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Aula_6_Transformacoes_da_Materia_Quimica_Geral_Teorica_Andreia_A._Costa

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1 
Aula 6 – Transformações 
Químicas da Matéria 
Profª: Andréia Alves Costa 
Transformações da Matéria 
 Transformação Física: não há mudança na composição 
da matéria. 
 
 
 
 
 Transformação Química: há mudança na composição 
da matéria. 
2 
Transformações Químicas 
 Uma reação química é um processo de mudança química, isto é, a 
conversão de uma ou mais substâncias em outras substâncias. 
 Os materiais de partida são chamados reagentes e as substâncias 
formadas de produtos. 
 As equações químicas são descrições de reações químicas. 
 As equações são compostas por duas partes: reagentes e 
produtos. 
 
3 
2H2 + O2  2H2O 
Soluções em Água 
 Substância solúvel: se dissolve em grande quantidade 
em água. 
 Substância insolúvel: não se dissolve significativamente 
em água (não mais que 0,1 mol.L-1). 
 Exemplo: Carbonato de cálcio (CaCO3) = 0,01 mol.L
-1 que 
corresponde a 1.10-4 mol.L-1 
4 
Figura 1. Solubilidade de alguns sais na água. 
Propriedades Gerais das 
Soluções Aquosas 
 Solução: mistura homogênea de duas ou mais 
substâncias. 
 A substância em maior quantidade é chamada solvente, 
e a substância em menor quantidade é chamada soluto. 
5 
Figura 2. Preparação de uma solução homogênea. 
Propriedades Eletrolíticas 
 Eletrólito: substância cuja solução aquosa contém íons. 
 Não-eletrólito: substância que não forma íons em 
solução aquosa. 
• Há três tipos de solução: 
• eletrólitos fortes; 
• eletrólitos fracos; 
• não-eletrólitos. 
6 
Propriedades Eletrolíticas 
7 
Figura 3. (a) Dissolução de um composto íônico em água. (b) Dissolução de um 
composto molecular. 
© 2005 by Pearson Education 
(a) (b) 
Eletrólitos Fortes e Fracos 
• Eletrólitos fortes: dissociam-se completamente em 
solução. Por exemplo, ácido clorídrico em água: 
 
• Eletrólitos fracos: produzem uma pequena 
concentração de íons quando se dissociam. 
• Esses íons existem em equilíbrio com a substância não-
ionizada. Por exemplo, ácido acético em água: 
 
8 
HCl(aq) H+(aq) + Cl-(aq)
HC2H3O2(aq) H
+(aq) + C2H3O2
-(aq)
Eletrólitos Fortes e Fracos 
Figura 4. (a) A água pura é um mau condutor de eletricidade. (b) Numa 
solução de eletrólitos fracos ocorre condução. ( c) Quando o soluto é um 
eletrólito forte a condução é maior, mesmo com a mesma concentração 
de soluto. 
9 
Tipos de Reações 
 Reações de Precipitação 
 Reações Ácido-Base 
 Reações Redox 
10 
Reações de Precipitação 
 Quando duas soluções são misturadas e um sólido é 
formado, o sólido é chamado de um precipitado. 
 Reação de Precipitação: forma-se um produto sólido 
insolúvel quando duas soluções eletrolíticas fortes são 
misturadas. 
 Exemplo: Formação do Iodeto de chumbo. 
 
11 
Pb(NO3)2(aq) + 2KI(aq)  PbI2(s) + 2KNO3(aq) 
Solubilidade de Compostos 
Iônicos em Água 
Tabela 1. Regras de solubilidade para compostos iônicos comuns 
12 © 2005 by Pearson Education 
Reações de Dupla Troca 
(Metáteses) 
• As reações de metátese envolvem a troca de íons em 
solução: AX + BY  AY + BX. 
• As reações de metátese levarão a uma alteração na 
solução se um dos três eventos abaixo acontecer: 
– forma-se um sólido insolúvel (precipitado); 
– formam-se eletrólitos fracos ou não-eletrólitos; 
– forma-se um gás insolúvel. 
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Equações Iônicas 
• Equação molecular: todas as espécies listadas como 
moléculas: HCl(aq) + NaOH(aq)  H2O(l) + NaCl(aq) 
• Equação iônica: utilizada para realçar a reação entre íons. 
• Equação iônica completa: lista todos os íons. 
H+(aq) + Cl
-
(aq) + Na
+
(aq) + OH
-
(aq)  H2O(l) + Na
+
(aq) + Cl
-
(aq) 
• Equação iônica simplificada: lista somente íons únicos. 
H+(aq) + OH
-
(aq)  H2O(l) 
14 
Reação de Dupla Troca 
Exemplo 1 : Formação do Cloreto de prata. 
AgNO3(aq) + KCl(aq)  AgCl(s) + KNO3(aq) 
 Equação Iônica Completa: 
Ag+(aq) + NO3
-
(aq) + K
+
(aq) + Cl
-
(aq)  AgCl(s) + K
+
(aq) + NO3
-
(aq)
 
 Equação Iônica Simplificada: 
Ag+(aq) + Cl
-
(aq)  AgCl(s) 
 
Exercício: Escreva a equação molecular, a iônica completa e 
simplificada da seguinte reação de precipitação, indicando qual 
será o precipitado formado. 
BaCl2 com Na2SO4 e CaCl2 com K2CO3 
 
 
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Reações Ácido-Base 
 Definição proposta por Svante Arrhenius (1884): 
Ácido de Arrhenius: composto que contém hidrogênio e 
reage com água para formar íons H+. 
Base de Arrhenius: composto que produz íons OH- na água. 
 Definição proposta por Thomas Lowry e Johannes Brønsted 
(1923): 
Ácido de Brønsted: é uma espécie doadora de íons H+. 
Base de Brønsted : é uma espécie receptora de íons H+. 
16 
Reações Ácido-Base 
Substâncias Ácidas 
• Ácido = substâncias que se ionizam para formar H+ em 
solução (por exemplo, HCl, HNO3, CH3CO2H, etc) 
• Ácidos com um próton ácido são chamados monopróticos 
(por exemplo, HCl). 
• Ácidos com dois prótons ácidos são chamados dipróticos 
(por exemplo, H2SO4). 
• Ácidos com muitos prótons ácidos são chamados 
polipróticos (H3PO4). 
 
17 
Reações Ácido-Base 
Substâncias Básicas 
• Bases = substâncias que reagem com os íons H+ 
formados por ácidos, ou substâncias que produzem OH- 
em água (por exemplo, NH3, NaOH, Drano™, Leite de 
Magnésia™). 
 
 
18 
Figura 5. Reação de uma base com água. 
Reações Ácido-Base 
Ácidos e bases fortes e fracos 
• Ácidos e bases fortes são eletrólitos fortes. 
– Eles estão completamente ionizados em solução. 
• Ácidos e bases fracas são eletrólitos fracos. 
– Eles estão parcialmente ionizados em solução. 
 
 
19 
Reações Ácido-Base 
20 
Ácidos Fortes Bases Fortes 
Ác. Clorídrico – HCl Hidróxidos de metais do grupo 1A (LiOH, 
NaOH, KOH, RbOH, CsOH) Ác. Bromídrico – HBr 
Ác. Iodídrico – HI Hidróxidos de metais pesados (Ca(OH)2, 
Sr(OH)2, Ba(OH)2) 
Ác. Clórico – HClO3 
Ác. Perclórico – HClO4 
Ác.Nítrico – HNO3 
Ác. Sulfúrico – H2SO4 
Tabela 2. Ácidos e bases fortes. 
Reações Ácido-Base 
Identificando eletrólitos fortes e fracos 
• Iônico e solúvel em água = eletrólito forte (provavelmente). 
• Solúvel em água e não-iônico, mas é um ácido (ou base) forte = 
eletrólito forte. 
• Solúvel em água e não-iônico, e é um ácido ou uma base fraca = 
eletrólito fraco. 
• Caso contrário, o composto é provavelmente um não-eletrólito. 
 
21 
Reações Ácido-Base 
Reação de Neutralização 
• A neutralização ocorre quando uma solução de um ácido 
e a de uma base são misturadas: 
HCl(aq) + NaOH(aq)  H2O(l) + NaCl(aq) 
• Observe que formamos um sal (NaCl) e água. 
• Sal = composto iônico cujo cátion vem de uma base e o 
ânion de um ácido. 
• A neutralização entre um ácido e um hidróxido metálico 
produz água e um sal. 
 
22 
Reações Ácido-Base 
Reações ácido-base com formação de gás 
• Os íons sulfeto e carbonato podem reagir com H+ de 
uma maneira similar ao OH-. 
 
2HCl(aq) + Na2S(aq)  H2S(g) + 2NaCl(aq) 
2H+(aq) + S2-(aq)  H2S(g) 
HCl(aq) + NaHCO3(aq)  NaCl(aq) + H2O(l) + CO2(g) 
 
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Reações Redox 
Oxidação e redução 
• Quando um metal sofre corrosão, ele perde elétrons e 
forma cátions: 
Ca(s) +2H+(aq)  Ca2+(aq) + H2(g) 
• Oxidado: o átomo, a molécula ou o íon torna-se mais 
carregado positivamente. 
– A oxidação é a perda de elétrons. 
• Reduzido: o átomo, a molécula ou o íon torna-se menos 
carregado positivamente, ou seja, reduz. 
– A redução é o ganho de elétrons. 
24 
Reações Redox 
25 
Semirreação
Transferância de elétrons Resultado 
X  Xn+ + ne- X transfere elétrons para Y X é oxidado 
X é o agente redutor 
Y + ne-  Yn- Y aceita elétrons de X Y é reduzido 
Y é o agente oxidante 
Figura 6. Esquema de uma reação redox. 
Reações Redox 
Oxidação de Metais por Ácidos e Sais 
 A reação de um metal com um ácido ou com um sal 
metálico obedece ao seguinte padrão geral: 
A + BX  AX + B 
Essas reações são chamadas de reações de deslocamento. 
Muitos metais sofrem reações de deslocamento com ácidos, 
produzindo sais e gás hidrogênio. 
26 
Reações Redox 
Oxidação de Metais por Ácidos e Sais 
• Os metais são oxidados por ácidos para formarem sais: 
Mg(s) +2HCl(aq)  MgCl2(aq) + H2(g) 
• Durante a reação, 2H+(aq) é reduzido para H2(g). 
• Os metais também podem ser oxidados por outros sais: 
Fe(s) +Ni2+(aq)  Fe2+(aq) + Ni(s) 
• Observe que o Fe é oxidado para Fe2+ e o Ni2+ é reduzido para Ni. 
 
27 
Números de Oxidação 
 O número de oxidação (NOX) de um átomo em uma 
substância é a carga real do átomo conforme determinado 
por um conjunto de regras de atribuição de NOX. 
 A oxidação corresponde a um aumento no NOX. 
 A redução corresponde a uma diminuição no NOX. 
28 
Números de Oxidação 
 As regras para atribuição do Nox são: 
1. Para um átomo na sua forma elementar, o Nox é igual a zero. 
Exemplos: Cu(s), Cl2(g), S8(s), Fe(s); Nox = 0 
2. Para íons monoatômicos, o Nox é igual a carga do íon. 
Exemplos: K+, Nox =+1; S2-, Nox =-2; alcalinos, Nox = +1, alcalinos 
terrosos, Nox = +2; alumínio, Nox =+3. 
3. Geralmente os não-metais têm número de oxidação negativos, 
apesar de algumas vezes serem positivos. 
 
 
29 
Números de Oxidação 
a) O número de oxidação do O geralmente é –2. O íon peróxido, O2
2-, 
tem oxigênio com um número de oxidação de –1. 
b) O número de oxidação do H é +1 quando ligado a não-metais e –1 
quando ligado a metais. Exemplo H2O, Nox (H)=+1; NaH Nox (H)=-1 
c) O número de oxidação do F é –1. Os outros halogênios possuem 
normalmente Nox =-1. Quando combinados a oxoânions são positivos. 
4. A soma dos números de oxidação de todos os átomos em uma 
molécula neutra é igual a zero. Para um íon, a soma deve ser igual 
a carga do íon. 
30 
Número de Oxidação 
Determine os números de oxidação dos elementos em 
destaque nas seguintes moléculas: 
 
 ZnBr2 
 Na2SO3 
 Cr2O7
2- 
 Co(s) 
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Separação de Misturas 
32 
 Misturas homogêneas: compostas por apenas uma fase. 
Soluções são misturas homogêneas. 
 Misturas heterogêneas: compostas por pelo menos duas 
fases distintas. 
Figura 7. Mistura homogênea e heterogênea. 
Separação de Misturas 
 Flotação e Decantação 
 Filtração 
 Destilação 
 Cromatografia 
 Cristalização 
33 
Flotação e Decantação 
 Técnicas simples de separação, que se aproveitam da 
diferença de densidade entre as substâncias. 
34 
Figura 8. Separação da serragem misturada com areia por processos de 
flotação e decantação. 
Filtração 
• Os sólidos podem ser 
separados dos líquidos 
através de filtração. 
• O sólido é coletado em papel 
de filtro, e a solução, 
chamada de filtrado, passa 
pelo papel de filtro e é 
coletada em um frasco. 
 35 
Figura 9. Filtração. 
Destilação 
 Destilação: do latim “de-stillare” que significa gotejar. 
 Processo através do qual um líquido é vaporizado sob 
condições nas quais o vapor produzido é , mais tarde, 
condensado e coletado. 
 Para a destilação simples deve haver diferença 
significativa entre os pontos de ebulição dos 
componentes. 
 
36 
Destilação Simples 
37 
Figura 10 . Destilação simples (água com sal). 
Destilação Fracionada 
 A técnica é a mesma da destilação simples. 
 O processo está baseado na passagem de vapores de 
uma solução em ebulição que sobem em uma coluna ao 
longo da qual a temperatura diminui gradualmente. 
 Componentes de maior ponto de ebulição condensam na 
coluna e retornam à solução , e o componente de menor 
ponto de ebulição vai ao topo da coluna onde é 
condensado e coletado. 
38 
Destilação Fracionada 
39 
Figura 11. Esquema da destilação fracionada. 
Destilação Fracionada 
40 
Figura 12. Separação dos 
componentes do petróleo. 
Cromatografia 
 Técnica que usa a capacidade das substâncias de se 
adsorver em uma dada superfície. 
 
 
 
 A medida que a fase móvel atravessa o suporte (ou a 
fase estacionária), a mistura começa a “viajar”, em 
velocidades que vão depender da interação da 
substância com a fase móvel ou com a fase estacionária. 
 
41 
Fase Estacionária = Material Adsorvente 
Fase Móvel = Material Eluente ou Carreador 
Cromatografia de Papel 
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Figura 13. Separação por cromatografia de papel da tinta da caneta. 
Cristalização 
 Na cristalização, o soluto se separa lentamente da 
solução na forma de cristais. 
 Normalmente, dissolve-se o componente da mistura em 
líquido que logo em seguida sofre evaporação. 
 Dessa forma, a evaporação provoca a cristalização das 
substâncias separadamente. 
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Figura 14. Processo de cristalização

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