus lados. Essa medida a pode corresponder a 1 metro, 1 centímetro, 1 quilômetro, 1 hectômetro... ou mesmo corresponder a qualquer medida de comprimento que se tome como padrão. A área do quadrado unitário, ou seja, do quadrado com lados de medidas unitárias (1 unidade de comprimento) é, então, igual a A = a2 = (1)2 = 1 unidade de área (1 u.a.), como você pode observar na Figura 2. 1 1 a2=1 � Matemática a05 área de quadrados exemplo � Para determinar a área do quadrado cujos lados medem 20 cm, podemos calcular o quadrado de 20 cm. Assim: A = (20 cm)2 = 400 cm2. Caso seja necessário representar essa medida em metros quadrados, podemos fazer a conversão de medidas de superfície que aprendemos na aula anterior, obtendo 0,4 m2. Se tiver alguma dúvida de como fazer essa conversão, releia a seção “conversão de medidas de superfície”, na aula 4. Figura � − Área o quadrado unitário Calcular a área de um quadrado é obter o produto da medida da base por si mesma, ou seja, é obter o quadrado da medida de um de seus lados. Assim: A = a2. Responda aqui �Praticando... 5 Matemática a05 área de outros quadriláteros Quadrilátero é toda fi gura geométrica plana que possui quatro lados. Em um quadrilátero, dois lados não-consecutivos ou dois ângulos não-consecutivos são chamados de opostos. Um quadrilátero ABCD, como o da Figura 3, apresenta: o lado AB oposto ao lado CD e o lado BC oposto ao lado AD; o ângulo A oposto ao ângulo C e o ângulo B oposto ao ângulo D. �. Calcule a área do quadrado cujo lado mede 1,5 cm. �. Calcule a área do quadrado cujo perímetro é 12 dm. �. Calcule a medida dos lados de um quadrado cuja área é igual a 1,2769m2. �. Calcule a área do quadrado cujas diagonais medem 12 √ 2 cm. C Vértices Vértices Diagonais D A B C D A B � Matemática a05 Em um quadrilátero ABCD, como o da Figura 4, temos os seguintes elementos comuns: Vértices: nome dado aos pontos A, B, C, e D (pontos de interseção entre os lados). Lados: os segmentos de reta AB,BC,CD e DA. Diagonais: são duas. Os segmentos de retas AC e BD. Ângulos internos: são quatro. Os ângulos Â, B^, C^ e D^. Figura � − Quadrilátero ABCD Além dos quadrados, que estudamos no item anterior, dentro do grupo dos quadriláteros, vamos estudar como calcular a área dos retângulos, dos paralelogramos e dos trapézios. Figura � − Quadrilátero ABCD 1 u.a b a 6 u 3 u � Matemática a05 área de Retângulos O retângulo ABCD, apresentado na Figura 5, tem altura medindo a unidades e comprimento medindo b unidades. Os segmentos horizontais e os segmentos verticais que passam pelo interior do retângulo dividem o retângulo em a ⋅ b quadrados, tendo 1 unidade de área, cada um. Figura 5 − Retângulo de área a · b Figura � − Retângulo � Matemática a05 exemplo � Obter a área do retângulo cujo comprimento da base é 5 unidades de comprimento (5 u.c.) e o comprimento da altura é 7 unidades de comprimento (7 u.c.). Considerando que a área do retângulo é dada pela expressão A = b ⋅ h, temos: A = b ⋅ h = (5 u.c.) ⋅ (7 u.c.) = 35 u.a. Em situações do dia a dia, no cálculo de áreas em situações práticas, usamos medidas de comprimento em unidades conhecidas como: metro, decímetro, centímetro, etc. exemplo � Na Figura 6, vemos um retângulo ABCD, que mede 6 unidades de comprimento e 3 unidades de altura. Os segmentos horizontais que passam no meio do retângulo e os segmentos verticais dividem o retângulo em dezoito quadrados, tendo 1 unidade de área, cada um. A área do retângulo ABCD é a soma das áreas desses dezoito quadrados. O número de unidades de área do retângulo é o mesmo com o obtido pelo produto do número de unidades do comprimento da base pelo número de unidades da altura. A área do retângulo pode ser representada pela expressão: A = b ⋅ h. �Praticando... � Matemática a05 exemplo � Para calcular a área de um retângulo com 3 m de altura e 10 cm de base, podemos expressar a área em metros quadrados ou qualquer outra unidade de área. Para representar a área em metros quadrados, devemos apresentar as medidas em metros, assim h = 3 m e b = 10 cm = 0,10 m, a área obtida será: A = b ⋅ h ⇒ A = (3 m) ⋅ (0,10 m) ⇒ A = 0,30 m2. Para representar a área em centímetros quadrados, devemos apresentar as medidas em centímetros Como h = 3 m = 300 cm e b = 10 cm, a área do retângulo será dada por: A = b ⋅ h = (300 cm) ⋅ (10 cm) ⇒ A = 3 000 cm2. �. Calcule a área do retângulo cujas dimensões medem, respectivamente, 1,5 dm e 1,2 dm. �. Calcule a área do retângulo cujo perímetro é 12 dm e cuja altura está para seu comprimento, assim como 1 está para 5. �. A área de um retângulo é igual a 13,5 m2. Calcule a medida de sua altura sabendo que essa medida está para o comprimento dessa mesma figura assim como 2 está para 3. E D C A B E h D C A B D Cb A B h E E b A EE’ D’ A=B C=D h Figura 8. a Figura 8. b Figura 8. c �0 Matemática a05 área de Paralelogramos Paralelogramo é o quadrilátero que tem dois pares de lados opostos paralelos. No quadrilátero da Figura 7, temos AB // CD e AD // BC. Qualquer lado do paralelogramo pode ser tomado como sua base (cuja medida será chamada de b). Nesse caso, tomamos como base o segmento AB. A altura do paralelogramo corresponde à medida h do segmento perpendicular à reta que contém a base até o ponto onde este segmento de reta intercepta o lado oposto do paralelo- gramo. Nesse caso, o segmento de reta perpendicular à base é o segmento DE. Para compreender como calcular a área do paralelogramo, imagine o recorte da figura em duas partes, obtendo um triângulo retângulo e um quadrilátero, como na Figura 8.a. Transfira o triângulo retângulo (Figura 8.b) para o outro extremo da figura. A figura resultante, como você pode ver na Figura 8.b, é um novo quadrilátero: o retângulo de vértices E’, E, D e D’. A figura obtida é um retângulo cuja base mede b unidades de comprimento e cuja altura mede h unidades de comprimento. Lembre-se que h coincide com a medida da altura do paralelogramo. Portanto, a área do paralelogramo ABCD pode ser obtida da mesma expressão de área do retângulo E’EDD’ que é igual a A = b ⋅ h. Figura � – Paralelogramo E D b = 30m C A B h = 12 m �� Matemática a05 Nos paralelogramos podemos observar as seguintes propriedades: os lados opostos são congruentes; cada diagonal o divide em dois triângulos congruentes; os ângulos opostos são congruentes; as diagonais interceptam-se em seu ponto médio. exemplo 5 Determine a área do terreno em forma de paralelogramo, representado na Figura 9. Figura � Nesse caso, a medida b da base do paralelogramo pode ser a medida da frente do terreno e h a medida de sua profundidade. Substituindo os valores das medidas de base e da altura do paralelogramo na expressão da área do paralelogramo ABCD, temos: A = b ⋅ h ⇒ A = 30 m ⋅ 12 m ⇒ A = 360 m2. A área do terreno é igual a 360 m2. Responda aqui �Praticando... �� Matemática a05 �. Determine a área do paralelogramo, cuja altura é igual a 48 mm e cujas bases medem 12 cm. �. Calcule a área do paralelogramo cujas bases medem 20 cm e cuja altura tem o mesmo comprimento igual ao da diagonal de um quadrado cujos lados medem 8 √ 2 cm. exemplo � Determine a altura do paralelogramo que tem 30 mm de base, para que ele tenha área igual a 3,9 cm2. A área do paralelogramo é dada pela expressão A = b ⋅ h. Observe que: b = 30 mm = 3 cm e que A = 3,9 cm2. A = b ⋅ h ⇒ 3,9 cm2 = 3 cm ⋅ h ⇒ 3 cm ⋅ h = 3,9 cm2 ⇒ h = 3, 9 cm2 3 cm ⇒ h = 1, 3 cm D CA B d1 d2 Figura �0 – Losango �� Matemática a05 área de Losangos O losango é uma figura geométrica que apresenta as seguintes características: possui duas diagonais que podem ter medidas diferentes, na Figura 10, representadas por d 1 (diagonal menor – segmento AC ) e por d 2 (diagonal maior – segmento BD ); suas diagonais se cruzam formando ângulos de 90º no centro do losango e dividindo-o em 4 triângulos retângulos. A área do losango é o semiproduto da soma das medidas das diagonais, ou seja, A = (d1 · d2) 2 . Veja, na demonstração a seguir, como essa fórmula foi encontrada. Demonstração: Tome dois losangos, como os da Figura 11.a, dividindo um desses losangos sobre as diagonais, ou seja, em 4 partes iguais, que são triângulos retângulos (Figura 11.b). Encaixe as quatro partes do primeiro losango no segundo losango (o inteiro) para formar uma figura já conhecida. Uma das figuras conhecidas que pode ser formada é um retângulo de altura, que tem a mesma medida da diagonal maior e cuja base tem a mesma medida da diagonal menor (Figura 11.c). Ou seja, a área do retângulo é dada por: A = b⋅h ⇒ A = d 1 ⋅ d 2 . Como essa expressão é referente à área de dois losangos, podemos afirmar que: 2 ⋅ A = d 1 ⋅ d 2 ⇒ A = (d1 · d2) 2 . Figura �� D C A BE b2 h b1b1 �Praticando... �� Matemática a05 área de trapézios Trapézio é qualquer quadrilátero que apresenta somente dois lados paralelos e que chamamos de bases. O menor desses lados paralelos é chamado de base menor, de medida b 1 . O maior desses lados paralelos é a base maior, de medida b 2 . �. Calcule a área do losango cujas diagonais medem 2,0 m e 1,8 m. �. A medida da diagonal maior de um losango é igual a 18 cm e a diagonal menor mede dois terços dessa medida. Determine a área desse losango. exemplo � Qual é a área do canteiro em forma de losango cujas diagonais medem 2,5 m e 1,8 m? Para calcular a fórmula do losango, temos a expressão A = (d1 · d2) 2 . Substituindo os valores conhecidos na expressão, temos: A = (d1 · d2) 2 ⇒ A = (2, 5m) · (1, 8m) 2 ⇒ A = 4, 5m2 2 ⇒ A = 2, 25m2 Figura �� – Trapézio D C A B D C A B �5 Matemática a05 A menor distância entre as bases é a altura do trapézio, que representaremos pela medida h. Na Figura 12, destacamos a altura como segmento DE. Existem vários tipos de trapézios, vejamos quais são e as características que os diferenciam. tipos de trapézios Trapézio retângulo: é aquele que apresenta dois ângulos retos. Observe, na Figura 13, que (I) os lados AD e BC são paralelos, (II) os ângulos A e D são ângulos retos e (III) a medida do segmento AB é altura do trapézio. Trapézio isóscele (ou isósceles): é aquele em que os lados não-paralelos são congruentes (de mesma medida). Observe que no trapézio da Figura 14: Figura �� – Trapézio Retângulo Figura �� – Trapézio Isóscele D C A B E b2 b2 h b1 b1 �� Matemática a05 os lados AB e CD são congruentes (m(AB) = m(CD)); as diagonais AC e BD são congruentes (m(AC) = m(BD)); há dois pares de ângulos internos congruentes: os ângulos  e B^ e os ângulos C^ e D^. Trapézio escaleno: É aquele em que os lados não-paralelos não são congruentes. Na Figura 15, vemos um trapézio escaleno, pois os lados não-paralelos não têm a mesma medida (AD e BC não são congruentes). Figura �5 – Trapézio Escaleno cálculo de área do trapézio A área do trapézio é a média aritmética das medidas das bases multiplicada pela medida da altura, isto é, A = (b1 + b2) 2 · h, ou seja A = (b1 + b2) · h 2 . Para entender como foi obtida essa fórmula, podemos construir dois trapézios idênticos e encaixando-o lado a lado, para encontrar um paralelogramo cujas bases tem medida b 1 + b 2 e altura de medida h. A área da figura obtida pela união dos dois trapézios é igual a (b 1 + b 2 ) · h, que é o dobro da área de cada trapézio (veja Figura 16). Figura �� – Área de dois trapézios idênticos D C A B �� Matemática a05 exemplo � Determine a área do trapézio cuja altura h é igual a 80 cm e cujas bases medem 1,5 m e 1,2 m. Os dados do enunciado são: h = 80 cm = 0,80 m; b 1 = 1,2 m; e b 2 = 1,5 m Substituindo-os na expressão da área do trapézio, temos: A = (b1 + b2) · h 2 ⇒ A = (1, 2m+ 1, 5m) · 0, 80m 2 ⇒ A = 2, 7m · 0, 80m 2 ⇒ A = 1, 08m2. A área do trapézio é de 1,08 m. Assim, temos que dividir por 2 para obter a área do trapézio e obter: A = (b1 + b2) · h 2 . exemplo � Determine a área do trapézio isóscele apresentado na Figura 17.a, cujas medidas são as seguintes: m(AD) = m(BC) = 5 cm, m(AB) = 13 cm e m(CD) = 7 cm. Figura ��a D C A B 13 cm 3 cm 3 cm 7 cm 5 cm5 cm h h D C A B 13 cm 7 cm 5 cm5 cm hh �� Matemática a05 Antes de calcular a área desse trapézio, temos que calcular a altura da figura. Para isso, vamos traçar segmentos perpendiculares às duas bases (Figura 17.b) e com isso, dividir o trapézio em dois triângulos retângulos idênticos e um retângulo. Figura ��b Cada um dos triângulos retângulos idênticos, da Figura 17.c, tem dois lados com medidas conhecidas: a hipotenusa mede 5 cm e um dos catetos mede 3 cm. O cateto coincide com a altura do trapézio, cuja medida é h, e é o que precisamos determinar. Figura ��c Aplicando o Teorema de Pitágoras, temos que: (medida do cateto 1 )2 + (medida do cateto 2 )2 = (medida da hipotenusa)2 ⇒ h2 + (3cm)2 = (5cm)2 ⇒ h2 + 9cm2 = 25cm2 ⇒ h2 = (25 - 9)cm2 ⇒ h2 = 16cm2 ⇒ h = 4cm 5Praticando... �� Matemática a05 Agora que sabemos a altura do trapézio podemos calcular sua área, utilizando a fórmula: A = (b1 + b2) · h 2 A = (7 cm+ 13 cm) · 4 cm 2 = 20 cm · 4 cm 2 ⇒ A = 40 cm2. A área do trapézio isóscele é igual a 40 cm2. �. Calcule a área do trapézio que apresentam bases que medem 15 m, 20 m e altura que mede 1,8 dam. �. Calcule a área do trapézio cuja medida da base menor é igual a 12 cm, a medida da base maior é o dobro da medida da base menor, e a medida da altura é 15 cm. área de outras figuras geométricas Seria impossível, aqui, estudarmos o cálculo de área de todas as figuras planas existentes, por isso estudaremos somente as mais comuns. Além das áreas dos quadriláteros, que vimos no início desta aula, vamos também estudar sobre as áreas dos triângulos e dos círculos. área de triângulos Triângulo é a figura geométrica que apresenta três lados e três ângulos internos, como o apresentado na Figura 18. C A BE h �0 Matemática a05 exemplo �0 Calcule a área do triângulo cujas medidas de base e altura são, respectivamente, iguais a 20 cm e 18 cm. Para calcular a área desse triângulo temos que substituir os valores de b e h na fórmula A = b · h 2 . Assim: A = 20 cm · 18 cm 2 ⇒ A = 360 cm2 2 ⇒ A = 180 cm2. A área do triângulo é igual a 180 cm2. Figura �� – Triângulo ABC área de um triângulo conhecendo-se as medidas da base e da altura A área de um triângulo é a metade do produto da medida de sua base pela medida de sua altura, isto é, A = b · h 2 . área do triângulo equilátero Para calcular a área de um triângulo equilátero basta conhecer a medida de seus lados. Observe o exemplo a seguir: C A a/2 a a a/2 B h �� Matemática a05 exemplo �� Determine a área do triângulo equilátero cujo lado está sendo representado por a. Para calcular a área do triângulo equilátero pela fórmula A = b · h 2 , é preciso calcular, primeiramente, o valor de h. Veja, na Figura 19, que a altura do triângulo equilátero dividiu-o em dois triângulos idênticos. Como esses triângulos são retângulos, podemos aplicar o Teorema de Pitágoras para calcular a medida de h. Lembre-se de que se a = 5 m ⇒ a 2 = 5 2 m = 2, 5m. Vejamos: h2 + a 2 2 = (a)2 ⇒ h2 + a2 4 = a2 ⇒ h2 = a2 − a2 4 h2 = 4a2 4 − a2 4 ⇒ h2 = 3a2 4 ⇒ h = 3a2 4 ⇒ h = a √ 3 2 m. Agora podemos calcular a área do triângulo equilátero: A = a · a √ 3 2 2 ⇒ A = a2 · √ 3 2 2 = a2 · √ 3 2 · 1 2 ⇒ A = a2 · √ 3 4 , em que a é a medida do lado do triângulo equilátero. Figura �� – Triângulo triângulo equilátero Triângulo que apresenta três lados congruentes. C A BBase Al tu ra �� Matemática a05 exemplo �� Calcule a área do triângulo equilátero que tem perímetro igual a 12 cm. Para calcular a área do triângulo, devemos lembrar que o perímetro de um triângulo equilátero é dado pela expressão 3a. Como 3a = 12 cm ⇒ a = 12 cm ÷ 3 ⇒ a = 4 cm. Assim a área do triângulo equilátero é: A = a2 · √ 3 4 ⇒ A = (4 cm)2 · √ 3 4 ⇒ A = 16 cm2 · √ 3 4 ⇒ A = 4 · √ 3 cm2 Como o valor de √ 3 é aproximadamente 1,73, a área do triângulo mede, aproximadamente, 4 ∙ (1,73) cm2, ou seja, cerca de 6,92 cm2. exemplo �� Calcule a área do triângulo retângulo cujos lados menores medem 1,5 m e 2,0 m. área de um triângulo retângulo Para calcular a área de um triângulo retângulo, basta conhecer as medidas de seus catetos. Figura �0 – Triângulo Retângulo �� Matemática a05 Em um triângulo retângulo, os lados menores são chamados de catetos. Quando consideramos um dos catetos como a base do triângulo, como na Figura 20, o outro cateto passa a coincidir com a altura da figura. Para calcular a fórmula do triângulo retângulo, temos a fórmula A = b · h 2 e, nesse caso, o produto b ⋅ h é o produto dos catetos. Assim: A = b · h 2 ⇒ A = (1, 5m) · (2, 0m) 2 = 3, 0m2 2 ⇒ A = 1, 5m2. cálculo da área de um triângulo pela fórmula de Heron Considere o perímetro de um triângulo de lados a, b e c, ou seja, 2p = a + b + c. O valor do semiperímetro dessa figura é p = a+ b+ c 2 . A área do triângulo citado pode ser expressa pela fórmula A = p · (p− a) · (p− b) · (p− c), que é chamada fórmula de Heron. exemplo �� Para obter a área de uma região triangular cujos lados medem 21 cm, 28 cm e 45 cm, basta substituir a por 21 cm, b por 28 cm,c por 45 cm, para obter: 2p = (21 + 28 + 45) cm ⇒ 2p = 94 cm ⇒ p = 47 cm. Assim: A = p · (p− a) · (p− b) · (p− c) A = 47 · (47− 21) · (47− 28) · (47− 45) A = 47 · (26) · (19) · (2) A = √ 46 436 ⇒ A = 215,49013898552295471810525668626... ⇒ A ≅ 215,5 cm2 A área do triângulo é de, aproximadamente, 215,5 cm2. �Praticando... �� Matemática a05 �. Calcule a área de um triângulo cuja base mede 28 cm e cuja altura é de 16 cm. �. Em um triângulo retângulo, os lados menores medem 6 cm e 8 cm. Calcule a área do triângulo. �. Em um triângulo equilátero, cada lado mede 25 cm. Calcule a área desse triângulo. �. As medidas dos lados de um triângulo são 32 mm, 54 mm e 48 mm. Calcule a área da figura. 5. Calcule a área do triângulo escaleno cujos lados apresentam as seguintes medidas: 28 dm, 30 dm e 42 dm. área do círculo Um círculo é a figura geométrica formada pelo conjunto dos pontos internos de uma circunferência. Também chamamos círculo ao conjunto de pontos cuja distância ao centro é menor ou igual a um dado valor (a que chamamos raio). A área A de um círculo pode ser expressa matematicamente por A = π ⋅ r 2, onde r é o raio da circunferência e π (Pi) uma constante, cujo valor conhecemos na aula 4. Demonstração: Considere dois círculos de raios iguais a r, divididos em fatias extremamente finas que se assemelhem a triângulos. Fonte: <http://viajarnamatematica.ese.ipp.pt/moodle/file.php/1/vnm-v0/documentos/Tarefas_Circulo_Perimetro_Area_Pi.pdf.>. acesso em: 13 out. 2008. �5 Matemática a05 Abra-os para que possam ser encaixados um no outro. Fonte: <http://viajarnamatematica.ese.ipp.pt/moodle/file.php/1/vnm-v0/documentos/Tarefas_Circulo_Perimetro_Area_Pi.pdf.>. acesso em: 13 out. 2008. Dessa forma, você obterá um paralelogramo cujas bases têm medida igual a 2 ⋅ π ⋅ r e cuja altura tem medida igual a r. C = 2¢π¢r r O paralelogramo obtido tem área igual a A = b ⋅ h = (2 ⋅ π ⋅ r) ⋅ r2 = 2 ⋅ π ⋅ r2 Lembre-se de que essa medida é obtida a partir da área de dois círculos, então para encontrar a área de um círculo de raio igual a r, temos: AC = (2 ⋅ π ⋅ r2) ÷ 2 ⇒ AC = π ⋅ r2, onde π = 3,141592653589... ⇒ π ≅ 3,14 Recordando: Na aula 4, você viu que π (Pi) é o valor constante resultante do quociente entre o comprimento da circunferência e seu diâmetro. C D = π ∼= 3, 14 D = 2 ⋅ r Fonte: <http://viajarnamatematica.ese.ipp.pt/moodle/file.php/1/vnm-v0/documentos/Tarefas_Circulo_Perimetro_Area_Pi.pdf.>. acesso em: 13 out. 2008. Responda aqui exemplo �5 �Praticando... �� Matemática a05 Determine a área de um círculo cujo raio mede 15 cm. Para calcular a área do círculo, vamos substituir essa medida (r = 15 cm) e substituir π por 3,14 na fórmula AC = π ⋅ r2. Logo, obteremos: AC = π ⋅ r2 ⇒ AC = (3,14) ⋅ (15 cm)2, ⇒ AC = (3,14) ⋅ 225 cm 2 ⇒ AC = 706 cm2. �. Calcule a área do círculo cujo raio mede 10 cm. �. Calcule a área do círculo cujo diâmetro mede 10 cm. exercícios �� Matemática a05 �. Sabendo que a área de um quadrado é 49 cm2, podemos afi rmar que seu perímetro é igual a a) 14 cm. b) 21 cm. c) 28 cm. d) 35 cm. �. As medidas de área e do perímetro do retângulo com altura de 25 dam e base de 12 dam, são, respectivamente, a) 3 000 m2 e 7,4 m. b) 30 000 m2 e 74 m. c) 300 000 m2 e 740 m. d) 3 000 000 m2 e 7 400 m. �. A área de 220 mm2 é equivalente à área de um paralelogramo de altura e bases, respectivamente, iguais a a) 2,2 dm e 10 mm. b) 1,1 cm e 20 mm. c) 1,1 dm e 1,0 cm. d) 2,2 cm e 1,0 mm. �. Um terreno em forma de trapézio tem a base menor igual a 28 m, a base maior igual a 32 m e a altura igual a 30. A área desse terreno é a) 900 m2. b) 720 m2. c) 630 m2. d) 540 m2. 5. Considere um triângulo equilátero de lado 8 cm. A área desse triângulo mede, aproximadamente, a) 27,7 cm2. b) 22,7 cm2. c) 20,7 cm2. d) 20,2 cm2. �. A expressão mais adequada para calcular a área de um triângulo escaleno, cujas medidas dos lados são conhecidas, é a) A = 2 ⋅ (b + h) - (a∙c) b) A = 2 ⋅ (a + b + c) ÷ h c) A = (a + b + c) ⋅ h ÷ 2 d) A = p · (p− a) · (p− b) · (p− c) �. Um triângulo tem lados que medem 12 cm, 10 cm e 8 cm. A área desse triângulo é de, aproximadamente, a) 39,7 cm2. b) 112,8 cm2. c) 283,7 cm2. d) 487,4 cm2. �. Para confeccionar um tipo de almofada, é necessário um pedaço de tecido em forma de triângulo retângulo cujos catetos medem 2 m e 1,8 m. A área do tecido utilizado para confeccionar a almofada é igual a a) 1,8 m2. b) 2,0 m2. c) 2,4 m2. d) 3,6 m2. �. A área de um círculo com raio de 5 cm mede, aproximadamente, a) 58,7 cm2. b) 75,8 cm2. c) 78,5 cm2. d) 87,5 cm2. R es po st a �� Matemática a05 �� Matemática a05 auto-avaliação Nesta aula, você viu como calcular a área de quadriláteros (quadrados, retângulos, paralelogramos, trapézios e losangos), de triângulos (conhecendo-se as medidas da base e da altura dessa figura; conhecendo-se a medida do lado de um triângulo equilátero; conhecendo-se os catetos de um triângulo retângulo; ou conhecendo- se as medidas dos lados de um triângulo qualquer) e de círculos (utilizando a medida do raio da figura). �. Quais as características de um quadrado unitário? �. O que significa calcular a área de uma superfície? �. Como calculamos a área de um quadrado qualquer? �. Quais são as medidas necessárias para calcular a área de um retângulo? 5. Qual é a expressão algébrica que representa a área de um paralelogramo que tem base com medida igual a m cm e altura igual a y cm? �. Considere as seguintes medidas de um trapézio: altura igual a 2b, base maior medindo 3c e base menor medindo 2c. Qual a expressa algébrica que representa a área desse trapézio? �. As medidas dos lados de um triângulo são 2m, 2n e 2s. Qual á a expressão algébrica do semiperímetro dessa figura? �. Considere o triângulo da questão 7 e a = 2 cm, b = 3m e c = 4 cm. Calcule a área do triângulo utilizando essas medidas. �. Em um triângulo retângulo cujos catetos medem 16 cm e 21 cm, calcule a medida da área. �0. Em um triângulo, a base mede 2 m e a altura, 180 cm. Calcule a medida da área dessa figura em decímetros quadrados. ��. Um triângulo equilátero tem lados medindo 16 cm. Determine a área dessa figura. ��. Se um círculo tem raio igual a m 2 , determine a medida de sua área. Para consulta �0 Matemática a05 área de figuras planas Área do quadrado unitário: A = a2 = (1)2 = 1 u. a Área do quadrado: A = a2 , na qual a é a medida do lado do quadrado. Área do retângulo: A = a ⋅ h, na qual b é a medida da base e h, a medida da altura da figura. Área do paralelogramo: A = b ⋅ h, na qual b é a medida da base e h, a medida da altura. Área do losango: A = (d1 · d2) 2 , na qual d 1 e d 2 são as medidas das diagonais. Área do trapézio: A = (b1 + b2) · h 2 , na qual b 1 e b 2 são as medidas das bases e h, a medida da altura. área do triângulo: (I) A = b · h 2 , em que b é a medida da base e h, a medida da altura; (II) A = a2 · √ 3 4 , em que a é a medida do lado de um triângulo equilátero; (III) A = b · c 2 , em que b e c são as medidas dos catetos de um triângulo retângulo; (IV) A = p · (p− a) · (p− b) · (p− c) , em que e a, b e c são as medidas dos lados de um triângulo qualquer e p é a medida do semiperímetro da figura, ou seja, p = a+ b+ c 2 . Área do círculo: A = π ⋅ r 2, onde r é o raio da circunferência e π ≅ 3,14. �� Matemática a05 Referências IEZZI, Gelson; DOLCE, Osvaldo; MACHADO, Antônio dos Santos. matemática e realidade: 8ª série. 5. ed. São Paulo: Atual, 2005. INSTITUTO POLITÉCNICO DO PORTO. círculo, perímetro, área e abordagem experimental de Pi (p ). Disponível em: <http://viajarnamatematica.ese.ipp.pt/moodle/file.php/1/ vnm-/documentos/Tarefas_Circulo_Perimetro_Area_Pi.pdf>. Acesso em 22 jul. 2008. anotações anotações �� Matemática a05 06 Elizabete Alves de Freitas C U R S O T É C N I C O E M S E G U R A N Ç A D O T R A B A L H O Calculando volume de sólidos geométricos MATEMÁTICA Mat_A06_Z_RF_SF_070109.indd Cp1Mat_A06_Z_RF_SF_070109.indd Cp1 7/1/2009 15:21:567/1/2009 15:21:56 Coordenadora da Produção dos Materias Marta Maria Castanho Almeida Pernambuco Coordenador de Edição Ary Sergio Braga Olinisky Coordenadora de Revisão Giovana Paiva de Oliveira Design Gráfi co Ivana Lima Diagramação Ivana Lima José Antônio Bezerra Júnior Mariana Araújo de Brito Vitor Gomes Pimentel Arte e ilustração Adauto Harley Carolina Costa Heinkel Huguenin Revisão Tipográfi ca Adriana Rodrigues Gomes Design Instrucional Janio Gustavo Barbosa Luciane Almeida Mascarenhas de Andrade Jeremias Alves A. Silva Margareth Pereira Dias Revisão de Linguagem Maria Aparecida da S. Fernandes Trindade Revisão das Normas da ABNT Verônica Pinheiro da Silva Adaptação para o Módulo Matemático Joacy Guilherme de Almeida Ferreira Filho Revisão Técnica Rosilene Alves de Paiva EQUIPE SEDIS | UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE – UFRN Projeto Gráfi co Secretaria de Educação a Distância – SEDIS Governo Federal Ministério da Educação Mat_A06_Z_RF_SF_070109.indd Cp2Mat_A06_Z_RF_SF_070109.indd Cp2 7/1/2009 15:22:087/1/2009 15:22:08 Você ve rá por aqu i... 1 Matemática A06 Objetivo ...o que são sólidos geométricos e como podem ser realizados os cálculos do volume de alguns desses sólidos, sejam essas formas geométricas espaciais, classifi cadas como poliedros ou como não poliedros. Em cada seção, você encontrará diversos exemplos que servem para um melhor entendimento do conteúdo. Várias atividades estão dispostas ao longo desta aula, após cada etapa do conteúdo desenvolvido e, ao fi nal, você encontrará uma lista de exercícios que poderá ser resolvida para uma maior fi xação dos conteúdos. Da mesma forma que nas nossas aulas anteriores, após todas as atividades e exercícios serem resolvidos, encontra-se à sua disposição uma auto-avaliação para a verifi cação de sua aprendizagem, em uma das últimas seções desta aula. Na seção “Para consulta”, você encontrará um resumo dos tópicos principais de nossa aula, inclusive com fórmulas, com o objetivo de possibilitar uma pesquisa rápida, caso seja necessário, na resolução das atividades e exercícios. Organize um horário para seus estudos, não guarde dúvidas e fi que sempre atento aos prazos de entrega de atividades. Procure sempre o atendimento no pólo em que foi matriculado. Vamos agora começar a nossa aula? Saber descrever o que é um sólido. Distinguir um poliedro de um não poliedro. Saber calcular o volume de um sólido seja ele um poliedro ou um não poliedro. � � � Mat_A06_Z_RF_SF_070109.indd CpTxt1Mat_A06_Z_RF_SF_070109.indd CpTxt1 7/1/2009 15:22:087/1/2009 15:22:08 2 Matemática A06 Ao nosso redor, continuamente, na natureza ou em construções feitas pelo homem, vemos os mais variados formatos. Algumas construções são inspiradas em sólidos geométricos. Podemos ver isso em construções prediais ou em estruturas naturais, seja para acrescentar toques de originalidade na arquitetura de um local ou para registrar traços de uma cultura, como é o caso das pirâmides do Egito, por exemplo. Estamos, diariamente, em contato com diversos objetos de formatos variados. Na Matemática, esse conjunto de objetos ou corpos estudados que têm características semelhantes são chamados de sólidos geométricos. Todos os objetos que nos cercam ocupam um determinado espaço. Calcular o volume desses objetos é medir o espaço que eles ocupam. Para começo de conversa... Mat_A06_Z_RF_SF_070109.indd CpTxt2Mat_A06_Z_RF_SF_070109.indd CpTxt2 7/1/2009 15:22:117/1/2009 15:22:11 Cubo PrismaParalelepípedo Pirâmide Figura 1 – Exemplos de poliedros 3 Matemática A06 Aprendendo a calcular o volume de sólidos O que são sólidos geométricos? Aos diversos objetos que nos rodeiam podemos denominar de sólidos. Alguns sólidos são limitados por superfícies planas (os chamados poliedros), outros (os chamados de não poliedros) são limitados por superfícies curvas ou por superfícies planas e curvas. Cilindro Cone Esfera Figura 2 – Exemplos de não poliedros O cubo, o paralelepípedo, o prisma e a pirâmide são exemplos de poliedros. Os elementos mais importantes de um poliedro são as arestas, as faces e os vértices. Um poliedro também pode ser defi nido como um sólido geométrico cuja superfície é composta por um número fi nito de faces planas, em que cada uma dessas faces é um polígono. Como exemplos de não poliedros temos o cilindro, o cone e a esfera. Mat_A06_Z_RF_SF_070109.indd CpTxt3Mat_A06_Z_RF_SF_070109.indd CpTxt3 7/1/2009 15:22:137/1/2009 15:22:13 4 Matemática A06 Quando associamos o nome de um sólido conhecido (cubo, esfera, paralelepípedo, cone,...) a alguns dos objetos que nos rodeiam devemos lembrar que cada um desses nomes não indica propriamente um objeto, mas sim um sólido geométrico que não tem existência real, somente imaginária, e que matematicamente representa o conjunto de todos os sólidos com uma dada forma. Figura 3 – Exemplos de objetos que representam sólidos geométricos Uma caixa de suco ou de leite é um objeto que representa bem um sólido o qual, na Matemática, chamamos de paralelepípedo retângulo. Uma lata de legumes em conserva é um bom exemplo de um objeto com a forma de cilindro. O que signifi ca medir o volume de um sólido? Medir o volume de um sólido é descobrir a medida do espaço ocupado por esse sólido. Ou seja, para medir o volume de um sólido, comparamos o espaço ocupado por esse sólido com o espaço ocupado por uma medida de volume tomada como padrão. Como podemos calcular o volume dos sólidos? De acordo com o formato do sólido, cujo volume se quer medir, temos uma fórmula especial. Por isso, vamos conhecer alguns formatos e de sólidos e como calcular cada volume correspondente. No grupo dos sólidos denominados poliedros (que apresentam apenas superfícies planas), estudaremos o cálculo do volume de: Mat_A06_Z_RF_SF_070109.indd CpTxt4Mat_A06_Z_RF_SF_070109.indd CpTxt4 7/1/2009 15:22:157/1/2009 15:22:15 Cubo Cubo planificado Figura 4 – Cubo planifi cado 5 Matemática A06 cubos; paralelepípedos retângulos; prismas; pirâmides. No grupo dos sólidos denominados de não poliedros (que apresentam superfícies planas e curvas), estudaremos os cálculos de volume de: cilindros; cones; esfera. O que é um cubo? O cubo é o sólido geométrico que apresenta seis faces quadradas idênticas. Em um cubo, cada segmento de reta que se encontra na interseção duas faces é chamado de aresta. Um cubo possui 12 arestas congruentes. Cada ponto que se encontra na interseção de três faces é chamado de vértice do cubo. Um cubo possui 8 vértices. � � � � � � � Como calcular o volume de um cubo? Para calcular o volume de um cubo, basta multiplicar a medida de sua altura pela medida de sua largura e pela medida de sua profundidade. Como, em um cubo, essas três medidas são iguais, basta substituir uma dessas medidas na fórmula V = a3. Mat_A06_Z_RF_SF_070109.indd CpTxt5Mat_A06_Z_RF_SF_070109.indd CpTxt5 7/1/2009 15:22:167/1/2009 15:22:16 6 Matemática A06 Vejamos um exemplo: a a a Figura 5 Exemplo 1 Considere o cubo cujas arestas medem 2 m. Calcule o volume desse cubo. 2 m 2 m 2 m Figura 6 Para calcular o volume desse cubo podemos utilizar a expressão V = a3, em que a mede 2 m. Logo, temos: V = (2 m)3 = (2)3 ⋅ (m)3 = 8 m3. Podemos dizer que o volume desse cubo equivale à soma dos volumes de oito cubos de 1 m3. 2 m 2 m 2 m = Figura 7 – Comparação entre o volume de um cubo com arestas de 2 m e um cubo com arestas de 1 m. Mat_A06_Z_RF_SF_070109.indd CpTxt6Mat_A06_Z_RF_SF_070109.indd CpTxt6 7/1/2009 15:22:177/1/2009 15:22:17 7 Matemática A06 Responda aqui 1Praticando... 1. Calcule o volume do cubo que tem arestas medindo 10 cm. 2. Calcule o volume do cubo cujas faces medem 25 mm2. O que é um paralelepípedo? Paralelepípedo é o nome dado a um sólido cujas faces são paralelogramos. Um paralelepípedo tem seis faces, sendo idênticas e paralelas entre si duas a duas. Os paralelepípedos podem ser paralelepípedos retângulos ou paralelepípedos oblíquos. O que é um paralelepípedo retângulo? Chama-se paralelepípedo retângulo àquele em que todas as faces são quadriláteras e apresentam todos os ângulos internos de 90º (ângulos retos). Todas as faces são perpendiculares às faces adjacentes. Um paralelepípedo retângulo apresenta também 12 arestas (das quais 4 são arestas laterais e 8 são arestas de base) e 8 vértices. Mat_A06_Z_RF_SF_070109.indd CpTxt7Mat_A06_Z_RF_SF_070109.indd CpTxt7 7/1/2009 15:22:197/1/2009 15:22:19 8 Matemática A06 largura profundidade altura Figura 8 Como calcular o volume de um paralelepípedo retângulo? O volume de um paralelepípedo retângulo é calculado através do produto das medidas de sua largura, de sua altura e de sua profundidade. Ou seja, podemos representar o volume de um paralelepípedo retângulo pela expressão V = a ⋅ b ⋅ c, onde a, b e c são as medidas de altura, largura e profundidade desse sólido. Exemplo 2 Um paralelepípedo retângulo tem altura igual a 3 cm, largura medindo 2 cm e profundidade de 5 cm. Calcule o volume desse paralelepípedo retângulo. O volume desse paralelepípedo retângulo pode ser obtido substituindo suas medidas na expressão V = a ⋅ b ⋅ c. Assim, temos V = 3 cm ⋅ 5 cm ⋅ 2 cm = 30 cm3. Figura 9 Mat_A06_Z_RF_SF_070109.indd CpTxt8Mat_A06_Z_RF_SF_070109.indd CpTxt8 7/1/2009 15:22:197/1/2009 15:22:19 9 Matemática A06 Responda aqui 2Praticando... Um paralelepípedo pode ser classifi cado como oblíquo se suas faces laterais não são perpendiculares entre si. Figura 10 1. Calcule o volume do paralelepípedo retângulo cujas dimensões são: altura medindo 12 cm, largura medindo 10 cm e profundidade de 15 cm. 2. Um paralelepípedo retângulo tem volume igual a 60 cm2. Calcule sua altura, sabendo que duas de suas faces são quadrados idênticos de área igual a 25 cm2, cada. Mat_A06_Z_RF_SF_070109.indd CpTxt9Mat_A06_Z_RF_SF_070109.indd CpTxt9 7/1/2009 15:22:207/1/2009 15:22:20 10 Matemática A06 Conhecendo os prismas Um prisma é todo poliedro formado por uma face superior e uma face inferior paralelas, ambas com mesma forma e área. Essas faces são chamadas de bases. As linhas que se encontram na interseção entre cada uma das bases e uma face lateral são chamadas de arestas de base. As arestas que se encontram na interseção de duas faces laterais são chamadas de arestas laterais. As laterais de um prisma são sempre formadas por quadriláteros. bases Figura 11 Cada prisma recebe um nome especial de acordo a forma de suas bases. Assim, se temos triângulos nas bases, teremos um prisma triangular; se temos quadrados nas bases, teremos um prisma quadrangular; se temos hexágonos nas bases, teremos um prisma hexagonal. Prisma triangular Prisma quadrangular Prisma hexagonal Figura 12 Mat_A06_Z_RF_SF_070109.indd CpTxt10Mat_A06_Z_RF_SF_070109.indd CpTxt10 7/1/2009 15:22:217/1/2009 15:22:21 11 Matemática A06 Observe que o prisma quadrangular reto é outro nome do paralelepípedo retângulo. Quando as faces de um prisma são perpendiculares às bases, ou seja, forma com estas bases ângulos de 90º, dizemos que o prisma é reto. Quando as faces laterais do prisma não são perpendiculares às bases, dizemos que esse prisma é oblíquo. Nesse caso, a altura do prisma é diferente da medida de suas arestas laterais (como o representado na Figura 13). M ed id a da a re st a M ed id a da a ltu ra Figura 13 Calculando o volume de um prisma Seja um prisma reto ou oblíquo, para calcular seu volume é necessário substituir suas medidas na expressão V = Ab ⋅ h resolver as operações necessárias. Observe que, na expressão V = Ab ⋅ h, Ab é a medida da base e h a medida da altura desse sólido. Que tal ver mais alguns exemplos? Mat_A06_Z_RF_SF_070109.indd CpTxt11Mat_A06_Z_RF_SF_070109.indd CpTxt11 7/1/2009 15:22:237/1/2009 15:22:23 Exemplo 3 12 Matemática A06 Calcule o volume de um prisma triangular com as seguintes características: altura de 10 cm e bases formadas por triângulos equiláteros com arestas de 2 cm. Nesse exemplo, a primeira parte do cálculo consiste em determinar a área das bases do prisma, que são triângulos equiláteros. Em um triângulo equilátero, a área é representada pela seguinte expressão: Ab = a2 · √3 4 , onde a é a medida da aresta. Assim: Ab = (2 cm)2 · √3 4 ⇒ Ab = 4 · √ 3 cm2 4 ⇒ Ab ∼= 1, 73 cm2 Logo: Exemplo 4 Determine o volume de um prisma cuja altura mede 5 dm e cuja base é um quadrado de 2 dm de aresta. A área da base é igual a (2 dm)2 = 4 dm2. Para calcular o volume desse sólido, basta multiplicar a área de sua base pela medida de sua altura, ou seja, V = Ab ⋅ h = 4 dm 2 ⋅ 5 dm = 20 dm3. O volume do prisma é igual a 20 dm3. Ou seja, o volume do prisma triangular regular é de aproximadamente 17,3 cm3. V = Ab · h ⇒ V = (2 cm) 2 · √3 4 · 10 cm ⇒ V = 4 √ 3 cm2 4 · 10 cm ⇒ V ∼= 17, 3 cm3 Mat_A06_Z_RF_SF_070109.indd CpTxt12Mat_A06_Z_RF_SF_070109.indd CpTxt12 7/1/2009 15:22:247/1/2009 15:22:24 Exemplo 5 13 Matemática A06 Calcule o volume de um prisma hexagonal regular cuja altura e arestas de base medem 10 cm. Calculando a área da base, temos que substituir a medida das arestas de base na expressão Ab = 6 · a 2 · √3 4 ou seja, Ab = 6 · (10 cm) 2 · √3 4 = 6 · 100 cm2 · √3 4 ⇒ Ab = 600 · √ 3 cm2 4 ⇒ Ab = 150 √ 3 cm2 ⇒ Ab ∼= 259, 81 cm2 . O volume do prisma é o produto da área da base pela altura, ou seja, V = Ab ⋅ h ⇒ V ≅ 259,8 cm 2 ⋅ 10 cm ⇒ V ≅ 2.598,1 cm3. O volume aproximado desse prisma é de 2.598,1 cm3. Responda aqui 3Praticando... 1. Calcule o volume de um prisma quadrangular cuja altura mede 20 cm e cujas arestas de base medem 11 cm. 2. Determine o volume do prisma triangular cuja altura mede 18 cm e cujas bases são triângulos equiláteros de perímetro igual a 36 cm. Mat_A06_Z_RF_SF_070109.indd CpTxt13Mat_A06_Z_RF_SF_070109.indd CpTxt13 7/1/2009 15:22:257/1/2009 15:22:25 14 Matemática A06 Pirâmides Uma pirâmide é todo poliedro formado por uma face inferior e por faces laterais que se unem em um ponto comum chamado de vértice da pirâmide. As faces laterais de uma pirâmide são regiões triangulares, e o número dessas faces laterais corresponde ao número de lados do polígono da base. Os segmentos de retas que se encontram na interseção de duas faces laterais são chamados de arestas laterais. O número de faces laterais é igual ao número de lados da fi gura que forma sua base. Uma pirâmide pode ser classifi cada de acordo com o formato de sua base. Classifi cação das pirâmides de acordo com o formato da base triangular quadrangular pentagonal hexagonal base: triângulo base: quadrado base: pentágono base: hexágono Disponível em:<http://pessoal.sercomtel.com.br/matematica/geometria/piramide/piramide.htm>. Acesso em: 08 set.08. Atenção: Uma pirâmide triangular também recebe o nome especial de Tetraedro. Chamamos de Tetraedro Regular a toda pirâmide cujas faces são triângulos retângulos equiláteros. Podemos também classifi car uma pirâmide como reta – quando todas as arestas laterais são congruentes – ou como oblíqua – quando suas arestas laterais não são congruentes. Mat_A06_Z_RF_SF_070109.indd CpTxt14Mat_A06_Z_RF_SF_070109.indd CpTxt14 7/1/2009 15:22:267/1/2009 15:22:26 Exemplo 6 15 Matemática A06 Figura 14 – pirâmide oblíqua Volume de pirâmides O volume da pirâmide pode ser representado pela expressão V = 1 3 · (Ab · h)ou V = Ab · h 3 , em que Ab é a área da base da pirâmide e h a medida de sua altura. http://www.liceofoscarini.it/fi sica94/foto/solpiroblirreg3.jpg. Acesso em: 08. set 08. Observe que: Em um tetraedro regular, a altura do sólido é igual a h = a · √6 3 e a área da base (que é um triângulo equilátero) é igual a Ab = a2 · √3 4 , em que a é a medida da aresta do tetraedro. Que tal agora mais alguns exemplos? Calcule o volume da pirâmide cuja altura é de 15 cm e cuja base quadrada tem arestas de 20 cm de comprimento. Inicialmente, é necessário determinar a área da base. Assim, temos: Ab = (20 cm) 2 ⇒ Ab = 400 cm 2. Substituindo as medidas da área da base e da altura na expressão que representa o volume, teremos: V = 1 3 ·Ab · h ⇒ V = 13 · 400 cm 2 · 15 cm ⇒ V = 6 000 cm 3 3 ⇒ V = 2 000 cm3 O volume dessa pirâmide é igual a 2.000 cm3. Mat_A06_Z_RF_SF_070109.indd CpTxt15Mat_A06_Z_RF_SF_070109.indd CpTxt15 7/1/2009 15:22:277/1/2009 15:22:27 Exemplo 7 16 Matemática A06 Determine o volume da pirâmide hexagonal regular cuja base tem área igual a Ahr = 6 √ 3 cm2 e cuja altura é igual a 10 √ 3 3 cm. Substituindo os valores da área da base e da altura da pirâmide, podemos calcular o volume da pirâmide: Responda aqui 4Praticando... 1. Determine o volume do tetraedro regular no qual cada uma das faces tem área igual a 12 √ 3 cm2 . 2. Calcule o volume do tetraedro cuja altura mede 10 cm e cuja base tem Lados que medem 4 cm, 6 cm e 8 cm. 3. Calcule o volume da pirâmide cuja altura mede 6 cm e cuja base é um quadrado de área igual a 16 cm2. V = 1 3 ·Ab · h ⇒ V = 13 · 6 √ 3 cm2 · 10 √ 3 3 cm ⇒ V = 6 √ 3 · 10√3 3 · 3 cm 3 ⇒ V = 60 · ( √ 3)2 9 cm3 ⇒ V = 60 · 3 9 cm3 ⇒ V = 180 9 cm3 ⇒ V = 20 cm3 Mat_A06_Z_RF_SF_070109.indd CpTxt16Mat_A06_Z_RF_SF_070109.indd CpTxt16 7/1/2009 15:22:287/1/2009 15:22:28 17 Matemática A06 Cilindro Um cilindro é um sólido geométrico não poliedro que apresenta duas bases paralelas circulares congruentes e uma face lateral que liga as duas bases. Quando as linhas que formam a face lateral são perpendiculares às bases dizemos que o cilindro é reto, caso contrário, dizemos que é oblíquo (como o representado na Figura 15). o′ o r r Figura 15 – Cilindro oblíquo São elementos do cilindro: bases: os círculos idênticos de centro O e O’ e raios r; altura: a distância h entre os planos α e β; geratriz: qualquer segmento da superfície lateral de extremidades nos pontos das circunferências das bases que seja paralelo ao eixo central. Calculando o volume de um cilindro O volume de um cilindro pode ser representado pela expressão: V = π ⋅ r2 ⋅ h. Observe que π é um número irracional cujo valor é aproximadamente 3,14, r é a medida do raio do cilindro e h é a medida de sua altura. Para calcular o volume do cilindro devemos substituir esses valores na expressão correspondente e resolver as operações indicadas. Veja mais alguns exemplos: � � � Mat_A06_Z_RF_SF_070109.indd CpTxt17Mat_A06_Z_RF_SF_070109.indd CpTxt17 7/1/2009 15:22:297/1/2009 15:22:29 Exemplo 8 Exemplo 9 18 Matemática A06 Determine o volume de um cilindro cuja medida do diâmetro da base e da altura do sólido sejam iguais a 10 cm. Para calcular o volume do cilindro você deve substituir os valores conhecidos na expressão V = π ⋅ r2 ⋅ h. Antes, porém, lembre-se de que a medida do diâmetro D é igual ao dobro da medida do raio, ou seja, Calcule o volume de um cilindro que tem base medindo 60 cm2 e cuja altura mede 20 cm. Para calcular o volume do cilindro, temos Ab = π ⋅ r 2 ⇒ Ab = 60 cm 2 h = 20 cm V = π ⋅ r 2. h ⇒ V = 60 cm 2 . 20 cm ⇒ V = 1200 cm 3 . O volume do cilindro é igual a 1 200 cm3. D = 2 · r ⇒ r = D 2 ⇒ r = 10 cm 2 ⇒ r = 5 cm Assim, V = π · r2 · h ⇒ V = 3, 14 · (5 cm)2 · 10 cm ⇒ V = 785 cm3 O volume do cilindro é igual a 785 cm3. Mat_A06_Z_RF_SF_070109.indd CpTxt18Mat_A06_Z_RF_SF_070109.indd CpTxt18 7/1/2009 15:22:297/1/2009 15:22:29 19 Matemática A06 Responda aqui 5Praticando... 1. Calcule o volume do cilindro cuja base tem raio igual a 5 cm e cuja altura mede 12 cm. 2. Determine o volume de um cilindro cujo raio mede 6,3 cm e cuja altura é igual a 25 mm. Cone Um cone é um sólido geométrico classifi cado como não poliedro que apresenta uma única base circular e uma face lateral. No cone podem ser destacados os seguintes elementos: Mat_A06_Z_RF_SF_070109.indd CpTxt19Mat_A06_Z_RF_SF_070109.indd CpTxt19 7/1/2009 15:22:307/1/2009 15:22:30 20 Matemática A06 eixo vértice geratriz al tu ra base Figura 16 – cone reto (Disponível no endereço:< http://pessoal.sercomtel.com.br/matematica/geometria/cone/cone.htm>.) O vértice de um cone é o ponto para o qual concorrem todos os segmentos de reta que formam a superfície lateral desse sólido. Geratriz é cada um dos segmentos de reta que tem uma extremidade no vértice do cone e a outra na circunferência que envolve a base. A base de um cone é formada pelo círculo no qual ele se apóia e pela circunferência que delimita esse círculo. O eixo do cone é a reta defi nida pelos centros de todas as seções paralelas à base, ou ainda, é a reta defi nida pelo vértice do cone e pelo centro de sua base. A altura do cone é a distância do vértice do cone ao plano que contém a sua base. Volume de um cone O volume do cone é igual a um terço do produto da área da base pela altura, ou seja, pode ser representado pela expressão V = 1 3 · (Ab · h) ⇒ V = Ab · h3 , sendo Ab a área da base do cone e h a medida de sua altura. Lembrando que a base do cone é um círculo de raio r, ou seja, de área da base igual a π ⋅ r2, podemos representar o volume de um cone pela expressão V = 1 3 · π · r2 · h ou V = π · r 2 · h 3 .ou Mat_A06_Z_RF_SF_070109.indd CpTxt20Mat_A06_Z_RF_SF_070109.indd CpTxt20 7/1/2009 15:22:307/1/2009 15:22:30 Exemplo 10 21 Matemática A06 Determine o volume de um cone cuja altura mede 10 cm e cuja base tem raio medindo 5 cm. O volume de um cone é dado pela expressão: V = 1 3 · π · r2 · h. Substituindo os valores conhecidos na expressão, temos: O volume aproximado do cone é 261,67 cm3. Exemplo 11 Calcule o volume de um cone cuja altura é igual a 8 cm e cuja base tem área igual a 78,5 cm2. O volume de um cone é dado pela expressão: 6Praticando... 1. Determine o volume do cone que tem altura igual a 1,2 m e raio igual a 0,6 m. 2. Calcule o volume do cilindro que apresenta altura igual a 35 mm e diâmetro igual a 1,2 cm. V = 1 3 · 3, 14 · (5 cm)2 · (10 cm) ⇒ V = 3, 14 · 250 cm 3 3 ⇒ V = 785 3 cm3 V ∼= 261, 67 cm3 V = 1 3 · π · r2 · h ou V = 1 3 ·Ab · h Substituindo os valores conhecidos na expressão, temos: V = 1 3 ·Ab · h ⇒ V = 13 · 78, 5 cm 2 · 8 cm ⇒ V = 628 3 cm3 ⇒ V ∼= 209, 33 cm3 Mat_A06_Z_RF_SF_070109.indd CpTxt21Mat_A06_Z_RF_SF_070109.indd CpTxt21 7/1/2009 15:22:317/1/2009 15:22:31 22 Matemática A06 O que é uma esfera? Podemos descrever uma esfera como sendo: um sólido geométrico formado por uma superfície curva contínua cujos pontos estão eqüidistantes de outro ponto fi xo e interior, chamado centro; uma superfície fechada de tal forma que todos os pontos dela estão à mesma distância de seu centro, ou ainda, de qualquer ponto de vista de sua superfície, a distância em relação ao centro é a mesma; sólido obtido pela rotação de um círculo por qualquer reta que passa por seu diâmetro. Elementos de uma esfera Para determinarmos o volume de uma esfera, precisamos conhecer alguns de seus elementos (veja a Figura 17): � � � o r Figura 17 – Esfera Raio: distância de um ponto qualquer da superfície esférica até o centro. Centro: ponto O que se encontra no ponto médio do diâmetro da superfície esférica. Responda aqui Mat_A06_Z_RF_SF_070109.indd CpTxt22Mat_A06_Z_RF_SF_070109.indd CpTxt22 7/1/2009 15:22:327/1/2009 15:22:32 Exemplo 12 Responda aqui 7Praticando... 23 Matemática A06 Calcule o volume da esfera que tem raio igual a 5 cm. Para calcular o volume da esfera é preciso substituir os valores conhecidos na expressão V = 4 3 · π · r3. Assim temos: O volume da esfera é igual a 1 570 cm3. Volume de uma esfera A expressão que utilizamos no cálculo do volume de uma esfera é: V = 4 3 · π · r3, sendo r a medida do raio da esfera. 1. Determine o volume máximo de combustível que pode ser acumulado em um tanque esférico de raio interno igual a 1 m. 2. Calcule o raio de uma esfera cujo volume é igual a V = 4 3 · (3, 14) · (5 cm)3 ⇒ V = 4 · 3, 14 · 125 cm 3 3 ⇒ V = 1 570 cm3 Mat_A06_Z_RF_SF_070109.indd CpTxt23Mat_A06_Z_RF_SF_070109.indd CpTxt23 7/1/2009 15:22:337/1/2009 15:22:33 Exemplo 13 24 Matemática A06 Sólidos equivalentes Alguns objetos têm o mesmo volume, ou seja, ocupam o mesmo espaço, embora possam ter formas diferentes. Quando dois sólidos geométricos possuem o mesmo volume dizemos que são sólidos geométricos equivalentes. Mas, quando é que isso ocorre? Vejamos no exemplo a seguir. Um paralelepípedo retângulo tem as seguintes medidas: 2 cm de altura, 3 cm de largura e 4 cm de profundidade. Um segundo paralelepípedo apresenta as seguintes medidas: 2 cm de altura, 6 cm de largura e 2 cm de profundidade. 3 m 2 m 4 m Figura 18 – Paralelepípedo retângulo A base do primeiro paralelepípedo (Figura 18) mede 3 cm ⋅ 4 cm = 12 cm2. Multiplicando a área de sua base pela medida de sua altura, temos: 12 cm2 ⋅ 2 cm = 24 cm3. A área do volume do primeiro paralelepípedo retângulo é V = 24 cm3. A base do segundo paralelepípedo retângulo (Fig. 19) mede 6 cm ⋅ 2 cm = 12 cm2. Multiplicando a área desse segundo sólido pela medida de sua altura, temos: 12 cm2 ⋅ 2 cm = 24 cm3. Mat_A06_Z_RF_SF_070109.indd CpTxt24Mat_A06_Z_RF_SF_070109.indd CpTxt24 7/1/2009 15:22:337/1/2009 15:22:33 25 Matemática A06 O volume do segundo paralelepípedo retângulo é V = 24 cm3. Os dois paralelepípedos retângulos têm o mesmo volume, portanto são sólidos geométricos equivalentes. Que tal agora resolver algumas atividades? 6 m 2 m 2 m Figura 19 – Paralelepípedo retângulo Responda aqui 8Praticando... 1. Uma esfera cujo raio mede 1,2 m é um sólido equivalente a um cilindro de raio 0,6 m. Calcule a altura do cilindro. 2. Considere um cone de raio igual a 5 cm e altura igual a 10 cm. Esse sólido é equivalente a um cilindro de raio igual a 2,5 cm. Qual é a altura do cilindro? Mat_A06_Z_RF_SF_070109.indd CpTxt25Mat_A06_Z_RF_SF_070109.indd CpTxt25 7/1/2009 15:22:357/1/2009 15:22:35 Ex er cí ci os 26 Matemática A06 Se você resolveu todas as atividades encontradas ao longo desta aula e não tem mais dúvidas, resolva agora a lista de exercícios a seguir. 1. Imagine um cubo no qual a soma das medidas das arestas é igual a 12 dm. O volume desse cubo é igual a a) 1 200 cm3. b) 1 100 cm3. c) 1 000 cm3. d) 950 cm3. 2. Imagine que a área da base de uma pirâmide é igual à área de cada uma das bases de um prisma. Se o quádruplo do volume da pirâmide é igual ao volume do prisma, a expressão da altura da pirâmide (h) em função da altura do prisma (H) será a) h = 3 4 −H . b) h = 3 ·H 4 . c) h = 3 4 + H . d) h = 3 4 ·H . 3. Imagine um cone reto e um paralelepípedo retângulo. Considere que: o paralelepípedo retângulo tem altura igual a 12 cm e seu volume equivale ao dobro do volume do cone; as duas faces do paralelepípedo retângulo (de área a ⋅ b) têm a mesma medida que a superfície da base do cone. Com base nesses dados, podemos afi rmar que a altura do cone é igual a a) 18 cm. b) 17 cm. c) 16 cm. d) 15 cm. 4. Luiz descobriu que para armazenar com segurança um sundae cuja casquinha é um cone de raio r e altura h é preciso depositá-lo em um vasilhame cilíndrico cujo espaço interno tem também altura h e raio r (conforme a Figura 20). Ao guardar esse sorvete no vasilhame cilíndrico, podemos representar o volume do espaço não ocupado no vasilhame pela expressão a) 4 · π · r2 · h 3 b) 2 · π · r2 · h 3 c) 3 · π · r 2 · h 2 d) 5 · π · r 2 · h 2 � � h r Figura 20 Mat_A06_Z_RF_SF_070109.indd CpTxt26Mat_A06_Z_RF_SF_070109.indd CpTxt26 7/1/2009 15:22:367/1/2009 15:22:36 R es po st a 27 Matemática A06 Mat_A06_Z_RF_SF_070109.indd CpTxt27Mat_A06_Z_RF_SF_070109.indd CpTxt27 7/1/2009 15:22:427/1/2009 15:22:42 28 Matemática A06 28 Matemática A06 Nesta aula, você aprendeu a descrever o que é um sólido, a observar as principais características de um sólido para classifi cá-lo como poliedro ou não poliedro, e também a calcular o volume de diferentes sólidos. Auto-avaliação 1. Descreva, com suas palavras, o que é um sólido. 2. O que signifi ca medir o volume de um sólido? 3. Dê 2 exemplos de sólidos classifi cados como ‘poliedros’. 4. Dê 2 exemplos de sólidos classifi cados como ‘não poliedros’. 5. Preencha no quadro a seguir o número de arestas e faces de cada sólido. SÓLIDO ARESTAS FACES Cubo Paralelepípedo retângulo Prisma triangular Prisma pentagonal regular Prisma hexagonal regular Tetraedro Pirâmide quadrangular regular Pirâmide hexagonal regular Mat_A06_Z_RF_SF_070109.indd CpTxt28Mat_A06_Z_RF_SF_070109.indd CpTxt28 7/1/2009 15:22:477/1/2009 15:22:47 29 Matemática A06 Leitura complementar “Donald no País da Matemágica” é uma animação com duração de 27 minutos da empresa Walt Disney Productions, disponível em DVD, na coleção “Fábulas Disney’”, sobre uma viagem feita por Donald que nos permite rever diversos conhecimentos matemáticos e as relações desses conhecimentos com outras áreas do conhecimento humano, como a música e as artes, entre outros. Que tal conferir? Referências SÓLIDOS GEOMÉTRICOS. Disponível em www. <http://www.educ.fc.ul.pt/icm/icm99/ icm21/solidos_geometricos.htm>. Acesso em 26 jul. 08. http://pt.wikipedia.org/wiki/Esfera_(geometria). Acesso em 06 set. 08. http://www.edumatec.mat.ufrgs.br/atividades_diversas/ativ_wingeo2/volpiramide.html Acesso em 26jul.08. http://www.infoescola.com/matematica/calculando-volumes-de-solidos-geometricos/. Acesso em 26 jul. 08. Para Consulta Fórmulas úteis Área de um triângulo escaleno At esc = √ p · (p− a) · (p− b) · (p− c) , sendo p = a + b + c 3 e a, b e c as medidas dos lados do triângulo Área de um triângulo equilátero Ateq = a2 · √3 4 , onde a é a medida do lado do triângulo equilátero. Mat_A06_Z_RF_SF_070109.indd CpTxt29Mat_A06_Z_RF_SF_070109.indd CpTxt29 7/1/2009 15:22:477/1/2009 15:22:47 30 Matemática A06 Área de um quadrado Aq = a 2, em que a é a medida do lado do quadrado. Área de um hexágono regular Ahr = 6 · a2 · √3 4 , em que a é a medida do lado do hexágono regular. Para as expressões usadas no cálculo de volumes a seguir considere: Ab = área da base; a, b e c são medidas dos lados; h = medida da altura; e V = volume. Volume do cubo: V = a ⋅ a ⋅ a ⇒ V = a3 Volume do paralelepípedo: V = a ⋅ b ⋅ c Volume do prisma: V = Ab ⋅ h Volume da pirâmide: V = 1 3 · (Ab · h) Volume do cilindro: V = 1 3 · π · r2 · h Volume do cone: V = 1 3 · π · r2 · h Volume da esfera: V = 4 3 · π · r3 Observe que o volume de um prisma é igual ao triplo do volume de uma pirâmide de mesma base e altura. OBSERVE Note que o volume de um cilindro é igual ao triplo do volume de um cone de mesmo raio e altura. NOTE Mat_A06_Z_RF_SF_070109.indd CpTxt30Mat_A06_Z_RF_SF_070109.indd CpTxt30 7/1/2009 15:22:487/1/2009 15:22:48 Anotações 31 Matemática A06 Mat_A06_Z_RF_SF_070109.indd CpTxt31Mat_A06_Z_RF_SF_070109.indd CpTxt31 7/1/2009 15:22:497/1/2009 15:22:49 Anotações 32 Matemática A06 Mat_A06_Z_RF_SF_070109.indd CpTxt32Mat_A06_Z_RF_SF_070109.indd CpTxt32 7/1/2009 15:22:497/1/2009 15:22:49 Mat_A06_Z_RF_SF_070109.indd V_Ct_cp1Mat_A06_Z_RF_SF_070109.indd V_Ct_cp1 7/1/2009 15:22:497/1/2009 15:22:49 07 Elizabete Alves de Freitas C U R S O T É C N I C O E M S E G U R A N Ç A D O T R A B A L H O Moeda, câmbio e conversões monetárias MATEMÁTICA Mat_A07_Z_RF_SF_080109.indd Cp1Mat_A07_Z_RF_SF_080109.indd Cp1 8/1/2009 09:35:398/1/2009 09:35:39 Coordenadora da Produção dos Materias Marta Maria Castanho Almeida Pernambuco Coordenador de Edição Ary Sergio Braga Olinisky Coordenadora de Revisão Giovana Paiva de Oliveira Design Gráfi co Ivana Lima Diagramação Ivana Lima José Antônio Bezerra Júnior Mariana Araújo de Brito Vitor Gomes Pimentel Arte e ilustração Adauto Harley Carolina Costa Heinkel Huguenin Revisão Tipográfi ca Adriana Rodrigues Gomes Design Instrucional Janio Gustavo Barbosa Luciane Almeida Mascarenhas de Andrade Jeremias Alves A. Silva Margareth Pereira Dias Revisão de Linguagem Maria Aparecida da S. Fernandes Trindade Revisão das Normas da ABNT Verônica Pinheiro da Silva Adaptação para o Módulo Matemático Joacy Guilherme de Almeida Ferreira Filho Revisão Técnica Rosilene Alves de Paiva EQUIPE SEDIS | UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE – UFRN Projeto Gráfi co Secretaria de Educação a Distância – SEDIS Governo Federal Ministério da Educação Mat_A07_Z_RF_SF_080109.indd Cp2Mat_A07_Z_RF_SF_080109.indd Cp2 8/1/2009 09:35:508/1/2009 09:35:50 Objetivo Você ve rá por aqu i... 1 Matemática A07 ... Um estudo sobre o que é moeda e um breve relato sobre a história do dinheiro. Verá também algumas defi nições de câmbio e como realizar conversões monetárias. Você encontrará duas atividades com questões subjetivas, no corpo desta aula, para que pratique o conteúdo recém-estudado, e também uma lista de exercícios com questões objetivas com todo o conteúdo abordado neste material para reforçar sua aprendizagem. Ao fi nal da aula, você pode resolver uma auto-avaliação, na qual será possível determinar se é necessário ou não reler esse material e, se achar conveniente, refaça algumas questões. A seção Para consulta apresenta de forma simplifi cada todo o conteúdo apresentado na aula e pode servir de apoio para a resolução das questões. Saber descrever o signifi cado de moeda. Saber defi nir o que é câmbio. Saber resolver situações que envolvam a conversão de moedas de diferentes países. � � � Mat_A07_Z_RF_SF_080109.indd CpTxt1Mat_A07_Z_RF_SF_080109.indd CpTxt1 8/1/2009 09:35:508/1/2009 09:35:50 2 Matemática A07 Para começo de conversa... Antigamente, nas primeiras atividades comerciais, não havia moeda. O tipo de atividade comercial utilizado era o escambo, uma simples troca de mercadoria por mercadoria ou de serviço por mercadoria e que originou todas as atividades comerciais que conhecemos hoje. Neste tipo de atividade comercial, o escambo, o valor da mercadoria dependia apenas da quantidade de tempo ou do trabalho humano que foi necessário para produzi-la. Assim, se alguém cultivasse e colhesse milho em uma quantidade maior que a necessária para manter a si e aos seus, trocava esse excesso de produção com o de outra pessoa (ou grupo) que tivesse plantado e colhido outra cultura mais que o necessário, por exemplo, feijão. Essa forma primitiva de comércio foi dominante no início da civilização humana e ainda pode ser encontrada atualmente, porém, ainda traz certas difi culdades, por não haver uma medida padrão entre os elementos a serem trocados. Com a evolução das negociações comerciais, alguns produtos passaram a ser mais procurados do que outros. Os de maior aceitação passaram a assumir a função de moeda, sendo adotados como elemento de troca por outras mercadorias e servindo como valor padrão na avaliação dos demais. Eram as chamadas moedas–mercadorias. Entre as principais moedas–mercadorias, temos o gado e o sal, cuja utilização foi tão marcante que se fazem presentes até hoje em nosso vocabulário, em palavras como pecúnia (dinheiro) e pecúlio (dinheiro acumulado), que derivam do latim pecus (gado); na palavra capital (patrimônio), que vem do latim capita (cabeça); a palavra salário (remuneração geralmente efetuada em dinheiro, realizada pelo empregador por serviço desenvolvido por seu empregado) teve origem em Roma, com a utilização do sal para o pagamento de serviços prestados. Mat_A07_Z_RF_SF_080109.indd CpTxt2Mat_A07_Z_RF_SF_080109.indd CpTxt2 8/1/2009 09:35:548/1/2009 09:35:54 3 Matemática A07 Segundo Sousa (2008, extraído da Internet), “o dinheiro é comumente reconhecido como um meio de troca aceito no pagamento de bens, serviços e dívidas”. Com o passar do tempo, as moedas–mercadorias se tornaram inconvenientes para as transações comerciais, pois havia instabilidade de valor, a difi culdade de fracionamento e a perecibilidade, que impedia o acúmulo de patrimônio. Quando o homem descobriu o metal, logo passou a utilizá-lo para fabricar seus utensílios e armas, anteriormente feitos de pedra e, por apresentar diversas vantagens em relação a outros materiais, o metal passou a ser utilizado como principal padrão de valor e meio de troca. Inicialmente, o metal era trocado em seu estado natural, em barras ou sob a forma de objetos. Quando comercializado, já manufaturado, exigia aferição de peso e avaliação de seu grau de pureza a cada troca. Depois, ganhou peso determinado e forma defi nida (geralmente em discos circulares), recebendo uma marca com seu valor e também do responsável por sua emissão. Essa medida veio facilitar as negociações, dispensando as constantes pesagens e permitindo uma rápida informação da quantidade de metal disponível para a troca. Com a evolução do dinheiro, veio a necessidade da criação de estabelecimentos responsáveis pelo depósito e guarda desses bens, que são os bancos. Com os bancos surgiu uma nova atividade fi nanceira em que o próprio dinheiro é uma mercadoria. Estudando moeda, câmbio e conversões monetárias O que é moeda? Moeda é o elemento através do qual são efetuados os acordos monetários. Vale aqui destacar que existem diferentes defi nições de “moeda”. Em geral, a moeda é emitida e controlada pelo governo do país que o emite, único responsável que pode fi xar e controlar seu valor. Dom Sebastião, rei de Portugal, determinou a circulação de moedas portuguesas no Brasil em 1568. Nessa época, as moedas-mercadorias eram o pau-brasil, o açúcar e o ouro, que formaram os ciclos econômicos no Brasil Colônia. (WIKIPÉDIA, 2008, extraído da Internet). Histórico das Moedas no Brasil Real (plural: Réis) - de 1500 a 08/out/1834. Mil Réis - de 08/ out/1834 a 01/ Nov/1942. Conto de Réis (um milhão de réis). Cruzeiro - de 01/ Nov/1942 a 13/ fev/1967. Cruzeiro Novo - de 13/fev/1967 a 15/ mai/1970. Cruzeiro - de 15/ mai/1970 a 28/ fev/1986. Cruzado - de 28/ fev/1986 a 15/ jan/1989. Cruzado novo - de 15/jan/1989 a 15/ mar/1990. Cruzeiro - de 15/ mar/1990 a 01/ ago/1993. Cruzeiro Real - de 01/ago/1993 a 01/ jul/1994. Real (plural: Reais) - de 01/jul/1994 até os dias atuais. (WIKIPÉDIA, 2008, extraído da Internet). � � � � � � � � � MOEDAS-MERCADORIAS MOEDA Mat_A07_Z_RF_SF_080109.indd CpTxt3Mat_A07_Z_RF_SF_080109.indd CpTxt3 8/1/2009 09:35:578/1/2009 09:35:57 4 Matemática A07 Hoje, as moedas são mais utilizadas para o pagamento de quantidades de menor valor. O rápido processo de circulação de valores e o grau cada vez maior de complexidade das economias fi zeram surgir outras formas de pagamento, como o cheque e o cartão de crédito, por exemplo. A palavra moeda tem uma defi nição mais abrangente do que o simples objeto de valor padronizado de material metálico, já que envolve mais que apenas o dinheiro (em papel ou metal), mas também o valor depositado em instituições bancárias e as operações que podem ser feitas a partir daí. A moeda é, hoje, parte integrante da sociedade, controla, interage e participa dela, independentemente da cultura. Sejam quais forem os meios de troca, sempre se tenta basear em um valor qualquer para avaliar outro. Câmbio e conversões monetárias Fonte: <http://www.brasilescola.com/upload/e/meu-artigo-cambio.jpg>. Acesso em: 23 set. 2008. Câmbio é a operação de troca entre moedas de diferentes países. Segundo Crespo (1996, p. 76), a defi nição mais comum da palavra câmbio é “a que se refere a transferências de somas de dinheiro sem a necessidade de efetivamente transportarmos moedas”. No Brasil, os valores em dinheiro são escritos separando-se a parte inteira da parte decimal com o uso da vírgula, porém algumas moedas estrangeiras utilizam um ponto para isso. Para não criar confusão para você, escreveremos todas as moedas estrangeiras com o mesmo critério, adotado para a representação de valores em reais. Mat_A07_Z_RF_SF_080109.indd CpTxt4Mat_A07_Z_RF_SF_080109.indd CpTxt4 8/1/2009 09:35:578/1/2009 09:35:57 5 Matemática A07 Exemplo 1 Digamos que você esteja de viagem para o Canadá e precise comprar dólares canadenses. Para isso, deve levar uma quantia em reais e comprar uma quantia da moeda válida no Canadá, em uma instituição autorizada para realizar essa operação. Para viajar para outro país, uma pessoa deve ter moedas que sejam válidas no país estrangeiro. Uma das coisas que deve providenciar é se dirigir a uma instituição autorizada e comprar uma quantia da moeda do país de destino. Para que essa troca (ou compra) seja feita, é necessário se ter primeiramente uma informação: qual é o tipo de câmbio praticado. Existem vários tipos de câmbio, mas apenas dois são os mais praticados, que são o câmbio fi xo e o câmbio fl utuante. No câmbio fi xo, o Banco Central tem a função de comprar ou vender moeda estrangeira, em geral o dólar, para manter essa moeda a um valor fi xo em moeda nacional. No Brasil, até 1999, era praticado o câmbio fi xo, ou seja, US$ 1 era equivalente a R$ 1. Hoje, estamos em um regime de câmbio fl utuante. Exemplo 2 No câmbio fi xo, uma pessoa que quisesse adquirir cinco mil dólares, gastaria para isso R$ 5.000,00. No câmbio fl utuante, a razão de equivalência entre moedas de diferentes nações se altera de acordo com a oferta e procura do mercado. Para efetuar a troca entre diferentes moedas, deve-se saber a taxa de equivalência entre essas moedas, que é chamada de taxa de câmbio. Mat_A07_Z_RF_SF_080109.indd CpTxt5Mat_A07_Z_RF_SF_080109.indd CpTxt5 8/1/2009 09:35:588/1/2009 09:35:58 US$ R$ 1,00 1,8547 5.000,00 x 6 Matemática A07 Exemplo 3 Observe o quadro a seguir, que apresenta algumas cotações de moedas estrangeiras, em 26 de setembro de 2008*. Moeda Símbolo Valor (em R$) Dólar americano US$ 1,8547 Euro € 2,70953 Franco suíço Sw.Fr. 1,70125 Iene japonês ¥ 0,017468 Fonte: (*) Cotações obtidas através da conversão de moedas, disponível no endereço: <http://www4.bcb.gov.br/?TXCONVER SAO>. Acesso em: 27 set. 2008. A conversão de moedas pode ser efetuada por uma regra de três – recurso já estudado em aulas anteriores, utilizado na resolução de problemas. Observe o exemplo a seguir: Exemplo 4 Utilizando a cotação do dólar americano, apresentado na tabela do exemplo 3, calcule quantos reais são necessários para que sejam adquiridos US$ 5.000,00. Com as informações cambiais do exemplo 3, podemos escrever a seguinte regra de três: Como as duas grandezas (dólares e reais) são diretamente proporcionais, podemos formar a seguinte proporção: 1 5 000 = 1, 8547 x ⇒ x = 5 000 · 1, 8547 ⇒ x = 9 273, 5 Para se adquirir US$ 5.000,00, seriam necessários R$ 9.273,50. Mat_A07_Z_RF_SF_080109.indd CpTxt6Mat_A07_Z_RF_SF_080109.indd CpTxt6 8/1/2009 09:35:588/1/2009 09:35:58 1Praticando... Exemplo 5 US$ R$ 1,00 1,8547 x 250,00 7 Matemática A07 Que tal mais um exemplo? Com 250 reais, quantos dólares americanos pode-se obter, se recorrer à cotação do exemplo 3? Basta recorrer a uma regra de três. Observe: Como as duas grandezas (dólares e reais) são diretamente proporcionais, podemos formar a seguinte proporção: Poderão ser adquiridos, aproximadamente, US$ 134,79. 1 x = 1, 8547 250, 00 ⇒ x · 1, 8547 = 250, 00 ⇒ x = 250, 00÷ 1, 8547 ⇒ x ∼= 134, 79 1. Determine, utilizando o quadro de cotações do exemplo 3, qual a quantia equivalente em reais necessária para se adquirir uma nota de 5 euros. 2. Descubra, utilizando o quadro de cotações do exemplo 3, qual a quantia, equivalente em reais, necessária para se adquirir € 1.253,00. 3. Um empresário precisa comprar mercadorias no valor de US$ 2.852,00. Qual é o valor que terá que disponibilizar em reais, quando o dólar estava cotado em R$ 1,82? 4. Um comerciante compra mercadorias no valor de US$ 2.000,00. Com o pagamento a vista, ele recebe um desconto de 20%. Utilizando o quadro de cotações do exemplo 3, quantos reais ele precisou disponibilizar para esse pagamento? Mat_A07_Z_RF_SF_080109.indd CpTxt7Mat_A07_Z_RF_SF_080109.indd CpTxt7 8/1/2009 09:35:588/1/2009 09:35:58 Responda aqui 8 Matemática A07 Essas operações de conversões de moedas podem ser feitas por intermédio de bancos do mesmo país e de países distintos. Quando o câmbio se faz entre bancos de mesmo país, é chamado interior; quando é realizado entre bancos de países distintos, exterior. Quando, nas operações de câmbio, são envolvidos apenas dois bancos, dizemos que o câmbio é direto; quando, entre as instituições envolvidas, há um banco intermediário, dizemos que o câmbio é indireto. Ou seja, quando compramos dólares canadenses em que negociam apenas dois bancos, um brasileiro e um canadense, o câmbio é direto. Porém, se convertemos os reais disponíveis em dólares americanos e, logo depois, convertemos os dólares americanos em dólares canadenses, o câmbio é indireto. Mat_A07_Z_RF_SF_080109.indd CpTxt8Mat_A07_Z_RF_SF_080109.indd CpTxt8 8/1/2009 09:35:588/1/2009 09:35:58 Exemplo 6 US$ R$ 1 1,8547 2.000,00 x R$ ¥ 1 0,017468 3.709,40 y 9 Matemática A07 Com US$ 2.000,00 posso adquirir quantos ienes japoneses? Primeiramente, precisamos construir uma regra de três para determinar quantos reais equivalem à quantia citada em dólares. Para isso, vamos utilizar as cotações apresentadas no exemplo 3. Daí, podemos escrever a seguinte proporção: 1 2 000 = 1, 8547 x ⇒ x = 2 000, 00 · 1, 8547 ⇒ x = 3 709, 4 A quantia disponível em reais é de R$ 3.709,40. Agora, para calcular a quantia que pode ser adquirida em ienes, construímos uma nova regra de três. Podemos, então, escrever: 1 3 709, 40 = 0, 017468 y ⇒= 3 709, 40 · 0, 017468 ⇒ y = 64, 7957992 ⇒ y ∼= 64, 79 Serão adquiridos, aproximadamente, ¥ 64,79. Mat_A07_Z_RF_SF_080109.indd CpTxt9Mat_A07_Z_RF_SF_080109.indd CpTxt9 8/1/2009 09:35:598/1/2009 09:35:59 2 Responda aqui Praticando... Responda aqui 10 Matemática A07 1. Converta 12.000 euros em dólares, utilizando a cotação apresentada no exemplo 3. 2. Utilizando as cotações apresentadas no exemplo 3, complete o quadro a seguir: R$ US$ € Sw.Fr. ¥ 5.000,00 5.000,00 5.000,00 5.000,00 Mat_A07_Z_RF_SF_080109.indd CpTxt10Mat_A07_Z_RF_SF_080109.indd CpTxt10 8/1/2009 09:35:598/1/2009 09:35:59 Exercícios 11 Matemática A07 1. Conforme os valores apresentados no quadro de cotações do exemplo 3, a quantia de 1 200 dólares equivalem, aproximadamente, a a) € 821,41. b) R$ 2.300,52. c) ¥ 12.231,48. d) Sw. Fr. 2.080,47. 2. Uma pessoa recebe uma herança de US$ 50.000,00. Essa quantia, pelo quadro do exemplo 3, é equivalente a a) R$ 68.970,00. b) R$ 72.000,00. c) R$ 86.780,00. d) R$ 92.735,00. 3. Um comerciante francês compra de uma empresa brasileira mercadorias no valor de R$ 5.000,00 e recebe um pagamento de mercadorias de uma empresa britânica no valor de € 5.000,00. Considerando as cotações apresentadas no exemplo 3 e a realização apenas dessas duas operações, o saldo do empresário é igual a a) R$ 13.547,65. b) R$ 8.547,65. c) R$ 6.166,35. d) R$ 4.253,35. Mat_A07_Z_RF_SF_080109.indd CpTxt11Mat_A07_Z_RF_SF_080109.indd CpTxt11 8/1/2009 09:35:598/1/2009 09:35:59 12 Matemática A07 Leitura complementar CRESPO, Antônio Arnot. Matemática comercial e fi nanceira fácil. 11. ed. São Paulo: Saraiva, 1996. MERCHEDE, Alberto. Matemática fi nanceira para concursos: mais de 1.500 aplicações. São Paulo: Atlas, 2003. Para saber mais sobre conversões monetárias, procure um bom livro na biblioteca mais próxima. Duas boas opções de leitura, para esse assunto, são os livros de Matemática comercial e fi nanceira fácil e Matemática fi nanceira para concursos. BANCO CENTRAL DO BRASIL. Conversão de moedas. Disponível em: <http://www4. bcb.gov.br/?TXCONVERSAO>. Acesso em: 28 set. 2008. Na Internet, em alguns sites, você encontra conversores de moedas. Um desses conversores você encontra em uma das páginas do portal do Banco Central do Brasil. Para utilizar, basta escolher as moedas envolvidas na conversão e digitar o valor em que se quer determinar a cotação sem o uso de vírgulas (para US$ 1,00, escrever 100 no espaço referente ao valor), como pode ver na tela a seguir, clicando, em seguida, na palavra ‘conversão’. Nesta aula, você aprendeu o signifi cado de moeda, algumas defi nições de câmbio e a resolver situações que envolvem a conversão de moedas de diferentes países. Mat_A07_Z_RF_SF_080109.indd CpTxt12Mat_A07_Z_RF_SF_080109.indd CpTxt12 8/1/2009 09:36:028/1/2009 09:36:02 13 Matemática A07 Se você já resolveu todas as questões propostas nessa aula até aqui e não tem nenhuma dúvida, resolva as questões que são apresentadas na auto-avaliação a seguir. Caso sinta necessidade, releia a presente aula e refaça as questões. Se suas dúvidas persistirem, entre em contato com seu tutor. 1. Moeda pode ser defi nida como a) Produto perecível usado na troca de mercadorias. b) Simples troca de mercadoria por mercadoria e de serviço por mercadoria. c) O meio circulante utilizado na aquisição de mercadorias e no pagamento de serviços. d) Produto cujo valor depende apenas do tempo e da quantidade de trabalho humano necessário para sua produção. 2. Escambo é a) Produto perecível usado na troca de mercadorias. b) Simples troca de mercadoria por mercadoria e de serviço por mercadoria. c) O meio circulante utilizado na aquisição de mercadorias e no pagamento de serviços. d) Produto cujo valor depende apenas do tempo e da quantidade de trabalho humano necessário para sua produção. 3. No câmbio fi xo, qual a quantia, em dólares, que pode ser adquirida com R$ 52.325,40? 4. No câmbio fl utuante, com a cotação do dólar a R$ 1,85, qual a quantia, em reais, equivalente a US$ 25.000,00? 5. Qual a quantia necessária, em reais, para se adquirir uma nota de 20 euros? Auto-avaliação Mat_A07_Z_RF_SF_080109.indd CpTxt13Mat_A07_Z_RF_SF_080109.indd CpTxt13 8/1/2009 09:36:038/1/2009 09:36:03 Para Consulta US$ R$ 1 C B x 14 Matemática A07 6. Qual a quantia, em dólares, equivalente a 60 notas de 20 euros? 7. Uma pessoa recebe 20.000 euros do pagamento de uma herança e precisa quitar uma dívida de R$ 18.900,00. Responda: a) Qual o valor da herança, em reais? b) Considerando que foram realizadas as duas operações, qual o saldo do herdeiro? Quadro com cotações, utilizado no exemplo 3 Moeda Símbolo Valor (em R$) Dólar americano US$ 1,8547 Euro € 2,70953 Franco suíço Sw.Fr. 1,70125 Iene japonês ¥ 0,017468 Fonte: (*) Cotações obtidas através da conversão de moedas, disponível no endereço: http://www4.bcb.gov. br/?TXCONVER SAO. Acesso em: 27set.08. Conversão de uma quantia em dólar para uma quantia em reais B é a quantia em dólar que se quer converter, C a cotação do dólar, na data de interesse para a conversão e x é o valor em reais que se quer determinar. Mat_A07_Z_RF_SF_080109.indd CpTxt14Mat_A07_Z_RF_SF_080109.indd CpTxt14 8/1/2009 09:36:038/1/2009 09:36:03 US$ R$ 1 C x D € R$ 1 P N x € R$ 1 P x Q ¥ R$ 1 M J x € R$ 1 P N x 15 Matemática A07 Conversão de uma quantia em reais para uma quantia em dólares C é a cotação do dólar, na data de interesse para a conversão, D é a quantia em reais que se quer converter em dólares e x é o valor em dólares que se quer determinar. Conversão de uma quantia em euros para uma quantia em reais N é a quantia, em euro, que se quer converter, P a cotação do euro, na data de interesse para a conversão, e x é o valor em reais que se quer determinar. Conversão de uma quantia em reais para uma quantia em euros P é a cotação do euro, na data de interesse para a conversão, Q é a quantia em reais que se quer converter em euros e x é o valor em euros que se quer determinar. Conversão de uma quantia em ienes para uma quantia em dólares Mat_A07_Z_RF_SF_080109.indd CpTxt15Mat_A07_Z_RF_SF_080109.indd CpTxt15 8/1/2009 09:36:048/1/2009 09:36:04 € R$ 1 S M x R$ US$ 1 W V y 16 Matemática A07 J é a quantia, em iene, que se quer converter, M a cotação do iene, em reais, na data de interesse para a conversão, e x a quantia em reais que se quer determinar. N é a quantia em reais calculada na primeira regra de três, ou seja, é o próprio valor de x, e P é a cotação do dólar, na data de interesse para a conversão. A variável y é o valor, em dólares, que se quer determinar. Conversão de uma quantia em euros para uma quantia em dólares M é a quantia, em euros, que se quer converter, S a cotação do euro, em reais, na data de interesse para a conversão, e x é o valor em reais, após a conversão. V é a quantia em reais calculada na primeira regra de três e W é a cotação do dólar, na data de interesse para a conversão, e a variável y é o valor em dólares que se quer determinar. Respostas da ATIVIDADE 1 1. Aproximadamente R$ 13,55. 2. R$ 3.395,04 (aproximadamente). 3. R$ 5.190,64. 4. R$ 2.967,52. Respostas da ATIVIDADE 2 1. US$ 17.530,79 (aproximadamente). 2. (em valores aproximados para centésimos) R$ US$ € Sw.Fr. ¥ 87,34 47,09 32,23 51,34 5.000,00 8.506,25 4.586,32 3.139,38 5.000,00 486.961,87 13.547,65 7.304,50 5.000,00 7.963,35 775.569,61 5.000,00 2.695,85 1.845,34 2.939,02 286.237,69 Respostas dos EXERCÍCIOS 1. Opção a. 2. Opção d. 3. Opção b. Mat_A07_Z_RF_SF_080109.indd CpTxt16Mat_A07_Z_RF_SF_080109.indd CpTxt16 8/1/2009 09:36:048/1/2009 09:36:04 17 Matemática A07 Referências CRESPO, Antônio Arnot. Matemática comercial e fi nanceira fácil. 11. ed. São Paulo: Saraiva, 1996. MERCHEDE, Alberto. Matemática fi nanceira para concursos: mais de 1.500 aplicações. São Paulo: Atlas, 2003. O QUE é câmbio. Disponível em: <http://www.trinolex.com/dicas_view. asp?icaso=dicas&id=104>. Acesso em: 23 set. 2008. SOUSA, RAINER. História da moeda. Disponível em: <http://www.brasilescola.com/ historia/historia-da-moeda.htm>. Acesso em: 23 set. 2008. WIKIPÉDIA. Moeda. Disponível em http://pt.wikipedia.org/wiki/Moeda. Acesso em: 23 set. 2008. Anotações Mat_A07_Z_RF_SF_080109.indd CpTxt17Mat_A07_Z_RF_SF_080109.indd CpTxt17 8/1/2009 09:36:048/1/2009 09:36:04 18 Matemática A07 Anotações Mat_A07_Z_RF_SF_080109.indd CpTxt18Mat_A07_Z_RF_SF_080109.indd CpTxt18 8/1/2009 09:36:048/1/2009 09:36:04 19 Matemática A07 Anotações Mat_A07_Z_RF_SF_080109.indd CpTxt19Mat_A07_Z_RF_SF_080109.indd CpTxt19 8/1/2009 09:36:058/1/2009 09:36:05 20 Matemática A07 Anotações Mat_A07_Z_RF_SF_080109.indd CpTxt20Mat_A07_Z_RF_SF_080109.indd CpTxt20 8/1/2009 09:36:058/1/2009 09:36:05 Mat_A07_Z_RF_SF_080109.indd V_Ct_cp3Mat_A07_Z_RF_SF_080109.indd V_Ct_cp3 8/1/2009 09:36:058/1/2009 09:36:05 08 Elizabete Alves de Freitas C U R S O T É C N I C O E M S E G U R A N Ç A D O T R A B A L H O Taxa de porcentagem e outros tópicos de matemática fi nanceira MATEMÁTICA Mat_A08_Z_RF_SF_120109.indd Cp1Mat_A08_Z_RF_SF_120109.indd Cp1 12/1/2009 09:42:5612/1/2009 09:42:56 Coordenadora da Produção dos Materias Marta Maria Castanho Almeida Pernambuco Coordenador de Edição Ary Sergio Braga Olinisky Coordenadora de Revisão Giovana Paiva de Oliveira Design Gráfi co Ivana Lima Diagramação Ivana Lima José Antônio Bezerra Júnior Mariana Araújo de Brito Vitor Gomes Pimentel Arte e ilustração Adauto Harley Carolina Costa Heinkel Huguenin Revisão Tipográfi ca Adriana Rodrigues Gomes Design Instrucional Janio Gustavo Barbosa Luciane Almeida Mascarenhas de Andrade Jeremias Alves A. Silva Margareth Pereira Dias Revisão de Linguagem Maria Aparecida da S. Fernandes Trindade Revisão das Normas da ABNT Verônica Pinheiro da Silva Adaptação para o Módulo Matemático Joacy Guilherme de Almeida Ferreira Filho Revisão Técnica Rosilene Alves de Paiva EQUIPE SEDIS | UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE – UFRN Projeto Gráfi co Secretaria de Educação a Distância – SEDIS Governo Federal Ministério da Educação Mat_A08_Z_RF_SF_120109.indd Cp2Mat_A08_Z_RF_SF_120109.indd Cp2 12/1/2009 09:43:0112/1/2009 09:43:01 Você ve rá por aqu i... Objetivo 1 Matemática A08 Saber resolver situações que envolvam taxa de porcentagem, lucro ou prejuízo em operações com mercadorias e descontos ou acréscimos sobre preços de produtos, inclusive de forma sucessiva. � ...um estudo que apresenta alguns tópicos abordados na Matemática Financeira. Aqui você terá a oportunidade de estudar o que é taxa de porcentagem, como calcular a porcentagem de um valor dado, calcular qual a taxa de porcentagem correspondente à razão entre dois valores, solucionar problemas que envolvem lucro e prejuízo em operações com mercadorias, calcular descontos e acréscimos sobre preços de mercadorias, inclusive em situações que envolvem cálculo de preços com acréscimos sucessivos ou descontos sucessivos. Todo o conteúdo é apresentado através de exemplos diversos e é intercalado com algumas atividades que propõem questões subjetivas. A lista de exercícios, no fi nal da aula, apresenta questões objetivas para uma melhor fi xação dos conteúdos. Após a resolução de todas as atividades, você poderá verifi car sua aprendizagem na seção “Auto-avaliação”. Bons estudos! Mat_A08_Z_RF_SF_120109.indd CpTxt1Mat_A08_Z_RF_SF_120109.indd CpTxt1 12/1/2009 09:43:0112/1/2009 09:43:01 20 38 14 72 22 16 10 4842 54 24 120 0 20 40 60 80 100 120 140 Ensino Fundamental Ensino Médio Ensino Superior Total Feminino Masculino Total 2 Matemática A08 Para começo de conversa Atente para a seguinte situação, criada para fi ns desta aula: em uma empresa que contrata 120 funcionários, observou-se: Gráfi co 1 – Escolaridade dos 120 funcionários da Empresa SAÚDE PERFEITA S.A., segundo o sexo. Mat_A08_Z_RF_SF_120109.indd CpTxt2Mat_A08_Z_RF_SF_120109.indd CpTxt2 12/1/2009 09:43:0312/1/2009 09:43:03 Exemplo 1 3 Matemática A08 Podemos afi rmar que a razão entre o número de funcionários do sexo feminino e o total de funcionários é de 72 para 120, ou mesmo: 72 120 = 72÷ 12 120÷ 20 = 6 10 = 6 · 10 10 · 10 = 60 100 = 60% , ou seja, ‘setenta e dois para cento e vinte’ é igual a ‘sessenta para cem’ ou ‘sessenta por cento’. Signifi ca dizer que a cada 100 funcionários, 60 são do sexo feminino. Essa idéia fi ca simplifi cada na taxa percentual 60%. Na Empresa SAÚDE PERFEITA, outras porcentagens podem ser observadas, a partir dos dados apresentados no Gráfi co 1. Mas antes de determinar essas porcentagens, que tal aprender um pouco sobre taxa de porcentagem? Taxa de porcentagem É comum, no nosso dia-a-dia, vermos expressões que indicam percentuais de acréscimos ou de descontos em preços, como as seguintes: “Nessa liquidação, o cliente recebeu um desconto de vinte por cento em todas as mercadorias”, “o rendimento da caderneta de poupança em fevereiro foi de quase um por cento”, “a média de reajustes nos combustíveis foi de dois por cento” ou “seis por cento daquela comunidade já contraiu a virose”. Essas expressões envolvem uma razão especial denominada porcentagem ou percentagem. A representação numérica de uma porcentagem é uma taxa percentual ou taxa de porcentagem. 12% é uma taxa de porcentagem (ou taxa percentual). Uma taxa de porcentagem pode ser escrita como uma razão centesimal. Razão centesimal é toda razão que tem o conseqüente 100. Mat_A08_Z_RF_SF_120109.indd CpTxt3Mat_A08_Z_RF_SF_120109.indd CpTxt3 12/1/2009 09:43:0612/1/2009 09:43:06 Exemplo 2 Exemplo 3 4 Matemática A08 Veja alguns exemplos de razões centesimais: 1 100 , 2 100 , 20 100 , 152 100 e 275 100 . Escrever a porcentagem 12% é escrever a razão centesimal 12 100 ou escrever 0,12, que é seu valor equivalente na forma unitária. Observe algumas taxas percentuais e como essas podem ser escritas na forma de razão centesimal, no exemplo a seguir: Percentual Razão centesimal 0,01% 0, 01 100 ou 1 10 000 2,5% 2, 5 100 ou 25 1 000 5% 5 100 28% 28 100 147% 147 100 235,8% 235, 8 100 ou 2 358 1 000 2.000% 2 000 100 ou 20 1 Calculamos uma porcentagem através de uma proporção na qual cada razão exibe uma relação entre dois valores, o primeiro representa a parte e o outro representa o todo. Em uma das razões essa relação é feita entre os valores absolutos e na outra razão essa relação é entre os valores percentuais, ou seja, uma das razões tem conseqüente igual a 100. Mat_A08_Z_RF_SF_120109.indd CpTxt4Mat_A08_Z_RF_SF_120109.indd CpTxt4 12/1/2009 09:43:0712/1/2009 09:43:07 5 Matemática A08 Ou Valor absoluto da parte valor percentual da parte valor absoluto do todo valor percentual do todo = ainda, como o todo corresponde a 100%, temos: Quando precisamos calcular a porcentagem de uma quantidade é porque dispomos de três elementos conhecidos de uma proporção e pretendemos calcular o quarto elemento. Nesse cálculo, estamos lidando com um caso de regra de três, assunto já abordado em aulas anteriores. Veja o exemplo a seguir. Valor absoluto da parte valor percentual da parte valor absoluto do todo 100 = Exemplo 4 Pedro vendeu 20% de seus 150 carrinhos. Quantos carrinhos ele vendeu? Para solucionar esse problema devemos substituir os valores conhecidos na seguinte proporção: Ou seja, Aplicando a propriedade fundamental das proporções, temos que: 100 ⋅ x = 150 ⋅ 20 ⇒ 100 ⋅ x = 3 000 ⇒ x = 3 000 ÷ 100 ⇒ x = 30 Pedro vendeu 30 carrinhos. Valor absoluto da parte valor percentual da parte valor absoluto do todo 100 = x 150 = 20 100 Para esse mesmo problema, podemos resolver de uma segunda maneira. Observe: 2ª. resolução do exemplo 4: 20% de 150 = 20 100 · 150 = 0,20 ⋅ 150 = 30 (carrinhos) Isso se justifi ca, pois calcular uma porcentagem de uma quantidade é o mesmo que calcular uma razão de uma quantidade, que pode ser resolvido como na segunda resolução do exemplo 4. Veja mais um exemplo: Mat_A08_Z_RF_SF_120109.indd CpTxt5Mat_A08_Z_RF_SF_120109.indd CpTxt5 12/1/2009 09:43:0812/1/2009 09:43:08 1Praticando... 6 Matemática A08 Exemplo 5 Em uma liquidação, uma camisa que custava R$ 32,00 foi vendida com 25% de desconto. De quanto foi a economia, em reais, nessa compra? Temos que: Aplicando a propriedade fundamental das proporções, temos: 100 ⋅ x = 32 ⋅ 25 ⇒ 100 ⋅ x = 800 ⇒ x = 800 ÷ 100 ⇒ x = 8 Nessa compra houve uma economia de R$ 8,00. Que tal praticar um pouco resolvendo algumas atividades? Valor absoluto da parte valor percentual da parte x 25 valor absoluto do todo 100 32 100 = =⇒ = 1. Calcule as seguintes porcentagens: a) 12% de 300 revistas. b) 25% de 1 200 kg. c) 8% de 75 gols. d) 2% de R$ 250,00. 2. Uma pessoa devia R$ 2.800,00 e pagou 5% dessa dívida. Quanto falta pagar, em reais, para liquidar a sua dívida? 3. Um corretor imobiliário recebeu R$ 3.200,00 pela comissão de venda de um apartamento. Sabendo que ele cobra 5% de taxa de comissão, por quanto foi vendida a propriedade em questão? 4. Considerando os valores do Gráfi co 1, responda ao que se pede a seguir. Calcule, em relação ao número total de funcionários, as taxas de porcentagens a) de funcionários do sexo feminino que apenas concluíram o ensino fundamental. b) de funcionários do sexo masculino que apenas concluíram o ensino médio. c) de funcionários do sexo feminino que concluíram o ensino superior. Mat_A08_Z_RF_SF_120109.indd CpTxt6Mat_A08_Z_RF_SF_120109.indd CpTxt6 12/1/2009 09:43:0812/1/2009 09:43:08 Responda aqui 7 Matemática A08 Mat_A08_Z_RF_SF_120109.indd CpTxt7Mat_A08_Z_RF_SF_120109.indd CpTxt7 12/1/2009 09:43:0812/1/2009 09:43:08 8 Matemática A08 Lucro e prejuízo em operações com mercadorias A idéia de porcentagem está muito presente em alguns tópicos de Matemática Financeira, como lucro e prejuízo em operações com mercadorias e em descontos e acréscimos. Quando você compra uma mercadoria, paga por ela um determinado preço que é chamado de preço de custo, e quando vende uma mercadoria, estabelece para esse produto um valor correspondente ao produto, que é chamado de preço de venda. O preço de custo de uma mercadoria é formado por todas as despesas que são geradas pela aquisição de matéria prima, pela fabricação (inclusive com custos das instalações), pela estocagem, pelo transporte e pela manutenção desse produto. Custos de produção + estocagem Custo de manutenção + impostos Custo de transporte Preço de Custo+ + = O preço de venda é o valor cobrado ao consumidor e que deve cobrir o custo direto da mercadoria/produto/serviço, as despesas variáveis, como impostos, comissões, etc., as despesas fi xas proporcionais, ou seja, aluguel, água, luz, telefone, salários e outros custos. Esse preço de custo deve ainda prever algum lucro. CUSTOS DIRETOS DESPESAS VARIÁVEIS (comissões + impostos + ...) DESPESAS FIXAS PROPORCIONAIS PREÇO DE VENDA + + = A compra ou venda de uma mercadoria pode ser efetuada com lucro ou com prejuízo. Quando o preço de venda é maior que o preço de custo, dizemos que a venda foi efetuada com lucro. Quando o preço de venda é menor que o preço de custo, dizemos que houve prejuízo na operação de venda. Preço de custo Preço de Venda V – C = L< ⇒ Preço de custo Preço de Venda C – V = P < ⇒ Mat_A08_Z_RF_SF_120109.indd CpTxt8Mat_A08_Z_RF_SF_120109.indd CpTxt8 12/1/2009 09:43:0912/1/2009 09:43:09 9 Matemática A08 A esse lucro (ou prejuízo podemos associar uma taxa, que aqui representaremos por i, que pode ser calculada utilizando como referência o preço de custo ou o preço de venda. iC C = x 100 ⇒ iC = x% de C ou iL L = y 100 ⇒ iL = y% de L Observe que essa taxa pode ser apresentada na forma percentual ou unitária. Exemplo 6 A taxa i = 10% (escrita na forma percentual) também pode ser apresentada como i = 0,10 (quando escrita na forma unitária). A taxa i = 3% (escrita na forma percentual) também pode ser apresentada como i = 0,03 (quando escrita na forma unitária). A taxa de 1,5% (escrita na forma percentual) também pode ser apresentada como i = 0,015 (quando escrita na forma unitária). Para simplifi car a escrita de algumas situações, em nossa aula, vamos representar algumas palavras por uma de suas letras iniciais. O preço de custo será representado por C. O preço de venda será representado por V. O valor do lucro será representado por L. O valor do prejuízo será representado por P. Vejamos, então, cada um dos casos citados anteriormente: Lucro sobre o preço de custo Quando um comerciante efetua uma venda com lucro sobre o preço de custo, signifi ca que o preço de venda é superior ao preço de custo e que esse lucro foi comparado com o preço de custo da mercadoria. Lembre-se: Na venda de um produto, temos lucro quando o preço de venda é maior que o preço de custo. Mat_A08_Z_RF_SF_120109.indd CpTxt9Mat_A08_Z_RF_SF_120109.indd CpTxt9 12/1/2009 09:43:0912/1/2009 09:43:09 Exemplo 7 Exemplo 8 10 Matemática A08 O preço de custo de uma mercadoria é de R$ 10,00. Para ser vendida com um lucro de 25% sobre o preço de custo, qual será seu preço de venda? Utilizando as informações que a questão nos apresenta, temos: C =10,00 e L = 25% de C ⇒ L = 0,25 ⋅ C ⇒ L = 0,25 ⋅ R$ 10,00 ⇒ L= R$ 2,50 V = C + L ⇒ V = 10,00 + 2,50 ⇒ V = R$ 12,50 Ou, resolvendo de uma segunda maneira, podemos escrever: V = C + L ⇒ V = C + 0,25 ⋅ C ⇒ V = (1+0,25) ⋅ C ⇒V = 1,25 ⋅ C (eq.1) Para calcular o valor de V, podemos substituir o valor de C na eq.1 e obtemos: V = 1,25 ⋅ 10,00 ⇒ V = R$ 12,50 Por qualquer uma forma de resolução, o resultado encontrado para o valor de venda da mercadoria é de R$ 12,50. Que tal mais um exemplo? Um comerciante vendeu uma mercadoria por R$ 560,00 para obter um lucro de 12% sobre o preço de custo. Descubra qual foi o preço de custo dessa mercadoria. Sabemos que: L = 12 % de C ⇒ L = 0,12 ⋅ C e C + L = 560 ⇒ C + 0,12 ⋅ C = 560 ⇒ C ⋅ (1 + 0,12) = 560 ⇒ C · (1, 12) = 560 ⇒ C = 560 1, 12 ⇒ C = 500 O preço de custo da mercadoria é igual a R$ 500,00. Vejamos mais um exemplo: Mat_A08_Z_RF_SF_120109.indd CpTxt10Mat_A08_Z_RF_SF_120109.indd CpTxt10 12/1/2009 09:43:0912/1/2009 09:43:09 Exemplo 9 11 Matemática A08 Cada unidade de um determinado produto custou R$ 30,00. Querendo obter um lucro de 20% sobre esse preço de custo, qual deverá ser o preço de venda por unidade? C = R$ 30,00 e L = 20% de C ⇒ L = 0,20 ⋅ (R$ 30,00) ⇒ L = R$ 6,00 Lembrando, também, que: V – C = L. Assim: V – 30 = 6 ⇒ V = 6 + 30 = 36. O preço de venda, por unidade, desse produto é de R$ 36,00. De uma forma geral, podemos escrever: V = C + L (eq.2) e L = i ⋅ C (eq.3), em que i é a taxa de lucro sobre o preço de custo. Quando substituímos o valor de L da eq.3 na eq.2, temos: V = C + i ⋅ C ⇒ V = (1+i) ⋅ C V = (1+i) ⋅ C é a fórmula que relaciona o preço de venda e o preço de custo, em uma venda com lucro sobre o preço de custo. 2Praticando... 1. Um comerciante comprou um objeto de R$ 250,00. Desejando ganhar 14% sobre o preço de custo, qual deve ser o preço de venda? 2. Um aparelho de som foi vendido por R$ 480,00. Qual o lucro obtido, sabendo que o mesmo foi calculado como 20% sobre o preço de custo? Mat_A08_Z_RF_SF_120109.indd CpTxt11Mat_A08_Z_RF_SF_120109.indd CpTxt11 12/1/2009 09:43:1012/1/2009 09:43:10 Responda aqui Exemplo 10 12 Matemática A08 Lucro sobre o preço de venda Quando afi rmamos que um objeto foi vendido com lucro sobre o preço de venda signifi ca dizer que o percentual de lucro foi calculado tomando-se como referência o preço de venda, ou seja, tomando o preço de venda como 100%. Ruth comprou uma blusa por R$ 40,00 e resolveu vendê-la com um lucro de 20% sobre o preço de venda. Qual deve ser o preço dessa mercadoria? Sabemos que: V = 40 + L (eq.4) e L = 20% de V ⇒ L = 0,20 V (eq.5) Substituindo a eq.5 na eq.4, temos: V – 0,20 V = 40 ⇒ (1 – 0,20) ⋅ V = 40 ⇒ 0,80 ⋅ V = 40 ⇒ V = 40 ÷ 0,80 ⇒ V = 50. O preço de venda dessa mercadoria deve ser igual a R$ 50,00. Mat_A08_Z_RF_SF_120109.indd CpTxt12Mat_A08_Z_RF_SF_120109.indd CpTxt12 12/1/2009 09:43:1012/1/2009 09:43:10 Exemplo 11 13 Matemática A08 Observe mais um exemplo: Uma roupa foi vendida, com um lucro de 15% sobre o preço de venda, por R$ 120,00. Qual foi o preço de custo dessa mercadoria? Temos que V = C + L, ou seja, C = V – L (eq.6), sendo L = 0,15 ⋅ V (eq.7). Assim, quando substituímos a eq.7 na eq.6, temos: C = V – 0,15 ⋅ V ⇒ C = (1 – 0,15) ⋅ V ⇒ C = 0,85 ⋅ V Substituindo V por R$ 120,00, temos: C = 0,85 ⋅ 120 ⇒ C = 102 O preço de custo dessa roupa foi de R$ 102,00. De uma forma geral: C = V – L e L = i ⋅ V ⇒ C = V – i ⋅ V ⇒ C = (1 – i) ⋅ V ⇒ (1− i) · V = C ⇒ V = C 1− i . V = C ÷ (1 – i) é a fórmula que relaciona o preço de venda com o preço de custo, quando ocorre uma operação de venda com lucro sobre o preço de venda. 3Praticando... 1. Um produto foi vendido com um lucro de 40% sobre o preço de venda. Se esse produto foi vendido por R$ 60,00, qual o valor de preço de custo desse produto? 2. Um eletrodoméstico que custou R$ 450,00 foi vendido com um lucro de 10% sobre o preço de venda. De quanto foi o lucro? Mat_A08_Z_RF_SF_120109.indd CpTxt13Mat_A08_Z_RF_SF_120109.indd CpTxt13 12/1/2009 09:43:1112/1/2009 09:43:11 Prejuízo Na venda de um produto, temos prejuízo quando o preço de venda é menor que o preço de custo. 14 Matemática A08 Prejuízo sobre o preço de custo Quando dizemos que uma mercadoria foi vendida com prejuízo sobre o preço de custo, signifi ca que o preço de venda dessa mercadoria foi menor que o preço de custo, e esse prejuízo foi comparado ao preço de custo dessa mercadoria. Responda aqui Mat_A08_Z_RF_SF_120109.indd CpTxt14Mat_A08_Z_RF_SF_120109.indd CpTxt14 12/1/2009 09:43:1112/1/2009 09:43:11 Exemplo 12 Exemplo 13 15 Matemática A08 Um comerciante vendeu um produto com um prejuízo de 5% sobre o preço de custo. Qual foi o preço de venda dessa mercadoria, se o preço de custo foi de R$ 40,00? Nesse caso, temos: P = C – V ⇒ V = C – P (eq.8) e P = 5% de C ⇒ P = 5 100 · C (eq.9). Substituindo o valor de P da eq.9 na eq.8, temos: V = C − 5 100 · C ⇒ V = (1− 5 100 ) · C ⇒ V = 100− 5 100 · C ⇒ V = 95 100 · C ⇒ V = 0, 95 · C Substituindo o valor de C por R$ 40,00, temos: V = 0,95 ⋅ 40 ⇒ V = 38 A mercadoria foi vendida por R$ 38,00. Vejamos mais um exemplo: Um celular foi vendido com um prejuízo de 30% sobre o preço de custo. Se esse produto foi adquirido pelo preço de R$ 300,00, por qual preço foi vendido? Temos que: V = C – P (eq.10) e P = 30% de C ⇒ P = 0,3 (eq.11) Substituindo o valor de P da eq.11 na eq.10, temos: V = C – 0,3 ⋅ C ⇒ V = (1 – 0,3) ⋅ C ⇒ V = 0,7 ⋅ C Substituindo C por R$ 300,00, temos: V = 0,7 ⋅ 300 ⇒ V = 210 O celular foi vendido por R$ 210,00. Mat_A08_Z_RF_SF_120109.indd CpTxt15Mat_A08_Z_RF_SF_120109.indd CpTxt15 12/1/2009 09:43:1212/1/2009 09:43:12 4Praticando... Responda aqui 16 Matemática A08 De uma forma geral, podemos escrever: V = C – P e P = i ⋅ C, o que nos garante que V = C – i ⋅ C ⇒ V = (1 – i) ⋅ C, sendo i a taxa de prejuízo sobre o preço de custo. V = (1 – i) ⋅ C é a fórmula que relaciona o preço de venda com o preço de custo em uma venda com prejuízo sobre o preço de custo. 1. Um equipamento foi vendido por R$ 22.000,00, com prejuízo sobre o preço de custo. Determine o preço de custo. 2. Determine o preço de custo de um imóvel que foi vendido por R$ 120.000,00 dando ao proprietário inicial um prejuízo de 10% sobre o preço de custo. Mat_A08_Z_RF_SF_120109.indd CpTxt16Mat_A08_Z_RF_SF_120109.indd CpTxt16 12/1/2009 09:43:1212/1/2009 09:43:12 Exemplo 14 Exemplo 15 17 Matemática A08 Prejuízo sobre o preço de venda Quando se diz que uma venda foi realizada com prejuízo sobre o preço de venda signifi ca dizer que estamos comparando o prejuízo com o preço de venda da mercadoria, em uma venda que foi realizada por um preço não satisfatório para o vendedor. Vejamos o exemplo a seguir: Se certo objeto for vendido por R$ 30,00, haverá um prejuízo de 15% sobre o preço de venda. Quanto custou esse objeto? Temos que: V = C – P (eq.12) e P = 0,15 ⋅ V. (eq.13). Assim, quando substituímos a eq.13 na eq.12, temos: C = V + P ⇒ C = V + 0,15 ⋅ V ⇒ C = (1 + 0,15) ⋅ V ⇒ C = 1,15 ⋅ V Substituindo V por R$ 30,00, temos: C = 1,15 ⋅ 30 ⇒ C = 34,50 O preço de custo do objeto foi de R$ 34,50. Que tal mais um exemplo? Uma casa que custa R$ 60.000,00 foi vendida com um prejuízo de 5% sobre o preço de venda. Qual é o preço de venda do imóvel? Como houve prejuízo, temos P = C – V, ou seja, V = C – P (eq.14) Sabemos que C = 60 000 e P = 0,15 ⋅ V. Substituindo essas expressões na eq.19, temos: V = 60 000 – 0,15 ⋅ V ⇒ V + 0,15 ⋅ V = 60 000 ⇒ V ⋅ (1 + 0,15) = 60 000 ⇒ 1,15 ⋅ V = 60 000 ⇒ V = (60 000) ÷ (1,15) ⇒ V ≅ 52.173,91. O preço de venda da casa foi de, aproximadamente, R$ 52.173,91. Mat_A08_Z_RF_SF_120109.indd CpTxt17Mat_A08_Z_RF_SF_120109.indd CpTxt17 12/1/2009 09:43:1312/1/2009 09:43:13 5Praticando... Responda aqui 18 Matemática A08 De uma forma geral, P = C – V e como P = i ⋅ V, temos que i ⋅ V = C – V ⇒ V + i ⋅ V = C ⇒ V ⋅ (1 + i) = C ⇒ C = (1 + i) ⋅ V C = (1 + i) ⋅ V é a fórmula para preço de custo em uma venda com prejuízo sobre o preço de venda e i é a taxa de prejuízo sobre o preço de venda. 1. Calcule o preço de venda de uma mercadoria que custou R$ 50,00 e foi revendida com um prejuízo de 5% sobre o preço de venda. 2. Ao revender uma camiseta por R$ 27,00, Maria teve um prejuízo de 10% sobre o preço de venda. Qual foi o preço de custo dessa camiseta? Mat_A08_Z_RF_SF_120109.indd CpTxt18Mat_A08_Z_RF_SF_120109.indd CpTxt18 12/1/2009 09:43:1312/1/2009 09:43:13 19 Matemática A08 Descontos e acréscimos Nas operações com mercadorias vemos situações que tratam de descontos e de acréscimos. Que tal estudarmos sobre isso? Descontos Quando o preço de um produto sofre um desconto, podemos escrever seu novo preço da seguinte forma: B = A – i ⋅ A ⇒ B = A ⋅ (1 – i). B = A ⋅ (1 – i) é a expressão que representa o novo preço do produto, sendo A o preço inicial; B, o preço após desconto e i, a taxa unitária de desconto. Descontos sucessivos Quando um produto sofre um desconto após o outro, temos uma operação comercial com descontos sucessivos (ou abatimentos sucessivos). O valor fi nal desse produto será obtido pelo produto de seu valor inicial pelos fatores de desconto. De uma forma geral, o cálculo do preço B após o desconto sobre o preço A pode ser feito da seguinte forma: B = A – iA ⋅ A ⇒ B = A ⋅ (1 – iA) (eq.15) O cálculo do preço C, após o segundo desconto incidir sobre o preço B, será C = B – iB ⋅ B ⇒ C = B ⋅ (1 – iB) (eq.16) Substituindo o valor de B, da eq.15 na eq.16, temos: C = A ⋅ (1 – iA) ⋅ (1 – iB), que é o preço do produto após dois descontos consecutivos. Que tal vermos um exemplo? Mat_A08_Z_RF_SF_120109.indd CpTxt19Mat_A08_Z_RF_SF_120109.indd CpTxt19 12/1/2009 09:43:1312/1/2009 09:43:13 Exemplo 16 Exemplo 17 20 Matemática A08 Um produto recebeu um desconto de 10% e logo em seguida um desconto de 5%. De quanto foi o desconto total sobre o produto? Já vimos que o preço de um produto após dois descontos sucessivos pode ser representado pela expressão: C = A ⋅ (1 – iA) ⋅ (1 – iB), onde iA e iB são as taxas correspondentes aos referidos descontos. Substituindo iA = 10% = 0,10 e iB = 5% = 0,05 na expressão do valor de C, temos: C = A ⋅ (1 – 0,10) ⋅ (1 – 0,05) ⇒ C = A ⋅ (0,90) ⋅ (0,95) ⇒ C = A ⋅ 0,855. Como 0,855 = 1 – 0,145, temos C = A (1 – 0,145) ⇒ iC = 0,145 ou iC = 14,5%. O desconto real após os dois descontos sucessivos foi de 14,5%. E se tivermos mais descontos sucessivos? Vejamos mais um exemplo. Uma mercadoria teve descontos sucessivos de 3%, 2% e 8%. Sabendo- se que seu preço inicial era de R$ 42,00, qual o preço fi nal após os três descontos? Utilizando um raciocínio semelhante ao do exemplo anterior, podemos representar o preço fi nal da mercadoria pela expressão a seguir: D = A ⋅ (1 – iA) ⋅ (1 – iB) ⋅ (1 – iC) D = 42 ⋅ (1 – 0,03) ⋅ (1 – 0,02) ⋅ (1 – 0,08) D = 42 ⋅ (0,97) ⋅ (0,98) ⋅ (0,92) D = 42 ⋅ 0,874552 D = 36,731184 ⇒ D ≅ 36,73 O preço fi nal foi de, aproximadamente, R$ 36,73. Mat_A08_Z_RF_SF_120109.indd CpTxt20Mat_A08_Z_RF_SF_120109.indd CpTxt20 12/1/2009 09:43:1312/1/2009 09:43:13 21 Matemática A08 De uma forma geral, podemos escrever a expressão do preço fi nal após n descontos através da seguinte expressão: Pf = Pi ⋅ (1 – i1) ⋅ (1 – i2) ⋅ (1 – i3) ⋅ (1 – i4) ⋅ ... ⋅ (1 – in); Pf e Pi são, respectivamente, os valores do preço final e do preço inicial de um produto. 6Praticando... Responda aqui 1. Ana Maria pretende vender seu carro pelo valor de mercado que era R$ 20.000,00, porém o valor do automóvel sofreu três desvalorizações consecutivas de 3%, 5% e de 6,5%. Qual é o valor de mercado desse veículo após essas desvalorizações? 2. Bernardo comprou um imóvel por R$ 80.000,00 para revender, mas o valor do imóvel teve decréscimos de 3%, 4%, 5% e 2%, consecutivamente. Após essas desvalorizações, qual é o valor do imóvel? 3. Uma fatura de R$ 6.000,00 sofre dois abatimentos sucessivos de 5% e 4%. Qual o valor líquido a pagar? Mat_A08_Z_RF_SF_120109.indd CpTxt21Mat_A08_Z_RF_SF_120109.indd CpTxt21 12/1/2009 09:43:1412/1/2009 09:43:14 Exemplo 18 22 Matemática A08 Acréscimos Quando um produto sofre um acréscimo, temos uma operação comercial, em que o valor fi nal desse produto pode ser obtido pela seguinte expressão: B = A + i ⋅ A ⇒ B = A ⋅ (1 + i), sendo A o preço inicial do produto; B, o preço depois do acréscimo e i, a taxa unitária do acréscimo. Acréscimos sucessivos Quando um produto sofre um acréscimo após o outro, temos uma operação comercial com acréscimos sucessivos. O valor fi nal desse produto será obtido pelo produto de seu valor inicial pelos fatores de acréscimo. O cálculo do preço B após o acréscimo sobre o preço A pode ser feito da seguinte forma: B = A + iA ⋅ A ⇒ B = A ⋅ (1 + iA) (eq.16) O cálculo do preço C, após o segundo acréscimo incidir sobre o preço B, será C = B + iB ⋅ B ⇒ C = B ⋅ (1 + iB) (eq.17) Substituindo o valor de B, da eq.16 na eq.17, temos: C = A ⋅ (1 + iA) ⋅ (1 + iB), que é o preço do produto após dois acréscimos consecutivos. Uma duplicata no valor de R$ 5.000,00 foi paga após o vencimento e, por isso, sobre seu valor inicial, incidiram acréscimos sucessivos de 2% e 3%. Quanto foi pago pela duplicata no ato de sua liquidação? Como os acréscimos foram sucessivos, para o cálculo do valor final utilizaremos a expressão C = A ⋅ (1 + iA) ⋅ (1 + iB), substituindo os valores conhecidos. C = 5 000 ⋅ (1 + 0,02) ⋅ (1 + 0,03) ⇒ C = 5 000 ⋅ (1,02) ⋅ (1,03) ⇒ C = 5 000 ⋅ (1,0506) ⇒ C = 5 253,00 O valor pago pela duplicata foi de R$ 5.253,00 Mat_A08_Z_RF_SF_120109.indd CpTxt22Mat_A08_Z_RF_SF_120109.indd CpTxt22 12/1/2009 09:43:1412/1/2009 09:43:14 Exemplo 19 23 Matemática A08 Que tal mais um exemplo? Um produto que custava R$ 4,00 sofreu acréscimos sucessivos de 1%, 2% e 1,5%. Qual é o valor fi nal desse produto? Utilizando a expressão D = A ⋅ (1 + iA) ⋅ (1 + iB) ⋅ (1 + iC) para o cálculo do preço fi nal do produto e, substituindo os valores conhecidos, temos: D = 4 ⋅ (1 + 0,01) ⋅ (1 + 0,02) ⋅ (1 + 0,015) ⇒ D = 4 ⋅ (1,045653) ⇒ D ≅ 4,18 O preço fi nal do produto é, aproximadamente, de R$ 4,18. De uma forma geral, podemos escrever a expressão do preço fi nal após n acréscimos através da seguinte expressão: Pf = Pi ⋅ (1 + i1) ⋅ (1 + i2) ⋅ (1 + i3) ⋅ (1 + i4) ⋅ ... ⋅ (1 + in), onde Pf e Pi são, respectivamente, os valores do preço fi nal e do preço inicial de um produto. 7Praticando... 1. No ato da liquidação, uma fatura de R$ 1.500,00 sofre acréscimos sucessivos de 2%, 3% e 5%, por motivo de atraso em seu pagamento. Quanto foi pago para liquidar a dívida representada por essa fatura? 2. O preço de uma mercadoria sofreu acréscimos sucessivos de 12% e 5%. Qual foi o preço fi nal do produto, se seu preço inicial era de R$ 50,00? Mat_A08_Z_RF_SF_120109.indd CpTxt23Mat_A08_Z_RF_SF_120109.indd CpTxt23 12/1/2009 09:43:1412/1/2009 09:43:14 24 Matemática A08 Responda aqui Se você já resolveu todas as atividades e não tem mais dúvida, que tal resolver a lista de exercícios a seguir? Mat_A08_Z_RF_SF_120109.indd CpTxt24Mat_A08_Z_RF_SF_120109.indd CpTxt24 12/1/2009 09:43:1512/1/2009 09:43:15 Ex er cí ci os 25 Matemática A08 RE VIS ÃO 1. Um comerciante comprou um objeto por R$ 48,00. Para incentivar suas vendas, anunciou um preço para esse produto com um prejuízo de 2% sobre o preço de venda. O preço de venda desse produto nessa promoção foi de a) R$ 54,60. b) R$ 57,60. c) R$ 58,60. d) R$ 64,60. 2. Renata comprou um objeto por R$ 52,00. Para obter um lucro de 20% sobre o preço de venda, deve vendê-lo por a) R$ 62,00. b) R$ 63,50. c) R$ 65,00. d) R$ 68,00. 3. Marina comprou um relógio por R$ 125,00, mas logo depois decidiu vendê-lo. Com um prejuízo de 8% sobre o preço de venda, o preço que conseguiu receber pelo relógio foi, aproximadamente, de a) R$ 105,68. b) R$ 110,02. c) R$ 115,74. d) R$ 120,03. 4. Pedro comprou uma TV por R$ 650,00. Para obter um lucro de 30% sobre o preço de custo, deverá revender esse produto por a) R$ 652,50. b) R$ 654,00. c) R$ 664,50. d) R$ 669,50. 5. Após dois descontos sucessivos de 10% e de 8%, uma fatura de R$ 8.000,00 tem o valor líquido a pagar de a) R$ 6.624,00. b) R$ 6.642,00. c) R$ 6.264,00. d) R$ 6.462,00. 6. Por causa do atraso em seu pagamento, uma fatura de R$ 5.000,00 sofre dois aumentos sucessivos de 10% e 15%. O valor fi nal dessa fatura é de a) R$ 6.325,00. b) R$ 6.352,00. c) R$ 6.235,00. d) R$ 6.523,00. Mat_A08_Z_RF_SF_120109.indd CpTxt25Mat_A08_Z_RF_SF_120109.indd CpTxt25 12/1/2009 09:43:1512/1/2009 09:43:15 R es po st a 26 Matemática A08 RE VIS ÃO Mat_A08_Z_RF_SF_120109.indd CpTxt26Mat_A08_Z_RF_SF_120109.indd CpTxt26 12/1/2009 09:43:1812/1/2009 09:43:18 27 Matemática A08 Leitura complementar Para ver mais alguns exemplos e exercícios sobre porcentagens, que é o conteúdo dominante desta aula, acesse os seguintes endereços: EXATAS. Porcentagem. Disponível em: <http://www.exatas.mat.br/porcentagem.htm>. Acesso em: 30 out. 2008. WIKIPÉDIA. Porcentagem. Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Percentagem>. Acesso em: 30 out. 2008. Para saber um pouco mais sobre como formar o preço de venda, preço de custo e outros assuntos, acesse o endereço: SEBRAERN. Aprenda com o SEBRAE. Disponível em: <http://www2.rn.sebrae.com.br/modules/wfsection/article.php?articleid=43>. Acesso em 1º nov.08. Nesta aula, você aprendeu o que é preço de venda e o que é preço de custo de um produto, como calcular o lucro ou prejuízo sobre o preço de venda, como calcular o lucro ou prejuízo sobre o preço de compra, como calcular o preço de venda (ou de custo) dado o percentual de lucro sobre o preço de venda (ou de custo). Auto-avaliação 1. Carol comprou um brinquedo por R$ 80,00 e o revendeu por R$ 104,00. Qual a taxa de lucro (a) sobre o preço de custo? (b) sobre o preço de venda? Mat_A08_Z_RF_SF_120109.indd CpTxt27Mat_A08_Z_RF_SF_120109.indd CpTxt27 12/1/2009 09:43:2012/1/2009 09:43:20 Para Consulta m% = m 100 Valor absoluto da parte valor percentual da parte x 25 valor absoluto do todo 100 32 100 = ⇒ = 28 Matemática A08 2. Anderson vendeu um objeto com um prejuízo de 12% sobre o preço de venda. Sabendo que o objeto lhe custou R$ 558,00, qual foi o valor apurado em sua venda? 3. Caio vendeu um objeto com 15% de prejuízo e outro objeto com 35% de lucro, ambos sobre o preço de custo. Por quanto vendeu cada um deles, se cada objeto custou R$ 748,00? 4. Gabriela Pessoa empregou seu capital, sucessivamente, em quatro empresas. Na primeira, lucrou 100% e em cada uma das demais perdeu 15%. Ao fi nal das operações, houve lucro ou prejuízo? De quanto? Taxa de Porcentagem Formatos Taxa percentual Razão centesimal Taxa unitária m% m 100 Número decimal resultante da divisão de m por 100. Lucro Lucro (L) existe em uma venda na qual o preço de venda (V) é maior que o preço de custo (C). L = V – C Prejuízo Prejuízo (P) existe em uma venda na qual o preço de venda (V) é menor que o preço de custo (C). P = C – V Mat_A08_Z_RF_SF_120109.indd CpTxt28Mat_A08_Z_RF_SF_120109.indd CpTxt28 12/1/2009 09:43:2112/1/2009 09:43:21 29 Matemática A08 Vendas Com lucro Sobre C L = V – C; L = i ⋅ C; V = (1 + i) ⋅ C Sobre V L = V – C; L = i ⋅ V; V = C 1− i Com prejuízo Sobre C P = C – V; P = i ⋅ C; V = (1 – i) ⋅ C Sobre V P = C – V; P = i ⋅ V; V = C 1 + i Descontos sucessivos: Pf = Pi ⋅ (1 – i1) ⋅ (1 – i2) ⋅ (1 – i3) ⋅ (1 – i4) ⋅ ... ⋅ (1 – in), sendo Pf e Pi respectivamente, os valores do preço fi nal e do preço inicial de um produto. Acréscimos sucessivos: Pf = Pi ⋅ (1 + i1) ⋅ (1 + i2) ⋅ (1 + i3) ⋅ (1 + i4) ⋅ ... ⋅ (1 + in), sendo Pf e Pi respectivamente, os valores do preço fi nal e do preço inicial de um produto. Referências ASSAF NETO, Alexandre. Matemática fi nanceira e suas aplicações. 7. ed. São Paulo: Atlas, 2002. CÁLCULO do preço de custo e preço de venda. Disponível em: <http://www.portal.inf. br/custos.htm>. Acesso em: 23 set. 2008. CRESPO, Antônio Arnot. Matemática comercial e fi nanceira fácil. 11. ed. São Paulo: Saraiva, 1996. MERCHEDE, Alberto. Matemática fi nanceira para concursos: mais de 1.500 aplicações. São Paulo: Atlas, 2003. SEBRAERN. Aprenda com o SEBRAE. Disponível em: <http://www2.rn.sebrae.com.br/modules/wfsection/article.php?articleid=43>. Acesso em 01nov.08. WIKIPÉDIA. Porcentagem. Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Percentagem>. Acesso em: 30 out. 2008. Mat_A08_Z_RF_SF_120109.indd CpTxt29Mat_A08_Z_RF_SF_120109.indd CpTxt29 12/1/2009 09:43:2112/1/2009 09:43:21 30 Matemática A08 Anotações Mat_A08_Z_RF_SF_120109.indd CpTxt30Mat_A08_Z_RF_SF_120109.indd CpTxt30 12/1/2009 09:43:2112/1/2009 09:43:21 31 Matemática A08 Anotações Mat_A08_Z_RF_SF_120109.indd CpTxt31Mat_A08_Z_RF_SF_120109.indd CpTxt31 12/1/2009 09:43:2212/1/2009 09:43:22 32 Matemática A08 Anotações Mat_A08_Z_RF_SF_120109.indd CpTxt32Mat_A08_Z_RF_SF_120109.indd CpTxt32 12/1/2009 09:43:2212/1/2009 09:43:22 Mat_A08_Z_RF_SF_120109.indd V_Ct_cp3Mat_A08_Z_RF_SF_120109.indd V_Ct_cp3 12/1/2009 09:43:2212/1/2009 09:43:22 09 Elizabete Alves de Freitas C U R S O T É C N I C O E M S E G U R A N Ç A D O T R A B A L H O Juros simples MATEMÁTICA Mat_A09_Z_RF_SF_070109.indd Cp1Mat_A09_Z_RF_SF_070109.indd Cp1 7/1/2009 14:52:357/1/2009 14:52:35 Coordenadora da Produção dos Materias Marta Maria Castanho Almeida Pernambuco Coordenador de Edição Ary Sergio Braga Olinisky Coordenadora de Revisão Giovana Paiva de Oliveira Design Gráfi co Ivana Lima Diagramação Ivana Lima José Antônio Bezerra Júnior Mariana Araújo de Brito Vitor Gomes Pimentel Arte e ilustração Adauto Harley Carolina Costa Heinkel Huguenin Revisão Tipográfi ca Adriana Rodrigues Gomes Design Instrucional Janio Gustavo Barbosa Luciane Almeida Mascarenhas de Andrade Jeremias Alves A. Silva Margareth Pereira Dias Revisão de Linguagem Maria Aparecida da S. Fernandes Trindade Revisão das Normas da ABNT Verônica Pinheiro da Silva Adaptação para o Módulo Matemático Joacy Guilherme de Almeida Ferreira Filho Revisão Técnica Rosilene Alves de Paiva EQUIPE SEDIS | UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE – UFRN Projeto Gráfi co Secretaria de Educação a Distância – SEDIS Governo Federal Ministério da Educação Mat_A09_Z_RF_SF_070109.indd Cp2Mat_A09_Z_RF_SF_070109.indd Cp2 7/1/2009 14:52:447/1/2009 14:52:44 Você ve rá por aqu i... 1 Matemática A09 A Matemática Financeira é a parte da Matemática que se baseia na utilização de procedimentos matemáticos para simplifi cação das operações fi nanceiras, e é também um instrumento adequado no estudo de algumas opções de fi nanciamentos de bens de consumo ou de investimentos. Em nossa aula, apresentamos o que são juros simples e faremos um estudo sobre alguns procedimentos matemáticos, como o cálculo de juros e de outros elementos do regime de capitalização simples na resolução de algumas situações, como determinar o capital aplicado, a taxa de juros aplicada, ou o prazo de um investimento ou empréstimo, quando se têm os demais dados envolvidos. Neste material, apresentamos o conteúdo juntamente com exemplos e disponibilizamos algumas atividades (através de questões subjetivas) e uma lista de exercícios (com questões objetivas). Na seção Auto-avaliação, ao fi nal desta aula, você encontrará mais uma oportunidade para verifi car e redirecionar sua aprendizagem. Na seção Para consulta, disponibilizamos um resumo do assunto estudado nesta aula, que servirá de material de apoio para uma consulta rápida na resolução das questões da presente aula e de outras questões que envolvam os conteúdos aqui desenvolvidos. Saber descrever o que é o regime de capitalização simples. Saber descrever o que são juros. Saber descrever o que são juros simples e resolver situações- problema que envolvam o cálculo dos juros simples ou nas quais seja necessário, no regime de capitalização simples, determinar a taxa de juros, o prazo da aplicação ou o valor do capital aplicado. � � � Objetivo Mat_A09_Z_RF_SF_070109.indd CpTxt1Mat_A09_Z_RF_SF_070109.indd CpTxt1 7/1/2009 14:52:447/1/2009 14:52:44 Regime de capitalização é o processo pelo qual os juros são formados. � 2 Matemática A09 Para começo de conversa... Quando é necessário pedir emprestado algum valor em dinheiro ou comprar algo utilizando um fi nanciamento, é comum haver o pagamento de um valor a mais, além do fi nanciado (ou emprestado), referente ao uso ou “aluguel” do valor envolvido. Esse valor que foi acrescido é o que chamamos de juro. A forma como é calculado esse juro é que defi ne o regime de capitalização empregado. Existem dois tipos: o regime de juros simples e o regime de juros compostos. Em nossa aula, estudaremos o regime de juros simples (ou de capitalização simples), fi cando o sistema de juros compostos para ser abordado na nossa próxima aula. Vamos começar a nossa aula? Mat_A09_Z_RF_SF_070109.indd CpTxt2Mat_A09_Z_RF_SF_070109.indd CpTxt2 7/1/2009 14:52:477/1/2009 14:52:47 Juro e Taxa de Juros Juro e taxa de juros são coisas diferentes � 3 Matemática A09 E s t udando juros simples O valor monetário aplicado em alguma operação fi nanceira é chamado de Capital (também chamado de Principal, Valor Aplicado, Valor Atual ou Valor Presente). Usa-se, em inglês, o termo PRESENT VALUE (daí as letras PV nas teclas das calculadoras fi nanceiras). Juros é a remuneração que se recebe pela aplicação do Capital em alguma atividade produtiva. Como já comentamos, no regime de capitalização simples (ou de juros simples), em cada intervalo de tempo, o juro é sempre calculado sobre o capital inicial investido ou tomado por empréstimo. O uso do regime de juros simples é visto no processo de desconto simples de duplicatas e nas operações de curtíssimo prazo, porém seu uso é bem menos empregado que o do regime de juros compostos. No regime de capitalização composta (ou de juros compostos), em cada intervalo de tempo, o juro sempre é calculado sobre o saldo acumulado até o início do presente intervalo. A maioria das operações que abrangem a aplicação ou o empréstimo de dinheiro emprega o regime dos juros compostos. Os juros compostos são geralmente usados no fi nanciamento de compras em médio prazo (ou em longo prazo), nas compras com cartão de crédito, nas aplicações fi nanceiras usuais como Caderneta de Poupança e aplicações em fundos de renda fi xa, nos empréstimos bancários, entre outros exemplos. Mas esse já é um assunto que discutiremos na próxima aula. O tempo, o risco e a quantidade de dinheiro disponível para essas operações fi nanceiras são fatores para a defi nição de um elemento que indica qual deve ser a remuneração. Esse elemento é chamado de taxa de juros. A taxa de juros é um valor (na forma percentual ou na forma unitária) que indica qual remuneração será paga ao dinheiro emprestado (ou investido), para um determinado período. Na forma percentual ou na forma unitária uma taxa de juros sempre apresenta a indicação do período de tempo a que se refere. Observe esses formatos no exemplo a seguir. Mat_A09_Z_RF_SF_070109.indd CpTxt3Mat_A09_Z_RF_SF_070109.indd CpTxt3 7/1/2009 14:52:517/1/2009 14:52:51 Exemplo 1 4 Matemática A09 Observe alguns exemplos de taxas de juros apresentadas, cada uma, em dois formatos diferentes: Forma percentual Forma unitária 0,3% ao dia ou 0,3% a.d. 0,003 ao dia ou 0,003 a.d. 1,3% ao mês ou 1,3% a.m. 0,013 ao mês ou 0,013 a.m. 17,5% ao trimestre ou 17,5% a.t. 0,175 ao trimestre ou 0,175 a.t. 129,8% ao ano ou 129,8% a.a. 1,298 ao ano ou 1,298 a.a. Observe que na apresentação da taxa de juros na forma unitária, não se escreve o símbolo % (‘por cento’) e seu valor numérico é igual a um centésimo do valor expresso na taxa percentual. Devemos lembrar que uma taxa de juros de x%, signifi ca dizer que de cada 100 unidades monetárias (digamos, 100 reais, por exemplo) envolvidas na aplicação fi nanceira, serão pagos x reais de remuneração. Já falamos que o regime será de juros simples quando o percentual de juros for calculado apenas sobre o capital inicial. Nesse regime de capitalização não há incidência de juros sobre juros, em cada período. Para resolver as situações que apresentaremos a seguir, representaremos o capital inicial emprestado (ou aplicado) pela letra P, a taxa de juros por i e o número de períodos de tempo por n. A fórmula básica utilizada nos cálculos que envolvem juros simples é J = P ⋅ i ⋅ n, porém, nesses cálculos também podemos utilizar uma regra de três composta, recurso de resolução de problemas que já aprendemos e utilizamos em aulas anteriores. Observe o exemplo a seguir: Mat_A09_Z_RF_SF_070109.indd CpTxt4Mat_A09_Z_RF_SF_070109.indd CpTxt4 7/1/2009 14:52:517/1/2009 14:52:51 Exemplo 2 5 Matemática A09 Uma dívida de R$ 3.000,00 deve ser paga com juros de 2% a.m. pelo regime de juros simples e devemos pagá-la em 6 meses. Qual é o valor dos juros que serão pagos? Lembre que, se a taxa de juros é de 2% a. m., signifi ca dizer que para cada R$ 100,00 da dívida serão pagos R$ 2,00 a cada mês. Assim, podemos escrever a seguinte regra de três: Essa é uma regra de três composta e as grandezas envolvidas são diretamente proporcionais, o que nos permite escrever a seguinte proporção: Capital (R$) Tempo (meses) Juros (R$) 100,00 1 2,00 3.000,00 6 x Vemos no cálculo do valor de x, que é o valor dos juros que se queria determinar, que os juros podem ser calculados pelo ‘produto do capital inicial pelo número de períodos de tempo e pela taxa de juros’, ou seja, J = P · n · i ou J = P · i · n. Atenção! Para utilizarmos a fórmula J = P · i · n, a taxa de juros i deve estar na sua forma unitária. Ou seja, se, no enunciado do problema, temos i = 5% a.m., devemos utilizar i = 0,05 a.m. na fórmula. Agora, que tal praticar um pouco o que acabou de aprender? 100 3 000 = 1 6 = 2 x ⇒ 2 x = 100 3 000 · 1 6 ⇒ 2 x = 100 3 000 · 6 ⇒ 100 · x = 3 000 · 6 · 2 ⇒ x = 3 000 · 6 · 2 100 ⇒ x = 3 000 · 6 · 2 100 ⇒ x = 3 000 · 6 · 0, 02 ⇒ x = 360 J = P · n · i Foram produzidos juros de R$ 360,00. Mat_A09_Z_RF_SF_070109.indd CpTxt5Mat_A09_Z_RF_SF_070109.indd CpTxt5 7/1/2009 14:52:517/1/2009 14:52:51 Responda aqui 1Praticando... 1. Qual é o valor dos juros a serem pagos pelo empréstimo, a uma taxa de juros simples de 30% a.a., de R$ 1.200,00, pelo período de 2 anos? 2. Em um investimento de R$ 3.000,00, pelo prazo de 3 meses, à taxa de 3% a.m., no sistema de capitalização simples, qual é o valor dos juros a serem recebidos? Lembre-se 30% a.a. = 0,3 a.a. e 3% a.m. = 0,03 a.m. � � 6 Matemática A09 Observe que nas situações anteriores, expressamos a taxa i e o período n, na mesma unidade de tempo, mas nem sempre isso ocorre. Quando a unidade de tempo da taxa e do prazo da aplicação diferem podemos converter um desses valores para que ambos apresentem a mesma unidade de tempo. Mat_A09_Z_RF_SF_070109.indd CpTxt6Mat_A09_Z_RF_SF_070109.indd CpTxt6 7/1/2009 14:52:527/1/2009 14:52:52 7 Matemática A09 Exemplo 3 Pelo empréstimo de R$ 1.200,00 a uma taxa de 15% a.t., no período de 2 meses e 15 dias, que juros, no regime de capitalização simples, serão pagos? Para converter a taxa de 15% a. t. (15% ao trimestre) para uma taxa diária, devemos considerar que o trimestre comercial tem 90 dias, assim: i = 15% a.t. = 15% 90 a. d. ⇒ i = 0,1667% a. d. (aproximando para 4 casas decimais) i = 0,001667 a.d. n = 2 m 15 d = (2 · 60 + 15) d = (120 + 15) d = 135 d Logo, J = P · i · n ⇒ J = 1 200 · 0,001667 · 135 · J = 270,054 ⇒ J ≅ 270,05. Os juros pagos pelo empréstimo serão de R$ 270,05. Que tal ver alguns exemplos? Considere duas taxas i e i’ (percentuais ou unitárias) correspondentes a dois períodos de tempo n e n’ (em uma mesma unidade de tempo). Se 'n n 'i i = , dizemos que i e i’ são taxas proporcionais. Exemplo 4 Veja mais alguns exemplos: Calcule a taxa mensal proporcional a 48% ao ano. Como 1 ano corresponde ao período de 12 meses, podemos escrever: i i′ = n n′ ⇒ x 0, 48 = 1 12 ⇒ 12 · x = 0, 48 · 1 ⇒ 12 · x = 0, 48 ⇒ x = 0, 48÷ 12 ⇒ x = 0, 04 Trimestre Observe que é mais fácil transformar trimestre em dias do que o inverso. � Mat_A09_Z_RF_SF_070109.indd CpTxt7Mat_A09_Z_RF_SF_070109.indd CpTxt7 7/1/2009 14:52:527/1/2009 14:52:52 8 Matemática A09 Exemplo 6 Determine os juros a serem recebidos pela aplicação, a uma taxa de 36% a.a., de um capital de R$ 2.500,00, durante 10 meses. Temos: P = R$ 2.500,00 i = 36% a.a. = 0,36 a.a. = (0,36 ÷ 12) a.m. = 0,03 ao mês. n = 10 m J = P ⋅ i ⋅ n ⇒ J = 2 500 ⋅ 0,03 ⋅ 10 ⇒ J = 750 Os juros a serem recebidos são iguais a R$ 750,00. A taxa proporcional é igual a 0,04 a.m. (ou seja, 4% a.m.). Observe que a taxa de juros foi convertida para ter a mesma unidade de tempo do prazo da aplicação. Exemplo 5 Determine a taxa de juros mensal proporcional à taxa de 1,8% ao dia. O mês comercial é composto de 30 dias, portanto podemos escrever: i i′ = n n′ ⇒ x 1, 8 = 30 1 ⇒ 1 · x = 1, 8 · 30 ⇒ x = 54 Que tal ver mais um exemplo? Mat_A09_Z_RF_SF_070109.indd CpTxt8Mat_A09_Z_RF_SF_070109.indd CpTxt8 7/1/2009 14:52:537/1/2009 14:52:53 Responda aqui 2Praticando... 9 Matemática A09 Agora podemos fazer mais algumas atividades. 1. Calcule a taxa anual proporcional a 12% ao trimestre. 2. Determine a taxa diária proporcional a 15% ao mês. 3. Qual a taxa proporcional a 0,25% ao dia? 4. Calcule o juro a ser pago por um empréstimo de R$ 10.000,00, à taxa de 3% a.m., durante 180 dias. 5. Calcule o juro resultante de uma aplicação de R$ 35.000,00, a uma taxa de 20% ao trimestre, durante 2 anos. 6. Calcule o juro devido pelo empréstimo de um capital de R$ 5.000,00, a uma taxa de 18% a.t., por um período de 2 meses. Mat_A09_Z_RF_SF_070109.indd CpTxt9Mat_A09_Z_RF_SF_070109.indd CpTxt9 7/1/2009 14:52:547/1/2009 14:52:54 10 Matemática A09 Exemplo 7 Um empréstimo de R$ 5.400,00 foi realizado em 20/07 e pago em 25/11 do mesmo ano. Sabendo que a taxa foi de 48% a.a., qual o juro total a ser pago? Temos que P = R$ 5.400,00 i = 0,3% a.d. = 0,0003 a.d. n = valor desconhecido (em dias). Juro simples comercial e juro simples exato Nos cálculos de juros, em nossa aula, consideramos 1 ano = 360 dias, 1 semestre = 180 dias, 1 trimestre = 90 dias ou 1 mês = 30 dias. Nesse caso, obtemos o que chamamos de juro simples comercial. A técnica de cálculos que considera os períodos de tempo iguais aos do calendário (1 ano = 365 ou 366 dias, 1 mês = 28, 29, 30 ou 31 dias,...) calcula o que chamamos de juro simples exato. Porém, mesmo nos juros simples comerciais ou nos juros simples exatos, o cálculo do tempo pode ser exato ou aproximado. Para que o cálculo do tempo seja exato, podemos utilizar uma técnica que utiliza a consulta à Tabela de Cálculo de Tempo (TCT), na seção para consulta. Determinação de número exato de dias Esse cálculo do número exato de dias pode ser feita de duas maneiras diferentes: Pela contagem direta no calendário, observando o número exato de dias de cada mês. Pelo uso da Tabela de Cálculo de Dias, para a contagem exata de dias. Para entender melhor, observe o seguinte exemplo: � � Mat_A09_Z_RF_SF_070109.indd CpTxt10Mat_A09_Z_RF_SF_070109.indd CpTxt10 7/1/2009 14:52:547/1/2009 14:52:54 MESES DIAS Jan. Fev. Março Abril Maio Jun. Jul. Ago. Set. Out. Nov. Dez. 01 01 32 60 91 121 152 182 213 244 274 305 335 02 02 33 61 92 122 153 183 214 245 275 306 336 03 03 34 62 93 123 154 184 215 246 276 307 337 04 04 35 63 94 124 155 185 216 247 277 308 338 05 05 36 64 95 125 156 186 217 248 278 309 339 06 06 37 65 96 126 157 187 218 249 279 310 340 07 07 38 66 97 127 158 188 219 250 280 311 341 08 08 39 67 98 128 159 189 220 251 281 312 342 09 09 40 68 99 129 160 190 221 252 282 313 343 10 10 41 69 100 130 161 191 222 253 283 314 344 11 11 42 70 101 131 162 192 223 254 284 315 345 12 12 43 71 102 132 163 193 224 255 285 316 346 13 13 44 72 103 133 164 194 225 256 286 317 347 14 14 45 73 104 134 165 195 226 257 287 318 348 15 15 46 74 105 135 166 196 227 258 288 319 349 16 16 47 75 106 136 167 197 228 259 289 320 350 17 17 48 76 107 137 168 198 229 260 290 321 351 18 18 49 77 108 138 169 199 230 261 291 322 352 19 19 50 78 109 139 170 200 231 262 292 323 353 20 20 51 79 110 140 171 201 232 263 293 324 354 21 21 52 80 111 141 172 202 233 264 294 325 355 22 22 53 81 112 142 173 203 234 265 295 326 356 23 23 54 82 113 143 174 204 235 266 296 327 357 24 24 55 83 114 144 175 205 236 267 297 328 358 25 25 56 84 115 145 176 206 237 268 298 329 359 26 26 57 85 116 146 177 207 238 269 299 330 360 27 27 58 86 117 147 178 208 239 270 300 331 361 28 28 59 87 118 148 179 209 240 271 301 332 362 29 29 88 119 149 180 210 241 272 302 333 363 30 30 89 120 150 181 211 242 273 303 332 364 31 31 90 151 212 243 304 365 11 Matemática A09 Consultando a TCD, temos: para o dia 25/11 temos o valor 329; para o dia 20/07 temos o valor 201. � � Tabela 1 – Tabela para contagem de dias (TCD) Fonte: Crespo (1996, p. 202). O número exato de dias entre 20 de julho e 25 de novembro de um mesmo ano é a diferença entre esses dois valores, ou seja: n = 329 – 201 ⇒ n = 128 dias. Assim: J = 5 400 · 0,0003 · 128 ⇒ J = 207,36 São produzidos R$ 207,36 de juros. Mat_A09_Z_RF_SF_070109.indd CpTxt11Mat_A09_Z_RF_SF_070109.indd CpTxt11 7/1/2009 14:52:547/1/2009 14:52:54 Que tal mais um exemplo? 3Praticando... 12 Matemática A09 Exemplo 8 Em um investimento foi aplicado um capital de R$ 3.200,00, à taxa de 0,5% ao dia, de 14/02 a 20/12 do mesmo ano. Qual foi o valor do juro produzido no investimento? P = R$ 3.200,00 i = 0,5% a.d. = 0,005 a.d. Pela TCT, o valor correspondente a 20/12 é 354 e o correspondente a 14/02 é 45, logo: n = 354 – 45 ⇒ n = 309 dias J = P · i · n ⇒ J = 3 200 · 0,005 · 309 ⇒ J = 4 944 Nessas condições, são produzidos R$ 4.944,00 de juros. Agora, você pode exercitar o que aprendeu na atividade a seguir. 1. Quanto foi pago de juro pelo empréstimo de R$ 4.000,00, do dia 25/01/08 a 14/02/08, à taxa de 0,6% ao dia? 2. Calcule o juro a ser pago pelo empréstimo de R$ 5.000,00, do dia 19 de agosto ao dia 18 de outubro do mesmo ano, à taxa de 0,48% ao dia? Mat_A09_Z_RF_SF_070109.indd CpTxt12Mat_A09_Z_RF_SF_070109.indd CpTxt12 7/1/2009 14:52:557/1/2009 14:52:55 Responda aqui 13 Matemática A09 Cálculo do montante Em algumas situações é necessário calcular mais do que apenas os juros. Observe o exemplo a seguir. Mat_A09_Z_RF_SF_070109.indd CpTxt13Mat_A09_Z_RF_SF_070109.indd CpTxt13 7/1/2009 14:52:567/1/2009 14:52:56 Exemplo 9 Exemplo 10 14 Matemática A09 Para pagar um empréstimo de R$ 2.500,00, por 3 meses, a uma taxa de juros de 5% ao mês pelo regime de juros simples, deve ser paga que quantia total, em reais? Calculando os juros a serem pagos: J = P · i · n ⇒ J = 2 500 · 0,05 · 3 = 375. Calculando a quantia total a ser paga: P + J = 2.500 + 375 = 2 875. O valor total a ser pago pela dívida é de R$ 2.875,00. Quando somamos os juros (J) ao valor principal (P), temos um valor chamado de montante, que representaremos por M. Assim, Montante = Principal + Juros ⇒ M = P + J ⇒ M = P + (P · i · n) ⇒ M = P · (1 + i · n) Calcule o montante resultante da aplicação de R$ 8.000,00 à taxa de 10,5% a.m. durante 270 dias. Observe que a taxa i = 10,5% a.m. (ou i = 0,105 a.m.) indica uma unidade de tempo diferente da que está indicada em n = 270 dias. A primeira providência é converter um desses valores para que possamos trabalhar, em i e n, com a mesma unidade de tempo. Considerando 1 mês comercial como 30 dias, temos que: n = 270 ÷ 30 ⇒ n = 9 meses. Mat_A09_Z_RF_SF_070109.indd CpTxt14Mat_A09_Z_RF_SF_070109.indd CpTxt14 7/1/2009 14:52:567/1/2009 14:52:56 Exemplo 11 Exemplo 12 15 Matemática A09 Assim: M = P · (1 + i · n) ⇒ M = 8 000 · (1 + 0,105 · 9) ⇒ M = 8 000 · (1 + 0,945) ⇒ M = 8 000 · (1,945) ⇒ M = 15 560 O montante é igual a R$ 15.560,00. Qual é o capital que, por empréstimo, por um período de 6 meses, a uma taxa de juro simples de 3,5% a.m., gera uma dívida total de R$ 3.206,50? Como M = P + J ⇒ 3 206,50 = P · (0,035 · 6 + 1) ⇒ 3 206,50 = P · (0,21 + 1) ⇒ P · 1,21 = 3 206,50 ⇒ P = (3 206,50) ÷ 1,21 ⇒ P = 2 650 O capital que gera esse montante é de R$ 2.650,00. Agora, observe o exemplo a seguir: Determine os juros simples e o valor total de uma dívida que se referem ao empréstimo de R$ 4.000,00, aplicados à taxa de 36% a.a., durante 142 dias. No sistema de capitalização simples, temos: J = P · i · n. Considerando o ano comercial igual a 360 dias e convertendo a taxa anual de 36% em uma taxa diária, temos: i = 36% a.a. = 36% 360 a.d. = 0,1% a.d. ⇒ i = 0,0001 a.d. Mat_A09_Z_RF_SF_070109.indd CpTxt15Mat_A09_Z_RF_SF_070109.indd CpTxt15 7/1/2009 14:52:567/1/2009 14:52:56 16 Matemática A09 Com a taxa e o prazo do empréstimo se referindo à mesma unidade de tempo, ou seja, dias, podemos escrever: J = 4 000 · 0,001 · 142 = R$ 568,00 Para o cálculo do total da dívida (ou montante da dívida), temos: M = P + J ⇒ M = 4 000 + 568 ⇒ M = 4 568 Os juros simples produzidos no empréstimo foram de R$ 568,00, somando um montante a ser pago de R$ 4.568,00. Agora você pode praticar um pouco o que aprendeu. 4Praticando... 1. Determine o valor do total da dívida contraída pelo empréstimo de R$ 5.000,00, à taxa de 5% a.m., pelo regime de juros simples, pelo prazo de 5 meses. 2. Calcule qual é o montante acumulado na aplicação de R$ 4.580,00, à taxa de 2% a.m., durante 8 meses. 3. Em quantos meses o capital de R$ 3.000,00, à taxa de 45% a.a., produzirá um montante de 3.562,50? 4. A que taxa anual a importância de R$ 2.000,00, produzirá um montante de R$ 2.600,00, em 6 meses? Mat_A09_Z_RF_SF_070109.indd CpTxt16Mat_A09_Z_RF_SF_070109.indd CpTxt16 7/1/2009 14:52:577/1/2009 14:52:57 17 Matemática A09 Responda aqui Mat_A09_Z_RF_SF_070109.indd CpTxt17Mat_A09_Z_RF_SF_070109.indd CpTxt17 7/1/2009 14:52:577/1/2009 14:52:57 Exemplo 14 18 Matemática A09 Cálculo do capital Em algumas situações precisamos calcular o valor do capital, em um sistema de capitalização simples. Veja o exemplo a seguir: Que capital devo aplicar para obter, em 35 dias, à taxa diária de 0,12%, juros de R$ 151,20? Temos: P = ? i = 0,12% a.d. = 0,0012 a.d. n = 35 dias J = R$ 151,20 ⇒ P · 0,0012 · 35 = 151,20 ⇒ P · 0,042 = 151,20 ⇒ P = 151,20 ÷ 0,042 ⇒ P = 3 600 O capital que deve ser aplicado é de R$ 3.600,00. Exemplo 13 Calcule o capital que, aplicado a uma taxa de juros simples de 12% a.m., rende R$ 300,00 de juros em 75 dias? Temos que: J = 300 i = 12% a.m. = 0,12 a.m. = 0,004 a.d. n = 75 dias Como J = P · i · n, temos: 300 = P · 0,004 · 75 ⇒ 300 = 0,3 · P ⇒ P = 300 ÷ 0,03 ⇒ P = 1 000 O capital aplicado foi de R$ 1.000,00. Mat_A09_Z_RF_SF_070109.indd CpTxt18Mat_A09_Z_RF_SF_070109.indd CpTxt18 7/1/2009 14:52:577/1/2009 14:52:57 19 Matemática A09 Agora, que tal praticar um pouco? Responda aqui 5Praticando... 1. Calcule o capital que colocado à taxa de 4% a.m., durante 5 meses, rende R$ 600,00 de juros? 2. Que importância devo aplicar à taxa de 1,5% a.d., para render, em 10 meses, juros de R$ 750,00? 3. Determine em quantos dias o capital de R$ 5.700,00, aplicado à taxa de 2,5% a.m., produz juros de R$ 14,25. Mat_A09_Z_RF_SF_070109.indd CpTxt19Mat_A09_Z_RF_SF_070109.indd CpTxt19 7/1/2009 14:52:587/1/2009 14:52:58 Cálculo da taxa de juros Nas situações em que é preciso calcular a taxa de juros aplicada, substitua os valores conhecidos, efetue as operações indicadas e isole o valor de i, lembrando sempre que a taxa e o prazo devem estar em uma mesma unidade de tempo. Observe o exemplo a seguir e resolva a atividade correspondente. Exemplo 15 Exemplo 16 20 Matemática A09 A que taxa mensal o capital de R$ 560,00 rende juros de R$ 67,20, em 4 meses? Temos: P = R$ 560,00 i = ? n = 4 meses J = R$ 67,20 Como J = P · i · n ⇒ 67,20 = 560 · i · 4 ⇒ 67,20 = 2240 · i ⇒ 2240 · i = 67,20 ⇒ i = 67,20 ÷ 2240 ⇒ i = 0,03 a.m. (ou seja, ι = 3% a.m.). A taxa de juros aplicada é igual a 3% ao mês. Veja mais um exemplo. A que taxa anual a importância de R$ 5.200,00 rende, em 9 meses juros de R$ 624,00? Convertendo o tempo de 8 meses em ano, temos que: n = (9 ÷ 12) = 0,75 ano. Os demais dados conhecidos são: P = R$ 5.200,00 J = R$ 624,00 Mat_A09_Z_RF_SF_070109.indd CpTxt20Mat_A09_Z_RF_SF_070109.indd CpTxt20 7/1/2009 14:52:587/1/2009 14:52:58 Responda aqui 6Praticando... 21 Matemática A09 J = P · i · n ⇒ 624 = 5.200 · i · 0,75 ⇒ 624 = 3900 · i ⇒ 3900 · i = 624 ⇒ i = 624 ÷ 5.200 ⇒ i = 0,12 a.m. ou i = 12 % a.m. A taxa aplicada foi de 12% ao mês. 1. Qual é a taxa mensal proporcional a 6% ao ano? 2. Qual é a taxa anual proporcional a 0,025 ao dia? (Sendo 1 a = 360 d). 3. Calcule a taxa diária proporcional a 3,6% ao bimestre. 4. A que taxa foi colocada a importância de R$ 1.300,00 para que, durante 1 ano e 3 meses, rendesse um juro de R$ 260,00? Mat_A09_Z_RF_SF_070109.indd CpTxt21Mat_A09_Z_RF_SF_070109.indd CpTxt21 7/1/2009 14:52:587/1/2009 14:52:58 Exemplo 17 Exemplo 18 22 Matemática A09 Cálculo do prazo da operação Em alguma situação podemos ter a necessidade de calcular o prazo da operação (seja essa de empréstimo, fi nanciamento ou aplicação fi nanceira). Em quantos dias o capital de R$ 400,00, aplicado à taxa mensal de 3,6%, renderá juros de R$ 21,60? Temos: P = R$ 400,00 i = 3,6% a.m. = 0,036 ao mês = (0,036 ÷ 30) a.d. = 0,0012 ao dia J = R$ 21,60, ou seja, 400 · 0,0012 · n = 21,60 ⇒ 0,48 · n = 21,60 ⇒ n = 21,60 ÷ 0,48 ⇒ n = 45 dias O prazo da aplicação é de 45 dias. Veja mais um exemplo. Se a taxa de uma aplicação é de 120% ao ano, quantos meses serão necessários para dobrar um capital aplicado através de capitalização simples? Dobrar o capital aplicado signifi ca ter um montante igual ao dobro do capital inicial, ou seja, é M = 2 · P Para desenvolver os cálculos temos i = 120% a.a. = 1,2 a.a. e a expressão do montante que é M = P (1 + i · n) Substituindo os valores conhecidos, temos: 2 · P = P · (1 + 1,2 · n) Dividindo ambos os lados da igualdade por P e resolvendo a equação resultante, temos: 2 = 1 + 1,2 · n ⇒ 2 – 1 = 1,2 · n ⇒ 1 = 1,2 · n ⇒ n = 1 ÷ 1,2 ⇒ n = 0,8333 ano ⇒ n = 10 meses O tempo de aplicação necessário para duplicar o capital, nas condições acima, é de 10 meses. Mat_A09_Z_RF_SF_070109.indd CpTxt22Mat_A09_Z_RF_SF_070109.indd CpTxt22 7/1/2009 14:52:587/1/2009 14:52:58 Responda aqui 7Praticando... 23 Matemática A09 1. Por quantos meses o capital de R$ 4.000,00 deverá ser aplicado para render R$ 1.200,00 à taxa de 3% ao mês? 2. Por quantos dias devemos aplicar o capital de R$ 5.000,00 para render R$ 875,00, à taxa de 0,5% ao dia? 3. Calcule o prazo de aplicação do capital de R$ 460,00 para render R$ 49,60 de juros, quando aplicado à taxa de 0,15% ao dia. 4. Determine a taxa trimestral que foi aplicada ao capital de R$ 5.000,00, em 36 dias, para produzir R$ 360,00 de juros. Se você já resolveu todas as atividades e não resta nenhuma dúvida, resolva agora essa lista de exercícios a seguir. Mat_A09_Z_RF_SF_070109.indd CpTxt23Mat_A09_Z_RF_SF_070109.indd CpTxt23 7/1/2009 14:52:597/1/2009 14:52:59 Ex er cí ci os 24 Matemática A09 1. O juro gerado pela aplicação de R$ 500,00, à taxa de 15% ao ano, durante 2,5 anos é de a) R$ 187,50. b) R$ 178,50. c) R$ 185,70. d) R$ 158,70. 2. O juro a ser pago pelo empréstimo de R$ 6.250,00, durante 2 trimestres, à taxa de 5% ao semestre é de a) R$ 351,20. b) R$ 321,50. c) R$ 312,50. d) R$ 302,51. 3. O prazo da aplicação do capital de R$ 5.000,00, à taxa de 36% a.a., para obtermos R$ 3.600,00 de juros comerciais aproximados (1 a = 360 dias) é de a) 3 semestres. b) 60 meses. c) 680 dias. d) 2 anos. 4. Pelo empréstimo de R$ 1.200,00 à taxa trimestral de 1,5%, foram pagos R$ 240,00 de juros. O prazo do empréstimo foi de a) 40 meses. b) 42 meses. c) 43 meses. d) 48 meses. 5. A taxa mensal proporcional a 60% ao ano, nos juros comerciais aproximados, é a) 0,005. b) 0,05. c) 0,5. d) 5. 6. Um capital de R$ 5.000,00 foi aplicado em 30/05 de um determinado ano, à taxa diária de 0,5% e resgatado em 12/08 do mesmo ano. Esse investimento rendeu juros de a) R$ 180,00. b) R$ 1.800,00. c) R$ 18.000,00. d) R$ 118.000,00. 7. O capital que, aplicado em um investimento à taxa mensal de 1,2% por um semestre gerou um juro de R$ 144,00, é igual a a) R$ 120,00. b) R$ 1.200,00. c) R$ 1.800,00. d) R$ 2.000,00. 8. O montante resultante da aplicação de um capital de R$ 4.800,00 à taxa diária de 2% por um período de 75 dias é igual a a) R$ 12.000,00. b) R$ 10.200,00. c) R$ 9.800,00. d) R$ 9.600,00. Mat_A09_Z_RF_SF_070109.indd CpTxt24Mat_A09_Z_RF_SF_070109.indd CpTxt24 7/1/2009 14:52:597/1/2009 14:52:59 R es po st a 25 Matemática A09 Mat_A09_Z_RF_SF_070109.indd CpTxt25Mat_A09_Z_RF_SF_070109.indd CpTxt25 7/1/2009 14:53:047/1/2009 14:53:04 26 Matemática A09 Se você já resolveu todas as atividades e exercícios, verifi que sua aprendizagem com a auto-avaliação mais adiante. Auto-avaliação Em nossa aula, você aprendeu a descrever o que é o regime de capitalização simples, o que são juros e o que são juros simples. Aprendeu, também, a resolver situações, no regime de capitalização simples, que envolvam o cálculo dos juros simples, da taxa de juros, o prazo da aplicação ou o valor do capital aplicado. 1. Com suas palavras descreva o que são juros simples. 2. O que é uma taxa de juros? 3. Associe a coluna da direita com a coluna da esquerda para que sejam feitas correspondências entre as taxas percentuais e unitárias correspondentes. (a) 12,5 % ao mês ( ) 1,25 ao semestre (b) 12,5% ao dia ( ) 0,0125 ao dia (c) 1,25% ao dia ( ) 0,125 ao trimestre (d) 125% ao ano ( ) 0,125 ao dia (e) 125% ao semestre ( ) 1,25 ao ano (f) 12,5% ao trimestre ( ) 0,125 ao mês Mat_A09_Z_RF_SF_070109.indd CpTxt26Mat_A09_Z_RF_SF_070109.indd CpTxt26 7/1/2009 14:53:107/1/2009 14:53:10 27 Matemática A09 4. Considere 1 ano correspondente a 360 dias e complete o quadro abaixo escrevendo as taxas trimestrais proporcionais a cada uma das taxas citadas. Taxas unitárias Taxas trimestrais proporcionais 0,0545 a.m. 0,36 a.a. 0,1 a.m. 0,006 a.m. 1,2 a.a. 0,0024 a.d. 5. Assinale V (se verdadeira) ou F (se falsa) cada uma das afi rmativas abaixo. a) ( ) O juro produzido pelo capital de R$ 8.000,00, durante 10 meses, à taxa mensal de 1,2% é de R$ 96,00. b) ( ) O montante produzido pelo investimento de R$ 8.000,00, durante 10 meses, à taxa diária de 0,0004 é de R$ 8.960,00. c) ( ) O número exato de dias que transcorre entre 20 de janeiro e 25 de junho de um mesmo ano que é bissexto é de 155 dias. d) ( ) Em um ano bissexto, entre 23 de fevereiro e 15 de maio, transcorrem 82 dias. Referências ASSAF NETO, Alexandre. Matemática fi nanceira e suas aplicações. 7. ed. São Paulo: Atlas, 2002. CRESPO, Antônio Arnot. Matemática comercial e fi nanceira fácil. 11. ed. São Paulo: Saraiva, 1996. MERCHEDE, Alberto. Matemática fi nanceira para concursos: mais de 1.500 aplicações. São Paulo: Atlas, 2003. SÓ MATEMÁTICA. Juros simples. Disponível em: <http://www.somatematica.com.br/ emedio/fi nan2.php>. Acesso em: 23 set. 2008. ______. Matemática fi nanceira: conceitos básicos. Disponível em: <http:// www.somatematica.com.br/emedio/fi nan.php>. Acesso em: 23 set. 2008. ______. Relação entre juros e progressões. Disponível em: <http://www. somatematica.com.br/emedio/fi nan4.php>. Acesso em: 25 set. 2008. Mat_A09_Z_RF_SF_070109.indd CpTxt27Mat_A09_Z_RF_SF_070109.indd CpTxt27 7/1/2009 14:53:107/1/2009 14:53:10 Para Consulta MESES DIAS Jan. Fev. Março Abril Maio Jun. Jul. Ago. Set. Out. Nov. Dez. 01 01 32 60 91 121 152 182 213 244 274 305 335 02 02 33 61 92 122 153 183 214 245 275 306 336 03 03 34 62 93 123 154 184 215 246 276 307 337 04 04 35 63 94 124 155 185 216 247 277 308 338 05 05 36 64 95 125 156 186 217 248 278 309 339 06 06 37 65 96 126 157 187 218 249 279 310 340 07 07 38 66 97 127 158 188 219 250 280 311 341 08 08 39 67 98 128 159 189 220 251 281 312 342 09 09 40 68 99 129 160 190 221 252 282 313 343 10 10 41 69 100 130 161 191 222 253 283 314 344 11 11 42 70 101 131 162 192 223 254 284 315 345 12 12 43 71 102 132 163 193 224 255 285 316 346 13 13 44 72 103 133 164 194 225 256 286 317 347 14 14 45 73 104 134 165 195 226 257 287 318 348 15 15 46 74 105 135 166 196 227 258 288 319 349 16 16 47 75 106 136 167 197 228 259 289 320 350 17 17 48 76 107 137 168 198 229 260 290 321 351 18 18 49 77 108 138 169 199 230 261 291 322 352 19 19 50 78 109 139 170 200 231 262 292 323 353 20 20 51 79 110 140 171 201 232 263 293 324 354 21 21 52 80 111 141 172 202 233 264 294 325 355 22 22 53 81 112 142 173 203 234 265 295 326 356 23 23 54 82 113 143 174 204 235 266 296 327 357 24 24 55 83 114 144 175 205 236 267 297 328 358 25 25 56 84 115 145 176 206 237 268 298 329 359 26 26 57 85 116 146 177 207 238 269 299 330 360 27 27 58 86 117 147 178 208 239 270 300 331 361 28 28 59 87 118 148 179 209 240 271 301 332 362 29 29 88 119 149 180 210 241 272 302 333 363 30 30 89 120 150 181 211 242 273 303 332 364 31 31 90 151 212 243 304 365 28 Matemática A09 Fórmulas úteis Considere para as fórmulas a seguir que P é o capital, i é a taxa de juros (na forma unitária) e n o número de períodos (com unidade de temo igual à da taxa de juros). Juros simples: J = P · i · n Montante: M = P · (1 + i · n) Capital: P = J ÷ (i ⋅ n) ou P = M ÷ (1 + i · n) Tabela para contagem de dias (TCD)(*) N O TA : ( * ) S e o an o é bi ss ex to , d ev e- se a um en ta r um a un id ad e ao r es ul ta do , c as o o m ês d e fe ve re iro e st ej a in cl uí do n a co nt ag em . Fo nt e: C re sp o (1 9 9 6 , p . 2 0 2 ). Mat_A09_Z_RF_SF_070109.indd CpTxt28Mat_A09_Z_RF_SF_070109.indd CpTxt28 7/1/2009 14:53:117/1/2009 14:53:11 Mat_A09_Z_RF_SF_070109.indd V_Ct_cp3Mat_A09_Z_RF_SF_070109.indd V_Ct_cp3 7/1/2009 14:53:117/1/2009 14:53:11 10 Elizabete Alves de Freitas C U R S O T É C N I C O E M S E G U R A N Ç A D O T R A B A L H O Juros Compostos matemática coordenadora da Produção dos materias Marta Maria Castanho Almeida Pernambuco coordenador de edição Ary Sergio Braga Olinisky coordenadora de Revisão Giovana Paiva de Oliveira Design Gráfico Ivana Lima Diagramação Ivana Lima José Antônio Bezerra Júnior Mariana Araújo de Brito Vitor Gomes Pimentel arte e ilustração Adauto Harley Carolina Costa Heinkel Huguenin Revisão tipográfica Adriana Rodrigues Gomes Design instrucional Janio Gustavo Barbosa Luciane Almeida Mascarenhas de Andrade Jeremias Alves A. Silva Margareth Pereira Dias Revisão de Linguagem Maria Aparecida da S. Fernandes Trindade Revisão das Normas da aBNt Verônica Pinheiro da Silva adaptação para o módulo matemático Joacy Guilherme de Almeida Ferreira Filho Revisão técnica Rosilene Alves de Paiva equipe sedis | universidade do rio grande do norte – ufrn Projeto Gráfico Secretaria de Educação a Distância – SEDIS Governo Federal ministério da educação Você ve rá por aqu i... ... um breve estudo que apresenta o que são juros compostos, como calculá-los e como utilizar alguns procedimentos matemáticos, no cálculo de outros elementos do regime de capitalização composta na resolução de algumas situações do dia-a-dia como o cálculo do montante produzido por uma aplicação (ou empréstimo), por exemplo. Neste material, apresentamos o conteúdo através de diversos exemplos e disponibilizamos, após cada conteúdo apresentado, algumas atividades (com questões subjetivas) e, ao final de todo o conteúdo, uma lista de exercícios (com questões objetivas). Na seção Auto-avaliação, ao final desta aula, você encontrará mais uma oportunidade para verificar e, se necessário, redirecionar sua aprendizagem. Na seção Para consulta, disponibilizamos um resumo do assunto estudado nesta aula, que servirá de material de apoio para um consulta rápida na resolução das questões da presente aula e de outras questões que envolvam os conteúdos aqui desenvolvidos. 1 Matemática a10 Objetivo Saber descrever o que é o regime de capitalização composta. Saber descrever o que são juros compostos. Saber resolver situações que envolvam o cálculo dos juros compostos ou, no regime de capitalização composta, determinar a taxa de juros, o prazo da aplicação, o valor do capital aplicado ou o montante produzido. � Matemática a10 Na aula anterior, vimos que quando é preciso pedir algum dinheiro emprestado ou comprar algum produto com pagamento parcelado, ou seja, através de um financiamento, é comum haver o pagamento de um valor chamado de juro, que é a remuneração que se recebe pela aplicação do Capital em alguma atividade produtiva. Nesta aula, estudaremos o regime de juros compostos (ou de capitalização composta) que é o mais utilizado nas operações financeiras. Para começo de conversa... � Matemática a10 estudando juros compostos O regime de capitalização que utiliza os juros compostos é chamado de regime de capitalização composta. Nesse tipo de capitalização, o juro que é calculado em cada intervalo de tempo irá compor o capital inicial sobre o qual será calculado o juro do próximo período. Veja o exemplo: exemplo 1 Marcos abriu uma caderneta de poupança com um valor de R$ 1.000,00. Considerando uma previsão da taxa de rendimento de 1% ao mês, o capital inicial de R$ 1.000,00 terá os seguintes rendimentos: Período capital (R$) Juros (R$) montante (R$) 1º. 1.000,00 10,00 1.010,00 2º. 1.010,00 10,10 1.020,10 3º. 1.020,10 10,20 1.030,30 4º. 1.030,30 10,30 1.040,60 5º. 1.040,60 10,40 1.051,00 Observe que em cada intervalo o juro produzido foi somado ao capital, formando, assim, o montante do período, que é o capital inicial dos juros a serem calculados no próximo período. Os juros compostos são os mais utilizados e geralmente aplicados no financiamento de compras, nas aplicações financeiras usuais como Caderneta de Poupança e aplicações em fundos de renda fixa, nos empréstimos bancários, entre outras situações. A taxa de juros é o elemento que define qual deve ser o valor da remuneração a ser paga pelo dinheiro recebido por empréstimo ou aplicado em um investimento. Em nossa aula, representaremos o capital inicial pela letra P, a taxa de juros por i e o número de períodos de tempo por n. � Matemática a10 cálculo do montante No regime dos juros compostos, como os juros produzidos ao fim de cada período passam a fazer parte do capital ou montante que serviu de base para cálculo do período seguinte, temos: 1º. Período: Capital inicial = P Juros = P ⋅ i ⋅ 1 = P · i Montante = P + P ⋅ i = P · (1 + i) 2º. Período: Capital inicial = P ⋅ (1 + i) Juros = P ⋅ (1 + i) ⋅ i ⋅ 1 = P ⋅ (1 + i) · i Montante = P · (1 + i) + P ⋅ (1 + i) · i = = P ⋅ (1 + i) ⋅ (1 + i) = P ⋅ (1 + i)2 3º. Período: Capital inicial = P ⋅ (1 + i)2 Juros = P ⋅ (1 + i)2 ⋅ i ⋅ 1 = P ⋅ (1 + i)2 · i Montante = P · (1 + i)2 + P ⋅ (1 + i)2 · i = = P ⋅ (1 + i)2 ⋅ (1 + i) = P ⋅ (1 + i)3 4º. Período: Capital inicial = P ⋅ (1 + i)3 Juros = P ⋅ (1 + i)3 ⋅ i ⋅ 1 = P ⋅ (1 + i)3 · i Montante = P · (1 + i)3 + P ⋅ (1 + i)3 · i = = P ⋅ (1 + i)3 ⋅ (1 + i) = P ⋅ (1 + i)4 ... n-ésimo período: Capital inicial = P ⋅ (1 + i ⋅ n)n-1 Juros = P ⋅ (1 + i)k-1 ⋅ i ⋅ 1 = P ⋅ (1 + i)n-1 · i Montante = P · (1 + i)n-1 + P ⋅ (1 + i)n-1 · i = = P ⋅ (1 + i)n-1 ⋅ (1 + i) = P ⋅ (1 + i)n Lembre-se: uma taxa de juros pode ser apresentada na forma percentual ou na forma unitária. � Matemática a10 A expressão M = P · (1 + i)n representa o montante acumulado em determinado período em uma aplicação financeira onde P é o capital inicial, i é a taxa de juros constante em todos os períodos e n é o número de períodos da aplicação. Segundo Crespo (1996, p. 110), o fator (1 + i)n é chamado de fator de capitalização ou fator de acumulação de capital. Que tal observar um exemplo? exemplo � Qual o montante acumulado na aplicação de R$ 5.000,00, à taxa de juros composta de 2% ao mês, por 6 meses? Temos que M = P · (1 + i)n M = 5 000 · (1 + 0,02)6 = 5 000 · (1,02)6 ⇒ M = 5 000 · 1, 126162419264 ⇒ M ≅ 5 630,81 O montante acumulado foi de, aproximadamente, R$ 5.630,81. Lembre-se de que a taxa i deve apresentar a mesma unidade de tempo que o valor n. � Matemática a10 capitalização composta é o ato de somar os juros produzidos com o valor principal em um dado período. capitalização Agora você já pode resolver algumas questões sobre esse assunto. Responda aqui 1Praticando... 1. Calcule o montante acumulado na aplicação de R$ 2.000,00, por 5 trimestres, à taxa de 10% ao semestre. �. Calcule o montante acumulado na aplicação de R$ 4.200,00, por 4 meses, à taxa de 2% ao mês. cálculo dos juros O sistema de juros compostos (ou de capitalização composta ) é mais comum e usado no sistema financeiro, por isso fique atento para aprender como aplicar esses conceitos, pois sempre aparecerão situações que envolvem este tipo de cálculo. Como já temos a expressão que representa o montante, quando for necessário efetuar o cálculo apenas dos juros, simplesmente devemos diminuir o valor principal do montante ao final do período dado. Assim, para representar os juros produzidos em um período, temos: J = M – P ⇒ J = P ⋅ (1 + i)n – P ⇒ J = P ⋅ [(1 + i)n – 1]. Veja o exemplo a seguir: � Matemática a10 exemplo � Qual é o valor dos juros produzidos na aplicação no regime de capitalização composta do capital de R$ 6.000,00, à taxa mensal de 1,2%, por 4 meses? Temos que: J = P ⋅ [(1 + i)n – 1] ⇒ J = 6 000 ⋅ [(1 + 0,012)4 – 1] ⇒ J = 6.000 ⋅ [(1,012)4 – 1] ⇒ J = 6 000 ⋅ [1,048870932736 – 1] ⇒ J = 293,225596416 ⇒ J ≅ 293,23 Foram produzidos R$ 293,93 de juros. Responda aqui �Praticando... Que tal resolver mais algumas questões? 1. O valor de R$ 3.000,00 foi aplicado à taxa de 3% ao mês, por 5 meses no regime de capitalização composta. Calcule o montante acumulado nessa aplicação. �. Determine o valor dos juros produzidos na aplicação da questão anterior. � Matemática a10 Uso de tabela financeira ou de calculadora? Para simplificar os cálculos e evitar que seja necessário calcular potências quando é preciso calcular o fator de capitalização, foram criadas as tabelas financeiras, que já trazem calculado o valor da expressão (1 + i)n, para vários valores de n (prazo de capitalização ou número de períodos de capitalização) e de i (taxa de juros). Em geral, nas tabelas, os dados são lidos da seguinte forma: Localize na coluna da esquerda a linha correspondente ao valor de n (número de períodos); Na linha superior, localize a coluna correspondente ao valor da taxa i. No cruzamento dessa linha e dessa coluna, temos a célula que indica o valor da potência que é o fator de capitalização procurado. Assim, o uso da tabela envolve três elementos: número de períodos, taxa de juros e fator de capitalização. Observe isso no exemplo a seguir. Determine o fator de capitalização, de um investimento no qual foi aplicada a taxa de 2% a.m., durante 5 meses. Como a unidade de tempo da taxa de juros e do prazo da aplicação é a mesma, não haverá conversão de unidades, basta localizar diretamente na tabela financeira a célula interseção entre o número de período n = 5 e da taxa i = 2%. taxas percentuais (i) Nº. De PeRÍODOS (n) 0,5% 1% 1,5% 2% 2,5% 1 1,005000 1,010000 1,015000 1,020000 1,025000 2 1,010025 1,020100 1,030225 1,040400 1,050625 3 1,015075 1,030301 1,045678 1,061208 1,076891 4 1,020150 1,040604 1,061364 1,082432 1,103813 5 1,025251 1,051010 1,077284 1,104081 1,131408 6 1,030377 1,061520 1,093443 1,126162 1,159693 7 1,035529 1,072135 1,109845 1,148686 1,188686 8 1,040707 1,082857 1,126493 1,171659 1,218403 exemplo � � Matemática a10 Observação: Fatores de capitalização utilizando arredondamento para seis casas decimais. Para 5 períodos de capitalização a uma taxa de 2% (na mesma unidade de tempo), o fator de capitalização procurado é 1,104081. No uso da calculadora, dependendo do tipo desse equipamento, você pode encontrar um valor com maior precisão para o fator de capitalização calculado. No caso de uma calculadora científica que tenha a tecla x^y ou x y, basta que você digite 1,02, a tecla x^y ou x y, digite 5 e em seguida a tecla =. Você obterá, então, o fator de capitalização com o maior número de casas decimais que sua calculadora puder apresentar no visor. Nesse caso, teremos 1,1040808032, se a calculadora apresentar 12 dígitos ou mais. Leia o manual de sua calculadora, antes de utilizá-la. Veja agora mais um exemplo. exemplo � Qual o valor do juro produzido pelo capital de R$ 3.000,00, quando aplicado à taxa de 1,5% ao dia em 8 dias? Como taxa e prazo de capitalização estão em uma mesma unidade de tempo, podemos localizar diretamente, na tabela, o fator de capitalização; no cruzamento da linha de n = 8 e na coluna de i = 1,5%, encontramos o fator a 1,126493. Logo, temos: M = 3 000 ⋅ 1,126493 ⋅ M = 3379,479 ⇒ M ≅ 3379,48 J = M – P ⇒ J = 3 379,48 – 3 000,00 ⇒ J = 379,48 Foram produzidos R$ 379,48 de juros nessa aplicação. �Praticando... 10 Matemática a10 Nos exemplos anteriores, a unidade de tempo na taxa de juros e no prazo do investimento é a mesma. E quando essa unidade de tempo da taxa e do período de aplicação diferem? Simples. Você converte uma delas. Veja como resolver esse tipo de situação, no exemplo a seguir. exemplo � Qual é o fator de capitalização de um investimento com prazo de 2 meses e taxa de 0,5% ao dia? n = 2 meses = 60 dias (no calendário comercial) Logo, o fator de capitalização passa a ser (1,005)60, que apresentado com um arredondamento para 8 casas decimais será igual a 1,34885015. Agora você já pode resolver algumas outras questões. Vamos lá? 1. Calcule o fator de capitalização de uma aplicação que envolve um empréstimo por 3 meses de um capital à taxa de 0,5% ao dia. �. Determine o valor de cada fator de capitalização que envolve um empréstimo a juros simples, a) por um período de 5 meses, a uma taxa de 4,5% ao mês. b) por um período de 1 ano e 6 meses, a uma taxa de 2% ao mês. c) por um período de 24 meses, a uma taxa de 25% ao ano. d) Por um período de 1 ano e 4 meses, a uma taxa de 3% ao mês. e) Por um período de 15 meses, a uma taxa de 9% ao trimestre. Responda aqui 11 Matemática a10 cálculo do montante para períodos não tabelados Algumas situações não apresentam períodos que estejam contemplados em nossas tabelas financeiras. Nesse caso, podemos utilizar as propriedades das potências. Agora, observe o exemplo a seguir. exemplo � Calcule o montante de R$ 5.000,00 a juros compostos de 3,5% ao mês, durante 35 meses. Como não temos n = 35 em nossas tabelas, encontraremos o fator de capitalização utilizando a seguinte propriedade das potências: (1 + i) a + b = (1 + i) a ⋅ (1 + i) b. Assim, encontraremos M = 5 000 ⋅ (1 + 0,035)35 ⇒ M = 5 000 ⋅ (1 + 0,035)5 + 30 ⇒ M = 5 000 ⋅ (1 + 0,035)5 ⋅ (1 + 0,035)30 ⇒ M = 5 000 ⋅ 1,187686 ⋅ 2,806794 ⇒ M = 16.667,94969342 ⇒ M ≅ 16.667,95 O montante produzido foi de R$ 16.667,95. Responda aqui �Praticando... 1� Matemática a10 Agora, você pode resolver algumas questões na atividade a seguir. 1. Calcular o montante de uma aplicação de R$ 4.000,00, à taxa de 2% ao mês, pelo prazo de 32 meses. �. Determine o total da dívida contraída pelo empréstimo de R$ 12.000,00, à taxa mensal de 1,5% ao mês, pelo período de 3 anos. cálculo do capital A fórmula do montante no regime de juros compostos é Mn = P ⋅ (1 + i)n. Quando precisamos calcular o valor principal ou capital, podemos isolar o valor de P. Assim: P ⋅ (1 + i)n = Mn ⇒ P = Mn ÷ (1 + i)n ou P = Mn ⋅ (1 + i)– n . Os valores de (1 + i)– n são os inversos dos valores apresentados nas tabelas financeiras dispostas ao final desta aula. Esses fatores (1 + i)– n são chamados de fatores de atualização. Que tal ver um exemplo sobre esse assunto? exemplo � exemplo � 1� Matemática a10 Calcule o valor do capital aplicado à taxa de 3% ao mês, por 5 meses, a juros simples, que produziu o montante de R$ 4.057,46. Temos que: M = 4.057,46, n = 5 meses e i = 3% ao mês = 0,03 a.m. Substituindo esses valores na fórmula do montante, teremos: 4.057,46 = P ⋅ (1 + 0,03)5 ⇒ P = 4.057,46 ÷ (1 + 0,03)5 ⇒ P = 4.057,46 ÷ 1,1592740743 ⇒ P ≅ 3.500,00 Ou seja, o capital inicial foi de R$ 3.500. cálculo do prazo Em algumas situações temos que calcular o valor do capital. Para isso, usaremos também a expressão do montante nos juros compostos e isolamos o valor de P (capital inicial ou principal). Vejamos um exemplo a seguir. Determine o prazo no qual, no regime de juros compostos, um empréstimo de R$ 11.000,00, à taxa de 15% ao semestre, pode ser quitado em um único pagamento de R$ 22.125,00. No enunciado, temos M = 22 125, P = 11 000 e i = 15% ao semestre = 0,15 a.s. Logo: 22 125 = 11 000 ⋅ (1,15)n ⇒ 22 125 ÷ 11 000 = (1,15)n ou 2,011364 = (1,15)n Comparando com os valores tabelados na coluna de i = 15%, encontramos que o valor mais próximo para o período é n = 5. Logo, o prazo para que o empréstimo seja quitado em um só pagamento é de 5 semestres. Que tal resolver algumas questões agora? 1� Matemática a10 Responda aqui �Praticando... 1. Uma TV de R$ 3.200,00 pode ser vendida sem entrada para pagamento de uma única prestação de R$ 4.049,00, ao final de 6 meses. Qual é a taxa de juro mensal cobrada pela loja? �. Jorge recebeu uma proposta para investir R$ 12.000,00, hoje, para receber R$ 16.127,00 daqui a 10 meses. Qual a taxa de rentabilidade mensal do investimento proposto no regime de juros compostos? taxa efetiva e taxa nominal Uma taxa é denominada efetiva quando sua unidade de tempo é o mesmo que o do período de capitalização. Por exemplo, um valor capitalizado mensalmente a uma taxa de 3% ao mês é um exemplo de taxa efetiva. Uma capitalização anual a uma taxa de 120% ao ano é outro exemplo de taxa efetiva.A taxa nominal tem unidade de tempo diferente da unidade de tempo do período de capitalização. Nesse caso, é necessário fazermos a conversão da unidade proporcionalmente. Por exemplo, uma taxa nominal de 18% ao ano, com capitalização mensal, será transformada para efeito de cálculos em 18% ÷ 12 = 1,5 % ao mês. No regime de juros compostos, sempre que a taxa e o período de capitalização apresentem unidades de tempo diferentes, a taxa deve ser considerada taxa nominal e devem ser convertida para a unidade adequada. efetiva 1� Matemática a10 exemplo 10 Qual o montante produzido por R$ 5.000,00, aplicado sob juros compostos trimestrais, taxa de 180% ao ano, durante 1 ano? Como 180% ao ano é a taxa nominal, pois a capitalização é trimestral, devemos dividi-la por 4 para transformar em trimestral. (180 ÷ 4 = 45% a.t). Devemos também considerar n = 4 (pois 1 ano = 4 trimestres). M = 5 000 · (1,45)4 = 5 000 · 4,42050625 = 22.102,53125 ≅ 22.102,53. O montante é de R$ 22.102,53 Responda aqui �Praticando... 1. Uma taxa nominal de 18% ao semestre é capitalizada mensalmente. Calcule a taxa efetiva. �. Qual o valor do montante produzido pela aplicação de um capital de 5.000,00, à taxa de 24% ao ano, ao final de 2 anos, com juros capitalizados trimestralmente? �. Um banco emprestou a quantia de R$ 12.000,00 por 2 anos. Sabendo que o banco cobra a taxa de 36% ao ano, com capitalização mensal, qual a taxa efetiva anual e qual é o montante a ser devolvido ao final dos 2 anos? 1� Matemática a10 taxas equivalentes no regime de capitalização composta São aquelas que, no regime de juros compostos, aplicadas ao mesmo principal, durante o mesmo prazo, produzem os mesmos montantes. Por exemplo, 10% ao mês, sob juros compostos, é uma taxa equivalente a 21% ao bimestre. Verifiquemos o que acontece, quando aplicadas a um capital de 100 reais. 10% ao mês 21% ao bimestre Capital Montante Capital Montante 1º. Mês R$ 100,00 R$ 110,00 R$ 100,00 ... 2º. Mês R$ 110,00 R$ 121,00 ... R$ 121,00 Como os capitais e os montantes são iguais, podemos obter as taxas equivalentes através de igualdades geradas pelos fatores de correção, elevados aos expoentes convenientes. Ou seja: (1 + ia) 1 = (1 + is) 2 = (1 + it) 4 = (1 + im) 12 = (1 + id) 360 ou (1 + is) = (1 + it) 4 = (1 + im) 6 = (1 + id) 180 ou (1 + it) = (1 + im) 3 = (1 + id) 90 ou (1 + im) = (1 + id) 30 Para entender melhor, observe o exemplo a seguir. Responda aqui �Praticando... 1� Matemática a10 exemplo 11 Qual a taxa semestral, equivalente para juros compostos a 3% ao mês? (1 + is) = (1 + im) 6 ⇒ (1 + is) = (1,03) 6 ⇒ (1 + is) = 1,194052 ⇒ (1 + is) = 1 + 0,194052 ⇒ is = 0,194052 ⇒ is = 19,4052%. Logo este fator corresponde a uma taxa de 19,4052% ao semestre. Agora, que tal resolver mais estas questões? 1. Qual a taxa trimestral, equivalente para juros compostos, a 242,102% ao ano? �. Qual a taxa anual equivalente a 3,6% ao mês, no regime de juros compostos? Agora que você resolveu todas as atividades, resolva também as questões da lista de exercícios a seguir. ex er cí ci os 1� Matemática a10 1. José conseguiu um empréstimo de R$ 20.000,00 para sua empresa, que deverá ser pago ao fi nal de 1 ano, acrescido de juros compostos de 0,5% ao mês. Ao fi nal do prazo estabelecido, ele deverá pagar um montante aproximado, de a) R$ 20.566,66 b) R$ 20.996,56 c) R$ 21.233,56 d)R$ 22.356,662 �. George aplicou certo capital à taxa composta de 1% ao mês. Esse investimento produziu um montante de R$ 4.650,00 ao fi nal de 8 meses. O valor aplicado foi, aproximadamente, de a) R$ 5.035,29 b) R$ 5.305,29 c) R$ 5.503,29 d) R$ 5.903,29 �. A taxa anual equivalente a 1,3% a.m. é, aproximadamente, de a) 15,6% b) 16,8% c) 18,6% d) 21,3% �. A taxa efetiva de um investimento capitalizado mensalmente a uma taxa de 21% ao ano é a) 1,75% ao mês. b) 1,8% ao trimestre. c) 1,9% ao mês. d)1,95% ao trimestre. �. O prazo necessário para a aplicação de R$ 5.000,00 à taxa de 3% ao mês produzir um rendimento de R$ 2.128,80 é de, aproximadamente, a) 8 meses. b) 10 meses. c) 12 meses. c) 14 meses. Período Capital inicial Juros Montante 1º. mês 2º. mês 3º. mês 4º. mês 5º. mês 1� Matemática a10 auto-avaliação Em nossa aula você aprendeu a descrever o que é o regime de capitalização composta e o que são juros compostos. Aprendeu também a resolver situações que envolvam o cálculo dos juros compostos ou, no regime de capitalização composta, determinar a taxa de juros, o prazo da aplicação, o valor do capital aplicado ou o montante produzido. Agora que você já resolveu todas as atividades e todos os exercícios, verifi que sua aprendizagem com a auto- avaliação a seguir, que envolve assuntos das aulas 9 e 10. 1. Descreva com suas palavras o que são juros compostos. �. Qual a taxa mensal que aplicada a um capital de R$ 150,00, durante 60 dias, produziu, a juros simples, um montante de R$ 153,00? �. André investiu R$ 12.000,00, por 5 meses, à taxa de 2% ao mês, sob o regime de juros compostos. Apresente no quadro abaixo o desenvolvimento dessa aplicação. �0 Matemática a10 �. Qual o montante acumulado na aplicação de R$ 3.000,00, no regime de juros compostos, à taxa de 2,5% ao mês, por 9 meses? �. Qual é o valor dos juros produzidos na aplicação no regime de capitalização composta do capital de R$ 10.000,00, à taxa mensal de 1,5%, por 10 meses? �. Qual o montante produzido por R$ 2.500,00, aplicados sob taxa efetiva de 12% ao trimestre, em 15 meses? �. Qual o tempo necessário para que um capital, aplicado a juros simples de 5% ao mês, triplique de valor? �. Em um empréstimo realizado no Banco T. Ira Tudo S.A. foi pago um total de R$ 1.639,09. O prazo da operação foi de 3 meses e a taxa de juros compostos foi de 3% ao mês. Qual foi o valor do empréstimo? �. O preço de uma mercadoria era R$ 2.800,00, ou então, uma entrada de 20% e mais um pagamento de R$ 2.688,00, após 40 dias, com financiamento a juros simples. Qual a taxa anual de juros que está sendo cobrada pela loja? 10. Apliquei um capital a juros simples de 4% ao mês, durante 2 meses e, em seguida, reapliquei o montante por 6 meses, a juros simples de 5% ao mês. Qual o capital inicial, se o montante final foi de R$ 30.888,00? 11. Se uma pessoa deseja obter um rendimento de R$ 2.700,00, dispondo de R$ 9.000,00 de capital, a que taxa de juros simples quinzenal o capital deve ser aplicado? 1�. Um investidor aplicou R$ 600.000,00 a juros compostos mensais, durante 2 anos e recebeu um montante de R$ 3.804.708,60. Qual foi a taxa da operação? 1�. O juro e o montante em uma aplicação a juros simples estão entre si, como 4 está para 20. O tempo de aplicação foi de 5 anos. Qual a taxa anual do investimento? 1�. Qual a taxa anual, equivalente para juros compostos, a 20% ao bimestre? 1�. Qual a taxa bimestral, equivalente para juros compostos, a 131,3060% ao ano? �1 Matemática a10 1�. Dada a taxa de juros de 9,2727% ao trimestre, determinar a taxa de juros compostos equivalente mensal. 1�. Ao final de quanto tempo, aproximadamente, os juros compostos produzidos por certo capital são iguais à metade deste, se usarmos a taxa de 8% a.a, com capitalização anual? 1�. O capital de R$ 37.500,00 é colocado ao regime de capitalização composta sob taxa efetiva de 9% ao trimestre. No fim de certo tempo, o montante atingiu R$ 62.891,25. Calcule o número de meses que foram necessários. Referências ASSAF NETO, Alexandre. matemática financeira e suas aplicações. 7. ed. São Paulo: Atlas, 2002. CRESPO, Antônio Arnot. matemática comercial e financeira fácil. 11. ed. São Paulo: Saraiva, 1996. JUROS. Disponível em <http://www.juliobattisti.com.br/tutoriais/jorgeasantos/ matematicaconcursos024.asp>. Acesso em 16set.08 MERCHEDE, Alberto. matemática financeira para concursos: mais de 1.500 aplicações. São Paulo: Atlas, 2003. SÁ, Ilydio Pereira de. curso básico de matemática comercial e financeira. Disponível em: <http://magiadamatematica.com/wp-ontent/uploads/matematica-financeira-curso- basico-administracao.pdf>. Acesso em: 12 out. 2008. ______. matemática financeira nos vestibulares. Disponível em: <http:// magiadamatematica.com/wp-content/uploads/vestibulares.pdf>. Acesso em: 12 out. 2008. �� Matemática a10 Para consulta Juros compostos Cálculo do montante: M = P · (1 + i)n; P é o capital inicial, i é a taxa de juros constante em todos os períodos e n é o número de períodos da aplicação (ou empréstimo). cálculo do juro: J = M – P ⇒ J = P · (1 + i)n – P ⇒ J = P · [(1 + i)n – 1]. cálculo de montante para período n não tabelado: M = P · (1 + i)a + b = P · (1 + i)a · (1 + i)b, sendo a e b valores de n tabelados. cálculo do capital: P = Mn ÷ (1 + i) n ou P = Mn · (1 + i) – n taxas equivalentes: (1 + ia) 1 = (1 + is) 2 = (1 + it) 4 = (1 + im) 12 = (1 + i d )360 ou (1 + is) = (1 + it) 4 = (1 + im) 6 = (1 + id) 180 ou (1 + it) = (1 + im) 3 = (1 + id) 90 ou (1 + im) = (1 + id) 30 �� Matemática a10 tabelas de fatores de capitalização (1 + i)n tabela 1 – Fatores de capitalização com taxas percentuais de 0,5% a 4,5%. taXaS PeRceNtUaiS n i = 0,5% i = 1% I = 1,5% i = 2% i = 2,5% i = 3% i = 3,5% i = 4% i = 4,5% 1 1,005000 1,010000 1,015000 1,020000 1,025000 1,030000 1,035000 1,040000 1,045000 2 1,010025 1,020100 1,030225 1,040400 1,050625 1,060900 1,071225 1,081600 1,045000 3 1,015075 1,030301 1,045678 1,061208 1,076891 1,092727 1,108718 1,124864 1,045000 4 1,020151 1,040604 1,061364 1,082432 1,103813 1,125509 1,147523 1,169859 1,045000 5 1,025251 1,051010 1,077284 1,104081 1,131408 1,159274 1,187686 1,216653 1,045000 6 1,030378 1,061520 1,093443 1,126162 1,159693 1,194052 1,229255 1,265319 1,045000 7 1,035529 1,072135 1,109845 1,148686 1,188686 1,229874 1,272279 1,315932 1,045000 8 1,040707 1,082857 1,126493 1,171659 1,218403 1,266770 1,316809 1,368569 1,045000 9 1,045911 1,093685 1,143390 1,195093 1,248863 1,304773 1,362897 1,423312 1,045000 10 1,051140 1,104622 1,160541 1,218994 1,280085 1,343916 1,410599 1,480244 1,045000 11 1,056396 1,115668 1,177949 1,243374 1,312087 1,384234 1,459970 1,539454 1,045000 12 1,061678 1,126825 1,195618 1,268242 1,344889 1,425761 1,511069 1,601032 1,045000 13 1,066986 1,138093 1,213552 1,293607 1,378511 1,468534 1,563956 1,665074 1,045000 14 1,072321 1,149474 1,231756 1,319479 1,412974 1,512590 1,618695 1,731676 1,045000 15 1,077683 1,160969 1,250232 1,345868 1,448298 1,557967 1,675349 1,800944 1,045000 16 1,083071 1,172579 1,268986 1,372786 1,484506 1,604706 1,733986 1,872981 1,045000 17 1,088487 1,184304 1,288020 1,400241 1,521618 1,652848 1,794676 1,947900 1,045000 18 1,093929 1,196147 1,307341 1,428246 1,559659 1,702433 1,857489 2,025817 1,045000 19 1,099399 1,208109 1,326951 1,456811 1,598650 1,753506 1,922501 2,106849 1,045000 20 1,104896 1,220190 1,346855 1,485947 1,638616 1,806111 1,989789 2,191123 1,045000 21 1,110420 1,232392 1,367058 1,515666 1,679582 1,860295 2,059431 2,278768 1,045000 22 1,115972 1,244716 1,387564 1,545980 1,721571 1,916103 2,131512 2,369919 1,045000 23 1,121552 1,257163 1,408377 1,576899 1,764611 1,973587 2,206114 2,464716 1,045000 24 1,127160 1,269735 1,429503 1,608437 1,808726 2,032794 2,283328 2,563304 1,045000 25 1,132796 1,282432 1,450945 1,640606 1,853944 2,093778 2,363245 2,665836 1,045000 26 1,138460 1,295256 1,472710 1,673418 1,900293 2,156591 2,445959 2,772470 1,045000 27 1,144152 1,308209 1,494800 1,706886 1,947800 2,221289 2,531567 2,883369 1,045000 28 1,149873 1,321291 1,517222 1,741024 1,996495 2,287928 2,620172 2,998703 1,045000 29 1,155622 1,334504 1,539981 1,775845 2,046407 2,356566 2,711878 3,118651 1,045000 30 1,161400 1,347849 1,563080 1,811362 2,097568 2,427262 2,806794 3,243398 1,045000 �� Matemática a10 tabela � – Fatores de capitalização com taxas percentuais de 5% a 9,5% taXaS PeRceNtUaiS n i = 5% i = 5,5% I = 6% i = 6,5% i = 7% i = 7,5% i = 8% i = 8,5% i = 9% i = 9,5% 1 1,050000 1,055000 1,060000 1,065000 1,070000 1,075000 1,080000 1,085000 1,090000 1,095000 2 1,102500 1,113025 1,123600 1,134225 1,144900 1,155625 1,166400 1,177225 1,188100 1,199025 3 1,157625 1,174241 1,191016 1,207950 1,225043 1,242297 1,259712 1,277289 1,295029 1,312932 4 1,215506 1,238825 1,262477 1,286466 1,310796 1,335469 1,360489 1,385859 1,411582 1,437661 5 1,276282 1,306960 1,338226 1,370087 1,402552 1,435629 1,469328 1,503657 1,538624 1,574239 6 1,340096 1,378843 1,418519 1,459142 1,500730 1,543302 1,586874 1,631468 1,677100 1,723791 7 1,407100 1,454679 1,503630 1,553987 1,605781 1,659049 1,713824 1,770142 1,828039 1,887552 8 1,477455 1,534687 1,593848 1,654996 1,718186 1,783478 1,850930 1,920604 1,992563 2,066869 9 1,551328 1,619094 1,689479 1,762570 1,838459 1,917239 1,999005 2,083856 2,171893 2,263222 10 1,628895 1,708144 1,790848 1,877137 1,967151 2,061032 2,158925 2,260983 2,367364 2,478228 11 1,710339 1,802092 1,898299 1,999151 2,104852 2,215609 2,331639 2,453167 2,580426 2,713659 12 1,795856 1,901207 2,012196 2,129096 2,252192 2,381780 2,518170 2,661686 2,812665 2,971457 13 1,885649 2,005774 2,132928 2,267487 2,409845 2,560413 2,719624 2,887930 3,065805 3,253745 14 1,979932 2,116091 2,260904 2,414874 2,578534 2,752444 2,937194 3,133404 3,341727 3,562851 15 2,078928 2,232476 2,396558 2,571841 2,759032 2,958877 3,172169 3,399743 3,642482 3,901322 16 2,182875 2,355263 2,540352 2,739011 2,952164 3,180793 3,425943 3,688721 3,970306 4,271948 17 2,292018 2,484802 2,692773 2,917046 3,158815 3,419353 3,700018 4,002262 4,327633 4,677783 18 2,406619 2,621466 2,854339 3,106654 3,379932 3,675804 3,996019 4,342455 4,717120 5,122172 19 2,526950 2,765647 3,025600 3,308587 3,616528 3,951489 4,315701 4,711563 5,141661 5,608778 20 2,653298 2,917757 3,207135 3,523645 3,869684 4,247851 4,660957 5,112046 5,604411 6,141612 21 2,785963 3,078234 3,399564 3,752682 4,140562 4,566440 5,033834 5,546570 6,108808 6,725065 22 2,925261 3,247537 3,603537 3,996606 4,430402 4,908923 5,436540 6,018028 6,658600 7,363946 23 3,071524 3,426152 3,819750 4,256386 4,740530 5,277092 5,871464 6,529561 7,257874 8,063521 24 3,225100 3,614590 4,048935 4,533051 5,072367 5,672874 6,341181 7,084574 7,911083 8,829556 25 3,386355 3,813392 4,291871 4,827699 5,427433 6,098340 6,848475 7,686762 8,623081 9,668364 26 3,555673 4,023129 4,549383 5,141500 5,807353 6,555715 7,396353 8,340137 9,399158 10,586858 27 3,733456 4,244401 4,822346 5,475697 6,213868 7,047394 7,988061 9,049049 10,245082 11,592610 28 3,920129 4,477843 5,111687 5,831617 6,648838 7,575948 8,627106 9,818218 11,167140 12,693908 29 4,116136 4,724124 5,418388 6,210672 7,114257 8,144144 9,317275 10,652766 12,172182 13,899829 30 4,321942 4,983951 5,743491 6,614366 7,612255 8,754955 10,062657 11,558252 13,267678 15,220313 �� Matemática a10 tabela � – Fatores de capitalização com taxas percentuais de 10% a 25% taXaS PeRceNtUaiS n i = 10% i = 11% I = 12% i = 12,5% i = 15% i = 17,5% i = 18% i = 20% i = 24% i = 25% 1 1,100000 1,110000 1,120000 1,125000 1,150000 1,175000 1,180000 1,200000 1,240000 1,250000 2 1,210000 1,232100 1,254400 1,265625 1,322500 1,380625 1,392400 1,440000 1,537600 1,562500 3 1,331000 1,367631 1,404928 1,423828 1,520875 1,622234 1,643032 1,728000 1,906624 1,953125 4 1,464100 1,518070 1,573519 1,601807 1,749006 1,906125 1,938778 2,073600 2,364214 2,441406 5 1,610510 1,685058 1,762342 1,802032 2,011357 2,239697 2,287758 2,488320 2,931625 3,051758 6 1,771561 1,870415 1,973823 2,027287 2,313061 2,631644 2,699554 2,985984 3,635215 3,814697 7 1,948717 2,076160 2,210681 2,280697 2,660020 3,092182 3,185474 3,583181 4,507667 4,768372 8 2,143589 2,304538 2,475963 2,565785 3,059023 3,633314 3,758859 4,299817 5,589507 5,960464 9 2,357948 2,558037 2,773079 2,886508 3,517876 4,269144 4,435454 5,159780 6,930988 7,450581 10 2,593742 2,839421 3,105848 3,247321 4,045558 5,016244 5,233836 6,191736 8,594426 9,313226 11 2,853117 3,151757 3,478550 3,653236 4,652391 5,894087 6,175926 7,430084 10,657088 11,641532 12 3,138428 3,498451 3,895976 4,109891 5,350250 6,925552 7,287593 8,916100 13,214789 14,551915 13 3,452271 3,883280 4,363493 4,623627 6,152788 8,137524 8,599359 10,699321 16,386338 18,189894 14 3,797498 4,310441 4,887112 5,201580 7,075706 9,561590 10,147244 12,839185 20,319059 22,737368 15 4,177248 4,784589 5,473566 5,851778 8,137062 11,234869 11,973748 15,407022 25,195633 28,421709 16 4,594973 5,310894 6,130394 6,583250 9,357621 13,200971 14,129023 18,488426 31,242585 35,527137 17 5,054470 5,895093 6,866041 7,406156 10,761264 15,511141 16,672247 22,186111 38,740806 44,408921 18 5,559917 6,543553 7,689966 8,331926 12,375454 18,225590 19,673251 26,623333 48,038599 55,511151 19 6,115909 7,263344 8,612762 9,373417 14,231772 21,415068 23,214436 31,948000 59,567863 69,388939 20 6,727500 8,062312 9,646293 10,545094 16,366537 25,162705 27,393035 38,337600 73,864150 86,736174 21 7,400250 8,949166 10,803848 11,863231 18,821518 29,566179 32,323781 46,005120 91,591546 108,420217 22 8,140275 9,933574 12,100310 13,346134 21,644746 34,740260 38,142061 55,206144 113,573517 135,525272 23 8,954302 11,026267 13,552347 15,014401 24,891458 40,819806 45,007632 66,247373 140,831161 169,406589 24 9,849733 12,239157 15,178629 16,891201 28,625176 47,963272 53,109006 79,496847 174,630639 211,758237 25 10,834706 13,585464 17,000064 19,002602 32,918953 56,356844 62,668627 95,396217 216,541993 264,697796 26 11,918177 15,079865 19,040072 21,377927 37,856796 66,219292 73,948980 114,475460 268,512071 330,872245 27 13,109994 16,738650 21,324881 24,050168 43,535315 77,807668 87,259797 137,370552 332,954968 413,590306 28 14,420994 18,579901 23,883866 27,056438 50,065612 91,424010 102,966560 164,844662 412,864160 516,987883 29 15,863093 20,623691 26,749930 30,438493 57,575454 107,423211 121,500541 197,813595 511,951559 646,234854 30 17,449402 22,892297 29,959922 34,243305 66,211772 126,222273 143,370638 237,376314 634,819933 807,793567 �� Matemática a10 tabela � – Fatores de capitalização com taxas percentuais de 27,5% a 50% taXaS PeRceNtUaiS n i = 27,5% i = 30% I = 32,5% i = 35% i = 37,5% i = 40% i = 42,5% i = 45% i = 47,5% i = 50% 1 1,27500 1,30000 1,32500 1,3500 1,37500 1,40000 1,42500 1,45000 1,4750 1,5000 2 1,62563 1,69000 1,75563 1,8225 1,89063 1,96000 2,03063 2,10250 2,1756 2,2500 3 2,07267 2,19700 2,32620 2,4604 2,59961 2,74400 2,89364 3,04863 3,2090 3,3750 4 2,64266 2,85610 3,08222 3,3215 3,57446 3,84160 4,12344 4,42051 4,7333 5,0625 5 3,36939 3,71293 4,08394 4,4840 4,91489 5,37824 5,87590 6,40973 6,9817 7,5938 6 4,29597 4,82681 5,41122 6,0534 6,75797 7,52954 8,37316 9,29411 10,2980 11,3906 7 5,47736 6,27485 7,16987 8,1722 9,29221 10,54135 11,93175 13,47647 15,1895 17,0859 8 6,98363 8,15731 9,50007 11,0324 12,77678 14,75789 17,00274 19,54088 22,4045 25,6289 9 8,90413 10,60450 12,58760 14,8937 17,56808 20,66105 24,22890 28,33427 33,0467 38,4434 10 11,35277 13,78585 16,67857 20,1066 24,15611 28,92547 34,52619 41,08469 48,7439 57,6650 11 14,47478 17,92160 22,09910 27,1439 33,21465 40,49565 49,19982 59,57280 71,8972 86,4976 12 18,45535 23,29809 29,28131 36,6442 45,67014 56,69391 70,10974 86,38056 106,0484 129,7463 13 23,53057 30,28751 38,79774 49,4697 62,79645 79,37148 99,90638 125,25182 156,4214 194,6195 14 30,00147 39,37376 51,40700 66,7841 86,34512 111,12007 142,36660 181,61513 230,7216 291,9293 15 38,25188 51,18589 68,11428 90,1585 118,72453 155,56810 202,87240 263,34194 340,3144 437,8939 16 48,77115 66,54166 90,25142 121,7139 163,24623 217,79533 289,09317 381,84582 501,9637 656,8408 17 62,18321 86,50416 119,58313 164,3138 224,46357 304,91347 411,95777 553,67643 740,3965 985,2613 18 79,28359 112,45541 158,44765 221,8236 308,63741 426,87885 587,03982 802,83083 1092,0848 1477,8919 19 101,08658 146,19203 209,94314 299,4619 424,37644 597,63040 836,53174 1164,10470 1610,8251 2216,8378 20 128,88539 190,04964 278,17466 404,2736 583,51760 836,68255 1192,05773 1687,95181 2375,9670 3325,2567 21 164,32887 247,06453 368,58142 545,7693 802,33671 1171,35558 1698,68226 2447,53013 3504,5513 4987,8851 22 209,51931 321,18389 488,37039 736,7886 1103,21297 1639,89781 2420,62222 3548,91869 5169,2132 7481,8276 23 267,13713 417,53905 647,09076 994,6646 1516,91784 2295,85693 3449,38666 5145,93210 7624,5895 11222,7415 24 340,59984 542,80077 857,39526 1342,7973 2085,76202 3214,19970 4915,37600 7461,60154 11246,2695 16834,1122 25 434,26479 705,64100 1136,04872 1812,7763 2867,92278 4499,87958 7004,41079 10819,32224 16588,2476 25251,1683 26 553,68761 917,33330 1505,26455 2447,2480 3943,39383 6299,83141 9981,28538 15688,01725 24467,6651 37876,7524 27 705,95170 1192,53329 1994,47553 3303,7848 5422,16651 8819,76398 14223,33167 22747,62501 36089,8061 56815,1287 28 900,08842 1550,29328 2642,68008 4460,1095 7455,47896 12347,66957 20268,24763 32984,05626 53232,4640 85222,6930 29 1147,61273 2015,38126 3501,55111 6021,1478 10251,28356 17286,73740 28882,25287 47826,88158 78517,8844 127834,0395 30 1463,20624 2619,99564 4639,55522 8128,5495 14095,51490 24201,43236 41157,21034 69348,97829 115813,8794 191751,0592 anotações �� Matemática a10 anotações �� Matemática a10 11 Elizabete Alves de Freitas C U R S O T É C N I C O E M S E G U R A N Ç A D O T R A B A L H O Função: definição, domínio e imagem matemática coordenadora da Produção dos materias Marta Maria Castanho Almeida Pernambuco coordenador de edição Ary Sergio Braga Olinisky coordenadora de Revisão Giovana Paiva de Oliveira Design Gráfico Ivana Lima Diagramação Ivana Lima José Antônio Bezerra Júnior Mariana Araújo de Brito Vitor Gomes Pimentel arte e ilustração Adauto Harley Carolina Costa Heinkel Huguenin Revisão tipográfica Adriana Rodrigues Gomes Design instrucional Janio Gustavo Barbosa Luciane Almeida Mascarenhas de Andrade Jeremias Alves A. Silva Margareth Pereira Dias Revisão de Linguagem Maria Aparecida da S. Fernandes Trindade Revisão das Normas da aBNt Verônica Pinheiro da Silva adaptação para o módulo matemático Joacy Guilherme de Almeida Ferreira Filho Revisão técnica Rosilene Alves de Paiva equipe sedis | universidade federal do rio grande do norte – ufrn Projeto Gráfico Secretaria de Educação a Distância – SEDIS Governo Federal ministério da educação Você ve rá por aqu i... Objetivo 1 Matemática a11 ...o início de um estudo sobre alguns elementos da Álgebra, como o Sistema de Coordenadas Cartesianas formalizado por Descartes, em 1637, na obra La Geómetrie. Verá também o conceito de uma relação entre conjuntos e o conceito de função, como também os conceitos de domínio, de contradomínio e de imagem de uma função, como elaborar o estudo do sinal de uma função e como determinar o domínio de uma função real. Na próxima aula, concluiremos o estudo sobre funções iniciado aqui, dando maior enfoque à construção de gráficos de funções de vários tipos. Neste material, apresentamos o conteúdo através de diversos exemplos e disponibilizamos, após cada conteúdo apresentado, algumas atividades (com questões subjetivas) e, ao final de todo o conteúdo, uma lista de exercícios (com questões objetivas). E, na seção Auto-avaliação, ao final desta aula, você encontrará mais uma oportunidade para verificar sua aprendizagem e, se necessário, redirecioná-la. Na seção Para consulta, disponibilizamos um material de apoio para uma consulta rápida que lhe auxiliará na resolução de atividades relacionadas com o conteúdo aqui estudado. Saber construir um sistema de coordenadas cartesianas, localizando nesse sistema alguns pontos dados, bem como descrever as coordenadas de pontos situados em planos cartesianos. Saber conceituar relações entre conjuntos, bem como os conjuntos domínio, contradomínio e imagem de uma relação entre dois conjuntos. Saber conceituar função, assim como domínio, contradomínio e imagem de uma função. Saber realizar o estudo do sinal de uma função. Determinar o domínio de uma função real. � Matemática a11 Para começo de conversa Na compra de um tecido, o preço a se pagar depende da metragem comprada, ou seja, o preço da compra está em função do comprimento do tecido comprado. Em um termômetro de mercúrio, a temperatura indicada depende da altura atingida pela coluna desse elemento químico, quando esse se dilata, ou seja, a temperatura é dada em função da altura do mercúrio contido em sua coluna central. São muitas as situações do cotidiano nas quais utilizamos o conhecimento intuitivo de função, porém no estudo de funções, precisamos compreender alguns conceitos mais formais. Conceitos esses que veremos nesta aula e na próxima. Vamos começar nossos estudos? 1º quadrante2º quadrante 3º quadrante 4º quadrante II Q III Q IV Q I Q Ei xo d as o rd en ad as y Eixo das abscissas x � Matemática a11 conhecendo a Linguagem das funções Sistema de coordenadas cartesianas Quando você envia um e-mail pela internet ou um torpedo pelo celular, precisa incluir informações sobre o destinatário (a pessoa ou grupo de pessoas) que vai receber a mensagem. Essas informações são as coordenadas para a localização do destinatário. Em outras situações do dia a dia também utilizamos sistemas de coordenadas, como o nome de um bairro, o nome de uma rua e um número nessa rua que indica a localização de um domicílio, por exemplo. Um ponto sobre a superfície terrestre pode ser localizado também por dois números chamados de latitude e de longitude. Do mesmo modo, para localizar um ponto sobre um plano, podemos tomar como base o sistema cartesiano ortogonal de coordenadas. Plano cartesiano Para localizar um ponto no plano, podemos inserir nesse plano um sistema cartesiano ortogonal de coordenadas chamado comumente de plano cartesiano. O plano cartesiano, como você pode ver no gráfico 1, é formado pela união de dois eixos perpendiculares entre si que se cruzam no ponto O – origem de ambos os eixos. O eixo horizontal é chamado de eixo das abscissas, eixo dos x ou eixo −−→OX . O eixo vertical é chamado de eixo das ordenadas, eixo dos y ou eixo −−→OY . Regime de capitalização O conceito do que chamamos hoje de coordenadas cartesianas já era utilizado por alguns matemáticos, quando René Descartes (1596-1650), ou cartesius (em latim), o formalizou em sua obra La Géométrie (1637). Gráfico 1 – Plano Cartesiano 0 II Q y x III Q IV Q I Q P(4;3) T(4;-3)S(-4;-3) R(-4;3) 4-4 3 -3 x > 0 e y < 0 x > 0 e y > 0 x < 0 e y > 0 x < 0 e y < 0 � Matemática a11 Os eixos dividem um plano formando quatro ângulos retos. Cada uma dessas partes do plano é chamada de quadrante. Os quadrantes são enumerados no sentido anti-horário. Temos assim, iniciando do canto superior à direita, primeiro quadrante (I Q), segundo quadrante (II Q), terceiro quadrante (III Q) e quarto quadrante (IV Q). No plano cartesiano, como pode ser visto no gráfico 2, cada ponto P do plano cartesiano é formado por um par ordenado (a; b) de números reais, indicados entre parênteses, que representam a abscissa e a ordenada do ponto, respectivamente. Cada ponto, indicado por um par ordenado de números chamados de coordenadas do ponto. Para marcar um ponto P em um plano cartesiano, basta traçar uma perpendicular ao eixo dos y que passa pela abscissa a e uma perpendicular ao eixo dos y que passa pela ordenada b, como pode ser visto no Gráfico 2. As coordenadas do ponto O (origem do plano cartesiano) é (0; 0), ou seja, os dois eixos se encontram no ponto dos eixos onde x = 0 e y = 0. As coordenadas do ponto P, no Gráfico 3, é (4; 3). A abscissa é 4 e a ordenada é 3. Indicamos o ponto por P (4; 3). O primeiro número indica a medida do deslocamento horizontal, a partir da origem, para a direita (se positivo) ou para a esquerda (se negativo). O segundo número indica a medida do deslocamento vertical, a partir da origem, para cima (se positivo) ou para baixo (se negativo). Observe os sinais de x e de y em cada quadrante, no gráfico 3: 0 II Q y x III Q IV Q I Q b P(a;b) a Gráfico � – Localização do ponto P (a; b) Gráfico � – Sinais das coordenadas em cada quadrante exemplo 1 Gráfico � – Pontos A e B no plano cartesiano 0 y x A(0;3) B(1;0) 1 3 � Matemática a11 Observe com atenção: os pontos que se encontram sobre os eixos cartesianos não pertencem a nenhum quadrante; todo ponto sobre o eixo dos y tem abscissa nula; todo ponto sobre o eixo dos x tem ordenada nula; dois pontos são iguais se as abscissas forem iguais e se as ordenadas forem iguais. Ou seja, (a; b) = (m; n), se, e somente se, a = m e b = n. Veja o exemplo a seguir. O ponto A(0; 3) localiza-se sobre o eixo −−→OY , pois tem abscissa nula. O ponto B(1; 0) localiza-se sobre o eixo −−→OX , pois tem ordenada nula. Os pontos A e B não se localizam sobre nenhum quadrante. Responda aqui 1Praticando... v x0 � Matemática a11 1. Represente, no plano cartesiano, os seguintes pontos: A (0; 0) B (– 5; 0) C (0; – 5) D (3; – 2) E (4; 2) F (2; 4) G (–2; 3) H (–1; -4) I (3; 0) J (0; 3) �. Determine o valor real de m para que o ponto C(8; m – 5) se localize sobre o eixo das abscissas. �. Calcule o valor real de r para que o ponto D( r − 2 5 ; 5) se localize sobre o eixo das ordenadas. �. Calcule os valores reais de t para que o ponto H − 7 5 ; t− 2 2 pertença ao 2º quadrante. �. Calcule entre os números reais os valores de a e de b de modo que pontos M(a – 3; – 2) e N(2; b + 5) sejam iguais. exemplo � Figura 1 – Diagrama do produto cartesiano AXB Figura � – Diagrama do produto cartesiano BXA B A .1 .2 5. 7. .3 BXA = {(5; 1), (5; 2), (5; 3), (7; 1), (7; 2), (7; 3)} Figura � – Diagrama do produto cartesiano AXA A A .1 .2 .3 1. 2. 3. AXA = {(1; 1), (1; 2), (1; 3), (2; 1), (2; 2), (2; 3), (3; 1), (3; 2), (3; 3)} 7 Matemática a11 Produto cartesiano Sendo A e B dois conjuntos não vazios, chamamos de produto cartesiano de A por B o conjunto de todos os pares ordenados de modo que x pertence ao conjunto A e y pertence ao conjunto B. AXB = {(x; y) x ∈ A e y ∈ B} Considere os conjuntos A = {1, 2, 3} e B = {5, 7}. Assim, podemos obter os produtos cartesianos AXB, BXA, AXA e BXB como você pode ver a seguir. A B 1. 2. .5 .73. AXB = {(1; 5), (1; 7), (2; 5), (2; 7), (3; 5), (3; 7)} exemplo � Figura � – Diagrama do produto cartesiano BXB B B 5. 7. .5 .7 BXB = {(5; 5), (5; 7), (7; 5), (7; 7)} 0 y F G H C D E x C (1;5) D (2;5) E (3;5) F (1;7) G (2;7) H (3;7) 1 2 3 5 7 Gráfi co � – Produto cartesiano AXB 8 Matemática a11 Há duas maneiras de representar o produto cartesiano. Uma delas é a representação por um diagrama, como fi zemos no exemplo 2 ou por uma representação em um plano cartesiano. Veja como fazer uma representação de AXB no plano cartesiano, no exemplo a seguir. Considere os conjuntos A = {1, 2, 3} e B = {5, 7}. Temos AXB = {(1; 5), (2; 5), (3; 5), (1; 7), (2; 7), (3; 7)}, como você pode observar no gráfi co 5. � Matemática a11 �Praticando... 1. Complete o quadro com as coordenadas de cada um dos pontos destacados no plano cartesiano do gráfico 6. Ponto Abscissa Ordenada A B C D E F G H I J K L M N P R T �. Construa um plano cartesiano para representar o produto cartesiano CXD, onde C = {1, 3, 5, 7} e D = {0, 2, 4}. Responda aqui F T A H T C N G B R P MK L I D E 0 y x1 5 8-3-6 5 J 7 -4 -7 Gráfico � – Pontos em um plano cartesiano exemplo � 10 Matemática a11 Relação entre conjuntos Chama-se relação de A em B qualquer subconjunto do produto cartesiano AXB. Em uma relação R de A em B todo par ordenado tem a forma (a; b), tal que a ∈ A e b ∈ B. Uma relação de A em B também é chamada de relação binária de A em B. Considerando os conjuntos A = {1, 2, 3} e B = {5, 7}, o conjunto {(1; 7), (2; 7), (3; 7)} é uma relação, pois é um subconjunto do produto cartesiano AXB. Observe que 1∈A, 2∈A, 3∈A e 7∈B. (3;7)(2;7)(1;7) 0 y x1 2 3 5 7 Gráfi co 7 – A relação R1 no plano cartesiano A D(R 1 ) Im(R 1 ) B 1. 2. .5 .73. Figura � – Diagrama de R1 exemplo � 11 Matemática a11 Na relação R 1 , o conjunto A é chamado de conjunto de partida e o conjunto B, conjunto de chegada ou contradomínio da relação. Os primeiros elemento de cada par ordenado de R 1 formam o domínio da relação, cuja notação é D(R 1 ). Ou seja, D(R 1 ) = {1; 2; 3} = A. Na relação R 1 , o conjunto de partida coincide com o domínio da relação. Os segundos elementos de cada par ordenado de R 1 compõem o conjunto-imagem da relação, cuja notação é Im (R 1 ). Ou seja, Im(R 1 ) = {7}. Que tal mais um exemplo? Considere os conjuntos C = {-2; 0; 1; 2} e D = {0; 2; 3; 4}. Construa o diagrama da relação R 2 = {(x; y) | x ∈ C e y ∈D, onde y = x2}. 1º. Passo: devemos desenhar uma linha circular para cada conjunto e inserir seus elementos correspondentes no interior dessas linhas. C D -2. 0. 1. .0 .2 .3 .42. �º. Passo: indicar com setas as correspondências entre os elementos do domínio da relação e os do conjunto-imagem. Observe que, na relação R 2 , o domínio não coincide com o conjunto de partida. O conjunto de partida é C e o domínio de R 2 é D(R 2 ) = {– 2, 0, 2}. O conjunto de chegada (ou contradomínio) é D e o conjunto-imagem é Im(R 2 ) = {0, 4}. Figura � – Diagrama de R2 �Praticando... Responda aqui 1� Matemática a11 1. Determine o domínio, o contradomínio e o conjunto-imagem em cada uma das relações R:A→B a seguir, quando: a) A = {1, 2, 3}, B = {-1, 0, 1, 2} e R = {(a; b) ∈ AXB| b = a – 2} b) A = {-1, 0, 1, 2}, B = {0, 1, 2, 3} e R = {(a; b) ∈ AXB| b = 2 – a} c) A = {-1, 0, 1, 2}, B = {0, 1, 2, 3} e R = {(a; b) ∈ AXB| b = 2 – a2} d) A = {-1, 0, 1, 2}, B = {0, 1, 2, 4} e R = {(a; b) ∈ AXB| b = a2} e) A = {-1, 0, 1, 2}, B = {0, 1, 2, 3} e R = {(a; b) ∈ AXB| b = a2 – 1} exemplo � 1� Matemática a11 Funções no Plano cartesiano Considere os conjuntos A = {1, 2, 3, 4} e B = {8, 9, 10, 11, 12, 13} e a relação de A em B descrita por R 3 = {(1; 8), (2; 9), (3; 9), (4; 10)}. Observe a representação dessa relação no diagrama (Figura 7). A B 1. 2. 3. .8.9 .10 .11 .12 .134. Figura 7 – Diagrama de R3 Note que todo elemento do conjunto A está relacionado a um único elemento do conjunto B. Com essa característica especial, essa relação é chamada de função. Toda relação de A em B, em que cada elemento do conjunto A é também elemento do domínio da relação e cada um desses elementos se corresponde com um único elemento no conjunto-imagem, é chamada de função de A em B. Ou seja: uma relação em AXB, que associa cada elemento x, do conjunto A, a um único y em B é denominada uma função f de A em B. Uma das notações mais comuns para representar uma função de A em B, é: f: A→B. Veja que nem todas as relações são funções, como você pode observar nos dois exemplos a seguir. Considere os conjuntos A = {1, 2, 3, 4} e B = {5, 6, 7}. A relação R 4 = {(1, 5), (2, 6), (3, 6), (4, 7), (1, 7)} não é uma função em AXB, pois o valor 1 do domínio da relação está associado a dois valores distintos do contradomínio, que são 5 e 7. A B 1. 2. 3. .5.6 .7 4. Figura 8 – Diagrama de R4 exemplo 7 1� Matemática a11 Seja A = {1, 2, 3, 4} e B = {5, 6, 7}. A relação R 5 = {(1, 5), (2, 6), (4, 7)} não é uma função em AXB, pois nem todos os elementos domínio da relação (o conjunto A) estão associados a elementos do contradomínio (o conjunto B). Veja que o valor 3 (do domínio) não tem correspondente no contradomínio. A B 1. 2. 3. .5.6 .7 4. Figura � – Diagrama de R5 São três conjuntos especiais associados à função: o domínio, o contradomínio e o conjunto-imagem. O domínio é o conjunto que contém todos os elementos x para os quais a função deve ser defi nida. O contradomínio é o conjunto que contém os elementos que podem ser relacionados a elementos do domínio. O conjunto-imagem é o conjunto de valores que efetivamente se corresponde com o domínio da função. O conjunto-imagem é um subconjunto do contradomínio. Uma função f: A→B continua sendo uma relação, por isso os conceitos de domínio (D), contradomínio (CD) e conjunto-imagem (Im) continuam válidos. Ou seja: se R é uma função f: A→B, temos que: o domínio da relação R e da função f é o mesmo conjunto A, ou seja, D(R) = D(f) = A; O contradomínio da relação R e da função f é o conjunto B, ou seja, CD(R) = CD(f) = B. Agora observe os exemplos a seguir. exemplo 10 1� Matemática a11 exemplo 8 Seja a função f: ℜ→ℜ definida pela lei de formação f(x) = x + 2. Qual é a imagem de x = – 2? O que precisamos determinar é o valor de f(– 2), ou seja, o valor da função quando x = – 2. Logo, basta substituir o valor de x por – 2 e calcular o valor numérico da expressão resultante. Assim: f (–2) = – 2 + 2 ⇒ f(– 2) = 0. Ou seja, a imagem de –2 é 0. exemplo � Seja a função f: ℜ→ℜ definida pela lei de formação f(x) = x + 2. Qual é o elemento do domínio cuja imagem é igual a – 2? O que se quer descobrir nessa questão é qual o valor de x que tem f(x) igual a – 2, ou seja: f(x) = – 2 ⇒ x + 2 = – 2 ⇒ x = – 2 – 2 ⇒ x = – 4 O valor do domínio que tem imagem –2 é x = – 4. O aluguel de imóveis teve reajuste anual de 12%. Qual é a lei de formação da função que calcula o novo valor após o reajuste do aluguel de imóveis? Quanto se pagará mensalmente pelo aluguel de um apartamento cujo contrato previa o pagamento mensal de R$ 300,00, no contrato anterior? 1� Matemática a11 Podemos calcular o valor após o reajuste multiplicando a taxa de reajuste (12% = 0,12) pelo valor x do aluguel e somando esse produto ao valor original x. Assim, a lei de formação da função do reajuste do aluguel é f(x) = 0,12x + x ⇒ f(x) = 1,12x. Calcular o novo valor do aluguel é o mesmo que calcular o valor de f(300), ou seja, é a imagem de 300. Assim: f(300) = 1,12 X 300 = 336. O valor a ser pago no novo contrato é R$ 336,00. �Praticando... 1. Determine a imagem de x = 3 na função real f(x) = x− 2 3 . �. Qual é o elemento do domínio da função f: ℜ→ℜ, f(x) = x + 3 que tem imagem igual a – 2? �. Na função f: ℜ→ℜ, definida pela lei de formação f(x) = x – 5, determine o valor de f 3 2 . �. Considere os conjuntos A = {–3, –1, 0, 1, 3} e B = {–9, –3, 0, 1, 3, 27}. Determine o domínio, o contradomínio e o conjunto imagem da função f ={(x; y) com x ∈ A e y ∈ B y = 3x2}. �. Certo modelo de automóvel tem depreciação anual de preço de 10% sobre o preço de compra x. Determine a lei de formação para a função f que calcula o valor do automóvel após depreciação do preço ao final de t anos. Responda aqui f(x) Leonhard euler (1707- 1783), médico, teólogo, astrônomo e matemático suíço, desenvolveu, entre outros trabalhos, a idéia de função. Foi o responsável também pela adoção do símbolo f(x) para representar uma função f de x. 17 Matemática a11 Domínio de uma função real e outras características Em geral, se costuma representar uma função por sua lei de formação – uma lei que associa elementos do domínio da função a elementos do contradomínio da função. Costuma-se denotar por f(x) o elemento que a função f associa ao elemento x. exemplo 1� exemplo 11 18 Matemática a11 A função f: ℜ→ℜ, tal que f(x) = x + 1 é a função que relaciona todo o valor de x do domínio ao valor x + 1 no contradomínio. ℜ ℜ 1. 2. 3. .2 ... ...... ... .3 .5 .4 4. Figura 10 – Diagrama de f(x) = x + 1 A função f: ℜ→ℜ, tal que f(x) = x2 é a função que relaciona todo o valor de x do conjunto domínio ao valor de seu quadrado (x2) no contradomínio. ℜ ℜ 1. 2. 3. .1 ... ...... ... .4 .16 .9 4. Figura 11 – Diagrama de f(x) = x2 exemplo 1� exemplo 1� 1� Matemática a11 Quando queremos garantir que uma relação seja função, devemos definir para essa relação um domínio no qual sua lei de formação tenha sentido, ou seja, um domínio no qual, através dessa lei de formação, cada um dos seus elementos tenha um único correspondente no contradomínio. Em geral, quando não há indicação em contrário, o domínio de uma função f é um subconjunto de ℜ, a não ser nos casos que isso está explicitamente indicado de outra forma. Toda função que tem como domínio um subconjunto de ℜ é chamada de função real. É possível determinar o domínio de uma função real conhecendo apenas a lei de formação dessa função. Quando a variável aparece no denominador ou no radicando de um radical de índice par, na lei de formação da função, temos que lembrar quais são as condições para que essa lei de formação resulte em um número real. Veja mais alguns exemplos: Determine o domínio da função real f(x) = √ x− 9 . Para que o radical √ x− 9 resulte em um número real, o radicando deve ser um número não negativo, ou seja, x – 9 ≥ 0 ⇒ x ≥ 9 A função real f(x) = √ x− 9 tem como domínio o conjunto: D(f)={x ∈ℜ x ≥ 9} Determine o domínio da função real f(x) = x+ 1 5− x . Como na expressão x+ 1 5− x , o denominador tem que ser diferente de zero, temos: 5 – x ≠ 0 ⇒ x ≠ – 5 ⇒ x ≠ 5 Logo, o domínio da função real f(x) = x+ 1 5− x é D (f) = {x ∈ ℜ|x ≠ 5}. exemplo 1� �0 Matemática a11 Determine o domínio da função real f(x) = x− 2 √ x− 4 . Como o radical √ x− 4 encontra-se no denominador, o radicando x – 4 não pode ser negativo nem nulo. Ou seja, x – 4 > 0 ⇒ x > 4. Assim, D(f) = {x ∈ℜ| x > 4} é o domínio da função real f(x) = x− 2 √ x− 4 . Cada função, nos exemplos a seguir, tem características distintas. As funções apresentam a mesma lei de formação, mas o domínio não é o mesmo. Observe qual é o conjunto imagem em cada exemplo: exemplo 17 A função f: [0,2] → ℜ, definida pela lei de formação f(x) = x2, apresenta D(f) = [0,2], CD(f) = ℜ e Im(f) = [0,4]. exemplo 1� A função f: ℜ→ ℜ, definida pela lei de formação f(x) = x2, apresenta D(f) = ℜ, CD(f) = ℜ e Im(f) = ℜ+. �Praticando... Responda aqui �1 Matemática a11 1. Dada a função f: ℜ→ ℜ, tal que f(x) = 3 – x, calcule: a) f(–2) b) f(–1) c) f(0) d)f 1 2 �. Observe o gráfico da função f: A→B, em que A = {–2, –1, 0, 1, 2} e B = {–3, –2, –1, 0, 1}. Determine: a) f(–2) b) f(–1) c) f(0) d) f(1) e) f(2) f) 2f(−2) f(2) + f(−1) �. Considere: f: A→B, em que A = {–2, –1, 0, 1, 2} e B = {–3, –2, –1, 0, 1}. Qual o valor do domínio de f possui como imagem o número 4: �. Determine os valores do domínio da função f: ℜ*→ ℜ, definida pela lei de formaçãof(x) = x2 + 1 x que possui imagem igual a –2. �. Determine o domínio de cada função real a seguir: a) f(x) = 3x− 5 2− 4x b) f(x) = √ 3x+ 15 c) f(x) = 3x+ 5 √ 4− 2x �� Matemática a11 estudo de sinal de uma função Sendo uma função de domínio D, dizemos que: f é positiva para um elemento x, com x ∈ D, se, e somente se, f(x) > 0; f é negativa para um elemento x, com x ∈ D, se, e somente se, f(x) < 0; f é nula para um elemento x, com x ∈ D, se, e somente se, f(x) = 0. Observe que o sinal de f(x) para um elemento x não é o sinal desse elemento x. O sinal de f(x) para um dado elemento x é o sinal da imagem desse elemento. exemplo 18 Dada a função f: ℜ→ℜ, definida pela lei de formação f(x) = 5 – x, observe que o sinal da função para x = 0, x = 3 negativo, para x = 5 nulo e para x = 6 positivo. Realizar o estudo do sinal de uma função é analisar para quais valores do domínio a função é positiva, negativa ou nula. Veja o exemplo a seguir. exemplo 1� �Praticando... �� Matemática a11 Considere a função f: ℜ→ℜ, tal que f(x) = x – 4. Determine o estudo do sinal da função. Para determinar para quais valores do domínio a função assume cada um dos sinais, basta substituir a lei de formação nas seguintes expressões: f(x) > 0, f(x) = 0 e f(x) < 0. Assim: f(x) > 0 ⇒x – 4 > 0 ⇒ x > 4 f(x) = 0 ⇒x – 4 = 0 ⇒ x = 4 f(x) < 0 ⇒x – 4 < 0 ⇒ x < 4 Ou seja, o estudo do sinal da função é: f(x) > 0, quando x > 4 f(x) = 0, quando x = 4 f(x) < 0, quando x < 4 1. Determine o sinal da função f: ℜ→ℜ, f(x) = x – 5, para a) x = –1 b) x = 0 c) x = 2 d) x = 5 e) x = 6 �. Elabore o estudo de sinal da função f: ℜ→ℜ, definida pela lei de formação f(x) = x− 3 2 . Responda aqui Agora que você resolveu todas as atividades, que tal resolver a lista de exercícios a seguir? �� Matemática a11 ex er cí ci os RE VIS ÃO �� Matemática a11 1. Os valores reais de t para os quais o ponto P (3m – 5; 2m + 1) se localiza no terceiro quadrante são a) todos os números reais menores que 5 3 . b) todos os números reais maiores que 5 3 . c) todos os números reais menores que − 1 2 . d) todos os números reais maiores que − 1 2 . �. O valor real de m para que o ponto A m− 7 2 ; 1 2 pertença ao eixo das ordenadas é a) − 1 2 . b) 7. c) 2. d) -7. �. Os valores reais de t para os quais o ponto B (3t + 15; 4t 2 – 36) pertença ao eixo das abscissas são a) – 1 e 1. b) – 2 e 2. c) – 3 e 3. d) – 5 e 5. �. O domínio da função real f(x) = 8x− 12 √ 5x− 1 é formado por todos os números reais a) maiores que 0,2. b) menores que 0,2. c) maiores que – 0,2. d) menores que – 0,2. �. Um termômetro de parede apresenta as indicações de temperatura conforme o quadro a seguir. A lei de formação da função que relaciona a temperatura (em graus Celsius) e a altura da coluna de mercúrio do termômetro é a) f(x) = 8x – 5 b) f(x) = 8 – 4x c) f(x) = 8x− 12 √ 5x− 1 d) f(x) = 5x – 12 Temperatura em graus Celsius Altura da coluna em milímetros 0 4 5 12 25 44 30 52 R es po st a �� Matemática a11 auto-avaliação �7 Matemática a11 Nesta aula, você aprendeu: a utilizar o Sistema de Coordenadas Cartesianas, na localização de pontos; a representar relações entre conjuntos através de um plano cartesiano ou em diagramas de setas; a conceituar e identificar o domínio, o contradomínio e o conjunto-imagem de uma relação entre conjuntos; a conceituar e identificar funções, o domínio, o contradomínio e o conjunto-imagem de uma função e analisar o sinal de uma função. 1. Represente, no plano cartesiano, os seguintes pontos: A (0; 4) B (– 6; 0) C (0; 0) D (3; – 2) E (5;– 3) F (– 1; 6) G (– 2; 3) H (7; – 4) I (5; 0) J (0; – 6) �. Calcule o valor real de m para que o ponto C 7 5 ; 3 + 2m 2 se localize sobre o eixo das abscissas. �. Determine o valor real de r para o ponto D (5;3r − 2 5 ) se localizar sobre o eixo das ordenadas. �. Determine os valores reais de a e de b de modo que: (– 5; 2a + 8) = (b + 5; 2). �. Determine a imagem de x = – 3 na função real f(x) = 2− x 6 . �. Dada a função f: ℜ→ℜ tal que f(x) = 5 – x, calcule: a) f(– 3) b) f(0) c) f 1 2 d) 3f(−5) f(2) + f(−1) 7. Determine o sinal da função f: ℜ→ℜ, f(x) = 2− x 6 , para a) x = –1 b) x = 0 c) x = 2 d) x = 5 e) x = 6 Para consulta 1º quadrante2º quadrante 3º quadrante 4º quadrante II Q III Q IV Q I Q Ei xo d as o rd en ad as y Eixo das abscissas x Gráfico 1 – Plano Cartesiano 0 II Q y x III Q IV Q I Q P(4;3) T(4;-3)S(-4;-3) R(-4;3) 4-4 3 -3 x > 0 e y < 0 x > 0 e y > 0 x < 0 e y > 0 x < 0 e y < 0 Gráfico � – Sinais das coordenadas em cada quadrante �8 Matemática a11 Sistema de coordenadas cartesianas Sinais das coordenadas em cada quadrante Produto cartesiano Sendo A e B dois conjuntos não vazios, chamamos de produto cartesiano de A por B o conjunto de todos os pares ordenados de modo que x pertence ao conjunto A e y pertence ao conjunto B. Ou seja, AXB = {(x; y) |x ∈ A e y ∈ B}. Relação entre conjuntos Chama-se relação de A em B qualquer subconjunto do produto cartesiano AXB. Na relação R:A→B, o conjunto A é chamado de conjunto de partida e o conjunto B é o conjunto de chegada ou contradomínio da relação. Os primeiros elementos de cada par ordenado de R formam o domínio da �� Matemática a11 relação, cuja notação é D(R). Os segundos elementos de cada par ordenado de R compõem o conjunto-imagem da relação, cuja notação é Im(R). Funções no Plano cartesiano Toda relação de A em B, onde cada elemento do conjunto A é também elemento do domínio da relação e cada um desses elementos se corresponde com um único elemento no conjunto-imagem, é chamada de função de A em B. Ou seja: Uma relação em AXB, que associa cada elemento x, do conjunto A, a um único y em B é denominada uma função f de A em B. Notação: f: A→B. São três os conjuntos especiais associados à função: o domínio, o contradomínio e o conjunto-imagem. O domínio é o conjunto que contém todos os elementos x para os quais a função deve ser definida. O contradomínio é o conjunto que contém os elementos que podem ser relacionados a elementos do domínio. O conjunto-imagem como o conjunto de valores que efetivamente se correspondem com o domínio da função. O conjunto-imagem é um subconjunto do contradomínio. estudo de sinal de uma função Sendo uma função de domínio D, dizemos que: f é positiva para um elemento x, com x ∈ D, se, e somente se, f(x) > 0; f é negativa para um elemento x, com x ∈ D, se, e somente se, f(x) < 0; f é nula para um elemento x, com x ∈ D, se, e somente se, f(x) = 0. Observe que o sinal de f(x) para um elemento x não é o sinal desse elemento x. O sinal de f(x) para um dado elemento x é o sinal da imagem desse elemento. �0 Matemática a11 Referências BARRETO FILHO, Benigno; SILVA, Cláudio Xavier da. matemática: aula por aula: ensino médio. São Paulo: FTD, 2000. p. 43-70. DANTE, Luiz Roberto. Funções. In: DANTE, Luiz Roberto. matemática: contexto e aplicações. Ensino Médio. São Paulo: Ática, 2003. p. 30-48. PAIVA, Manoel. A linguagem das funções. In: PAIVA, Manoel. matemática. São Paulo: Moderna, 2003. p. 56-67. PEREIRA, Rossana M. M.; SODRÉ, Ulysses Sodré. ensino médio: relações e funções. Disponível em: <http://pessoal.sercomtel.com.br/matematica/medio/fu ncoes/ funcoes.htm>. Acesso em: 12 out. 2008. WIKIPÉDIA. Função. Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Fun%C3% A7%C3%A3o>. Acesso em: 1 out. 2008. anotações �1 Matemática a11 anotações �� Matemática a11 anotações 12 Elizabete Alves de Freitas C U R S O T É C N I C O E M S E G U R A N Ç A D O T R A B A L H O Função: construção de gráfi cos e tipos de funções. MATEMÁTICA Coordenadora da Produção dos Materias Marta Maria Castanho Almeida Pernambuco Coordenador de Edição Ary Sergio Braga Olinisky Coordenadora de Revisão Giovana Paiva de Oliveira Design Gráfi co Ivana Lima Diagramação Ivana Lima José Antônio Bezerra Júnior Mariana Araújo de Brito Vitor Gomes Pimentel Arte e ilustração Adauto Harley Carolina Costa Heinkel Huguenin Revisão Tipográfi ca Adriana Rodrigues Gomes Design Instrucional Janio Gustavo Barbosa Luciane Almeida Mascarenhas de Andrade Jeremias Alves A. Silva Margareth Pereira Dias Revisão de Linguagem Maria Aparecida da S. Fernandes Trindade Revisão das Normas da ABNT Verônica Pinheiro da Silva Adaptação para o Módulo Matemático Joacy Guilherme de Almeida Ferreira Filho Revisão Técnica Rosilene Alves de Paiva EQUIPE SEDIS | UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE – UFRN Projeto Gráfi co Secretaria de Educação a Distância – SEDIS Governo Federal Ministério da Educação Você ve rá por aqu i... Objetivo 1 Matemática A12 ... um estudo sobre funções – com maior enfoque para a construção de gráfi cos e análise destes, observando algumas características de cada tipo de função abordado – como determinar a função inversa de uma função dada e como determinar a função composta de duas funções e outras operações com funções. Neste material, apresentamos o conteúdo através de diversos exemplos e de algumas atividades com questões subjetivas. Apresentamos também, ao fi nal de todo o conteúdo, uma lista de exercícios com questões objetivas. E, ao fi nal da aula, na seção Auto- avaliação, você encontrará mais uma oportunidade para verifi car sua aprendizagem. Sempre que for necessário, releia a aula e refaça algumas atividades. Na seção Para consulta, você encontra um resumo do assunto estudado nesta aula, que servirá de material de apoio para uma consulta rápida na resolução das questões da presente aula e de outras questões que envolvam os conteúdos aqui desenvolvidos. Saber construir o gráfico de uma função, a partir da determinação de alguns pontos notáveis nesse gráfi co. Saber classifi car funções, dada a lei de formação ou o gráfi co dessa função. Saber identifi car o domínio, o contradomínio e o conjunto-imagem de uma função através da análise de seu gráfi co. Saber utilizar adequadamente os procedimentos necessários para determinar, quando houver, a função inversa de determinada função, assim como efetuar a composição de funções ou outras operações como a soma, a diferença, o produto ou o quociente entre funções. Remuneração, em R$, dos vendedores por volume mensal de vendas Vendas mensais (R$) R em un er aç ão m en sa l (R $) 5000 1000 500 0 x y 2 Matemática A12 Para começo de conversa Em uma loja de tecidos, a remuneração dos vendedores é composta de duas partes: um salário base de R$ 500,00 e uma comissão de 10% do valor total, em reais, vendido por cada funcionário, no mês anterior. A função que representa o valor (em R$) a ser recebido no início de cada mês por um funcionário, segundo o valor total das vendas realizadas por ele, será f(x) = 0, 10 · x + 500 ou f(x) = x 10 + 500 , em que x representa esse volume total de x vendas (em R$). Representando essa função em um gráfi co, teremos: Gráfi co 1 – Representação da função f(x) = x 10 + 500 Para representar essa função nesse gráfi co, foi necessário determinar, primeiramente, alguns detalhes. E esses detalhes podem variar um pouco de uma função para outra. Observe cada tipo de função aqui apresentada, suas características principais, como representar grafi camente cada uma delas e como identifi car, em cada gráfi co, qual o tipo de função representada. (A) y x (B) y x (D) y x (C) y x Agora você pode descobrir quais gráfi cos representam funções. Passe uma régua posicionada verticalmente em cada uma das fi guras e assinale as que representam uma função. 3 Matemática A12 Lei de formação A lei de formação também defi ne o formato do gráfi co de uma função. Conhecendo funções através de seus gráfi cos Uma função f de f A em B é uma relação emB A×B, que associa a cada variávelx emx A, um único y em y B. Uma das notações mais usadas para uma função de A em B, é: f:ff A→B. Estas características nos informam que uma função pode ser vista geometricamente como uma linha no plano, contida em A×B, que só pode ser “cortada” uma única vez por uma reta vertical, qualquer que seja esta reta. Desafi o Gráfi co de funções no plano cartesiano Em geral, se costuma representar uma função por sua lei de formação – uma lei que associa elementos do domínio da função, a elementos do contradomínio da função. Costuma-se denotar a imagem de um elemento x por x f(ff x)x ou por y, pois é o elemento que a função f associa ao elementof x. Na construção de gráfi cos de funções no plano cartesiano, os valores de x são x representados no eixo horizontal (ou das abscissas) e f(ff x)x (ou y) no eixo vertical (ou das ordenadas). Em cada exemplo que veremos a seguir, marcaremos alguns pontos no plano cartesiano e ligar esses pontos formando o gráfi co da função. Figura 1 – Representações em gráfi cos Exemplo 1 4 Matemática A12 Na construção de um gráfi co no plano cartesiano, devemos seguir alguns passos. Em cada tipo de função, por causa de suas características particulares alguns detalhes podem ser acrescentados em cada um desses passos. Fique atento. Vejamos, agora, como é feita a construção dos gráfi cos de alguns desses tipos de função. Função do 10 grau ou função afi m Essa função é uma função polinomial de 11o grau, também chamada de função afi m, pois a função tem a forma f(ff x) =x ax + b, onde a ∈ℜ* e b ∈ℜ. O valor de x para o qual x f(ff x) = 0x recebe o nome de raiz da função ou zero da função. Assim, a raiz de f(ff x) =x x + 1 é x = – 1. A função f(ff x) = x x + 1x é a função que relaciona todo o valor de x do domínio ao valor x + 1 no contradomínio. 11o passo: Determinar os pontos de interseção do gráfi co de f(ff x) com os eixos. •Ponto de interseção do gráfi co de f(ff x)x com o eixo dos x: f(ff x) = 0 x ⇒ x + 1 = 0 ⇒ x = – 1 x Logo (– 1; 0) é o ponto de interseção do gráfi co de f(ff x) com eixo dosx x. •Ponto de interseção do gráfi co da função com o eixo dos y: f(0) = 0 + 1 = 1ff Logo (0; 1) é o ponto de interseção do gráfi co da função com eixo dos y. 5 Matemática A12 2o passo: Construção da tabela de valores x y (x; y) – 1 0 (– 1; 0) 0 1 (0; 1) 3o passo: Construir o plano cartesiano, representar os pontos encontrados e completar o gráfi co da função. 0−1 1 f(x) = x + 1 x y Marcamos os dois pontos encontrados (-1;0) e (0; 1) e traçamos a reta que passa por esses dois pontos. Observe, no gráfico 2, que o domínio e o conjunto-imagem da função são formados por todos os números reais. Ou seja, D(f) =ff ℜ, CD(f) = ff ℜ e Im(f) = ff ℜ. Gráfi co 2 – Função– f(ff x) =x x + 1x Agora, veremos outras características desse tipo de função que acabamos de ver. Características importantes de uma função afi m •Forma geral: f(ff x) = x ax + x b, a ∈ ℜ* e b ∈ ℜ. •Domínio, contradomínio e conjunto-imagem: D(f) = ff ℜ, CD(f)ff = ℜ e Im(f) =ff ℜ. 6 Matemática A12 •Coefi cientes: Coefi ciente angular: o coefi ciente a. Coefi ciente linear: o coefi ciente b. Quando a > 0, o gráfi co de f: ℜ➝ℜ é uma reta crescente. Quando a < 0, o gráfi co de f: ℜ➝ℜ é uma reta decrescente. Casos particulares de funções do primeiro grau: Quando o coefi ciente b é igual a zero b (b = 0)b essa função recebe o nome particular de função linear e sua forma geral se resume a f(ff x)x = ax, a ∈ℜ*. Quando a = 1a e b = 0b , a função afi m tem o formato f(ff x) =x x, que é chamada de função identidade. •Raiz da função ou zero da função: é o valor de x que tem imagem igual a zero. Ou seja, x f(x) = 0 ⇒ ax + b = 0 ⇒ ax = −b ⇒ x = − b a é o valor da raiz da função. Atenção! Uma função do 1o grau só tem uma raiz. •Gráfi co da função afi m: A construção do gráfi co de uma função do 1o grau, f(ff x) = x ax + x b, pode ser feita como vimos anteriormente no exemplo 1. 1o passo: Determinar os pontos de interseção do gráfi co da função com os eixos. 2o passo: Construção da tabela de pares ordenados 3o passo: Construção do plano cartesiano, representação dos pontos e esboço do gráfi co. •Estudo do sinal de uma função afi m: Como o gráfi co de uma função afi m corta em um ponto o eixo dos x, a função apresenta três sinais. Quando a linha que representa o gráfi co da função está abaixo do eixo dos x, a função é negativa. Quando corta o eixo dos x, é nula (ou igual a zero). Quando está acima do eixo dos x, a função é positiva. f(x)=0 f(x)>0 f(x)<0 x = −−a b f(x) é crescente x y f(x)=0 f(x)<0 f(x)>0 x = −−a b x y f(x) é decrescente 7 Matemática A12 Se uma função f(ff x)x é crescente, como a função afi m representada no gráfi co 3, o estudo dos sinais de uma função afi m é o seguinte: f(x) < 0 ⇒ x < − b a f(x) = 0 ⇒ x = − b a f(x) > 0 ⇒ x > − b a Observe, no gráfi co 3, cada um desses sinais. Gráfi co 3 – Sinais de uma função afi m crescente Se a função f(x) é decrescente, como a função afi m representada no gráfi co 4, o estudo do sinal de uma função afi m é o seguinte: f(x) > 0 ⇒ x < − b a f(x) = 0 ⇒ x = − b a f(x) < 0 ⇒ x > − b a Observe no gráfi co 4, cada um desses sinais. Gráfi co 4 – Sinais de uma função afi m decrescente– Exemplo 2 8 Matemática A12 O valor a ser cobrado pela corrida de um táxi é feita em duas partes: •uma parte fi xa, chamada de bandeirada, ao preço de R$ 3,50; •uma parte proporcional à quilometragem do percurso, a cada quilômetro R$ 1,70 (na bandeira 1, no horário comercial, em dias comuns). Se um táxi faz um percurso, em um dia comum, no horário comercial, a função que representa o valor a ser pago, em reais, é f(ff x) = (1,70)x x + 3,50x , ou f(ff x) = 1,7x + 3,5x , sendo x o número de quilômetros rodados nesse x percurso. A função f(ff x) = 1,7x x + 3,5x é uma função afi m. Temos D(f) =ff ℜ, CD(f) = ff ℜ e Im(f) =ff ℜ. Na função f(ff x) = (1,7)x x + 3,5,x o coefi ciente angular é 1,7 e o coefi ciente linear é 3,5. Observe os passos para a construção do gráfi co de f(ff x) = 1,7x x + 3,5x . 1º passo: Determinar alguns pontos do gráfi co. Interseção do gráfi co da função com o eixo dos x: f(ff x)x = 0 ⇒ 1,7x + 3,5 = 0 ⇒ x = −3517 (raiz da função). O ponto de interseção da linha que representa a função com o eixo horizontal é ( −35 17 ; 0 ) . Interseção do gráfi co a função com o eixo dos y: f(0) = 1,70ff ⋅ 0 + 3,50 ⇒ f(0) = 3,50ff . O ponto de interseção do gráfi co de f(x) com o eixo vertical é (0; 3,50). Observe o exemplo a seguir. Gráfi co 5 – Representação da função f(ff x) = 1,7x x + 3,5x 9 Matemática A12 2º passo: Construir a tabela dos pares ordenados a serem representados no plano cartesiano. x y (x; y) −35 17 0 ( −35 17 ; 0 ) 0 3,5 (0; 3,50) 3º passo: Construir o plano cartesiano, marcar os pontos e completar o gráfi co. O gráfi co 5 representa a função f(ff x) = 1,7x + 3,5.x Para a função f(ff x) = 1,7x x + 3,5x , podemos fazer o seguinte estudo de sinais: f(ff x) x < 0 ⇒ x < −35 17 ou x < – 2,059 f(ff x) x = 0 ⇒ x = −35 17 f(ff x) x > 0 ⇒ x > −3517 f(x)=0 f(x)>0 f(x)<0 0 −1 −1−2−3−4 1 2 33 x y 1Praticando... 10 Matemática A12 1. Considerando a função f(ff x) = – 4x x + 1,x determine (I) o coefi ciente angular e o coefi ciente linear; (II) se a função é crescente ou decrescente; (III) a imagem de x = – 2 e dex x = 3x . 2. Determine a função cujo gráfi co é uma reta, defi nida pela função f(ff x) = x ax +x b e sabendo queb f(1) = 3 e ff f(–2) = 0ff , determine a imagem de x = 5x . 3. A comissão de um vendedor na Loja Venha Comprar é determinada por duas partes. A primeira (que é fi xa) é o salário de R$ 500,00. A segunda é uma porcentagem de 20% do valor total, em reais, vendido por mês. Responda: (I) Qual é a função que representa o valor recebido por esse funcionário ao fi nal do mês? (II) Quanto receberá no mês em que vendeu R$ 20.000,00 de mercadoria? (III) Quanto é preciso vender, para receber R$ 3.200,00, em certo mês? 4. Em cada uma das funções do 1º grau a seguir, esboce o gráfi co, classifi que-as em crescente ou decrescente e analise os sinais de cada uma. a) f(ff x) = 1 – 3x x. b) f(ff x) = – 1 + 2x x. Responda aqui 11 Matemática A12 0−1 1 2 3 44 5−2−3−4−5 −3 −2 −1 1 2 3 4 x 5y Gráfi co 6 – Função f(ff x) =x – 2 Exemplo 3 12 Matemática A12 A função f(ff x) = – 2x é uma função que relaciona todo valor x do domínio comx o valor do contradomínio y = – 2.y Essa é uma função constante, pois tem a forma f(ff x) =x b, onde b∈ℜ. Seu gráfi co é uma reta paralela ao eixo horizontal. 1o passo: Nesse caso não há interseção do gráfi co da função com o eixo dos x, somente com o eixo dos y que é o pontoy (0; – 2). 2o passo: Construir a tabela dos pontos a serem marcados no gráfi co. x y (x; y) – 1 – 2 (– 1; – 2) 0 – 2 (0; – 2) 4 – 2 (4; – 2) O gráfi co é uma reta que corta o eixo vertical em y = – 2. Acrescentaremos mais dois pares ordenados na tabela de pontos que serão representados no gráfi co. 3o passo: Construir o plano cartesiano, marcar os pontos e completar o gráfi co. Esse gráfi co é uma reta paralela ao eixo das abscissas. A lei de formação da função é f(ff x) =x – 2, ou seja, na forma f(ff x)x = b, sendo b um número real.b Se b > 0 ⇒ o gráfi co de f(ff x)x passa acima do eixo dos x. Se b = 0 ⇒ o gráfi co de f(ff x)x coincide com o eixo dos x. Se b < 0 ⇒ o gráfi co de f(ff x)x passa abaixo do eixo dos x, como ocorre com o gráfi co da função f(ff x)x = – 2, no exemplo 3. Exemplo 4 13 Matemática A12 A função f(ff x)x = x2xx é a função que relaciona todo o valor de x do conjunto domínio ao valor de seu quadrado (x2xx ) no contradomínio. Essa é uma função do 2º grau ou função quadrática, cujo gráfi co é uma parábola. Toda função com a forma f(ff x)x = ax2xx + bx + c, em que a ∈ℜ∗, b ∈ℜ e c ∈ℜ é uma função quadrática. 1o passo: Pontos nas interseções do gráfi co def(ff x)x com os eixos. Interseção de f(ff x)x com o eixo dos x: f(ff x)x = 0 ⇒x2xx = 0 ⇒ x = 0 O ponto será (0; 0). Interseção de f(ff x)x com o eixo dos y: f(0) = 0ff 2 = 0 O ponto será (0; 0). Observe que o ponto de interseção da função f(ff x) com o eixo dos x é o x mesmo que o ponto da interseção da função f(ff x) com o eixo dos y. Isso ocorre quando a função quadrática tem os coefi cientes b eb c iguais a zero.c Devemos, nesse caso, determinar outros pontos com x menores e maiores quex o x do ponto da interseção do gráfi co da função com os eixos dosx x e dosx y. 2o passo: Construir tabela dos pontos a serem marcados no gráfi co. Foram inseridos outros valores de x, além dos encontrados para os pontos de interseção do gráfi co da função com os eixos no passo anterior e calculados os valores de y correspondentes.y 3o passo: Construir o plano cartesiano, e representar os pontos encontrados no passo anterior e completar o gráfi co da função. x y (x; y) 4 (– 2; 4) – 1 1 (– 1; 1) 0 0 (0; 0) 1 1 (1; 1) 2 4 (2; 4) 0−1 1 2−2−3 −1 11 2 3 44 x y Gráfi co 7 – Função– f(ff x) = x x2xx 14 Matemática A12 Observe que, no gráfi co, o conjunto domínio é formado por todos os números reais, mas o conjunto-imagem é formado pelos números reais não negativos. Ou seja, D(f)ff = ℜ, CD(f)ff = ℜ e Im(f)ff = ℜ + . Agora, vamos conhecer as características principais de uma função quadrática. Função quadrática Uma função quadrática tem a forma f(ff x) =x ax2xx + bx + c, onde a ∈ℜ*, b ∈ℜ e c ∈ℜ são chamados de coefi cientes. O gráfi co de uma função quadrática é uma curva chamada de parábola, que tem concavidade voltada para cima, quando a > 0, ou tem sua concavidade voltada para baixo, quando a < 0. Na função f(ff x) = x x2xx – 4x + 3x , a parábola tem sua concavidade voltada para cima, pois a > 0. Na função g(x) = – x x2xx + 4x + 3, a parábola tem sua concavidade voltada para baixo, pois a < 0. Pontos notáveis do gráfi co I. Raízes ou zeros de uma função quadrática 15 Matemática A12 Exemplo 5 Já vimos que raiz ou zero de uma função é o valor de x para o qual x f(ff x) = 0. Assim, f(x) = 0 ⇒ ax2 + bx + c = 0 ⇒ x′ = −b + √ Δ 2a e x′′ = −b−√Δ 2a são as raízes da função, sendo Δ = b2 – 4ac chamado de discriminante. Se Δ > 0 ⇒ A função tem duas raízes reais e diferentes. O gráfi co da função corta o eixo horizontal em dois pontos. Se Δ = 0 ⇒ A função tem duas raízes reais e iguais. O gráfi co da função toca o eixo em apenas um ponto (que coincide com o vértice da parábola). Se Δ > 0 ⇒ A função não tem raízes reais. O gráfi co da função não corta o eixo horizontal. II. Vértice da parábola O vértice V da parábola é mais um ponto notável do gráfi co, pois é em torno dele que V ocorre a simetria dessa curva. As coordenadas do vértice são: (xV ; yV ) = ( − b 2a ; −Δ 4a ) III. Ponto de interseção do gráfi co da função com o eixo dos y É o ponto que tem abscissa igual a zero. Tem a forma (0; f(0))ff . Vejamos mais um exemplo com gráfi co de função quadrática. Esboce o gráfi co da função f(ff x) = 2x x2xx – 3x + 1x , determinando também: (I) as raízes; (II) as coordenadas do vértice; (III) se a ordenada do vértice é valor mínimo ou valor máximo da função; (IV) a interseção da curva que representa f(ff x)x com o eixo vertical. 1o passo: Pontos notáveis do gráfi co I. Raízes ou zeros de uma função quadrática É o valor de x para o qual x f(ff x) = 0x . Assim, f(ff x) = 0x ⇒ 2x2xx – 3x + 1 = 0x . 16 Matemática A12 ⇒ x′ = 3 + √ Δ 4 e x′′ = 3−√Δ 4 são as raízes da função, onde o discriminante é Δ = (–3)2 –4⋅2⋅1 = 9 – 8 = 1. Ou seja, as raízes são: x′ = 3 + √ 1 4 ⇒ x′ = 3 + 1 4 ⇒ x′ = 4 4 ⇒ x′ = 1. Ponto A: (1; 0). x′′ = 3−√1 4 ⇒ x′′ = 3− 1 4 ⇒ x′′ = 2 4 ⇒ x′′ = 1 2 . Ponto B: ( 1 2 ; 0 ) . Veja que Δ > 0. Signifi ca dizer que a função tem duas raízes reais e diferentes, que são x'= 1 e x′′ = 1 2 . O gráfi co da função corta o eixo horizontal nos pontos A e B. 0−1 1 2 −0,5 1 0,5 22 3 4 1,55 2,5 3,5 4,5 x y Gráfi co 8 – Representação da função f(ff x) = 2x x2xx – 3x + 1x II. Vértice da parábola As coordenadas do vértice são: (xV ; yV ) = ( 3 4 ; −1 8 ) III. Ponto de interseção do gráfi co da função com o eixo dos y 17 Matemática A12 É o ponto que tem abscissa igual a zero. Tem a forma (0; f(0))ff . f(ff 0) = 2⋅02 – 3⋅0 +1⇒f(0) = 1ff . Ponto de interseção: (0; 1). 2o passo: Construção do gráfi co (v. Gráfi co 8). 3o passo: Conjunto-imagem de f(ff x)x : Como a parábola tem concavidade voltada para cima, o Conjunto-imagem é formado por todos os valores de y maiores ou iguais aoy yv, ou seja, lm(f) = { y ∈ � | y ≥ −1 8 } 4o passo: Estudo dos sinais da função quadrática f(ff x) = 2x x2xx – 3x + 1x f(ff x) x > 0 ⇒ x < 0,5 ou x > 1 f(ff x)x = 0 ⇒ x = 0,5 x ou x = 1 f(ff x)x < 0 ⇒ 0,5 < x < 1 Exemplo 6 Observe o gráfi co da função para compreender o estudo dos sinais dessa função. A função f(ff x) = x |x+1xx | é a função que relaciona cada valor x do domínio com x o valor do módulo de x + 1x no contradomínio. 1o passo: Determinar os pontos de interseção do gráfi co da função com os eixos dos x e dos x y Interseção do gráfi co da função com o eixo dos x: f(ff x) = 0x ⇒ |x+1xx | = 0 ⇒x + 1 = 0 ou – (x+1) = 0xx x + 1 = 0 x ⇒ x = – 1 x ou – (x+1) = 0 xx ⇒ – x – 1 = 0 x ⇒ – x = 1x ⇒ x = –1x Módulo Essa é uma função modular, pois é uma função que associa cada x do domínio x com o módulo uma expressão algébrica. 0−1 1 2−2−3−4 −1 1 2 y x 18 Matemática A12 O ponto de interseção do gráfi co da função com o eixo dos x será x (– 1; 0). Interseção do gráfi co da função com o eixo dos y: f(0) = ff |0 + 1| ⇒f(0) =ff |1| ⇒ f(0)ff = |1| ⇒f(0) = 1ff . O ponto de interseção do gráfi co da função com o eixo dos y será (0; 1). 2o passo: Construir a tabela dos pontos a serem marcados no gráfi co. x y (x; y) – 2 1 (– 2; 1) – 1 0 (– 1; 1) 0 1 (0; 1) 1 2 (1; 2) Foram acrescentados dois outros valores de x, um menor e outro maior que os determinados no passo anterior, e calculados os valores de y correspondentes. 3o passo: Construir o plano cartesiano, marcar os pontos da tabela construída no passo anterior e completar o gráfi co. Como a expressão que está em módulo é uma função do 1º grau, o gráfi co dessa função modular é um conjunto de segmentos de retas. Observe o gráfi co 9 e verá que a função tem os seguintes sinais: f(ff x) = 0 x ⇒ x = –1x f(ff x)x > 0 ⇒ x ≠ –1 Gráfi co 9 – Função– f(ff x) =x |x + 1x | 19 Matemática A12 Exemplo 7 Esboce o gráfi co de g(x) = x |2x2xx – 3x +1x | e faça o estudo do sinal da função. Para fazer o gráfi co da função modular g(x) =x |2x2xx – 3x +1x |, é preciso calcular as raízes da função que está em módulo. Nesta aula, já calculamos estas raízes, no exemplo 5. x′ = 3 + √ 1 4 ⇒ x′ = 4 4 ⇒ x′ = 1 . x′′ = 3−√1 4 ⇒ x′′ = 2 4 ⇒ x′′ = 1 2 . Pontos de interseção do gráfi co da função com o eixo dos x: A (1; 0) e B ( 1 2 ; 0 ) . 0−1 1 2 1 0,5 2 3 1,5 2,5 x y Gráfi co 10 – Representação da função– g(x) =x |2x2xx – 3x + 1x | Como se trata do módulo de uma função quadrática, o gráfi co é derivado de uma parábola, porém a função apresenta somente valores positivos ou nulos. Compare o gráfi co 10 com gráfi co 8 e observe as diferenças entre eles. Veja que os sinais das imagens entre as raízes na função g(x)x são positivos. O estudo de sinais da função, representada no gráfi co 10, é o seguinte: f(x) = 0 ⇒ x = 1 2 ou x = 1 f(x) > 0 ⇒ x �= 1 2 ou x �= 1 Exemplo 8 20 Matemática A12 Para saber mais sobre os assuntos tratados nesta aula, você pode consultar os livros indicados na seção Referências ou na seção Leituras complementares. Outras características das funções modulares Uma função f(ff x) =x |x| pode ser apresentada sob a forma f(x) = { x, se x ≥ 0 −x, se x ≤ 0 é chamada de função modular. Note que D(f) =ff ℜ e Im(f) = ff ℜ + *. Uma função f(ff x) = x |g(x)x |, terá também D(f) = ff ℜ e Im(f) =ff ℜ + , porém uma função h(x) = – x | g(x)x |, terá D(f) =ff ℜ e Im(f)ff = ℜ–. A função f(ff x) = 2x x é a função que relaciona cada valor x x do domínio com o x valor de 2x no contradomínio. Essa é uma função exponencial.x 1o passo: Determinar os pontos de interseção do gráfi co da função com os eixos dos x e dos x y. Interseção do gráfi co da função com o eixo dos x: f(ff x) = 0x ⇒ 2x = 0 ⇒ ∄ × ∈ℜ| 2x = 0 ⇒ Não há ponto de interseção do gráfi co da função com o eixo dos x. Interseção do gráfi co da função com o eixo dos y: f(0) = 2ff 0 = 1. O ponto de interseção do gráfi co da função com o eixo dos y seráy (0; 1). 21 Matemática A12 x y (x; y) 1 4 ( −2; 1 4 ) 1 2 ( −1; 1 2 ) 1 (0; – 2) 1 2 (1; – 2) 2 4 (2; 4) 2o passo: Construir a tabela dos pontos a serem representados no gráfi co. Foram incluídos outros valores de x e calculados os valores dex y correspondentes. 3o passo: Construir o plano cartesiano, marcar os pontos da tabela construída no passo anterior e completar o gráfi co. O gráfi co dessa função é uma curva que não toca o eixo dos x. Quanto menor o valor de x, menor será a imagem encontrada, ou seja, mais próximo o gráfi co da função se encontra do eixo horizontal, sem nunca tocá- lo, entretanto. 0−1 1 2−2−3 −1 1 2 3 4 x y Gráfi co 11 – Função f(ff x) = 2x x 22 Matemática A12 Características de uma função exponencial Chama-se de função exponencial a toda função do tipo f(ff x) = ax, defi nida para todo x ∈ℜ, com a > 0 e a ≠ 1. A curva de uma função f(ff x)x = ax passa pelo ponto x (0; 1). D(f) = ff ℜ; CD(f) = ff ℜ e Im(f) =ff ℜ + *. A função é crescente para a > a 1. A função é decrescente para 0 < a <1. Exemplo 9 2Praticando... As funções f(ff x) = 2x x + 1x e g(x) = x ( 1 2 )x são exemplos de funções exponenciais. A função f(ff x)x é uma função crescente e g(x)x é uma função decrescente. 1. Esboce o gráfi co, faça o estudo do sinal e descreva o domínio e o conjunto-imagem de cada uma das funções: a) f(ff x) = 3,5x . b) f(ff x) = – 1,25.x c) f(ff x) =x 3x 2 – 6x + 3.x d) f(ff x) =x 2 – 5x 2. e) f(ff x) =x |2x – 5x |. f) f(ff x) =x – |– x – 4x |. g) f(ff x) =x 3x – 1x . h) .f(x) = ( 1 3 )x 23 Matemática A12 Responda aqui 24 Matemática A12 Outras características das funções Outras características e propriedades das funções são importantes. Ve jamos algumas. Funções injetoras, bijetoras e sobrejetoras Uma função f:ff AB é B injetora se quaisquer dois elementos distintos de A (x 1 xx e x 2 xx ) sempre possuam imagens distintas em B (respectivamente, f(ff x 1 ) e f(ff x 2 xx )). Isto é: se x 1 xx ≠ x 2 xx ⇒ f(ff x 1 xx ) ≠ f(ff x 2 xx ). No gráfi co de uma função, para verifi car se ela é injetora, basta que passe linhas horizontais (que podem ser imaginárias) sobre a linha que representa a função. Se cada uma dessas linhas só cortar o gráfi co da função em um ponto de cada vez, signifi ca que a função é injetora. Veja alguns exemplos. Exemplo 10 Olhe o gráfi co 12, que representa a função f:ff ℜ➝ℜ defi nida por f(ff x) = 3x x + 5x . Essa função é injetora, pois sempre que tomamos dois valores diferentes para x, obtemos dois valores diferentes para f(ff x)x . 0−1−2−3 1 2 −1 1 22 3 4 5 6 7 8 x y Gráfi co 12 – Representação da função f(ff x) = 3x xx + 5 25 Matemática A12 Exemplo 11 x y (x; y) – 2 – 1 (– 2; – 1) −5 3 0 ( −5 3 ; 0 ) – 1 2 (– 1; 2) 0 5 (0; 5) Se você passar linhas horizontais, cada uma dessas linhas cortará o gráfi co da função em apenas um ponto de cada vez. Logo, essa função é injetora. A função f:ff ℜ➝ℜ defi nida por f(ff x) =x x2xx – 2 não é injetora, pois: f(1) = – 1ff e f(–1) = – 1.ff Ou seja, para valores diferentes do domínio apresentam a mesma imagem. No gráfi co dessa função , ao passar linhas paralelas ao eixo dos x, você verá que algumas dessas linhas cortarão o gráfi co em mais de um ponto de cada vez. Logo, essa função não é injetora. Gráfi co 13 – Representação da função quadrática – f(ff x) = x x2 xx – 2 −3 0 2−2 −2 −4 −1 1 2 y x 26 Matemática A12 Exemplo 13 Uma função f:ff AB éB sobrejetora se todo elemento de B é a imagem de pelo menos B um elemento de A, ou seja, para todo y ∈ B existeB x ∈ A tal que y = f(ff x)x . Isto equivale a afi rmar que o conjunto-imagem da função deve ser exatamente igual ao contradomínio dessa função, ou seja, Im(f) = ff CD(f).ff A função f:ff ℜ→ℜ dada por f(ff x) = 2x é in jetora e sobrejetora. Logo, é bijetora. Exemplo 12 A função f:ff ℜ→ℜ, f(ff x) = 3x x + 2x é sobrejetora, pois CD(f)ff = Im(f)ff = ℜ. A função f:ff ℜ→ℜ+, f(ff x)x = x2xx é sobrejetora, pois seu CD(f)ff = Im(f) =ff ℜ+. A função f:ff ℜ→ℜ defi nida por f(ff x) = 2x não é sobrejetora, pois existem x elementos do contradomínio ℜ que não fazem parte do conjunto-imagem. Ou seja, Im(f)ff ≠ CD(f)ff . Bijetora Quando uma função é ao mesmo tempo injetora e sobrejetora, dizemos que ela é bijetora. Função crescente ou função decrescente Uma função f(ff x)x é crescente se quaisquer que sejam x 1 xx e x 2 xx do Domínio de f, com ff x 1 xx < x 2 xx , tivermos f(ff x 1 xx ) < f(ff x 2 xx ). Isto é, conforme o valor de x aumenta, os valores dosx f(ff x)x correspondentes também aumentam. Uma função f éf decrescente se, para quaisquer x 1 xx e x 2 xx do Domínio de f, comff x 1 xx < x 2 xx , tivermos f(ff x 1 xx ) > f(ff x 2 xx ). Isto é, conforme os valores de x aumentam, os valores dos x f(ff x)x correspondentes diminuem. Uma função pode ser apenas crescente ou ser apenas decrescente para todo valor do domínio, mas você pode ter observado que existem funções, como as funções quadráticas ou as funções modulares, que são crescentes para uma parte do domínio e decrescente para outra parte. E, ainda, existem funções que nem são classifi cadas como crescentes nem como decrescentes, como as funções constantes. 27 Matemática A12 Exemplo 14 Seja a função f:ff ℜ→ℜ defi nida por f(ff x)x = 8x + 2. Para os valores: x 1 xx = 1 e x 2 xx = 2, obtemos f(ff x 1 xx ) = 10 e f(ff x 2 xx ) = 18. Como, para quaisquer dois elementos do domínio da função x 1 xx < x 2 xx implica que f(ff x 1 xx ) < f(ff x 2 xx ), a função f é crescentef . Seja a função g:ℜ→ℜ defi nida por g(x) = – 8x + 2. Para x 1 xx = 1 e x 2 xx = 2, obtemos g(x 1 xx ) = – 6 e g(x 2 xx ) = – 14. Como, para quaisquer dois elementos do domínio x 1 xx < x 2 xx implica que g(x 1 xx ) > g(x 2 xx ), a função g é decrescenteg . 3Praticando... 1. Classifi que cada uma das funções a seguir em injetora, sobrejetora ou bijetora. (Você pode optar em esboçar o gráfi co ou verifi car algebricamente cada função). a) f(ff x) = 2x x2xx – 5x b) f(ff x) =x 3x + 5 c) f(ff x) =x 5 – 2x d) f(ff x) =x 4x – 5x2xx 2. Indique, em cada uma das funções, para quais valores de x cada uma x delas é uma função crescente e função decrescente. a) f(ff x) =x 5 – 2x b) f(ff x) =x 3x + 5x c) f(ff x) =x 2x2xx – 5x d) f(ff x) =x 4x – 5x2xx 28 Matemática A12 Função composta Considerando os conjuntos A, B eB C, onde existem CC f:ff A→B e B g:B→C, a função compostaCC é uma lei que relaciona diretamente os elementos do conjunto A com os do conjunto C. Dadas as funções f:ff A→B eB g:B→C, a composta de CC f com f g, denotada por gof, é a função ff defi nida por (gof)ff (x)x = g(f(ff x))x . A expressão gof pode ser lida como “f g composta com g f ”. Veja a representação dessa função composta na fi gura 2. A B C x g(f(x)) g(x)f(x) gof Ou seja, as operações que seriam feitas com x na função x g(x)x serão feitas com f(ff x)x na função composta de g(f(ff x).x Figura 2 – Representação da composição de funções Exemplo 15 Considere as funções f(ff x) = 2x + 3 e g(x) = x – 1 e determine a função composta g(f(ff x))x . g(f(ff x)) =x f(ff x) – 1 = (2x x + 3) – 1 = 2x x + 3 – 1 = 2x x + 2.x Ou seja, (g(f(ff x)) = 2x x + 2.x Observe o exemplo a seguir. 29 Matemática A12 Exemplo 16 Considere as funções f(ff x) = 2x + 3 x e g(x) = x – 1x e determine a função f(ff g(x)).x f(ff g(x)) = 2x g(x) + 3 = 2(x x – 1) + 3 = 2x x – 2 + 3 = 2x x + 1.x Exemplo 17 Exemplo 18 Considere as funções reais defi nidas por f(ff x) = 4x + 2x e g(x) = 7x – 4.x As composições fog eg gof são possíveis e, neste caso, serãof defi nidas por: (fog)(x) = x f(ff g(x)) =x f(7ff x – 4) = 4(7x x – 4) + 2 = 28x x – 16 + 2 = 7x x – 14.x (gof)(ff x) = x g(f(ff x)) =x g(4x+2) = 7(4xx x + 2) – 4 = 28x x + 14 – 4 = 28x x + 10x Observe que, em geral, f(ff g(x)) ≠ g(f(ff x)) e que existem várias maneiras de se criar funções compostas. Podemos fazer f(ff g(x)), x f(ff f(ff x))x etc. Consideremos as funções reais defi nidas por f(ff x) = x x2xx + 1 e g(x) =x 2x – 4. Observe que: A função f é a função que associa um valorf x a um valorx x2xx + 1. Logo, a função f(ff g(x))x associa g(x)x com [g(x)]x 2 + 1. Ou seja: 30 Matemática A12 (fog) (x) = x f(ff g(x)) = x f(2x – 4) = (2x – 4)ff 2 + 1 = (4x2xx – 6x + 16) + 1 = 4x x2xx – 6x + 17x A função g é a função que associa um valorg x a um valorx 2x – 4.x Logo, a função g(f(ff x))x associa f(ff x)x com 2 ⋅ [f[[ (ff x)] – 4.x Ou seja: (gof) (ff x) =x g(f(ff x)) =x g(x2xx + 1) = 2(x2xx + 1) – 4 = 2x2xx + 2 – 4 = 2x2xx – 2. A função f é a função que associa um valor f x a um valor x x2xx + 1. Logo, a função f(ff f(ff x))x associa f(ff x)x com [f[[ (ff x)]x 2 + 1. Ou seja: (fof)(ff x) = x f(ff f(ff x)) = (x f(ff x))x 2 + 1 = (x2xx + 1)2 + 1 = (x4xx + 2x2xx + 1) + 1 = x4xx + 2x2xx + 2 A função g é a função que associa um valorg x a um valor x 2x – 4. Logo, a função g(g(x))x associa g(x)x com 2 ⋅ [g(x)]x – 4. Ou seja: (gog)(x) =x g(g(x)) = 2(x g(x)) – 4 = 2(2x x – 4) – 4 = 4x x – 8 – 4 = 4x x – 12.x Funções inversas Dada uma função bijetora f:ff AB, a função inversa de f é a funçãof f –1: BA tal que se f(ff a) = b, então f –1(b) = a, quaisquer que sejam a ema A e b em b B. Denotamos a função inversa de f(ff x)x por f –1(x).x Observação: Se g = f –1(x)x é a inversa de f(ff x)x e f(ff x)x é a inversa de g = f –1(x)x , valem as relações: gof = IAI e fog = IBI , sendo IAI e IBI , respectivamente, as funções identidades nos conjuntos A e B. 31 Matemática A12 Exemplo 19 Exemplo 20 Sejam A = {1, 2, 3, 4, 5}, B = B {2, 4, 6, 8, 10} e a função f:ff AB defi nida B por f(ff x)x = x + 3 e g: BA defi nida por g(x)x = x – 3. Cálculo da função inversa: Seja f:ff ℜ→ℜ, f(ff x) = x + 3.x Tomando y no lugar de y f(ff x), teremos y = x + 3. Trocando x por x y (e vice-versa), temosy x = y + 3. Isolando y, obtemos: y =y x – 3. Assim, g(x)x = x – 3 é a função inversa de f (x) =x x + 3.x Observe o cálculo da função inversa: f(ff x) = x x + 1x y =y x + 1x , substituindo x por x y (e vice-versa), temos: y x = y + 1 Isolando o valor de y, temos: y =y x – 1x Portanto, f –1 (x) = x x – 1x 4Praticando... 1. Considerando as funções do exemplo 21, determine a) f(ff f(ff x)) =x b) f(ff g(x)) = c) g(f(ff x)) = d) g(g(x)) =x 2. Encontre o valor de f –1(3), para a função f(x) = x 3 + 5. 32 Matemática A12 Responda aqui Operações com funções f e f g, podemos realizar algumas operações entre elas, entre as quais: • Adição de funções: (f + f g) (x) =x f(ff x) + x g(x)x •Diferença de funções: (f –f g) (x) = x f(ff x) – x g(x)x • Produto de funções: (f ⋅g) (x) = x f(ff x)x ⋅ g(x)x •Quociente entre funções: ( f g ) (x) = f(x) g(x) , se g(x)x ≠ 0. 33 Matemática A12 Considerando f(ff x) = x2xx + 2x + 1x e g(x) = x + 1, observe as operações efetuadas a seguir: a) (f + f g) (x) = (x x2xx + 2x + 1) + (x x + 1) = x x2xx + 2x + 1 + x x + 1 = x x2xx + 3x + 2x b) (f – f g) (x) = (x x2xx + 2x + 1) – (x x + 1) =x x2xx + 2x + 1 – x x – 1 =x x2xx + x c) (f ⋅g) (x) = (x x2xx + 2x + 1)x ⋅ (x + 1) = (x x2xx + 2x + 1)x ⋅ (x) + (x x2xx + 2x + 1)x ⋅ 1= = (x3xx + 2x2xx + x) + (x x2xx + 2x + 1) = x x3xx + 2x2xx + x + x x2xx + 2x + 1 = x = x3xx + 3x2xx + 3x + 1x d) ( f g ) (x) = x2 + 2x + 1 x + 1 = (x + 1)2 x + 1 = (x + 1) · (x + 1) (x + 1) = x + 1 x + 1) x + 1 + 1 – xx Exemplo 21 Exemplo 22 Com as funções apresentadas no exemplo 21, observe as operações efetuadas: a) (f + f f) (ff x) = (x x2xx + 2x + 1) + (x x2xx + 2x + 1) = 2x x2xx + 4x + 2x b) 2 ⋅ [g(x)] – x f(ff x) = 2x ⋅ [x+1] – (xx x2xx + 2x + 1) = 2x x + 2 – x x2xx – 2x – 1= – x x2xx + 1. c) [g(x)]x 2 – f(ff x) = [x x + 1]x 2 – (x2xx + 2x + 1) = x x2xx + 2x + 1 – x x2xx – 2x – 1 = 0.x 1) = x + 2x = 2 + 2 – x2 2xx 1= – x2 34 Matemática A12 5Praticando... Responda aqui 1. Considerando as funções apresentadas no exemplo 21, efetue as seguintes operações: a) 2 ⋅ f(ff x) – [g(x)]2 = b) 2. Determine a inversa da função f(ff x) = 3x x – 2.x ( 3 · f g ) (x) = Se você já resolveu todas as atividades e não tem mais dúvida, resolva a lista de exercícios a seguir. 35 A12 Ex er cí ci os 1. Assinale a opção que apresenta uma função afi m: a) f(ff x) = – 2. b) f(ff x) = 16 – 3x. c) f(ff x) = |5x + 3x | d) f(ff x) = 4x 2. O gráfi co da função afi m f(ff x) = 5 – 4x passa pelo pontox A (2; m). O valor de m ém a) – 3. b) – 1. – c) 0. d) 2. 3. A função que apresenta como gráfi co uma reta paralela ao eixo dos x éx a) f(ff x) = 3x x2xx – 2x + 4x b) f(ff x) =x | – 4x + 3x | c) f(ff x) = 5x x d) f(ff x) = – 3x 4. A função quadrática cujo gráfi co toca o eixo dos x em apenas um ponto ex é representado por uma parábola com concavidade voltada para baixo é a) f(ff x) = 3x x2xx – 2x + 4x b) f(ff x) = 5 – 4x2xx c) f(ff x) = – 2x2xx d) f(ff x) = 5x2xx 5. A função f: ℜ→ℜ, que pode ser classifi cada como bijetora é a) f(ff x) = 3x x2xx – 2x + 4x b) f(ff x) =x | – 4x + 3x | d) f(ff x) = 5x x f) f(ff x) = – 3x 6. A função f(ff x) =x ax2xx intersecta o gráfi co da função g(x) = 3x x em um pontox de abscissa igual a 1. O valor de a éa a) 1. b) 2. c) 3. d) 4. 35 MatemáticaamátMat A12 36 A12 R es po st a 36 MatemáticaMatemática A12 Para consulta 37 Matemática A12 Nesta aula, você estudou sobre a construção de gráfi cos, a partir de alguns pontos notáveis; a classifi cação de funções, dada a lei de formação ou o gráfi co dessa função; viu como identifi car o domínio, o contradomínio e o conjunto-imagem de uma função através da análise de seu gráfi co; determinar, quando existir, a função inversa de dada função; assim como efetuar a composição de funções ou outras operações como a soma, a diferença, o produto ou o quociente entre funções. Leitura complementar IEZZI, G.; MURAKAMI, C. Fundamentos de matemática elementar. 8. ed. São Paulo: Atual Editora, 2004. (Conjuntos e Funções, v 1). Aborda de forma detalhada alguns tópicos de Matemática. No volume 1, as funções polinomiais do 1º grau e as do 2º grau são o tema da obra. No volume 2, você encontra um estudo sobre as funções exponenciais. Gráfi co de uma função no plano cartesiano A representação gráfi ca de uma função é uma linha no plano cartesiano que só pode ser “cortada” uma única vez por uma reta vertical qualquer. Gráfi co de funções Na construção de gráfi cos de funções no plano cartesiano, os valores de x são representados no eixo das abscissas e f(ff x)x ou y no eixo vertical (ou das y ordenadas). Em cada função, marque alguns pontos no plano cartesiano e 38 Matemática A12 ligue esses pontos formando o gráfi co da função. A lei de formação também defi ne o formato do gráfi co de uma função. Função do 10 grau ou função afi m Forma geral: f(ff x) =x ax + b, a ∈ℜ* e b ∈ℜ. Raiz (ou zero) da função: é o valor de x para o qualx f(ff x) = 0x , ou seja, x = − b a . Pontos de interseção com os eixos: ( − b a ; 0 ) e (0; b), sendo a e b os coefi cientes da função. Coefi ciente angular: a. Coefi ciente linear: b. Domínio, Contradomínio e Conjunto-imagem: D(f)ff = ℜ, CD(f) =ff ℜ e Im(f)ff = ℜ. Construção do gráfico: Em um plano cartesiano, marque os pontos de interseção da função com os eixos e ligue-os passando uma reta por eles. Casos particulares de funções do primeiro grau: Função linear: Quando o coefi ciente b = 0 b ⇒ f(ff x) = x ax, a ∈ℜ*. Função identidade: Quando a = 1a e b = 0 ⇒ f(ff x) =x x. Estudo do sinal de uma função afi m: Se f(ff x)x é crescente, o estudo dos sinais é o seguinte: (I) f(x) < 0 ⇒ x < − b a ; (II) f(x) = 0 ⇒ x = − b a ; e (III) f(x) > 0 ⇒ x > − b a Se f(x) é decrescente, o estudo dos sinais é o seguinte: (I) f(x) > 0 ⇒ x < − b a ; (II) f(x) = 0 ⇒ x = − b a ; e (III) f(x) < 0 ⇒ x > − b a Função constante Forma geral: Toda função com a forma f(ff x)x = b, onde b ∈ℜ. Pontos de interseção do gráfi co da função com os eixos cartesianos: Só há interseção do gráfi co da função com o eixo dos y que é o ponto (0; b), onde b é o coefi ciente da função.b 39 Matemática A12 Domínio, Contradomínio e Conjunto-imagem: D(f) =ff ℜ, CD(f) =ff ℜ e Im(f) = ff {b}. Construção do gráfico: em um plano cartesiano, marque os pontos de interseção do gráfi co da função com o eixo vertical e trace uma reta paralela ao eixo horizontal que passe por ele. Quando b > 0, o gráfi co de f:ff ℜ→ℜ é uma reta acima do eixo dos x. Quando b < 0, o gráfi co de f:ff ℜ→ℜ é uma reta abaixo do eixo dos x. Estudo do sinal de uma função afi m: Quando b > 0: f(ff x)x > 0, ∀x ∈ℜ. (Lê-se ‘para todo X real’.)X Quando b <b 0: f(ff x)x < 0, ∀x ∈ℜ. Função quadrática Forma geral: Toda função com a forma f(ff x)x = ax2xx + bx + c, onde a ∈ℜ*, b ∈ℜ e c ∈ℜ são seus coefi cientes. Seu gráfi co é uma curva chamada de parábola, de concavidade voltada para cima (a > 0) ou voltada para baixo (a < 0). Pontos notáveis do gráfi co I. Raízes ou zeros de uma função quadrática É o valor de x para o qualx f(x) = 0 ⇒ x′ = −b + √ Δ 2a e x′′ = −b−√Δ 2a são as raízes da função, onde Δ = b2 – 4ac é chamado de discriminante. Se Δ > 0 ⇒ A função tem duas raízes reais e diferentes. O gráfi co da função corta o eixo horizontal em dois pontos. Se Δ = 0 ⇒ A função tem duas raízes reais e iguais. O gráfi co da função toca o eixo em apenas um ponto (que coincide com o vértice da parábola). Se Δ > 0 ⇒ A função não tem raízes reais. O gráfi co da função não corta o eixo horizontal. II. Vértice da parábola: V = (xV ; yV ) = ( − b 2a ; −Δ 4a ) III. Ponto de interseção do gráfi co da função com o eixo dos y: (0; f(0)). 40 Matemática A12 Estudo dos sinais: Função modular Forma geral: É qualquer f(ff x)x que associa cada valor x do domínio com umax expressão algébrica em x que apresenta um módulo.x Pontos notáveis: Não há uma fórmula geral para os pontos notáveis, pois a determinação dos pontos de interseção com os eixos vai depender da expressão envolvida na lei de formação da função. Função exponencial Forma geral: Chama-se de função exponencial a toda função do tipo f(ff x) =x ax, defi nida para todo x ∈ℜ, com a >a 0 e a ≠ 1. A curva de uma função f(ff x) x = ax passa pelo pontox (0; 1). A função é crescente para a >a 1. A função é decrescente para 0 < a <a 1. Observe o gráfi co de cada função representada de forma genérica na fi gura 4 e elabore o estudo dos sinais da função quadrática que está estudando. y x x"x' y x x"x'' y x x' y x x' x x f(x) < 0 ⇒ x' < x < x" f(x) = 0 ⇒ x = x' ou x = x" f(x) > 0 ⇒ x < x' ou x > onde x' e x" são as raízes de f(x). f(x) = 0, x = x'(raiz). f(x) < 0, x & x' f(x) = 0, x = x'(raiz). f(x) > 0, x & x' f(x) < 0, x ∈ �, ou seja, a função é negativa para todo x real. f(x) > 0, x ∈ �, ou seja, a função é positiva para todo x real. f(x) < 0 ⇒ x' < x < x" f(x) = 0 ⇒ x = x' ou x = x" f(x) > 0 ⇒ x < x' ou x > x", onde x' e x" são as raízes de f(x). Figura 3 – Sinais de funções quadráticas 41 Matemática A12 Domínio, Contradomínio e Conjunto-Imagem: D(f) =ff ℜ; CD(f) =ff ℜ e Im(f)ff = ℜ + *. Outras características das funções Função injetora: f:ff AB é B injetora, se x 1 xx ≠ x 2 xx (elementos de A) ⇒f(ff x 1 xx ) ≠ f(ff x 2 xx ). Se no gráfi co de uma função f passamos linhas horizontais, e essa linha que